Categoria: Economia

  • CMN libera R$ 8,3 bi a bancos com grande volume de empréstimos ao RS

    CMN libera R$ 8,3 bi a bancos com grande volume de empréstimos ao RS

    Os bancos com mais de 10% da carteira de crédito emprestada a municípios em calamidade pública no Rio Grande do Sul receberão R$ 8,3 bilhões para manterem a liquidez e não terem a concessão de crédito prejudicada, decidiu nesta segunda-feira (13) o Conselho Monetário Nacional (CMN). Com previsão de chegada em 27 de maio, a injeção de recursos virá da liberação, por um ano, do compulsório da caderneta de poupança.

    Um dos instrumentos de política monetária, os compulsórios são recursos que os bancos são obrigados a deixar parados no Banco Central (BC). O BC exige o recolhimento, em espécie, de 20% do dinheiro que os clientes aplicam na caderneta. No caso do compulsório da poupança, o dinheiro é remunerado pelo BC, que paga Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano ao banco.

    Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (13), o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central aprovaram outras medidas para amenizar os efeitos econômicos dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul sobre o Sistema Financeiro Nacional.

    Além da suspensão do compulsório da poupança aos bancos mais expostos a operações de crédito com o Rio Grande do Sul, o CMN permitiu que as instituições financeiras não registrem como “ativos problemáticos” as renegociações de operações de crédito afetadas pelas enchentes. A classificação de risco das operações de crédito renegociadas entre 1º de maio e 31 de dezembro será mantida no nível registrado em 31 de março.

    Segundo o BC, a mudança na forma de registro é necessária para evitar que instituições financeiras que tivessem de renegociar as dívidas de pessoas físicas e empresas afetadas pelas inundações aumentassem o provisionamento (recursos mantidos em uma reserva na conta de cada banco) e a exigência de capital mínimo para emprestar. Sem a medida, informou a autoridade monetária, a oferta de crédito seria desestimulada, comprometendo a capacidade de emprestar dinheiro às pessoas e empresas afetadas pelas enchentes.

    Proagro

    Em relação aos empréstimos para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), o CMN autorizou que as vistorias técnicas para o pagamento de indenizações aos produtores rurais possam ser feitas de forma remota. As vistorias usarão sensoriamento remoto e parâmetros da produtividade agropecuária dos municípios. Segundo o BC, a mudança acelerará o desembolso aos produtores rurais afetados pelo desastre climático.

    Em nota, o BC informou que monitorará continuamente o funcionamento da intermediação financeira no Rio Grande do Sul, podendo tomar medidas adicionais para manter o funcionamento eficiente e a solidez do sistema financeiro.

    Fonte: Agência Brasil

  • Guerreiro inaugura nova loja na capital paulista

    Guerreiro inaugura nova loja na capital paulista

    A Guerreiro, rede de joalherias, inaugura uma nova loja em maio no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo (SP). Com o lançamento, a empresa espera conquistar o aumento no faturamento e reforço de poder de marca, além de investir no posicionamento.

    A nova unidade no Shopping Pátio Higienópolis chega para somar aos espaços que a marca já possui na capital paulista, no Shopping Iguatemi, Oscar Freire e Shopping Cidade Jardim. Além disso, a empresa atende a todo o Brasil por meio de seu e-commerce.

    Na década de 1970, José Carlos Guerreiro, fundador da empresa, atuava como modelo e fazia retratos das mulheres da alta sociedade paulistana, quando entrou para o mundo das joias. Desde então, o artista e empresário investiu em misturas inusitadas de matéria-prima, como rabo de elefante. 

    Pouco tempo depois, Guerreiro abriu sua primeira loja na Rua da Consolação, em São Paulo. Posteriormente, a chamada “Tenda Cigana” chegou a um novo ponto na Rua Augusta, local frequentado por artistas, famosos, membros da sociedade paulista, políticos e jovens estudantes de escolas tradicionais. 

