Categoria: Cultura

  • Univel: biólogo Richard Rasmussen ministra palestra na Semana Acadêmica Integrada das Ciências Agrárias

    Univel: biólogo Richard Rasmussen ministra palestra na Semana Acadêmica Integrada das Ciências Agrárias

    Entre os dias 26, 27 e 28 de outubro ocorreu no Centro Universitário Univel a (SINCA) Semana Acadêmica Integrada, para os acadêmicos de agronomia e medicina veterinária. Durante o evento foram ministrados minicursos e palestras. Na última sexta-feira (28) o biólogo Richard Rasmussem e o médico veterinário Felippe Azzolini, participaram de uma mesa redonda sobre o Agronegócio e sua Importância Ambiental e no último sábado (29) Richard ministrou um curso sobre: biologia Selvagem: Teoria e Manejo.

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    Conforme a aluna e presidente do Centro Acadêmica, Camile Gandolfi, que faz parte da organização do evento, o objetivo foi trazer esses temas para que os acadêmicos adquirissem mais conhecimento” Pensamos em conteúdo de várias áreas para que atendesse o interesse de todos os acadêmicos, conteúdos tanto de animais de companhia como também de produção e selvagens “ressalta ela.

    De acordo com o coordenador do curso de medicina veterinária Paulo Figueira, o intuito é que os alunos participem e conheçam as perspectivas do mercado de trabalho. “Participando da semana acadêmica os alunos adquirem crescimento educacional e têm acesso aos assuntos que estão em pauta no nosso mundo atual. Além do networking, essa rede de contatos é essencial, pois, no futuro essas parcerias poderão ser utilizadas”.

    Para a coordenadora do curso de agronomia Vanessa Taques o objetivo do SINCA é levar aos alunos o conhecimento além da sala de aula com assuntos atuais desenvolvidos em sala de aula. “O Objetivo dos cursos e de das palestras é aprofundar o conhecimento dos alunos para eles que eles tenham mais informações e mais ferramentas para desenvolverem ainda mais o aprendizado”.

    A acadêmica de agronomia, Camila Vitória de Mello Pinto, ressalta que o evento foi fundamental para ampliar o conhecimento dos alunos “A semana SINCA é um momento de muito aprendizado. Tivemos palestras importantíssimas com profissionais preparados e isso de fato é muito importante, pois contribui para o nosso futuro”, afirma ela.

    Além de participar do SINCA, no último sábado (29) o biólogo Richard Rasmussen ministrou um curso sobre biologia Selvagem: Teoria e Manejo. A acadêmica Camile participou do curso, ela ressalta que tanto as palestras quanto o curso superaram as expectativas “Foi incrível. Aprendi muito mais sobre répteis em especial as incríveis serpentes, os profissionais que ministraram o curso são muito bons, acredito que todos os acadêmicos que participaram adquiriram muito conhecimento. O curso superou muito as minhas expectativas, passei a gostar ainda mais dessa área e achei também o curso muito importante para aprendermos um pouco mais sobre a importância de cuidar desses animais e saber como manejá-los para acima de tudo ajudar na sua preservação”.

    Richard Rasmussen comenta que viaja muito e busca sempre trazer um pouco de luz sobre conservação e agronegócio. “Tenho me preocupado nos últimos anos de trazer informações e um pouco de luz a respeito de alguns conhecimentos que estão arraigados, frases feitas com relação à conservação e ao agronegócio. Busco levar ao público, principalmente para os estudantes informações de reflexões, para instigar o pensamento deles”, comenta ele.

    Fonte: Fonte não encontrada

  • Exposição “Pintura+Docência” integra comemorações da Semana Andersen

    Exposição “Pintura+Docência” integra comemorações da Semana Andersen

    O Museu Casa Alfredo Andersen abre neste sábado (05), às 10h, a exposição “Pintura+Docência”. A mostra faz parte da comemoração da Semana Andersen 2022, período que celebra o aniversário de nascimento do artista Alfredo Andersen.

    Com curadoria de Marcelo Conrado, artista visual e professor da Universidade Federal do Paraná, a mostra é resultado de uma soma de narrativas, que se dão da figuração à abstração, das técnicas empregadas ao hibridismo da pintura na arte contemporânea, do museu à universidade e, principalmente, da pintura à docência.

    “Não nos enganemos: para além da expressão ou da espontaneidade, a pintura é um ofício que solicita disciplina, rigor e paciência”, diz Conrado, sobre a importância do repasse de métodos, saberes e técnicas que envolve a docência.

    LEGADO – No Paraná, a arte da pintura passa por um endereço: o Museu Casa Alfredo Andersen, seja pelo legado de seu patrono, pelo espaço expositivo que ao longo de décadas vem recebendo exposições, seja ainda pela Academia Andersen, ateliê anexo ao museu onde são ofertadas oficinas de pintura, dentre outros cursos.

    Em um espaço onde o museu é indissociável ao ateliê, essa exposição ressalta a ambivalência de pintoras e pintores que, além da produção artística, também fizeram da docência sua profissão. A mostra reúne artistas que colocam a pintura no grau da hereditariedade, contribuindo na formação de gerações de artistas.

    “Nada é mais significativo para o nosso espaço, visto que Andersen é o ‘professor dos professores’ e carrega no nome a herança cultural paranaense na pintura”, afirma o diretor Luiz Vidal.

