Baseado em ação de uma universidade cearense, o governo federal publicou esta semana medida provisória (MP) para prevenir o assédio sexual em instituições de ensino. “ A MP traz uma mudança de cultura trazendo uma série de materiais informativos, cursos para conscientização, mas também com a obrigação das instituições de ensino apresentarem um plano prático com ações concretas para que essas pessoas que são vítimas do assédio sexual se sintam seguras para denunciar e que a denúncia tenha consequências”, disse o ministro da Educação, Victor Godoy, em entrevista ao programaA Voz do Brasildesta sexta-feira (28).
De acordo com o ministro, depois que a universidade cearense aplicou o plano, 14 professores foram afastados das atividades educacionais por terem assediado sexualmente estudantes. Os profissionais que souberem de situações de assédio terão obrigação de denunciar.
Computação
Esta semana foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação um parecer sobre o ensino de educação para estudantes da educação básica. Godoy destaca que o plano abrange a preparação de professores e a parceria com empresas do ramo, como Microsoft, Google e Oracle.
“Nós vivemos no mundo da tecnologia, estamos falando em metaverso, inteligência artificial, realidade virtual, então, precisamos pensar como preparar os estudantes para esse mundo e para o que virá no futuro”, defendeu o ministro. Segundo plano, as escolas terão o prazo de um ano para inserir no currículo, desde o início da educação fundamental, do primeiro ano, até o terceiro ano do ensino médio, atividades que incluem esse pensamento computacional.
Assista ao programa na íntegra:
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O período de matrícula escolar para o ano letivo de 2023 nos colégios da rede estadual do Paraná foi estendido para 8 de novembro. O prazo (que seria inicialmente no próximo dia 31) é válido tanto para a matrícula inicial quanto para rematrícula de estudantes.
Para os estudantes que vão iniciar o 1º ano do ensino médio, além da matrícula no ensino regular, também existe a possibilidade de ingressar em um curso técnico integrado ao Ensino Médio. São mais de 40 mil vagas no estado, para 40 opções de cursos, como Enfermagem, Administração, Gastronomia, Agronegócio, Desenvolvimento de Sistemas, Formação de Docentes, entre outros. Para se inscrever em um curso técnico, é preciso entrar em contato diretamente com a instituição de ensino (veja aqui a lista de escolas que oferecem cursos técnicos).
Os responsáveis legais dos alunos devem fazer o procedimento de forma online na Área do Aluno , plataforma na qual também é possível fazer a atualização cadastral, emitir a declaração de matrícula, solicitar o histórico escolar e consultar o boletim escolar.
A matrícula inicial ou rematrícula deverá ser feita por meio da opção “Matrícula On-line”, após a conferência e atualização do cadastro. O responsável pode selecionar a vaga na instituição em que o filho já estuda ou na instituição indicada pela Seed-PR (no caso de matrícula de ingresso) ou, se desejar outra escola, pode indicar até três instituições de ensino de preferência.
No caso de optar por outro colégio, o estudante vai para o Cadastro de Espera de Vaga Escolar (Ceve). Então, o responsável deverá acessar a Área do Aluno a partir de 7 de dezembro para ver o resultado da solicitação e então efetivar a matrícula. Se nenhuma das opções for contemplada, o estudante permanecerá no colégio de referência. Posteriormente, ele poderá entrar na lista de espera de outro colégio novamente.
Para acessar o site, o responsável legal ou o próprio estudante (quando maior de 18 anos), deve informar seu CPF e senha (que pode ser recuperada por SMS no celular cadastrado). O primeiro acesso é restrito ao CPF e ao telefone celular cadastrados. Depois, o responsável poderá cadastrar um novo telefone, um e-mail e uma senha pessoal de sua preferência para futuros acessos.
Caso o responsável legal não possua celular ou não tenha acesso à internet, ele poderá fazer a matrícula online na instituição de ensino estadual onde o aluno estuda ou mesmo na instituição de ensino municipal onde está matriculado (para quem está no 5º ano do Ensino Fundamental). Em ambos os casos, a escola disponibilizará um código de segurança para a Área do Aluno e um computador.
Para estudantes que ainda não fazem parte da rede estadual, oriundos de outros estados ou países, e ainda aqueles provenientes da rede privada, ou matriculados em instituições de ensino que não utilizam o Sere (Sistema Estadual de Registro Escolar) e CGM (Código Geral de Matrícula), o responsável legal ou o estudante maior de 18 anos deverá, primeiramente criar um cadastro, em “Não tenho cadastro na SEED/PR”, também no site Área do Aluno, para ter seu login e senha.