    Ainda na década de 1970, o empresário deu início a uma parceria com o ator Luis Gustavo que se estendeu até 1983. Com a reabertura da marca, no ano 2000, Guerreiro passou a se dedicar exclusivamente à criação de peças, mantendo seu estilo próprio e contando com a contribuição da esposa, Gloria Guerreiro, e filha, Juliana Guerreiro Buzolin, que buscaram trazer à marca uma estética com inspirações nas tendências mundiais. 

    Franco Carvalho, diretor de marketing da Guerreiro, destaca que está havendo um reaquecimento do varejo em Higienópolis: “A região tem vivenciado um aumento de lojas do segmento de luxo. A Zara, por exemplo, é um indicador de fluxo de pessoas e aumento de receita em um shopping, como qualquer loja âncora. Por isso, há esse reaquecimento”.

    Segundo um estudo realizado pela pesquisadora do Curso de Administração da Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Câmpus Santa Rosa) Daniele Cristine Ruckhaber, para 73,8% das mulheres, as joias são um presente que sempre agrada.

    Além do mais, a pesquisa revelou que, para 33,4% das entrevistadas, as joias são atrativas porque lembram luxo. De acordo com a sondagem, 70% das participantes gostam da sensação de possuírem peças de ouro. O levantamento envolveu 437 mulheres, com idade entre 18 a 60 anos de idade, da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

    Carvalho destaca que Guerreiro desenvolve o trabalho manual em sua joalheria e confecciona joias como edições limitadas e materiais nobres como prata, ouro e pedras preciosas. “A marca trabalha com detalhes em materiais naturais como couro de pyton, arraia e bovino, além de pedras preciosas como esmeraldas, rubis e diamantes, entre outras”, explica.

    Para mais informações, basta acessar: https://www.guerreiro.com/

    Fonte: Agência Dino

  • Trainee da Magnum Tires abre vagas com salário de R$ 6 mil

    Trainee da Magnum Tires abre vagas com salário de R$ 6 mil

    Um dos maiores players de distribuição de pneus do Brasil, com fabricação própria, a Magnum Tires iniciou a terceira edição do seu programa trainee, Magnum Now, para recrutamento de novos talentos. Até o dia 31 de maio, estarão abertas as inscrições para o bootcamp, que vai desenvolver jovens lideranças com remuneração de R$ 6 mil mais benefícios – entre os quais plano de saúde e odontológico Bradesco, refeitório e transporte fretado até o local de trabalho. Ao todo, serão preenchidas dez novas vagas, com início do trabalho previsto para setembro.

    O programa será realizado presencialmente na sede da empresa, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e terá duração de 18 meses. Podem participar da seleção graduados entre os anos de 2018 e 2023 nos seguintes cursos: Engenharias, Ciências Contábeis, Contabilidade, Economia, Marketing, Administração e Comércio Exterior, com idades entre 22 e 32 anos. Inglês avançado ou fluente é um dos pré-requisitos indispensáveis para concorrer. O regulamento com as informações sobre o processo seletivo e o bootcamp está disponível no site https://parceiros.magnumtires.com.br/magnumnow2024.

    COMPETÊNCIAS VALORIZADAS

    Resiliência, iniciativa, bom relacionamento e comunicação, capacidade de autogerenciamento e intraempreendedorismo são algumas das competências buscadas para a nova geração de talentos da empresa. Sócio-fundador da Magnum Tires, o empresário Apolo Vieira destaca que a empresa pretende abrir 50 novas unidades nos próximos cinco anos, o que torna essencial o desenvolvimento de profissionais dentro da cultura organizacional do grupo.

    “Nós temos no DNA da empresa uma cultura na qual o trainee é preparado para assumir cargos de liderança, isso está no nosso sangue. O time de gestão da Magnum é formado por jovens trainees que assumiram papéis importantes dentro de casa. Crescendo em um país de dimensões continentais como o Brasil, precisamos de lideranças com perfil para assumir desafios em diferentes regiões. Profissionais com essa qualidade e dispostos a desenvolver outras habilidades só têm a crescer na companhia”, destaca o executivo.