    A exposição reúne obras das professoras-pintoras Dulce Osinski, Juliane Fuganti, Mazé Mendes, Rossana Guimarães e Teca Sandrini, e dos professores-pintores Alfredo Andersen, Fernando Calderari, João Osório Brzezinski, Ricardo Carneiro e Ronald Simon. Muitos dos nomes que participam dessa mostra também apresentam, ao longo de suas trajetórias, incursões pelo desenho, gravura ou fotografia, mas sempre retornando para o campo da pintura.

    EDUCATIVO– Pensando na experiência educativa por meio da exposição “Pintura+Docência”, o Museu Casa Alfredo Andersen promove a visita mediada com o tema ”Andersen Artista Educador”, que pode ser direcionada a diferentes instituições. Para maiores informações e agendamentos, o contato pode ser feito pelo telefone (41) 3222-8262.

    Serviço:

    Museu Casa Alfredo Andersen

    Endereço: R. Mateus Leme, 336 Centro – Curitiba

    Terça a domingo, das 10h às 17 horas

    Entrada gratuita

    Telefone: (41) 3222-8262

    Fonte: Secom Paraná

  • Em iniciativa inédita, MAC Paraná promove curadoria coletiva na mostra “Interferências”

    Em iniciativa inédita, MAC Paraná promove curadoria coletiva na mostra “Interferências”

    A partir de segunda-feira (07), o público poderá conferir uma exposição que envolve ativamente toda a equipe do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, em uma iniciativa inédita de curadoria coletiva. A mostra, chamada “Interferências”, concentra o trabalho de seis artistas brasileiros presentes no acervo do Museu, selecionados por um grupo de 12 curadores que estão imersos no dia a dia do MAC Paraná.

    O objetivo desse coletivo de curadores, formado por integrantes de diferentes setores do MAC, é colocar em destaque parte do acervo da instituição. Para a equipe, expor também é um ato de preservar as obras de arte, promovendo novas conexões e reflexões. A exposição ocupa a Sala Adalice Araújo, que fica no hall do edifício-sede da Superintendência-Geral da Cultura do Paraná, no Centro de Curitiba.

    É possível visitar a Sala Adalice Araújo gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A mostra prossegue até 26 de fevereiro de 2023.

    ESPECIAL– De acordo com a diretora do MAC Paraná, Carolina Loch, a exposição é um projeto inédito e muito especial para a instituição, pois mobilizou a equipe de forma ampla e profunda. “Os setores de Acervo, Educativo, Pesquisa e Administrativo trabalharam juntos nas últimas semanas para criarem uma exposição a partir daquilo que eles veem no dia a dia do museu”, afirma.

    A diretora reforça, ainda, que esse time curatorial, composto por quem mais conhece as particularidades da instituição, se dedicou a olhar o acervo através de uma perspectiva que buscava conceitos atualizados da arte contemporânea e como esses novos conceitos influenciam atualmente a identidade e a memória do MAC Paraná. “Esse processo resultou em uma exposição muito bonita e sensível”, completa.

    ARTISTAS– Em “Interferências”, as obras dos artistas Mazé Mendes, Pietrina Checcacci, Vilma Slomp, Elaine Tedesco, Marcio Prado, José Antonio de Lima dialogam com o espaço expositivo da Sala Adalice Araújo, em uma combinação de materialidades, sutilezas e, claro, de interferências materiais e subjetivas. Na mostra, há também referências à uma instalação da artista Lucia Koch. Um convite para observar diferentes perspectivas de pensar e fazer arte contemporânea nos mais de 50 anos do Museu.

    CURADORIA COLETIVA– Fazem parte Ana Cavali, Carolina Loch, Cláudia Rejane Schavarinski Almeida Santos, Crislene Bueno de Carvalho Galdino, Gilmar Luiz Kaufmann Junior, Joanes Barauna, Lara Naomi Nagata Carazzai, Larissa de Almeida Corrêa, Lucia Venturin de Matos, Milena Carolina Ribeiro, Pedro de Carvalho e Thais Cristina Wroblewski. Produção e logística de Cirillo José Basso.

    Serviço:

    Exposição “Interferências”

    Obras dos artistas contemporâneos Mazé Mendes, Pietrina Checcacci, Vilma Slomp, Elaine Tedesco, Marcio Prado, Lucia Koch, José Antonio de Lima (acervo MAC Paraná). Curadoria coletiva da equipe MAC Paraná

    Abertura: segunda-feira, 07 de novembro, às 17h

    Período expositivo: 8 de novembro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023

    Horário: de segunda à sexta, das 8h às 12h, e das 13h30 às 18h

    Sala Adalice Araújo – Rua Ébano Pereira, 240, Centro – Curitiba

    Entrada gratuita

    Fonte: Secom Paraná

  • Crianças no Teatro supera expectativas em Francisco Beltrão; projeto está em Pato Branco

    Crianças no Teatro supera expectativas em Francisco Beltrão; projeto está em Pato Branco

    Quase 8 mil crianças da região de Francisco Beltrão, no Sudoeste, participaram das atividades do projeto Crianças no Teatro, entre os dias 26 e 28 de outubro. Fruto da iniciativa da Secretaria estadual da Comunicação Social e da Cultura, Superintendência-Geral da Cultura e PalcoParaná, com apoio da Audi do Brasil, o projeto permanece até segunda-feira (07) em Pato Branco (Sudoeste), onde atenderá um público de 6 a 12 anos de escolas públicas de várias cidades da região.

