Categoria: Economia

  • Uso de VAR pode tornar o futebol mais justo, diz técnico

    Uso de VAR pode tornar o futebol mais justo, diz técnico

    O futebol é reconhecido como uma das maiores referências mundiais no esporte. Esta informação, a maioria das pessoas já sabe, até mesmo aquelas que não acompanham os campeonatos e times de perto. No entanto, algumas delas não devem ter noção da força deste negócio para a economia.

    Para se ter ideia, somente na primeira janela de 2022, o mercado da bola movimentou cerca de R$300 milhões. Estes números fazem parte do último relatório da Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

    Em meio a estes investimentos, a tecnologia tem desempenhado também um papel importante no futebol. Desde a sua implementação oficial, a partir da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o VAR (Video Assistant Referees) ou Árbitro Assistente de Vídeo em tradução livre tem como finalidade ajudar o árbitro central, no campo de jogo, a analisar lances considerados suspeitos.

    Luiz Antonio Duarte Ferreira, colunista esportivo do Jornal da Manhã de Marília, em São Paulo, explica que, desde a implementação do VAR, debates têm permeado as discussões, questionando sua eficácia e o reflexo no ritmo e na essência do futebol. “Com a chegada do VAR, o peso da decisão destinado ao árbitro é dividido com outros três árbitros que fazem uso da tecnologia em tempo real. Seguramente as decisões se tornaram mais precisas e justas depois da implantação desta tecnologia”, informa.

    O especialista em futebol reforça ainda que esse sistema utiliza, essencialmente, câmeras de alta resolução e comunicação instantânea para auxiliar os árbitros na tomada de decisões cruciais, como gols, pênaltis e lances controversos. “O uso do VAR tem contribuído para minimizar erros de arbitragem, permitindo que nenhum time seja prejudicado por uma sinalização errada ou alguma pontuação que foi obtida fora do padrão esperado, o que ajuda a justiça nas partidas”, destaca o sócio da Duarte Sports.

    Ainda segundo o profissional, a tecnologia também desempenha um papel importante na preparação dos jogadores e equipes na medida que oferece ferramentas como análise de desempenho, rastreamento de dados biométricos e simulações computadorizadas que podem ser utilizadas para melhorar o treinamento e o condicionamento físico dos atletas.

    “O uso destes mecanismos, como o VAR, pode proporcionar aos técnicos análises táticas mais refinadas ao oferecer insights valiosos para o aprimoramento das estratégias de suas equipes, o que aumenta o desempenho dos atletas e, consequentemente, a competitividade. Tudo isso alinhado pode vir a ampliar o leque de possibilidades para o desenvolvimento do jogo”, conclui o profissional.

    Para mais informações, basta acessar: https://www.instagram.com/duartesports/?hl=en

    Fonte: Agência Dino

  • Liberação miofascial ajuda corredores, diz fisioterapeuta

    Liberação miofascial ajuda corredores, diz fisioterapeuta

    A liberação miofascial pode ser realizada por fisioterapeutas para ajudar a relaxar a musculatura, aliviando tensões e contraturas possivelmente provocadas pela prática esportiva de corredores. É o que afirma a Dra. Nayra Rabelo, fisioterapeuta do esporte e atleta amadora que atua na Keep Running, site nichado em corrida.

    Rabelo explica que a liberação miofascial consiste em um conjunto de técnicas de terapia manual como a massagem. “Para corredores, as técnicas de liberação miofascial são aplicadas mais especificamente nos membros inferiores e coluna, locais de maior tensão após a corrida”.

    Além disso, a fisioterapeuta da Keep Running destaca que a modalidade tem foco nos grupos musculares mais demandados na prática da corrida, como glúteos, quadríceps e panturrilhas.

    Segundo o estudo “Liberação miofascial na prevenção de lesão muscular: relato de caso”, desenvolvido pelo fisioterapeuta Julio Cesar Dias Junior, membro da Sonafe (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física), a fáscia é uma estrutura formada de tecido conjuntivo, que envolve os músculos e pode sofrer aderências diminuindo o deslizamento dos tecidos.

