Categoria: Economia

  • Inflação do aluguel desacelera em junho, diz FGV

    Inflação do aluguel desacelera em junho, diz FGV

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), normalmente usado para reajustar os contratos de aluguel, desacelerou em junho e fechou o mês com variação de 0,60%, depois de subir 4,10% em maio. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

    Com o resultado de junho, o índice acumula alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. Segundo o instituto, em junho de 2020 o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também desacelerou em junho, variando 0,42%, depois de subir 5,23% em maio. O coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, André Braz, disse que a desaceleração decorre da valorização do real e do recuo do preço de commodities.

    “A combinação da valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, informou o instituto.

    Por estágios de processamento, o grupo bens finais subiu 1,32% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 1,59%. O subgrupo alimentos processados deu a principal contribuição para a desaceleração, passando de 2,98% para 2,45%.

    O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,95% em junho, desacelerando ante a alta de 2,08% verificada em maio.

    No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2,59% no mês passado para 1,78%. O principal responsável pelo movimento de desaceleração foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 3,32% em maio para 1,71% em junho.

    O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,03% em junho, contra 3,00% em maio.

    No estágio Matérias-Primas Brutas, o índice caiu 1,28% em junho, depois da alta de 10,15% em maio. O recuo foi influenciado pelos itens minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão (3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%). As principais altas foram no leite in natura (1,24% para 6,20%), bovinos (0,41% para 1,19%) e aves (3,82% para 4,96%).

    IPC

    O Ibre/FGV divulgou também o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que variou 0,57% em junho, próximo à variação de 0,61% em maio. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,89% para 0,07% de maio para junho. A taxa de medicamentos em geral passou de 2,39% para 0,62% em junho.

    Outros grupos que apresentaram decréscimo em suas taxas foram os de Comunicação (0,67% para -0,03%), Habitação (1,16% para 1,10%), Educação, Leitura e Recreação (-0,59% para -0,69%) e Vestuário (0,45% para 0,40%). Tiveram destaque o combo de telefonia, internet e TV por assinatura, que passou de 1,35% em maior para -0,03% em junho; a tarifa de eletricidade residencial (4,38% para 3,30%), boneca (1,40% para -0,41%) e calçados (0,57% para -0,02%).

    Por outro lado, os maiores aumentos de preço foram verificados nos grupos Transportes, que passou de 0,75% em maio para 1,43% e junho, e Despesas Diversas, que passou de 0,19% para 0,29%. Os destaques dessas classes foram a gasolina (1,03% para 2,72%) e alimentos para animais domésticos (1,02% para 2,60%).

    O grupo Alimentação teve alta de 0,31% em junho, mesma taxa de maio, com destaque para a alta dos laticínios, que foram de 0,15% para 1,86%, e as hortaliças e legumes que baixaram de 0,43% para -4,06%.

    Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou em junho, com alta de 2,30% depois da alta de 1,80% em maio. Entre os componentes do INCC, Materiais e Equipamentos desaceleraram de 2,93% em maio para 1,75% em junho, Serviços passaram de 0,95% para 1,19% e Mão de Obra foram de 0,99% para 2,98%.

    Fonte: EBC

  • Ministério da Economia: teto de gastos será cumprido em 2022

    Ministério da Economia: teto de gastos será cumprido em 2022

    O Ministério da Economia divulgou hoje (29) nota na qual garante que o teto de gastos será cumprido em 2022. De acordo com a pasta, a discussão no momento não é a de aumento de gastos, mas sua alocação. “Poderá haver mais espaço, dentro do teto, para alocação do gasto público conforme as prioridades da gestão, se o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)  – que corrige diversas despesas obrigatórias – convergir mais rapidamente para valores menores até o final de 2021”.

    A explicação apresentada pela Secretaria de Política Econômica destaca que isso ocorre porque o teto de gastos em 2022 será definido pela variação acumulada pelo Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses até junho deste ano. “Algumas despesas obrigatórias, no entanto, sofrerão reajustes em 2022 com base no INPC acumulado no ano completo de 2021”, informa a secretaria.

