A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou edital com 131.102 vagas em cursos de graduação e especialização, voltadas, principalmente, para a formação de professores da educação básica por meio do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os números estão no resultado da seleção do Edital nº 09/2022 , publicado noDiário Oficial da União.
As propostas selecionadas foram apresentadas por universidades e institutos da rede pública dos 26 estados e do Distrito Federal. São 369 cursos de licenciatura, como pedagogia, letras, matemática e educação física, além de 220 especializações, entre as quais gestão escolar, informática, métodos e técnicas de ensino e saúde na educação.
Universidade Aberta
Criado em 2006, o sistema UAB leva a universidade pública a locais distantes e isolados do país pela modalidade educação a distância (EaD). Isso facilita iniciativas que estimulam a parceria governamental — federal, estadual e municipal — com 139 instituições de ensino superior.
Atualmente, são 121 mil alunos matriculados em 967 polos instalados em 850 municípios.
O objetivo é contribuir para a Política Nacional de Formação de Professores, com ofertas de vagas prioritariamente voltadas ao preparo de profissionais para trabalhar com a educação básica.
As inscrições para a 38ª edição da Olimpíada de Matemática da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão abertas até o próximo domingo (10). A competição, organizada pelo Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp (Imecc), é voltada para estudantes dos 8º e 9º anos do ensino fundamental e para os alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares.
Após duas edições totalmente feitas em modo virtual, em razão da pandemia de covid-19, a Olimpíada de 2022 terá as duas primeiras etapas realizadas de forma virtual, e a terceira em modo presencial, na Unicamp. A primeira fase ocorrerá de 25 de abril a 1º de maio; a segunda, de 30 de maio a 5 de junho; e a terceira fase será realizada presencialmente na Unicamp, no dia 3 de setembro.
“Com uma proposta diferente de outras competições de matemática, para participar da OMU [Olimpíada de Matemática da Unicamp] é preciso formar equipes com três estudantes, além de um professor responsável. O objetivo é que os participantes discutam e, juntos, busquem soluções para os problemas e desafios apresentados”, destaca a Unicamp em comunicado.
As provas serão divididas em dois níveis: alfa – para alunos de 8º e 9º anos do ensino fundamental; e beta – para alunos do ensino médio. Os alunos do nível beta, classificados para a última etapa, poderão concorrer a uma medalha individual.
Começa hoje (4) o prazo para pedir a isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. O pedido pode ser feito até o dia 15 de abril. A taxa de inscrição da última edição do exame foi R$ 85. Os pedidos devem ser feitos na Página do Participante .
O mesmo prazo, de 4 a 15 de abril, vale para os estudantes isentos no Enem 2021 que por algum motivo faltaram no dia da prova e que desejam fazer o Enem 2022 gratuitamente. Esses estudantes devem também enviar documentos que justifiquem a falta.
Os resultados, tanto da justificativa de ausência quanto da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, serão divulgados no dia 22 de abril, na Página do Participante. Quem tiver o pedido negado poderá recorrer entre 25 e 29 de abril. O resultado dos recursos será divulgado no dia 6 de maio.
O pedido de isenção não garante a participação no exame, para isso é preciso ainda fazer a inscrição no Enem 2022. Os estudantes devem ficar atentos ao cronograma do exame, que será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Direito à isenção
Pelas regras do Enem, têm direito de fazer o exame gratuitamente todos os participantes que estão cursando a última série do ensino médio este ano em escolas públicas. São isentos também os participantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou que sejam bolsistas integrais em escolas particulares. Esses candidatos precisam ter renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.818 por pessoa.
Têm direito ainda à isenção os participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda, e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Nesse caso, os interessados deverão informar o Número de Identificação Social (NIS) único e válido.
Justificativa
Os participantes que tiveram a isenção aprovada no Enem 2021 e que não compareceram às provas precisarão justificar a falta para obter novamente a isenção. Para isso, é necessário enviar documentação que comprove o motivo da ausência. Todos os documentos deverão estar datados e assinados e não serão aceitos documentos autodeclaratórios ou emitidos por pais ou responsáveis.
A lista com os documentos aceitos está no edital publicado no Diário Oficial da União , entre eles atestados médicos e boletins de ocorrência. Somente serão aceitos documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2 MB.