Com isso feito, o procedimento da matrícula segue o mesmo padrão dos estudantes que já fazem parte da rede e que vão pleitear uma vaga em escola de preferência, devendo realizar novo acesso ao site a partir do dia 7 de dezembro para ver o resultado da solicitação.
NOVO ENSINO MÉDIO– Quem entrou no Ensino Médio neste ano e irá para a segunda série em 2023 terá um processo um pouco diferente. Além de confirmar a matrícula e escolher a escola, ele terá a oportunidade de escolher qual será o itinerário formativo que irá cursar na segunda e terceira séries.
Será possível escolher entre Linguagens e Ciências Humanas ou Matemática e Ciências da Natureza. Cada um deles tem um conjunto curricular específico: o estudante que optar pelo itinerário de Linguagens e Ciências Humanas vai estudar disciplinas como liderança, ética, mídias digitais, oratória e práticas esportivas. O aluno que optar por Matemática e Ciências da Natureza vai estudar empreendedorismo, robótica, programação, biotecnologia, entre outras matérias.
“Neste ano da implementação do novo ensino médio, esse é o grande diferencial. O aluno escolhe parte do percurso formativo que terá. Para isso, durante 2022, ele já teve o apoio para reflexão e pensamento dentro do componente curricular [disciplina] Projeto de Vida”, explica Vanessa Ruthes, coordenadora do novo ensino médio da Seed-PR (Secretaria de Estado da Educação e do Esporte).
Além do itinerário formativo, todos os estudantes também têm a Formação Geral Básica (FGB), que contempla as competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na 2ª série, por exemplo, 18 das 30 horas-aula semanais são da FGB e 12 horas-aula semanais são do itinerário escolhido.
DOCUMENTOS– Para a efetivação da vaga, é necessário apresentar toda a documentação obrigatória, seja enviando de forma online desde o momento da confirmação da matrícula ou entregando presencialmente na instituição de ensino onde foi feito o processo. O prazo para entrega dos documentos é o primeiro dia letivo de 2023, 6 de fevereiro.
Para a rematrícula, os estudantes do Ensino Fundamental que já pertencem à rede estadual, mas estão iniciando o 1º ano do ensino médio em outra escola estadual, precisam apresentar comprovante de endereço atualizado, com vencimento de até dois meses, e de vacinação (para estudantes menores de 18 anos). Para a matrícula inicial, também é necessário certidão de nascimento, CPF do responsável, histórico escolar e, para maiores de 16 anos, RG e CPF do aluno e CPF do responsável.
O estudante não aprovado no ano letivo de 2022 manterá sua matrícula na instituição de ensino de origem. Mais informações estão disponíveis na Instrução Normativa N.º 001/2022 – SEED/DPGE .
EJA– As matrículas para o 1º semestre do ano letivo de 2023 da Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinada àqueles que não tiveram a possibilidade de concluir os anos finais do Ensino Fundamental ou o Ensino Médio até a idade adequada (no mínimo 15 anos completos para os anos finais e 18 completos para o médio), também estão abertas na Área do Aluno.
Uma medida provisória editada pelo governo federal nesta quinta-feira (27) institui um programa de prevenção e combate ao assédio sexual de crianças e adolescentes em instituições de ensino.
Formulado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a iniciativa pretende capacitar professores e educadores, além informar o próprio público-alvo da medida, por meio de materiais informativos e de divulgação.
Esses materiais serão disponibilizados aos sistemas de ensino em formato impresso, além de ficarem abertos, em formato digital, na página do MEC na internet . O governo não informou quando o programa começa a ser executado.
Além disso, segundo o governo, o programa não vai gerar impacto orçamentário para os entes federados.
Estudantes do ensino médio público de Campinas (SP) têm até as 17h do dia 4 de novembro para se inscrever na seleção do Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), um curso de ensino da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), voltado aos alunos de escolas públicas da cidade, que fica a 99km da capital paulista.
Alunos do ensino médio público de Campinas (SP) têm até as 17h do dia 4 de novembro para se inscrever no Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), curso de ensino superior da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A seleção para as 120 vagas do curso não é feita por vestibular, mas com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para cada escola pública de ensino médio do município será garantida uma vaga. Na página de ingresso , os interessados podem conhecer os detalhes do processo de seleção.