    Dessa forma, complementa, quanto menor for a inflação pelo INPC em 2021 como um todo, em relação ao IPCA em 12 meses até junho deste ano, maior será o espaço para a alocação das despesas sujeitas à prioridade do gestor público em 2022. “Consequentemente, maior será o poder de decisão do governo. Ao contrário, quanto maior for o INPC no ano cheio, maior será o reajuste de algumas despesas obrigatórias e, por consequência, maior será o peso delas e menor o espaço para outras despesas, como o investimento, no ano que vem”, complementa.

    Risco hidrológico e câmbio

    A nota cita também a possibilidade de elevação de preços de energia, em decorrência do cenário de risco hidrológico. A pasta estima que a elevação pode ser de 5% na conta de energia elétrica.

    Cita também a possibilidade de uma apreciação cambial aliviar pressões inflacionárias. Essa apreciação decorreria do aprofundamento da agenda de reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal que tem, como pilar, o respeito ao teto de gastos.

    Fonte: EBC

  • Índices de confiança do comércio e serviços sobem em junho, diz FGV

    Índices de confiança do comércio e serviços sobem em junho, diz FGV

    Os índices de confiança do comércio e do setor de serviços cresceram, pela terceira vez consecutiva, na passagem de maio para junho. Segundo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços subiu 5,7 pontos em junho e chegou a 93,8 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2020 (94,4 pontos), período pré-pandemia de covid-19.

    O Índice da Situação Atual, que mede a percepção dos empresários de serviços sobre o presente, teve alta de 4,7 pontos e atingiu 88,7 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 6,7 pontos e alcançou para 99,1 pontos.

    Comércio

    O Índice de Confiança do Comércio subiu 2 pontos e chegou a 95,9 pontos, patamar mais alto desde setembro de 2020 (99,6 pontos). A confiança do empresariado do comércio cresceu em quatro dos seis setores pesquisados pela FGV.

    A alta do setor foi puxada pelo Índice de Situação Atual, que avançou 9,3 pontos e chegou a 104,2 pontos. O Índice de Expectativas por outro lado, recuou 5,9 pontos e atingiu 87,6 pontos.

    Fonte: EBC

  • Tesouro anuncia emissão de títulos no mercado internacional

    Tesouro anuncia emissão de títulos no mercado internacional

    O Tesouro Nacional informou hoje (29) que concedeu mandato para emissão de títulos em dólares no mercado internacional. Será realizada a emissão de um título de referência com vencimento em 10 anos e haverá reabertura de um título com prazo de 30 anos, o Global 2050.

    “O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, diz o Tesouro, em nota.

    A operação será liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC. Os títulos serão emitidos no mercado global e o resultado será divulgado ao final do dia de hoje.

    Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros.

    Os recursos captados no exterior são incorporados às reservas internacionais. De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões de títulos no exterior não têm como objetivo principal reforçar as divisas do país, mas fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional.

    Fonte: EBC

  • Governo finaliza programa de incentivo de redução de consumo elétrico

    Governo finaliza programa de incentivo de redução de consumo elétrico

    O governo está finalizando um programa voluntário para incentivar a redução do consumo de energia por indústrias, anunciou há pouco o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, ele pediu que a população reduza o consumo de água e de eletricidade para enfrentar a crise hídrica que ameaça os reservatórios brasileiros, especialmente no Sudeste e no Centro-Oeste.

    “Em parceria com a indústria, estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do país”, disse o ministro.

    Apesar da indústria, Bento Albuquerque anunciou que as redes sociais do Ministério de Minas e Energia compartilhará orientações sobre a melhor maneira de poupar água e energia elétrica. Segundo ele, será necessário o engajamento de todos os setores da sociedade para evitar a escassez de energia e diminuir o custo da energia gerada.

    “Essas medidas são essenciais, mas para aumentar nossa segurança energética, é fundamental que, além dos setores do comércio, de serviços e da indústria, a sociedade brasileira, todo cidadão-consumidor, participe desse esforço, evitando desperdícios no consumo de energia elétrica”, ressaltou.

