Categoria: Educação

  • Alunos paranaenses do programa de intercâmbio do Governo embarcam para o Canadá

    Alunos paranaenses do programa de intercâmbio do Governo embarcam para o Canadá

    O governador Carlos Massa Ratinho Junior acompanhou na manhã desta quarta-feira (9) o embarque de 100 estudantes da rede estadual para um intercâmbio no Canadá, no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

    A viagem faz parte do programa Ganhando o Mundo, iniciativa da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR), que oferece a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens foram selecionados com base em um ranking de melhores notas entre as escolas do Estado.

    “Para nós é um motivo de muita alegria. Estamos começando com 100 alunos. Eles vão ficar seis meses no Canadá, vivendo, estudando, aprendendo inglês, conhecendo uma nova cultura, tendo a oportunidade de inspirar outros alunos e ajudar a sua família, sua escola e sua comunidade”, disse o governador.

    “Esses jovens vão representar o nosso Estado e acreditamos que isso será transformador. Hoje o inglês é fundamental para ampliar o crescimento profissional. Além disso, conhecer um país de primeiro mundo forma a cabeça desses jovens para quando voltarem e virarem adultos, colaborarem para que o nosso país também vire um país de primeiro mundo”, acrescentou Ratinho Junior.

    Depois da ida até São Paulo, os estudantes vão em diferentes voos para o Canadá e já em solo canadense se deslocam para seus oito destinos finais: Deer Lake, Gander e St. John’s, na província de Terra Nova e Labrador; Calgary, Edmonton e Medicine Hat, em Alberta; Winnipeg, em Manitoba; e Toronto, em Ontário.

    “Cada estudante já está com a sua casa definida, com uma família cuidadosamente selecionada para cuidar deles. Eles vão acordar pela manhã, vão à escola, e à tarde têm a opção de realizar as atividades com a família ou passarem o tempo na escola”, explicou o secretário estadual de Educação, Renato Feder.

    O intercâmbio terá duração de um semestre letivo e os estudantes retornam para cursar o segundo semestre em seus respectivos colégios. A ideia é que o programa tenha edições futuras e mande para o Exterior alunos de escolas de todas as regiões do Estado.

    “É um estímulo para os alunos continuarem estudando. Neste ano, vamos selecionar mais alunos para ir para um outro país no ano que vem”, disse o secretário da Educação e do Esporte, Renato Feder. “Quando você faz intercâmbio, você volta com uma cabeça mais aberta, mais empoderado, mais autoconfiante. É muito importante para os jovens”.

    EXPECTATIVA– Para Gabriela Magalhães, 16 anos, estudante do Colégio Estadual Cívico-Militar Joana Torres, em Castro, nos Campos Gerais, o sentimento é de ansiedade e felicidade. “Tenho certeza de que vai ser a melhor experiência da minha vida e eu vou aproveitar cada minuto. Estou muito grata por ter sido escolhida”, disse. A jovem vai para a cidade de Winnipeg, uma região metropolitana localizada no vale do Rio Vermelho do Norte, na região Centro-Sul da província de Manitoba.

    A mãe de Gabriela, Irecê Carneiro, acredita estar mais ansiosa que a filha, mas não esconde a felicidade com a oportunidade. “É um misto de emoções, dá um frio na barriga, vai dar muita saudade, mas sei que é para o futuro dela”.

    A diretora do colégio em que a jovem estuda, Elisangela Klempovus, disse que sente orgulho em ter uma aluna de Castro entre os selecionados do programa. “É a única representando a cidade de Castro. Quando a Gabriela foi selecionada, nós acompanhamos tudo. Chegar nesse dia é motivo de muito orgulho”, ressaltou.

    O estudante do Colégio Agrícola Augusto Ribas, de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Santiago Kosloski, 16, também está indo para a cidade de Winnipeg, e disse que somente no momento do embarque se deu conta do que estava prestes a fazer. “É a realização de um sonho. Está todo mundo bem ansioso, mas está sendo tudo maravilhoso. Acho que vai ser a melhor experiência da vida de todo mundo, a expectativa é boa. Vai ser incrível”, declarou.

    PREPARATIVOS– Na terça-feira (8), os estudantes receberam da Secretaria da Educação e do Esporte, um kit com roupas composto por bota e jaqueta específicas para o frio intenso do país. Além disso, o Estado arcou com todas as despesas como emissão de passaportes e vistos, exames médicos e vacinas, passagens aéreas e terrestres, transporte, hospedagem, seguro viagem e saúde, além dos custos relacionados à parte acadêmica, como taxa de matrícula, tradução juramentada da documentação escolar, mensalidade da escola, material didático e uniforme.

    Os intercambistas também terão uma ajuda de custo mensal de R$ 800. Serão seis parcelas da bolsa-intercâmbio, sendo a primeira (bolsa-instalação) para cobrir despesas iniciais na chegada, e as demais repassadas mês a mês. A Seed/PR contratou uma empresa que ficou responsável por todo o auxílio aos estudantes e disponibilizará uma equipe para acompanhá-los durante a chegada ao país e auxiliá-los com os desafios do novo idioma.

    GANHANDO O MUNDO– Instituído pela Lei nº 20.009/2019, o Programa de Intercâmbio Internacional Ganhando o Mundo foi criado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte para oferecer a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens foram selecionados com base em um ranking de melhores notas entre as escolas do Estado.