O curso foi criado em 2010, com a primeira turma em 2011. “A proposta foi criar uma forma de acesso diferenciado à universidade para alunos de escolas públicas do município de Campinas. O currículo tem disciplinas em todas as áreas do conhecimento, pois pretende formar o ser humano com cultura ampla, visão crítica, espírito científico, pensamento flexível e preparado para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho”, explicou a coordenadora do ProFis, professora Ana Elisa Spaolonzi Queiroz.
O currículo do ProFIS inclui disciplinas das áreas de ciências humanas, biológicas, exatas e tecnológicas, distribuídas por dois anos de curso. O objetivo é oferecer aos alunos uma visão integrada do mundo contemporâneo, capacitando-os para exercer as mais distintas profissões. Conheça os detalhes na página do curso .
O ProFIS é um curso formado por 99 créditos, correspondentes a 1485 horas de aula, que podem ser completados em quatro semestres, sendo seis o número máximo de semestres para sua conclusão.
O curso é ministrado em período integral, ou seja, os alunos têm aulas pela manhã e à tarde. Muitas disciplinas contam com atividades práticas, a serem desenvolvidas pelos alunos, em sala de aula.
No segundo ano, o aluno desenvolve atividades de pesquisa e artes, o que é chamado iniciação científica, sob a supervisão de um professor orientador.
Segundo a coordenadora, a dificuldade mais comum é a ambientação na universidade. “É um ambiente novo e diferente, são dinâmicas distintas, as cobranças são diferentes, mas como o curso foi pensado para público específico, já busca contornar problemas de permanência acadêmica, como a forma de trabalhar os conteúdos.”
Ao terminar o programa, o aluno do ProFIS pode ingressar diretamente em um dos muitos cursos de graduação da Unicamp, sem precisar fazer o vestibular. No site é possível saber como a transferência é feita e quantas vagas por curso foram destinadas ao curso.
Ana Elisa ressaltou que não se trata de um curso regular de ensino superior, “mas de uma formação interdisciplinar que fortalece os conhecimentos gerais e subsidia uma escolha mais consciente sobre a carreira que se pretende seguir. Ao final de dois anos, de acordo com o aproveitamento que tiveram, eles podem escolher entre os cursos da universidade”.
Bolsas e auxílios
Com aulas durante o dia, os alunos ficam impedidos de trabalhar nesse período. Para garantir que os alunos tenham condições de se manter, enquanto frequentam os dois anos do curso, a Unicamp oferece várias modalidades de auxílio.
A universidade concede, a todos os alunos do ProFIS, bolsas de estudo, durante os dois primeiros anos do curso, no valor de R$ 400,00 mensais. Além disso, os alunos contam com um auxílio transporte, ou seja, um apoio financeiro para que possam ir à Unicamp e voltar para casa diariamente. Há também o auxílio alimentação, permitindo que os alunos façam gratuitamente suas refeições no restaurante universitário, popularmente conhecido como Bandejão.
A correria da vida impediu que Rosane Gonçalves finalizasse antes os seus estudos. Hoje, aos 50 anos, ela tem motivos de sobra para sorrir: além de ter terminado o Ensino Médio em um colégio estadual, na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), foi aprovada em uma faculdade de Enfermagem, que iniciará no próximo ano.
A desistência dos estudos na juventude se deu com a chegada dos filhos e a necessidade de conciliar o cuidado deles com o emprego. Apenas recentemente, em 2021, novos caminhos se abriram para Rosane, quando decidiu concluir o ensino médio no Ceebja Campo Comprido, em Curitiba, e iniciar simultaneamente um curso técnico de Enfermagem.
No colégio de manhã, no curso técnico à tarde e trabalhando à noite, a estudante precisou enfrentar uma rotina cansativa. Ainda assim, determinação e força de vontade não faltaram — com o sonho da faculdade em vista, Rosane fez valer a pena o tempo passado em sala de aula. “Aproveitei cada palavra dos professores”, afirmou.
A rotina de aluna ainda fez ressurgir uma antiga paixão literária. “Começou a aflorar de novo algo que era lá da infância, de querer escrever, de gostar de poesia. Foi maravilhoso e inexplicável”, disse.