    O projeto tem como objetivo promover o acesso descentralizado à cultura e estimular a formação de plateias em todo o Estado. O espetáculo desta primeira fase é “A Princesa Cansada e o Animal Bocejante”, de Neumar Michaliszyn, com produção da Carnívora Cia. de Teatro em colaboração com a Parnaxx. A comédia é inspirada no conto “Eros e Psique”, de Fernando Pessoa.

    “Esta primeira fase está sendo espetacular. Na região de Francisco Beltrão tivemos um público superior ao esperado. Em Pato Branco, houve algumas intercorrências por causa do bloqueio das rodovias, porém, ainda assim o público está respondendo muito positivamente”, conta Laura Haddad, diretora artística do PalcoParaná.

    Além das cidades-sede, o objetivo do programa é atender as crianças de municípios vizinhos. Bom Sucesso do Sul, Vitorino, Mariópolis e Clevelândia, na região de Pato Branco, também participam das atividades em curso. No Teatro Unisep, 7.885 crianças das cidades de Pato Branco, Nova Esperança do Sudoeste, Manfrinópolis, Itapejara D’Oeste e Verê assistiram ao espetáculo.

    A peça “A Princesa Cansada e o Animal Bocejante” faz um contraponto aos personagens da literatura clássica, apresentando uma princesa que se encontra com um animal bocejante que se torna seu amigo. Interativa, leve e com brincadeiras, a encenação ultrapassa o espaço “palco e plateia”, propondo uma sinergia entre atores e espectadores. O espetáculo foi extremamente bem recebido pela plateia de pequenos estudantes.

    PROJETO– Anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em junho deste ano, em um grande evento no Teatro Guaíra, o projeto é inédito nesse formato no Paraná. “Eu tenho uma memória afetiva do teatro. Eu fui a alguns espetáculos levado pela escola pública onde estudei na infância. E lembro até hoje. Por isso, pedi um projeto para darmos vida aos teatros e colocar o máximo de crianças de escolas públicas para participar desses eventos. E ele acontece do mesmo jeito do Cinema na Praça, com diversão gratuita para as pessoas”, afirma Ratinho Junior.

    Para a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, esse é um projeto que está totalmente alinhado à política pública desta gestão, que tem descentralizado as ações da cultura em diversos âmbitos, como foi feito com o Balé Teatro Guaíra ou a Orquestra Sinfônica do Paraná. “Por isso, teve a chancela e a participação ativa do governador desde o início”, completa.

    O projeto tem como objetivo, além de descentralizar as ações culturais que ficam concentradas nos grandes centros, trabalhar propostas pedagógicas de mediação cultural para que crianças tenham acesso à arte por meio de outras possibilidades sensoriais estimuladas. “A ideia é promover uma recepção cultural com os alunos e os educadores dentro dos espaços nas cidades. Vamos abordar questões que vão despertar outras formas de arte e educação”, diz Carol Scabora, coordenadora cultural e de produção dos espetáculos.

    Além da recepção cultural e da apresentação da peça, os alunos e os educadores são convidados para uma conversa mediada ao fim do espetáculo, como forma de compreensão e reconhecimento do espaço artístico. Os educadores terão acesso a uma “Cartilha Educacional Digital”, por meio de QR Code, com jogos teatrais – um excelente recurso didático coletivo e reflexivo – para serem utilizados em salas de aula e como ferramenta de jogos lúdicos e de brincadeiras improvisatórias que são usadas na preparação teatral e artística.

    O projeto Crianças no Teatro totalizará 132 apresentações na primeira edição. Estão previstas agendas, a partir de 2023, após a rodada no Sudoeste, em Maringá, Umuarama, Londrina, Cornélio Procópio, Cascavel, Foz do Iguaçu, Assis Chateaubriand, entre outros municípios.

    Serviço:

    A Princesa Cansada e o Animal Bocejante

    Pato Branco, até 7 de novembro, às 10h e às 15h

    Anfiteatro da UTFPR – Via do Conhecimento s/n – KM 01

    Há uma sessão com acessibilidade para estudantes surdos e com dificuldades auditivas, com a participação de intérprete de Libras.

    FICHA TÉCNICA:

    A Princesa Cansada e o Animal Bocejante

    Carnívora Cia. de Teatro

    Dramaturgia: Neumar Michaliszyn

    Atores: Carol Scabora e Ike Rocha

    Criação de Sonoplastia: Jackson Totsk

    Operação: Bruno Matteuzzo

    Operação de Luz: Vitor Vinicius

    Figurinos: Ike Rocha e Juraci Carneiro

    Cenário: Deodato Araújo

    Maquiagem: Lirani Duarte.

    Fonte: Secom Paraná

  • MON divulga programação especial do Arte para Maiores de novembro

    MON divulga programação especial do Arte para Maiores de novembro

    A edição de novembro do programa Arte para Maiores do Museu Oscar Niemeyer (MON), destinado especialmente ao público com mais de 60 anos, terá visita mediada, oficina artística e videoconferência. As ações acontecerão nos dias 8 e 23 de novembro. No dia 8, terça-feira, o colecionador e curador Fausto Godoy conduzirá uma visita mediada na exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, que está com sua nova edição: “Colonialismo”. Em seguida, o Educativo fará uma oficina prática.

    A videoconferência será no dia 23 de novembro (quarta-feira), com o artista e pesquisador Marco Baena. Ele falará sobre sua relação com a coleção asiática e trará pontos de vista do campo artístico sobre algumas obras em exposição na mostra.

    Para se inscrever nas atividades é necessário preencher o formulário online . As vagas são limitadas e não é preciso possuir conhecimento prévio em artes visuais.

