Terminam na próxima quarta-feira (27) as inscrições para as bolsas de estudo oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para projetos que busquem melhorar as condições de vida de quem passou por eventos extremos, como desastres relacionados a emergências climáticas e acidentes ambientais. São oferecidas 60 bolsas de doutorado e pós-doutorado. As inscrições devem ser feitas por meio do Sistema de Inscrições da Capes (Sicapes) .
Serão ofertadas 36 bolsas de pós-doutorado e 24 bolsas de doutorado, em um número máximo de 12 projetos. Os projetos aprovados terão vigência de 40 meses, com previsão para início das atividades em dezembro de 2022.
Segundo a Capes, o objetivo é “estimular e apoiar projetos de formação de recursos humanos de alto nível com foco em investigação acadêmico-científica para o desenvolvimento de políticas e projetos de prevenção, mitigação e resposta a situações de vulnerabilidade social decorrentes de emergências climáticas”.
Os projetos também devem analisar o impacto social, econômico e familiar de eventos ambientais que tenham ocasionado o estado de calamidade pública, tal como enchentes, deslizamentos, incêndios e seca, no Brasil, entre 2020 e 2022.
Entre os requisitos para concorrer às bolsas estão ser docente ou pesquisador vinculado a programa de pós-graduação recomendado pela Capes, ter título de doutor, ter currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes.
Interessados em ingressar na EJA (Educação de Jovens e Adultos) no segundo semestre podem procurar as escolas da rede estadual que ofertam a modalidade nesta quarta-feira (20) para fazer a matrícula. As aulas começam na próxima segunda-feira (25) e após o início do semestre ainda existe a possibilidade de novos alunos entrarem nas turmas abertas até o dia 12 de agosto.
Para efetuar a matrícula, é necessário procurar as instituições de ensino que oferecem a modalidade – presente em mais de 280 municípios. As instituições podem ser consultadasneste site. Para se matricular no ensino fundamental é preciso ter, no mínimo, 15 anos completos. Já para ingressar no ensino médio, o estudante deve ter 18 anos completos.
DURAÇÃO –O aluno que entrar no ensino médio EJA pode concluí-lo em três semestres, totalizando um ano e meio de curso, com carga horária de 24 horas/aula semanais (cerca de 5 horas diárias), de segunda a sexta-feira. A duração do ensino fundamental II (anos finais, 6º ao 9º anos) é de quatro semestres.
DOCUMENTOS –Ao entrar em contato com a instituição de ensino, o aluno será instruído a levar para a escola alguns documentos, como certidão de nascimento, RG, CPF e histórico escolar. É possível conferir a lista completa da documentação solicitadaAQUI.
A partir desta quarta-feira, 20, até as 23h59 do dia 2 de agosto deste ano Instituições de saúde de todo o país podem aderir à edição 2022/2023 do Exame Nacional de Residência (Enare), realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A estatal é vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Podem se cadastrar instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que ofertam Programas de Residência Médica ou Programas de Residência em Área Profissional da Saúde (Uniprofissional ou Multiprofissional). Elas devem ser reconhecidos pelo MEC e possuir vagas autorizadas com financiamento das bolsas garantido. A formalização da adesão deverá ser feita por meio de cadastro institucional e assinatura eletrônica do Termo de Adesão.
O Enare tem como objetivo otimizar a forma de selecionar os residentes, oferecendo benefícios para as instituições e para os próprios candidatos. Segundo o MEC, nas duas primeiras edições, as instituições participantes tiveram menos vagas ociosas, eliminaram os custos e a carga burocrática da realização dos exames individuais e ampliaram a qualificação da seleção. “Para os candidatos, o exame unificado apresentou vantagens como custo menor, data única para a realização das provas, aplicação em todas as capitais e algumas cidades-polo, possibilidade de escolha de onde o residente queria atuar, dentre outras”, avaliou a pasta em nota.
Enem da Residência
O sistema de classificação do Enare é muito semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no quais o candidato sai com a nota alcançada na especialidade escolhida após as provas e a utiliza para indicar onde pretende atuar. O sistema fica aberto por um tempo determinado para que cada estudante registre o local de sua preferência. As melhores notas se sobrepõem às menores, determinando, ao fechar, quem ocupará as vagas. Em seguida, ele é aberto novamente para preencher as vagas ociosas e para a formação de cadastro reserva, reduzindo muito a possibilidade de deixar vagas ociosas.