    De acordo com o empresário, os novos talentos do processo seletivo têm potencial para atuar, no futuro, como peças-chave na linha de sucessão de gestores da Magnum Tires. Dentro do plano de cargos e carreira da empresa, uma das metas é promover o treinamento e formação destes profissionais para assumir posições de gerência e diretoria nos projetos de expansão.

    A expectativa da Magnum é encerrar o ano de 2024 com faturamento de R$ 1,6 bilhão, um crescimento de 23% em relação ao exercício do ano anterior, cujo faturamento foi de R$ 1,3 bi. “Temos participantes da última edição que já estão coordenando as operações de outros estados, como é o caso da atual coordenadora de Alagoas e Sergipe”, complementa a gerente de RH da Magnum Tires, Daniele Coutinho. 

    Os novos talentos deverão ter disponibilidade para mudanças e serão alocados em áreas como financeiro, supply chain em transporte e distribuição, comercial, marketing e administrativo.

    COMO SERÁ FEITA A SELEÇÃO

    O Bootcamp Magnum Now foi desenvolvido em parceria com a HR Tech Grow Group, multinacional especializada em conectar oportunidades para profissionais de média e alta gestão em toda a América Latina, com presença no Brasil, na Argentina, no Chile e nos Estados Unidos. 

    Primeiramente, os candidatos serão submetidos a análise curricular, testes online (personalidade, raciocínio lógico, social, motivação e cultura), nivelamento de inglês e entrevista remota. Após cumpridas essas etapas, 60 pessoas serão selecionadas para o bootcamp, que tem por finalidade testar competências interpessoais, como a proatividade e a adaptabilidade dos candidatos na resolução de problemas. 

    Carla Oliveira, gerente de Relacionamento e Negócios da Grow, explica que o programa será realizado ao longo de dois dias, numa dinâmica que consistirá na apresentação de metodologias ágeis e ferramentas de inovação, com palestras no primeiro dia, até resolução de problemas para um case inspirado em situações da vida real no mundo do trabalho. As entrevistas finais com os aprovados no bootcamp serão entre os dias 15 e 23 de julho, com divulgação dos selecionados no final do mesmo mês.

    SOBRE A MAGNUM TIRES

    A Magnum Tires é uma das maiores produtoras e distribuidoras de pneus e câmaras de ar do Brasil, com atuação há 32 anos no segmento de pneumáticos. Com um dos centros de distribuição localizado em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, a empresa conta com filiais em todo o país, somando mais de 60 unidades em território nacional, entre os quais mais dois centros de distribuição (Itajaí/SC e Ariquemes/RO). A empresa emprega atualmente mais de 1.200 funcionários, possui cerca de 40 mil clientes ativos e mais de 300 representantes no país. No ano passado, o Grupo Magnum Tires atingiu faturamento aproximado de R$ 1,3 bilhão.

    SOBRE A GROW GROUP

    A Grow Group é uma holding de empresas especializadas em Recrutamento e Seleção, Desenvolvimento de Pessoas e Consultoria para RHs, liderada pelo CEO Felipe Mançano – um pioneiro na implementação de estratégias de felicidade corporativa no Brasil. Fundada em 2015, a empresa é focada no desenvolvimento de carreira pessoal, auxiliando corporações a impulsionarem a trajetória profissional de seus talentos. Desde a sua fundação, intermediou mais de 2,7 mil conexões entre pessoas e oportunidades no Brasil, na Argentina, no Chile e nos Estados Unidos. 

    SERVIÇO:

    Bootcamp Magnum Now

    Inscrições: até 31 de maio

    Requisitos: ter entre 22 e 32 anos, ser graduado em Economia, Administração, Engenharias, Ciências Contábeis, Contabilidade, Marketing ou Comércio Exterior, ter concluído a graduação entre 2018 e 2023 e ter inglês avançado

    Fonte: Agência Dino

  • Mercado eleva para 2,09% projeção de expansão da economia em 2024

    Mercado eleva para 2,09% projeção de expansão da economia em 2024

    A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,05% para 2,09%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

    Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) é crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

    Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.