O Enem 2022 será nos dias 13 e 20 de novembro . As notas do Enem podem ser usadas para ingressar no ensino superior, em universidades públicas e privadas e para participar de programas federais, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicou esta semana edital para a inscrição de obras no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2024. Nessa edição, o programa prevê a aquisição de obras didáticas, literárias e recursos educacionais digitais para estudantes e professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Os livros selecionados serão usados entre 2024 e 2027 nas escolas públicas do país.
A novidade é que o edital prevê, além das tradicionais obras impressas, a aquisição de livros digitais-interativos. Os editores interessados em participar devem ficar atentos ao cronograma, que começa em julho deste ano. O edital pode ser consultado na internet.
As obras serão selecionadas em três grupos. O Objeto 1 é voltado para a escolha de livros didáticos por componente curricular e em versão impressa e digital-interativa, com a abordagem de todas as competências gerais, específicas e as habilidades estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O grupo Objeto 2, por sua vez, trata das coleções de Recursos Educacionais Digitais (REDs), que devem ser inscritas por componente curricular e apenas em versão digital-interativa. Já o Objeto 3 abarca obras literárias em língua portuguesa e inglesa. Elas devem ser inscritas em versão impressa e digital-interativa e em duas categorias específicas: Categoria 1, para o 6º e 7º ano do ensino fundamental, e Categoria 2, para o 8º e 9º ano.
O PNLD compreende um conjunto de ações voltadas para a distribuição de obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, destinadas a estudantes e professores das escolas públicas de educação básica do país. A cada edição, o programa é voltado para uma etapa de ensino.
Veja os períodos de inscrição de cada objeto:
–Obras Didáticas(Objeto 1) – das 9h do dia 25 de julho às 18h do dia 5 de agosto de 2022
–REDs(Objeto 2) – das 9h do dia 10 de outubro às 18h do dia 21 de outubro de 2022
–Obras Literárias(Objeto 3) – das 9h do dia 12 de setembro às 18h do dia 23 de setembro de 2022.
Cerca de 5 mil brasileiros buscam a França para dar continuidade aos seus estudos. Para garantir que a língua não seja uma barreira, a Embaixada da França no Brasil desenvolveu, com o apoio da Agência Universitária da Francofonia, um programa que combina a aquisição das competências em francês com objetivos acadêmicos e interculturais: o Franmobe (Francês para Mobilidade Estudantil).
A partir deste mês, o programa será desenvolvido em todo o território nacional, por meio da rede de 35 instituições parceiras, entre institutos federais e universidades federais. O Franmobe tem como objetivo formar, em francês, os estudantes brasileiros não falantes desse idioma e apoiá-los na construção de seus projetos de mobilidade junto a uma universidade francesa ou francófona.
“O curso Franmobe foi concebido para os estudantes iniciantes a fim de permitir que, num espaço de tempo limitado, possam se capacitar efetivamente para uma mobilidade francófona. Ele se baseia em quatro projetos: planejamento de sua mobilidade – preparação para a vida estudantil – elaboração de seu projeto de mobilidade – preparação e apresentação de seu dossiê de candidatura. Ao final deste curso, o estudante é capaz de estudar em francês e de progredir na cultura francófona do país anfitrião”, explicou o diretor para América Latina da Agência Universitária da Francofonia (AUF), Gilles Masles.
O programa auxilia na construção do percurso acadêmico, voltado para acompanhar o estudante na idealização, na construção e na avaliação do seu projeto de mobilidade acadêmica junto a uma universidade francesa ou francófona.
O curso busca melhorar as chances de uma integração bem-sucedida do estudante não apenas no meio acadêmico, mas na vida cotidiana nos países de língua francesa, tornando a experiência de estudos no exterior mais rica, produtiva e interessante.
De acordo com Masles, o projeto Franmobe é implementado nos institutos federais/Cefets e nas universidades federais parceiras, com apoio dos departamentos de Relações Internacionais e dos coordenadores dos cursos de línguas.
“É ensinado nos centros de línguas e inclui jovens professores brasileiros de francês em treinamento, assim como assistentes franceses (dentro de um programa de cooperação franco-brasileira)”, afirmou. “A primeira experiência permitiu que o sistema didático fosse testado e consolidado. Este feedback validou os objetivos de aprendizagem e testou sua eficácia: a autonomia dos estudantes e sua capacidade de projeção profissional foram assim colocados no centro da abordagem de um projeto de mobilidade”, acrescentou o diretor.
