Categoria: Educação

  • Consulta de vagas do segundo processo seletivo do Sisu está disponível

    Consulta de vagas do segundo processo seletivo do Sisu está disponível

    A consulta de vagas para o segundo processo seletivo de 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já pode ser acessada no portal Acesso Único . As inscrições começarão dia 28 de junho e terminarão no dia 1º de julho.   

    Durante a consulta, será possível visualizar as vagas ofertadas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Também será possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das instituições que aderiram ao Sisu. 

    Para participar do Sisu, será exigido do candidato que tenha realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro. 

    O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de julho. A matrícula ou registro acadêmico deverão ser feitos de 13 a 18 de julho. Já o prazo para interessados manifestarem interesse em participar da lista de espera será de 6 a 18 de julho.

    Sisu

    O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) no qual as instituições públicas de educação superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais, oferecem vagas a serem disputadas por candidatos inscritos em cada edição da seleção. 

    Os candidatos são selecionados para as opções de cursos indicados no ato de inscrição, de acordo com a melhor classificação de nota obtida na edição mais recente do Enem, que, nesta edição, será a de 2021.

    Fonte: Agência Brasil

  • Matrículas no ensino a distância cresceram no primeiro ano da pandemia

    Matrículas no ensino a distância cresceram no primeiro ano da pandemia

    O crescimento do número de matrículas no ensino superior na modalidade de ensino a distância (EAD) aumentou 7,7 pontos percentuais de 2019 para 2020, saltando de 19,1% para 26,8%. Com queda de 3,8% em 2019, as matrículas para cursos presenciais diminuíram ainda 5,6 pontos percentuais, chegando à queda de 9,4% em 2020.

    Os dados são do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022, que apresenta dados gerais do setor no país, de instituições de ensino superior (IES) privadas e públicas, e realizado pelo Instituto Semesp.

    O percentual de 64,2% das matrículas no ensino superior refere-se a cursos presenciais, uma queda de 7,3 pontos percentuais de 2019 para 2020. Segundo o Semesp, este foi um dos impactos do primeiro ano da pandemia de covid-19.

    De acordo com a instituição, pela primeira vez na história da coleta de dados do Censo do Ensino Superior, o número total de ingressantes no EAD (2 milhões) ultrapassou o presencial (1,75 milhão). Os ingressantes na modalidade presencial tiveram queda de 13,9%, e os do EAD aumentaram 26,2%. Os ingressantes correspondem aos calouros, enquanto os dados referentes a matrículas incluem estudantes de todos os períodos.

    Ainda em relação ao impacto da pandemia no setor, 92% das instituições de ensino superior suspenderam as aulas presenciais em 2020, e 77% destas não retornaram as atividades presenciais naquele ano.

    O total de matrículas – presenciais e EAD – no país cresceu 0,9% de 2019 para 2020. O número de matrículas feitas no período aumentou em 11 estados, com o Rio de Janeiro apresentando a maior alta (8,6%), seguido por Espírito Santo e Santa Catarina, empatados com 5,9% de acréscimo de estudantes. Amapá, Ceará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo também registraram crescimento do número de matrículas.

    O levantamento mostrou que três estados da Região Sudeste — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – têm, juntos, 42,8% do total de matrículas do ensino superior do país.

    A taxa de escolarização líquida do país, que mede o total de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população da mesma faixa etária, é de apenas 17,8%. O Distrito Federal tem a maior taxa de escolarização líquida (30,4%), e o Maranhão, a menor (9,9%). As regiões Sul e Sudeste são as únicas em que todos os estados têm taxa de escolarização líquida acima da média nacional.

    A evasão no ensino superior aumentou 4,2% de 2019 para 2020. O índice foi maior na rede pública (12,2%) do que na rede privada (2,8%).

    Fonte: Agência Brasil

  • Paraná é exemplo de preparo de professores em publicação da Harvard e Unesco

    Paraná é exemplo de preparo de professores em publicação da Harvard e Unesco

    O programa Formadores em Ação, da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR), é citado como exemplo de desenvolvimento de professores em um livro que trata de transformações na educação durante a pandemia. A publicação foi editada por Fernando M. Reimers, da Universidade de Harvard, e Renato Opertti, do Bureau Internacional de Educação (BIE), da Unesco.