    “A liberação miofascial é uma técnica de pressão em partes do corpo que tende a melhorar a vascularização, maleabilidade e relaxamento dos tecidos, facilitando a mobilidade”, explica o pesquisador.

    Ainda de acordo com a pesquisa, publicada em 2020 pela VITTALLE – Revista de Ciências da Saúde, uma série de estudos demonstram que a prática da liberação miofascial não promove, necessariamente, a melhora da força muscular.

    Apesar disso, a pesquisa ressalta que “a liberação miofascial contribui para a melhora significativa da flexibilidade e, consequentemente, para a recuperação funcional dos músculos, assim como para a melhoria da recuperação muscular, flexibilidade e força, prevenindo lesões”.

    A propósito, a corrida está entre as atividade mais praticadas no Brasil (22%), logo atrás de caminhada (58%), mas à frente de treino de força (18%), como mostra a sondagem “Atividade Físicas e Saúde da Mente”.

    Atenta a este cenário, a Keep Running completou dez anos de atuação como loja on-line nichada em corrida em 2024 e, agora, está ampliando seus serviços a fim de atender o corredor 360° em sua primeira loja física, inaugurada em março deste ano em São Paulo. A empresa iniciou as atividades em fevereiro de 2014, quando Igor Santos e sua esposa Bel Goulart, fundadores e proprietários da marca, decidiram investir na corrida.

    Para mais informações, basta acessar: https://www.keeprunningbrasil.com.br/

    Fonte: Agência Dino

  • Recife sedia evento de capacitação em energias renováveis

    Recife sedia evento de capacitação em energias renováveis

    O C­entro de Eventos Recife, na FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), em Pernambuco (PE), sediará nos próximos dias 14 e 15 de maio, a 3ª edição do Canal Conecta – evento que levará capacitação téc­nica para profissionais do setor de energias renováveis na região Nordeste.

    A programação contará com mais de 16 horas de conteúdo, divididos em palestras e painéis de discussões, sobre temas como energia solar e eólica, hidrogênio verde, veículos elétricos e muito mais. 

    O público presente também terá oportunidades de realizar networking e de interagir diretamente com os palestrantes e painelistas – que englobam desde engenheiros renomados da região até executivos de grandes empresas e associações.

    Entre os nomes confirmados estão José Marangon, presidente da Marangon Consultoria & Engenharia; Bruno Kikumoto, diretor Executivo do Canal Solar; Paula Suanno, vice-presidente de Desenvolvimento da Statkraft Brasil; Glaysson Muller, pesquisador da EPE (Empresa de Pesquisa Energética); Roberto Caurim, CEO da Bluesun; Carlos Sant’Anna, secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico do Estado; e Breno Machado, diretor Comercial na UCB Power.

    Temas que serão abordados na terceira edição do Canal Conecta.

    • Panorama do mercado de energia solar no Nordeste sob a ótica das associações
    • Como fazer aterramento na região Nordeste: particularidades e desafios
    • Limitação de escoamentos do NE Pro Sul e Sudeste (curtailment)
    • Geração centralizada e geração distribuída: desafios e cases de sucesso
    • Entendendo os critérios para um módulo de qualidade
    • O potencial da hibridização de usinas renováveis
    • Os caminhos do hidrogênio de baixa emissão no Brasil
    • Como sobreviver e vencer na guerra de preços no setor fotovoltaico?
    • Políticas públicas para fomento da energia solar
    • Perspectivas econômicas: desafios e oportunidades no financiamento de projetos FV
    • Mercado de armazenamento: aplicações e cases reais
    • Sistemas híbridos (solar + armazenamento + diesel)
    • Marketing e Vendas: como consolidar a marca na região e como prospectar clientes?
    • Microinversor funciona com baterias?
    • Como amenizar o problema da inversão de fluxo em sistemas fotovoltaicos?
    • Como a energia solar e a mobilidade elétrica amplificam a transição energética?
    • Como potencializar as oportunidades da energia solar no agronegócio no Nordeste?

    O evento terá início às 8h nos dois dias. Ao final do congresso, os participantes receberão um certificado oficial do Canal Solar, empresa organizadora do evento.