    Os estudantes viajariam inicialmente em agosto do mesmo ano, no entanto, ainda no primeiro semestre, mas tiveram a viagem adiada para o início deste ano por conta das medidas sanitárias impostas pela pandemia. Por conta disso, o destino mudou da Nova Zelândia para o Canadá.

    A seleção dos intercambistas foi feita com base na média de notas e frequência. Os critérios eram média maior ou igual a sete (7,0) em todas as matérias, e frequência maior ou igual a 85%. Para chegar à pontuação final, foram somadas as médias de todas as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) cursadas em 2020 no 9º ano.

    Para aperfeiçoar o idioma, em 2021, os selecionados tiveram acesso a um curso de inglês via aplicativo, ofertado em parceria com as universidades estaduais vinculadas à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Foram seis módulos de 40 horas, totalizando 240h de aprendizado em um formato autoinstrutivo, baseado em desafios que consideram a perspectiva da aprendizagem por vivência social e cultural.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    Foto: Geraldo Bubniak/AEN

    PRESENÇAS– Também estavam presentes no embarque o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; o deputado estadual Guto Silva; o diretor de Educação da Secretaria de Educação e do Esporte, Roni Miranda; o diretor de Tecnologia da Seed, André Gustavo Garbosa; o presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel; o coordenador do programa Ganhando o Mundo, Marlon Matheus; e o presidente da Paraná Educação, Claudio Palozi.

    Fonte: Secom Paraná

  • Decreto reformula o Programa Brasil Alfabetizado

    Decreto reformula o Programa Brasil Alfabetizado

    Com o objetivo de estabelecer novos ciclos de execução para garantir a universalização da alfabetização da população com 15 anos ou mais, em todo o território nacional, o presidente da República Jair Bolsonaro editou Decreto 10.959, que reformula o Programa Brasil Alfabetizado (PBA).

    A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino formal da educação básica, que ocorre dentro das redes educacionais. Já o Programa Brasil Alfabetizado foi concebido para suprir a lacuna de um contingente de cidadãos que apresenta dificuldades em acompanhar o regime regular de aulas da EJA.

    Criado para a abarcar o público residual, que não era alcançado pelos sistemas de ensino da EJA, o PBA apostava, desde sua origem, na ação do voluntariado para fornecer cidadania a seu público-alvo.

    O desenho original do Programa apresentava deficiências que resultaram na interrupção dos ciclos a partir de 2016. Para sanar essas deficiências, o decreto publicado hoje (9) trouxe algumas inovações no desenho do PBA.

    Dentre novidades trazidas para os novos ciclos, merece destaque a disponibilização, por parte do governo federal, de materiais de orientação e de formação, de materiais de apoio e de instrumentos de avaliação.

    O objetivo, segundo o Ministério da Educação, é conferir maior efetividade à atuação dos alfabetizadores. Há, ainda, a previsão de que a pasta poderá oferecer assistência financeira a estados e municípios que aderirem ao programa.

    Para tanto, tais entes deverão apresentar um plano de alfabetização com um diagnóstico local, elaborado a partir da busca ativa, e a estratégia de monitoramento a ser desenvolvida pela autoridade local.

    Histórico

    O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 13.005, de 2014, estabeleceu como uma de suas diretrizes a erradicação do analfabetismo. Para tanto, esse diploma dedicou duas metas ao tema: a Meta 5, afeta à alfabetização de crianças, e a Meta 9, voltada à alfabetização de jovens e adultos. A Meta 9 contempla estratégias que envolvem tanto iniciativas de alfabetização formal quanto ações não formais.

    Fonte: EBC

  • Colégios estaduais receberão computadores do Tribunal de Justiça do Paraná

    Colégios estaduais receberão computadores do Tribunal de Justiça do Paraná

    Três colégios da rede estadual de ensino receberão computadores doados pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Um deles fica em Curitiba (Colégio Estadual Cívico-Militar Etelvina Cordeiro Ribas) e os outros dois em Francisco Beltrão (Colégio Estadual Mário de Andrade e Colégio Estadual Industrial). Além de computadores, também haverá entrega de monitores, scanners, mesas de som, microfones e impressoras.

    “Esses computadores serão muito bem utilizados. Temos alunos que vão participar de programas como o Redação Paraná, o Inglês Paraná e das aulas de programação usando esses equipamentos”, disse Renato Feder, secretário da Educação e do Esporte, durante a assinatura do termo de doação, nesta terça-feira (8).

    “Nós fazemos a gestão de toda a tecnologia usada nas escolas. Podemos acompanhar como e quando os computadores estão sendo usados, vendo de perto os benefícios que podem ser aproveitados pelos nossos alunos”, acrescentou.

    “Sabemos da força do conhecimento, da educação, que é o maior instrumento de transformação e também de aproximação. E este ato está inserido nesse contexto, de uma ação colaborativa”, afirmou José Laurindo de Souza Netto, presidente do TJPR.

    INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA– Nos meses de novembro e dezembro do ano passado, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) promoveu a entrega de 10 mil computadores para colégios da rede estadual de todo o Paraná. Além da aquisição dos computadores, a pasta também distribuiu equipamentos de wi-fi para todas as escolas da rede, incluindo 1,2 mil switches (dispositivo que conecta todos os aparelhos de uma mesma rede) e 22,5 mil pontos de acesso wi-fi, que permitem que os dispositivos sem fio se conectem a uma rede cabeada. O valor total do investimento foi de R$ 65 milhões.