Edital
A publicação do edital de abertura do Enare está prevista para 15 de agosto, com inscrições para os candidatos prevista para o período entre 5 e 26 de setembro. O período para envio de documentação para análise curricular ocorrerá entre 15 de setembro e 5 de outubro, as provas objetivas devem ocorrer em 6 de novembro e. A previsão é que o resultado final seja divulgado no final deste ano ou início de 2023, uma vez que o período para a matrícula dos aprovados é de 10 de fevereiro de 2022 a 31 de março de 2023.
Histórico
A primeira edição do exame, realizada em 2020, contou com mais de 4,1 mil inscritos disputando 304 vagas em oito hospitais da Rede Ebserh/MEC e um hospital militar. A segunda edição, realizada no ano passado, contou com mais de 32 mil inscritos para 3,2 mil vagas em 81 instituições em todo o país.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tornou público, na tarde de hoje (18), o resultado da reanálise dos diplomas de participantes da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida).
Foram reanalisados os documentos daqueles candidatos que recorreram, dentro do prazo previsto, contra a reprovação inicial de seus diplomas. O resultado do processo pode ser consultado por meio do Sistema Revalida , na página do participante.
A primeira etapa do Revalida 2022/2 será aplicada em 7 de agosto, em oito cidades brasileiras: Brasília, Campo Grande (MS), Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo. A participação na segunda etapa depende da aprovação na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva.
Para participar da primeira etapa do Revalida, o participante deve possuir diploma de graduação em medicina expedido por instituição de educação superior estrangeira; reconhecido pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente do país de origem do documento e autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros.
No caso de refugiados que não estejam com seus diplomas, ou em outros casos previstos em lei, é possível comprovar a condição por meio de documentação específica, anexando ao Sistema Revalida a documentação comprobatória emitida pelo Conselho Nacional de Refugiados do Ministério da Justiça (Conare-MJ).
O Revalida é composto por duas etapas (teórica e prática), que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). As referências são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.
As vagas para agente temporário são para candidatos com ensino médio completo. A carga horária é de 40 horas semanais e o salário de R$ 1.501,26.
Para o cargo de professor de educação infantil temporário, o requisito é ter ensino médio completo no curso de formação de docentes (magistério) e/ou licenciatura em Pedagogia ou licenciatura plena em normal superior, a carga horária é de 40 horas e salário varia de R$ 3.034,18 a R$ 4.401,84.
Por fim, a vaga de professor temporário exige a licenciatura em Pedagogia ou licenciatura plena em normal superior. São 20 horas semanais de trabalho, com salário de R$ 2.202,50 a R$ 2.665,53.
O edital de abertura e seus anexos na íntegra, contendo valor dos vencimentos, carga horária e demais informações importantes a respeito de todo processo podem ser consultadas no site.
Termina hoje (18) o prazo para as matrículas dos selecionados na chamada regular (primeira chamada) do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre. Os estudantes devem efetuar o registro diretamente nas instituições em que foram aprovados. O prazo de matrícula começou no dia 13 julho . Ao todo, 59.937 estudantes foram selecionados na chamada regular.
Para os candidatos não selecionados na chamada regular, há a possibilidade de participação da lista de espera. Neste caso, o prazo para manifestar interesse nesta lista termina também termina nesta segunda-feira. A manifestação deve ser feita pela página do Sisu. Para acessá-la, clique aqui .
Vagas em disputa
O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) no qual as instituições públicas de educação superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais, oferecem vagas a serem disputadas por candidatos inscritos em cada edição da seleção. Os candidatos são selecionados para as opções de cursos indicados no ato de inscrição, de acordo com a melhor classificação de nota obtida na edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para participar do Sisu, o candidato deve ter feito o Enem – edição de 2021 -, obtido nota superior a zero na prova de redação e não ter se declarado treineiro ao realizar a prova.
As vagas ofertadas no Sisu são distribuídas de acordo com a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012) e com as políticas e ações afirmativas adotadas por instituições públicas de ensino superior. As ações incluem a reserva de vagas e a aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda aos critérios especificados.
Começa nesta segunda-feira (18), as inscrições para o vestibular 2023, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que seguem abertas até o dia 31 de agosto. Ao toso serão ofertadas 5.361 vagas, em 126 cursos de graduação.
Das vagas, 50% são destinada para a concorrência geral e os outros 50% para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, cotas para candidatos de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
As inscrições devem ser feitas pelo site do Núcleo de Concursos, com custo de R$ 195. Podem pedir isenção estudantes inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), e também qualquer estudante de escola pública que comprove renda de até 1,5 salário mínimo.
