Categoria: Educação

  • Governo do Japão abre inscrições para bolsas de estudo no país

    Governo do Japão abre inscrições para bolsas de estudo no país

    O governo japonês abriu inscrições para os programas de bolsas de estudos de 2023 do Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do país. Os candidatos selecionados terão a oportunidade de estudar em universidades japonesas como alunos de graduação, escola técnica ou curso profissionalizante, ou, ainda, de serem admitidos como alunos de pesquisa e conduzirem um projeto de mestrado ou doutorado no país.

    A bolsa é integral e inclui o pagamento de passagem aérea, isenção de taxas escolares e ajuda de custo mensal. O programa prevê, ainda, um curso de língua japonesa durante o primeiro ano. Para residentes no Distrito Federal, no Goiás e em Tocantins, as inscrições devem ser entregues para a embaixada do Japão, presencialmente ou por correio. Residentes em outras localidades deverão procurar o consulado do Japão na região.

    Neste mês está aberta a inscrição para o programa de pós-graduação. Os estudos no Japão terão início em abril de 2023, com duração de dois anos.

    Os candidatos devem cumprir uma série de requisitos, como escolaridade, proficiência em língua inglesa ou japonesa e idade máxima de 34 anos em abril de 2023. A seleção é composta de análise documental, provas escritas e entrevista. Em uma fase posterior, a documentação é enviada ao Japão para análise do ministério japonês.

    No caso das bolsas de graduação, escola técnica e curso profissionalizante, serão aceitos candidatos com ensino médio concluído até março de 2023 e com até 24 anos de idade em abril de 2023. As inscrições abrem no dia 1º de junho e se encerram no dia 24 do mesmo mês. Todas as bolsas possuem requisitos para inscrição.

    Informações adicionais estão disponíveis no site da embaixada e dúvidas podem ser esclarecidas no e-mail oferecido pela embaixada: [email protected].

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministério da Educação apresenta aplicativos para auxiliar estudantes

    Ministério da Educação apresenta aplicativos para auxiliar estudantes

    O Ministério da Educação (MEC) fez o pré-lançamento do aplicativo SouTec, que pretende estimular estudantes brasileiros a escolherem um curso técnico de acordo com cada perfil de interesse. O anúncio foi feito na feira Bett Brasil em São Paulo (SP), nessa quinta-feira (12). A previsão de lançamento é para o primeiro semestre de 2022.

    De acordo com informações da pasta, por meio da ferramenta, o estudante deverá responder questões que avaliam suas preferências relacionadas a atividades de trabalho. Quando terminar, terá acesso a um resumo e a um relatório completo explicando qual é o perfil vocacional. O foco são os quase 12 milhões de estudantes que estão nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano).

    “Essa demanda surgiu da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica [SETEC] do Ministério da Educação, que identificou a necessidade de os alunos brasileiros conhecerem os cursos profissionalizantes oferecidos pela rede federal de ensino. A ferramenta também pode ser utilizada por profissionais que desejam se reposicionar na carreira profissional, contribuindo para estimular a aprendizagem ao longo da vida”, divulgou o MEC.

    No evento, foi apresentado outro aplicativo Jornada do Estudante, que pretende unificar informações da trajetória dos estudantes. A ideia é que os estudantes possam consultar os seus registros educacionais e documentos pertinentes à sua trajetória, desde o primeiro ingresso em estabelecimento de ensino, público ou privado, até o nível superior e de especializações.

    Segundo o MEC, o aplicativo servirá também como mecanismo de comunicação, de modo que os estudantes recebam as novidades do governo federal voltadas à educação. O lançamento deve ocorrer também neste primeiro semestre.

    Os aplicativos serão disponibilizados gratuitamente na loja do gov.br para as plataformas Android e IOS.