    Fonte: Secom Paraná

  • Na véspera do embarque, alunos da rede pública estão ansiosos para conhecer o Canadá

    Na véspera do embarque, alunos da rede pública estão ansiosos para conhecer o Canadá

    Falta pouco para os 100 estudantes da rede estadual selecionados para o programa Ganhando o Mundo embarcarem rumo ao Canadá. Os alunos, que vêm de diferentes cidades paranaenses, farão o embarque nesta quarta-feira (9), no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De lá, os estudantes irão para São Paulo, e ficarão em um hotel à espera da ida para o país. O intercâmbio terá duração de um semestre letivo e os estudantes retornam para cursar o segundo semestre em seus respectivos colégios.

    “Esse é um programa idealizado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. Desde 2019, antes de assumir, já estava no plano de governo dele, mas aí veio a pandemia e tivemos que postergar. Agora, os 100 estudantes embarcam para o Canadá. Vai ser uma experiência única para o enriquecimento cultural e acadêmico deles”, afirmou Roni Miranda Vieira, diretor de Educação da Secretaria. “A gente espera que eles sejam grandes multiplicadores, já que vão retornar para suas escolas, para suas cidades, trazendo toda a sua experiência”.

    Uma das selecionadas pelo programa é Yasmin Putinati Moraes, aluna do Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa, de Icaraíma, no Noroeste do Estado. A jovem não esconde a ansiedade às vésperas do embarque.

    “Ao mesmo tempo que estamos animados, temos um pouco de medo, mas a expectativa é muito alta. Vai ser uma experiência diferente que poucas pessoas têm a oportunidade de passar. Vamos conhecer pessoas novas, cultura nova, uma alimentação diferente, escolas que funcionam de maneira diferente, é uma sensação única. Acho que só quem passa por isso sabe como é”, declarou.

    Éliton Matheus de Souza, aluno do Colégio Estadual Arnaldo Busato, em Coronel Vivida, no Sudoeste do Paraná, ressalta que se não fosse o programa, não conseguiria fazer um intercâmbio. “As condições da minha família não são favoráveis a uma viagem desse tamanho que envolve tantos recursos. O Governo está nos dando uma grande ajuda para a realização de um sonho”, enfatizou.

    Já a jovem Isabela Beatriz Moreira Bueno, que estuda no Colégio Professora Regina Tokano, em Uraí, acredita que retornará da experiência transformada. “Vou voltar bem diferente, com um sonho realizado, e espero que falando inglês fluente, com uma nova bagagem cultural”, disse.

    Para o coordenador de Articulação Acadêmica da Seed-PR, Marlon de Campos Mateus, o projeto está dando um reconhecimento merecido e uma oportunidade única para os alunos mais dedicados do Estado. “Nós estamos muito felizes. O Governo do Estado está oferecendo oportunidade para complementar esse empenho dos nossos estudantes. É um passo muito importante, unindo os seus esforços com a oportunidade que estão recebendo”, declarou.

    A ideia é que o programa tenha edições futuras e mande para o Exterior alunos de escolas de todas as regiões do Estado. “É uma porta que se abre. Nós vamos trazer essa perspectiva de intercâmbio para educação básica do Estado do Paraná. Hoje, são 100 estudantes, mas vamos chegar a 2 mil, 10 mil, 50 mil estudantes. São os primeiros de um grande grupo que vão fazer intercâmbio pelo Governo do Estado”, ressaltou o diretor.

    PREPARATIVOS– A etapa final dos preparativos para o intercâmbio de seis meses no Canadá foi concretizada em São Paulo, na última semana de janeiro, com a coleta de biometria para o visto canadense. “Toda a parte técnica e operacional foi feita com muito cuidado e empenho. Tivemos dificuldades com a pandemia, mas a gente vem administrando isso com muita atenção e muito cuidado, com a equipe da Secretaria e todo o pessoal que vem trabalhando em prol dos nossos alunos”, disse Mateus.

    Nesta terça-feira (8), os estudantes receberam da Secretaria da Educação e do Esporte um kit com roupas composto por bota e jaqueta específicas para o frio intenso do país. “A gente cuidou de todos os momentos, desde o agasalho, da bota, do lanchinho deles, são nossos tesouros que vamos enviar para o Canadá”, disse o diretor.

    O Estado arcou com todas as despesas como emissão de passaportes e vistos, exames médicos, passagens aéreas e terrestres, transporte, hospedagem, seguro viagem e saúde, além dos custos relacionados à parte acadêmica, como taxa de matrícula, tradução juramentada da documentação escolar, mensalidade da escola, material didático e uniforme.

    Além disso, os intercambistas também terão uma ajuda de custo mensal de R$ 800. Serão seis parcelas da bolsa-intercâmbio, sendo a primeira (bolsa-instalação) para cobrir despesas iniciais na chegada, e as demais, repassadas mês a mês.

    Para viabilizar a documentação, o Estado fez uma parceria com oito delegacias, que aceleraram ao máximo as etapas. Além disso, a Seed contratou uma empresa que ficou responsável por todo o auxílio aos estudantes. Um técnico foi disponibilizado para cada núcleo regional. A empresa responsável por assessorar os alunos disponibilizará uma equipe para acompanhá-los durante a chegada ao país e auxiliá-los com os desafios do novo idioma.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    Foto: José Fernando Ogura/AEN

    GANHANDO O MUNDO– Instituído pela Lei nº 20.009/2019, o Programa de Intercâmbio Internacional Ganhando o Mundo foi criado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR), para oferecer a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens foram selecionados com base em um um ranking de melhores notas entre as escolas do Estado.

