Categoria: Economia

  • Ipem alerta sobre cuidados na compra de presentes para o Dia das Mães

    Ipem alerta sobre cuidados na compra de presentes para o Dia das Mães

    Com a proximidade do Dia das Mães – 12 de maio – e o aumento na procura por presentes, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) está alertando os consumidores com relação aos presentes a serem comprados.

    Um dos principais pontos é relacionado a itens de vestuário, cama, mesa ou banho porque produtos inadequados podem causar alergia. Uma das orientações é a de prestar atenção ao que está escrito nas etiquetas porque essas informações são fundamentais e devem seguir critérios específicos.

    “As etiquetas devem conter seis informações em português: três sobre o fabricante ou importador, incluindo uma marca, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e o país de origem, e outras três informações sobre o produto – composição têxtil, símbolos de cuidados com a conservação do produto e a informação sobre o tamanho”, informou o Ipem-SP.

    Na composição têxtil todos os tipos de fibras ou filamentos usados para a produção da peça, devem estar mencionados com a indicação percentual de cada um deles, inclusive forro – se houver – (70% algodão e 30% poliéster, forro 100% poliéster, por exemplo). Entretanto, é proibido o uso dos nomes das marcas comerciais ou em inglês (como nylon , popeline , lycra, lurex e rayon ).

    Roupas

    O tamanho das roupas pode ser indicado por numeração ou letras (38, 40, 42; P, M, G, por exemplo), e a visualização dessa informação deve ser fácil. No caso de produtos embalados hermeticamente, a embalagem deve mostrar a composição têxtil, país de origem, tamanho e, quando apresentar mais de uma unidade, devem ser informados o número de unidades e a impossibilidade de serem vendidas separadamente.

    “Nos produtos embalados de cama, mesa e banho deve constar a dimensão indicada por meio do SI (Sistema Internacional de Unidades) de cada componente da embalagem, além das informações da composição têxtil e país de origem”, explicou o Ipem-SP.

    A etiqueta também deve conter orientação para a conservação e tratamento do item, o que pode ser indicado por símbolos ou textos. A sequência correta é a mesma usada por uma dona de casa para conservar os produtos têxteis, como lavagem, alvejamento (utilização de alvejantes a base de cloro ou de oxigênio), secagem em máquina ou ao natural, passadoria (ferro de passar) e limpeza profissional (lavagem a seco e/ou a úmido).

    Eletrodomésticos

    Para o caso de o presente ser um eletrodoméstico, a orientação é a de verificar se existe a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, que informa sobre o consumo de energia.

    Já as lavadoras e fogões devem apresentar também dados sobre consumo de água e gás. No caso de eletrodomésticos – como secador de cabelo, chapinha e ferro de enrolar cabelo – é necessário que conste tanto no produto quanto na embalagem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

    “O consumo de energia é indicado por uma escala colorida com letras de A a G, que apresentam os níveis de consumo do aparelho. Uma sete preta com a letra correspondente ao consumo daquele aparelho informa o seu nível de eficiência energética. Assim, é fácil saber, por exemplo, que um produto classificado com letra A é mais eficiente (gasta menos) do que um com a letra C”, afirmou o Ipem-SP.

    A recomendação é a de que o consumidor compre esses itens em lojas formais, sempre pedindo a nota fiscal e a garantia de comprovação de origem do produto para uma eventual necessidade de denúncia. No caso de irregularidades, as empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.

    Para obter mais informações sobre o uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, acesse o link .

    Fonte: Agência Brasil

  • Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões de valores a receber

    Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões de valores a receber

    Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de março, divulgou nesta quarta-feira (8) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 6,54 bilhões, de um total de R$ 14,56 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

    As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de março, 19.842.315 correntistas haviam resgatado valores. Isso representa apenas 31,1% do total de 63.800.451 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

    Entre os que já retiraram valores, 18.720.053 são pessoas físicas e 1.122.262 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 40.746.526 são pessoas físicas e 3.211.610 são pessoas jurídicas.

    A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,54% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,95% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,75% dos clientes. Só 1,76% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.

    Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em março, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando foram resgatados R$ 218 milhões.

    Melhorias

    A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

    Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

    Fontes de recursos

    Também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

    Além dessas fontes, o SVR engloba valores, já disponíveis para saques no ano passado, nas contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

    Golpes

    O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

    O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

    Fonte: Agência Brasil

  • Dispositivos de proteção são obrigatórios em qualquer instalação elétrica

    Dispositivos de proteção são obrigatórios em qualquer instalação elétrica

    Os acidentes de origem elétrica continuam a tirar a vida de centenas de brasileiros todos os anos. O Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2024 – Ano base 2023 da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) aponta números cada vez maiores de acidentes.

    Segundo o estudo da entidade, somente em 2023 ocorreram 2.089 acidentes de origem elétrica no Brasil com 781 mortes. Do total de falecimentos, 674 (68,4%) foram por causa dos choques elétricos, 67 (7%) por incêndios e 40 (28,6%) por descargas atmosféricas.