    Fonte: Agência Brasil

  • CNH Digital poderá ser usada para identificar candidatos do Enem

    CNH Digital poderá ser usada para identificar candidatos do Enem

    A edição 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) conta com uma série de serviços digitais que facilitam a vida do estudante. Entre elas, a possibilidade de, pela primeira vez, os candidatos poderem usar a versão digital da carteira nacional de habilitação (CNH Digital) para se identificarem nos locais de prova e para fazerem suas inscrições.

    Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os documentos digitais serão aceitos pelos fiscais de sala no Enem, “desde que os candidatos os apresentem nos aplicativos oficiais do governo”.

    No caso da CNH Digital, o documento poderá ser exibido tanto no aplicativo do Gov.br quanto no da Carteira Digital de Trânsito. “Capturas de tela, fotos ou impressões dos documentos não serão válidos”, alerta o Inep.

    Um outro novo recurso disponibilizado aos candidatos é a de poder pagar as inscrições por meio de Pix ou de cartão de crédito. As inscrições para o Enem 2022 vão até o dia 21 de maio.

    Informações centralizadas

    A fim de centralizar informações e serviços implementados via plataforma gov.br ao público estudantil, foi criado também o site Perfil do Cidadão Brasileiro Estudante, espaço que é uma espécie de atalho que possibilita acessar uma série serviços voltados a estudantes da educação básica à superior.

    Para acessar o Perfil do Cidadão Brasileiro Estudante, clique aqui .

    Os serviços vão, desde obtenção e protocolação de documentos para acesso a programas do Ministério da Educação, até pesquisa sobre universidades, institutos e entidades educacionais, passando por serviços voltados a estudantes com deficiência e estrangeiros.

    Há também serviços para estudantes com deficiência e estrangeiros, biblioteca digital e informações sobre infraestrutura, trânsito e transportes de estudantes.

    Empregos

    O perfil permite ainda o cadastro de currículos e disponibiliza serviço de busca de vagas no Sistema Nacional de Emprego (Sine). Pode-se agendar entrevista com possíveis empregadores.

     

     

    Fonte: Agência Brasil

  • Congresso de educação apresenta proposta de escola mais inclusiva

    Congresso de educação apresenta proposta de escola mais inclusiva

    No terceiro dia da Bett Brasil, maior congresso de educação da América Latina, o eixo Inclusão e Diversidade apresentou os desafios para a inclusão e o respeito às diferenças. No painel Educação para a diversidade na prática, Sara York e Alexsandro Santos mostraram o quanto ainda é necessário a escola avançar para que seja um espaço de equidade, respeitando as diferenças. 

    “A cultura que pede para escola trabalhar na homogeneidade e na padronização impede a escola de ser um espaço de equidade. É na equidade que eu reconheço as diferenças. Precisamos fazer esse deslocamento de padronização para uma cultura das diferenças e da equidade”, afirmou o educador e doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) Alexsandro Santos. 

    O especialista disse que as famílias também precisam entender as diferenças, com práticas contrárias ao racismo e ao machismo, além de práticas capacitistas. Santos explica que, neste momento, há dois caminhos: “As escolas precisam desenhar processos formativos também para as famílias. É preciso ter uma trilha de formação com o tema da escola inclusiva, da escola da equidade, para explicar às nossas famílias. Uma parte importante das famílias vai se acalmar, vai nos apoiar quando fazemos esse processo formativo. Haverá uma outra parte que não quer fazer essa conversa”, lamenta o educador. 

    Para ele, três aspectos ainda estão frágeis na construção da escola inclusiva para todos os gêneros, as raças, as deficiências e as identidades. “[O primeiro é] A formação do professo. Mas uma formação no campo da didática, para ensinar em escolas nas quais os estudantes são diferentes e as diferenças são a potência da escola. O segundo ponto é preparar as escolas de ponto de vista da infraestrutura pedagógica. Faltam materiais didáticos, faltam ainda recursos para que os professores possam fazer esse trabalho”, elencou. 

