Categoria: Cultura

  • Roberto Tibiriçá assume a Orquestra Sinfônica do Paraná em concerto com repertório brasileiro

    Roberto Tibiriçá assume a Orquestra Sinfônica do Paraná em concerto com repertório brasileiro

    O maestro Roberto Tibiriçá assume como diretor musical e regente titular a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) com repertório brasileiro neste domingo (27). No programa estão as icônicas “Três Danças” e “Choro Para Piano”, de Mozart Camargo Guarnieri; e as “Bachianas nº 8”, de Heitor Villa-Lobos, encerrando a temporada de 2022 da Orquestra. O concerto que serve como boas-vindas ao condutor acontece no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) às 10h30, com a participação especial da pianista Olga Kopylova. Os ingressos já estão à venda .

    “Sou convidado da OSP já há muitos anos e agora me elegeram como regente titular, o que me deixou muito honrado e muito feliz, porque gosto muito dos colegas e sou sempre muito bem recebido”, diz o maestro. “A orquestra cresceu muito e acredito que vamos poder fazer um grande trabalho”, acrescentou.

    Ele já prepara o concerto do próximo domingo, focado na obra de forte caráter modernista de “dois dos maiores compositores brasileiros de música erudita”, para “valorizar a nossa cultura brasileira” e homenagear os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.

    “Poder contar com a experiência do maestro Tibiriçá à frente da nossa orquestra é um presente que o Teatro Guaíra oferece ao público paranaense”, afirma Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra. “Estamos muito felizes que ele tenha aceitado o convite e ansiosos para poder mostrar ao público tudo o que estamos planejando para a próxima temporada”.

    OLGA KOPYLOVA– A solista convidada pelo Centro Cultural Teatro Guaíra para tocar no concerto deste domingo é bastante íntima da obra. Pianista nascida no Usbequistão (Ásia Central) e radicada no Brasil desde 2000, Olga Kopylova gravou uma versão dos choros de Camargo Guarnieri regida por Tibiriçá. “Amo esses dois compositores e já toquei e gravei várias músicas deles, justamente por atribuir inestimável valor a ambos”, afirma.

    “Como eu nunca tinha tocado com a Orquestra Sinfônica do Paraná e essa será a minha primeira vez, estou confiante de que vai ser um concerto muito especial, por se tratar de uma importante orquestra brasileira, com uma tradição de longa data e sinto gratidão por poder estar inserida neste contexto de tocar música brasileira”, afirma Kopylova, que desde 2000 atua como pianista titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Maestro Tibiriçá reforça a expectativa, elogiando a técnica de Olga “Ela é uma pianista refinadíssima, excelente”.

    CONCERTO– Tanto Mozart Camargo Guarnieri quanto Heitor Villa-Lobos são fruto do espírito modernista que tomou o Brasil no contexto da Semana de Arte Moderna de 1922 – o primeiro foi por muitos anos protegido de Mário de Andrade, um dos grandes expoentes do grupo de artistas. Ambos irão, ainda que de formas diferentes, unir o erudito ao popular (com destaque para a incorporação dos ritmos do choro, tocados nas ruas por músicos amadores, às composições para orquestra), buscando inspiração em todo tipo de fonte para criar algo tão original quanto brasileiro.

    “É um concerto que representa de uma forma marcante os temas e ritmos com coloração tipicamente brasileira”, diz Olga Kopylova. Ela acrescenta dizendo que o gingado e embolado transpassam a composição inteira, do início ao fim, desafiando o intérprete a procurar pelo equilíbrio entre a flexibilidade dos fraseados e dos ritmos e precisão da participação orquestral. “O solista precisa achar uma maneira de alcançar a liberdade em cada frase enquanto a orquestra responde com um acompanhamento sólido”.

    TEMPORADA 2023– A grande preocupação para 2023 é agradar ao público. Tibiriçá não entrega tudo, mas já dá para ter uma ideia do que os paranaenses podem esperar para o próximo ano. A perspectiva, revela, é um repertório bem eclético, com solistas internacionais e grandes produções.