    Fonte: Agência Dino

  • OMS chama atenção para a segurança sanitária dos alimentos

    OMS chama atenção para a segurança sanitária dos alimentos

    O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos (DMSA), celebrado em 7 de junho, ganha cada vez mais relevância em todo o mundo. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2018, com o objetivo de contribuir para a segurança sanitária dos alimentos e a saúde humana em um mundo em que a cadeia de suprimentos se tornou mais complexa e global.

    Em 2023, o tema “Normas alimentares salvam vidas” destacou a prevenção de doenças transmitidas por alimentos, as quais afetam cerca de 600 milhões de indivíduos no mundo todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 420 mil pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA), sendo 30% crianças com menos de 5 anos.

    “A maioria das doenças transmitidas por alimentos é totalmente evitável”, afirma Tatiana Karagulian, técnica em nutrição e consultora de alimentos, especializada em alergia e intolerância alimentar pela CBI of Miami.

    DTA é uma sigla que se aplica a todas as doenças resultantes do consumo de alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas e produtos químicos, bem como por biotoxinas, podendo provocar quadros agudos infeciosos ou de intoxicação.

    “Todos estamos suscetíveis a contrair doenças transmitidas por alimentos, mas certos grupos populacionais enfrentam maior risco de complicações graves: crianças, bebês, gestantes, idosos e indivíduos com o sistema imunológico comprometido estão entre os grupos mais vulneráveis”, diz Tatiana.

    Segundo a OMS, mais de 200 doenças, de diarreia a câncer, são causadas pela ingestão de alimentos contaminados com bactérias, vírus, parasitas ou produtos químicos.

    Neste contexto, empresas do setor alimentar são incentivadas a trabalhar com seus funcionários, fornecedores e outras partes interessadas para desenvolver “uma cultura de segurança alimentar”.

    “Em casa, a manipulação segura dos alimentos inclui lavar as mãos antes de preparar as refeições; o consumo de água/gelo de fontes seguras; respeitar o prazo de validade dos alimentos, bem como o armazenamento em ambiente e temperatura apropriados”, explica Tatiana Karagulian.

    Em 2024, o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos sublinha a importância de estar preparado para incidentes de segurança alimentar, ou seja, situações em que existe um risco potencial ou confirmado para a saúde, associado ao consumo de alimentos. Um incidente alimentar pode acontecer, por exemplo, devido a eventos naturais como enchentes. A campanha visa explorar desafios subsequentes no que diz respeito ao armazenamento seguro de alimentos em casos de queda de energia, por exemplo.

    Para ajudar a prevenir a epidemia de doenças causadas por alimentos não seguros, a OMS lançou o documento “Estratégia Global da OMS para a Segurança Alimentar 2022–2030”, com metas globais de segurança alimentar a serem alcançadas até 2030.

    Atualmente, não existe nenhum mecanismo global para alinhar esforços nesta área e fornecer inovação e apoio aos países de forma coordenada.

    Fonte: Agência Dino

  • Lula quer contrapartida empresarial para negociar desoneração da folha

    Lula quer contrapartida empresarial para negociar desoneração da folha

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7) que quer negociar com empresários a desoneração da folha de pagamento. A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Presidente , produzido pela Empresa Brasil de Comunicação ( EBC ).

    “O empresário quer reduzir o que ele paga. Ele vai transformar isso em empregos novos? Ele vai transformar isso em aumento do salário? Ele vai transformar isso em estabilidade? Desoneração, do jeito que eles querem, é só para aumentar o lucro. É isso o que eles querem. Nós queremos que tenha contrapartida.”

    Segundo Lula, o governo decidiu pedir a suspensão da desoneração da folha ao Supremo Tribunal Federal (STF) no intuito de chamar os empresários dos setores envolvidos para sentar à mesa e negociar: “que cada empresário diga o que vai fazer”.

    “Esse negócio de dizer que é para manter emprego, ninguém garante que mantém emprego. Qual é o contrato que diz que ele vai garantir emprego? Quem é que diz que, na primeira crise, ele não manda gente embora? Não tem nada escrito. O que nós queremos é apenas seriedade dos empresários.”

