Categoria: Economia

  • Crise leva ao fechamento de 40% dos restaurantes de comida a quilo

    Crise leva ao fechamento de 40% dos restaurantes de comida a quilo

    A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. O Brasil tinha cerca de 200 mil estabelecimentos desse tipo, e a estimativa atual é de que esse número tenha caído para 120 mil.

    Nas regiões com grande concentração de escritórios, as medidas de restrição e o grande número de pessoas em  trabalho remoto reduziram o movimento nos estabelecimentos de refeição rápida. Segundo a Abrasel, os restaurantes por quilo ou self-service, que tinham grande procura antes da crise,  atualmente têm menos de 10% do movimento pré-pandemia.

    O empresário Renato Rezemini fechou as portas do restaurante por quilo que tinha em um bairro comercial na zona sul de São Paulo, mas conseguiu manter outro estabelecimento à la carte, em que os clientes escolhem os pratos em um cardápio, mas o movimento ainda é baixo. “Eu tinha uma média de 350, 400 refeições por dia; hoje eu faço 40 refeições por dia, incluindo as entregas. Praticamente inviável, todo mês a gente cava mais um pouco do buraco, entra mais um pouco no negativo”, lmentou.

    Rezemini disse que o serviço de entregas não resolve o problema dos restaurantes, especialmente aqueles localizados em bairros comerciais, onde a circulação de pessoas diminuiu muito devido ao trabalho remoto. “Então, não tem pra quem entregar”, acrescentou.

    O setor de serviços tem sofrido os impactos das incertezas relacionadas ao avanço da pandemia e à necessidade da quarentena,para manter tanto as portas abertas quanto os empregos. De acordo com a Abrasel, as dificuldades devem permanecer mesmo depois da pandemia. “Dependendo da situação, do capital de giro que tinha, da sua capacidade, isso aí vai de três a cinco anos”, disse o presidente do Conselho de Administração Abrasel, Joaquim Saraiva.

    A Abrasel informou que cerca de 335 mil bares e restaurantes encerraram as atividades definitivamente no país, considerando todos os segmentos, com uma extinção de 1,3 milhão de postos de trabalho. Ainda segundo a associação, só no estado de São Paulo, 50 mil estabelecimentos fecharam as portas definitivamente durante a pandemia, sendo 12 mil apenas na capital paulista, também levando em conta todos os segmentos.

    “O setor de bares e restaurantes é um dos que mais contam com pequenos empreendedores no país e, destes, a maioria está endividada. Muitos estabelecimentos são pequenos negócios e até mesmo negócios familiares, o que dificulta a renegociação de dívidas e a quitação de pendências fiscais”, ressaltou o economista Thomas Carlsen, cofundador da Mywork, startup especializada em gestão de departamento de pessoal para pequenas e médias empresas.

    Manter seu restaurante durante a pandemia está sendo extremamente difícil para a empresária Maria Teresa Dias: “A gente está em uma área estritamente comercial, só tem escritório e lajes corporativas, e as empresas não estão trazendo os funcionários [para trabalho presencial].” Com a clientela atual, disse Maria Teresa, não é possível pagar as contas como antes. A empresária conseguiu negociar com o proprietário do imóvel e não está pagando o aluguel do restaurante neste momento. Um acordo com seus funcionários também gerou economia, com o objetivo de evitar demissões.

    Maria Teresa lembrou que, antes da quarentena, às quintas-feiras, atendia cerca de 550 pessoas. Na última quinta, porém, atendeu apenas 36. “Na sexta-feira, eu tinha fila de espera aqui para entrar no restaurante. Quinta e sexta-feira eram os meus melhores dias. E hoje eu estou fechada na sexta-feira, porque não tenho cliente.”

    Para Carlsen, o fechamento de portas não representa apenas um encolhimento na economia, mas também a extinção de milhões de postos de trabalho, o que só aumenta as taxas de desemprego no país. “A sobrevivência de restaurantes por quilo e de tantos outros empreendimentos do setor depende diretamente da aceleração da vacinação”, acrescentou.

    *Com TV Brasil

    Fonte: EBC

  • Campos Neto espera maior abertura da economia no segundo semestre

    Campos Neto espera maior abertura da economia no segundo semestre

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje (8) esperar uma maior abertura da economia no segundo semestre deste ano, bem como uma recuperação maior do setor de serviços, amplamente afetado pela pandemia de covid-19.