    O ministro também citou a medida provisória (MP) publicada hoje no Diário Oficial da União, que, institui a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, que tem entre as atribuições a definição de diretrizes obrigatórias para estabelecer limites de uso, armazenamento e vazão das usinas hidrelétricas e outras medida mitigadoras do baixo volume dos reservatórios. Nas palavras dele, a MP fortalece “a governança do processo decisório neste momento de crise hídrica”. 

    Frentes de atuação

    De acordo com Bento Albuquerque, o governo vem atuando em várias frentes, desde o ano passado, desde que a crise hídrica se agravou. “Além de monitorar o setor elétrico 24 horas por dia, montamos uma estrutura de governança para coordenar, com rapidez e segurança, as ações dos vários órgãos envolvidos no enfrentamento do atual cenário de escassez hidroenergética”, declarou.

    Apesar de o país enfrentar uma das piores secas da história, com o maior déficit hídrico dos últimos 91 anos, nas palavras do ministro, Bento Albuquerque disse que o sistema elétrico brasileiro evoluiu em relação ao último racionamento de energia, em 2001.

    “Precisamos deixar claro que o sistema elétrico brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. Conseguimos avanços históricos, interligando o sistema em escala nacional e duplicando as linhas de transmissão. Ao mesmo tempo reduzimos nossa dependência das usinas hidrelétricas de 85% para 61%, com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares”, enumerou Bento Albuquerque.

    No fim do pronunciamento, o ministro pediu calma à população. “É com serenidade, portanto, que tranquilizamos a todos. Estamos certos de que, juntos, superaremos esse período desafiador e transitório”, concluiu.

    Fonte: EBC

  • Licitação do bloco 3 da Cedae deve atingir R$ 3 bilhões

    Licitação do bloco 3 da Cedae deve atingir R$ 3 bilhões

    O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse hoje (28) ao participar da abertura da 4ª Semana BNDES de Saneamento, que a licitação do bloco 3 de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), prevista para novembro, deverá atingir R$ 3 bilhões, contra os R$ 900 milhões previstos inicialmente. Ele explicou que por ocasião da concessão de serviços da Cedae, em abril, o bloco 3 tinha apenas sete municípios engajados e, atualmente, já são mais de 20. 

    Durante o primeiro leilão, três dos quatro blocos de concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, à exceção do bloco 3, foram vendidos para os consórcios Aegea e Iguá, que atenderão mais de 11 milhões de habitantes. Somadas, as ofertas alcançaram R$ 22,69 bilhões, com ágio de 134% em relação ao valor mínimo estipulado para outorga do serviço, de R$ 9,7 bilhões.

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, abriu o evento classificando o leilão da Cedae de emblemático. Segundo Montezano, o início do esforço de universalização da água e do esgotamento sanitário no país é marcado por quatro etapas: o pré-marco regulatório, a aprovação do marco pelo Congresso Nacional no ano passado, o leilão de concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da região metropolitana de Maceió, em setembro de 2020, mostrando que “é possível fazer saneamento com baixo nível de recursos públicos”, e o leilão da Cedae, “pela magnitude e pelo valor investido”. 

    Amapá

    O presidente do BNDES disse que o leilão para concessão dos serviços de água e esgoto do Amapá, programado para o dia 2 de setembro, “tem tudo para ser bem-sucedido”.

    O governador do Amapá, Waldez Góes, salientou que o BNDES está formatando projetos para os vários estados brasileiros respeitando suas diferenças sociais e econômicas, com a modelagem das concessões feita a partir das características locais. 

    O governador disse que o grande problema ambiental e social do estado não são o desmatamento nem as queimadas. “O maior problema ambiental e de saúde pública do Amapá é o saneamento básico”. 

    Waldez Góes disse que, embora 70% da população do estado viva na região metropolitana, a intenção é promover cobertura de 100% de todos os municípios. Admitiu, porém, que a concessão permitirá a cobertura de 90% do Amapá. Os 10% restantes, que se referem a populações de áreas remotas, como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, e que não terão cobertura da concessionária, serão atendidos pela missão social do estado.