    Fonte: Agência Brasil

  • CBTD Experience #3 abre o ano do CBTD 2024

    CBTD Experience #3 abre o ano do CBTD 2024

    A terceira edição do CBTD Experience, evento online e gratuito sobre desenvolvimento humano, inaugurou o ano do 39º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD 2024), que será realizado de 19 a 21 de junho no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo.

    Mais de 3.000 profissionais se inscreveram para o CBTD Experience 2024, que aconteceu nos dias 6 e 7 de março, demonstrando a importância e interesse crescente por temas relacionados ao treinamento e desenvolvimento

    Palestras inspiradoras e conteúdos relevantes

    Sob a condução de Igor Cozzo, diretor executivo da ABTD, o CBTD Experience reuniu importantes nomes do desenvolvimento pessoal e profissional para debater temas relevantes para os domínios pessoais, profissionais e organizacionais.

    Izabella Camargo, jornalista e idealizadora do movimento pela produtividade sustentável, apresentou a palestra “Onde estão os EPIs da Saúde Mental?” e revelou, durante o CBTD Experience e em primeira mão, o primeiro manifesto mundial em prol da criação dos EPIs de Saúde Mental.

    O tema diversidade, equidade e inclusão foi abordado com Ana Minuto, há 30 anos trabalhando com essa causa e especialista em DEI Alexandre Slivnik, Andressa Pinheiro e João Zaggia, compartilharam todo o trabalho que está por trás dos “Amarelinhos”, apelido da equipe de staff do CBTD, mostrando na prática como replicar a cultura ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, responsável pelo CBTD) para gerar encantamento.

    Vale ressaltar que esse case, “Case Amarelinhos: Como criamos uma cultura de humanização e encantamento!” sobre o staff do Congressos Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento, CBTD, foi vencedor do Prêmio Caio 2023, conquistando o Jacaré de Ouro na categoria Cliente Final – Congresso Nacional, segmento – Empreendimentos para Eventos.

    Com insights sobre como eliminar a sucata de aprendizagem nas organizações, Flora Alves e Monica Almeida realizaram a palestra “Atue como consultor de performance e elimine a sucata de aprendizagem em sua organização”, sendo uma das cinco palestras mais bem avaliadas no CBTD 2023.

    A ABTD ainda realiza o Prêmio Destaque Gestão de Pessoas, anualmente, onde empresas podem inscrever seus cases de sucesso sobre ações na área de desenvolvimento humano e treinamento e desenvolvimento.

    O CBTD Experience 2024 contou então com dois cases vencedores do Prêmio Destaque 2023. Hospital Sírio-Libanês e Petrobras compartilharam suas experiências na área.

    Com humor, Rafael Cortez encerrou o evento com a palestra Atitudes Transformadoras, sobre como atitudes podem transformar as vidas das pessoas.

    Sobre o CBTD

    O CBTD é um dos maiores eventos de Treinamento e Desenvolvimento da América Latina. Realizado anualmente pela ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, o congresso reúne profissionais de diversas áreas para discutir as últimas tendências do mercado de T&D e desenvolvimento humano.

    Fonte: Agência Dino

  • Governo prepara linha de crédito para famílias no Rio Grande do Sul

    Governo prepara linha de crédito para famílias no Rio Grande do Sul

    As famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul poderão receber uma linha de crédito especial para a reconstrução de casas, disse na noite dessa segunda-feira (6) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O crédito se somará ao repasse de verbas ao governo gaúcho e às prefeituras das localidades atingidas pelo evento climático extremo.

    Segundo Haddad, o governo ainda está definindo os detalhes e a possibilidade de os bancos oficiais operarem a linha de crédito. Nesta terça (7), Haddad se reunirá com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. O ministro confirmou que a linha de crédito extraordinária será um dos temas.

    “É preciso uma linha de crédito específica para reconstrução da casa das pessoas. A maioria não tem cobertura de seguro. Então, isso tudo vai ter que ser visto”, disse o ministro.

    A linha de crédito se somará a outras medidas voltadas às famílias atingidas pela tragédia, como o adiamento, por três meses, do pagamento de tributos federais por pessoas físicas e empresas, inclusive o Imposto de Renda , nos 336 municípios gaúchos em estado de calamidade pública. Para as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais, o pagamento foi adiado em um mês.