    A obra lançada em novembro de 2021 é intitulada “Learning to build back better futures for education: Lessons from educational innovation during the covid-19 pandemic” – em tradução livre, “Aprendendo a reconstruir futuros melhores para a educação: Lições de inovação educacional durante a pandemia de Covid-19”.

    Um dos capítulos é dedicado às competências digitais de professores, trazendo exemplos de programas de desenvolvimento profissional no Brasil — incluindo o Formadores em Ação. Com o título “Competência digital como um facilitador para o desenvolvimento profissional de professores”, o capítulo foi escrito por Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB).

    “Durante a pandemia, a secretaria implementou uma nova estratégia para formação continuada chamada Formadores em Ação, baseada em grupos de estudo com até 20 professores da mesma área de conhecimento guiados por professores pré-selecionados”, explica um trecho do livro. “A Secretaria da Educação tem uma equipe de profissionais para dar suporte aos líderes dos grupos de estudo, produzindo materiais sobre conteúdo curricular e desenvolvendo metodologias ativas e tecnologia.”

    No capítulo, a autora destaca que os critérios de seleção dos professores que conduzem os grupos de estudo contemplam habilidades digitais, liderança e conhecimento acerca do conteúdo da sua disciplina. Ela ressalta, ainda, que durante os encontros é possível que os docentes planejem lições coletivamente e discutam os desafios de aprendizagem enfrentados por seus estudantes.

    “É um grande orgulho ver um projeto do Paraná entre as grandes iniciativas globais de inovação educacional”, diz Renato Feder, secretário da Educação do Paraná. “Esse reconhecimento nos mostra que estamos no caminho certo, com foco na valorização e capacitação dos educadores e no bom emprego das competências digitais em sala de aula”.

    PUBLICAÇÃO– O livro “Learning to build back better futures for education” tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de estratégias educacionais que preparam os estudantes para o futuro, ao mesmo tempo em que aborda o impacto da pandemia na educação e a importância de tornar os sistemas educacionais mais resilientes e bem-preparados.

    A obra também reúne exemplos de inovações educacionais que emergiram ao redor do mundo durante a pandemia, apresentando possibilidades de transformação nessa área. Ela está disponível para download em inglês, espanhol e francês.

    FORMADORES EM AÇÃO– Iniciado em julho de 2020, o programa Formadores em Ação é uma proposta de formação em que professores da rede estadual lideram grupos de estudo voltados a professores da mesma disciplina ou área do conhecimento. Durante os encontros, são abordadas questões como uso de tecnologias, metodologias ativas e experiência em sala de aula.

    Cada professor formador orienta um grupo de 12 a 20 cursistas, com base no conteúdo do roteiro proposto pela Seed.

    As inscrições para participar dos grupos de estudo no segundo trimestre letivo de 2022 encerraram em 27 de maio. Para esse período, quase todas as 25 mil vagas ofertadas para os professores cursistas foram preenchidas, abrangendo todas as disciplinas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

    Fonte: Secom Paraná

  • Mais 1,3 mil kits com TV e computador são entregues a escolas RMC

    Mais 1,3 mil kits com TV e computador são entregues a escolas RMC

    Mais 1.343 kits Educatron (com smart TVs e computadores) foram entregues nesta terça-feira (14), desta vez para colégios estaduais da Região Metropolitana de Curitiba. A ação faz parte do calendário de entregas de 25 mil kits Educatron , que devem ser concluídas até o fim deste mês em todas as instituições de ensino da rede estadual.

    Além de TV 43’’ e computador, os kits também incluem webcam, microfone, teclado com mouse pad e pedestal regulável. O equipamento pode ser usado, por exemplo, para apresentação de conteúdo multimídia em sala de aula e para videochamadas com outros professores ou palestrantes.

    As cerimônias de entrega desta terça-feira aconteceram no Colégio Estadual Mário Braga, em Piraquara, e na Usina da Música, em São José dos Pinhais. Os eventos contaram com a participação do vice-governador do Paraná, Darci Piana, e de representantes da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR).