    Paraíba

    Participando também da transmissão ao vivo pela internet de abertura da 4ª Semana BNDES de Saneamento, o governador da Paraíba, João Azevêdo, assegurou que o saneamento básico é uma “questão de justiça, principalmente em estados como o nosso”. Citou que a Paraíba enfrenta dificuldades climáticas, com ciclos permanentes de seca, em especial na área do semiárido. Na avaliação do governador, isso faz com que a questão da água tenha particularidades que a modelagem que será efetuada pelo BNDES deve levar em consideração.

    No dia 11 de junho, o BNDES e o governo da Paraíba firmaram contrato para realização de estudos voltados à estruturação de um projeto que permitirá a ampliação dos serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário em 93 municípios do estado. A expectativa é que o projeto aumente em 22% a cobertura de abastecimento de água e em 54% a de esgoto. 

    “Água é uma coisa básica para a sobrevivência”, destacou João Azevêdo. Ele disse que não é possível que municípios paraibanos, que terão até dezembro cobertura 4G de telefonia e que já possuem cobertura total de energia, ainda não tenham universalização de água e esgoto. “Há uma lacuna grande na área de saneamento”.

    Jornada

    Gustavo Montezano anunciou que pretende manter a cada seis meses uma semana para debates e opiniões sobre a jornada de saneamento no Brasil, que constitui o maior programa de redução da desigualdade social no país. “Para que o programa continue sendo bem-sucedido, é preciso o engajamento de todos”.

    A 4ª Semana se estenderá até o dia 2 de julho, com painéis de debates, que contarão com a participação de representantes dos governos estaduais, executivos de empresas privadas e do próprio BNDES, além de consultores especializados. 

    A visão geral sobre projetos de saneamento do BNDES e projetos nos estados do Rio de Janeiro, do Amapá e de Alagoas serão discutidos amanhã (29). 

    Seguem-se, no dia 30, Modelos Alternativos de Desestatização para Atingir a Universalização: Caso Corsan (RS); e Saneamento como Estratégia AGS (Área de Gestão Pública e Socioambiental) no Brasil, no dia 2 de julho.

    Fonte: EBC

  • Agricultores familiares do Amazonas são incluídos no Garantia-Safra

    Agricultores familiares do Amazonas são incluídos no Garantia-Safra

    Agricultores familiares do Amazonas cuja produção seja severamente prejudicada por fenômenos climáticos poderão solicitar o benefício financeiro federal garantido por meio do Fundo Garantia-Safra.

    A inclusão dos produtores rurais familiares de cidades amazonenses sistematicamente afetadas pelas consequências de estiagens ou excesso de chuvas entre os beneficiários do fundo foi autorizada por meio da Portaria nº 27, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial da União de hoje (28). A participação dos agricultores familiares amazonenses ocorrerá a partir da safra 2021/2022.

    Criado em abril de 2002, por meio da Lei nº 10.420, o Fundo Garantia-Safra é uma das ações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), executada com o objetivo de garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares de municípios sujeitos a perda de safra por fenômenos climáticos.

    Desde o princípio, a lei autoriza o Poder Executivo a ampliar o rol de beneficiários, incluindo agricultores familiares de cidades não incluídas na área inicialmente prevista, de acordo com a disponibilidade orçamentária. A ação já beneficiava a produtores familiares de dez estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

    Em março deste ano, ao anunciar o interesse do governo do Amazonas em aderir ao programa, o secretário de Produção Rural, Petrucio de Magalhães Júnior, afirmou que, no estado, a medida beneficiará sobretudo aos produtores rurais ribeirinhos, atingidos pelas recorrentes cheias de rios que cortam o estado. “Desde o início da gestão estamos buscando aderir ao programa, inclusive participando de reuniões em Brasília e por vídeo”, explicou o secretário, na ocasião.

    Os agricultores contemplados nos municípios em que forem detectadas perdas de, pelo menos, 50% da produção de cultivos predefinidos receberão a indenização diretamente do governo federal.