    A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.

    Inflação

    Nesta edição do Focus , a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 subiu de 3,72% para 3,76%. Para 2025, a projeção da inflação ficou em 3,66%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

    A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

    Em abril, pressionada pelos preços de alimentos e gastos com saúde e cuidados pessoais, a inflação do país foi 0,38% , acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%). De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 3,69%.

    Taxa de juros

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) . A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o BC diminuir o ritmo do corte de juros , que vinham sendo de 0,5 ponto percentual, para 0,25 ponto.

    De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

    Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

    Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9,75% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano, se mantenha nesse patamar em 2026 e caia para 8,63% em 2027.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    Fonte: Agência Brasil

  • Sustentabilidade fiscal no Brasil se torna um desafio

    Sustentabilidade fiscal no Brasil se torna um desafio

    Estudo publicado por Bráulio Borges revela que a desvinculação do piso previdenciário do salário mínimo é crucial para conter a expansão dos gastos previdenciários.

    Essa indexação automática representa uma das maiores causas do desequilíbrio nas contas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o sistema previdenciário dos trabalhadores da iniciativa privada. Os aumentos reais do salário mínimo aprofundam o desequilíbrio nas contas públicas.

    Bráulio mostra no artigo que os benefícios previdenciários foram os principais responsáveis pelo aumento nas despesas do governo federal nas últimas décadas. Se eles forem excluídos do cálculo, os gastos estão em níveis semelhantes ao que eram em 1988, quando a nova Constituição criou a vinculação.

    O economista Felipe Bernardi Diniz lembra que “o Brasil perdeu o grau de investimento lá em 2015. Os países emergentes que estão ali no primeiro nível do grau de investimento têm uma dívida pública de 55%, 60%. O Brasil está com uma dívida pública de 80%. Se algum dia quisermos voltar a ser grau de investimento, precisamos controlar a dívida.”

    Ser grau de investimento tem várias vantagens; por exemplo, obter empréstimos no exterior com melhores condições de juros e pagamento. Ter o selo de bom pagador tem implicações positivas, efetivas. Completa Felipe Diniz, “se a gente quiser voltar a ter grau de investimento, a nossa dívida pública precisa cair para pelo menos uns 60% do PIB. Só que para cair primeiro ela tem que parar de subir.”

     

    Fonte: Agência Dino

  • Prazo para negociações do Desenrola Brasil termina em uma semana

    Prazo para negociações do Desenrola Brasil termina em uma semana

    O prazo para renegociar dívidas sob condições do Programa Desenrola Brasil vence na próxima segunda-feira (20) para devedores que se encaixam na Faixa 1. Dados do Ministério da Fazenda apontam que, até a semana passada, 14,75 milhões de pessoas já haviam renegociado cerca de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

    Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. A etapa engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).

    Por meio do programa, inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e com até 60 meses para pagar.

    Fake news

    Nesta reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão não perde nenhum benefício social. Outra, que a pessoa não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

    “O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.”

    “Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.”

    Entenda

    Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

    Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou PIX, ou financiando o valor total no banco de preferência.

    Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas — bronze, prata e ouro — podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br

    Fonte: Agência Brasil

  • Prêmio vai distribuir R$ 1,3 milhão a empreendedores do ramo alimentício

    Prêmio vai distribuir R$ 1,3 milhão a empreendedores do ramo alimentício

    Com o objetivo de apoiar financeiramente 2.100 microempreendedores do ramo alimentício, formais ou informais, que são vendedores(as) ambulantes, vendem por encomendas ou têm um ponto fixo, o Assaí realiza a 7ª edição do “Prêmio Academia Assaí 2024”. O foco é oferecer ferramentas para ajudar na continuidade e/ou crescimento desses negócios. O prêmio tem apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), pois parte desses empreendedores são representados pela entidade.