    EM CARTAZ– Esta edição da mostra “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, apresentada na Sala 5, conta com o tema “Colonialismo”. A exposição aborda o impulso hegemônico e mutante de um grupo sobre outro, que tem sido a tônica da curva das civilizações. Além disso, traz ao público um recorte das cerca de 3 mil obras de arte asiáticas pertencentes ao acervo do MON e promove a reflexão sobre as diversas interpretações do colonialismo na Ásia.

    ARTE PARA MAIORES– O programa Arte para Maiores conquistou um importante reconhecimento nacional na área de educação em museus, o Prêmio Darcy Ribeiro 2019, concedido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Em 2020, o programa tornou-se online, em decorrência das restrições impostas pela pandemia. Em 2021, o Arte para Maiores retornou em sua versão presencial, seguindo o protocolo de segurança.

    SOBRE OS CONVIDADOS

    FAUSTO GODOY – Bacharel em Direito pela Instituição Toledo de Ensino (Bauru). Cursou doutorado na Universidade de Paris (I), em Direito Internacional Público (1971). Tem diploma de Língua e Civilização Francesa pela Universidade de Paris – Sorbonne. Cursou História da Arte na École du Louvre (1973). Ingressou na carreira diplomática em 1976. Serviu nas Embaixadas do Brasil em Bruxelas (1978); Buenos Aires, (1980); Nova Delhi (1984); Washington (1992) e Tóquio (2001). Foi designado embaixador junto aos governos do Paquistão (2004) e Afeganistão (2005). Serviu posteriormente em Hanoi (2007); Consulado do Brasil em Tóquio; Escritório Comercial do Brasil em Taipé e nas Embaixadas do Brasil em Bagdá (sediada em Amã), Daca, Astana e Yangon.

    Foi cônsul-geral do Brasil em Mumbai (2009). Aposentou-se do Serviço Exterior Brasileiro em 2015. Fausto Godoy doou sua coleção de arte e etnologia asiáticas, com cerca de 3 mil peças, ao Museu Oscar Niemeyer. Esta coleção constitui a primeira ala asiática em um museu brasileiro. É membro da Diretoria da Câmara de Comércio Brasil-Índia. É coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos na ESPM. Tem matérias publicadas em revistas brasileiras e participa de seminários nacionais e internacionais sobre a Ásia.

    MARCO BAENA– Doutorando em Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais da Arte pelo Instituto de Artes da UNESP. Mestre em Artes Visuais e bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP. Atualmente integra o grupo de estudos do Laboratório de Pesquisa em Identidade e Diversidade Cultural do Instituto de Artes da UNESP

    SOBRE O MON– O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana.

    No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda

    Serviço:

    Visita mediada e oficina08 de novembroHorário: das 14h às 17h

    Videoconferência23 de novembroHorário: das 14h às 15h30Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba

    Inscrição: bit.ly/APMnovembro2022

    Fonte: Secom Paraná

  • Profice divulga resultado dos recursos do edital de Dança

    Profice divulga resultado dos recursos do edital de Dança

    O Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice) divulgou o resultado dos recursos em primeira instância da Análise Técnica e de Mérito dos projetos classificados no Edital 001/2022 – área artístico-cultural Dança .

    Os recursos em segunda instância podem ser impetrados desde 3 de novembro até as 23h59 do dia 9 de novembro, exclusivamente pelo sistema SisProfice.

    O Profice é o maior programa de fomento à cultura do Estado e nesta edição foi dividido em três etapas de editais para maior agilidade.

    As dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail [email protected] Para mais informações acesse o site .

    Fonte: Secom Paraná

  • Estão abertas as inscrições para a 17ª edição do projeto Uma Noite na Biblioteca

    Estão abertas as inscrições para a 17ª edição do projeto Uma Noite na Biblioteca

    A Biblioteca Pública do Paraná promove no dia 26 de novembro a 17ª edição do projeto Uma Noite na Biblioteca — acantonamento para crianças de 7 a 10 anos. A programação começa no fim da tarde de sábado e termina na manhã de domingo, com um café de confraternização para as famílias dos participantes e funcionários da BPP.

    As atividades incluem apresentações teatrais, contação de histórias e jogos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas diretamente na Seção Infantil, de segunda a sexta, das 8h30 às 18h30. As vagas são limitadas.

    Durante a maratona cultural, que neste ano trata do tema “Meu lugar no mundo”, as crianças são convidadas a criar laços afetivos e percorrer diferentes espaços da Biblioteca por meio de cenas teatrais, mediações literárias e proposições artísticas.

    Serviço:

    Uma Noite na Biblioteca — 17ª edição

    Dia 26 (sábado), a partir das 17h, na Biblioteca Pública do Paraná

    Inscrições na Seção Infantil da BPP de segunda a sexta, das 8h30 às 18h30

    Informações: (41) 3221-4980

    Fonte: Secom Paraná

  • Biblioteca Pública promove sexta edição de sua festa literária com mais de 30 eventos

    Biblioteca Pública promove sexta edição de sua festa literária com mais de 30 eventos

    A Biblioteca Pública do Paraná promove entre os dias 7 e 12 de novembro a sexta edição de sua festa literária anual, a Flibi. A programação conta com mais de 40 convidados e 30 atrações — entre palestras, debates, oficinas, exposições, sessões de filmes, atividades para crianças e apresentações de música e teatro.

    A novidade deste ano é a realização do primeiro Encontro de Editoras, uma feira de livros independentes que reúne dez expositores no hall térreo da Biblioteca nos dias 11 e 12. A entrada é gratuita em todos os eventos e a BPP emite certificados de participação.