    Fonte: EBC

  • Dívida Pública Federal sobe 1,82% em maio e vai para R$ 5,17 trilhões

    Dívida Pública Federal sobe 1,82% em maio e vai para R$ 5,17 trilhões

    Depois de uma queda expressiva em abril, a Dívida Pública Federal (DPF) voltou a subir em maio. Segundo números divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,089 trilhões em abril para R$ 5,171 trilhões em maio, com alta de 1,61%.

    O Tesouro prevê que a DPF continuará subindo nos próximos meses. Segundo a nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentada no fim de maio, o estoque da DPF deve encerrar 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.

    A dívida pública mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,82%, passando de R$ 4,852 trilhões em abril para R$ 4,940 trilhões em maio. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 58,3 bilhões em títulos a mais do que emitiu. Também houve a apropriação de R$ 29,88 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública.

    Em maio, o Tesouro emitiu R$ 156,8 bilhões, acima de R$ 150 bilhões pelo nono mês consecutivo. Os resgates somaram R$ 98,8 bilhões, impulsionados principalmente pela concentração de vencimentos de títulos vinculados à inflação. Esses vencimentos contribuíram para segurar temporariamente a alta da dívida pública.

    A dívida pública federal externa (DPFe) caiu 2,64%, passando de R$ 237 bilhões em abril para R$ 230,75 bilhões em maio. Além da queda de 3,17% do dólar no mês passado, houve o vencimento de R$ 567 milhões de títulos em dólar que circulavam no mercado internacional.

    Colchão

    Nos últimos meses, o Tesouro tinha intensificado a emissão de títulos públicos para recompor o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos). Depois de cair para R$ 969,3 bilhões em abril, essa reserva subiu para R$ 1,036 trilhão em maio.

    Atualmente, o colchão cobre cerca de 9,6 meses de vencimentos da dívida pública. Até o fim de 2021, está previsto o vencimento de R$ 640,9 bilhões em títulos federais.

    Nos primeiros meses da pandemia da covid-19, o governo queimou parte desse colchão para compensar a instabilidade no mercado financeiro. Em agosto do ano passado, o Banco Central teve de repassar ao Tesouro R$ 325 bilhões para ajudar a recompor essa reserva. O restante está sendo feito com o aumento das emissões. 

    Em abril, a proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial reforçou o colchão com mais R$ 140 bilhões da desvinculação de fundos públicos. 

    Composição

    Com a concentração de vencimentos de títulos corrigidos pela inflação, a proporção desses papéis na DPF caiu de 27,69% em abril para 26,95% em maio. A nova versão do PAF prevê que a fatia da inflação na dívida pública encerre o ano numa faixa entre 26% e 30%.

    A proporção de títulos corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia) na DPF ficou estável, caindo levemente, de 35,5% para 35,39%. O PAF prevê que o indicador feche 2021 entre 33% e 37%. O aumento da demanda por esses papéis após as recentes elevações da Selic pelo Banco Central ajudou a elevar a proporção.

    A fatia de títulos prefixados (corrigidos com antecedência) também subiu, passando de 31,9% para 32,95%. Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública caiu de 4,91% para 4,7%. Os dois tipos de indexadores estão dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2021, entre 31% e 35% para os prefixados e entre 3% e 7% para o câmbio.

    Detentores

    As instituições financeiras seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal interna, com 30% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 23,9%, e os fundos de pensão, com 23,2%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

    Após a retirada de recursos de investidores internacionais do Brasil, decorrente da crise econômica, a participação dos não residentes (estrangeiros) continua se recuperando, atingindo 9,9% em maio. Mesmo assim, o percentual está inferior ao observado antes da pandemia da covid-19. Os demais grupos somam 13,1% de participação, segundo os dados apurados no mês.

    Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

    Fonte: EBC

  • Pandemia ainda provoca impactos no mercado de trabalho, diz Ipea

    Pandemia ainda provoca impactos no mercado de trabalho, diz Ipea

    A melhora da atividade econômica e o crescimento da população ocupada não foram suficientes para reduzir o impacto provocado pela pandemia da covid-19 no mercado de trabalho, que segue com alta no desemprego, subocupação e desalento. A avaliação faz parte da análise do desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas para 2021 apresentado, hoje (28), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em março, o estudo mostra que a taxa de desocupação ficou em 15,1%, o que representa 2,3 pontos percentuais acima do resultado do mesmo período do ano anterior. O crescimento do contingente de desalentados também indica que o mercado de trabalho não se recuperou. Nos últimos 12 meses, o número de pessoas com idade de trabalhar que estavam fora da força de trabalho por conta do desalento avançou de 4,8 milhões para quase 6 milhões, uma alta de 25%.