    “Teremos um concerto do Dia das Mães que vai ser uma surpresa muito boa para todos os públicos; vai ter um grande concerto de aniversário da OSP, no dia 28 de maio, com coro, orquestra e solistas; depois temos algumas reapresentações, de pequenas óperas no Guairinha; La Traviatta, a ópera mais famosa do repertório lírico, uma grande produção em parceria com a Fundação Clóvis Salgado; e récitas do Balé Quebra-Nozes, do Tchaikovski, junto do Balé Teatro Guaíra”, diz o maestro.

    Serviço:

    Concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná

    Data; 27 de novembro, domingo

    Horário: 10h30

    Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão – Rua Conselheiro Laurindo S/N – Centro – Curitiba – Paraná.

    Tempo de duração do espetáculo: 90 minutos

    Classificação etária: 7 anos

    Ingressos: Inteira: R$ 20,00 (vinte reais); Meia: R$ 10,00 (dez reais) –  Ticket Fácil

    Fonte: Secom Paraná

  • Museu Paranaense promove lançamento de livro sobre povo Xetá nesta quarta-feira

    Museu Paranaense promove lançamento de livro sobre povo Xetá nesta quarta-feira

    O Museu Paranaense promove nesta quarta-feira (23), a partir das 18h30, o lançamento do livro “Os Xetá no Círculo de Estudos Bandeirantes: a coleção Loureiro Fernandes”, de Edilene Coffaci de Lima, professora titular do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    Com base no acervo do pesquisador José Loureiro Fernandes, salvaguardado no Círculo de Estudos Bandeirantes, a professora Edilene desenvolveu uma pesquisa que resultou em uma publicação relevante para o povo Xetá e os pesquisadores desse grupo étnico.

    O livro, editado pela Pucpress, está disponível gratuitamente em versão digital no site da editora. O lançamento terá a presença da autora e também a participação dos indígenas do povo Xetá Dival da Silva, Claudemir da Silva, Indiamara Paraná e Albert Paraná Costa.

    A publicação é um importante guia de fontes sobre os Xetá, e inscreve-se em um esforço de tornar públicos os registros sobre esse povo, afirmando e atestando a história de luta e resistência dos Xetá e sua cultura. Outra intenção da autora e pesquisadora Edilene Coffaci de Lima é facilitar, com esse livro, os esforços de outros pesquisadores dedicados a esse grupo étnico, além, é claro, do interesse dos próprios Xetá.

    AUTORAEdilene Coffaci de Lima é professora titular do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná. É mestre (1994) e doutora (2000) em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP).Desde 2015 vem pesquisando com os Xetá, de língua tupi-guarani no Paraná, especialmente dedicada à história do grupo, à formação de seus acervos, hoje distribuídos em diferentes instituições museais, e aos processos de Justiça de Transição. Colaborou na elaboração do capítulo indígena da Comissão Estadual da Verdade – Teresa Urban. Desde 2009 é pesquisadora do CNPq.

    Serviço:

    Lançamento do livro “Os Xetá no Círculo de Estudos Bandeirantes: a coleção Loureiro Fernandes”

    Presença da autora Edilene Coffaci de Lima e participação de Dival da Silva, Claudemir da Silva, Indiamara Paraná e Albert Paraná Costa – indígenas do povo Xetá.

    Data: 23 de novembro, quarta-feira

    Horário: 18h30

    Local: auditório do Museu Paranaense – Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

    Entrada gratuita

    Fonte: Secom Paraná

  • Exposição de Mazé Mendes pode ser vista até domingo no Museu Oscar Niemeyer

    Exposição de Mazé Mendes pode ser vista até domingo no Museu Oscar Niemeyer

    A exposição “Recortes de Um Lugar”, da artista paranaense Mazé Mendes, pode ser vista até domingo (27) no Museu Oscar Niemeyer (MON) . A mostra ocupa a Sala 7 e a curadoria é de Rosemeire Odahara Graça.