O esforço da aluna sempre foi notado pela equipe do colégio. Natel Marcos Ferreira, diretor do Ceebja Campo Comprido, diz que Rosane fez questão de ir até à escola contar que havia sido aprovada no vestibular. Os docentes ficaram extremamente felizes pela conquista da ex-aluna e por terem feito parte de sua história.
“Não existe outro caminho a não ser a educação. São passos lentos, porém vitoriosos. E quem ajuda a dar os primeiros passos? São os professores”, destacou a nova universitária.
Para Natel, são justamente casos como esse que alimentam os educadores e dão a motivação para que continuem a contribuir com os sonhos de adultos e idosos que voltam a estudar. Histórias como a da Rosana são exemplos tanto para as pessoas que desejam terminar os estudos quanto para os profissionais que dedicam suas vidas para a educação.
“Terminar os estudos abre novas portas, novos horizontes, permite sonhar mais alto”, afirmou o diretor.
MATRÍCULAS PARA EJA 2023– Estudantes que desejam concluir o ensino fundamental II (do 6º ao 9º ano) ou o ensino médio (1º a 3º ano) na rede estadual de ensino já podem se inscrever. Para ingressar no ensino fundamental, é preciso ter a partir de 15 anos; para o ensino médio, é necessário no mínimo 18 anos. Pesquiseaquias instituições de ensino que ofertam EJA na sua cidade e confira opasso a passopara fazer a matrícula.
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) divulgou nesta semana ocalendário escolarreferente ao ano letivo de 2023. As aulas terão início no dia 6 de fevereiro. Na semana anterior, nos dias 2 e 3, acontecem os dias de estudo e planejamento — quando os docentes se preparam e planejam as ações do semestre.
Para os estudantes, o recesso de julho começa no dia 7 e vai até o dia 23. Já os professores retornam do recesso antes, para participar dos dias de estudo e planejamento do segundo semestre nos dias 20 e 21 de julho.
As aulas do segundo semestre acabam em 20 de dezembro, com o encerramento do ano letivo no dia 21. Ao todo, serão 200 dias letivos, sendo 100 no primeiro semestre e outros 100 no segundo.
Nos colégios da rede estadual, o ano letivo é dividido em três trimestres. O primeiro será de 6 de fevereiro a 3 de maio. O segundo, de 4 de maio a 25 de agosto. O terceiro, de 29 de agosto a 20 de dezembro.
“Também haverá as três Provas Paraná, isso está garantido no calendário”, ressalta o diretor de Educação, Roni Miranda. As avaliações devem ser aplicadas nos meses de abril, agosto e outubro.
MATRÍCULAS– O período de matrícula escolar para o ano letivo de 2023 na rede estadual segue aberto. A confirmação das vagas, tanto para matrícula inicial quanto para rematrícula, seguirá até o dia 31 de outubro. O processo foi antecipado em relação aos anos anteriores para facilitar o planejamento e abertura das turmas.
ÁREA DO ALUNO– Assim como vem sendo acontecendo nos anos anteriores, os responsáveis legais devem fazer o procedimento de forma online, naÁrea do Aluno. VejaAQUImais informações sobre o procedimento de matrícula.
Retornam ao Brasil nesta semana os 100 estudantes da rede estadual de ensino do Paraná que participaram da segunda edição do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo, promovido pelo Governo do Estado. Os alunos embarcaram no fim de julho para a Nova Zelândia, onde passaram um semestre letivo estudando em colégios locais, em séries equivalentes ao ensino médio.
No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na manhã desta terça-feira (25), Ivani Roberto da Silva esperava ansiosa pela chegada da filha. “É muita alegria e emoção. Estávamos com muita saudade dela, mas felizes por saber que toda a vida ela teve o sonho de fazer intercâmbio e ela conseguiu realizar a partir desse projeto”, comentou.
Beatriz Roberto Lopes, do município de Tamarana, no Norte do Estado, passou os últimos três meses em Invercargill, cidade na Ilha Sul da Nova Zelândia. “É uma cidade bem pequena, mas o povo é muito acolhedor, principalmente os alunos da escola, que receberam a gente muito bem”, contou a estudante.
Maria Eduarda Melo da Cruz, de Alto Paraíso, também estava na Ilha Sul, na cidade de Winton. Entre seus momentos preferidos do intercâmbio estiveram as aulas de culinária que teve na escola, a adaptação às diferenças culturais (como a alimentação) e os passeios que fez com amigos e com a família que a hospedou.