    Além de créditos na carteira digital Pic Pay, vale-compras Assaí e celulares, o prêmio também vai proporcionar conhecimento, reconhecer habilidades e oferecer assessorias com especialistas em negócios aos selecionados.

    Para participar, basta residir em qualquer parte do país; ter um negócio ativo, formal ou informal; trabalhar por conta própria com alimentação ou ter um negócio no setor de alimentos; e se encaixar em uma das três categorias propostas: “Ponto Fixo”, “Vendedor(a) Ambulante” e “Vendas por Encomenda”.

    Os interessados precisam se cadastrar na Academia Assaí, assistir as videoaulas em uma das duas trilhas: “Gestão financeira” ou “Marketing e vendas”, disponíveis em www.premioacademiaassai.com.br  e responder questões sobre o seu negócio.

    “O Prêmio Academia Assaí se destaca por não se tratar de uma participação por meio da sorte, mas sim do desenvolvimento de habilidades”, diz Fábio Lavezo, Gerente de Sustentabilidade e Investimento Social do Assaí, que compara a evolução do Prêmio desde 2018, quando foi criado, com a edição atual. “Começamos com 15 premiados e R$ 45 mil em prêmios. Neste ano teremos 2.100 premiados(as) e mais de R$ 1.3 milhão em prêmios. O crescimento demonstra o alto impacto do programa em poucos anos, abrangendo mais pessoas, capacitando e motivando empreendedores de todo o país”.

    O prêmio está dividido em duas etapas: regional e nacional. Ao todo, 2.100 empreendedores serão premiados em todo o Brasil com um auxílio de R$ 300. Destes, na segunda fase, serão selecionados 210 finalistas de todas as regiões, que recebem R$ 2 mil mais R$ 500 em vale-compras no Assaí, uma capacitação on-line e uma assessoria com especialista da Aliança Empreendedora.

    Desses, 30 irão para a terceira fase, com mais R$ 3 mil de crédito e um celular, além da viagem para São Paulo com tudo pago e a participação em eventos exclusivos. Ao final, os três destaques nacionais, um de cada categoria, receberão mais um crédito de R$ 15 mil cada. Os três vencedores dos Prêmios Inovação, Sustentabilidade e Tecnologia irão ganhar mais R$ 5 mil cada.

    As inscrições para o “Prêmio Academia Assaí 2024” vão até dia 15 de maio de 2024. O encerramento, onde serão anunciados os 15 vencedores, será no dia 05 de outubro de 2024.

    “O Assaí nasceu para atender o micro e pequeno empreendedor(a). É uma característica que está totalmente conectada com a nossa origem. E hoje, mesmo com todos os novos públicos que passaram a acessar o canal do atacarejo, os comerciantes ainda são cerca de 45% dos nossos clientes. Por isso, dentro do lema do Assaí de contribuir para que a prosperidade seja uma realidade para todos(as), entendemos que o crescimento desses(as) empreendedores(as) também é o nosso crescimento. Então é muito importante que eles(as) também cresçam conosco”, avalia Lavezo.

    “Sabemos que muitas das dificuldades desse público estão relacionadas a habilidades e capacitação sobre gestão de negócios. O Prêmio Academia Assaí tem uma atuação exatamente nessa linha, além do apoio financeiro para que essas pessoas possam reinvestir em seus negócios. Acreditamos dessa forma contribuir para a construção de uma sociedade mais próspera e justa”, justifica.

    Para o executivo do Assaí, esse tipo de concurso visa também garantir a sustentabilidade desses empreendimentos. “Os pequenos negócios respondem por 30% da economia brasileira, são cerca de 18,5 milhões de pequenos negócios no país. Porém, precisamos lembrar que 29% dos micros e pequenos empreendedores vão à falência em apenas 5 anos após abrirem seus negócios, segundo o Sebrae. Isso significa que iniciativas como a Academia Assaí são fundamentais e atuam diretamente na geração de valor para o crescimento das pessoas e da economia do país. Promover a sustentabilidade do ecossistema empreendedor em nossa sociedade, em suas diversas possibilidades, é estratégico em termos de valor compartilhado”, conclui.