    Desemprego

    Segundo a pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea e autora do estudo, Maria Andréia Lameiras, os níveis de desemprego ainda estão ruins porque a cada dia que passa, mais gente volta para o mercado de trabalho para procurar emprego, o que não ocorria no período inicial da pandemia.

    “Muita gente deixou de procurar emprego por medo de contágio, porque sabia que a situação econômica estava muito ruim e a probabilidade de conseguir um emprego era muito pequena e porque existiu o auxílio emergencial que, bem ou mal, deu segurança ao trabalhador de ficar em casa se protegendo e ter algum meio de subsistência”, informou em entrevista à Agência Brasil.

    A movimentação da economia que apresentou sinais de melhora no primeiro trimestre de 2021, o avanço da vacinação e o valor menor do auxílio emergencial, segundo Maria Andréia, estão fazendo as pessoas procurarem mais o mercado de trabalho o que vai continuar impactando o nível de desemprego.

    “Todas as pessoas que ficaram desempregadas na pandemia e, também têm chegado para este contingente, as pessoas que estavam inativas e sem procurar emprego. Quando chega ao mercado de trabalho sem uma colocação é considerado um desempregado e, por isso, o contingente de desempregados continua crescendo e vai continua crescendo, porque o movimento de retorno só tende a crescer nos próximos meses”, afirmou.

    Informalidade

    O estudo indica ainda que a recuperação da ocupação vem ocorrendo de maneira mais intensa entre os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria, que integram os segmentos informais do mercado de trabalho. O contingente de trabalhadores sem carteira e por conta própria registraram recuos menos expressivos no primeiro trimestre de 2021 com retrações de 12,1% e de 1,3% respectivamente, do que no trimestre móvel encerrado em agosto de 2020, quando os recuos foram de 25,8% e de 11,6%. Para a pesquisadora, a melhora da recuperação da ocupação pelos informais já era esperada.

    “Porque primeiro foi o segmento mais afetado pela pandemia que foi o de serviços e de comércio. Segundo porque a gente já tinha visto que a pandemia causou menos estrago no setor formal. O emprego com carteira acabou sendo um pouco mais preservado durante a pandemia, porque é o trabalho com melhor qualificação, o trabalhador consegue fazer home office, então, foi de fato mais preservado. O informal foi mais atingido e é compreensível que, na retomada, acabe liderando”, comentou.

    A pesquisadora destacou que, embora apresentasse sinais de recuperação no período de pré-pandemia, a situação do mercado de trabalho não era excepcional.

    “Vem a pandemia e piora ainda mais, sendo que a gente já estava partindo de um ponto que não era excepcionalmente bom. Só que, quando a gente olha a foto do último trimestre, há indícios de melhora, porque a gente está vendo que a ocupação que caiu fortemente no segundo semestre, ela já começa a melhorar, claro que quando compara com o número de ocupados de um ano atrás a gente ainda está com taxa de negativa, mas quando olha a margem essa taxa negativa está cada vez menor”, disse.

    Mais atingidos

    A análise mostrou ainda que, no primeiro trimestre de 2021, se comparado ao mesmo período de 2020, a taxa de desocupação foi maior para as mulheres (17,9%) do que para os homens (12,2%). Além disso, os mais jovens seguem como os mais prejudicados, com taxa de desocupação de 31%; enquanto o desemprego dos mais idosos é menor (5,7%). Na escolaridade, os trabalhadores com ensino médio incompleto e completo foram os mais impactados pela pandemia na relação com as taxas de desocupação, que avançaram de 20,4% e 14,4% para 24,4% e 17,2%, de 2020 para 2021, respectivamente. Já os trabalhadores com menor taxa de desemprego, no período, foram os que possuem ensino superior (10,4%).