    Segundo Haddad, as medidas devem ser fechadas e apresentadas hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro informou que enviará alguns cenários para o presidente decidir.

    “Hoje saiu a primeira medida, que foi o decreto de calamidade, que abre para os ministérios a possibilidade de aportar recursos emergenciais [a] escolas, hospitais, postos de saúde. Não tem como esperar. Então, isso tudo vai precisar de uma dinâmica própria. Mas nós estamos trabalhando em outras frentes importantes e queremos concluir esse trabalho o mais rapidamente possível. Tudo dando certo, submeto ao presidente amanhã [nesta terça] alguns cenários”, afirmou Haddad ao sair do Ministério da Fazenda.

    Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de decreto legislativo para reconhecer estado de calamidade pública em parte do território nacional, em decorrência da tragédia climática no Rio Grande do Sul. A proposta agiliza o repasse de recursos ao estado.

    Dívida

    Em relação à dívida dos estados com a União, Haddad disse que o governo pretende dar um tratamento específico e “emergencial” ao Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite pede a suspensão das parcelas dos débitos com o governo federal para liberar cerca de R$ 3,5 bilhões do caixa do estado.

    Segundo o ministro, embora outros estados do Sul e do Sudeste queiram renegociar as dívidas com a União, o Rio Grande do Sul receberá prioridade no momento. “Nós temos de isolar o maior problema para enfrentar de maneira adequada. É um caso totalmente atípico, precisa de um tratamento específico”, declarou Haddad.

    Outra possibilidade de ajuda ao estado é a liberação de recursos por meio de créditos extraordinários, usados em situações urgentes e imprevistas e que estão fora do limite de gastos do novo arcabouço fiscal. Haddad informou que o governo federal ainda não tem um cálculo do valor necessário para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul.

    “Sem a água baixar, é muito difícil fazer uma estimativa de custo. Temos que aguardar os próximos dias para fazer uma avaliação dos danos e [decidir] como vamos enfrentar esse problema. Mas a disposição do Congresso e dos executivos estadual e federal é de enfrentar o problema”, afirmou Haddad.

    Transparência

    O ministro prometeu centralização e transparência no repasse dos recursos. “O importante é o seguinte: vai ser bem centralizado, para não perdermos a governança. Está bem focado nesta calamidade, está bem focado nos municípios atingidos, e vai ter um procedimento que tudo tem que ser aprovado no âmbito do Executivo e no âmbito do Legislativo. Para mantermos total transparência sobre o destino desse recurso”, acrescentou.

    Haddad ressaltou que o diferencial do evento climático extremo no Rio Grande do Sul está na escala da tragédia. O ministro estava na comitiva do presidente Lula e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, que sobrevoou a região metropolitana da capital gaúcha no domingo (5).

    “Já vi isso ocorrer em várias localidades quando eu era ministro da Educação, de visitar locais atingidos por trombas d’água, chuvas tropicais, coisas intensas que afetavam escolas, hospitais, postos de saúde. Agora, nunca vi nada nessa extensão territorial. Algo tomar 200, 300 municípios, isso realmente é a coisa que mais choca. E você vê pessoas ainda isoladas, famílias que perderam [bens]. É difícil, uma situação que comove muito”, lembrou o ministro.

    Fonte: Agência Brasil

  • IR: entrega em cidades afetadas por enchentes é prorrogada para agosto

    IR: entrega em cidades afetadas por enchentes é prorrogada para agosto

    Os moradores dos municípios gaúchos afetados pelas enchentes no estado ganharão mais três meses para pagarem o Imposto de Renda. Uma portaria da Receita Federal publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União adiou, de 31 de maio para 31 de agosto, o prazo de entrega nas localidades atingidas.

    A portaria não prorrogou apenas o pagamento do Imposto de Renda, mas de todos os tributos federais, incluindo parcelamentos, e o cumprimento de obrigações acessórias, de pessoas físicas e de empresas de médio e grande porte. Além disso, a Receita suspendeu, até 31 de maio, a prática de atos processuais em processos administrativos de interesse de contribuintes domiciliados nos municípios atingidos.

