Categoria: Educação

  • MEC divulga cronograma da nova edição do Sisu, com 221,7 mil vagas

    MEC divulga cronograma da nova edição do Sisu, com 221,7 mil vagas

    O Ministério da Educação (MEC) ofertará 221.790 vagas para ingresso em instituições públicas de ensino superior na primeira edição de 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, mais de 84,5% das vagas são para instituições federais (universidades e institutos).

    As inscrições para o Sisu serão abertas no dia 15 deste mês e podem ser realizadas até as 23h59 do dia 18, horário de Brasília. As vagas são para 6.146 cursos de graduação, em 125 instituições públicas de ensino superior.

    Os interessados podem verificar as vagas oferecidas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Também será possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das 125 instituições ao Sisu.

    Todas as instituições públicas de educação superior puderam aderir ao Sisu para ofertar suas vagas nesta edição do primeiro semestre de 2022.

    Os 10 cursos com maior oferta de vagas são, nesta ordem: pedagogia, administração, ciências biológicas, matemática, direito, química, física, agronomia, interdisciplinar em ciência e tecnologia e engenharia civil.

    Para participar desta edição do Sisu, o candidato precisa ter feito o Enem de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.

    Cronograma

    Pelo cronograma, as inscrições irão de 15 a 18 de fevereiro, e o resultado sairá no 22. De 23 de fevereiro a 8 de março, serão feitas as matrículas.

    Os candidatos terão prazo de 22 de fevereiro a 8 de março para manifestar interesse em participar da lista de espera: A partir de 10 de março ocorre a convocação dos selecionados por meio dessa lista.

    Fonte: EBC

  • Projeto oferece formação profissional gratuita a jovens fluminenses

    Projeto oferece formação profissional gratuita a jovens fluminenses

    A transmissão de live sobre a Declaração dos Direitos Humanos, seus direitos e deveres pelo canal da organização não governamental (ONG) Cinema Nosso no Youtube, na última semana, marcou o lançamento do Projeto Ginga – Inovar para Transformar.

    Em sua primeira edição, o projeto visa à formação profissional online gratuita em audiovisual, games (jogos) e cultura digital para jovens de 18 a 29 anos dos municípios fluminenses de Itaboraí, Macaé e Duque de Caxias.

    A live teve como convidada a professora Ana Claudia Tavares, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Direitos Humanos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    A coordenadora de projetos de juventude do Cinema Nosso, Gabriela Gonçalves, lembrou que a pandemia de covid-19 trouxe desafios na área de educação, para alcançar estudantes que, muitas vezes, não têm acesso a ferramentas tecnológicas adequadas. Para promover a transformação social, a ONG acredita que é necessário que a tecnologia e a cultura façam parte do processo de aprendizagem.

    Inscrições

    O processo de divulgação do projeto já começou. As inscrições online serão iniciadas em março e a seleção ocorrerá em abril. As formações começarão em maio.

    A expectativa é atender a pelo menos 180 jovens dos três municípios, sendo 60 em cada formação. Serão oferecidas  tanto aulas ao vivo, quanto gravadas. “O projeto trabalha muito com formação técnica e vai desenvolver as competências profissionais dos jovens para atuar no mercado audiovisual e de novas tecnologias”, afirmou a coordenadora.

    As formações estarão alinhadas também com os direitos humanos. Em breve, serão disponibilizados novos conteúdos sobre a relação entre direitos humanos e audiovisual e direitos humanos e games.

    No site www.cinemanosso.org.br e em suas redes sociais, a ONG disponibiliza material gratuito para os jovens. O Cinema Nosso é uma instituição sociocultural que trabalha há 20 anos com juventude e adolescentes, “com o objetivo de democratizar os espaços de audiovisual, cinema, novas tecnologias e game. O projeto Ginga é destinado a formar mais jovens nessas áreas, principalmente de áreas periféricas”, destacou Gabriela.