    “E o terceiro campo é pensar como é que a gente reorganiza esses espaços educativos para que eles valorizem a diversidade, valorizem as diferenças de modo que as crianças se sintam bem, porque ninguém consegue aprender numa escola que nega a sua identidade”, disse. “Então, a gente precisa reorganizar os espaços educativos para que eles sejam ambientes inclusivos”, defendeu.

    A pedagoga Sara York, mulher transexual, ativista LGBTQIA+ e doutoranda em educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, disse que é necessário formação continuada dos professores para acolher a diversidade dos estudantes. “Precisa de capacitação técnica, formação continuada, mas não a formação continuada como nós conhecíamos no passado. A partir de 2018,  quando a gente tem a Ação Direta de Inconstitucionalidade 4275, que permite a retificação documental de qualquer brasileiro que se entenda dentro do espectro nome e gênero, a gente precisa entender que os processos de formação continuada gerarão políticas públicas diferenciadas daquelas que nós conhecíamos”. 

    A ADI 4275 definiu que pessoas transexuais e transgêneros têm o direito de alterar nomes e sexo no registro civil sem a necessidade de realizar cirurgia de redesignação sexual e apresentar laudo médico pericial. Na opinião da educadora, um dos problemas centrais na educação hoje, é inserir, na escola, todos os sujeitos. “Se, na sua escola, falta indígena, há algum problema. Se, na sua escola, faltam pessoas negras em posições de poder, há algum problema”, lamenta a educadora. 

    Respeito às diferenças

    No mesmo eixo, o escritor Mauricio Moniz e a professora Doani Emanuela Bertan, conversaram sobre suas experiências na escola: ele, como pai de uma jovem com Atrofia Muscular Espinhal e ela, como professora de Libras, além de idealizadora e responsável pelo Canal Sala8! , que dá suporte para aulas de Matemática e Língua Portuguesa a estudantes surdos. 

    Para a educadora, pessoas com deficiência precisam de representatividade e escuta, principalmente na elaboração de leis e projetos que possam influenciar diretamente em suas vidas. 

    “Acredito que o primeiro passo é a representatividade, é dar voz a essas pessoas que são pessoas com deficiência e que realmente sabem o que elas passam e vivenciam. Não dá mais para uma pessoa sem deficiência se colocar no lugar do outro e decidir por eles. Espero que eles possam ter voz e decidam por si também”, defende Doana. 

    O escritor Mauricio Moniz detalhou a experiência positiva de acolhimento que teve na escola em que a filha, hoje com 22 anos, estudou em Rio das Ostras (RJ). “Ela era cadeirante e eles não tinham nenhuma experiência, mas aceitaram o desafio. Essa foi a primeira iniciativa e, depois, eles continuaram nesse processo de incluí-la no dia a dia das atividades com a participação dos pais. Então, acredito que é fundamental acolher, envolver os pais, que são quem conhece melhor os seus filhos. Esse foi o caminho principal que trilhamos e aí todas as diferenças ficaram pequenas quando a gente teve esse acolhimento e iniciativa”.

    A Bett Educar segue até sexta-feira (13), com uma grade também de palestras gratuitas e feira com produtos e serviços voltados à educação no Transamérica Expo Center, na capital paulista.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ganhadores do Redação Nota 10 participam de premiação em visita a Curitiba

    Ganhadores do Redação Nota 10 participam de premiação em visita a Curitiba

    Os estudantes e professores premiados no concurso Redação Nota 10, que aconteceu em outubro de 2021, estão em Curitiba para visitar pontos turísticos e receber seus certificados. Nesta quarta-feira (11), fizeram uma visita guiada a exposições em cartaz no Museu Oscar Niemeyer e conheceram o Centro Histórico da Capital. Em seguida, participaram da cerimônia de premiação, que aconteceu no Memorial de Curitiba.

    Entre os premiados, está o estudante de 14 anos Ademir Karahí Martines, do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, em Diamante d’Oeste. Os professores e alunos da escola, que fica na aldeia indígena Tekoha Anetete, usam a plataforma Redação Paraná para praticar a escrita e fazer a correção de textos.