    As medidas valerão para os moradores de 336 municípios em estado de calamidade pública. A lista das localidades pode ser consultada aqui .

    Tributos adiados

    As micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais dos 336 municípios também terão o pagamento de tributos adiados em 30 dias. Os impostos referentes a fatos geradores de abril, que deveriam ser pagos até 20 de maio, passarão para 20 de junho. Os impostos sobre os fatos geradores de maio, que venceriam em 20 de junho, passarão para 22 de julho.

    A edição extraordinária do Diário Oficial da União também publicou uma portaria do Comitê Gestor do Simples Nacional com a prorrogação do prazo para as micro e pequenas empresas e os MEI. A Receita Federal informou que, para esses contribuintes, a prorrogação do prazo não implica direito à restituição ou compensação de quantias eventualmente já recolhidas.

    Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha dito que o governo pretendia diferir (adiar dentro do mesmo ano) o pagamento de tributos pelas empresas das áreas afetadas pelo evento climático extremo no Rio Grande do Sul. Segundo ele, essa medida chegou a ser adotada no ano passado para empresas de áreas atingidas por desastres naturais.

    “No ano passado, se não estou enganado, nós mudamos datas de pagamento, fizemos uma série de providências para aliviar essa questão. É um diferimento, isso está no nosso radar. Uma espécie de renúncia temporária [de receitas]”, declarou o ministro.

    Fonte: Agência Brasil

  • Repasse federal ao RS com emendas parlamentares supera R$ 1 bilhão

    Repasse federal ao RS com emendas parlamentares supera R$ 1 bilhão

    O total de repasses do governo federal ao Rio Grande do Sul com a antecipação do pagamento de emendas parlamentares individuais vai superar R$ 1 bilhão. O estado enfrenta a pior cheia da história com mais de 60% dos municípios atingidos por fortes chuvas.

    Na tarde desta segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que os parlamentares gaúchos identificaram cerca de R$ 480 milhões em emendas individuais que podem ser antecipadas. O valor corresponde às emendas individuais de transferência especial, que são enviadas diretamente para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

    Esse novo pacote se soma à liberação de R$ 580 milhões em emendas parlamentares que já havia sido anunciada mais cedo , totalizando R$ 1,06 bilhão. Os pagamentos deverão ser antecipados nos próximos dias.

    LDO

    Para viabilizar a antecipação deste pacote de R$ 480 milhões, é preciso alterar uma regra da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “A regra da LDO não permite que seja antecipado, por isso que nós encaminhamos, já na sexta-feira [3], com apoio do coordenador da bancada gaúcha, deputado Marcon (PT-RS), uma proposta de emenda na LDO em que a expectativa nossa, confirmada pelo presidente do Senado, presidente do Congresso, que possa ser votada na sessão do Congresso essa semana”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

    “São repasses fundo a fundo, então ele não depende de convênio, não depende de etapas de execução, são recursos que vão direto aos municípios e ao estado com velocidade muito maior”, acrescentou Padilha.

    A declaração de Padilha foi dada a jornalistas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviar uma proposta de decreto legislativo para flexibilizar regras fiscais e orçamentárias na liberação de recursos para combater a calamidade pública no Rio Grande do Sul.

    Tragédia em números

    Até a publicação desta matéria, a atualização mais recente da Defesa Civil contabilizava 85 mortes em decorrência das chuvas no estado. Há 134 desaparecidos e 339 feridos. Mais de 153 mil pessoas estão desalojadas de casa e 47,6 mil estão em abrigos públicos.

    Mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, de acordo com autoridades, com falta de luz e desabastecimento de água. Dos 497 municípios gaúchos, 385 sofreram algum impacto dos temporais.

    Fonte: Agência Brasil

  • Consórcio reduz custos no planejamento do agronegócio

    Consórcio reduz custos no planejamento do agronegócio

    Ao longo dos anos, o consórcio vem trazendo benefícios para pessoas físicas e jurídicas, independente da atividade profissional ou empresaria. No caso do agronegócio, considerando bens como máquinas e implementos agrícolas, este autofinanciamento vem proporcionando custos menores que geram competitividade no produto final e por consequência naqueles exportados.

