Categoria: Economia

  • Confiança empresarial atinge maior nível desde dezembro de 2013

    Confiança empresarial atinge maior nível desde dezembro de 2013

    O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos em junho, para 98,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2013. Após a terceira alta consecutiva, a média do segundo trimestre de 2021 superou a do trimestre anterior em 7,2 pontos. O dado foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

    Segundo o superintendente de Estatísticas do FGV/Ibre, Aloisio Campelo, a alta da confiança empresarial reflete a continuidade da fase de retomada da economia, sob o comando da indústria, que registra desde outubro de 2020 os maiores níveis médios de confiança desde 2011. Outro destaque das sondagens empresariais do FGV/Ibre em junho é o setor de serviços.

    “Após a terceira alta expressiva seguida, a confiança do setor alcança o maior nível desde o início da pandemia. Ressalve-se que a recuperação desse setor continua ocorrendo de forma heterogênea, com os segmentos de serviços prestados às famílias avançando mais lentamente e sob influência ainda preponderante das expectativas. A aceleração do programa de vacinação é essencial para a normalização do nível de atividade deste segmento ao longo do segundo semestre”, avaliou Aloisio Campelo.

    O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/Ibre: indústria, serviços, comércio e construção.

    Segundo a FGV, a alta do ICE foi motivada pela melhora tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,3 pontos, para 98,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 4,4 pontos, para 100,9 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2020, na pré-pandemia da covid-19.

    Todos os setores que integram o ICE registraram alta em junho, motivada tanto pela melhora das avaliações sobre o estado atual dos negócios, quanto das expectativas de curto prazo, com exceção do comércio nesse último caso. A indústria e o setor de serviços contribuíram com mais de 80% para a variação da confiança no mês.

    Fonte: EBC

  • Trabalhadores nascidos em janeiro podem sacar auxílio emergencial

    Trabalhadores nascidos em janeiro podem sacar auxílio emergencial

    Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em janeiro podem sacar, a partir de hoje (1º) a terceira parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro havia sido depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 18 de junho.

    Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

    Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

    O saque originalmente estava previsto para ocorrer em 13 de julho, mas foi antecipado em quase duas semanas por decisão da Caixa. Segundo o banco, a adaptação dos sistemas tecnológicos e dos beneficiários ao sistema de pagamento do auxílio emergencial permitiu o adiantamento do calendário.

    O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

    Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.

    Regras

    Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial. A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio. * Colaborou Andreia Verdélio

     

    Fonte: EBC

  • Produção nacional de petróleo cresceu 5,7% em 2020

    Produção nacional de petróleo cresceu 5,7% em 2020

    A produção nacional de petróleo cresceu 5,7% em 2020, atingindo 2,9 milhões de barris por dia, liderada pela região do pré-sal, que apresentou média de 2 milhões de barris por dia, o equivalente a cerca de 69,4% da produção do país. As informações constam do Anuário Estatístico 2021 e foram divulgados hoje (30) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    A produção de gás natural também mostrou crescimento de 4,3% no ano passado, com 128 milhões de metros cúbicos por dia. O décimo primeiro ano consecutivo de aumento da produção de gás natural. No pré-sal, a produção de gás natural também continuou expandindo sua participação no total nacional, correspondendo a 65,7% em 2020.

    A ANP informou que, em função do aumento da produção interna em 2020, as exportações de petróleo alcançaram o maior resultado da série histórica, da ordem de 1,4 milhão de barris por dia, com aumento anual de 16,9%. Já as importações de petróleo, que totalizaram 135 mil barris por dia, tiveram queda de 28,9%.

    Abastecimento

    O anuário mostra que no setor de abastecimento, a produção nacional de derivados cresceu 3,4% em 2020, somando 2 milhões de barris por dia, o que representa cerca de 77,2% da capacidade instalada de refino. As vendas de derivados pelas distribuidoras caíram 4,3%, devido à pandemia da covid-19.

    No tocante aos biocombustíveis, a produção de biodiesel foi 9% superior ao ano anterior. A ANP atribuiu grande parte desse aumento à elevação do teor de mistura no óleo diesel, que passou de 11% para 12%. Em contrapartida, a produção de etanol foi 7,1% inferior à do ano anterior, totalizando 32,8 bilhões de litros. As vendas de etanol hidratado caíram 14,6% em 2020, em decorrência também da pandemia, informou a ANP.