“Minha família me levou para conhecer vários lugares incríveis. Paisagens naturais, montanhas com neve… Algo que nunca imaginei ver na vida”, disse.
A estudante acredita que toda a experiência, além do aprendizado da língua inglesa, trará benefícios para seu futuro profissional. Por isso, está empolgada para compartilhar o aprendizado com os colegas e professores na cidade que tem cerca de 3 mil habitantes. “Tenho certeza de que o pessoal vai ter muitas perguntas, e estou muito animada para responder”, contou.
Além do grupo que desembarcou nesta terça-feira (25) no Brasil, outro chegou na noite de segunda (24) e o último desembarcará na quinta (27). De volta ao Paraná, os estudantes se tornam embaixadores do programa, ao lado dos “paranaenses-canadenses” do primeiro semestre, e vão participar de ações nos colégios para compartilhar as experiências e estimular o engajamento escolar.
GANHANDO O MUNDO– O programa de intercâmbio financiado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) oferece vivência em uma escola do Exterior com a prática da língua inglesa, hospedagem com uma família local, desenvolvimento da autonomia e ampliação dos repertórios culturais e acadêmicos dos estudantes. Os alunos da primeira edição passaram um semestre letivo no Canadá, entre fevereiro e julho deste ano.
Em cada edição, foram selecionados 100 estudantes, cada um de uma cidade do Estado. Puderam participar do processo seletivo alunos regularmente matriculados na 1ª série do ensino médio em um colégio público da rede estadual, que cursaram do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em um colégio da rede pública, além de ter no mínimo 14 e no máximo 17 anos e seis meses de idade na data de retorno ao Brasil.
Era preciso ter frequência igual ou superior a 85% em cada disciplina no ano letivo de 2021 e ter médias anuais do 9º ano, em 2021, iguais ou superiores a 7 em cada disciplina da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Dentro desses critérios, foram selecionados os alunos com as melhores notas.
Antes da viagem, eles fizeram um curso de inglês preparatório promovido pela Seed-PR em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio da Universidade Virtual do Paraná (UVPR) e do Programa Paraná Fala Idiomas (PFI).
Começa nesta terça-feira (25) a aplicação da Prova Paraná Mais para os estudantes da rede estadual de ensino. A avaliação teve sua última edição em 2019. Ela não foi aplicada em 2020 e 2021 devido aos impactos da pandemia no andamento dos respectivos anos letivos. A prova segue até o dia 3 de novembro, dependendo da instituição de ensino.
Diferente da Prova Paraná regular, aplicada para todos os alunos da rede a cada trimestre, a Prova Paraná Mais é direcionada aos estudantes no fim de cada etapa de ensino: 5º ano do fundamental, o último dos anos iniciais; 9º ano do fundamental, o último dos anos finais; e 3ª série do ensino médio (ou 4ª série para alguns do antigo formato). A avaliação também é focada nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, ao contrário da edição regular, que abrange quase todos os componentes curriculares.
“A Prova Paraná Mais e a Prova Paraná têm muitas diferenças. A Prova Paraná é uma avaliação diagnóstica do trimestre, ela avalia apenas os conteúdos daquele trimestre específico e a gente entrega para cada professor, para cada escola, esse resultado – é algo muito imediato”, explica o diretor de Educação da Seed-PR, Roni Miranda.
“Já a Prova Paraná Mais é uma avaliação de desempenho, para ver os níveis de aprendizagem dos estudantes. O conteúdo avaliado para o ensino fundamental anos finais, por exemplo, vai desde o 6º até o 9º ano. Cai uma gama diversificada de conteúdos, é uma avaliação de etapa inteira”, finaliza o diretor, que destaca que a avaliação segue as matrizes de referência do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
Na prática, além dos conteúdos abordados, a avaliação segue os mesmos parâmetros de aplicação do Saeb, exame aplicado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Contando com os alunos do 5º ano das redes municipais, ao todo mais de 350 mil estudantes devem realizar a prova até o início do mês que vem, uma vez que cada colégio definiu a data de aplicação dentro do período entre 25/10 e 03/11.
FORMATO– Para o 5º ano são 44 questões, sendo 22 de Língua Portuguesa e 22 de Matemática. Já para o 9º ano e ensino médio são 52 questões, sendo 26 de Língua Portuguesa e 26 de Matemática. A avaliação tem duração de 2h30.