    Nas regiões, a alta do desemprego foi generalizada. Com exceção de Roraima e do Amapá, todas as unidades da federação registraram aumento da desocupação este ano. As maiores taxas ficaram com Pernambuco (21,3%), Bahia (21,3%), Sergipe (20,9%), Alagoas (20%) e Rio de Janeiro (19,4%).

    Perspectivas

    O cenário é favorável para 2021, de acordo com a economista Maria Andreia Lameiras. “Para os próximos meses, a expectativa é que o movimento de recomposição da força de trabalho se intensifique. O avanço da vacinação combinado à retomada mais forte da atividade econômica deve ampliar a geração de empregos”, destacou.

    A expansão da ocupação, entretanto, não será suficientemente forte para reduzir a taxa de desemprego no período devido ao esperado aumento da força de trabalho (com mais pessoas procurando emprego).

    Pré-pandemia

    A pesquisadora acredita que, mantido o cenário atual, o mercado de trabalho poderá voltar ao nível pré-pandemia no primeiro trimestre de 2022.

    “No primeiro trimestre de 2022, acho que a gente volta para o nível pré-pandemia. Mantido o cenário atual. A gente está imaginando que não vai ter nenhuma grande variante [de covid-19], nenhum distúrbio político no país. A gente está imaginando com as informações que tem hoje de uma economia que está ganhando força. Tudo leva a crer que a gente vai ter a ocupação aumentando no segundo semestre e no primeiro trimestre do ano que vem, de maneira que a gente deve pensar o primeiro trimestre de 2022 próximo do patamar que a gente tinha”, completou.

    Fonte: EBC

  • Taxas de juros recuam em maio, diz Banco Central

    Taxas de juros recuam em maio, diz Banco Central

    A taxa média de juros paga pelas famílias no crédito livre caiu em maio para 39,9% ao ano. O número apresenta uma queda de 1,2 ponto percentual no mês, segundo as estatísticas monetárias e de crédito de maio, divulgadas hoje (28) pelo Banco Central. Na comparação com maio de 2020, o declínio da taxa é de 3,8 pontos percentuais.

    Segundo o BC, esse recuo no crédito às famílias foi influenciado pelo crédito pessoal, que teve queda de 5,3 pontos percentuais na taxa (83% ao ano). O rotativo do cartão de crédito chegou a 329,6% ao ano, com recuo de 6,5 pontos percentuais.

    A taxa de juros do cheque especial caiu 2,2 pontos percentuais para 122,1% ao ano.

    Os juros do crédito direcionado para as famílias chegou a 6,7% ao ano, em maio, estável em relação a abril.

    No caso das empresas, a taxa de juros do crédito livre chegou a 14,6%, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a abril. No caso do crédito direcionado, a taxa para as empresas ficou em 7,6% ao ano, com recuo de 0,8 ponto percentual no mês.

    O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

    Saldo

    Em maio, o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 4,2 trilhões, o que configura aumento de 1,2% no mês, “com crescimento tanto na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,8 trilhão, expansão de 0,7%) quanto na de pessoas físicas (R$ 2,4 trilhões, 1,7%)”, informa o BC.

    De acordo com o BC, em 12 meses, o crescimento da carteira total (saldo de operações de crédito) acelerou de 15,1%, em abril, para 16,1%, em maio. No caso de pessoas físicas, observou-se uma variação de 14,5% para 16,5% nas operações de crédito, enquanto a de pessoas jurídicas permaneceu em desaceleração, de 16,0% para 15,7%.

    Inadimplência

    A inadimplência (situação em que o atraso para o pagamento da dívida supera 90 dias) total no SFN registrada no mês é 2,3% (variação de 0,1 ponto percentual), distribuída entre os segmentos de pessoas jurídicas (alta de 0,2 ponto percentual) e pessoas físicas (0,1 ponto percentual).

    No caso crédito livre, a inadimplência das pessoas físicas chegou a 4,1% (aumento de 0,1 ponto percentual na comparação com abril) e das empresas, 1,7%, estável em relação a abril.

    Fonte: EBC