    Criada em 2017 para sintetizar, durante uma semana, a programação cultural ampla e diversificada oferecida pela Biblioteca Pública ao longo do ano, a Flibi propõe nesta edição uma reflexão sobre o tema “Ficções e Reconstruções”. Cristovão Tezza, Luci Collin, João Silvério Trevisan, Tatiana Salem Levy, Rodrigo Garcia Lopes, Morgana Kretzmann e Bruno Maron são alguns dos convidados da festa, que tem curadoria do escritor e jornalista Yuri Al’Hanati.

    “A Biblioteca Pública do Paraná não poderia estar mais feliz, pois será a maior edição da nossa Festa Literária. Os convidados virão de diferentes regiões do Brasil, o que abrirá espaço para encontros e trocas de uma grande diversidade de vozes, que terão a oportunidade de conhecer e dialogar com nomes importantes da cena literária do nosso Estado”, disse o diretor da BPP, Luiz Felipe Leprevost. Entre eles, destaca a presença do Cristovão Tezza, que neste ano comemora 70 anos de idade.

    “Com a intenção de aumentar esse coro de vozes na Flibi, a Biblioteca receberá, pela primeira vez, um encontro de editoras independentes, que muito têm feito pela divulgação de autoras e autores do Paraná e de fora do nosso Estado”, completa o diretor.

    Veja a agenda completa – Ficções e Reconstruções

    Dia 7, segunda-feira

    17h30

    Conferência de abertura: A identidade dos povos indígenas no Brasil do século XXI

    O escritor roraimense Cristino Wapichana fala sobre o reconhecimento dos indígenas como parte integrante da sociedade brasileira e como alinhar tradição e contemporaneidade no mundo atual

    Hall térreo

     

    19h30

    Mesa: O Brasil da desesperança

    Sonhos despedaçados pela realidade brasileira são o assunto dos romancistas Lucas Lazzaretti e Tatiana Salem Levy, que discutem como a literatura e a filosofia pensam o abismo intelectual do país. Mediação de Christian Schwartz

    Auditório

     

    Dia 8, terça-feira

    17h30

    Mesa: Família e memória

    Vanessa Vascouto e Carlos Eduardo Pereira, vozes distintas na produção contemporânea, exploram as fronteiras entre criação e memória em seus enredos familiares de traumas e partidas. Mediação de Rodrigo Casarin

    Hall térreo

    19h30

     

    Mesa: Livros e séries

    Produções televisivas e cinematográficas que estão investindo cada vez mais em roteiros de qualidade apostam nos premiados escritores Jim Anotsu e Morgana Kretzmann, que debatem os pontos de contato e divergência entre a literatura e o cinema. Mediação de Ana Johann

    Auditório

     

    Dia 9, quarta-feira

    17h30

    Mesa: Abaixo Dostoiévski

    O “cancelamento” de autores russos como parte dos protestos contra a guerra na Ucrânia é parte recorrente da história da recepção dessa literatura no Exterior. Os tradutores Irineu Franco Perpétuo e Letícia Mei explicam como os russos enxergam o fenômeno e como escritores são mesclados na história política do país. Mediação de Yuri Al’Hanati

    Hall térreo

     

    19h30

    Mesa: Ficções e construções

    A celebrada autora Luci Collin discute, a partir de seu romance Nossa Senhora D’Aqui, como a linguagem literária ajuda a moldar nosso entendimento sobre noções como nação e identidade, abstratas se vistas de perto, e como elas norteiam a escrita contemporânea. Mediação de Daniélle Carazzai

    Auditório

     

    Dia 10, quinta-feira

    17h30

    Mesa: Costumes castigados

    A crítica bem-humorada à classe média coloca em evidência comportamentos hipócritas e retrógrados sob a pena do cartunista Bruno Maron, que discute como o humor desvela a comédia da vida privada. Mediação de Benett

    Hall térreo

    19h30

     

    Mesa: Devassos no Paraíso

    João Silvério Trevisan, veterano da literatura LGBTQIAP+, fala sobre sua obra e os desafios que enfrentou ao longo de 45 anos de carreira como escritor e ativista dos direitos humanos. Mediação de Juliana Barbosa

    Auditório

     

    Dia 11, sexta-feira

    17h30

    Mesa: Dramaturgia hoje

    Duas gerações de dramaturgos — Lígia Souza e Márcio Abreu — debatem os pontos de contato entre a linguagem teatral e a linguagem literária, e como o teatro se coloca como potência pensante das contradições humanas em meio a outras produções artísticas. Mediação de Luciana Romagnolli

    Auditório

    19h30

     

    Mesa: A nova era de ouro do rádio

    O jornalista Ivan Mizanzuk, autor do podcast Projeto Humanos, apresenta novas possibilidades de jornalismo literário e narrativas em áudio em podcasts de storytelling. Mediação de Flávia Schiochet

    Auditório

     

    Dia 12, sábado

    10h

    Mesa de encerramento: Tezza 70

    O premiado escritor Cristovão Tezza, que completou 70 anos em 2022, passa sua obra em revista e fala sobre sua trajetória e projetos futuros. Mediação de Sandro Moser

    Hall térreo

     

    OFICINAS

    Criação poética

    Por meio de uma série de atividades, o poeta londrinense Rodrigo Garcia Lopes oferece aos alunos experiências com a linguagem, tornando-os conscientes das palavras enquanto um meio poderoso de expressão e forma de conhecimento do mundo