O material de referência é gratuito e disponibilizado para todos os professores de francês que trabalham no ensino superior. Uma abordagem colaborativa de co-construção permite que o guia seja complementado no futuro pelos professores-usuários do Franmobe.
Guia
Para a estudante do 8º semestre engenharia mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cristiane Monteiro, de 23 anos, o curso ajudou a concretizar a primeira etapa de realizar o sonho de fazer um mestrado na Bélgica.
“O Franmobe foi um guia, já que tenho vontade de fazer um mestrado em um país francófono. Então, foi como uma guia de como me programar, me planejar e fazer um projeto. Achei que foi uma experiência muito válida”, disse. “Já impactou minha carreira no sentido de que antes eu tinha só uma ideia, um sonho. Era tudo abstrato, só tinha uma vontade de fazer o mestrado, sem nada definido e agora eu já tenho um projeto. [Com Franmobe] tirei essa ideia e passei para o papel, agora já é algo mais concreto”.
Embora já tenha tido a experiência de um intercâmbio de cinco semanas na França, para estudar o idioma, a estudante ressaltou a importância de reforçar aspectos gramaticais e conversação no curso.
“Voltei a ter contato com a língua, voltei a estudar. A gente tem contato com gramática mais para relembrar, passando em alguns pontos da língua francesa. O que achei muito válido para mim foi a questão da conversação e o treinamento, porque eu não estava em contato com a língua”, disse.
O estudante Rian Pereira Fernandes teve apenas duas semanas de aula na Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo (USP) quando a pandemia de covid-19 começou, em 2020. Calouro, ele tinha acabado de ingressar na universidade quando as aulas presenciais foram interrompidas para dar lugar ao ensino remoto.
“A questão do online foi bem complicada. A situação mental era bem importante e foi um pouco abalada, mas acho que a questão acadêmica e de convivência tiveram prejuízo também.”
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Depois de dois anos estudando pela internet, o jovem disse que está animado com o retorno presencial – que teve início, para parte dos estudantes da USP, no dia 14 de março.
“Estou feliz porque estou vendo meus amigos e tendo aulas de verdade. Mas tem coisas que tiram um pouco da nossa felicidade: os ônibus lotados, o bandejão sempre cheio. Tem dias que minha aula termina ao meio dia e recomeçam às 14 horas, às vezes, eu não consigo almoçar. Ontem mesmo eu não consegui almoçar nem jantar, porque as filas estão imensas. Estou feliz de ver as coisas voltando ao normal, mas algumas coisas poderiam voltar melhor”, lamenta.
Apesar das dificuldades universitárias, ele acredita que o retorno às aulas no campus será melhor para todos. “O contato humano está compensando, queria que voltasse ao presencial, porque eu sinto que nos dois anos de pandemia eu não aprendi muito, não tanto por conta dos professores, mas, no online, se perde o contato e, no presencial, o professor vê como os alunos entenderam. As aulas estão sendo mais didáticas, estão fluindo melhor, o conteúdo não é dado com pressa, é um ponto muito positivo e que eu esperava muito”.
A reportagem daAgência Brasilesteve na cidade universitária da USP, na zona oeste da capital paulista, para conversar com os alunos que retornavam aos bancos universitários depois de dois anos de estudos online, durante o período mais crítico do surto sanitário mundial. A maioria dos entrevistados comemora a possibilidade de poder voltar a ter contato com colegas e professores.
Recepção
Assim como Rian, mais 100 mil alunos de graduação e pós-graduação que estão no segundo e terceiro anos de curso tiveram a oportunidade de frequentar os campi nos últimos 15 dias – alguns deles, pela primeira vez. A semana de recepção na USP também contou com cerca de 11 mil estudantes que ingressaram neste ano pelo vestibular da Fuvest e pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Passada a primeira semana de recepção aos calouros com atividades de integração, começaram as aulas para valer. Algo muito sonhado pela estudante Lívia Coimbra Muniz Cordeiro, de 19 anos, que saiu de Sumaré, no interior de São Paulo, para cursar Letras na USP.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
“Sou uma pessoa de baixa renda, então passar aqui é uma vitória. Não fiquei tanto tempo pensando na situação da pandemia, se voltaria ao presencial, porque só de estar aqui já era uma grande glória na minha vida, por todas as dificuldades que passei, conseguir passar por tudo e hoje em dia eu estou estudando na maior universidade da América Latina”, comemora.
A USP é considerada a melhor universidade latino-americana, de acordo com o ranking formulado pela US News College.