    Ainda de acordo com o levantamento da Abracopel, grande parte dos acidentes com choques elétricos, com curtos-circuitos e os incêndios aconteceram em residências.

    “O primeiro passo para garantir a segurança da instalação elétrica em qualquer tipo de construção é contratar profissionais habilitados e qualificados para realizar o seu correto dimensionamento, que irá determinar, entre outros fatores, a corrente elétrica que irá circular pelos cabos elétricos e pelos dispositivos de proteção, como os disjuntores”, ressalta o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da COBRECOM. 

    O profissional ainda esclarece que, no caso de obras residenciais, um projeto elétrico bem elaborado é aquele que está de acordo com a NBR 5410 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo que esse fator garante o correto e seguro funcionamento de todos os componentes da instalação, além de evitar sobrecargas, que podem resultar em um aumento no consumo de energia e problemas de segurança. 

    “Além disso, o texto da NBR 5410 obriga a instalação de dispositivos de proteção como os disjuntores, Dispositivo Diferencial Residual (DR) e o Dispositivo de Proteção Contra Surtos ou Sobretensões (DPS), além da instalação do sistema de aterramento”, esclarece Moreno. 

    Disjuntores 

    O disjuntor termomagnético é um dispositivo de proteção contra sobrecarga e curto-circuito, que desarma automaticamente quando o circuito elétrico apresentar uma corrente elétrica acima do normal, que poderia provocar um aquecimento excessivo na instalação elétrica. 

    O dispositivo é escolhido pelo número de polos – monopolar, bipolar ou tripolar – e especificado em relação às correntes previstas de sobrecarga e de curto-circuito. 

    “Para o correto funcionamento da instalação elétrica, é essencial que os disjuntores sejam compatíveis com os fios e cabos elétricos. Se isto não acontecer, há um grande risco de os cabos atingirem temperaturas maiores do que as suportáveis, aumentando o consumo de energia da instalação, redução considerável de sua vida útil, podendo chegar até a queima dos cabos, que pode resultar em princípios de incêndios”, explica Hilton Moreno. 

    Dispositivo DR 

    O dispositivo diferencial residual (DR) tem a principal função de proteger as pessoas dos choques elétricos. Ele desliga automaticamente o circuito quando detecta a presença de correntes elétricas de fuga com valores perigosos para os seres humanos. 

    De acordo com Hilton Moreno, nas instalações residenciais, a NBR 5410 obriga a instalação desse dispositivo em todos os circuitos de iluminação e tomadas de uso geral e específico, como chuveiro elétrico e ar condicionado, por exemplo. 

    DPS

    Esse dispositivo protetor de surto também é fundamental em toda instalação elétrica, pois reduz o risco de queima de aparelhos eletroeletrônicos quando da ocorrência de descargas elétricas atmosféricas (raios) diretamente na instalação ou em sua proximidade.

    O DPS deve ser instalado no quadro geral de distribuição e, complementarmente, nas tomadas dos equipamentos eletroeletrônicos mais importantes da residência. aparelhos e as tomadas.

    Existem três classes desse dispositivo, a saber:

    DPS classe 1: é instalado geralmente no quadro de distribuição principal e são projetados para resistir a surtos provocados por raios diretos ou próximos da instalação.

    DPS classe 2: pode ser instalado no quadro de distribuição principal ou em quadros terminais, dependendo do projeto, e são projetados para lidar com surtos de menores intensidades, como aqueles provocados por descargas indiretas e por manobras na rede elétrica.

    DPS classe 3: complementa a proteção dos dispositivos de classe 1 e 2 e são colocados diretamente nas tomadas dos aparelhos mais sensíveis, como os computadores, TVs e outros eletrodomésticos, com a finalidade de oferecer proteção adicional contra surtos que podem ser propagados dentro da instalação. 

    Aterramento 

    A falta do sistema de aterramento é, sem dúvida, um dos principais erros que pode comprometer a segurança da instalação elétrica. A sua ausência afeta e muito a proteção das pessoas contra choques elétricos e aumenta o risco de queima de aparelhos eletroeletrônicos.

    Conforme determinação da NBR 5410, o sistema de aterramento é obrigatório em qualquer tipo de edificação, desde uma simples casa até enormes complexos industriais e comerciais.

    Segundo Moreno, o correto dimensionamento do sistema de aterramento implica no conhecimento detalhado das características de cada imóvel, como potência, seção dos condutores elétricos, esquema de aterramento adotado, dentre outros.

    Condutor de proteção (“fio terra”)

    É parte importante do sistema de aterramento e deve ser instalado em todos os circuitos elétricos, inclusive nos circuitos de iluminação.

    “Nos imóveis sem o condutor de proteção nos circuitos, as pessoas ficarão desprotegidas contra defeitos internos nos equipamentos eletroeletrônicos, ou seja, aumentam consideravelmente os riscos de choques elétricos”, reforça Hilton Moreno.