    Fundação

    A instituição foi fundada em 2000 por sete jovens que perceberam, na época, que havia ausência de identidade no mercado audiovisual, a partir do filme Cidade de Deus. Atualmente, é um centro de inovação e tecnologia que oferece vários projetos para infância e juventude acompanhados, paralelamente, de projeto de vida ou carreira e de desenvolvimento socioemocional dos jovens.

    Reconhecida como uma das maiores escolas populares de audiovisual da América Latina, com mais de 10 mil jovens formados em seus cursos, a instituição possui prêmios como o 11th China Internacional Children’s e o Itaú-Unicef.

    O Projeto Ginga – Inovar para Transformar é patrocinado pela Petrobras, o governo fluminense, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. 

    Fonte: EBC

  • Novo ensino médio começa a ser implementado este ano

    Novo ensino médio começa a ser implementado este ano

    O novo ensino médio começa a ser implementado oficialmente este ano nas escolas brasileiras públicas e privadas. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, a implementação vai começar pelo primeiro ano do ensino médio, e a primeira mudança nas redes deverá ser a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias.

    A reforma também trará desafios, de acordo com Vitor de Angelo, que é secretário de Educação do Espírito Santo. Ele citou, entre esses desafios, a possibilidade de aumento da desigualdade entre regiões, estados e redes de ensino e a necessidade da adequação de avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

    “A primeira coisa que deve chegar às escolas, com certeza, é a ampliação da carga horária, porque é uma exigência legal. O que não é exigência legal, mas está atrelado de alguma maneira a isso é a implementação de um currículo novo”, diz Angelo. O Consed representa os secretários estaduais de Educação, responsáveis pela maior parte das matrículas do ensino médio do país. Segundo o último Censo Escolar, de 2021, as redes estaduais concentram cerca de 85% das matrículas. 

    O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos. Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

    Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

    O cronograma definido pelo Ministério da Educação estabelece que o novo ensino médio comece a ser implementado este ano, de forma progressiva, pelo primeiro ano do ensino médio. Em 2023, a implementação segue, com o primeiro e 2segundo anos e, em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio. 

    Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a 7 horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Em 2022, a carga horária deve ser de pelo menos mil horas anuais, ou cinco horas diárias, em todas as escolas de ensino médio do país. Esta será, portanto, a primeira mudança a ser sentida. 

    Os estudantes do primeiro ano do ensino médio começarão também a ter contato com novo currículo. Os itinerários, no entanto, deverão começar a ser implementados apenas no ano que vem na maior parte das escolas. 

    “Tomando o Espírito Santo como exemplo, o que o aluno capixaba vai encontrar na escola de ensino médio é jornada maior e currículo novo, no que diz respeito à formação geral básica. Disciplinas ou componentes curriculares diferentes, com os quais ele não estava acostumado, como eletivas, projeto de vida, estudo orientado, mas ainda sem segmentar na sua preferência de itinerário. A partir do ano que vem, ele vai encontrar o itinerário de aprofundamento dentro da sua escolha”, explica o secretário. 

    Desafios 

    A reforma trará também, segundo Angelo, alguns desafios, entre eles a possibilidade de aumento das desigualdades educacionais. “No novo ensino médio, a gente pode ter todas as promessas de itinerários e de escolhas, mas para algumas redes. Outras podem não conseguir”, afirma. “O risco é ter escolas com alguns itinerários e outras não, regiões com alguns itinerários e outras não. Então, pode haver um aprofundamento das desigualdades dentro do país e dos estados, para não falar das redes privada e pública”, acrescenta.

    Isso significa que um estudante pode não encontrar em seu município o curso técnico ou a formação que deseja. “São cuidados que precisaremos ter, que não invalidam [o novo ensino médio], mas a gente não pode desconsiderar que isso existe para não achar que tudo são flores, que o novo ensino médio vai mudar tudo, vai trazer itinerários, ensino flexível adaptado aos alunos, que eles vão fazer o que quiser. As nossas escolas são as mesmas e elas têm dificuldades, os professores tiveram formação, mas não viraram a chave e mudaram de uma hora para outra, então é preciso ter cuidado com isso para não se frustrar”, diz Angelo. 