    Em sua redação, Ademir propôs maneiras de combater o racismo. “Primeiramente, temos que ter respeito pelo diferente, como nós, indígenas. É preciso tratar como iguais, porque somos iguais, é só a cultura que é diferente”, disse o estudante.

    José Alves é professor de Ademir e conta que seus alunos estão se saindo bem na plataforma. “Com projetos como o Redação Paraná, o aluno tem vontade de estudar mais. E é importante que eles tenham cada vez mais oportunidades de estudar”, disse o professor, que leciona o guarani.

    Ao todo, foram premiados 64 estudantes da rede estadual — dois de cada um dos 32 Núcleos Regionais de Educação (NRE) ao redor do Estado, sendo um aluno do ensino fundamental e outro do ensino médio.

    Os estudantes do ensino fundamental escreveram artigos de opinião sobre o tema “Como combater o preconceito e a desigualdade étnico-racial na sociedade brasileira”. Já os do ensino médio fizeram texto dissertativo-argumentativo sobre “Como preservar o meio ambiente sem prejudicar o desenvolvimento econômico”.

    “Escrevi sobre o que a gente poderia fazer para acabar com o racismo e sobre como pessoas negras têm menos oportunidades. Falei sobre o que fazer para que isso não aconteça mais”, disse Mateus Terra, de 12 anos, que cursa o 8° ano do ensino fundamental no Colégio Estadual Vital Brasil, em Maringá.

    Quanto aos professores que orientaram os estudantes na produção das redações, também foram premiados os 64 com os melhores resultados — dois de cada NRE, um do ensino fundamental e um do ensino médio.

    Judith Bedê, professora de Mateus, conta que usa o Redação Paraná desde o lançamento da plataforma. “Foi muito legal trazer o Mateus, conhecer o museu, conversar com pessoas dos outros núcleos. É sempre uma nova experiência”, disse a professora, que leciona Língua Portuguesa. 

    REDAÇÃO PARANÁ– O objetivo do concurso Redação Nota 10 é engajar os estudantes na elaboração de textos por meio da Redação Paraná, uma plataforma para o desenvolvimento de produção textual que trabalha de forma integrada com o professor. Com inteligência artificial baseada em mais de 2,5 mil regras de linguagem, a plataforma corrige a parte gramatical do texto, enquanto o professor fica responsável por corrigir a parte discursiva e subjetiva.

    Além de identificar erros de ortografia, pontuação, redundância, semântica e sintaxe, por exemplo, a ferramenta traz explicações sobre os erros cometidos, propõe uma pontuação prévia para os textos e tem um mecanismo que evita o plágio, impedindo as opções copiar/colar.

    A proposta, portanto, é beneficiar tanto os estudantes, que poderão treinar e aperfeiçoar a escrita para alcançar melhores resultados nas redações (sejam as da escola, do vestibular ou do Enem), quanto os professores, que poderão focar na argumentação e nas ideias do texto, devido à pré-correção rápida e otimizada feita pela ferramenta.

    Fonte: Secom Paraná

  • Inep divulga resultado da primeira etapa do Revalida 2022

    Inep divulga resultado da primeira etapa do Revalida 2022

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quarta-feira (11) o resultado final da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022/1. Os participantes podem conferir se atingiram a pontuação necessária, por meio do Sistema Revalida .

    A primeira parte do exame foi aplicada no dia 6 de março, em oito cidades. Também estão disponíveis as respostas sobre os recursos referentes aos resultados preliminares da prova discursiva. Os participantes que passaram nesta primeira etapa estão aptos a se inscrever na segunda a partir desta sexta-feira (13).

    Os candidatos aprovados na prova teórica que reprovaram na parte prática das edições 2020 ou 2021 do Revalida também podem se inscrever diretamente na etapa de habilidades clínicas do Revalida 2022/1. A aplicação ocorrerá nos dias 25 e 26 de junho.

    Revalida

    Aplicado desde 2011 pelo Inep, o Revalida busca subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior.