    No ano passado, a agência realizou a sessão pública do 2º Ciclo da Oferta Permanente, que arrecadou R$ 56,7 milhões em bônus de assinatura e gerou previsão de R$ 160 milhões em investimentos exploratórios mínimos.

    O volume de obrigações da cláusula dos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa relativa aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação foi de R$ 1,1 bilhão, em 2020. Já o montante gerado de participações governamentais atingiu R$ 46,7 bilhões em 2020, retração de 7,3% em relação a 2019.

    Os dados publicados hoje estão divididos em cinco seções: indústria nacional do petróleo e gás natural; comercialização; biocombustíveis; licitação de blocos; e resoluções da ANP. 

    Os dados internacionais serão divulgados dia 30 de julho.

    Fonte: EBC

  • Aprovada inclusão de famílias do CadÚnico na Tarifa Social de Energia

    Aprovada inclusão de famílias do CadÚnico na Tarifa Social de Energia

    O Senado aprovou hoje (30) um projeto de lei (PL) que facilita a inclusão de famílias de baixa renda entre os beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica. Atualmente, os interessados devem procurar as concessionárias de energia elétrica para pedir o benefício. O projeto propõe a inclusão automática na Tarifa Social dos inscritos no CadÚnico, o cadastro único para programas sociais do governo federal. O projeto vai agora à Câmara.

    A Tarifa Social de Energia Elétrica concede descontos de até 65% no pagamento das contas de energia, dependendo da faixa de consumo. Quem consome até 30 kilowatt-hora (kWh) têm 65% de desconto. As residências que consomem entre 31 kWh/mês e 100 kWh/mês recebem desconto de 40% na conta. Já quando o consumo fica entre 101 kWh/mês e 220 kWh/mês, o desconto concedido é de 10%.

    Para o autor do projeto, o deputado André Ferreira (PSC-PE), famílias com direito garantido ao desconto acabam não tendo acesso ao benefício por falta de informação. O relator do texto no Senado, Zequinha Marinho (PSC-PA), entendeu que a administração pública precisa de tempo para aplicar a medida, por isso ela só entra em vigor 120 após sua aprovação no Congresso Nacional. Segundo o relator, 11 milhões de residências são beneficiadas pela Tarifa Social de Energia Elétrica.

    Os senadores aprovaram uma emenda que estende o benefício àqueles que residem em empreendimentos habitacionais de interesse social, caracterizados como tal pelos Governos municipais, estaduais ou do Distrito Federal ou pelo Governo Federal. Incluem-se nesse grupo as moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e do Programa Casa Verde e Amarela. Por causa da aprovação dessa emenda, o projeto, originado na Câmara, teve que voltar para nova apreciação dos deputados.

    Fonte: EBC

  • Aneel leiloa 515 km de linhas de transmissão de energia

    Aneel leiloa 515 km de linhas de transmissão de energia

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leiloou hoje (30) 515 km de linhas de transmissão de energia em um pregão composto por cinco lotes, em seis estados, totalizando 2.600 megavolt-amperes (MVA) em subestações. Venciam as empresas que apresentavam a menor Receita Anual Permitida (RAP) em relação ao teto estabelecido pela agência. A RAP é a receita a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão a partir da entrada em operação comercial das instalações.

    Segundo a Aneel, os empreendimentos propiciarão investimentos de R$ 1,3 bilhão, com prazo de conclusão de 36 a 60 meses nos estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Estima-se a criação de mais de três mil empregos diretos.

    “O leilão foi um marco importante dentro do conjunto previsto de obras de transmissão nos próximos dez anos, com R$ 90 bilhões em investimentos. Este foi o terceiro leilão em dois anos e meio, com R$ 13,5 bilhões em investimentos e mais de 25 mil empregos gerados. É muito importante dentro do atual cenário hídrico. A expansão das linhas de transmissão é fundamental para dar mais segurança ao sistema e dar mais flexibilidade ao operador”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

    Retomada da economia

    O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que o resultado exitoso do leilão é a contribuição do setor elétrico para a retomada da economia no país, com geração de emprego, renda e desenvolvimento. “Atribuímos os resultados do leilão ao fato de termos no Brasil um ambiente de regras claras, atrativas ao investimento e de transparência para o mercado”, disse.