    Outro desafio é a avaliação dos estudantes. O Enem, por exemplo, precisará ser reformulado para avaliar o novo currículo. “O exame precisa estar alinhado com o novo ensino médio. O Enem é uma prova nacional que precisa criar critérios de comparação entre todo e qualquer estudante que está terminando o ensino médio, especialmente por causa do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu que é nacional. Mas, como vamos comparar, nacionalmente, pessoas que fizeram currículos distintos? Esse é o maior desafio”, avalia.

    Em webinário, em dezembro, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, detalhou as ações da pasta para a implementação do novo ensino médio. Segundo ele, somando todas as ações, até aquele momento, haviam sido repassados aos estados e às escolas R$ 2,5 bilhões. 

    Rabelo também falou sobre o Enem que, segundo ele, deverá ter duas partes, uma delas voltada para avaliar os conhecimentos adquiridos na parte comum a todos os estudantes, definida pela BNCC, e outra que deverá avaliar os itinerários formativos. “Atualmente, a grande questão mesmo é como criar um segundo momento de prova que contemple a avaliação dos itinerários formativos, dada a diversidade de possibilidades que na implementação”, disse o secretário. O novo modelo de prova deverá começar a vigorar apenas após a total implementação do novo ensino médio, em 2024. 

    Fonte: EBC

  • Censo Escolar: mais de 650 mil crianças saíram da escola em três anos

    Censo Escolar: mais de 650 mil crianças saíram da escola em três anos

    O número de matrículas na educação infantil registrou queda de 7,3% entre os anos de 2019 e 2021. Segundo informações da primeira etapa do Censo Escolar 2021 divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta segunda-feira (31), nesse período, 653.499 crianças de até 5 anos saíram da escola.  

    O índice de crianças matriculadas em creches caiu 9% entre 2019 e 2021. A queda mais expressiva foi registada na rede privada, que apresentou uma redução de 21,6% de 2019 a 2021. Na rede pública, a queda foi de 2,3% nesse período. Ao todo, o Censo Escolar 2021 registrou 69,9 mil creches em funcionamento no Brasil.

    Em todas as etapas da educação, foram registradas, em 2021, 46,7 milhões de matrículas – cerca de 627 mil a menos em comparação a 2020, o que corresponde a uma redução de 1,3%. A rede municipal atende à maioria (49,6%) dos alunos. A rede estadual é a segunda maior (32,2%), seguida pela privada (17,4%). A União (rede federal) é responsável por 0,8% dos alunos matriculado. O país tem, ao todo, 178,4 mil escolas de educação básica.

    O Censo Escolar 2021 apontou estabilidade com relativo aumento do número de matrículas nos anos finais do ensino fundamental. A etapa educacional é a maior entre todas na educação básica, com 26,5 milhões de alunos. Em 2020, o país contabilizou 11.928.415 estudantes do 6º ao 9º ano. Já em 2021, houve 11.981.950 matrículas nesses mesmos anos – um acréscimo de mais de 53 mil alunos.

    O levantamento mostrou também que a proporção de alunos do ensino fundamental matriculados em tempo integral voltou a aumentar. Entre 2019 e 2020, a taxa caiu de 9,6% para 7,6% nos anos iniciais e de 9,3% para 6,9% nos anos finais. Já em 2021, foram registrados 8,5% e 9,2%, respectivamente. No caso dos primeiros anos da etapa educacional, o patamar de estudantes em tempo integral é praticamente o mesmo do ano que precedeu a pandemia de covid-19.

    De acordo com a pesquisa, também houve aumento no número de matrículas no ensino médio. Foram registrados 7,8 milhões alunos em 2021 – um acréscimo de 2,9% em relação a 2020. Segundo o Inep, há uma tendência de evolução nas matrículas nos últimos dois anos do segmento educacional, com crescimento de 4,1% entre 2019 e 2021. Nessa etapa, o número de alunos em tempo integral aumentou significativamente na rede pública – de 13,8% para 16,4% em um ano. Na rede privada, a evolução foi menor, saindo de 5,4% para 5,8% entre 2020 e 2021.