    Dias 7 e 8, das 14h às 15h30

    Coworking

    Inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected]

    20 vagas

     

    Humor gráfico

    Criador da série Dinâmica de Bruto, popular nas redes sociais, Bruno Maron apresenta um painel histórico e propõe uma genealogia que combina duas correntes distintas: a história do riso e a história do desenho

    Dias 9 e 10, das 10h às 11h30

    Coworking

    Inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected]

    20 vagas

     

    Poesia e performance

    O poeta Pedro Rocha e a atriz e cantora Amora Pera propõem uma série de experimentações acerca de criação artística e da expansão da poesia escrita em poesia falada e sonora — com inspiração nas obras de artistas como Yoko Ono, Patti Smith, Marcel Duchamp e Guilherme Zarvos, entre outros

    Dias 11 e 12, das 10h às 11h30

    Coworking

    Inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected]

    20 vagas

     

    ENCONTRO DE EDITORAS

    Venda de livros e debates sobre o meio editorial brasileiro com representantes de dez editoras independentes paranaenses

    Dia 11, das 8h30 às 20h

    Dia 12, das 8h30 às 13h

    Hall térreo

     

    WORKSHOP DE INTRODUÇÃO À AUDIODESCRIÇÃO

    A especialista Raquel Carissimi apresenta informações gerais sobre a tradução audiovisual e recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual

    Dia 8, das 10h às 12h

    Coworking

    Inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected]

    30 vagas

     

    CANTATECA

    Apresentação do coral infantojuvenil da Biblioteca Pública do Paraná encerrando a 6ª Flibi

    Dia 12, às 11h30

    Hall térreo

     

    MARCAS LITERÁRIAS

    Exposição com registros de grandes autores paranaenses que passaram pela Biblioteca Pública em seus 165 anos de história

    De 7 a 11, das 8h30 às 20h

    Dia 12, das 8h30 às 13h

    Hall do segundo andar

     

    PARA CRIANÇAS

    Café com Elis

    Apresentação da palhaça da Cia. Maria Elis

    Dia 8, às 10h

    Seção Infantil

     

    Aventuras Literárias com Denis Winston Brum

    Bate-papo com o autor do livro As Quatro Línguas

    Dia 9, às 14h

    Seção Infantil

     

    Hora do Conto

    Sessões diárias de contação de histórias com o grupo Era Uma Vez

    De 7 a 12, às 11h e 15h

    Nos dias 9 e 12, somente às 11h

    Seção Infantil 

    Cine Pipoquinha com audiodescrição

    Exibição de curtas-metragens com recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual

    De 7 a 12, às 10h e 14h

    Nos dias 9 e 12, somente às 10h

    Fonte: Secom Paraná

  • Grupo de dança do Teatro Guaíra leva espetáculo para cinco cidades do Oeste do Paraná

    Grupo de dança do Teatro Guaíra leva espetáculo para cinco cidades do Oeste do Paraná

    Um grupo de empregados prepara a festa de fim de ano na mansão do Sr. Stahlbaum. Após alguns incidentes na cozinha, todos mergulham em um sono profundo, o que desperta os desejos mais secretos e inconfessáveis pesadelos. Este é o pano de fundo do espetáculo “La Cena”, da G2 Cia de Dança do Teatro Guaíra, que chega a cinco cidades da região Oeste do Paraná em novembro.

    Inspirado em contos e personagens criados pelo escritor alemão E.T.A Hoffmann (“Quebra-Nozes & Camundongo Rei” e “O Homem de Areia”); pelo britânico Neil Gaiman (autor de “Sandman”) e pelos Ballets Russes de Serguei Diaguilev, “La Cena”, que tem texto e direção de Cleide Piasecki, traz doses de humor e ironia, que encantam espectadores de todas as idades.

    As apresentações fazem parte de um projeto de circulação nacional, iniciado em 2019, em comemoração aos 20 anos da companhia. Interrompido por conta da pandemia, agora retoma com um divertido mix de referências e sátiras ao mundo do balé: imperdível. Nesta etapa, o espetáculo de dança-teatro passa por Cascavel, Medianeira, Assis Chateaubriand, Foz do Iguaçu e Toledo.

    O diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Cleverson Cavalheiro, faz um convite ao público. “A G2 Cia. de Dança do CCTG tem a honra e a satisfação de circular pelos municípios do Paraná com o espetáculo ‘La Cena’. A abordagem, sempre lúdica, engraçada e atual, vai cativar todos os espectadores, por isso não percam esse grande evento na sua cidade”, afirmou.

    G2 – A G2 Cia e Dança é formada por bailarinos que atuaram no Balé Teatro Guaíra, e que contam com grande maturidade artística e técnica. Incentivados pela pesquisa de movimento e criação coletiva, se dedicam à montagem de espetáculos como “intérpretes criadores”, desde a sua fundação em 1999. Com essa filosofia, a companhia se dedica a explorar as infinitas possibilidades desse gênero de dança, além de buscar novos rumos e estéticas na linguagem da dança contemporânea.

    O projeto é realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com o apoio do Hotel Viale Cataratas e das Prefeituras Municipais de Cascavel, Medianeira, Assis Chateaubriand, Foz do Iguaçu e Toledo, patrocínio da Copel, e realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, Centro Cultural Teatro Guaíra, Superintendência-geral da Cultura, Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, Governo do Estado do Paraná, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal – Pátria Amada, Brasil.

    Serviço:

    La Cena”

    Espetáculo de dança com o G2 Cia. de Dança do Teatro Guaíra. Entrada franca.