GANHANDO O MUNDO– Além de possibilitar diagnosticar a qualidade da educação pública em todo o estado do Paraná, a Prova Paraná Mais retorna com uma novidade na edição de 2022. A nota da avaliação do 9º ano vai ser requisito para classificação da futura edição do programa Ganhando o Mundo, que terá o aumento na oferta de vagas, bem como dos destinos oferecidos para o intercâmbio.
Os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 já podem consultar os locais das provas divulgados na Página do Participante pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta segunda-feira, 24.
Diante de relatos de estudantes nas redes sociais sobre dificuldades para acessar o sistema, o Inep negou problemas e explicou que o acesso à plataforma Gov.br está intermitente em função de uma manutenção que é realizada pelo Ministério da Economia.
“Não há qualquer tipo de inconsistência na Página do Participante do Enem e, assim que o acesso ao Gov.br for normalizado, todos os participantes conseguirão conferir o cartão de confirmação de inscrição”, informou o Inep em nota.
A informação do local de prova está disponível no cartão de confirmação. Embora não seja obrigatória, a impressão do documento é recomendada pelo Inep. Além de onde o candidato fará a prova o documento traz ainda dados como idioma escolhido para a prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol), datas do exame e solicitações de atendimento especializado como, por exemplo, adaptações para pessoas com deficiência.
Números
Nesta edição de 2022 quase 4 milhões de estudantes (3.396.632) estão aptos a realizar o exame nos dias 13 e 20 de novembro. Na prova de linguagens, no dia 13 de novembro, serão 40 questões de língua portuguesa e cinco de inglês ou espanhol, além de questões de ciências humanas (45) e da redação.
Já no domingo, dia 20, os participantes farão as avaliações de matemática (45 questões) e ciências da natureza (45 questões).
Nos dias de provas os portões estarão abertos das 12h às 13h e o início do exame será as 13h30.
O calendário das principais provas para ingressar no ensino superior se aproxima e os jovens intensificam seus estudos. Aqueles que não conseguem pagar por um curso pré-vestibular procuram os cursinhos organizados pelos alunos da Universidade de São Paulo (USP). Um deles é o cursinho popular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo – USP Leste (EACH-USP).
Para quem vai tentar vaga na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a primeira fase do vestibular será daqui a 15 dias, em 6 de novembro. A primeira fase da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ocorre dia 15 de novembro, USP), no dia 4 de dezembro. As provas da Fuvest, fundação de direito privado ligada à Universidade de São Paulo
Já quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem compromisso nos dias 13 e 20 de novembro. As notas do Enem dão acesso ao ensino superior em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e a bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).
Cursinho preparatório para o vestibular da Universidade de São Paulo – USP Leste. -Rovena Rosa/Agência Brasil
Curso popular
A estudante Evelyn Soares Dias de Souza, de 18 anos, está se preparando no Cursinho Popular EACH-USP. Ela conta que vai tentar uma das vagas para o curso de jornalismo da USP e também pelo Enem.
No momento, Evelyn se dedica totalmente aos estudos e tenta corrigir a defasagem que sofreu nos dois últimos anos da pandemia. “O cursinho está me ajudando demais. Muitas coisas nas quais eu não conseguia prestar atenção em casa, aqui, no cursinho, temos os professores para ajudar, podemos tirar as dúvidas e, enfim, está funcionando muito bem para mim”.
“Fui extremamente prejudicada porque tentar prestar atenção na aula foi difícil, e tem ainda a qualidade, porque, convenhamos, a escola pública, comparada com a escola particular, na pandemia, a qualidade foi muito mais prejudicada”, lamenta a estudante. Apesar disso, as expectativas dela são animadoras. “A minha expectativa é que eu faça bem a prova, e espero que consiga entrar na USP para fazer o curso que eu tanto quero.”
Evelyn é uma das estudantes do cursinho popular da USP Leste, um pré-vestibular 100% gratuito, sem qualquer mensalidade, taxa de inscrição ou custo de material. A entidade surgiu em 2015, pela iniciativa de estudantes docampusda universidade.
“Atendemos, gratuitamente, 120 alunos: 60 à tarde e 60 à noite. Nossa ligação com a USP vem do empréstimo da sala e da infraestrutura da universidade. Nossos professores e corpo administrativo são voluntários e não recebem nada para contribuir com o propósito”, informa a diretora geral do curso, Thayná Augusta Leandro Machado.