Para a universitária, o retorno às aulas presenciais era muito esperado, mesmo com algumas desvantagens. “O ensino a distância teve o lado bom e o ruim. O bom é que a gente tinha muito mais tempo para se organizar porque estava na nossa casa, podia ler os textos, as provas não eram presenciais, tinha mais tempo para fazer os trabalhos, então acho que essa questão de organização acadêmica era um pouco mais fácil, até porque também não tinha tanto contato social. Eu me disperso um pouco quando tem gente conversando. Eu gosto muito de conversar. Mas ficar isolado é bom para estudar”.
O lado ruim, na avaliação dela, era a falta do contato acadêmico real. “Vivendo na sala de aula, comendo no bandejão, as interações com os professores. É uma experiência única, se você não tiver não pode falar que você a fez universidade, porque não é a mesma coisa”, opina Livia que passou no vestibular em 2021.
Colega de sala de Livia, a estudante Joyce de Sousa Silva, de 20 anos, moradora de São Paulo, afirmou que a vida universitária não se limita aos estudos.
“Percebo, agora, presencialmente, que a faculdade é muito mais do que você estar numa aula lendo livros. Adoro os livros, o que os professores ensinam, mas a faculdade é uma coisa muito diferente. Também tem sido menos estressante do que era no ensino a distância. Aqui, além de estudar, eu relaxo e converso com os amigos. Ver os meus colegas além da tela tem sido muito bom”.
Já para Gabriel Azevedo Alves, 19 anos, que saiu de Iporá, no interior de Goiás, para estudar Letras, o tempo no EAD foi bom para que ele pudesse organizar a mudança.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
“Quando eu passei na USP, foi completamente novo, porque teve a distância física e também a distância social, ambas complicadas, mas o EAD proporcionou pelo menos que eu pudesse me organizar melhor para me mudar. Tem sido muito interessante porque durante o ano de EAD a gente não teve a experiência da vivência acadêmica. Então eu me senti muito órfão da faculdade”, lamenta.
O relacionamento com os professores e a visão das disciplinas também mudaram na percepção de Gabriel.
“É muito incrível porque aula expositiva é muito chata a distância. As aulas que eu não gostava antes, agora eu gosto porque eu estou dentro de uma sala de aula, em contato com o professor e é muito mais interessante. Os professores eram meio ríspidos no ensino a distância e agora estão mais tranquilos. Não sei se foi a euforia de estar dentro da sala de aula ou se é um lugar mais tranquilo para eles, mas as aulas têm corrido muito melhor”, detalha.
Recolocação
Calouro de jornalismo, o estudante Guilherme Castro de Sousa, 22 anos, havia começado outro curso em 2019, mas, com a chegada da pandemia e das aulas online, trancou o segundo ano.
“Fiz um ano presencial do curso de cinema quando bateu a pandemia e eu tranquei o curso. Agora que está voltando presencial é uma maravilha porque acho que não é a mesma experiência, eu não conseguia acompanhar por EAD, não me encaixei de jeito nenhum. Agora dá para sentir que eu estou fazendo realmente uma faculdade, principalmente começando na USP com o campus desse tamanho, até ficar na fila é uma felicidade pra mim!”, brinca o estudante, que saiu de Teresina, no Piauí, para estudar em São Paulo.
A estudante Ana Mércia Mendes Brandão, de 19 anos, começou a estudar psicologia em 2020, mas, com a chegada da covid-19, também desistiu do curso.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
“A pandemia começou na minha primeira semana de aula. Foi um choque muito grande e foi um desastre, odiei o curso e eu não sei dizer se foi por causa do ensino a distância ou foi porque não era para mim mesmo”, afirma a estudante que é conterrânea de Guilherme.
Hoje estudante do primeiro ano de jornalismo, ela afirma que as aulas presenciais têm sido revigorantes. “Para mim, estar aqui é um recomeço, a pandemia foi realmente muito difícil para mim, no sentido de saúde mental. Agora, eu tenho um sentimento de querer fazer dar certo. Ter aulas presenciais é tudo para mim”, comemora Ana Mércia.
Protocolos de segurança
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Como as atividades na universidade são realizadas predominantemente em ambientes fechados, a USP estabeleceu como protocolo o uso contínuo de máscaras em todos os espaços.
Além disso, os novos alunos precisam apresentar a comprovação de vacinação contra a covid-19 (esquema vacinal completo). Professores, funcionários e estudantes de anos anteriores também tiveram que anexar o comprovante no sistema computacional da USP. Ele será obrigatório em todas as atividades desenvolvidas nos campi da universidade.