    Quanto ao dimensionamento do ‘fio terra’, o profissional esclarece que a NBR 5410 determina que ele seja especificado de acordo com a seção do fio fase. Para condutores de fase com seção nominal até 16 mm², a seção do condutor de proteção deve ser a mesma do fio fase. Por exemplo, se o condutor de fase tem seção nominal de 2,5 mm², o condutor de proteção também deve ter seção 2,5 mm². No caso dos condutores de fase terem seções 25 ou 35 mm², a seção do condutor de proteção será de 16 mm². E, para seções a partir de 50 mm², o condutor de proteção terá metade da seção do condutor de fase.

    De acordo com a NBR 5410, o condutor de proteção deve ser identificado pela cor verde ou verde com listras amarelas.

    Fonte: Agência Dino

  • Cresce o uso do consórcio para alavancagem patrimonial

    Cresce o uso do consórcio para alavancagem patrimonial

    O Sistema de Consórcios encerrou o 1º trimestre de 2024 apresentando performance com viés de alta. A partir do aumento observado no tíquete médio, nos meses de janeiro, fevereiro e março, os negócios atingiram um acumulado de R$ 77,24 bilhões, ficando 12% acima dos R$ 68,95 bilhões anotados no mesmo período de 2023. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), só no ano passado, foram liberados R$ 316 bilhões por meio deste mercado que atualmente possui mais de 10,46 milhões de participantes ativos.

    Em um mundo financeiro repleto de opções para multiplicar recursos, o consórcio surge como uma alternativa para quem busca não apenas adquirir bens, mas também como uma forma de diversificação de investimentos. Diferenciando-se de outras modalidades de financiamento e investimento, os consórcios oferecem uma estratégia única para a realização de objetivos de curto, médio e longo prazo, seja na compra de bens ou na contratação de serviços. Este método colaborativo não apenas facilita o acesso a uma variedade de ativos, mas também se posiciona como um instrumento de planejamento financeiro que encoraja a disciplina e a economia, ao mesmo tempo em que promove uma cultura de investimento inteligente entre seus participantes.

    Para Alexandre Laudimiro, diretor comercial da Ativa, plataforma de consórcios especializada em investimentos, esse crescimento pode ser atribuído ao fato de que os investidores perceberam que essa modalidade financeira permite alavancar patrimônio sem se descapitalizar e assim expanda seus ativos e investimentos de forma sustentável, pois ao contrário do financiamento, em que os juros são cobrados por ano, as taxas do consórcio são definidas pelo período de contratação. Ou seja, se um investidor adquiriu um bem em um consórcio e acordou em pagar o valor com juros (taxa administrativa), de 22%, em 220 meses ele pagará o equivalente a 1,2% ao ano.

    “Não existe concorrência entre uma modalidade e outra porque elas são feitas para cenários diferentes. O consórcio utiliza juros simples e o financiamento, juros compostos. A taxa mais alta do consórcio ainda é menor que a taxa mais baixa do financiamento. O comportamento do consumidor evoluiu muito e, hoje, ele sabe que o planejamento financeiro deve fazer parte da sua gestão de patrimônios. E por isso o consórcio tem virado cada vez mais uma opção para aqueles que desejam alavancar patrimônio em função das suas vantagens econômicas”, detalha o diretor comercial da Ativa.

    A alavancagem é uma estratégia financeira que envolve o uso de recursos próprios e de terceiros para ampliar os investimentos e aumentar o potencial de retorno, assim, por meio dela é possível multiplicar os ganhos. Antes de discutir os benefícios de realizar a alavancagem com consórcio de imóveis, é importante entender os principais modelos de alavancagem utilizados no mercado financeiro:

    Alavancagem financeira: Neste modelo, a alavancagem envolve o uso de recursos de terceiros, como empréstimos e financiamentos, para financiar parte das operações da empresa. A alavancagem financeira permite ampliar os investimentos e potencializar os lucros, mas também aumenta possíveis problemas de endividamento, exigindo, então, um planejamento financeiro.

    Alavancagem de investimento: Consiste em utilizar recursos próprios e de terceiros para realizar investimentos com o objetivo de obter retornos financeiros superiores aos custos de capital. Essa modalidade pode ser aplicada em diversos tipos de ativos, como imóveis, ações, títulos e fundos de investimento.

    Alavancagem patrimonial: Envolve o uso de recursos financeiros para adquirir ativos que gerem renda e ou valorização ao longo do tempo, contribuindo para o aumento do patrimônio líquido, além da geração de renda passiva. Essa estratégia é comumente utilizada para investir em ativos de longo prazo, como imóveis, por exemplo.

    Alavancagem operacional: Focada no uso de recursos e estratégias operacionais para aumentar a eficiência e a rentabilidade de uma empresa. Isso pode incluir a otimização de processos, redução de custos, ampliação da capacidade produtiva e melhoria da qualidade dos produtos e serviços.

    O fundador da Ativa Consórcios, também destaca que diversificar investimentos e fazer alavancagem com consórcio de imóveis oferece uma série de benefícios como planejamento financeiro eficaz, rentabilidade sólida, custo baixo, ausência de juros, flexibilidade de pagamento e baixo risco de investimento.