    Segundo informações da Aneel, o lote um do Leilão de Transmissão nº 1/2021 foi arrematado pela EDP Energias do Brasil S/A, que apresentou oferta de R$ 38,6 milhões, representando um deságio de 36,59% em relação à Receita Anual Permitida prevista pela agência no valor de R$ 60,9 milhões. O lote um é composto pelas linhas de transmissão com extensão de 395 quilômetros no Acre e Rondônia, e a Subestação Tucumã, com 300) mega-volt-amperes (MVA). 

    “Os empreendimentos visam oferecer uma solução estrutural para o sistema de transmissão que permita, no longo prazo, o pleno atendimento à carga de Rio Branco e das demais localidades no estado do Acre que venham a ser integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O prazo de conclusão das obras é de 60 meses”, disse a Aneel.

    O lote dois foi arrematado pela Shanghai Shemar Power Holdings, com valor ofertado foi de R$ 30,07 milhões, representando um deságio de 51,39% em relação à RAP inicial de R$ 61,87 milhões estabelecida pela Aneel. O lote dois possui 100 km de linhas de transmissão e 1.200 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Sete Pontes, no estado do Rio de Janeiro. Os empreendimentos visam atender cargas nas regiões de Niterói, Magé e São Gonçalo. A entrega é prevista para 60 meses a partir da assinatura do contrato, e a estimativa é de criação de 884 empregos diretos.

    Empregos diretos

    A MEZ Energia e Participações Ltda. venceu o lote três, ao apresentar oferta de R$ 12,51 milhões, representando um deságio de 55,35% em relação à Receita Anual Permitida prevista pela Aneel no valor de R$ 28,02 milhões. O lote três contém trechos de linha de transmissão totalizando um quilômetro e 1.200 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Cuiabá Norte, em Mato Grosso (MT). O lote três servirá para atendimento a Cuiabá, com entrega prevista para 42 meses a partir da assinatura do contrato. Espera-se a criação de 617 empregos diretos.

    O lote quatro foi arrematado pela Energisa Transmissão de Energia S/A, que apresentou oferta de R$ 4,09 milhões, o que correspondeu a um deságio de 62,80% em relação à RAP no valor de R$ 11 milhões prevista pela agência. O lote, para construção da Subestação Gurupi, com 200 mega-volt-amperes (MVA), servirá para o atendimento elétrico à região de Gurupi, no estado de Tocantins. Os empreendimentos devem ser entregues em 36 meses e a expectativa é de geração de 249 empregos diretos.

    O lote cinco foi o segundo vencido pela MEZ Energia e Participações Ltda. A empresa apresentou oferta de R$ 9,93 milhões, deságio de 54,35% em relação à RAP de R$ 21,77 milhões prevista. O lote cinco possui 19 km em linhas de transmissão e 300 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Dom Pedro I, no estado de São Paulo (SP). 

    A construção dos empreendimentos visa ao atendimento adequado da região industrial de Mairiporã, Jaguari e São José dos Campos. A entrega é prevista para 42 meses a partir da assinatura do contrato, e a estimativa é de criação de 461 empregos diretos.

    Fonte: EBC

  • Ipea revisa PIB deste ano de 3% para 4,8%

    Ipea revisa PIB deste ano de 3% para 4,8%

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou de 3% para 4,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), para 2021. A revisão foi baseada na expectativa de crescimento mais sustentado da atividade econômica no segundo semestre, com o avanço da vacinação contra a covid-19; o ambiente externo mais favorável e a redução das incertezas fiscais no curto prazo. A revisão faz parte da análise trimestral da economia brasileira, divulgada hoje (30) pelo Ipea.

    “Isso muda bastante a perspectiva para a média do ano. Quando a gente olha o PIB, analisa o produzido no ano todo comparado ao que foi produzido no ano anterior. Como a gente tem metade do ano vindo melhor do que estava, isso melhora bastante a perspectiva para o ano todo”, disse em entrevista à Agência Brasil o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Souza Júnior.

    A projeção de crescimento interanual no segundo trimestre é de 12,6%. Já para 2022, a expectativa dos pesquisadores é um avanço de 2% para o PIB. O percentual é menor do que os 2,8% que tinham sido previstos na divulgação de março, na Carta de Conjuntura do Ipea. A razão é o aumento da base de comparação com o PIB em 2021, que será mais alto do que o estimado anteriormente. Mesmo com o recuo na previsão do PIB 2022, o crescimento acumulado no biênio 2021/2022 passou de 5,9% para 6,9%.