    “Aqui está a grande oportunidade de os nossos professores terem equipamentos à altura da necessidade deste momento”, disse Piana durante a cerimônia. “Kits Educatron são equipamentos ultramodernos que estão à disposição dos nossos alunos. A gente sabe o quanto é necessário os nossos estudantes estarem atualizados”, ressaltou.

    O investimento na compra dos equipamentos chegou a quase R$ 122 milhões. Dos 25 mil kits, 22,5 mil estão sendo instalados em todas as salas de aula de cada um dos mais de 2 mil colégios da rede estadual de ensino. Os demais serão armazenados como reserva.

    A aquisição dos equipamentos foi acompanhada de investimento em conectividade nas escolas. A Seed conclui neste ano a distribuição de equipamentos de wi-fi para todas as escolas da rede. A instalação será concluída também no mês de junho.

    Fonte: Secom Paraná

  • Edital Escolas Coloridas alcança todas as regiões do Estado; confira o resultado final

    Edital Escolas Coloridas alcança todas as regiões do Estado; confira o resultado final

    O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) e a Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura divulgam o resultado final do edital Arte Urbana, Grafite, Educação e Cultura – Escolas Coloridas do Paraná.

    Foram 47 escolhidos em cidades grandes como Ponta Grossa, Maringá, Guarapuava, Cascavel, Londrina e Foz do Iguaçu; médias como Pato Branco, Francisco Beltrão, Toledo, Campo Mourão, Umuarama e Cianorte; e com menos de 40 mil habitantes, como Ibaiti, Dois Vizinhos e Pitanga. 

    O concurso público premia obras inéditas de intervenções artístico-urbanas em artes visuais, nas linguagens “grafite” e “pintura mural” com o tema “Identidade Local” a serem feitas em muros de escolas da rede pública estadual em municípios paranaenses.

    Ao longo das últimas décadas, o grafite se tornou um ícone da expressão artística urbana, deixando as cidades mais coloridas e menos cinzas.

    O prêmio é uma parceria da Fundepar com a SECC, com recursos da Lei Aldir Blanc, que é como ficou denominada a Lei nº 14.017, de 29 de junho de 2020, elaborada pelo Congresso Nacional com a finalidade de atender ao setor cultural do Brasil, bastante afetado com as medidas restritivas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19, destinando para tal o valor de R$ 3 bilhões.

    Confira AQUI o processo de premiação.

    Fonte: Secom Paraná

  • Cascavel Futsal vence Santo André/Intelli pela Liga Nacional

    Cascavel Futsal vence Santo André/Intelli pela Liga Nacional

    O Cascavel Futsal venceu e convenceu. A equipe derrotou o Santo André/Intelli por 2 a 0 e conquistou a sétima vitória em 11 partidas pela Liga Nacional. 

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    Nem o frio espantou o torcedor. Mesmo com a temperatura na casa dos 7 graus, o ginásio da Neva ficou cheio. E, mais uma vez, a Serpente fez valer a força caldeirão e conquistou a 12ª vitória em casa nesta temporada.

    Com o apoio das arquibancadas, o time dominou a partida desde o começo do jogo. Gessé, Zequinha e Minatti quase abriram o placar com chutes de longa distância.

    Mas, a bola entrou mesmo depois de uma bela cobrança de falta ensaiada. O ala Gustavinho completou, de letra, e fez um golaço para colocar a Serpente na frente do adversário.

    No segundo tempo, o Cascavel continuou pressionando o adversário e criando as melhores jogadas.

    Depois de cobrança de escanteio, Giovanny tentou impedir o gol de Carlão e fez contra, ampliando o placar para a Serpente. Q

    O Santo André tentou diminuir e empatar com goleiro-linha. Mas, o Cascavel segurou bem a pressão e garantiu a vitória por 2 a 0. 

    Com o resultado, o Cascavel Futsal chegou a 22 pontos, se mantendo entre os 4 primeiros colocados da classificação geral da Liga. 

    Na semana que vem, o Tricolor terá dois compromissos fora de casa. O time enfrenta Campo Mourão, na terça-feira, pela Série Ouro, e emenda a viagem para encarar o São José-SP, em São José dos Campos, na sexta, pela Liga Nacional.