    Mais informações e inscrições no site: https://www.academiaassai.com.br/premio

    Fonte: Agência Dino

  • Prazo para negociações termina em uma semana

    Prazo para negociações termina em uma semana

    O prazo para renegociar dívidas sob condições do Programa Desenrola Brasil vence na próxima segunda-feira (20) para devedores que se encaixam na Faixa 1. Dados do Ministério da Fazenda apontam que, até a semana passada, 14,75 milhões de pessoas já haviam renegociado cerca de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

    Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. A etapa engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).

    Por meio do programa, inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e com até 60 meses para pagar.

    Fake news

    Nesta reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão não perde nenhum benefício social. Outra, que a pessoa não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

    “O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.”

    “Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.”

    Entenda

    Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

    Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou PIX, ou financiando o valor total no banco de preferência.

    Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas — bronze, prata e ouro — podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br

    Fonte: Agência Brasil

  • Entenda a relação entre pleno emprego, inflação e juros do BC

    Entenda a relação entre pleno emprego, inflação e juros do BC

    Uma das preocupações manifestadas pelo Banco Central (BC) para manter a inflação sob controle tem relação com o nível de emprego e salários no Brasil. Em comunicado publicado nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC citou as “pressões nos mercados de trabalho” mundiais como um fator considerado para diminuir a velocidade da redução dos juros básicos da economia. O comitê acrescentou que, no Brasil, o mercado de trabalho está apresentando “maior dinamismo que o esperado”.

    Para entender a relação entre pleno emprego, inflação e juros do Banco Central, a Agência Brasil entrevistou quatro professores de economia de diferentes escolas de pensamento, desde aqueles vinculados a uma corrente mais liberal, até os mais heterodoxos. Isso porque a relação entre empregos, salários e inflação vem influenciando o debate sobre a taxa de juros no Brasil. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que, apesar de o pleno emprego ser desejado, existe a preocupação de a elevação dos salários gerar inflação.

    “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar, e você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí”, destacou em entrevista exclusiva à CNN Brasil. A manifestação gerou críticas de políticos e analistas.

    Nesta semana, o Banco Central BC reduziu a velocidade do corte da taxa básica de juros. Após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual, os diretores votaram, por 5 votos a 4, para reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto, para 10,5% ao ano . A decisão, apesar de esperada pelo mercado financeiro, gerou críticas de políticos ligados ao governo e de setores do comércio e da indústria, que avaliaram que a queda podia ser maior. O Brasil tem hoje a segunda maior taxa real de juros do mundo , atrás apenas da Rússia, de acordo com o site MoneYou.

    A taxa básica de juros, definida pelo BC, influencia as demais taxas de juros, como a dos bancos, impactando também o nível de atividade econômica do país. Quanto maiores os juros, menor o incentivo para se investir na produção, que gera emprego e renda.

    Curva de Phillips

    O professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB) César Bergo afirmou que a relação entre pleno emprego e inflação vem da teoria econômica da curva de Phillips, criada há mais de 60 anos, que diz que, quando o desemprego diminui, a inflação cresce, e vice-versa.

    Segundo Bergo, quando o desemprego chega a níveis historicamente baixos, “você acaba tendo algumas pressões inflacionárias em função, primeiro, da melhoria de toda a renda e também acaba havendo um aumento de salário porque a oferta de emprego está praticamente esgotada e não tem mais pessoas para assumir postos de trabalho e aí você aumenta o salário”.

    O professor da UnB acrescentou que essa teoria monetária afirma que o consumo pode gerar inflação porque aumenta a procura, e a oferta fica constante, levando ao aumento de preços. “É por isso que tem essa relação entre pleno emprego e inflação. A preocupação do BC é olhar se esse pleno emprego é sozinho capaz de explicar o aumento de preços”, disse.

    Bergo destacou ainda que há outras variáveis que são levadas em conta pelo BC para antecipar pressões inflacionárias, como o valor do dólar em relação ao real, o preço das matérias-primas no mercado global e os juros do Banco Central dos Estados Unidos.