Para Guilherme, os jovens universitários estão cientes de suas obrigações e cumprindo regularmente os protocolos sanitários estabelecidos pela universidade.
“As pessoas parecem bem conscientes. É bem mais tenso, por exemplo, na academia. Mas aqui, na faculdade, eu me sinto muito mais tranquilo, muitos espaços abertos, dentro da sala todo mundo de máscara e vacinado.”
A estudante Joyce compartilha desse sentimento de segurança. “O que mais me deixa segura é saber que todos estão vacinados, porque é uma exigência, se eu não tivesse vacinada, com certeza, me sentiria completamente insegura aqui, isso foi um ponto essencial para voltar, senão ninguém teria voltado, os professores principalmente”.
O Instituto Fundepar realizou neste mês a licitação para o registro de preços da futura compra de carnes congeladas destinadas ao Programa de Alimentação Escolar para toda a rede estadual de ensino. A previsão, segundo o Departamento de Nutrição e Alimentação do Fundepar, é que o investimento possa chegar a R$ 120 milhões nos próximos 12 meses na compra de carnes bovina, suína, aves e peixes para a merenda escolar.
Ao contrário de compras passadas, a nova licitação vai possibilitar a compra de uma maior variedade de tipos de carne, uma vez que foram registrados preços de 27 produtos diferentes – a expectativa é que cerca da metade dessas opções seja efetivamente comprada e chegue aos refeitórios das instituições de ensino. Entre as opções, estão diferentes cortes de carne bovina (em iscas, cubos, moída), frango em tiras, coxa e sobrecoxa, filé de peito de frango, cortes suínos, linguiças, empanados de aves e peixes e filés de tilápia, por exemplo.
Após o pregão eletrônico, o Fundepar realizou a análise dos alimentos para poder habilitar a compra das propostas apresentadas. Na alimentação escolar estadual, os alimentos passam por análises técnicas, como a sensorial, na qual dez avaliadores treinados experimentam os produtos e decidem se aprovam ou não os alimentos, escolhendo conforme atributos pré-definidos.
Além disso, o produto passa pela análise da rotulagem e composição nutricional, na qual três avaliadores fazem as verificações necessárias; tudo isso é feito para garantir que os produtos estejam de acordo com as especificações técnicas previstas em edital. Caso algum produto seja reprovado em algum critério, é convocado o próximo, até que o produto proposto atenda todos os critérios de qualidade estabelecidos.
“As análises técnicas acabam sendo de suma importância na alimentação dos alunos estaduais, tendo em vista que, assim, os alimentos que acabam chegando nos pratos são sempre da melhor qualidade possível, todos devidamente testados e aprovados”, diz o gerente do Departamento de Nutrição e Alimentação, Angelo Mortella.
Nas próximas semanas, o Fundepar deve fechar os contratos para as carnes que vão fazer parte do cardápio a partir de maio. As entregas desses alimentos perecíveis acontecem diretamente às instituições de ensino semanal ou quinzenalmente, dependendo da localidade.
PROTEÍNA NA MESA– Além das carnes, a proteína está presente na alimentação de pouco mais de 1 milhão de estudantes da rede estadual do Paraná em ovos (entregues mensalmente), leite e derivados. Em 2021, cerca de 11,7 milhões de quilos foram entregues nas mais de 2,1 mil escolas.
Para auxiliar no preparo da merenda, a equipe de nutricionistas do Instituto Fundepar envia periodicamente sugestões de cardápios e fichas técnicas das carnes para as escolas, para que os produtos sejam servidos de acordo com o planejamento.
A Comissão de Educação do Senado debateu nesta quinta-feira (31) a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apure as denúncias de tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC). A discussão ocorreu após o não comparecimento do ex-ministro Milton Ribeiro, que já havia confirmado a presença na audiência.
Segundo o presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), não houve justificativa para ausência do ex-ministro.
“No meu entender, o mais grave é que não deu nenhuma satisfação a esta comissão. A maneira cortês, urbana com que sempre foi tratado nesta comissão merecia dele pelo menos uma distinção, um telefonema, um e-mail justificando sua ausência. Os fatos que nos trouxeram até aqui hoje são fatos graves. Vão contra todos os princípios que regem a administração pública”, disse.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a ausência “equivale a uma assimilação de culpa”.