    Redes de ensino

    A rede municipal é a principal responsável pela oferta dos primeiros anos do ensino fundamental. São 10,1 milhões de alunos (69,6%), o que corresponde a 84,8% dos alunos da rede pública. Nos anos iniciais, 18% dos alunos frequentam escolas privadas. A proporção do segmento diminuiu 7,1 pontos percentuais entre 2020 e 2021.

    Já a rede estadual responde por 40% das matrículas dos anos finais do ensino fundamental, com 4,8 milhões de alunos. Nessa etapa, há uma divisão majoritária de responsabilidade entre estados e municípios – a rede municipal atende 5,3 milhões de alunos (44,7%). As escolas privadas reúnem 15% das matrículas. Ao todo, 12 milhões de estudantes cursam os anos finais do ensino fundamental no Brasil.

    A rede estadual tem a maior participação no ensino médio, atendendo 6,6 milhões de alunos (84,5%). Nela, também está a maioria dos estudantes de escolas públicas (96%). Em seguida, estão as redes privada, com cerca de 935 mil alunos (12%), e federal, com 229 mil matrículas (3%), respectivamente.

    Educação profissional 

    O número de estudantes matriculados na educação profissional apresentou queda considerada pequena em meio ao cenário de pandemia. Em 2020, foram registrados 1.936.094 alunos no segmento. Em 2021, foram 1.892.458 matrículas. As matrículas da educação profissional estão principalmente concentradas na rede estadual, representando 42,6% do total, seguida pelas redes privada e federal, com 37,7% e 17,6%, respectivamente.

    Censo Escolar

    A primeira etapa do Censo Escolar 2021 traz informações sobre todas as escolas, os professores, os gestores e as turmas (nas suas diferentes etapas), além de revelar dados relativos a alunos e suas características.

    Em 2021, foram registrados 2,2 milhões de professores e 162.796 diretores na educação básica brasileira. O Censo Escolar 2021 mostrou que maioria dos profissionais que exercem o cargo de direção têm formação superior (89,5%) e é mulher (80,7%).

    A segunda etapa do Censo Escolar 2021 será realizada a partir de fevereiro. O Inep aplicará o questionário “Resposta educacional à pandemia de covid-19 no Brasil” pelo segundo ano consecutivo.

    O levantamento foi feito pela primeira vez na edição de 2020, com o objetivo de verificar as consequências da crise sanitária no sistema educacional, além de mapear as estratégias adotadas para minimizar os danos no ensino e na aprendizagem.

    Fonte: EBC

  • SP: rede estadual de ensino pedirá comprovante de vacinação anticovid

    SP: rede estadual de ensino pedirá comprovante de vacinação anticovid

    Neste ano, os estudantes da rede estadual de São Paulo vão precisar apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19. A resolução, da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, foi publicada hoje (29) em Diário Oficial do estado.

    Segundo o texto, durante o segundo bimestre deste ano, o responsável legal pelo estudante matriculado na rede pública estadual vai precisar apresentar um documento que comprove a vacinação completa contra a covid-19 ou um atestado médico que comprove a contraindicação para a imunização.

    Os alunos não vacinados não serão impedidos de frequentar as aulas, mas caso a documentação não seja apresentada no prazo máximo de 60 dias, a situação será relatada ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e às autoridades sanitárias “para providências que couber”, diz o texto.

    Um dos artigos do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) determina a obrigatoriedade da vacinação das crianças em casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

    A resolução da secretaria também determina que as aulas das redes públicas estadual e municipal e da rede privada serão presenciais. Somente alunos com comorbidades e que não tenham completado o esquema vacinal poderão seguir no modelo remoto de ensino, desde que apresentem atestado médico confirmando a situação. Na rede estadual, as aulas terão início na próxima quarta-feira (2).

    A vacinação contra a covid-19 de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos teve início em agosto do ano passado.