    Contribui para esse cenário o avanço “significativo” da vacinação no Brasil e também uma resiliência maior das economias que, de alguma maneira, se adaptaram e sofrem impactos cada vez mais suaves das medidas restritivas provocadas pelas diferentes ondas de contaminação.

    “A economia de alguma maneira se adaptou a essa nova maneira de fazer as coisas, e acho que em grande parte [essas mudanças] serão permanentes”, disse Campos, que fez também uma exposição dos planos do banco para a modernização da economia e dos pagamentos.

    Com o avanço da vacinação, Campos Neto disse que pode acontecer no Brasil a mesma espécie de “euforia” no setor de serviços que se observa em países com vacinação mais avançada. Ele citou como exemplo os Estados Unidos, onde já há dificuldade para se reservar um quarto de hotel ou reservar um carro para viagens próximas.

    As declarações foram dadas em inglês em uma apresentação, por videoconferência, para economistas do banco JP Morgan. Campos Neto apresentou dados que são acompanhados pelo BC sobre a pandemia e a reação das economias em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

    Campos Neto reconheceu a existência de uma pressão inflacionária em todo o mundo e que os preços de insumos encontram-se em elevação, acompanhando a alta das commodities, mas disse ver que começa a se desenhar uma curva de estabilização nos gráficos.

    No Brasil, as projeção de inflação seguem pressionadas, contudo, pela expectativa de alta no preço da energia provocada pela crise hídrica, observou o presidente do BC.

    Essa foi a última manifestação de Campos Neto antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que está marcada para 15 e 16 de junho. Na ata da reunião anterior, o colegiado sinalizou nova alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3,5% ao ano.

    Fonte: EBC

  • Paraná e Itália discutem oportunidades de negócios e parcerias em diversas áreas

    Paraná e Itália discutem oportunidades de negócios e parcerias em diversas áreas

    O potencial de negócios do Paraná, com facilidades para atração de investimentos privados e importantes programas de concessões de infraestrutura programados para irem a leilão ainda neste ano, foi apresentado nesta terça-feira (8) a diplomatas e empresários italianos. A possibilidade de novas parcerias entre o Estado e a Itália foi o tema do webinar “Como Fazer Negócios no Estado do Paraná”, promovido pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná (Italocam) e pela Associação Promo Brasile Italia.

    O evento online contou com a participação do vice-governador Darci Piana; Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná; Giancarlo Rocco, diretor de Desenvolvimento Econômico e Relações e Internacionais e Institucionais da agência; Claudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar; Eduardo Santos, cônsul-geral brasileiro em Milão; Salvatore di Venezia, cônsul-geral da Itália no Paraná e Santa Catarina; Giacomo Guarnera, presidente da Promo Brasile Italia; Francesco Pallaro, presidente da Italocam; e dos empresários italianos Marcello Centemero e Alberto Giusti, que têm empreendimentos no Paraná.

    Darci Piana destacou o bom diálogo do Governo do Estado com investidores nacionais e estrangeiros. Desde 2019, 213 empresas anunciaram novas instalações ou ampliação de suas plantas no Estado, de acordo com a Invest Paraná. São investimentos na ordem de R$ 30 bilhões, responsáveis por cerca de 60 mil empregos em todas as regiões paranaenses.

    “Fazer negócios no Paraná é muito simples, o governo se coloca sempre à disposição para dar todo o apoio necessário aos investidores”, afirmou o vice-governador.

    Ele também citou o novo programa de concessões rodoviárias do Paraná, que deve ir a leilão ainda neste ano na Bolsa de Valores e prevê a concessão de cerca de 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais. “As obras previstas para duplicar as estradas somam mais deR$ 42 bilhões em investimentosnos próximos anos. É uma grande oportunidade para as empresas italianas investirem em um Estado sólido e seguro, como é o Paraná”, salientou.

    ESTADOO Paraná é referência em vários segmentos, possui grande potencial para novos investimentos, mão de obra capacitada e uma localização estratégica, próximo a grandes centros consumidores do Brasil e da América do Sul. Além da beleza natural, com grande potencial turístico, o Paraná se destaca nacionalmente como o maior produtor de energia sustentável, conta com o maior terminal exportador de grãos e o segundo maior de cargas e é referência mundial em tecnologia do campo.