Colega de sala de Evelyn, o estudante Wendelson Henrique Lima de Souza, de 21 anos, também vai prestar o Enem e a Fuvest, para fazer o curso dedesign. Ele está no cursinho popular desde o começo do ano. “Eu já tinha feito outro antes, mas comecei na metade do ano e não continuei até o final. E também trabalhei ano passado. Este ano eu tirei somente para estudar mesmo”.
O estudante afirma que o cursinho dá uma ótima preparação. “É uma oportunidade muito legal de atender pessoas que não conseguem pagar um cursinho realmente, como eu. E os professores são muito bons, eles conseguem ajudar bastante os alunos que precisam, principalmente porque estudar em casa é muito difícil. Já fiz várias vezes o vestibular e este é o ano em que estou mais confiante e que está dando mais certo pra mim.”
O estudante Wendelson Henrique Lima de Souza frequenta o Cursinho Popular EACH-USP -Rovena Rosa/Agência Brasil
Para a coordenadora do cursinho, os alunos deste ano percorreram bem o caminho de estudos. “Acredito que as turmas são sementes, sementes da volta ao presencial. Ainda que o resultado não chegue, só de pensar que os ajudamos a percorrer um pouco mais dessa estrada já me deixa feliz e satisfeita”.
É o que está fazendo o estudante Rafael Santos da Silva, de 18 anos. Candidato ao curso de biomedicina na Fuvest, na Unicamp e no Enem, ele disse que vai fazer os exames, mas está se preparando mesmo é para o próximo ano. “Este ano não estou com muita expectativa, porque a nota de corte é muito alta, e é muita coisa para estudar em um ano só. Mas estou adquirindo uma base grande para me preparar mais para o ano que vem”.
Ele também terminou o ensino médio em escola pública e acredita que o cursinho tem dado suporte na aprendizagem. “O cursinho foi uma ponte bem grande para mim, me deu uma base muito boa de tudo e um suporte que eu não tive por causa da pandemia. Além de estudar em escola pública, a pandemia dificultou muito a aprendizagem e, ainda, o vestibular, porque a escola pública não prepara tanto. Então foi bem difícil no ano passado.”
A diretora do cursinho afirmou que os alunos recebem, no início do aluno, um reforço para compensar a defasagem. “No início do ano, temos um período de ciclo básico, onde tentamos repassar as disciplinas mais básicas e comuns. Porém, infelizmente, fica difícil, com o tempo que temos, restabelecer o aprendizado que deveria vir do ensino regular”.
Trabalho e estudo
O estudante Pedro Guilherme Araújo de Souza, de 18 anos, tem que conciliar os estudos com trabalho à noite. Ele é candidato a uma das vagas do vestibular de história da USP e também vai prestar o Enem.
“Trabalho no período da noite, mas é um “bico” para poder custear minha passagem até aqui e algumas coisas do dia a dia. Dá para conciliar, porque trabalho em casa”. Ele também terminou o ensino médio em escola pública e tenta recuperar a aprendizagem.
“Eu me senti muito prejudicado, foi uma época bem atípica. No segundo ano, eu já tinha interesse em me preparar para o vestibular, mas quando chegou a pandemia eu me desfoquei total disso. Foi uma época tentando cuidar de mim mesmo, foi bem difícil o estudo, porque eu senti que fui muito deixado de lado no ensino, por conta da escola não ter dado suporte e o centro de mídias era uma plataforma muito ruim. Mas na metade do 3º ano, eu decidi que ia estudar. Entrei emsites de cursinho pré-vestibular e fui estudando, mas neste ano estou estudando para valer”.
A diretora do cursinho disse que entidade tem capacidade para atender 120 alunos. “Mas, no decorrer do ano, eles vão saindo por motivos diversos. Atualmente nosso número é menor. Desde o começo do ano houve desistência, porém, nosso nível de evasão no presencial é menor do que quando estávamos no modelo a distância”.
Ela afirma que algumas dificuldades levam à evasão dos estudantes. “Desmotivação dos alunos, problemas básicos de estrutura como dinheiro para passagem, para alimentos e para problemas de saúde mental”.
Apesar das dificuldades, Thainá afirma que o cursinho leva a uma boa taxa de aprovação dos alunos. “Juntos, nós aprovamos mais de 200 alunos em universidades públicas ou particulares com bolsa, nosso trabalho tem muitos impasses e muitas incertezas, mas juntos temos a missão de transformar em realidade o sonho de entrar na universidade!”.