    Fonte: Assessoria

  • Tecnologia e novos conteúdos tornam aulas da rede estadual muito mais interativas

    Tecnologia e novos conteúdos tornam aulas da rede estadual muito mais interativas

    Com as mudanças do Novo Ensino Médio e a implementação de novas tecnologias na escola, as salas de aula da rede estadual do Paraná estão mais dinâmicas e interativas. Os estudantes, agora, aprendem sobre temas como cultura digital e organização das finanças — e fazem isso com o auxílio de plataformas digitais e de conteúdos multimídia, que os professores podem apresentar por meio de TV e computador, presentes em cada uma das 22,5 mil salas de aula da rede.

    Os irmãos João Pedro Michalski Ribeiro, 19, e Ana Luiza Michalski Franco, 15, testemunharam essas transformações. Os dois passaram pelo Colégio Estadual Leôncio Correia, em Curitiba, mas ele terminou o ensino médio em 2021, enquanto ela ingressou em 2022, no primeiro ano.

    “No meu ensino médio, a gente quase nunca podia usar o celular para fazer pesquisa no Google. O professor passava alguns vídeos, uma vez ou outra, e passava alguns slides, mas era algo muito raro mesmo”, conta João. Apesar disso, o jovem, que hoje é militar da Força Aérea Brasileira, conta que gostava de usar, por conta própria, um aplicativo para auxiliá-lo nos estudos.

    Já para Ana Luiza, o cotidiano escolar conta com o uso mais frequente de ferramentas digitais. “Os professores usam a TV e o computador, e eu acho isso muito bom”, diz a estudante. “Parece que a aula flui melhor e dá para apresentar bastante coisa durante uma aula só”.

    Desde 2021, a Educação Financeira passou a fazer parte da matriz curricular de todo o ensino médio da rede estadual. A partir de 2022, com o Novo Ensino Médio, a disciplina ganhou ainda mais espaço, com duas aulas semanais.

    “Eu acho muito bom que tenha Educação Financeira, porque antes a gente não tinha visto nada. A gente está aprendendo a mexer no dinheiro e a pensar sobre o futuro financeiro”, diz Ana. A aluna, que diz gostar muito de fazer contas, pretende até escolher o itinerário formativo de Ciências da Natureza e Matemática no 2º ano do ensino médio.

    João, que concluiu o 3º ano do ensino médio em 2021, chegou a ter aulas de Educação Financeira também. “Sem dúvida alguma, foi uma matéria que realmente abriu muito a minha mente. Ela me fez pensar diferente”, afirma. “É algo que eu gostaria de ter tido no 1º e no 2º ano do ensino médio”.

    Para o jovem, a irmã está tendo uma ótima oportunidade de estudar conteúdos que contribuem tanto para a vida profissional quanto para a formação como cidadão. “O conselho que eu dou para alguém que esteja no Novo Ensino Médio é se jogar nos estudos, porque se você se dedicar agora, vai colher muitos frutos lá na frente”, diz.

    Para Marcello Monteiro, diretor-geral do Colégio Estadual Leôncio Correia, as novas propostas de conteúdos e de ferramentas tecnológicas preparam o aluno para o mundo real. “Esses conteúdos, bem trabalhados, vão agregar na formação do aluno. Ter uma noção de Educação Financeira, por exemplo, é sensacional”, afirma. “No laboratório, nas aulas de Pensamento Computacional, eles têm noções de gamificação e raciocínio lógico, que são cobrados até em testes para empresas”. 

    Dentro dessa proposta de preparação dos jovens em suas trajetórias acadêmicas e profissionais, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) também disponibilizou no último ano os aplicativos Inglês Paraná para mais de 400 mil estudantes e o Redação Paraná para toda a rede estadual.

    NOVO ENSINO MÉDIO– A partir de 2022, teve início a implementação do Novo Ensino Médio, previsto pela Lei Federal nº 13.415/2017. O modelo propõe aumento de carga horária e uma nova organização curricular, com o objetivo de incentivar o papel protagonista dos estudantes, valorizando suas aptidões e interesses.

    No Paraná, os estudantes do 1º ano passaram a ter disciplinas como Pensamento Computacional, Projeto de Vida e Educação Financeira. No 2º ano do ensino médio, eles podem escolher um itinerário formativo, para aprofundar seus conhecimentos em Linguagens e Ciências Humanas ou Matemática e Ciências da Natureza.