    O exame é composto por duas etapas (teórica e prática) que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). Para participar da segunda etapa, é necessário ter sido aprovado na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva.

    As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional. O objetivo é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Quantidade de vezes que fez o RevalidaTaxa de participaçãoTaxa de aprovação em relação ao grupo por quantidade de vezes1 vez26,70%20%2 vezes19,40%7%3 vezes36,30%4%4 vezes9,50%5%5 vezes5,30%4%6 vezes2,20%2%7 vezes0,30%4%8 vezes0,20%27%9 vezes0,10%0%

    Fonte: Agência Brasil

  • Congresso de educação debate caminhos para inclusão nas escolas

    Congresso de educação debate caminhos para inclusão nas escolas

    O segundo dia do maior congresso de educação da América Latina tratou do eixo Inclusão e Diversidade. A Bett Brasil apresentou hoje (11) os desafios para a educação inclusiva, a democracia na inclusão digital e a criação de uma escola justa e respeitosa.

    No painel Como Desenvolver um Educador Inclusivo, as especialistas Marta Gil e Elaine Brandão falaram de suas experiências sobre inclusão de pessoas com deficiência na escola e a formação de professores.

    “O professor inclusivo aposta na qualidade de todos os alunos. Ele não vê apenas a cadeira de rodas, por exemplo, ele vê o aluno e não a condição dele. O educador inclusivo sabe que a educação é direito de todos. O educador inclusivo é disruptivo, chega e muda tudo dentro de nós”, disse Marta Gil, coordenadora do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas, ONG que trabalha pela inclusão de pessoas com deficiências.

    Para ela, o cenário de volta às aulas presenciais pós-pandemia de covid-19 é desafiante. “Mas, a educação inclusiva traz alternativas porque trabalha com estratégias concretas que respeitam características, condições e tempo de cada aluno”.

    Marta indicou o Guia do Educador Inclusivo como leitura fundamental para entender o universo.

    Elaine Brandão, mediadora de processos educacionais participativos da Associação Educacional Labor, falou como o professor da educação inclusiva se desenvolve:

    “Precisamos fazer as adequações metodológicas, dar a cada um o que cada um precisa. A educação inclusiva é interação na relação, é uma busca coletiva de inovação. Tem um novo olhar”.

    Ela observou ainda que, na prática, o educador inclusivo precisa ter cuidado com procedimentos e atitude, com supostas ‘brincadeiras’ que, na verdade, não são brincadeiras. “Brincadeira é quando duas pessoas se divertem”, completou. “É preciso ter ainda o diálogo permanente e sensível ao outro – o que o outro tem para dizer importa”. E finalizou: “Incluir é ter a certeza de que o lugar de todos é dentro da escola”.

    Inclusão digital

    No painel Educação, Democracia e Diversidade, Thomaz Galvão e Américo Mattar trataram das dificuldades e soluções para que a conectividade chegue – e funcione – em todas as escolas brasileiras, principalmente as mais carentes e distantes.

    “Para superar a questão da conectividade, a gente tem que garantir o acesso à tecnologia para dentro da porta da escola, depois de boas contratações de pacotes de internet para essa escola ter um alto índice de qualidade, de velocidade e depois equipamentos na escola para garantir, em termos técnicos, acesso ao estudante”, detalhou Galvão, responsável por inteligência de negócios da MegaEdu, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para levar internet de alta velocidade a escolas públicas do país.

    “São desafios que vão ser superados a partir de articulações de políticas públicas. Ao entender o cenário, como está ostatusdas escolas, criamos um diagnóstico robusto e trabalhamos com cada diretor, garantindo a conectividade. Não tem uma fórmula mágica para ser igual em todas as escolas. Vamos entender a característica singular de cada escola e criar um plano de conectividade que atenda as necessidades das escolas”.

    Para o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Américo Mattar, universalizar a internet não é pensar que a tecnologia sozinha vai resolver todas as questões.