    Os estudantes viajariam inicialmente em agosto do mesmo ano, no entanto, ainda no primeiro semestre, tiveram a viagem adiada para o início deste ano por conta das medidas sanitárias impostas pela pandemia. Por conta disso, o destino dos estudantes mudou, da Nova Zelândia para o Canadá.

    A seleção dos intercambistas foi feita com base na média de notas e frequência. Os critérios eram média maior ou igual a sete (7,0) em todas as matérias e frequência maior ou igual a 85%. Para chegar à pontuação final, foram somadas as médias de todas as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) cursadas em 2020 no 9º ano.

    Para aperfeiçoar o idioma, em 2021, os selecionados tiveram acesso a um curso de inglês via aplicativo, ofertado em parceria com as universidades estaduais vinculadas à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Foram seis módulos de 40 horas, totalizando 240h de aprendizado em um formato autoinstrutivo, baseado em desafios que consideram a perspectiva da aprendizagem por vivência social e cultural.

    Fonte: Secom Paraná

  • Estudantes do Ganhando o Mundo recebem kits para intercâmbio; veja lista das cidades de destino

    Estudantes do Ganhando o Mundo recebem kits para intercâmbio; veja lista das cidades de destino

    Após um longo ano de espera e preparação, os intercambistas da rede estadual de ensino embarcam nesta quarta-feira (9) para o início do tão aguardado semestre letivo no Canadá. Nesta terça-feira (8) todos receberam um kit composto por uma mochila, camiseta, botas e dois agasalhos (uma jaqueta corta vento e um moletom), oferecido pela Paraná Educação e Seed-PR (Secretaria de Estado Educação e do Esporte).

    Ainda em pleno inverno, as cidades canadenses convivem com temperaturas negativas durante boa parte do tempo, e a parte principal do kit é justamente para que eles cheguem ao país com uma roupa adequada. Depois da ida até São Paulo, os estudantes vão em diferentes voos para o Canadá e já em solo canadense se deslocam para seus oito destinos finais: Deer Lake, Gander e St. John’s, na província de Terra Nova e Labrador; Calgary, Edmonton e Medicine Hat, em Alberta; Winnipeg, em Manitoba; e Toronto, em Ontário.

    “A gente não é o pai nem a mãe de vocês, não está no nosso papel, mas a gente trata vocês com todo o carinho e pensa em todos os detalhes. O que a mãe normalmente fala quando vocês estão saindo de casa? Pegou a blusa, pegou a japona? Esse agasalho, essa bota, é como um último carinho nosso antes de vocês partirem”, destacou o diretor de Educação da Seed-PR, Roni Miranda, ressaltando todo o cuidado ao longo de todo o último ano.

    Além de terem todos os custos relacionados à viagem pagos, os intercambistas também receberão uma ajuda de custo mensal de R$ 800 que podem ser utilizadas para a compra de mais itens de vestuário próprio para o inverno mais rigoroso. Serão seis parcelas da bolsa-intercâmbio, sendo a primeira (bolsa-instalação) para cobrir despesas iniciais na chegada e as demais repassadas mês a mês.

    A chefe de gabinete da Seed-PR, Silvana Avelar participou da entrega dos kits e valorizou junto aos intercambistas o trabalho que envolveu centenas de profissionais na secretaria e nos NREs (Núcleos Regionais de Educação). “Esse programa é fruto do trabalho de muitas pessoas, contagiadas a partir do sonho do governador, que o secretário Renato Feder sonhou junto. Falo como mãe para vocês, o coração fica apertado, mas [o intercâmbio] será um divisor de águas para vocês”, relatou.

    “Conversei com vários alunos hoje e a gente sente um pouco do que vocês estão sentindo. É um orgulho para a família de vocês, para a escola que vocês frequentam para o Núcleo Regional de Educação que vocês pertencem, para a Seed-PR, para o estado do Paraná e para o grande entusiasta desse programa que foi o governador Ratinho Junior”, complementou o superintendente da Paraná Educação, Claudio Palozi.

    MALAS PRONTAS – O acréscimo da bagagem nesta terça foi bem recebido pelos adolescentes. Arthur Martelli, de Céu Azul, gostou especialmente das botas, já Marcela Landin, de Boa Vista da Aparecida, gostou mais do corta-vento. “Vai ser legal para gente fazer atividades físicas”, disse. Em sua mala, o objeto queridinho é uma câmera Polaroid, para registar novos momentos e experiências.

    Já a estudante Maria Clara Helfenstein, de Assis Chateaubriand, vai levar itens de memória afetiva na bagagem, como o pó de café preferido e erva-mate. “Tô levando um café bem brasileiro, uma bomba e erva de tereré para não sentir saudades da terra do tereré, um chinelo com bandeirinha do Brasil e a bandeira da minha cidade”, contou, animada.

    Fonte: Secom Paraná

  • Inscrições para Olimpíada de Astronomia e Astronáutica estão abertas

    Inscrições para Olimpíada de Astronomia e Astronáutica estão abertas

    Escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem se inscrever para a 25ª Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Podem participar da olimpíadas alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio, em todo território nacional e no exterior. As instituições de ensino podem se cadastrar no site da OBA. O prazo para inscrições de alunos vai até o dia 1º de maio.

    Somente as escolas podem inscrever seus alunos, entretanto, caso a instituição onde o aluno estuda não esteja cadastrada para participar da OBA, o estudante interessado poderá recorrer a outra escola de sua região. A escola deve dar o consentimento para a realização da prova, informou o coordenador nacional da OBA, João Batista Garcia Canalle, astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

    A OBA voltará a ser realizada somente na forma presencial e em fase única, marcada para o dia 20 de maio. Em 25 anos, a OBA já superou a marca de 11 milhões de participantes. A cada ano são distribuídas cerca de 50 mil medalhas. O evento conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (Unip).