    Um dos principais produtores de alimentos do País, com o recém-conquistado status deárea livre de febre aftosa sem vacinação, o Paraná também se destaca em outros setores da economia. É o segundo maior polo automobilístico do País, sede das principais cooperativas agroindustriais brasileiras e de importantes indústrias farmacêuticas e tecnológicas, com ecossistemas de inovação ganhando força na Capital e também Interior.

    “Há investimentos constantes para o fortalecimento da matriz energética e na infraestrutura como um todo, e a tendência do Paraná é de crescimento em diversos setores: além do agronegócio, também está em nosso DNA a indústria automobilística, a área de inovação, com um crescimento constante no setor de e-commerce, a indústria farmacêutica, de higiene e cosméticos. Temos polos tecnológicos em diversas cidades”, afirmou o diretor-presidente da Sanepar.

    “O Paraná, que é um estado muito representativo no Brasil, tem um histórico de intercâmbio comercial com a Itália, até porque a presença italiana tem uma contribuição importante no desenvolvimento do Estado”, disse o cônsul-geral brasileiro em Milão, Eduardo Santos. “Com um trabalho forte na atividade agrícola, além da infraestrutura de transportes, energia sustentável e inovação, há ainda a oportunidades de novas parcerias entre ambos”.

    Segundo estado com a maior presença de descendentes de italianos no Brasil, o Paraná conta com a presença de importantes empresas e negócios daquele País. “O Paraná tem quase a mesma dimensão da Itália e conta com um indispensável fator para a exportação de produtos paranaenses para o mercado italiano, que é o Porto de Paranaguá”, destacou Francesco Pallaro, da Italocam.

    “É um dos estados mais importantes do País e conta com uma forte presença de quase todos os setores da economia. Nossa câmara mantém uma forte relação comercial e institucionais com todos os órgãos governamentais e institucionais do Paraná, que ajuda na nossa atividade de suporte das empresas italianas em solo paranaense”, reforçou.

    INVEST PARANÁAs empresas já existentes e os futuros novos empreendimentos no Estado contam com o apoio da Invest Paraná, agência que atua como ponte entre o governo e a iniciativa privada, auxiliando no levantamento de dados, fornecimento de informações e tomada de decisões estratégicas. 

    A agência atua juntamente com as empresas, procurando entender e conhecer os detalhes dos projetos de investimento. “A entrada de novos investidores faz do Paraná um Estado cada vez mais inovador, receptível e que se preocupa em garantir melhor qualidade de vida aos paranaenses”, ressaltou diretor-presidente da Invest, Eduardo Bekin. “Cada nova companhia instalada tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do Estado, principalmente na geração de empregos”.

    A Invest Paraná é a porta de entrada para as empresas que querem pleitear o apoio do programa de incentivos fiscais do Estado. Bem estruturado e amparado por lei, por meio do Decreto 6.434/2017, o programa apoia tanto o novo investidor quanto empresas já presentes no Paraná e que possuem projetos de expansão ou diversificação.

    As categorias previstas são: projetos industriais (investimento mínimo de R$ 3,6 milhões), com a subcategoria de projetos industriais em municípios de baixo IPDM (Índice Ipardes de Desempenho Municipal); comércio eletrônico (investimento mínimo de R$ 360 mil); importações (investimento mínimo de R$ 360 mil); e aéreo.

    Para mais informações, é possível acessar o site (AQUI) ou diretamente a Invest Paraná.

    Fonte: Secom Paraná

  • País passa por transformação da infraestrutura nacional, diz ministro

    País passa por transformação da infraestrutura nacional, diz ministro

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o Brasil passar por um momento de “transformação da infraestrutura” nacional, apesar das barreiras orçamentárias para novos investimentos: “Estamos passando por um momento difícil, conjuntural, de forte restrição fiscal, mas isso vai passar”, declarou Freitas, ao participar, na manhã desta terça-feira (8), de um evento em comemoração aos 20 anos de criação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

    Ao falar sobre a necessidade de fortalecer a autarquia responsável por executar as diretrizes da política nacional de infraestrutura rodoviária, ferroviária e hidroviária federal, o ministro destacou as recentes realizações do órgão.

    “Em um momento de pandemia, com o menor orçamento da história, [o Dnit] foi e entregou, no ano passado, 92 obras. Outras tantas já estão sendo entregues este ano. Imagina como vai ser quando o dinheiro voltar”, garantiu.

    Segundo o Ministério da Infraestrutura, cerca de 1.430 quilômetros de novas estradas foram entregues em 2020, superando em mais de três vezes os 400 quilômetros de pavimentação nova concluídos em 2019.