    São apresentadas pinturas da produção recente de Mazé Mendes, bem como fotografias e documentos. As obras permitem ao visitante estabelecer um diálogo entre trabalhos produzidos a partir de 2019 e o caminho criativo que a artista desenvolve desde o final da década de 1970.

    Mazé Mendes é graduada pela Faculdade de Belas Artes do Paraná e pós-graduada em Arte-Educação pela Faculdade de Artes do Paraná. Tem participado ativamente de vários certames artísticos desde o final dos anos 1970, com centenas de exposições coletivas e individuais no Brasil e no Exterior.

    Suas obras fazem parte de acervos institucionais e privados, entre eles: Museu Oscar Niemeyer, Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC), Museu Municipal de Arte (MuMA), Museu da Universidade Federal do Paraná (MusA-UFPR), Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Museu Universitário PUCPR e acervo da Embap/Unespar.

    Serviço:

    Exposição “Recortes de Um Lugar”, de Mazé Mendes

    Até domingo (27 de novembro)

    Sala 7

    Mais informações em  Museu Oscar Niemeyer

    Fonte: Secom Paraná

  • Agência do Trabalhador da Cultura oferta vagas no Dia da Empregabilidade Negra

    Agência do Trabalhador da Cultura oferta vagas no Dia da Empregabilidade Negra

    A Agência do Trabalhador da Cultura , posto avançado da Agência do Trabalhador de Curitiba, participa nesta terça-feira (22) do mutirão do Dia da Empregabilidade Negra . É uma ação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Consepir) e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf). O mutirão acontece pelo segundo ano consecutivo nas Agências do Trabalhador e postos avançados da rede Sine (Sistema Nacional de Emprego) de todo o Paraná.

    Trabalhadores da cultura e da indústria criativa terão cerca de 70 vagas à disposição nas áreas da moda, turismo cultural, publicidade, design, música, literatura, eventos e audiovisual. O posto avançado terá atendentes especializados durante o mutirão para oferecer suporte e realizar cadastros de trabalhadores e trabalhadoras que queiram trabalhar na indústria criativa. 

    A ação será realizada durante o horário de funcionamento das Agências do Trabalhador e Postos Avançados, das 9h às 16h. Os interessados devem comparecer à sede da Agência do Trabalhador central, situada na Rua Pedro Ivo, 503, em Curitiba, portando documentos como RG, CPF e Carteira de Trabalho (física ou digital).

    A Agência do Trabalhador da Cultura é a primeira e única iniciativa do setor no País e completa um ano nesta terça-feira. O posto avançado está instalado na Rua Saldanha Marinho 240, Centro de Curitiba, anexo à Superintendência-Geral da Cultura. Porém, conta com sistema de cadastro via site , atendimento telefônico e WhatsApp.

    Fonte: Secom Paraná

  • Coração é o protagonista em espetáculo de fim de ano da Escola de Dança Teatro Guaíra

    Coração é o protagonista em espetáculo de fim de ano da Escola de Dança Teatro Guaíra

    “’Tum Tá’ é o som que o médico ouve quando ausculta um coração”, diz Larissa Pansera, diretora da Escola de Dança Teatro Guaíra ( EDTG ), sobre o título do espetáculo que encerra as atividades em 2022. Cada sequência da montagem coloca o coração – tanto no sentido biológico quanto simbólico – como o grande protagonista. As apresentações acontecem nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão). Os ingressos já estão à venda pelo site Ticket Fácil .

    Partindo da onomatopeia que faz o som do coração, todos os professores e alunos se uniram para tentar compreender como eles se relacionam com esse órgão tão central para a vida humana. O resultado é um espetáculo que mistura balé clássico e dança contemporânea, usando projeções originais como cenário e os bons sentimentos da equipe da Escola, além de seus parentes e amigos, como fio condutor.