    Níveis

    A olimpíada é dividida em quatro níveis, sendo os três primeiros destinados a alunos do ensino fundamental e o quarto para os estudantes do ensino médio. A prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

    Os melhores classificados na OBA participam de um processo seletivo para representar o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2023. Os participantes da 25ª edição concorrem ainda a vagas na Jornada Espacial, que acontece em São José dos Campos (SP), onde recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

    O coordenador da olimpíada, João Batista Canalle, afirma que o objetivo do evento é fomentar o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica e ciências afins.

    “Além de promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando em um mutirão nacional alunos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, planetários, observatórios municipais e particulares, espaços, centros e museus de ciências, associações e clubes de Astronomia, astrônomos profissionais e amadores, e instituições voltadas às atividades aeroespaciais”, destacou.

    Os alunos e os professores podem se preparar para a prova através do aplicativo “Simulado OBA”, disponível para celulares, tablets e computadores, e pelo site da olimpíada, que fornece vídeos explicativos, além de provas e gabaritos das edições anteriores. Além disso, também é possível conferir conteúdos no canal da olimpíada no You Tube.

    Mostra de Foguetes

    Organizada pela OBA, a 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) também está com inscrições abertas. O evento avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, de tubo de papel ou de canudo de refrigerante. Os professores coordenam os lançamentos dos foguetes realizados nas escolas, cuidam de todos os aspectos da segurança do evento e medem os alcances obtidos pelos foguetes, desde o ponto de lançamento até o local onde o foguete parou.

    A mostra de foguetes tem também quatro níveis e é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Jovens que concluíram o ensino médio podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram, com a concordância da mesma. As inscrições se estendem até o dia 1º de maio. O cadastro é único para os dois eventos e deve ser feito pelo site.

    Os foguetes devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe até 20 de maio deste ano. Entre 21 e 31 de maio, a escola deverá informar os alcances dos foguetes e os nomes dos participantes previamente inscritos. No final, todos, incluindo professores e diretores, recebem um certificado e os estudantes que alcançarem os melhores resultados ganham medalhas.

    Os alunos do nível 1 (do 1º ao 3º ano do ensino fundamental) lançam foguetes construídos com canudinhos de refrigerantes. Os do nível 2 (do 4º ao 5º ano do fundamental) elaboram foguetes com tubinhos de papel. Já os alunos do nível 3 (do 6º ao 9º ano) constroem foguetes com garrafas PET, mas usam somente água e ar comprimido para lançá-los. Os alunos do ensino médio também fazem foguetes de garrafa PET, mas com um elemento mais complexo, pois têm que usar combustível químico composto por vinagre e bicarbonato de sódio. Durante o trabalho, os participantes aprendem, na prática, a famosa Lei da Física da Ação e Reação, de Isaac Newton.

    Além de desenvolverem os foguetes, os estudantes têm que construir a base de lançamento. Os alunos do ensino médio podem optar ainda por construírem um foguete movido com propelente sólido. Todos os detalhes para a construção dos projetos, além dos vídeos explicativos, são encontrados no site da OBA, nos tópicos regulamentos e downloads.

    Fonte: EBC

  • Comunidade escolar retoma as aulas com expectativa e aprovação do modelo presencial

    Comunidade escolar retoma as aulas com expectativa e aprovação do modelo presencial

    O início do ano letivo em toda a rede estadual de ensino nesta segunda-feira (7) foi marcado pela grande expectativa que professores, funcionários e estudantes tinham em relação ao retorno presencial às escolas. No ano passado não houve o retorno presencial no começo do ano, após as férias — as aulas foram iniciadas de forma remota e só depois migraram para os modelos híbrido e presencial.

    No Colégio Estadual Leôncio Correia, um dos maiores de Curitiba, com mais de 2 mil alunos, a volta às salas também marcou o aniversário de 81 anos da instituição. “A expectativa é muito grande desde a semana passada, porque começamos a preparar a escola e todos os detalhes para poder receber os estudantes. E hoje a gente vê os alunos felizes e entusiasmados com o ano letivo. Nós ficamos muito felizes e satisfeitos também”, comenta o vice-diretor do colégio, Marcelo Hamasaki Carneiro.

    Para a estudante Alanis Mel, de 15 anos, o retorno tem diferenças, apesar de estar no colégio desde os 10 anos, pois em 2022 ela inicia o ensino médio já em seu novo formato. “Pesquisei bastante e sei das mudanças, mas é tudo muito novo para mim. Eu estou bem ansiosa para o início do ano letivo e para dar continuidade aos estudos”, diz ela, que vai fazer o curso técnico de Administração (o seu itinerário do novo ensino médio) junto ao ensino regular.

    NA SALA– O fato de o ano letivo já começar de maneira presencial também será um fator positivo para o aspecto pedagógico. “A gente aprende mais tendo contato com os professores, podendo tirar dúvidas presencialmente”, pontua Alanis.

    A constatação, inclusive, é praticamente uma unanimidade dentro da rede. “Desde o ano passado, quando a gente começou a receber os alunos [presencialmente], nós já percebemos a diferença, que foi enorme. Os alunos ficam mais felizes, dispostos a estudar, pois facilita tanto para ele quanto para o professor todos estarem na sala de aula”, completa o vice-diretor.