    “Daqui a pouco, não vamos ter um quilômetro de rodovia [federal] que não esteja pavimentada”, disse Freitas, revelando otimismo. “Temos que pensar no futuro, em uma autarquia que, em breve, será ainda maior. A transformação da infraestrutura que está em curso tem muito a ver com a história desta autarquia”, acrescentou o ministro.

    Fonte: EBC

  • Comércio cresce 1,8% de março para abril, diz IBGE

    Comércio cresce 1,8% de março para abril, diz IBGE

    O volume do comércio varejista brasileiro teve alta de 1,8% de março para abril deste ano. O crescimento veio depois de uma queda de 1,1% observada na passagem de fevereiro para março. Essa é a maior alta para o mês de abril desde 2000. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O varejo também cresceu 0,4% na média móvel trimestral, 23,8% na comparação com abril do ano passado, 4,5% no acumulado do ano e 3,6% no acumulado de 12 meses.

    Sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram alta na passagem de março para abril, com destaque para móveis e eletrodomésticos (24,8%), tecidos, vestuário e calçados (13,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%).

    Também tiveram aumento no volume de vendas os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (3,8%), combustíveis e lubrificantes (3,4%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%).

    A única queda de março para abril foi observada na atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%).

    A receita nominal do varejo teve altas de 1,4% na comparação com março deste ano, 36,1% em relação a abril do ano passado, 15,2% no acumulado do ano e 10,6% no acumulado de 12 meses.

    O varejo ampliado, que analisa também os veículos e materiais de construção, teve alta de 3,8% de março para abril, puxada pelos crescimentos de 20,3% do setor de veículos, motos, partes e peças, e de 10,4% da atividade de materiais de construção.

    Também houve altas, no volume do varejo ampliado, na média móvel trimestral (0,7%), comparação com abril de 2020 (41%), acumulado do ano (9,2%) e acumulado de 12 meses (3,5%).

    A receita do varejo ampliado cresceu 3,8% em relação a março deste ano, 54,1% na comparação com abril do ano passado, 20,7% no acumulado do ano e 10,8% no acumulado de 12 meses.

    Fonte: EBC

  • Caixa encerra pagamento e saque do abono salarial em 30 de junho

    Caixa encerra pagamento e saque do abono salarial em 30 de junho

    A Caixa informou hoje (7) que trabalhadores que cumpram as exigências para o recebimento do abono salarial do calendário 2020-2021, com ano-base 2019, terão até o dia 30 de junho para fazer o saque do benefício.

    Caso perca o prazo, o trabalhador qualificado para o abono só terá outra oportunidade para o saque a partir do próximo calendário. A Caixa informa que, segundo portaria que regula o abono salarial, o benefício fica reservado ao beneficiário por um prazo de 5 anos.

    Em nota, o banco informa que foram pagos R$ 17 bilhões para cerca de 22 milhões de trabalhadores. Desses, 6,3 milhões receberam o abono salarial em contas poupança sociais digitais sem custo algum para usuários.

    Até o momento, cerca de 560 mil trabalhadores ainda não sacaram o benefício – o que resulta em R$ 328 milhões aguardando resgate.

    Tradicionalmente liberados entre julho e junho, houve mudança no calendário de pagamento do abono salarial, que passará a ser pago entre janeiro e dezembro de cada exercício. As informações de pagamento serão referentes ao ano anterior, e deverão ser repassadas pelos empregadores responsáveis pelos beneficiários. Com a mudança, o ano-base de 2020 deverá ser pago a partir de janeiro de 2022.

    O que é o abono salarial?

    Criado em 1990, o abono salarial é um benefício para trabalhadores de baixa renda que cumpram requisitos definidos em lei. Para ter direito, é necessário ter carteira de trabalho há pelo menos 5 anos, ter renda mensal inferior a dois salários mínimos, ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano-base – consecutivos ou não – e ter os dados atualizados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

    Fonte: EBC

  • Sociedades limitadas impulsionam abertura de empresas, mostra pesquisa

    Sociedades limitadas impulsionam abertura de empresas, mostra pesquisa

    O segundo mês de 2021 registrou a criação de 343.811 empresas no país, um aumento de 27,2% na comparação com igual período de 2020.