    Aconselhável para maiores de 12 anos. Duração: 90 minutos.

    Dia 6 de novembro, às 19h – Teatro Municipal Sefrin Filho, em Cascavel.

    Dia 8 de novembro, às 20h – CPC Arandurá, em Medianeira.

    Dia 10 de novembro, às 20h – Teatro Municipal Deputado Federal Moacir Micheletto, em Assis Chateaubriand (espetáculo acessível em libras e audiodescrição).

    Dia 13 de novembro, às 19h – Hotel Viale Cataratas, em Foz do Iguaçu.

    Dia 15 de novembro, às 20h – Teatro Municipal de Toledo (espetáculo acessível em libras e audiodescrição).

    “Banquete”

    Performance com o G2 – Dia 6 de novembro, às 11h – Feira do Teatro de Cascavel. Entrada franca.

    Ações didáticas

    Espetáculo “La Cena” dirigido a estudantes da rede pública de ensino, acessível em libras e audiodescrição.

    Assis Chateaubriand – Dia 11 de novembro, 15h.

    Toledo – Dia 16 de novembro, às 15h.

    Fonte: Secom Paraná

  • Mesmo proibido, Estado induziu desenvolvimento do Oeste

    Mesmo proibido, Estado induziu desenvolvimento do Oeste

    O mito do desenvolvimento espontâneo e casual da região é demolido a cada nova documentação e histórico familiar. As desventuras da família Formighieri depois de confiar nos contratos com o Estado, por exemplo, comprovam que em muitos casos não havia interesse das famílias em se fixar na região, mas indução governamental para a ocupação do interior.

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    Os colonos se deslocavam pressionados pelo retalhamento dos minifúndios nas áreas de colonização à base de imigrantes alvejados por intensa propaganda do Paraná, cujo governo oferecia terras mediante ocupação efetiva, verificável por benfeitorias mínimas e moradia habitual.

    Também, como no caso dos Formighieri, vinham com a promessa de receber em pagamento por serviços prestados ao Estado terras mais bem situadas e propícias que as áreas devolutas remotas, sem acesso às vias principais de transporte e comércio.

    O governo federal bloqueou as ações do governo do Paraná na faixa de fronteira por conta da criação do Território Federal do Iguaçu, mas já havia historicamente projetos de colonização paranaenses em andamento e eles não cessaram porque o Paraná planejava recuperar seus Oeste e Sudoeste.

    Cofres zerados e terras sobrando

    Viajar a cavalo no geladíssimo fim de junho de 1946 foi uma tortura para o construtor de estradas José Neves Formighieri, que aos 30 anos, em sociedade com a família, já havia aberto vários trechos em Santa Catarina e pontos estratégicos da futura BR-277 da Serra do Cavernoso entre Guarapuava e Laranjeiras do Sul. 

    Partir de Curitiba rumo a Cascavel no conforto de um avião ou de um ônibus em uma estrada asfaltada era um sonho ainda impossível para Neves Formighieri, cuja empresa construtora prestou serviços ao Departamento do Oeste do governo do Estado e se viu em dificuldades para receber os valores contratados.

    Depois de tentar sem sucesso cobrar do governo do Paraná os valores correspondentes à abertura da estrada entre Laranjeiras do Sul a Pato Branco, Formighieri ouviu do Departamento do Oeste que não havia de dinheiro, mas poderia receber em terras. A família ficou de procurar terras compatíveis ao valor devido.

    Frio e pulgas

    Chegando a Cascavel em 24 de junho de 1946 em companhia de dois jovens empregados — Emerson Lóris de Oliveira, gaúcho de Palmeira das Missões, e João Godinho, catarinense de Lajes —, Neves completava a última etapa da viagem do trio, que foi vencer a cavalo a distância entre Laranjeiras do Sul e Cascavel.

    A árdua jornada de cinco dias só poderia ser amenizada por uma confortável estadia num dos hotéis da vila, criados para servir ao crescente número de viajantes que transitavam entre Guarapuava e os portos do Rio Paraná.

    No entanto, o melhor hotel da cidade, das famílias Reis e Pompeu, estava todo ocupado pelos jogadores do Tuiuti Esporte Clube, uma virtual seleção do Paraguai que  Horácio Reis, um apaixonado por futebol, contratava para servir ao clube.

    A saída de Neves e seus empregados foi pernoitar no ainda improvisado Hotel Bartnik.

    “Era pura pulga”, recordou Formighieri. Mas não lhe restou outra opção naquela noite gélida e tenebrosa. Chamou os empregados e estabeleceu uma estratégia de emergência para poder dormir: “Vamos varrer ao redor e jogar sal para afastar as pulgas. Só assim conseguiremos dormir”.

    No Rio Centenário

    Ao procurar seus contatos na vila, Neves Formighieri foi informado de que cerca de 40 a 50 famílias moravam no povoado. Nele, as pessoas mais ligadas ao governo do Estado chamavam o lugar de “Cascavel”, embora alguns não gostassem desse nome.

    O povo, nas ruas, dizia estar em “Aparecida dos Portos”. Os viajantes conheciam o lugar como “Encruzilhada dos Gomes”. Até havia quem tentasse chamá-la pelo nome de “Guairacá”, imposto pelo governo territorial do Iguaçu.

    O primeiro contato de Neves com moradores locais foi com o farmacêutico Antônio Alves Massaneiro, que já conhecia de Santa Catarina, e com João Miotto, que conhecia a família Formighieri desde o Rio Grande do Sul.