     

    Para mais informações, basta acessar: @ativaconsorcios

     

     

     

     

     

     

     

     

    Fonte: Agência Dino

  • Retiradas da poupança superaram as aplicações, em Abril

    Retiradas da poupança superaram as aplicações, em Abril

    O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (8) que, em abril, as retiradas da poupança superaram as aplicações em R$ 1,142 bilhão. Os dados constam do relatório de poupança divulgado pela BC e mostram que no mês passado, os brasileiros aplicaram na poupança R$ 353,973 bilhões e sacaram R$ 355,115 bilhões.

    Em abril, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou a saída de R$ 3,029 bilhões, resultado de R$ 303,92 bilhões de depósitos e R$ 306,95 bilhões em retiradas, com rendimentos de R$ 3,08 bilhões e saldo total R$ 740,29 bilhões. Já a poupança rural somou depósitos de R$ 50,04 bilhões e retiradas de R$ 48,15 bilhões, registrando captação líquida de R$ 1,88 bi, com rendimentos de R$ 1,3 bilhão e saldo de R$ 239,53 bilhões.

    Com isso, segundo o relatório, o rendimento total da poupança foi de R$ 5,199 bilhões e o saldo total da caderneta somou R$ 979,82 bilhões.

    Em março, a poupança apresentou mais depósitos do que saques. Os brasileiros aplicaram R$ 324,7 bilhões e retiraram R$ 323,38 bilhões, resultando em um saldo positivo de R$ 1,339 bilhão.

    Fonte: Agência Brasil

  • Empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

    Empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

    Uma pesquisa conduzida pela Amcham Brasil revela que 93% dos líderes empresariais do Brasil estão otimistas em relação ao crescimento das receitas de suas empresas em 2024. Entre eles, quase metade antecipa um aumento superior a 15%. Os resultados deste estudo, baseados em respostas de 775 líderes empresariais, foram apresentados durante um evento da entidade, que contou com a participação de mais de 150 pessoas na sede da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

    De acordo com o estudo, empreendedores no Brasil mostram confiança em relação aos desempenhos de suas empresas em 2024. Eles destacam como essenciais para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma tributária e a garantia de segurança jurídica. Chamado de “Plano de Voo Amcham 2024”a pesquisa consultou CEOs, sócios e diretores de empresas de grande e médio porte em todo o território nacional.

    Dentre as razões que contribuíram para essa situação favorável, conforme indicado na pesquisa, incluem-se o crescimento das vendas no mercado doméstico (72%), melhoria na capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e aumento da eficiência ou redução de despesas (49%).

    Para Cláudio Antônio Brito, CEO da Métodos Master Business, empresa especializada em consultoria empresarial, a espera desse crescimento das vendas no mercado doméstico e a melhoria na capacidade de produção e prestação de serviços está coligado com uma empresa estruturada, com metas alinhadas e planejamento global. 

    “Uma empresa bem alinhada, com objetivos bem definidos e estratégias traçadas tem bem mais chances de alcançar o sucesso e prosperar dentro do mercado, do que uma empresa desorganizada, com nenhuma perspectiva externa e sem nenhum conhecimento interno, que está designada a não crescer como deveria”, evidencia Cláudio Antônio Brito. Quando os empresários vem a economia com “olhar positivo”, se arriscam mais em investir e alguns fatores são importantes para que isso ocorra.

    Condições Econômicas Favoráveis: Se os empresários estão prevendo um aumentos nas receitas, pode indicar que eles acreditam que as condições econômicas, como o crescimento do PIB, baixo desemprego e aumento do consumo, assim como políticas monetárias estáveis e baixas taxas de juros, criam  uma perspectiva positiva do mercado que também poderá ocorrer de forma favorável no próximo ano.

    Confiança do Consumidor: Uma alta confiança do consumidor pode impulsionar gastos como compra de produtos não essenciais e investimentos de longo prazo. Isso é relevante em setores como varejo, lazer, turismo e serviços.  Quando os consumidores estão confiantes em relação a sua situação financeira e ao futuro da economia, eles tendem a gastar mais, gerando aumento nas vendas e nas receitas das empresas.

    Investimento e Expansão : Empresários otimistas podem estar planejando investir em seus negócios, expandir operações ou lançar novos produtos ou serviços para capitalizar o crescimento esperado nas receitas.  Podem gerar expansão das instalações, aquisição de novas tecnologias, contratação de pessoal adicional e pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou serviços.  Esses investimentos não apenas impulsionam as operações da empresa, mas também têm efeitos positivos na economia mais ampla, criando novas empresas e estimulando o crescimento econômico e riquezas de cidades, estados e do próprio país.

    Inovação e Competitividade : antecipar um aumento nas receitas pode motivar as empresas a inovar e aprimorar seus produtos ou processos, o que irá torná-las mais competitivas no mercado e ajudar a capturar uma parcela maior de receitas em seus setores.  Esse aprimoramento pode envolver o lançamento de novos produtos ou serviços, a melhoria da eficiência operacional ou a adoção de novas tecnologias.