    Já a vacinação para crianças a partir de 5 anos começou no dia 14 de janeiro no estado de São Paulo. Para a vacinação de crianças dessa faixa etária estão sendo utilizados dois imunizantes, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): o da Pfizer e a CoronaVac.

    O imunizante da Pfizer é um pouco diferente da vacina aplicada em adultos, com uma dosagem menor. Já a CoronaVac tem a mesma dosagem para adultos e pode ser aplicada em crianças a partir de 6 anos. Ambas são aplicadas em duas doses e são seguras.

    A vacina protege crianças e adultos de desenvolverem formas graves da doença.

    Fonte: EBC

  • Volta às aulas: como lidar com dificuldade de alunos em acordar cedo

    Volta às aulas: como lidar com dificuldade de alunos em acordar cedo

    A poucos dias da volta às aulas, o estudante Juan Rocha Dominguez, de 17 anos, está tentando voltar à rotina: acordar cedo e ir à escola. Ele terminou o ensino médio, mas vai iniciar o cursinho pré-vestibular. “Ano passado, ia para a cama umas 22h30 e acordava às 5h30 todos os dias. Nas férias, estou indo dormir mais tarde e acordando tarde, perdi o ritmo legal. Agora estou tentando voltar ao ritmo que eu tinha quando estava em aula, indo dormir mais cedo e acordando mais cedo também.” 

    O estudante, que se prepara para o vestibular de medicina, conta ainda que costumava acordar na madrugada para estudar mais. “Eu acabava acordando de madrugada para estudar mais por nervosismo mesmo, ficava ansioso para a prova e queria ter certeza que eu sabia de tudo para ir bem. Depois que fazia a prova deixava de ficar ansioso e o sono vinha.” 

    O hábito não é adequado, explica o pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, Gustavo Moreira. “Caso a redução de tempo de sono seja substancial, isso poderá repercutir na atividade intelectual e no desempenho acadêmico. Isso é comum nos países asiáticos. Não existe um número mágico de horas de sono para guiar o jovem. O importante é ele reduzir as atividades de lazer diurnas e estudar. Assim, não precisará acordar no meio da noite”, afirma o médico.  

    O sono é importante para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e regulação emocional. Por isso, o especialista sugere várias estratégias fundamentais para quem quer dormir bem. “No recomeço das aulas é importante que os estudantes voltem a ter os hábitos de sono do período de aulas, evitar dormir tarde e acordar tarde como nas férias. A cada noite, umas três ou quatro noites antes do início das aulas, vai se puxando o horário, se costuma dormir às 2h da manhã, faz um dia dormir à 1h, depois à meia-noite, às 11h, às 10h, até que encontre o horário ideal, e para isso, vai ter que acordar mais cedo, que é importante. Outro aspecto importante é não deixar dormir à tarde, porque se dormir à tarde não vai ter sono à noite.”

    Higiene do sono 

    Para o médico, uma boa higiene do sono para crianças e adolescentes inclui dormir no horário adequado. “Crianças na idade pré-escolar e escolar, ou seja, antes dos 12 anos, devem dormir antes das 21h. Já adolescentes podem dormir até às 22h. Antes de dormir, umas duas horas antes, é importante diminuir a quantidade de luzes da casa, não fazer atividades físicas e, principalmente, desligar as telas: TV, celular, computador, tablet, tudo isso tem aquela luz que vai nos olhos e vai dizendo para o nosso cérebro que é dia. Então, é importante desligar esses equipamentos, fora o conteúdo deles que é sempre muito estimulante”, recomenda Moreira. 

    A rotina do sono é importante para dizer ao cérebro que é hora de dormir, ressalta o pediatra. “Duas horas antes, diminui a quantidade de atividades da casa, desliga os eletrônicos e faz atividades mais calmas e uma sequência de eventos que leva a criança para dormir, um beijo de boa noite, uma reza, vai para o banheiro, escova os dentes, vai para o quarto. Para a criança pequena, canta uma música, para o maior conta uma história, para o adolescente fala para ele ler um livro, o importante é que essa rotina se repita de forma que vai dando informações para o cérebro que é hora de dormir no horário adequado.”