    “Este é um espetáculo sobre afetos, sobre tentar entender o que acalma nosso coração”, afirma Larissa. “Fiz uma pesquisa sobre como o coração se comporta e achei estudos que mostram como as emoções afetam a saúde do nosso coração. ‘Tum Tá’ é inspirado nessa relação que temos com esse ritmo do coração, sobre como é preciso ser leve, feliz e ter humor no dia a dia”.

    “O ‘Tum Tá’ é o grande passo de um projeto que busca repensar a Escola de Dança Teatro Guaíra, deixando a ênfase somente no balé clássico para trás e oferecendo aos alunos uma formação mais completa”, diz Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, .

    “Tum Tá” quebra alguns paradigmas das apresentações de final de ano da EDTG. É um espetáculo que conta com uma mescla mais uniforme entre o clássico e o contemporâneo – historicamente havia mais ênfase no balé clássico, com boa parte sendo dançado na ponta. Também há a trilha sonora original, algo pouco usual, composta por Gilson Fukushima, além das já citadas projeções, feitas por Allan Raffo e da cenografia de Daniel Marques. Os figurinos, financiados pelo Guaíra, são de Paulinho Maia.

    Serviço:

    “Tum Tá” – apresentação da Escola de Dança do Teatro Guaíra

    Data: 25, às 20h (cerimônia de formatura, com apresentação aberta ao público), 26 de novembro, às 20h, e 27 de novembro, às 18h.

    Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão – Rua Conselheiro Laurindo, S/n – Centro – Curitiba/PR

    Ingressos: bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site Ticket Fácil.

    Fonte: Secom Paraná

  • O Oeste volta a ser paranaense

    O Oeste volta a ser paranaense

    Com a extinção do Território Federal do Iguaçu, em setembro de 1946, Cascavel voltava a fazer parte do Estado do Paraná e a comunidade se voltava às atividades madeireiras, que também pautavam a expansão do comércio e dos serviços.

    Por sua vez, chegados recentemente, para ter influência em um Estado já tradicional em seu litoral e capital, com um Norte que se fortaleceu enquanto o Oeste patinava no Território Federal, os gaúchos da Companhia Maripá passaram a intensificar seu projeto de colonização, comércio, indústria e influência política.

    No entender do advogado José Bernardo Bertoli, o projeto da Maripá era transformar a cidade de Toledo no polo regional do Oeste, iniciativa que nos primeiros anos não causou qualquer comoção em Cascavel.

    Para o líder local Jeca Silvério, parentes e amigos com postos de prestação de serviços na vila e no interior, o progresso de Toledo também servia a Cascavel: os trabalhadores da Maripá já em serviço na Fazenda Britânia eram clientes de seus produtos coloniais.

    A compatibilidade entre cascavelenses e toledanos se refletia também na política, já que os líderes toledanos se inclinaram a participar da mesma corrente política em que já estavam os líderes cascavelenses Horácio Reis e José Neves Formighieri: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

    Lupion atrapalhou a harmonia regional

    No entanto, a comunidade italiana cascavelense, cujos negócios concorriam com as empresas dos mesmos ramos que se formavam em Toledo, reagiria depois às tentativas da Companhia Maripá de desviar a rodovia federal para que passasse ao Norte de Cascavel e de criar o Município de Toledo tendo a vila de Cascavel como seu distrito.

    Assim, com a criação dos dois municípios e a definição da rodovia seguindo quase o mesmo traçado da atual, somente retirada mais tarde do centro histórico de Cascavel por necessidades urbanísticas, os líderes de Cascavel e Toledo caminhavam juntos, ligados ao mesmo PTB de Horácio Reis e Willy Barth, o líder toledano.

    Os atritos e rivalidades entre Cascavel e Toledo só começaram quando o PTB perdeu as eleições de 1956 em Cascavel e Toledo, por pressão do novo homem forte do Paraná – Moysés Lupion, que depois de inicialmente apoiado pelo PTB optou pelo PSD, iniciando uma forte rivalidade entre os dois.