A UFPR ampliou de seis para 11 o número de cidades em que será aplicada a prova da primeira etapa do vestibular 2023. Além de Curitiba, os vestibulandos poderão fazer a prova nas cidades de Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina e Toledo, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá e Paranaguá e pela primeira vez, em uma de Santa Catarina: Joinville.
A prova da primeira fase do vestibular da UFPR está marcada para o dia 23 de outubro.
Durante a pandemia de covid-19, um dos principais temores dos 471 professores da cidade de Benjamin Constant (AM), que tem cerca de 45 mil habitantes e um dos cem piores índices de escolarização do país (89,5%, segundo o IBGE), era que mais alunos desistissem de estudar. Por isso, os docentes puseram-se a caminhar. Batiam de porta em porta para pedir que os estudantes ligassem os seus rádios em alto e bom som. As aulas chegariam por lá. As vozes dos professores ficariam em uma sintonia de proximidade, mesmo à distância.
Outros municípios pelo país adotaram essa estratégia para chegar a casas em que o rádio faria um papel de manter as aulas mesmo naquele momento de adversidade. O que pode ser que os alunos não saibam é que o papel educativo do rádio é tão antigo quanto a própria implementação do veículo no Brasil. Desde o começo, o rádio no Brasil tem a educação como pedra fundamental.
Democratização da educação
A historiadora Maria Gabriela Bernardino explica que a Rádio Sociedade, fundada em abril de 1923 por Edgard Roquette-Pinto, tinha um cunho educativo predominante. “Não era um rádio como conhecemos as rádios de hoje. A emissora tinha aulas de disciplinas escolares e uma ideia de democratização da educação muito forte”.
Não era à toa. A chegada do rádio foi um fato novo para um país, que na época tinha mais de 80% de analfabetismo. Pelas ondas do rádio, a educação poderia chegar longe e prestar um serviço público de valor inimaginável. “Uma das frases do Roquette-Pinto era que a rádio poderia ser a escola dos que não têm escola. Nesse período, o veículo já consegue levar educação para os confins do Brasil. Em 1936, a Rádio Sociedade foi transferida para o MEC e mudou de nome”, explica Maria Gabriela Bernardino.
A respeito disso, a pesquisadora Liana Milanez contextualiza que o rádio foi o grande canal de comunicação dos anos 1930. “Roquette-Pinto queria manter a premissa de servir modestamente como instrumento de educação ao povo brasileiro”. Ela explica que, nesse cenário, os sócios da Academia Brasileira de Ciências, que mantinham a rádio, deveriam cumprir os estatutos da rádio e fazer a transferência de todos os bens da emissora ao governo, o que aconteceu no dia 7 de setembro de 1936. Foi aí que a Rádio Sociedade passou a ser Rádio Ministério da Educação.
Ouça episódio da série Cem anos do rádio no Brasil sobre Edgard Roquette-Pinto:
“É quando o Ministério da Educação e Saúde se transforma em Ministério da Educação e Cultura. A rádio foi doada ao Ministério da Educação, com uma condição que o Roquette impôs ao então ministro Capanema: que a Rádio Ministério da Educação deveria continuar com suas atividades exclusivamente educativas, com foco no lema que ele adotou lá na criação da emissora – ‘pela cultura dos que vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil’”.
Ouça episódio da série Cem anos do rádio no Brasil sobre a Rádio MEC:
Os estudiosos da rádio explicam que Roquette-Pinto doou a rádio em 1936, mas permaneceu em sua direção. “Em 1937, é criado o Serviço de Radiodifusão Educativa para operar a PRA-2, que era o prefixo da emissora. A partir da criação desse serviço, o Roquette ficou à frente por mais sete anos, mantendo a rádio exatamente como estava”, disse Liana Milanez.
Durante os vinte anos em que Roquette-Pinto esteve à frente da rádio, estima-se que tenham sido transmitidos 71 programas educativos e culturais. O empresário passou a direção da emissora em 1943 para Fernando Tude de Souza, que discursaria mais tarde: “o lema de 1923 ainda é o lema de 1948. Desde 11 de maio que dirijo a Rádio Ministério da Educação, sucessora da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, e tudo tenho feito para não me afastar das normas traçadas pelo grande brasileiro Roquette-Pinto e seus companheiros de jornada em 1923″.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Educação no ar
A partir da década de 1940, o programaColégio no ar foi sucesso de audiência, com aulas de português, inglês, espanhol, francês, italiano, história do Brasil, geografia e ciências naturais. “Por exemplo, em 1954, foram matriculados 6,5 mil alunos, que eram também atendidos pelos Correios, por onde recebiam o material. E esse programa, oColégio no ar, era diário e era apresentado às 7h e às 20h. Então os alunos se acomodavam conforme as suas necessidades. Foi um programa muito importante na história daRádio MEC”, relembra Liana Milanez.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O historiador Thiago Gomide, presidente da Rádio Roquette-Pinto, aponta que a ideia de rádio escola não nasceu no Brasil e foi inspirada em experiências de outros países. “Mas Roquette-Pinto e outros pensadores levantaram a importância desse veículo ser utilizado na educação – não para substituir as salas de aula, mas funcionando como um pólo de apoio aos professores”, esclarece.