    “Universalizar não significa ter uma bala de prata que vai resolver todos os problemas. Temos que preparar os educadores das redes de ensino pra que isso seja institucionalizado na política pública”.

    Ele lembra ainda que, além da conectividade, é preciso a manutenção tecnológica periódica. “Não basta a gente conectar. Para manter isso, o estado tem que acessar os recursos da PIEC [Programa de Inovação Educação Conectada]. Tem que ter recursos para fazer a manutenção, garantir que a internet continue funcionando. É um olhar sobre cada necessidade, de cada região, para que a gente possa atender e efetivamente ser mais equânime. Não dá pra continuar com a tecnologia concentrada somente nos alunos de maior poder aquisitivo”.

    Escola justa e respeitosa

    O primeiro painel do dia do eixo Inclusão e Diversidade, tratou do tema Como Criar uma Escola Justa e Respeitosa. A Irmã Adair Aparecida Sberga contou suas experiências com o voluntariado estudantil. Ela percebeu, ao longo de sua trajetória, que as ações voluntárias realizadas pelos estudantes podem despertar o respeito pelo próximo.

    “Quando você tem pessoas na sociedade que praticam o voluntariado ele tem uma grande incidência de transformação da realidade. Por que cada pessoa tem uma riqueza única e insubstituível e pode dar uma contribuição valiosa para a comunidade. As relações interpessoais justas e respeitosas só vão existir se a gente praticar”, acredita Irmã Adair, diretora da Associação Nacional da Educação Católica (Anec).

    Além dela, participou do painel a diretora pedagógica da Rede Salesiana Brasil, Neusa Maria Bueno Ribeiro Rosa. Para ela, construir uma escola justa e respeitosa é também desconstruir antigos modelos.

    “Eu defendo o espaço de aula, por isso toda vez que temos algo que não está indo no rumo correto temos que ver como podemos ajustar essas questões. E aí, juntos, precisamos desconstruir alguns modelos que estão enraizados e que não respondem mais às questões da sociedade de hoje. Coragem é fundamental para levar as possibilidades de mudança”.

    Fonte: Agência Brasil

  • Enem 2022 tem 1 milhão de inscritos no primeiro dia

    Enem 2022 tem 1 milhão de inscritos no primeiro dia

    O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, anunciou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 registrou 1 milhão de inscritos em apenas um dia. Os candidatos têm até o dia 21 de maio para fazerem a inscrição. Se esse ritmo for mantido, a previsão é de que o total supere o do ano passado, quando 3 milhões de estudantes se inscreveram para a prova.

    Para a inscrição ser efetivada, é preciso pagar a taxa de R$ 85. O pagamento pode ser feito por PIX, cartão de crédito ou por boleto bancário até o dia 27 deste mês.

    Os estudantes que obtiveram o direito à isenção desse valor (como os alunos da rede pública) também devem se inscrever ou não poderão prestar o Enem.

    Como fazer a inscrição

    O interessado em prestar o Enem 2022 deve acessar a página do participante .

    No momento da inscrição, o candidato escolhe se quer fazer a prova de língua estrangeira em inglês ou espanhol. Ele escolhe também se quer o exame impresso ou digital e diz se precisa de algum atendimento especial (acessibilidade, por exemplo).

    O estudante também preenche um questionário socioeconômico, informa se já concluiu o ensino médio e outras informações cadastrais.

    Provas

    As provas serão nos dias 13 e 20 de novembro. Pela primeira vez, o candidato poderá apresentar a versão digital de documento de identificação no dia da prova. Serão aceitos e-título, Carteira de Habilitação Digital ou RG Digital. O candidato deverá abrir o aplicativo e apresentar ao fiscal. Capturas de tela não serão aceitas.

     

    Ouça na Radioagência Nacional:

    Foto: Reprodução/Agência Brasil
    Foto: Reprodução/Agência Brasil

     

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    Fonte: Agência Brasil

  • MEC cria grupo para formular políticas para alfabetização de surdos

    MEC cria grupo para formular políticas para alfabetização de surdos

    O Ministério da Educação (MEC) criou um grupo de trabalho para elaborar projeto de abordagem para a alfabetização de surdos. A portaria que cria o grupo foi publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União .