    Durante uma década, porém, ainda em 1946 e anos seguintes as necessidades de Cascavel e Toledo eram exatamente as mesmas e começavam pela urgência de superar o atraso em relação ao Norte decorrente da paralisia nos três anos de vigência do Território Federal.

    À espera de eleições sem ditadura

    Com a estrela política ascendente de Lupion e a renúncia de Brasil Pinheiro Machado ao governo do Paraná, em 6 de outubro de 1946, caberia ao presidente Eurico Dutra nomear um novo interventor.

    Para preparar o terreno até a posse do futuro indicado, assume o governo o lapeano João Cândido Ferreira Filho (1896–1992).

    Secretário da Agricultura nos governos de transição de Clotário Portugal e do próprio Brasil Machado, o professor João Cândido lecionava agronomia diretamente sobre a terra, sem aulas em sala.

    Era herdeiro político do médico João Cândido Ferreira, que também já havia governado o Paraná – um dos heróis da campanha da Lapa, na qual o general Gomes Carneiro tombou em defesa da República.

    Dutra tirou da cartola um de seus homens de confiança: o tenente-coronel baiano Mário Gomes da Silva (1898–1894), que havia sido seu ajudante de ordens quando foi ministro da Guerra. Desde Zacarias Vasconcelos o Paraná estava acostumado a ter baianos no governo.

    Revolucionário de 1924 e 1930, o tenente-coronel Mário Gomes foi a aposta do presidente Eurico Dutra para conciliar as diversas correntes políticas em disputa e evitar que o governo do Paraná caísse nas mãos da oposição, pois pelo menos desta vez as eleições seriam livres e diretas, sem a manipulação habitual feita pela ditadura, na qual a máquina de governo é usada pelo grupo dominante.

    Gomes conhecia Curitiba muito bem

    Em 26 de setembro de 1946 houve a intervenção federal. Gomes recebeu do presidente Dutra a missão de apaziguar a efervescente política paranaense e assumiu logo em 6 de outubro com a promessa de presidir as eleições de janeiro do ano seguinte como um magistrado.

    Dutra sabia que Gomes não era um desconhecido no Paraná. Além de participar de operações na Guerra do Contestado, o novo interventor havia servido na 5ª Região Militar, em Curitiba, como subchefe de estabelecimentos de Fundos do Exército.

    Ao assumir o governo do Paraná, Mário Gomes completava todo um ciclo iniciado em 1924, quando os revolucionários paulistas viram liquidado em solo araucariano o sonho de reformar um Brasil minado pela corrupção.

    Participante de vários combates revolucionários, Mário Gomes da Silva representava a volta por cima dos tenentes que inflamaram o País no passado. Mas a democracia com a qual os revolucionários de 1924 haviam sonhado não foi a mesma alcançada com a vitória da revolução em 1930, que na mesma década resvalou para a ditadura.

    Poucos eleitores votaram

    As ilusões se esvaíram e era preciso governar com menos ideologia e mais eficiência. Nesse sentido, o coronel Mário Gomes da Silva foi cirúrgico. Ao assumir o governo do Paraná compôs um secretariado pluripartidário, representativo de diversas forças políticas.

    Em novembro de 1946 ele assinava o decreto-lei 533, restaurando a autoridade paranaense nas regiões Oeste e Sudoeste, antes tomadas para compor o Território Federal do Iguaçu.

    Determinando as medidas necessárias para completar a passagem das tarefas da União para o Estado, o decreto do interventor federal devolvia as comarcas e municípios de Foz do Iguaçu e Clevelândia ao Paraná.

    Como Cascavel fazia parte de Foz do Iguaçu e voltava a ter seu nome original, que os chefes do Iguaçu tentaram mudar para “Guairacá”, a iniciativa foi recebida pelos líderes cascavelenses como uma espécie de decreto para a retomada do poder exercido por Jeca Silvério entre 1930 e a criação do Território do Iguaçu.