    Miotto fez a Neves várias indicações de áreas para escolha. Acabou optando por uma área de 1.200 alqueires entre os rios Centenário e Iguaçu. O Rio Centenário era uma homenagem, aos 100 anos da Independência, completados em 1922.

    Cerca de dois anos depois de sua fria chegada a Cascavel, Neves Formighieri retornaria ao lugar com a família, instalando-se na área que tinha adquirido, dando origem à localidade também denominada Centenário.

    Neves morou cerca de quatro anos na região do Centenário. Fez casas, benfeitorias, abriu estradas para a circulação de veículos, iniciou a produção agrícola e a criação de gado.

    Trabalhando por liberdade

    O melhor plano colonizador do Oeste, desenvolvido pela companhia Maripá, só poderia ter sucesso oferecendo uma infraestrutura mínima para os compradores.

    Não sendo uma área de terras livres para ocupação por posse, a colonizadora teria que oferecer atrativos convincentes a quem quisesse comprar suas terras.

    A infraestrutura teria papel central nesse esforço, mas dependia de contratar mão de obra disposta a suportar os rigores da mata virgem. Alguns dos primeiros convencidos a trabalhar no projeto foram prisioneiros condenados a longas penas pela Justiça no Rio Grande do Sul.

    “O terceiro grupo [de pioneiros que vieram para Toledo] chegou no dia 25 de julho de 1946, e veio a bordo do caminhão Ford, ano 46, com reduzida, e eram os seguintes: Reinaldo Arrosi, motorista; Francisco Studzinski; Ângelo Brogliato; José Bolson com família; Antônio Capelari; Domingos Zambom, carpinteiro; com mais aproximadamente dez presidiários liberados da cadeia de Farroupilha (RS) que se haviam comprometido a prestar serviços em Toledo, em troca de liberdade (Ondy Hélio Niederauer, Toledo no Paraná).

    Coube a Domingos Zambom a tarefa de disciplinar o grupo de prisioneiros.

    Intensa propaganda

    Já se trabalhava com energia na área da antiga Fazenda Britânia quando parte do grupo que constituiu a colonizadora Maripá estabeleceu no Rio Grande do Sul a companhia colonizadora Pinho e Terras Ltda, que mais tarde teria sede em Céu Azul.

    A empresa pertencia à família de Alberto Dalcanale e a Alfredo Paschoal Ruaro, que já haviam colonizado outras cidades, inclusive no Estado de Santa Catarina, e também participaram da aquisição da Britânia.

    No Oeste paranaense, além de Céu Azul, a Pinho e Terras foi responsável pelo povoamento e colonização de Medianeira, Matelândia e São Miguel do Iguaçu. Todo o projeto de colonização da Rota Oeste se fez em área que pertencia à família Matte, detentora de um grande latifúndio na região.

    A região passava a ser alvo de intensa propaganda das qualidades da terra e procurava atrair também operários insatisfeitos com a repressão imposta pelo governo Dutra aos movimentos populares.

    Social-democracia e trabalhismo sob Vargas

    Com a nova Constituição promulgada em 18 de setembro de 1946, os operários urbanos testavam o respeito aos direitos constitucionais avançando em sua organização, mesmo enfrentando as violências e arbitrariedades do governo Dutra.

    O ex-ditador Vargas aproveitou a onda de efervescência operária para iniciar sua pregação baseada na ideologia conciliadora do trabalhismo, uma corrente similar à do justicialismo peronista.

    O PSD de Vargas, criado para concentrar os interesses dos fazendeiros e capitalistas urbanos, tinha como contraponto nos movimentos operário e camponês o PTB.

    Os dois partidos em breve serão decisivos na batalha pelo governo do Paraná. O PSD reunia fartos recursos para as campanhas eleitorais e o PTB convenceria os trabalhadores.

    No Oeste do Paraná, os adeptos de Vargas se concentraram no PTB, que teria em Cascavel a liderança de Neves Formighieri e em Toledo a política empresarial de Willy Barth.

    Debandada e resistência dos federais

    O Território Federal do Iguaçu foi varrido do mapa pelo artigo 8º do Ato das Disposições Transitórias da nova Constituição dos Estados Unidos do Brasil, cujo nome já sinaliza à qual esfera de domínio o Brasil se insere na Guerra Fria.

    O Paraná recupera, assim, os 51.452 Km² que o decreto de Getúlio Vargas lhe havia escamoteado.

    Imediatamente após o anúncio da extinção do Território Federal do Iguaçu, sem que as atividades governamentais já estivessem encerradas, ocorre uma debandada de funcionários públicos federais e suas famílias, abalando a economia da cidade de Iguaçu (Laranjeiras do Sul).

    O fim do Território causa transtornos à população e desagrada profundamente aos burocratas nomeados para a administração territorial. Eles recorrem à imprensa regional outrora compromissada com a ditadura para reagir à devolução do Território aos estados de origem, tentando desesperadamente manter seus empregos.

    Essa movimentação não passou despercebida ao jornal Diário Popular, de Curitiba, que nos tempos da ditadura louvou Vargas por criar o TFI. Em sua edição de 30 de dezembro de 1946, o jornal noticiava as manobras com um artigo-denúncia: “Prepara-se um golpe contra o Paraná”.

    Um alto funcionário do Ministério da Justiça estaria propondo a criação de uma “autarquia administrativa” para atender à área do antigo Território, que ficaria sob a tutela daquele Ministério. No mínimo, organizava um boicote contra a ação do Paraná na região.

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