Neste contexto, em 1934 surge uma emissora de rádio criada para servir às escolas, com professores ao microfone e um sistema de envio de cartas. Era a Rádio Escola Municipal do Distrito Federal, fundada por Edgar Roquette-Pinto e Anísio Teixeira. No final da década de 1940, a emissora passou a se chamar Rádio Roquette-Pinto. Conheça a história da emissora no episódio da sérieCem anos do rádio no Brasil, da Rádio MEC:
Sucesso de audiência
A também pesquisadora Marlene Blois relembra outra iniciativa que fez sucesso em 1941 naRádio Nacional: aUniversidade no ar. “A proposta era focar nos professores do ensino secundário, que era um grande problema na educação brasileira. O programa chegou a quase cinco mil radioalunos no primeiro ano”. Outro marco foi a proposta dos cursos básicos de educação do Sistema do Rádio Educativo Nacional (SIREN), capitaneados pelo Ministério da Educação, que funcionou de 1957 a 1963. “Um ano depois de criação do SIREN, já eram 11 emissoras irradiando seus cursos. Em 1961, já eram 47 emissoras. A ideia aí era um rádio que se abria à discussão de um rádio formador de um cidadão mais crítico e participativo”, diz Marlene Blois.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Na década de 1970, o governo criou oProjeto Minerva para utilização da rádio em prol da educação de adultos no país. Segundo divulgou o governo, o projeto teria beneficiado, na primeira fase, pelo menos 175 mil alunos ouvintes, em 19 estados. Ainda de acordo com o levantamento, na segunda fase do projeto, foram produzidos 560 programas-aula. Calcula-se que foram beneficiados 370.381 alunos, em ao menos 3.813 municípios (os números constam no livro Rádio MEC: herança de um sonho, de Liana Milanez).
O Minerva possibilitava, por exemplo, que os alunos que saíam do Mobral (sigla de Movimento Brasileiro de Alfabetização, iniciativa criada nos anos 1970 para alfabetizar a população urbana iletrada de 15 a 35 anos) pudessem continuar os estudos no primeiro e segundo grau da época (ensino fundamental e médio) via transmissão obrigatória de 30 minutos diários por todas as emissoras e uma hora e quinze aos fins de semana. Marlene Blois detalha como as aulas funcionavam: “A cabeça de rede era aRádio MEC. O aluno que perdesse a transmissão pelo rádio podia recuperar na discussão com os colegas. Essa pedagogia foi criada pela equipe doProjeto MinervadaRádio MEC”.
Em um dia, a programação, por exemplo, reunia ensinamentos de português e história (15 minutos por aula). No outro dia, os alunos ouviam os professores de matemática e ciências. Os alunos recebiam os fascículos impressos gratuitamente, pelos Correios, e podiam acompanhar as aulas também em lugares chamados de radiopostos, onde havia um monitor e um aparelho de rádio.O projeto foi divulgado em todo o país com chamadas pela rádio. O jingle convidava os alunos a participarem: “Eu quero saber mais. Preciso saber mais. Minerva está no ar (…) Depois que a gente estuda, a coisa toda muda e o Minerva está aí para mudar. O Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC apresenta: Projeto Minerva: educação para todos”.Ouça:
As aulas tinham linguagem popular e efeitos sonoros (ouça um trecho de uma radioaula abaixo): “Quantas vezes, numa noite estrelada, nós paramos para olhar o céu e nos perguntamos romanticamente: ‘que mistérios haverá por trás daqueles pontinhos brilhantes?’”.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Entre 1973 e 1974, o projeto Saci fez com que dois mil professores leigos fossem treinados e 16 mil alunos de escolas de primeiro grau recebessem esses programas de ensino. A rádio, como chega aos diferentes rincões do país, também foi utilizada, na década de 1980, para o projeto Seringueiro, realizado no Acre, inspirado na filosofia de Paulo Freire. “Foi um projeto piloto, que teve uma didática completamente diferente. Foram professores daRádio MECpara o Acre. Foi feita uma pesquisa de vocabulário, conversamos com os seringueiros sobre o que queriam em termos de rádio educativo. Os seringueiros foram realfabetizados”, afirma Marlene Blois.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Ouça episódio da série Cem anos do rádio no Brasil sobre rádio e educação:
Toda essa trajetória fez com que a educação passasse a inspirar as emissoras públicas e comerciais. “Como as primeiras rádios tinham esse caráter educativo, muitas se chamaram rádios educadoras. Depois, rádios educativas”, afirma a professora Magaly Prado. Essa função de educar o país, inspirada nos ideais de Roquette Pinto sobrevivem fortes, como assinalam os pesquisadores, para integrar o país e até atravessar uma pandemia. Que o digam os alunos de Benjamin Constant, na fronteira amazônica, e de tantos lugares por onde essas ondas chegam.