    As projeções levam em conta um panorama com controle da pandemia no Brasil por meio de vacinação e a manutenção de um cenário relativamente estável para a política fiscal no curto prazo, principalmente com o compromisso de manutenção do teto dos gastos. A análise chama atenção, no entanto, para o possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que representa um fator de risco, já que pode pressionar o câmbio e os juros no Brasil.

    Inflação

    O Ipea alterou também a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, passando de 5,3% para 5,9%. No acumulado de 12 meses, até maio deste ano, a taxa de inflação subiu de 6,8% para 8,1%, por causa do impacto da alta nos preços monitorados e bens industriais. A análise destacou que a alta de 2,1% nos preços administrados em maio refletiu não apenas o acionamento da bandeira vermelha e seus impactos sobre a energia elétrica, como também os novos aumentos dos medicamentos, do gás e da gasolina.

    “Essa bandeira de fato aumenta a expectativa de inflação e por isso a gente tem essa nova revisão para a inflação. É bem significativa, mas, por outro lado, a gente tem agora uma perspectiva melhor em termos de dólar. Isso vai ajudar a desacelerar o preço para o produtor e por consequência para o consumidor. Mantida uma trajetória mais benéfica da taxa de câmbio, isso pode contribuir para deter os preços ao consumidor. É o que a gente espera”, explicou.

    Já nos preços monitorados, a projeção da inflação subiu de 8,4% para 9,7% este ano. Os bens de consumo industriais devem subir de 4,3% para 4,8%. Nos serviços livres, exceto educação, a expectativa foi alterada de 4% para 4,2%. As taxas dos alimentos e da educação foram mantidas em 5% e 3,8%, respectivamente.

    Para 2022, os pesquisadores estimaram uma desaceleração da inflação, tanto para o IPCA quanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O IPCA deve encerrar o ano que vem em 3,9%, um pouco acima da estimativa de 3,7% para o INPC.

    Cenário externo

    Segundo os pesquisadores, a valorização das commodities exportadas pelo país, o aumento dos fluxos de comércio internacional e as condições financeiras globais, que estimulam o apetite por risco, têm impactado positivamente a economia brasileira. Conforme a análise, o preço internacional das commodities reflete a retomada da atividade econômica global, com forte crescimento nos últimos meses e nível histórico elevado.

    As exportações brasileiras aumentaram, tanto em volume quanto em valor. Isso ocorreu por causa do crescimento da economia mundial e do aumento dos preços externos. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações apresentaram crescimento de 40%, enquanto no mesmo período do ano passado tinha sido de 12%. Refletindo o nível de atividade interno, as importações também se recuperaram. A alta ficou em 21% de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2020.

    Mobilidade

    Os pesquisadores concluíram que a partir de maio, os indicadores de mobilidade voltaram a aumentar. Antes disso, tinham refletido as dificuldades causadas pela pandemia da covid-19 no Brasil. Conforme a análise, houve queda na evolução dos indicadores de mobilidade nos quatro tipos de estabelecimentos mais relacionados à atividade econômica como as lojas de varejo e locais de lazer; os mercados e farmácias; as estações de transporte público e os locais de trabalho, entre o final de 2020 e os meses de março e de abril de 2021, o que pode ter impactado negativamente a atividade econômica.

    “O ano passado foi muito impactado pela pandemia em termos econômicos. Este ano aparentemente os setores conseguiram lidar melhor com as restrições impostas e mesmo as restrições não foram tão intensas como no ano passado. Este ano, pelo que a gente viu, foi mais em cada local, mas em termos nacionais este ano não parou setores como a indústria”, disse José Ronaldo de Souza Júnior.

    O diretor do Ipea acrescentou que este ano os serviços prestados evoluíram como os sistemas de delivery e isso ajudou a manter as atividades. “O setor de serviços, acredito que esteja surpreendendo, porque com o agravamento da crise que a gente viveu, era esperado que o impacto fosse maior nesse período de mais restrições. As pessoas conseguiram produzir e vender tendo muito menos impacto do que no ano passado. A gente tem delivery melhor, tem esquema de entrega melhor pela internet, WhatsApp e por aí vai. Na época [ano passado], além do susto muito grande de uma doença desconhecida, havia falta de EPIs normais como máscaras e álcool em gel, coisa que hoje não há esse tipo de problema. Isso atrapalhou as empresas. Trabalhar nesse ambiente de risco foi um aprendizado”, disse.