    Visão dominante

    Para professora de economia da UnB Maria Lourdes Mollo, o Brasil não está nem perto do pleno emprego e essa visão expressa pelo BC e por Campos Neto é conservadora e equivocada. “Ainda que seja uma visão dominante, não é a única visão”, disse.

    Segundo ela, essa visão supõe que, ao injetar dinheiro na economia, por meio de salários ou crédito, não haverá aumento da capacidade de produção. Porém, a economista destaca que o aumento da produção compensa as pressões inflacionárias causadas pelo crescimento da demanda.

    “Em um primeiro momento, você aumenta a demanda devido ao aumento dos salários. E, num segundo momento, você vai afetando também a capacidade produtiva que vai aumentando. Então, a médio prazo, o impacto disso é aumentar a produção e reter o crescimento dos preços”, argumentou.

    Maria Lourdes Mollo acrescentou que essa visão conservadora permite manter a taxa de juros alta para evitar o crescimento da economia. “Como se todo crescimento fosse crescimento inflacionário, o que é discutível”, completou.

    Mercado mundial

    Visão semelhante tem a professora de economia política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria Mello de Malta. Para ela, o menor desemprego e maiores salários não geram necessariamente mais inflação. “Esse tipo de inflação, que é a inflação de demanda, no capitalismo, ele não dura muito tempo porque o capitalista quer ganhar dinheiro. Mesmo que houvesse esse plano de emprego, que não há, o que capitalista ia fazer? Ele ia produzir mais para atender à demanda, ele quer ganhar esse dinheiro.”

    Maria Mello de Malta acrescentou ainda que o Brasil não é uma economia fechada, estando ligada ao mercado mundial. Com isso, ainda que a produção interna não pudesse compensar a pressão inflacionária de um aumento do emprego e salários, a produção mundial poderia.

    “O país que tem a maior produção mundial, que é a China, está com a capacidade ociosa alta, e a China está louca para atender à demanda mundial. A relação entre inflação e desemprego, ela só é do jeito que está querendo a cabeça do presidente do Banco Central se todo mundo estiver empregado, todo capital estiver empregado e todas as terras estiverem empregadas produzindo coisas. Nesse caso, sim, quando você tem o aumento do emprego, você poderia ter um resultado por um período de aumento de preços”, argumentou.

    Taxa estrutural de desemprego

    O professor de economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mauro Sayar explicou que a preocupação com o aquecimento do mercado de trabalho existe em todos os bancos centrais do mundo. Segundo o especialista, o problema ocorre quando o salário cresce acima da produtividade do trabalho.

    A produtividade é a relação entre os bens produzidos e os meios usados (trabalho, matérias primas, etc.) para produzir determinado bem. Ou seja, a produtividade aumenta quando uma empresa, ou uma economia, consegue expandir a produção com a mesma quantidade de mão de obra, por exemplo.

    “Quando o salário cresce na mesma velocidade da produtividade, ou seja, da capacidade de gerar produtos, aquele crescimento de salário é sustentável, ele não gera pressão inflacionária”, destacou.

    Sayar explicou que as economias têm taxas estruturais de desemprego que, quando diminui abaixo desse nível estrutural, há risco de pressões inflacionárias. O especialista sustenta que essa taxa estrutural – que tem relação com o nível de escolaridade da população e com a legislação trabalhista, entre outros fatores – não é exata no Brasil devido à descontinuidade da série histórica da taxa de desemprego.

    Porém, Sayar diz que a maioria dos economistas avalia que a taxa estrutural do desemprego gira em torno dos 8% no Brasil. “Quando ela está abaixo de 8%, isso acende uma luz amarela”, comentou. A taxa de desemprego no Brasil fechou o primeiro trimestre do ano em 7,9%, tendo chegado a 7,4% no final de 2023.