Série de reportagens
Em comemoração aos cem anos do rádio no Brasil, completados em 7 de setembro de 2022, a Agência Brasil publica uma série de dez reportagens sobre as principais curiosidades históricas do rádio brasileiro.
O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos da EBC, como a Radioagência Nacional e a Rádio MEC que transmitirá, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes.
*com entrevistas feitas por Carol Barreto, da Rádio MEC
Estudantes de escolas do Espírito Santo estão em Brasília para participar do programa Brasília, Capital do Turismo Cívico e Pedagógico. É a primeira vez que estudantes de outras unidades federativas participam do programa, que já atendeu cerca de 500 estudantes de escolas públicas do Distrito Federal.
Os visitantes cursam os ensino médio e fundamental no Colégio Daniel Comboni, de Ecoporanga. Hoje (15) e amanhã (16) visitarão nove pontos turísticos. No primeiro dia, a visita abrange a Quadra Modelo 308, o Museu Nacional, a Catedral Metropolitana, a Praça dos Três Poderes, a Torre de TV e a Casa de Chá.
No dia 16, visitarão o Parque da Cidade, o Pontão do Lago Sul e a Ermida Dom Bosco. De acordo com o GDF, os estudante pagaram por conta própria a hospedagem, no valor de R$ 65, e a alimentação, R$ 15. O transporte foi oferecido pela escola.
O programa Brasília, Capital do Turismo Cívico e Pedagógico foi constituído em março com o objetivo de permitir a estudantes da rede pública de ensino “assistirem aulas in loco de História do Brasil e de Brasília nos monumentos e sedes do poder”.
A parceria, feita por meio de assinatura de Acordo de Cooperação Técnica, já atendeu, no primeiro semestre, estudantes de Brasília do Centro de Ensino Fundamental 306 Norte; do Centro de Ensino Fundamental 1 (Guará); do Centro de Ensino Fundamental São Paulo (São Sebastião); e da Escola Classe 502 (Samambaia).
Três universitários do Centro Universitário UDC foram escolhidos, depois de uma seleção de currículos e entrevistas, para estagiarem no Laboratório de Infraestrutura da Qualidade – LIQ parceria entre a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade – Abrac, Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro, o Centro Universitário UDC e que funcionará no Parque Tecnológico de Itaipu – PTI.
Ali Mohamad Kanso e Sarah Sofia Lass Weisheimer acadêmicos de Engenharia Elétrica, e Melissa Shih de Engenharia de Produção são os novos estagiários do LIQ e vão passar por uma série de treinamentos antes de começarem a atuar de fato.
“Me interessei muito pelo Inmetro durante uma palestra que a UDC nos ofereceu. É uma experiência única, nós fomos privilegiados em sermos selecionados para ela”. Ali Mohamad Kanso.
Nesta semana, os três passam por formações em módulos virtuais com informações sobre a Abrac, ABNT e o Inmetro, no Brasil e no exterior.
“Essa oportunidade vai ser um grande marco na minha vida. Estou muito animada, quero aprender muito com todos que passarem pelo nosso caminho”. Melissa Shih.
São Paulo e Rio de Janeiro
Na próxima semana os três acadêmicos UDC farão visitas técnicas nas sedes das entidades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“A UDC é responsável por grande parte do que está acontecendo comigo hoje. Vejo tudo isso, mais como uma alavanca do que como uma escada, é uma experiência única, muito importante e inacreditável”. Sarah Sofia Lass Weisheimer.