    EDUCATRONS E INTERNET– No primeiro semestre de 2022, foram entregues kits Educatron para todos os colégios e salas de aula da rede estadual. Eles consistem em smart TV 43”, computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável. O equipamento pode ser usado, por exemplo, para apresentação de conteúdo multimídia em sala de aula e para videochamadas com outros professores ou palestrantes. Além disso, as escolas também foram equipadas com pontos de acesso wi-fi.

    Fonte: Secom Paraná

  • Colégios da rede estadual intensificam ações para manter alunos nas escolas

    Colégios da rede estadual intensificam ações para manter alunos nas escolas

    A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte encerra nesta sexta-feira (10) a Semana D de Mobilização Escolar, uma campanha que envolveu todos os colégios da rede estadual de ensino com o objetivo de melhorar a frequência e combater a evasão escolar. A iniciativa é parte do programa Presente na Escola , criado em 2019 para manter alunos em sala de aula e prevenir abandonos.

    A Semana D registrou uma série de iniciativas por toda a rede, como contatos com agentes do poder público — como procuradores regionais —, mensagens em carros de som, anúncios em emissoras de rádio e chamadas durante a missa. Em cidades como Pato Branco, até os times do município se engajaram para compartilhar a mensagem da importância da educação.

    Para reunir todas as ações e compartilhar boas práticas entre as escolas, foi organizado um dia inteiro de lives, com apresentações de alguns destaques feitas por diretores, professores e os próprios alunos. “A intenção foi divulgar todo um trabalho realizado, que não acontece apenas na semana D. A proposta é mostrar a importância de os alunos estarem na escola e conscientizar a população sobre o direito à educação”, explicou Orivaldo Június Alexandre, coordenador do Presente na Escola.

    INICIATIVAS– No Colégio Estadual Vandyr de Almeida, de Cornélio Procópio, Norte do Estado, os alunos relataram as ações desenvolvidas. O destaque ficou com a rádio musical produzida por eles.

    No Centro Estadual de Educação Profissional Professora Maria Lydia Cescatto Bomtempo, que fica na cidade de Assaí, também na região Norte, o diretor Aquiles Fernandes, contou como conquistou os estudantes de forma criativa e sem precisar gastar mais dinheiro.

    “Nos últimos anos a qualidade da merenda melhorou muito. Os itens da merenda são iguais para todas as escolas, mas percebi que poderíamos melhorar a forma de fazer. E foi um trabalho de criatividade, sem precisar de recursos para comprar coisas diferentes”, disse.

    Por lá, as refeições são pensadas de forma temática. Como está localizado em uma região bastante marcada pela colonização japonesa, é comum o colégio ter um cardápio com inspiração oriental, contendo pratos como yakisoba e yakimeshi. “Temos uma parceria com o SEBRAE, que nos ajudou na apresentação das refeições. Foi uma sacada que contribuiu muito para trazer e manter os estudantes na escola, até porque os pais e responsáveis veem que estamos tratando bem os filhos e isso gera confiança”, concluiu.

    PROGRAMA– O programa Presente na Escola faz acompanhamento dos índices de frequência dos alunos. Pelas planilhas, os professores e gestores podem analisar as faltas diárias de cada escola, turma, turno e aluno, identificar quais são as causas e, então, criar estratégias para resolver os problemas específicos de cada turma, escola ou estudante.

    Em casos de abandono escolar, os colégios realizam buscas ativas. Os pedagogos, professores ou diretores entram em contato com o aluno que abandonou, ou com seu responsável, para entender o motivo do abandono e para orientar sobre a importância da escola. Essas buscas são feitas por meio de visita domiciliar, mensagem via WhatsApp ou SMS, e-mail, ligação telefônica ou com o auxílio do Conselho Tutelar.

    A Seed também promove a Prova Paraná, para avaliar o aprendizado dos estudantes a cada trimestre, vendo quais conteúdos foram bem aprendidos e quais precisam ser reforçados. Essa é uma outra maneira de identificar as necessidades dos estudantes para mantê-los engajados com a escola.