    O economista da UFMG defendeu que a atuação do BC tem sido prudente porque o risco de a inflação sair do controle existe e pode prejudicar toda a economia de forma estrutural. “E, se o Banco Central vacilar, acontece aquilo que a gente já passou. A inflação sobe e perde controle. Depois o custo é muito mais elevado. E aquele ganho de salário não vai ficar com a sociedade. Ele vai subir preços de forma geral e preços que nunca mais caem”, completou.

    Fonte: Agência Brasil

  • Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa nesta segunda

    Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa nesta segunda

    A partir desta segunda-feira (13), os bancos começam a oferecer uma alternativa para renegociação de dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8 milhões anuais. Serão renegociadas dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. Essa renegociação é importante para o pequeno empreendedor e o empreendedor individual possam obter recursos para manter as suas atividades.

    A ação faz parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, uma iniciativa do Ministério da Fazenda, Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Essa parcela atendida é a mesma que precisa de ajuda para renegociar as dívidas e obter recursos para manter as atividades.

    Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve contatar a instituição financeira onde tem a dívida. A orientação é buscar os canais de atendimento oficiais disponíveis (agências, internet ou aplicativo) e, assim, ter acesso às condições especiais de renegociação dessas dívidas. As condições e prazos para renegociação serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-las.

    De acordo com a Febraban, somente os bancos cadastrados no programa ofertarão condições de renegociação de dívidas. Caso contrário, a sugestão é renegociar dívida mesmo assim ou, então, fazer a portabilidade da dívida para uma instituição financeira cadastrada.

    A recomendação para as empresas que forem renegociar suas dívidas é que busquem mais informações dentro dos canais oficiais dos bancos cadastrados. “Não devem ser aceitas quaisquer ofertas de renegociação que ocorram fora das plataformas dos bancos. Caso desconfie de alguma proposta ou valor, entre em contato com o banco nos seus canais oficiais”, orienta a entidade.

    O alerta é ainda para que não sejam aceitas propostas de envio de valores a quem quer que seja, com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. “Somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o cidadão pode ter os valores debitados de sua conta, nas datas acordadas”, diz a Febraban.

    O Desenrola Pequenos Negócios foi lançado pelo governo federal no dia 22 de abril. Na mesma data, foi publicada uma portaria do Ministério da Fazenda definindo a participação dos bancos nas renegociações. Só entrarão nas renegociações as dívidas vencidas há mais de 90 dias na data de lançamento do programa. Não haverá limites para o valor da dívida nem de tempo máximo de atraso.

    A versão do Desenrola para as micro e pequenas empresas é um dos quatro eixos do Programa Acredita, que pretende ampliar o acesso ao crédito e estimular a economia.

    Apesar de a renegociação teoricamente ter entrado em vigor em 23 de abril, dia da publicação da medida provisória, os negócios de menor porte ainda não podiam pedir o refinanciamento porque as regras não estavam regulamentadas. A partir da publicação da portaria, as instituições financeiras puderam fazer os últimos ajustes operacionais para começarem as renegociações.

    Crédito tributário

    O programa Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos tributários para que bancos e instituições financeiras renegociem dívidas de pequenas empresas. As instituições que aderiram ao programa têm direito a um crédito presumido de impostos. Não haverá custo para o governo neste ano porque a apuração do crédito presumido poderá ser realizada entre 2025 e 2029. Por meio do crédito presumido, as instituições financeiras têm direito a abater de tributos futuros prejuízos em algum trimestre. A portaria também regulamentou o cálculo desses créditos.

    Segundo o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias. As diferenças temporárias são despesas ou perdas contábeis que ainda não podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que podem ser aproveitadas como crédito tributário no futuro, o que é permitido pela legislação tributária.

    A concessão de créditos tributários alavanca o capital dos bancos para a concessão de novos empréstimos. Esse incentivo não gera nenhum gasto para 2024, e nos próximos anos o custo máximo estimado em renúncia fiscal é muito baixo, da ordem de R$ 18 milhões em 2025, apenas R$ 3 milhões em 2026, e sem nenhum custo para o governo em 2027.

    Fonte: Agência Brasil