    No entanto, o poder exercido por Silvério, na verdade, vinha do prefeito, sempre nomeado, de Foz do Iguaçu. Com a eleição livre de 1947 e a posse do prefeito Júlio Pasa, o poder se dividiu entre os nove vereadores eleitos.

    Silvério, Pompeu, Amaral e Ruaro 

    Concorrendo à Câmara Municipal pelo PSD, Jeca Silvério só foi menos votado que João Camargo e o médico Dirceu Lopes, com mais votos até que Acácio Pedroso, que havia sido prefeito de Foz do Iguaçu.

    No entanto, Silvério ficou na primeira suplência da Câmara porque na época nem houve campanha eleitoral. No interior, onde morava 90% da população, sequer havia urnas disponíveis. Votou quem se interessou e estava na vila no dia da eleição.

    Quando havia vaga na Câmara de Foz, Silvério raramente era chamado a tempo de poder se preparar e seguir a Foz do Iguaçu em longa e penosa viagem para assumir a vereança. Para sorte de Cascavel, a família Pompeu tinha ótimas relações com Pasa, o prefeito eleito.

    Quem defendia Cascavel de fato na Câmara de Foz do Iguaçu era o vereador Antônio Alves do Amaral, da UDN. Também era suplente, mas assumia sempre a cadeira e atuava por orientação do líder toledano Alfredo Ruaro, que também tinha colonizações na Rota Oeste.

    Apoio do Além

    Nessa época, todo o Oeste paranaense pertencia a Foz do Iguaçu, mas o novo interventor ainda tinha pouco entendimento real sobre o conjunto do Estado.

    Nos papéis da mesa do interventor Gomes tudo parecia calmo e pacífico, mas no interior os colonos atacados pelos jagunços das colonizadoras sentiam a omissão do governo, cuja disputa com a União prejudicava os mais fracos, sem meios para se defender.

    Gomes pretendeu assumir o perfil de um gestor de transição e se atribuiu o papel de magistrado, mas não conseguiu manter essa disposição até o fim porque o ex-interventor Brasil Pinheiro Machado, afilhado político de Manuel Ribas, com habilidade montou a própria candidatura ao governo com base no secretariado de seu sucessor.

    Esbarrou, entretanto, em um forte obstáculo: o major gaúcho Fernando Flores, compromissado com o empresário Moysés Lupion e chefe de uma das alas do PSD, partido criado em julho do ano anterior.

    Entre os adversários Machado e Lupion pairava o espectro de Manuel Ribas, morto no fim de janeiro. Padrinho político de Pinheiro Machado, mas nos últimos anos feito amigo íntimo de Lupion, Ribas teria dito alguns dias antes de morrer que o magnata de Jaguariaíva era “o homem ideal” para prosseguir a sua obra no Estado.

    Era voz corrente que em seus últimos dias de vida Manuel Ribas abandonou o afilhado Brasil Machado para se ligar a Lupion. As provas do envolvimento do ex-chefe do Paraná com o novo rico paranaense apareciam em imagens de visitas e trocas de gentilezas.

    O marketing político faz milagres. A antes provável volta de Brasil Machado ao governo virou pó. Toda essa trama política, ao beneficiar Moysés Lupion, naquele ano de 1946 praticamente o dono de Cascavel, terá consequências decisivas para o futuro do Oeste.

    Fonte: Fonte não encontrada

  • Qualifica Paraná oferece oportunidade de profissionalização para trabalhadores da cultura

    Qualifica Paraná oferece oportunidade de profissionalização para trabalhadores da cultura

    Trabalhadores da cultura que desejam se dedicar à área técnica, têm a oportunidade de se profissionalizar com o curso gratuito de Instalações Elétricas, do Programa Qualifica Paraná. Parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Governo do Paraná, por meio da Secretaria Estadual da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), o Qualifica Paraná oferece 420 vagas em diversos cursos profissionalizantes gratuitos.

    Quem optar por Instalações elétricas vai se especializar em comandos elétricos, eletricidade básica residencial e eletricidade industrial.