    Para o pesquisador, com o avanço da vacinação, como acontece em outros países, no Brasil pode voltar a funcionar alguns segmentos que foram suspensos por causa da pandemia. “Setores de lazer, de cultura, de recreação e turismo, que empregam muita gente e ainda estão com muitas restrições porque muitos dependem de aglomeração. Acho que isso pode contribuir bastante para a recuperação da economia”, observou o diretor do Ipea.

    Situação fiscal

    Em movimento oposto, as contas públicas apresentaram melhora nos últimos meses. No acumulado do ano até abril, as receitas federais subiram 16,6% em termos reais. O percentual, que é superior às projeções, levou a uma revisão importante do total estimado para 2021, influenciando na queda do déficit primário previsto para o ano. Caíram as previsões para as despesas esperadas para o ano, o que reduz a necessidade de ajuste para manter o compromisso com o teto de gastos da União. Para 2022, a folga deve ser maior para o cumprimento do teto de gastos, resultado do comportamento esperado dos índices de preços que corrigirão o teto e parcela importante das despesas obrigatórias.

    O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea destacou que a dívida como proporção do PIB foi beneficiada pelo superávit primário do primeiro quadrimestre e do crescimento nominal do PIB, que surpreendeu devido à aceleração do deflator implícito, além do maior crescimento real. Com isso, houve revisão para baixo da trajetória prevista para a relação dívida bruta/PIB nos próximos anos.

    “Ficou claro o compromisso com o teto de gastos, no momento. Esse tipo de coisa reduziu no curto prazo o risco. Não é que a questão esteja resolvida, mas isso tem contribuído positivamente para as expectativas”, disse.

    Fonte: EBC

  • PIB do Paraná cresce 1,07% no trimestre, terceira alta consecutiva

    PIB do Paraná cresce 1,07% no trimestre, terceira alta consecutiva

    O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 1,07% no primeiro trimestre de 2021, totalizando R$ 158,4 bilhões adicionados à atividade econômica. O resultado é do comparativo com o quarto trimestre de 2020 e foi impulsionado pelo crescimento da Indústria (2,07%) e do setor de Serviços (1%). Houve redução de 1,95% na Agropecuária, mas provocada pela impacto estatístico da relação imeadiata com os números da super safra de 2019/2020. A publicação trimestral foi divulgada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

    É a terceira alta consecutiva na variação trimestral após a perda de 8,71% no segundo trimestre de 2020. As evoluções anteriores foram de 6,66% no terceiro trimestre e 1,42% no quarto trimestre. Os números foram puxados pelos setores de Indústria e Serviços, que também registraram três altas seguidas. Com esse crescimento, que é uma prévia do resultado geral da economia do Paraná, há tendência de forte recuperação dos impactos da crise provocada pela Covid-19.

    A contribuição mais relevante da Indústria foi na geração de energia elétrica, além do setor de transformação, na produção de materiais para transporte, biocombustíveis e produtos de madeira. O crescimento regular no setor após o primeiro impacto da pandemia já vinha sendo percebido pelas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro quadrimestre do ano, a produção industrial registroucrescimento de 18,1%na comparação com o mesmo período do ano anterior, terceiro melhor resultado do País.

    Já a variação positiva do setor de Serviços é resultado de expansões no comércio e atividades financeiras, apesar de a regularidade ainda ter sido impactada pelas restrições da pandemia. A contração da Agropecuária é resultado da redução do volume de produção de soja e de carne bovina.

    Na comparação com o mesmo período de 2020, também impactado pela pandemia, o PIB do primeiro trimestre apresentou crescimento de 0,14%. É o primeiro indicador positivo nesse quadro após três resultados ruins, o que exemplifica as perdas que ocorreram no ano passado frente a 2019, ano de atividade plena e crescimento regular.

    Dentre os segmentos que compõem o valor adicionado, a Indústria registrou aumento de 6,59% nessa comparação, novamente apontando momento mais sólido de recuperação do setor.

    ACUMULADO– Segundo o Ipardes, houve inflexão de -2,53% no PIB dos últimos quatro trimestres encerrados em março. O montante do Paraná, que chegou a R$ 503,49 bilhões, equivaleu a 6,58% do PIB brasileiro no período. A arrecadação de impostos apresentou variação de -1,77%.