    MUSEU– Para preservar a história de mais de oito décadas, o Leôncio Correia conta com um “centro de memórias” montado em uma de suas salas. “Há nove anos tenho recolhido materiais do colégio para montar um museu, para que os alunos e a comunidade em geral saibam como foi a evolução do colégio desde a sua criação, em 1941, até os dias de hoje”, destaca a professora Lilian Marilene Ribeiro dos Santos que, além de coordenar esse espaço, leciona matemática há 17 anos na instituição.

    Os itens incluem materiais em audiovisual, livros, exames de admissão, registros, recibos, além de doações de ex-alunos, como uniformes e materiais didáticos utilizados por eles.

    REDE– Todas as 2,1 mil escolas da rede estadual abriram nesta segunda-feira (7), com exceções pontuais relacionadas a restrições específicas, como o transporte escolar, que é operado por municípios.

    O retorno envolve cerca de 1 milhão de alunos e 90 mil profissionais da educação, entre professores e funcionários.

    De acordo com a programação, as aulas vão até 8 de julho e recomeçam no dia 25. O término, garantindo os 200 dias letivos, será em 20 de dezembro. Estão mantidos para os professores, entre férias e recesso escolar, 60 dias durante o ano de 2022.

    Veja como funciona o retorno das aulas:

    Protocolos

    Uso obrigatório de máscara, aferição de temperatura na entrada, disponibilização de álcool gel em locais de maior circulação de pessoas e orientações à comunidade escolar sobre a higienização frequente das mãos, manutenção dos ambientes de ensino arejados, com janelas e portas abertas durante a maior parte do tempo, além de evitar contato físico (como aperto de mãos, abraços e beijos) e o compartilhamento de objetos pessoais.

    A desinfecção constante de equipamentos e materiais destinados ao ensino que sejam compartilhados e das próprias instalações das instituições de ensino também estão entre os procedimentos.

    Notificação de casos de Covid-19

    Quando há notificação de casos de Covid-19 entre estudantes, professores ou funcionários de colégios estaduais, as instituições de ensino seguem as orientações da última atualização da nota orientativa 03/2021 da Sesa. Os casos confirmados são afastados e uma avaliação é feita pelo comitê de biossegurança para tomar uma decisão pela eventual suspensão das aulas e em qual nível. Caso o contato tenha se limitado a grupos específicos, é considerado o isolamento de uma sala de aula ou de um grupo de uma sala de aula.

    O monitoramento é feito pelos comitês de biossegurança das escolas e informado tanto para a Seed-PR quanto para as vigilâncias sanitárias locais.

    Modelo das aulas

    O retorno é 100% presencial, assim como terminou o ano letivo de 2021. A aula remota (por Meet) será utilizada apenas na necessidade do eventual fechamento de turmas e/ou escolas. Além disso, estudantes com comorbidades podem permanecer no ensino remoto (assistindo às aulas disponíveis no canal de YouTube do Aula Paraná, fazendo atividades impressas ou no Google Classroom ou, eventualmente, fazendo meets) até 30 dias após a conclusão do ciclo vacinal.

    Fonte: Secom Paraná

  • Pais de alunos do Colégio Pedro II pedem ensino presencial

    Pais de alunos do Colégio Pedro II pedem ensino presencial

    Pais de alunos do Colégio Pedro II protestaram hoje (7) em frente a cinco campi da escola pedindo aulas 100% presenciais. O colégio, que faz parte da rede federal de ensino no Rio de Janeiro, retomou nesta segunda-feira as aulas em regime híbrido.

    Em nota, a reitoria explicou que a decisão ocorreu devido ao recrudescimento da pandemia da covid-19 com o surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus.

    As manifestações ocorreram em frente aos campi Centro, Tijuca, Realengo, Humaitá e São Cristóvão, no Rio de Janeiro e no campus Niterói. Participaram pais, mães, responsáveis e os próprios estudantes, que pediam a volta às salas de aula.

    Em cartazes, diziam que as redes estadual e municipal do Rio retomaram as aulas presenciais e questionavam por que o Colégio Pedro II não fazia o mesmo.

    No último dia 2, o Colégio informou que até a reavaliação do atual cenário, o ensino será híbrido, ou seja, será mantido o ensino remoto, composto por atividades pedagógicas síncronas e assíncronas. As aulas presenciais terão como objetivo a complementação pedagógica organizada a fim de fazer acompanhamento e orientação de alunos.

    O Pedro II tem 14 campi no Rio de Janeiro, incluindo as cidades de Niterói e Duque de Caxias, além de um Centro de Referência em Educação Infantil, em Realengo, na zona oeste da capital. São, ao todo, cerca de 13 mil estudantes da educação infantil ao ensino médio e de pós-graduação.

    A volta presencial não é consenso entre os pais de alunos. Muitos defendem a decisão da escola de manter as aulas remotas. “Sou a favor do retorno [presencial], mas para isso ocorrer acho que o mínimo é os alunos estarem vacinados”, ressalta o servidor público federal Victor Hugo de Oliveira, que é um dos pais contrários ao ensino 100% presencial no momento.

    Em nota, a reitoria do Colégio Pedro II diz que encaminhou mensagem ao Conselho Superior, para que seja tratada na Reunião Extraordinária do dia 11 de fevereiro, uma minuta de portaria que determina a implementação de regime semipresencial com alternância semanal de 50% dos estudantes de cada turma em atividades presenciais, que é o Plano B que consta da Portaria nº 2.389/2021.