“Este Senado não pode e não será desmoralizado. Não restará, diante deste gravíssimo desrespeito, senão a instalação de uma CPI”, disse Randolfe, um dos autores do requerimento para que Ribeiro prestasse informações.
Requerimentos
Com a ausência de Ribeiro, foram aprovados requerimentos para ouvir o ministro interino, Victor Godoy Veiga, e prefeitos de municípios que teriam recebido propostas de participação em um esquema de corrupção na pasta. Ao todo, os requerimentos citam 12 prefeitos, mas nem todos necessariamente serão chamados. A previsão é que sejam ouvidos em duas reuniões na próxima semana, nos dias 5 e 7 de abril.
Também foi aprovada a convocação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, para falar sobre indícios e irregularidades apontados pela CGU no MEC, quanto ao processo de liberação de verbas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e em eventos da pasta.
Investigação
Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo na segunda-feira (28) após abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar o ministro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.
A investigação foi aberta após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação.
Na segunda-feira (21), uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Milton Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados a dois pastores.
Alunos da rede estadual participantes do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo conversaram nesta quarta-feira (30) com a embaixadora do Canadá no Brasil, Jennifer May, e com a cônsul-geral do Canadá em São Paulo, Heather Cameron. Os estudantes participaram por videochamada, enquanto os integrantes das comitivas da Embaixada e do Consulado estiveram no Palácio Iguaçu, em Curitiba, ao lado do vice-governador Darci Piana, e do secretário da Educação, Renato Feder.
Durante a reunião, quatro dos 100 intercambistas relataram suas experiências no Canadá. Eles responderam a perguntas feitas por May e contaram como se adaptaram, quais são suas percepções sobre o ensino canadense e como acreditam que aprendizagens do intercâmbio podem beneficiá-los, futuramente, em suas trajetórias pessoais e profissionais.
O estudante Gabriel Fogaça dos Santos conta que uma das principais diferenças entre suas escolas no Canadá e no Brasil é o horário. Ele entra, todos os dias, às 8h30 e sai às 15h45. Além disso, os estudantes do Glenlawn Collegiate, na província de Manitoba, costumam utilizar notebooks sempre, e deixam o lápis e papel para a resolução de equações.
O aluno está animado para compartilhar essas e outras experiências quando retornar para o Colégio Estadual Professor Júlio César, no município de Rebouças, no Centro-Sul. “Fico muito feliz de pensar que tudo o que estou vivendo é fruto do meu estudo, da minha dedicação. Isso é a melhor parte”, disse Gabriel.
Além de ouvirem os relatos dos alunos, os participantes da reunião também abordaram outras possibilidades de cooperação entre o Estado do Paraná e o Canadá. “Este foi o primeiro movimento, mas a gente quer mandar milhares de alunos não só para o Canadá, mas para o mundo”, afirmou o secretário Renato Feder referindo-se ao programa Ganhando o Mundo.
O Ministério da Educação tem, a partir de hoje (30), um novo ministro. Quem assume a pasta é o engenheiro de redes de comunicação formado pela Universidade de Brasília (UnB) Victor Godoy que, durante a gestão de Milton Ribeiro, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta.
A mudança ocorre após a abertura de uma investigação contra Ribeiro, suspeito de favorecer a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários. O caso levou Ribeiro a pedir exoneração do cargo , no último dia 28.
O currículo de Victor Godoy publicado nositedo MEC informa que ele é servidor público da carreira de Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou desde 2004 até ser convidado ao cargo de secretário-executivo do MEC, em julho de 2020.
Na CGU, Godoy atuou como auditor federal de Finanças e Controle, coordenador-geral; e diretor de Auditoria da Área Social e de Acordos de Leniência.
Inquéritos contra ex-ministro
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ex-ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, após a divulgação de um áudio, pelo jornalFolha de S.Paulo, no qual Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados aos dois pastores.
O ex-ministro já era alvo de um outro inquérito da PF, que tem por base suspeitas levantadas pela CGU relativas à irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e, também, sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do mesmo fundo.
A apuração ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O órgão, então, concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal.
O caso está também na esfera cível, pela Procuradoria da República no Distrito Federal. É também alvo de uma fiscalização extraordinária que está a cargo do Tribunal de Contas de União (TCU).
Após a divulgação do caso, o então ministro Milton Ribeiro divulgou uma nota à imprensa, na qual disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo ele, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.