    No resultado mais amplo, houve um desempenho positivo da Agropecuária (3%), quinto consecutivo nesse indicador, impulsionado pela avicultura, suinocultura e produção florestal, áreas em que o Estado é destaque nacional e que têm atraído novos investimentos. A retração da Indústria (-1,48%) no período foi consequência, principalmente, do declínio na fabricação de automóveis e autopeças, cuja planta é muito ampla no Paraná.

    Confira o relatório completo de divulgação do PIB trimestralAQUI.

    Fonte: Secom Paraná

  • Caixa encerra hoje pagamento do abono salarial

    Caixa encerra hoje pagamento do abono salarial

    A Caixa encerra hoje (30) o pagamento do abono salarial do calendário 2020-2021, ano-base 2019. Os trabalhadores que atendem aos critérios para recebimento do benefício têm até esta data para saque dos valores nos canais disponibilizados pelo banco.

    Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode realizar consulta por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pela central de atendimento ao trabalhador: 0800-726-0207, ou pelo site.

    Segundo a Caixa foram disponibilizados 22,2 milhões de benefícios do ano-base 2019. De acordo com a Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) nº 838, de 24 de setembro de 2019, fica assegurado ao trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos. Desta forma, os benefícios não sacados até 30 de junho de 2021 serão novamente disponibilizados para pagamento, nos calendários dos exercícios seguintes, até que se complete o prazo determinado.

    A movimentação da conta Poupança Social Digital é realizada pelo aplicativo Caixa Tem, por meio do qual podem ser realizadas consultas de saldos e extratos, pagamentos de contas e boletos, transferências e compras na internet utilizando o cartão de débito virtual, gerado gratuitamente no próprio aplicativo. O Caixa Tem também permite compras no comércio por meio de um QR Code gerado pelo lojista na própria maquininha.

    Como sacar

    Trabalhadores que têm conta na Caixa (conta corrente ou poupança individual, com saldo e movimentação) recebem o crédito direto na conta e poderão movimentar os valores com a utilização do cartão da conta ou ainda pelo Internet Banking Caixa, pelo celular ou computador. Para quem não possui conta na Caixa, foram abertas, de forma automática e gratuita,  a Conta Poupança Social Digital, movimentada pelo Caixa Tem.

    Nos casos em que o valor do abono salarial não possa ser creditado em conta existente ou em Conta Poupança Social Digital, o trabalhador poderá realizar o saque com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui, bem como nas agências. Caso o trabalhador não tenha o Cartão do Cidadão, o valor do benefício pode ser recebido em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento oficial de identificação.

    Abono salarial

    Instituído pela Lei nº 7.998/90, o abono salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago aos trabalhadores conforme os requisitos previstos na lei. O pagamento é realizado conforme calendário anual estabelecido pelo Codefat. A Caixa é responsável pelo pagamento do abono salarial aos trabalhadores cadastrados no PIS, vinculados a entidades e empresas privadas. Já os trabalhadores do setor público têm inscrição Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil.

    Quem tem direito

    Para ter direito ao abono salarial, o trabalhador precisa: estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos; ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base; ter exercido atividade remunerada para pessoa jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais)/eSocial.

    Próximo calendário

    De acordo com a Resolução do Codefat nº 896, de 23 de março de 2021, os valores do pagamento do abono salarial, que tradicionalmente eram liberados no período de julho a junho do ano seguinte, passarão a ser pagos de janeiro a dezembro de cada exercício, com base nas informações prestadas pelos empregadores no ano anterior. Com essa alteração, o calendário 2022, ano-base 2020, terá início previsto para janeiro de 2022.

    Fonte: EBC

  • Contas públicas registram déficit de R$ 15,5 bilhões em maio

    Contas públicas registram déficit de R$ 15,5 bilhões em maio

    As contas públicas registraram déficit primário de R$ 15,5 bilhões em maio. Em 2020, o déficit estava em R$ 131,4 bilhões, no mesmo mês.

    De acordo com as estatísticas fiscais divulgadas hoje (30) pelo Banco Central, o déficit primário do Governo Central é de R$ 20,9 bilhões, enquanto os superávits ficaram em R$ 5,2 bilhões nos governos regionais, e de R$ 134 milhões nas empresas estatais. Nos primeiros cinco meses de 2021, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou superávit primário de R$ 60,3 bilhões, ante déficit de R$ 214 bilhões no mesmo período de 2020.