    As principais expectativas em relação às ações governamentais para impulsionar a economia, mencionadas na pesquisa, incluem-se a busca pelo equilíbrio fiscal (80%), a implementação das políticas da reforma tributária voltadas ao consumo (62%), além da necessidade de garantir segurança jurídica e reduzir a burocracia (62%).

    Fonte: Agência Dino

  • Haddad diz que proposta para desoneração vai na linha da pacificação

    Haddad diz que proposta para desoneração vai na linha da pacificação

    O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (8) que se reunirá com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para debater a questão da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e a redução da alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha dos municípios com até 156 mil habitantes. No encontro, o ministro vai apresentar a proposta sobre o tema, e que vai tentar demonstrar que “todo mundo tem a ganhar” com a retomada da reoneração, que deverá ser gradual.

    A declaração foi no programa Bom Dia, Ministro , produzido pelo Canal Gov , da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) .

    Ao ser perguntado sobre as tratativas com o Parlamento para discutir a questão, o ministro disse que desde a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin , de suspender a desoneração da folha, o governo iniciou conversas com os setores para chegar a um consenso .

    “Esta semana nós fizemos uma proposta e o setor fez uma contraproposta ontem [terça-feira]. Eu achei por bem, até por recomendação do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] e pelas boas práticas políticas, pedir uma reunião com o presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco para que ele tomasse ciência da proposta do Ministério da Fazenda e da contraproposta dos setores, que está em consonância com o que nós entendemos, que pode ser um caminho de pacificação”, disse.

    “[A desoneração] é algo que se arrasta por mais de 10 anos, é uma briga que se arrasta por mais de 10 anos e nós queremos botar um fim nisso”, pontuou.

    Haddad disse ainda que a reoneração está em consonância com a reforma tributária tocada pelo governo, e que após o debate do imposto sobre o consumo ser concluído, haverá na sequência uma reforma dos impostos incidentes sobre a folha de pagamento e sobre a renda.

    “Hoje, você acaba pagando muito [imposto], porque poucos pagam. A partir do momento que você amplia a base, o que vai acontecer também com a questão da folha, o déficit da Previdência [social] vai cair, com todo mundo contribuindo igualmente. Não tem cabimento um setor contribuir e o outro ser subsidiado. Então, nós estamos equacionando isso no consumo, na renda e na folha. No caso da renda, no governo anterior a pessoa que ganhava dois salários mínimos pagava imposto de renda e aquele bilionário com o fundo fechado ou com o fundo fora do país, chamado fundo offshore, era isento de imposto, lembrou.

    ”O que o Lula fez? Vamos botar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”, acrescentou Haddad.

    O ministro informou que o governo vai encaminhar até o final desta semana todos os atos voltados para socorrer o estado do Rio Grande do Sul, que sofre com as fortes chuvas , entre eles a renegociação da dívida com a União, que deve ser anunciada até amanhã. O ministro disse ainda que também foi encaminhada para a Casa Civil a proposta de criação de linhas de crédito subsidiadas.

    “É a determinação do presidente Lula, que esta semana todos os atos importantes, obviamente que há desdobramentos, que dizem respeito à decretação do estado de calamidade que permitirá aos ministérios abrirem créditos extraordinários na saúde, na educação, no que for preciso para recuperar o estado. A questão da dívida, a Fazenda encaminhou ontem [terça-feira] à Casa Civil a proposta que será submetida hoje [quarta-feira] ao presidente [Lula] e possivelmente anunciada por ele entre hoje e amanhã”, disse.

    O ministro da Fazenda sinalizou ainda que o problema das dívidas de outros estados também serão tratadas no encontro com o senador Rodrigo Pacheco.

    “Essa importante questão do tratamento da dívida do Rio Grande do Sul, obviamente que se inserirá numa negociação que envolve estados que não estão afetados pela calamidade climática, mas que já estavam discutindo com a Fazenda aquela ideia de troca de juros por educação . É uma ideia que está sendo debatida no país, que se reduza a taxa de juros dos contratos, substancialmente, e em contrapartida você aumenta o tempo de permanência dos jovens na escola. A ideia é ampliar o atendimento em tempo integral nas escolas. Nossa juventude precisa de educação profissional para se inserir no mercado de trabalho de maneira adequada e com um salário digno, e para isso não tem outra saída que não seja educação e de preferência em tempo integral, com um componente profissionalizante”, disse.

    O ministro informou que a proposta de abertura de uma linha de crédito subsidiada para a população do Rio Grande do Sul, para a reconstrução de moradias também deve sair esta semana.

    “Precisamos de uma linha de crédito subsidiada com muita responsabilidade, mas permitindo que as pessoas reconstruam as suas vidas, do ponto de vista material. Muitas famílias perderam tudo. Eu vi ontem, por exemplo, cidades inteiras devastadas”, acrescentou.