    O Plano Contingencial B da portaria prevê que “em um cenário em que o retorno pleno não seja possível, será instituído regime de semipresencialidade, com: I – divisão em 50% dos estudantes da turma, em grupos A e B, com presença semanal, de cada um dos grupos no turno do estudante; e II – espelhamento da carga horária síncrona para o presencial” e que, “na alternância, os estudantes que não estiverem na semana presencial terão atividades assíncronas das disciplinas”.

    O documento estabelece ainda que esta semana, de 7 a 11 de fevereiro, seja de planejamento do retorno às atividades presenciais pelas direções-gerais e coordenações pedagógicas. Neste período, se propõem a manutenção do sistema de ensino remoto.

    A minuta de portaria observa que o planejamento deve levar em consideração a vigência da Instrução Normativa nº 90, do Ministério da Economia, e conter soluções para lidar com os 319 afastamentos de servidores que legalmente permanecerem em trabalho remoto, dadas as suas comorbidades autodeclaradas, e que configuram 14,5% do total de servidores da instituição. O Conselho Superior do Colégio Pedro II fará, no dia 25 deste mês o reexame das condições sanitárias.

    Fonte: EBC

  • Uerj retoma atividades presenciais no próximo dia 16

    Uerj retoma atividades presenciais no próximo dia 16

    A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou hoje (7) o retorno às atividades presenciais a partir do próximo dia 16. A decisão se baseou em nota técnica da Pró-reitoria de Saúde, que assegura que houve queda da infecção pela variante Ômicron do novo coronavírus no município e no estado do Rio de Janeiro, nas duas últimas semanas. O documento avalia também que a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) de pacientes da covid-19 está dentro dos limites de segurança.

    O reitor Ricardo Lodi lembrou que, durante todo o período da pandemia, a Uerj seguiu as recomendações científicas para promover um retorno seguro à sua comunidade acadêmica. Lodi destacou que a principal condição era o compromisso com a vida das pessoas. “E agora não poderia ser diferente quando a situação da pandemia declina em nosso estado”, afirmou.

    No dia 16 serão retomadas as atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão da universidade, inclusive do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-Uerj). Os protocolos de biossegurança serão mantidos, entre eles, o uso de máscaras e a apresentação do comprovante de vacinação para acessar a instituição. O calendário acadêmico aprovado pelo Conselho Universitário, que prevê atividades híbridas de acordo com as prerrogativas de cada unidade, continua em vigor, informou a universidade. 

    Fonte: EBC

  • RJ: 74% de escolas municipais vivenciaram tiroteio no entorno em 2019

    RJ: 74% de escolas municipais vivenciaram tiroteio no entorno em 2019

    A pesquisa “Tiros no Futuro: impactos da guerra às drogas na rede municipal de educação do Rio de Janeiro” mostrou que 74% das escolas da cidade vivenciaram pelo menos um tiroteio em seu entorno em 2019. Dados indicam que, entre elas, cinco unidades concentram 20 ou mais operações policiais no período. O perfil dos alunos, em grande parte (77%), é de negros nas escolas mais expostas à violência.

     A pesquisa inédita foi lançada hoje (7) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), fundado em 2000 na Universidade Cândido Mendes. O centro desenvolve estudos e outros projetos nas áreas de segurança pública, justiça e política de drogas. Seu compromisso é a promoção dos direitos humanos e a luta contra o racismo no sistema de Justiça Criminal.

    O estudo avaliou a relação entre confrontos da polícia com grupos que controlam venda de drogas em áreas pobres da cidade, principalmente nas comunidades, e o impacto dessa política na renda futura do estudante. Também analisou os efeitos da guerra às drogas nos resultados escolares dos alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública da capital. 

    Perdas

    Os pesquisadores concluíram que estudantes de unidades instaladas em áreas violentas, que registraram seis ou mais operações policiais, têm redução média de 7,2 pontos no desempenho em língua portuguesa e 9,2 em matemática. “Considerando o ganho médio anual de proficiência, a exposição à violência resulta em perda de 64% do aprendizado esperado em língua portuguesa e em matemática”, informa o estudo.

    Na comparação das médias de reprovação e de abandono das unidades de ensino, a conclusão é que a exposição frequente a tiroteios, com a presença de agentes de segurança, pode gerar aumento de 2,09% na taxa de reprovação e de 46,4% na probabilidade de pelo menos um aluno abandonar a escola.

    Efeito financeiro

    O déficit de aprendizagem no 5º ano provocou perda financeira na vida produtiva dos estudantes, segundo a pesquisa, de até R$ 24.698,00, valor correspondente a 48 cestas básicas ou 377 botijões de gás ou 13 anos de passagens de ônibus, duas vezes por dia.

    “Esse jovem, ao concorrer a uma vaga no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), já está em desvantagem em relação a outros alunos também do ensino público, pelo fato de ter a aprendizagem comprometida pela guerra às drogas desde a infância. Essa diferença se perpetua na vida produtiva do cidadão, reduzindo a oportunidade de geração de renda. Estamos falando da manutenção da desigualdade e estagnação de mobilidade social como reflexos diretos da ação do Estado”, comentou a socióloga e coordenadora do CESeC, Julita Lemgruber.