    Presente no setor de veículos pesados, onde estão também inclusos os caminhões, responsáveis pelo transporte de insumos e safras, o consórcio influencia indiretamente nos resultados finais.

    Não se considera a modalidade como participante direta nos resultados do comércio exterior, e é incomum considerá-la como influenciadora indireta em saldos de exportações. “Contudo”, explica o economista Luiz Antonio Barbagallo, da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), “em uma análise mais acurada, a relação é possível e o consórcio vem sendo utilizado”.

    Por ser cada vez mais competitivo, o mercado externo para o Brasil, especialmente para o agronegócio, estudos setoriais feitos pela ABAC apontam que o planejamento, a estratégia inovadora e a diversidade de produtos, visam as conquistas internacionais em vários mercados antes e depois da porteira.

    Como resultado do desenvolvimento produtivo, a agricultura brasileira se tornou uma das mais avançadas do mundo. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, a competitividade cresceu 400% entre 1975 e 2020. “Pesquisadores daquele Instituto sustentam que o aumento da produtividade nacional propiciou ampliação da concorrência do setor, resultando em custos menores e consequentemente preços inferiores”, detalha Barbagallo.

    O estudo aponta também que, entre 1995 e 2017, para um crescimento de 100% no valor bruto da produção, a participação da tecnologia agregada subiu de 50% para pouco mais de 60%. Nesse mesmo período, a presença do fator trabalho diminuiu de 31% para menos de 20%, enquanto a do fator terra praticamente ficou estável em 20%.

    O economista esclarece que, “o índice internacional PTF, Produtividade Total dos Fatores, sinalizador da relação entre a referência de produto total e os insumos, registrou, no Brasil um crescimento superior à média mundial. Como decorrência”, pontua Barbagallo, “a partir dos anos 2000, nosso país passou a liderar a produtividade do setor, especialmente em razão de, daquele ano até 2019, durante praticamente vinte anos, o Brasil alcançou o índice de 3,2%, enquanto a média mundial anotou apenas 1,7%, quase o dobro”.

    Entre os fatores mais importantes que atualmente determinam a competitividade no agronegócio estão os investimentos em tecnologia e na inovação. A substituição de equipamentos antigos por mais modernos reduzem custos e aumentam a rentabilidade.

    “Todavia, a aquisição desses equipamentos exige recursos consideráveis”, comenta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “A importância de poder contar com mecanismos de financiamento mais acessíveis e com baixos custos é fundamental. Nesse aspecto, o consórcio se torna uma opção interessante e vantajosa para o agroempresário”, complementa.

    No balanço do sistema de consórcios, divulgado mensalmente pela ABAC, verifica-se constante avanço nas liberações de créditos para contemplações de consorciados de máquinas, equipamentos, implementos agrícolas e veículos, inseridos no segmento de veículos pesados, em paralelo aqueles comercializados. Há também créditos concedidos aos que necessitam de silos, drones, imóveis, galpões, em outros setores consorciais.

     “Em uma trajetória paralela, constata-se que o crescimento das contemplações dos consórcios do setor agrícola, nos últimos seis anos, vem acompanhando a performance comercial das máquinas agrícolas”, afirma Barbagallo.

    Como conclusão, o economista aponta essa relação como “excelente indicativo de que o empresário rural enxerga cada vez mais o consórcio como uma opção de investimento, economicamente interessante, para modernizar e manter competitivo seu negócio”.

    Na balança comercial, em razão da grande competitividade, o superávit do agronegócio em 2023 foi 4,9% superior ao de 2022. Foram US$ 148,58 bilhões, saldo dos US$ 165,05 bilhões das exportações, descontados os US$ 16,47 bilhões das importações. No ano passado, o segmento agropecuário cresceu 15,1%, porém sua contribuição para o PIB foi de apenas 0,9 ponto percentual.

    “A forte expansão dos consórcios nos últimos anos, especialmente em automóveis, motocicletas e principalmente imóveis, também tem se destacado no agronegócio, afirma Rossi. “Como um dos fatores importantes no planejamento de produtores e pecuaristas, o mecanismo tem contribuído para o bom desempenho e competitividade dos participantes desses mercados”, conclui.

    Fonte: Agência Dino