    De acordo com o BC, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$ 21,9 bilhões em maio, comparativamente a R$ 9 bilhões no mesmo mês de 2020. “Esse aumento foi influenciado pela evolução do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] no período, importante indexador da Dívida Líquida do Setor Público, que registrou valores negativos em abril e maio de 2020”, informa a autoridade monetária.

    No acumulado em doze meses, os juros nominais ficaram em R$ 295,6 bilhões, o que corresponde a 3,73% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante o mesmo período de 2020 (12 meses, terminados em maio), o total registrado ficou em R$ 355,7 bilhões (4,83% do PIB).

    O resultado nominal do setor público consolidado (que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados) também foi deficitário no mês de maio, em R$ 37,4 bilhões. O déficit nominal acumulado nos últimos 12 meses alcançou R$ 724,3 bilhões (9,14% do PIB) – valor inferior ao acumulado até abril, que estava em R$ 827,2 bilhões (10,62% do PIB).

    Dívidas líquida

    A Dívida Líquida do Setor Público relativa ao mês de maio, de R$ 4,73 trilhões (59,7% do PIB), reflete, segundo o BC, “os impactos do déficit nominal (aumento de 0,5 ponto percentual), da valorização cambial de 3,2% no mês (aumento de 0,6 ponto percentual), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,1 ponto percentual)”.

    O BC acrescenta que a redução de 3 pontos percentuais na relação dessa dívida com o PIB decorre, sobretudo, do superávit primário acumulado (redução de 0,8 ponto percentual), da desvalorização cambial acumulada de 0,7% (redução de 0,1 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 pontos percentuais), e dos juros nominais apropriados (aumento de 1,7 ponto percentual).

    Dívida bruta

    Já a Dívida Bruta do Governo Geral (que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais ) foi reduzida em 3 pontos percentuais, atingindo R$ 6,696 trilhões em maio (84,5% do PIB). Nesse caso, a redução da dívida na relação com o PIB – de 1,1 ponto percentual, na comparação com abril – decorre principalmente do efeito da valorização cambial (redução de 0,2 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 ponto percentual), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,1 ponto percentual), e da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 ponto percentual).

    “No ano, a redução de 4,4 pontos percentuais na relação Dívida Bruta do Governo Geral/PIB decorre dos resgates líquidos de dívida (redução de 1,2 ponto percentual), do crescimento do PIB nominal (redução de 5,4 pontos percentuais), da desvalorização cambial acumulada (aumento de 0,1 ponto percentual) e da incorporação de juros nominais (aumento de 2,1 pontos percentuais)”, acrescenta o BC.

    Fonte: EBC

  • Indicador de incerteza da economia brasileira volta a subir em junho

    Indicador de incerteza da economia brasileira volta a subir em junho

    O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 2,4 pontos em junho, para 122,3 pontos. Com o resultado, o indicador está 7,2 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil. O dado foi divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

    “Além das incertezas com relação aos rumos da pandemia e às dificuldades enfrentadas nas campanhas de vacinação, a alta do Indicador de Incerteza em junho contou com novos ruídos, como a possibilidade de uma crise energética e o desenrolar da CPI da Covid-19 e da reforma tributária no Congresso. O novo repique faz com que o indicador volte a ficar acima dos 120 pontos e, logo, mais distante da normalização dos níveis de incerteza”, afirmou, em nota, a economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia.

    Segundo a economista, a única notícia positiva do mês foi o recuo do componente de Expectativa, que retornou pela primeira vez ao nível pré-pandemia, de janeiro de 2020. O componente de Expectativas recuou em 7,7 pontos, para 115,7 pontos.

    “O componente de Expectativa recua ao menor nível desde janeiro de 2020 e é a primeira vez que recupera as altas ocorridas de março a maio do mesmo ano. Dentre as variáveis usadas na construção deste componente, a queda mais expressiva foi na dispersão das previsões dos juros Selic, sinalizando que a percepção pelos mercados sobre o timing (tempo) e a intensidade do atual ciclo de alta dos juros está se tornando gradualmente mais homogênea”, disse Anna Carolina.

    Fonte: EBC