    O projeto servirá como subsídio para a formulação de políticas públicas para educandos surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas.

    O grupo de trabalho será composto por cinco representantes: um da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), um da Secretaria de Alfabetização (Sealf), um de Instituição Federal de Ensino Superior, com experiência na educação infantil de surdos, um de Instituição Federal de Ensino Superior, com experiência nas séries iniciais do ensino fundamental de surdos, e um de Instituição Federal de Ensino Superior, que possua pesquisas e estudos na alfabetização e educação de surdos.

    O GT será coordenado pelo titular da diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos. Poderão ser convidados representantes de órgãos e entidades públicas, bem como especialistas na temática, para participar das reuniões. O grupo terá duração de seis meses, podendo ser prorrogado uma vez por igual período.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministro diz que recuperação da aprendizagem é o principal desafio

    Ministro diz que recuperação da aprendizagem é o principal desafio

    Há poucos dias do lançamento da Politica Nacional de Recuperação da Aprendizagem, o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, que assumiu a pasta há três semanas, afirmou hoje (10) que o principal desafio a ser enfrentado é o déficit na educação.

    “Nossos principais desafios são a recuperação das aprendizagens. A gente tem um déficit não só decorrente da pandemia, mas temos também as deficiências do próprio sistema educacional brasileiro”, disse.

    O ministro disse que há ainda “o desafio enorme de trazer as crianças de volta [para a escola], que abandonaram o estudo”. Lembrou também que é preciso levar a inovação e a tecnologia para dentro das escolas.

    O ministro participou nesta terça-feira da abertura da Bett Educar, maior congresso de educação da América Latina, que após dois anos em formatoonline, por causa da pandemia, volta em edição presencial. O congresso acontece durante toda a semana, com palestras e oficinas voltadas à educação e inovações para a área.

    Em sua fala, o ministro Victor Godoy disse que a Política Nacional de Recuperação das Aprendizagens, a ser lançada este mês, se baseia em três eixos: recuperação das aprendizagens, combate à evasão e incentivo à inovação e tecnologia.

    O ministro disse que o primeiro eixo dessa recomposição é o diagnóstico, o reengajamento dos estudantes e a recomposição das aprendizagens. O segundo eixo, é o combate à evasão escolar, com a perspectiva de recuperar aqueles alunos que já estão fora das escolas. “E nós já tivemos iniciativas concretas nesse sentido, o disque 100 [para denunciar crianças fora das escolas], para que o conselho tutelar e as redes de apoio dos estados e municípios possam ir atrás daquele estudante e trazer de volta para escola”.

    O ministro anunciou como outra medida para evitar a evasão escolar, um aplicativo que ajuda a prever a evasão escolar. “Também trabalhamos numa perspectiva preditiva, com um aplicativo em desenvolvimento, para indicar aos diretores das escolas os alunos que têm um risco maior de evasão escolar”

    O terceiro eixo dessa política, segundo o ministro, é a inovação e a conectividade para dentro da educação brasileira.

    Enem

    O ministro da Educação manifestou uma expectativa muito positiva  para o Enem deste ano, que, segundo ele, mantém o modelo do anterior “A gente está pensando já o Enem do futuro, que é o Enem já alinhado com o novo ensino médio. Mas esse Enem está sendo trabalhado, temos toda a perspectiva de correr tudo com muita tranquilidade, com muito sucesso”.

    Quanto ao banco de itens da prova, o ministro Victor Godoy disse que já está em andamento. “Nós temos um já em andamento, a padronização do banco de itens, e temos itens suficientes para fazer a prova deste ano. É um trabalho para atualizar o banco, que ficou muitos anos sem o trabalho do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] de fazer essa atualização”, disse.

    Fonte: Agência Brasil