    Copom

    O ministro Fernando Haddad disse ainda da expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantenha a trajetória de corte de 0,5% na taxa básica de juros, a Selic. A nova taxa vai ser anunciada nesta quarta-feira . Há uma sinalização do BC de que poderá reduzir o ritmo de corte da Selic.

    “Eu não tenho informações sobre qual vai ser a decisão final [do Copom], até porque os debates estão acontecendo no Banco Central neste momento. O que eu sei é que a taxa de juros continua uma das mais elevadas do mundo e que a inflação de março e a prévia de abril se comportaram muito bem”, disse.

    “A inflação caiu para baixo do teto da meta, está dentro da banda, com os últimos dois meses a inflação se comportando bem. Então, se você perguntar o que eu espero, eu espero um corte de juros hoje, para nós continuarmos nessa construção de uma economia mais saudável”, afirmou.

    Fonte: Agência Brasil

  • EBITDA pode deixar o investimento financeiro mais seguro

    EBITDA pode deixar o investimento financeiro mais seguro

    Para auxiliar o entendimento do fluxo financeiro de uma empresa existem alguns indicadores, sendo um dos mais importantes o EBITDA, sigla do inglês “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”.

    Em português, o EBITDA é conhecido por LAJIDA e significa “Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”. Portanto, se no prospecto que contempla as informações para ajudar o investidor a tomar decisões estiver EBITDA ou LAJIDA, trata-se do mesmo indicador.

    “É sempre bom lembrar que não existem investimentos sem riscos financeiros, por menor que eles sejam. Até mesmo os que são considerados tradicionalmente seguros podem ter algum risco de perda”, explica Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC

    Investimentos em ações de empresas são ainda mais arriscados, mas podem render retornos maiores que outras aplicações, o que é um excelente atrativo. Para tanto, é preciso acompanhar o desempenho das empresas e conhecer indicadores como o EBITDA.

    Para que o investidor conheça o potencial das empresas na bolsa de valores e faça seus investimentos no mercado de ações, o indicador financeiro EBITDA mede seus resultados, contemplando a quantidade de recursos que ela gera apenas em suas atividades principais, sem contar a rentabilidade de investimentos ou descontos de impostos.

    “Por esse motivo, para quem busca esse tipo de investimento é preciso entender o que é o EBITDA, em quais situações ele pode ser usado e por qual motivo ele, sozinho, não serve para chancelar se uma empresa merece receber ou não um investimento”, esclarece Salim.

    Por exemplo, o EBITDA mostra se a empresa consegue fazer dinheiro com a atividade principal que ela foi criada: se uma construtora está sendo eficiente em ganhar dinheiro levantando prédios de apartamentos ou se uma fabricante de veículos está ganhando dinheiro produzindo automóveis.

    Para empresas com ações na bolsa de valores, o EBITDA é utilizado para avaliar seu desempenho, pois a partir da observação desse indicador o investidor interessado em comprar ações verifique quais empresas de um mesmo segmento são mais eficientes e merecem receber o seu dinheiro.

    “Como se vê, essa medição do potencial de geração de caixa permite que os investidores identifiquem quais empresas são mais eficientes em suas operações sem que fatores externos, como altas taxas de juros, interfiram nessa avaliação”, diz Salim.

    Uma curiosidade é que investidores usam o EBITDA para comparar empresas de países diferentes, pois uma pode ser extremamente eficiente e promissora, mas ter sua rentabilidade afetada, enquanto uma concorrente, menos produtiva, pode ter lucros maiores, apenas em razão de tributações diferentes.

    Embora o EBITDA seja geralmente apresentado pelas empresas na hora de prestar contas ao investidor, caso isso não aconteça há a possibilidade de recorrer a relatórios preparados pelos analistas do mercado financeiro e, por último, saber como as empresas fazem para chegar a esse número.

    O primeiro passo para calcular esse indicador é saber o seu lucro operacional, que é a receita líquida menos as despesas que as empresas têm com a operação e com os custos das mercadorias que vendem. A fórmula mais utilizada para calcular é: lucro operacional líquido + depreciações + amortizações = EBITDA.

    É importante também saber que a diferença entre EBIT e EBITDA está nos descontos que são feitos. O EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) representa o lucro antes de descontar os juros e impostos. Já o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization) inclui, além do EBIT, a depreciação e a amortização.

    Mesmo conhecendo um pouco mais sobre o EBITDA, é importante saber que impostos, juros, amortizações e depreciações que esse indicador não leva em conta são essenciais para entender, de fato, como está a saúde financeira de uma empresa.

    “Assim o indicador deve ser utilizado apenas para entender o potencial de geração de caixa da empresa e sua eficiência operacional, afinal a sua lucratividade vai depender de outros indicadores”, finaliza Salim.