    A abertura das empresas em fevereiro, último mês com dados consolidados, foi impulsionada pelo crescimento das sociedades limitadas, formadas por dois ou mais sócios, com elevação de 71,7%. Os dados, divulgados hoje (7), são do Indicador Nascimento de Empresas Serasa Experian. 

    Segundo o levantamento, o número de microempresas individuais (MEIs) criadas em fevereiro cresceu 30,1% e o de empresas individuais, 1,7%. Das 343.811 empresas abertas em fevereiro deste ano, 276,2 mil foram MEIs; 41,4 mil, sociedades limitadas; 12,5 mil, empresas individuais; e 13,6 mil, outros tipos. 

    “Abrir o próprio negócio no Brasil acabou se tornando um dos meios mais viáveis para geração de renda. Mesmo com um cenário delicado para muitas empresas do país, a estagnação negativa dos níveis de desemprego e o tempo mais curto da burocracia de abertura de empresas criam um ambiente que favorece a ideia de começar um empreendimento”, destacou o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.

    Dentre as mais de 300 mil empresas abertas em fevereiro de 2021, o segmento que mais cresceu foi o do comércio, com alta com 37,8%, seguido da indústria, com 35,1%, e serviços, com 23%. No segundo mês do ano, foram criadas 231,8 mil empresas do setor de serviços; 81,3 mil do comércio; 26,6 mil da indústria; e 3,9 mil de outros tipos.

    Por regiões, o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas em fevereiro, 179,2 mil, seguido pelo, com 60,3 mil, Nordeste, com 57,2 mil, Centro-Oeste, com 30,8 mil, e Norte, com 16,1 mil.

    Fonte: EBC

  • Crédito imobiliário da Caixa cresceu 41% neste ano

    Crédito imobiliário da Caixa cresceu 41% neste ano

    A Caixa Econômica Federal disse hoje (7) que atingiu, entre os meses de janeiro a maio de 2021, R$ 52,4 bilhões em concessão de crédito imobiliário, um crescimento de 41,4% em relação ao mesmo período de 2020. Nos cinco primeiros meses do ano, o banco celebrou 240,6 mil novos contratos e mais de 962 mil de pessoas com casa nova. De acordo com o banco, a carteira de crédito imobiliário do banco alcançou R$ 523,1 bilhões em maio, com 5,76 milhões de contratos.

    Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os números apontam para um resultado expressivo no segmento de financiamento, no qual a Caixa desponta como líder. Atualmente, o banco tem 68% de participação no mercado imobiliário.

    “Foram R$ 52,4 bi já contratados nos cinco primeiros meses de 2021 e vamos para R$ 130 bi de credito imobiliário em 2021. No ano passado atingimos R$ 116 bi, o que já foi um recorde. Então, este ano vamos passar 2020, que já tinha sido um recorde histórico da Caixa Econômica, reforçando a nossa atuação no crédito imobiliário”, disse Guimarães durante live com jornalistas para falar dos resultados do banco.

    Recursos próprios

    Guimarães disse ainda que do montante de R$ 52,4 bi para financiamento, as contratações com recursos próprios, da poupança, totalizaram R$ 29,6 bilhões, um crescimento de 112% em relação ao período de janeiro a maio de 2020. Na comparação com o mesmo período de 2018, quando o banco disponibilizou R$ 3,8 bilhões para a modalidade de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com aumento de 678,9%.

    De acordo com Guimarães, a orientação do banco no segmento de financiamento imobiliário é de aumentar os contratos pelo SBPE, ou seja, com recursos próprios, atendendo à faixa de renda da classe média. Ainda de acordo com o presidente da Caixa, o banco continuará atuando em outros segmentos, como o do Minha Casa, Minha Vida, no qual o banco é responsável por 99% dos contratos.

    “Nesta gestão entendemos que é o papel da Caixa, como banco da habitação, ser o líder para baixa renda que é fundamental, mas também na classe média. Isso gera emprego, gera resultado recorde para a Caixa Econômica Federal. Entendemos que é uma estratégia acertada, ano após ano temos crescido e vamos crescer ano que vem”, afirmou.

    Guimarães também falou sobre a nova linha de financiamento do banco, batizada de Poupança CAIXA, que foi lançada em março. Segundo ele, a modalidade representou mais de 40% de todas as contratações imobiliárias do banco com recursos do SBPE, em maio. O financiamento possui taxas a partir de 3,35% a.a, somadas à remuneração da poupança. O saldo devedor é atualizado mensalmente pela TR.