    “São conhecimentos muito úteis para quem deseja trabalhar com produção na área cultural, em atividades como iluminação e sonorização de shows e espetáculos”, destaca o gestor da Agência do Trabalhador da Cultura, Raphael Dotto.

    OUTRAS ÁREAS– O programa também oferece vagas nas áreas de Elétrica Automotiva, Manutenção de Motos, Mecânica Automotiva, Mecânica Industrial, Soldagem e Automação.

    As aulas serão ministradas em oito unidades móveis, em frente ao Palácio do Iguaçu, em Curitiba. A carga horária varia entre 40, 60 e 80 horas. 

    Para se inscrever é necessário preencher este formulário  on-line ou buscar uma Agência do Trabalhador. As vagas serão preenchidas conforme as inscrições e são limitadas.

     

    Fonte: Secom Paraná

  • Museu Oscar Niemeyer promove uma série de oficinas com artistas mulheres

    Museu Oscar Niemeyer promove uma série de oficinas com artistas mulheres

    Terá início na quinta-feira (24) uma série de oficinas artísticas, promovidas pelo Museu Oscar Niemeyer, com participantes da exposição “Afinidades II – Elas!” . A primeira será de desenho, com a artista Leila Pugnaloni. A atividade é gratuita, mas é necessária a inscrição prévia .

    A oficina revelará o desenho como processo criativo em que a velocidade e a leveza são características predominantes. Enfrentar a forma, representar, imaginar e projetar são desafios que o desenho evoca, e é a partir desse conceito que a artista guiará a atividade.

    A exposição “Afinidades II – Elas!”, em cartaz na Sala 3, faz parte do projeto “Afinidades”, do MON, que teve início em 2021. Nesta segunda edição, um grupo de artistas mulheres, de diversas regiões do Brasil, foi convidado a participar, a partir de uma imersão na coleção permanente de obras do Museu Oscar Niemeyer.

    Com curadoria de Marc Pottier, a mostra reúne dez artistas brasileiras, com a intenção de ser uma celebração da arte feita por mulheres.

    SOBRE O MON– O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.

    Serviço:Oficina artística “Afinidades II – Elas!”

    Data: 24 (quinta-feira)

    Horário: 15h30

    Inscrição prévia AQUI .

    Fonte: Secom Paraná

  • Música no MUPA: Andras Atlason lança seu mais novo disco no museu

    Música no MUPA: Andras Atlason lança seu mais novo disco no museu

    Na próxima terça-feira (22), a partir das 19h, o Museu Paranaense recebe mais uma programação musical gratuita em seu auditório. Neste dia acontece o concerto de lançamento do disco “Atlantis”, o mais novo trabalho do artista feroico-brasileiro Andras Atlason.

    O concerto tem duração prevista de 50 minutos, e o evento contará com músicos convidados, arranjos personalizados, leitura de poemas e assinatura de CDs.

    O disco “Atlantis” é formado por 12 faixas que colocam a música, a litografia e a literatura em um diálogo entre o mundo nórdico e o mundo lusófono. Já descrito como uma “ponte entre Danilo Caymmi e King Crimson”, a dificuldade de categorização do gênero desse disco é o melhor convite para o universo de seus artifícios musicais combinados com a litografia do artista feroico Marius Olsen.

    Seis das músicas são baseadas em poemas em línguas nórdicas (em especial o feroico) e as outras seis baseadas em poemas em português – refletindo assim o próprio artista e sua identidade entre o mundo de seu pai escandinavo, das Ilhas Faroé (território dinamarquês)  e sua mãe brasileira – ambos violonistas clássicos. 

    SOBRE O ARTISTA– Andras Atlason é um músico, compositor e antropólogo, cuja música reflete sobre a identidade humana na diversidade de sua expressão sonora. Estudou piano com Davi Sartori e Olga Kiun, complementando sua educação musical com aulas de composição e harmonia com os professores Márcio Steuernagel, Osvaldo Colarusso e Samuel Andreyev.