    Por meio dessas estratégias, em 2021, a taxa de abandono escolar na rede estadual de ensino do Paraná foi uma das menores do Brasil. No ano, foi feita busca ativa com 61 mil estudantes. Destes, 58,6 mil retornaram para a escola.

    Fonte: Secom Paraná

  • Pesquisa revela práticas indevidas na educação infantil

    Pesquisa revela práticas indevidas na educação infantil

    Gritos para controlar o comportamento de crianças, ameaças e humilhações ainda são práticas que ocorrem em creches e pré-escolas que atendem bebês e crianças com até cinco anos de idade. Estudo realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) em 1,8 mil escolas de 12 cidades brasileiras verificou essa prática em 10,8% das turmas visitadas, ou seja, em praticamente uma em cada dez turmas. 

    “Esse dado é um alerta e é muito preocupante. São situações inaceitáveis, tanto de violência verbal quanto de violência física”, disse a gerente de Conhecimento Aplicado da FMCSV, Beatriz Abuchaim. “Preocupa mais ainda porque esse professor naturalizou esse tipo de comportamento. Ele tinha um agente externo ali observando e ele não se sentiu censurado de nenhuma maneira para ter esse comportamento, ter essa atitude”, afirmou.

    A pesquisa foi realizada em 2021, em 12 municípios de todas as regiões do país. No total, foram visitadas 3.467 turmas, sendo 1.683 de creche e 1.784 de pré-escola, em 1.807 escolas, todas de administração direta das prefeituras, sejam públicas ou conveniadas. 

    O objetivo do estudo é reunir informações sobre a qualidade da educação infantil no país. Embora os dados não sejam nacionais, segundo a gerente de Conhecimento Aplicado da FMCSV, eles mostram uma tendência da educação infantil brasileira. Segundo ela, ao contrário de outras etapas da educação, como o ensino fundamental e o ensino médio, ainda não há dados oficiais da qualidade das creches e pré-escolas.

    O estudo buscou observar as práticas pedagógicas das escolas e a conclusão é que, de forma geral, o ensino ofertado é considerado regular, ou seja, o que está sendo ofertado é o mínimo e há necessidade de ações para que aquilo que está nos documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BCNN), seja implementado de forma satisfatória.

    Os pesquisadores constataram, por exemplo, que, em somente 10% das turmas, as crianças têm acesso livre aos livros. Além disso, em 55% das turmas não foi observado na rotina um momento de leitura de livros de histórias para as crianças.

    “Esse dado nos preocupa bastante porque sabemos de outros estudos em que a leitura é fundamental para processo de leitura e escrita da criança. A gente encontrava livros na escola. Têm programas que compram livros e distribuem nas escolas. Os livros estão presentes nas escolas, mas essa não parece ser atividade diária nas turmas observadas”, disse Beatriz.

    O estudo mostra, ainda, entre outros resultados, que em 67% das turmas não há experiências com a natureza. Em 27% as crianças não têm experiências com teatro, música ou dança. Em 38%, as crianças até têm essa experiência com essas artes, mas sem estratégias que permitam o protagonismo delas nessas atividades.

    Educação infantil

    Beatriz explicou, ainda, que a educação infantil é uma das etapas mais importantes da educação justamente porque é quando se constroem alicerces para o desenvolvimento do ser humano, tanto em termos pedagógicos, cognitivos, quanto das relações emocionais e sociais. “Ter boas experiências nesse início da vida faz toda diferença para esse adulto que essa criança um dia será”, salientou.

    A intenção é que a pesquisa sirva de subsídio para os municípios, que são, no Brasil, os principais responsáveis pela educação infantil. Uma das questões levantadas com base nos dados é a necessidade de formação dos educadores para melhor atender à etapa.

    Beatriz ressaltou, também, a necessidade da implementação da Base Nacional Comum Curricular,  cujo cronograma de implementação foi atrasado por conta da pandemia. A BNCC é um documento oficial, previsto em lei, que define o mínimo que deve ser ensinado tanto nas instituições públicas quanto nos estabelecimentos privados de todo o país.  