    Projeto

    Tiros no Futuro é a segunda etapa do projeto Drogas: quanto custa proibir, elaborado com a intenção de acrescentar ao debate público reflexão sobre os impactos econômicos e orçamentários da legislação proibicionista nas áreas específicas de segurança e justiça, de educação, saúde e do território. A primeira fase foi marcada pelo lançamento, em março de 2021, do relatório Um Tiro no Pé: impactos da proibição das drogas no orçamento do sistema de Justiça Criminal do Rio de Janeiro e São Paulo. O trabalho teve custo de R$ 5,2 bilhões para manter a política proibicionista em um ano nos dois estados.

    Convênio

    A pesquisa foi realizada a partir de convênio com a Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro. Foram avaliados dados das 1.577 unidades de ensino da rede pública carioca, alcançando 641.534 alunos matriculados em 2019. O ano é referência para os levantamentos apontados por anteceder a pandemia de covid-19, que alterou a dinâmica escolar. O fato de focar os estudos nos dados da capital fluminense é decorrente do cenário único no país pela frequência de operações policiais, tiroteios e disparos de armas de fogo no cotidiano de certos territórios, até nos próximos às escolas.

    Rotina

    A análise foi baseada em informações obtidas com a SME sobre operações policiais que interferiram na rotina das escolas, como a suspensão das aulas ou o fechamento da unidade. Também foram avaliados dados da plataforma Fogo Cruzado, que registra ocorrências de tiroteios na região metropolitana do Rio. Com a combinação, segundo os pesquisadores, foi possível georreferenciar e comparar 32 escolas com pelo menos seis operações policiais em 2019 e 37 que não tiveram essas ocorrências naquele ano.

    “Foi considerada a similaridade entre os dois grupos em: indicador de complexidade da gestão; perfil socioeconômico das famílias; proporção de pais com alta escolaridade; proporção de alunos não brancos e proporção de educandos do sexo masculino. A única diferença entre os grupos foi a exposição a eventos violentos, como as operações policiais”, revelou o CESeC.

    Para os pesquisadores, a pesquisa Tiros no Futuro demonstra que o efeito da guerra às drogas na educação é apenas uma das faces dessa política, que expõe determinado setor da população, de maioria negra e pobre, a um cenário bélico cujos “únicos resultados têm sido desperdício de dinheiro público, que poderia ser investido em políticas de promoção à vida”.

    Segundo Julita Lemgruber, a consequência da guerra às drogas na vida de uma pessoa é incalculável. Ela afirmou que o propósito do projeto é mostrar que, além do custo orçamentário para o Estado, há o efeito na vida do cidadão. “O quanto sua capacidade futura de geração de renda e sua mobilidade social podem ser comprometidas como consequência dessa opção política racista e classista operada pelo Estado. Esse prejuízo afeta o futuro do indivíduo e a sociedade como um todo. E todos perdemos nessa guerra”, afirmou.

    Pandemia 

    A diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas, professora Claudia Costin, lembrou que além dos tiroteios, esses alunos sofreram impactos no aprendizado causados pela pandemia de covid-19. “É terrível não só para a aprendizagem mas para o bem-estar pessoal desses alunos e a possibilidade de um desenvolvimento harmônico e equilibrado de crianças e jovens, por isso a escola tem papel tão importante, principalmente nas crianças expostas a violência grande, inclusive com o fechamento de escolas”, disse.

    A professora destacou que essas crianças que moram e estudam em áreas de conflito não têm as mesmas condições para acompanhar as aulas no sistema remoto que um aluno da classe média. “Para quem mora em comunidade não é só a questão da violência, a casa é inapropriada para o processo de aprender a distância. Essas crianças acabam ficando nas ruas, expostas ao vírus e ainda à violência”. Ela lembrou ainda que durante a pandemia aumentou também o recrutamento de crianças e jovens por traficantes e milicianos.

    Claudia Costin, que foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado entre 1985 e 1989 e secretária municipal de Educação do Rio no período de 2009 a 2014, defendeu a adoção de políticas públicas nas regiões conflagradas. “É fundamental que, neste momento, as políticas públicas estaduais e municipais olhem com ações afirmativas para essas áreas. Toda a melhoria de escolas em tempo integral deveria olhar primeiro para essas comunidades”.

    Polícia Militar

    Em nota à Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que a corporação tem missão central e permanente de defesa da sociedade do Rio. Garantiu que as ações policiais seguem protocolos rígidos de atuação e preceitos técnicos de treinamento e orientação.

    “Um dos objetivos exponenciais da Polícia Militar é a preservação de vidas, sejam elas as da população em geral ou as dos policiais envolvidos nas ações. Ressaltamos ainda que a opção pelo confronto é sempre uma decisão dos criminosos que, munidos de armamento de guerra e conduta extremamente inconsequente, atentam contra a vida dos policiais e não levam em conta o extremo perigo que proporcionam às populações locais”, afirmou.

    Polícia Civil

    Também em resposta à Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio informou que todas as operações da atual gestão são baseadas nos pilares de inteligência, investigação e ação. “Têm alcançado redução constante nos índices de violência registrados pelo Instituto de Segurança Pública, com resultados, em alguns setores, que são os melhores desde o início da série histórica”.

    SME

    A Secretaria Municipal de Educação informou que trata como prioridade a segurança de alunos e dos profissionais e que, em agosto do ano passado, foi renovado o acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para incorporar o programa Acesso Mais Seguro às escolas. “O programa tem como objetivos mitigar riscos, orientar professores e alunos; planejar ações em conjunto nas unidades escolares e nos territórios; prevenir a evasão escolar, entre outras ações”. Acrescentou que “o reforço escolar existe para todas as escolas da rede, com maior ênfase para as que ficam em regiões conflagradas”.

    Fonte: EBC