    Seu trabalho criativo na década de 2010 deu origem a “Ut” (2011), um álbum de piano solo, bem como o EP “Ritoli” (2013) e o disco “Shogyoumujou” (2016) com o duo de rock progressivo Da Zai. Desde então, como compositor e produtor musical, seu trabalho independente alcançou mais de 20 artistas em nove países. “Atlantis”, lançamento de 2022 pela gravadora TUTL Records, é o primeiro disco solo de sua carreira.

    Serviço:

    Concerto de lançamento do disco “Atlantis”, de Andras Atlason

    Terça-feira, 22 de novembro de 2022, às 19h

    Auditório do Museu Paranaense (MUPA). Entrada gratuita

    Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

    Fonte: Secom Paraná

  • Cinema na Praça chega a novas cidades do Centro-Oeste neste fim de semana

    Cinema na Praça chega a novas cidades do Centro-Oeste neste fim de semana

    A região Centro-Oeste do Paraná recebe neste fim de semana uma programação especial. Com a chegada da carreta do projeto Cinema na Praça, dois filmes serão exibidos gratuitamente para a população. As sessões ao ar livre já reuniram um público de 17,1 mil pessoas nesta segunda temporada, iniciada em outubro.

    Essa fase do projeto contempla 55 cidades paranaenses. Nesta sexta-feira (18), as sessões acontecem em Moreira Sales, a partir das 19h. No sábado (19), é a vez de Boa Esperança e, no domingo (20), Goioerê. Às 19h será exibido “O Poderoso Chefinho 2 – Negócios da Família” e, às 21h, “Os Croods 2 – Uma Nova Era”.

    O Cinema na Praça disponibiliza 400 cadeiras para o público e a organização local pode oferecer pipoca ou outros itens de alimentação.

    As exibições podem sofrer alterações devido às chuvas. Foi o que aconteceu recentemente nos municípios de Brasilândia do Sul, Ourizona, São Sebastião da Amoreira e Santo Antônio do Caiuá, que tiveram que cancelar as sessões e, agora, terão uma nova data para a projeção dos filmes (em destaque na agenda abaixo).

    Nova temporada– O percurso da carreta adaptada com uma tela de cinema passa por cidades com até 30 mil habitantes, que não têm cinemas de rua ou em centros comerciais. O projeto do Governo do Estado conta com apoio da Renault do Brasil e da Motion Picture Association.

    O novo itinerário do Cinema na Praça foi retomado em outubro e segue até dezembro no Interior. Em janeiro e fevereiro, as exibições passam a fazer parte da programação Verão Maior Paraná, no Litoral do Estado. Essa segunda fase do projeto contempla 55 cidades paranaenses.

    Confira a agenda do Cinema na Praça

    Moreira Sales – 18/11

    Boa Esperança – 19/11

    Goioerê – 20/11Brasilândia do Sul – 24/11

    Mamborê – 25/11

    Terra Boa – 26/11

    Peabiru – 27/11

    Araruna – 28/11Ourizona – 30/11

    Iretama – 01/12

    Boa Ventura de São Roque – 02/12

    Campina do Simão – 03/12

    Laranjal – 04/12

    Nova Laranjeiras – 08/12

    Laranjeiras do Sul – 09/12

    Candói – 10/12

    Reserva do Iguaçu – 12/12

    São Sebastião da Amoreira– 13/12

    Wenceslau Braz – 14/12

    Andirá – 15/12

    Sertanópolis – 16/12

    Primeiro de Maio – 17/12

    Florestópolis – 18/12Santo Antônio do Caiuá– 19/12 

    Litoral – janeiro e fevereiro de 2023

    Guaratuba – 05, 06, 07, 08/01

    Matinhos – 12, 13, 14, 15/01

    Pontal do Paraná – 19, 20, 21, 22, 26, 27, 28, 29/01

    Paranaguá – 02 e 03/02

    Morretes – 04 e 05/02

    Antonina – 09 e 10/02

    Matinhos – 11 e 12/02

    Fonte: Secom Paraná