    Fonte: Agência Dino

  • Lavoura, maquinário, animais: chuvas no RS prejudicam agropecuária

    Lavoura, maquinário, animais: chuvas no RS prejudicam agropecuária

    As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul também afetaram a produção agropecuária. Mortes de animais, perda de lavouras e estragos à semeadura de pastagens de inverno são alguns dos danos provocados ao agronegócio do estado.

    Antes das chuvas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimava que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do Rio Grande do Sul cresceria 46,4% neste ano, em relação ao ano anterior, e passaria a responder por 13,3% do total nacional, encostando no Paraná.

    O Rio Grande do Sul responde, por exemplo, por 70% da produção nacional do arroz. Em relação à soja, a lavoura do estado representou 8,4% do país em 2023 e, com o crescimento esperado para este ano, passaria a representar 14,8%, ficando atrás apenas de Mato Grosso.

    O estado também se destaca na pecuária. Em 2023, ocupou a terceira colocação entre aqueles que mais abateram frangos e suínos. Foi também o quarto maior produtor de ovos e o quinto entre os produtores de leite.

    Ainda não há um quadro completo do prejuízo e, portanto, quanto isso afetará a estimativa feita anteriormente pelo IBGE. O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, disse que os impactos foram diferentes em cada região.

    No litoral, por exemplo, houve grande perda de lavouras de soja e alagamento de silos de arroz. “O litoral foi seriamente impactado na cultura da soja, que ficou embaixo d’água. Isso é perda total. Mas já pegou bastante adiantada a colheita do arroz, acima dos 70%, 80%, o que colocou o arroz a salvo, a não ser por algum silo que ficou com 1 metro de água em sua base”, afirmou.

    Outra área com muitas perdas foi a região central do estado. “Nos municípios da chamada Quarta Colônia – Santa Maria, Lajeado – a enchente levou praticamente tudo dos produtores. Não só a possível colheita, como também o maquinário e animais”.

    No norte do estado, o principal impacto para o agronegócio foram os danos à infraestrutura, que causam problemas no escoamento de produtos derivados de frango, suínos e bovinos e também na chegada de ração para esses animais.

    A essa altura do campeonato, nessa região a água já baixou, mas [o setor] está paralisado. Alguns criatórios estão isolados, ainda sem a possibilidade de a ração chegar até eles. Os produtores de leite não conseguem chegar à indústria, às vezes essa indústria está submersa”, ressaltou.

    O diretor técnico da Empresa de Extensão Técnica e Extensão Rural do estado (Emater-RS), Claudinei Baldissera, afirmou que o setor agropecuário gaúcho foi severamente afetado. O impacto só não foi maior porque, segundo ele, 76% da soja e 83% do milho plantados no estado já tinham sido colhidos.

    “A área cultivada de soja foi de 6,68 milhões de hectares, então isso significa dizer que ainda temos 1,6 milhão de hectares para serem colhidos. Provavelmente muitas lavouras nem serão colhidas. E a qualidade do grão daquelas lavouras que será possível colher certamente será muito baixa, com valor comercial prejudicado”, explica.

    O período de semeadura de grãos de inverno, como o trigo e a aveia, produtos que têm o Rio Grande do Sul como um dos maiores produtores nacionais, ainda não começou, portanto não é possível saber se haverá impacto ou não nessas lavouras.

    Segundo Baldissera, pelo menos o plantio de pastagens de inverno (que servem de alimento para o gado) foi prejudicado, uma vez que as sementes já estavam em período de germinação.

    “Acredito que ainda há tempo [para a semeadura]. Estamos perfeitamente dentro da janela de plantio, que acontece em junho, julho. Inclusive, este poderá ser um ano interessante para a lavoura de trigo e outros cereais de inverno. Mas, claro, houve, sim, algum estrago laminar [do solo], uma erosão e uma voçoroca que apareceu”, explicou Pereira.

    Apesar do peso do Rio Grande do Sul na agropecuária nacional, nem Pereira nem Baldissera acreditam que haverá grandes impactos no abastecimento de produtos alimentícios para o resto do país. “Pelo tamanho do agro no Brasil, pelo tanto que se cultiva, não acredito que haverá impacto severo [no abastecimento]”, afirmou.

    Pereira advertiu, no entanto, que pode haver algum impacto no fornecimento de arroz e, em um curto prazo, da carne de frango.

    “De qualquer maneira, temos estoque suficiente [de arroz] para chegarmos à próxima safra”, disse o presidente da Farsul. “Pode ter algum impacto na avicultura. A indústria do frango ficou um pouco abalada, esperamos que de forma temporária. Aí pode ter sim algum tipo de abalo, no curto prazo, porque acreditamos que isso possa ser rapidamente restabelecido, uma vez que é uma indústria muito ágil”.

    O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se reuniu nessa terça-feira, por videoconferência, com 111 sindicatos rurais e com a Farsul. A Federação gaúcha apresentou algumas demandas para ajudar o setor agropecuário do estado a lidar com os estragos.

    Entre as reivindicações da Farsul estão a prorrogação das parcelas de custeio, investimento e comercialização, além de crédito para a reconstrução da estrutura produtiva e para permitir redução da alavancagem com credores, com juros mais baixos e de forma simplificada.