    “A BNCC da educação infantil acaba inovando muito, faz uma quebra de paradigma em relação a uma educação mais tradicional. Ela orienta o currículo por meio de campos de experiência. Não está falando de uma lógica disciplinar, que é uma lógica mais tradicional da educação, fala na garantia de direitos de aprendizagem”, argumentou.

    A BNCC prevê para a educação infantil, por exemplo, que as crianças possam explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

    Avaliação

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) incluiu a educação infantil no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A etapa chegou a ser analisada de forma piloto em 2019 e, em 2021, passou ser avaliada de forma amostral. A educação infantil deverá ser avaliada a cada dois anos exclusivamente pela aplicação de questionários eletrônicos de natureza não cognitiva. Os resultados ainda não foram divulgados.

    A educação no Brasil é obrigatória a partir dos quatro anos de idade na pré-escola. A creche não é uma etapa obrigatória. Cabe às famílias decidir pela matrícula. O estado deve, no entanto, garantir que haja vagas para todos aqueles que desejarem.

    O Brasil deve, por lei, atender a pelo menos 50% das crianças de até três anos de idade em creches até 2024 . A meta está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 37% das crianças nesta faixa etária estavam matriculadas.

     

    Fonte: Agência Brasil

  • Pandemia: alunos com deficiência têm mais risco de abandono escolar

    Pandemia: alunos com deficiência têm mais risco de abandono escolar

    Estudantes com deficiência têm mais risco de abandono escolar no retorno à escola no contexto da pandemia de covid-19. Pesquisa com dados recolhidos em dezembro de 2021 indicou que 28% dos pais ou responsáveis desses alunos tinham receio da desistência. O percentual entre os demais estudantes era de 19%.

    Esses dados constam de uma análise específica sobre pessoas com deficiência, desenvolvida a partir do estudo Educação Não Presencial na Perspectiva dos Estudantes e suas Famílias, feito em diferentes momentos da pandemia.

    A pesquisa foi realizada pelo Datafolha com pais e responsáveis por crianças e adolescentes da rede pública, a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contou com apoio do Instituto Rodrigo Mendes (IRM). A análise do recorte, divulgada na terça-feira (7), foi elaborada pela Plano CDE.

    “Os pais dos estudantes sem deficiência com frequência apontavam motivos, como necessidade de trabalhar ou desinteresse, enquanto no caso dos estudantes com deficiência, os motivos eram a falta de profissionais de apoio ou preparo para receber esses estudantes nas escolas”, diz Luiza Corrêa, coordenadora de advocacy do IRM.

    A análise indica que, considerando apenas as escolas reabertas no fim do ano passado, 21% dos estudantes com deficiências não estavam frequentando as aulas presenciais. Entre os sem deficiências, o percentual cai para 12%. O fato de que a criança ou seus familiares fazem parte do grupo de risco (64%) e a falta de profissionais de apoio necessários (20%) foram os motivos mais relatados por alunos com deficiência.

    A pesquisa revela ainda que 13% dos alunos não tiveram nenhuma aula com recursos de acessibilidade e 29% deles “raramente ou nunca” receberam materiais pedagógicos. Além disso, “59% não tinha acesso ao AEE, o atendimento educacional especializado”, destaca Luiza. Esse atendimento deve ser realizado no contraturno escolar.

    Por outro lado, houve maior oferta de apoio psicológico para os estudantes com deficiência (44%), na comparação com os sem deficiência (34%). O sentimento de despreparo em relação ao aprendizado no retorno ao presencial foi relatado por 59% dos pais ou responsáveis de estudantes com deficiência. Os pais disseram ainda que 48% dos alunos com deficiência tiveram dificuldades para manter a rotina de estudos e 32% apresentaram dificuldades no relacionamento com professores e colegas.

    “A gente precisa falar com bastante intensidade sobre recomposição da aprendizagem. Como muitos estudantes durante a pandemia não tiveram acesso, às vezes, até mesmo a aula, porque a aula não tinha acessibilidade, para ele [o aluno com deficiência] houve uma interrupção bem séria do processo de aprendizagem. A gente precisa criar estratégias para desenvolver um diagnóstico e depois a recomposição da aprendizagem desses estudantes”, avalia a coordenadora do IRM.

    O Ministério da Educação foi procurado para comentar a pesquisa, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.

    Fonte: Agência Brasil