    Além da nova modalidade de financiamento, a Caixa também divulgou, nesta segunda-feira, novas alternativas para o pagamento das prestações da casa própria. Agora, os mutuários que estão com dificuldades têm a possibilidade de reduzir a parcela do financiamento em 25% por até 6 meses ou até 75% em até 3 meses. Para isso, é preciso apresentar uma autodeclaração de perda de renda que justifique a redução parcial das parcelas.

    Os valores não pagos durante a vigência da negociação por pausa ou pagamento parcial, de acordo com o percentual escolhido, serão incorporados ao saldo devedor do contrato e diluídos no prazo remanescente.

    Também há a possibilidade de suspensão do pagamento por até seis meses. Esta modalidade será autorizada apenas para os beneficiários do auxílio emergencial de 2021 ou para os mutuários que estejam recebendo o seguro-desemprego. A solicitação para pagamento parcial ou pausa do pagamento pode ser feita pelo aplicativo Habitação Caixa.

    O banco ainda anunciou o 1º Feirão Digital Caixa da Casa Própria nos próximos dias 25 de junho a 4 julho, quando serão ofertados cerca de 180 mil imóveis em todo o país. Em razão da pandemia do novo coronavírus, o leilão será realizado na modalidade virtual, pelo endereço. No site, será possível realizar a simulação do financiamento e também receber atendimento dos correspondentes do banco via chat.

    Fonte: EBC

  • Mercado financeiro eleva previsão de crescimento do PIB para 4,36%

    Mercado financeiro eleva previsão de crescimento do PIB para 4,36%

    As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sétima semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,96% para 4,36%.

    Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,25% para 2,31%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

    As estimativas estão no boletim Focus de hoje (7), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, em Brasília, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

    Inflação

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,31% para 5,44%, na nona alta consecutiva.

    A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

    Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,68% para 3,70%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

    O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

    Taxa de juros

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

    Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

    Câmbio

    A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

    Fonte: EBC

  • Lojista poderá registrar recebíveis de cartão a partir desta segunda

    Lojista poderá registrar recebíveis de cartão a partir desta segunda

    Depois de dois adiamentos, o Banco Central (BC) confirmou que, a partir desta segunda-feira (7), começará a funcionar o registro centralizado das receitas de lojistas com as vendas realizadas por cartão.

    Segundo a instituição financeira, a medida deve beneficiar principalmente micro e pequenas empresas, que poderão ter acesso a créditos com juros mais baixos ao oferecerem parte do que têm a receber aos bancos.

    Em nota, o BC informou que a medida aumentará a concorrência entre as instituições financeiras, permitindo a redução do spread bancário – diferença entre as taxas pagas pelas instituições para captarem recursos e as taxas cobradas dos clientes.

    O comerciante poderá dividir as agendas de recebíveis, em lotes de dezenas ou centenas de transações, e negociar com várias instituições financeiras ao mesmo tempo, até conseguir o melhor empréstimo.

    Os recebíveis valem tanto para as vendas com cartão de crédito e de débito. Como as empresas credenciadoras vão registrar essas transações, os comerciantes poderão conseguir empréstimos ao oferecer os recebíveis para cobrir eventuais inadimplências ou até revender as receitas que têm direito a receber nas vendas com maquininhas.

    Atualmente, existem três empresas autorizadas a atuar como credenciadoras de recebíveis no país: CIP, Cerc e Tag. As companhias, no entanto, alegaram dificuldades na montagem dos sistemas e pediram ao Banco Central os adiamentos da entrada em vigor do registro.

    Inicialmente prevista para 3 de novembro do ano passado, a data havia passado para 17 de fevereiro e foi novamente adiada para 7 de junho, data confirmada pelo BC.

    Por causa do segundo adiamento, o BC multou uma das companhias em R$ 30 milhões e obrigou a empresa a assinar um termo de compromisso em que prometia resolver as dificuldades tecnológicas até o início de junho.

    A autarquia estima que os recebíveis de cartões têm potencial para movimentar até R$ 1,8 trilhão por ano, dos quais R$ 1 trilhão correspondem às transações com cartões de crédito e R$ 800 bilhões ao fluxo com cartão de débito.

    O novo sistema também deve aumentar a segurança para as instituições financeiras. Atualmente, um mesmo recebível pode ser dado como garantia para mais de um banco. Com o registro centralizado, isso não será mais possível.

    Fonte: EBC