    O Ministério da Agricultura, por sua vez, anunciou que importará até 1 milhão de toneladas de arroz para abastecer pequenos mercados, em periferias das cidades e nas regiões Norte e Nordeste, a fim de evitar aumentos de preços resultantes de problemas no escoamento e perdas nas produções do cereal.

    Fonte: Agência Brasil

  • Vendas do comércio ficam estáveis em março, revela pesquisa do IBGE

    Vendas do comércio ficam estáveis em março, revela pesquisa do IBGE

    O volume de vendas do comércio varejista brasileiro ficou estável em março de 2024 (0,0%), na comparação com fevereiro, quando registrou alta de 1,0%. A média móvel subiu 1,2% no trimestre concluído em março. Em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento do varejo alcançou 5,7%.

    No acumulado do ano, as vendas avançaram 5,9%, mas nos últimos 12 meses, a elevação é de 2,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A PMC indicou, ainda, que, no comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 0,3% em março. No entanto, se comparado com março de 2023, o recuo ficou em 1,5%.

    Sete das oito atividades do varejo pesquisadas apresentaram resultado negativo. Apesar disso, segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, quatro delas ficaram estáveis estatisticamente entre 0% e -0,5%. “Contando o varejo ampliado, foram cinco de dez”, disse texto publicado pelo IBGE.

    A maior queda do mês ficou com o grupamento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que recuou 8,7% em relação a fevereiro. O gerente da pesquisa observou que esse grupo vinha de uma base mais alta, especialmente conquistada em janeiro. O novo momento de valorização do dólar foi um movimento que contribuiu para o resultado. “É algo muito influente nesse setor por conta das importações. Sempre que o dólar sobe em relação ao real, naturalmente há um aumento de preços que acaba afugentando a demanda neste grupo”, indicou.

    O setor de móveis e eletrodomésticos registrou a segunda maior queda (-2,4%). O grupamento apresentava resultados positivos nos últimos meses, ao contrário do desempenho do ano passado, quando a crise de lojas de departamentos, que reduziu lojas físicas de grandes cadeias, influenciou as atividades. “Como o setor teve um Natal menos intenso, acabou apostando no aumento de promoções, o que fortaleceu as vendas de janeiro e fevereiro. Com essa base mais alta, em março a pesquisa registrou esse rebatimento”, disse.

    Recuos e alta

    As outras quedas foram notadas nos grupamentos livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%) e combustíveis e lubrificantes (-0,6%). Já entre os que tiveram taxa negativa, mas ficaram estatisticamente estáveis, estão os setores de tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).

    O único a registrar alta em março (1,4%) foi o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. A atividade foi a terceira com mais peso na pesquisa do IBGE e, com isso, o crescimento do grupo contribuiu para a estabilidade e compensou as quedas em atividades com menos influência.

    “Além disso, é um crescimento em cima de uma alta ainda mais forte em fevereiro. E com a diferença: é um resultado mais ancorado em higiene pessoal, como cosméticos e perfumaria, do que em saúde e produtos farmacêuticos, como aconteceu em fevereiro”, observou.

    Em relação a março de 2023, as vendas no varejo cresceram 5,7% se comparadas ao mesmo período do ano passado. Houve queda em cinco das oito atividades: livros, jornais, revistas e papelaria (-16,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,4%), combustíveis e lubrificantes (-4,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,0%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,9%).

    Em movimento contrário, os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (11,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%) apresentaram alta.

    O setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou o oitavo mês consecutivo de resultado positivo nesta comparação. A atividade foi a principal influência no indicador: 4,6 pp (pontos percentuais) do total de 5,7%.

    Outro desempenho favorável é o do grupo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que – por 13 meses consecutivos – registra avanços na mesma comparação. A última queda foi em fevereiro de 2023 (-0,5%). “A alta de março contribuiu em 1,2 pp para o total do varejo, segunda maior influência no campo positivo para o mês de março”, indicou o IBGE.

    Varejo ampliado

    No comércio varejista ampliado, o segmento material de construção teve queda de 9,4% e o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo de 23,0%. Em comportamento diferente, a atividade de veículos e motos, partes e peças cresceu 1,8% em igual comparação.

    Resultados positivos

    A pesquisa mostrou, ainda, que 16 das 27 unidades da federação (Ufs) tiveram resultados positivos na comparação de março de 2024 com fevereiro. Os mais representativos foram Sergipe (3,7%), Bahia (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,1%). Entre as 11 unidades que tiveram taxas negativas, os destaques foram Mato Grosso (-11,2%), Pará (-2,6%) e Tocantins (-1,4%).

    Pesquisa

    Segundo o IBGE, os indicadores produzidos pela pesquisa possibilitam “acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista”.

    A Pesquisa Mensal de Comércio foi iniciada em 1995 e apresenta resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado. A próxima divulgação com os resultados de abril de 2024 está prevista para 13 de junho.

    Fonte: Agência Brasil