    Jet lag social 

    Segundo o médico, essa regularidade é importante, porque muitos estudantes que acordam cedo para ir à escola, ficam na cama até mais tarde nos finais de semana, na tentativa de compensar a privação de sono. É o chamado jet lag social. 

    “O jet lag social é uma sequência de eventos que compõem as atividades de dia de semana e final de semana que são muito díspares, e simula uma viagem transmeridional, como se o indivíduo fosse para o outro lado do mundo e voltasse, porque tem uma diferença de fusos horários. A criança e o adolescente dormem pouco durante a semana, a gente vê isso principalmente em adolescentes, ao invés de dormirem nove horas de sono, eles dormem seis, sete horas de sono. Vai faltando sono e quando chega no fim de semana, ele compensa: se durante a semana ele dorme da meia-noite às 6h, no fim de semana vai dormir das 2h até o meio-dia. Então, essa diferença que repõe do jet lag social, a gente sabe que acima de duas horas já representa um déficit de sono.” 

    Mais uma vez, a rotina do sono ajudar a evitar o jet lag social. “A rotina de dormir nos horários adequados para a idade e dormir sempre no mesmo horário, no máximo uma hora de diferença de dia de semana e fim de semana, é isso que vai fazer com que evite esse jat lag social que é muito frequente,um terço dos adolescentes têm esse problema”.

    O médico explica que os adolescentes têm maior necessidade de sono do que os adultos e são mais sonolentos. “Não é normal que o adolescente precise dormir à tarde, se acontece é porque pode estar dormindo pouco à noite, menos de nove horas. A soneca da tarde, feita pelo adolescente, é utilizada para compensar o fato de dormir pouco à noite. Este é um cenário que leva ao jet lag social. Como dorme à tarde, não terá sono à noite, irá dormir tarde. Vira um ciclo vicioso. No fim de semana irá compensar, acordar ao meio-dia no sábado e domingo (ter mais horas de sono). Não conseguirá dormir cedo na noite do domingo”. Reforça o ciclo vicioso. Na matemática, a jovem está cansada e sonolenta à medida que a semana progride, pois piora a privação de sono.”

    A irmã do Juan, a estudante Julia Rocha Dominguez, de 14 anos, é uma exceção. Ela conta que raramente dorme à tarde, somente quando o dia foi muito cansativo. “Nas férias, a rotina não muda tanto, é difícil eu conseguir ficar acordada depois da meia-noite, eu sempre acabo acordando às 5h, mas consigo voltar a dormir por mais tempo.”

    Ela diz que segue uma rotina de sono. “Eu faço exercícios para soltar o maxilar, já que por causa do meu bruxismo, que aumenta muito na época das aulas, eu tenho que usar uma placa dentária muito desconfortável. Em relação às telas, o meu óculos tem proteção a luz azul e meu computador está configurado para mudar a luminosidade quando passa das 21h, isso me ajuda a desacelerar.” 

    Privação de sono 

    A privação de sono pode comprometer o desempenho escolar porque tem impacto no córtex pré-frontal, que executa funções cerebrais superiores, incluindo linguagem, memória de trabalho, raciocínio lógico e criatividade. Reduz o estado de alerta e prejudica a atenção, tornando o processamento cognitivo mais lento. Além disso, provoca alterações de humor, como irritabilidade, depressão e também obesidade, explica o médico.

    “A privação de sono tem diversas consequências, primeira é que as atividades cerebrais não ficam adequadas, a memória fica ruim, altera o humor, o indivíduo não consegue se concentrar nas suas coisas, se for um adulto que opera máquina, pode ter acidente, o jovem que está andando de bicicleta, pode ser acidentado. Também compromete o metabolismo, o organismo do indivíduo que está dormindo pouco entende que está numa situação de stress, e o que [o organismo] faz? Ele aumenta o apetite, então ele tem um desbalanço entre todos os hormônios de saciedade e de fome, esse desbalanço faz com que o indivíduo coma mais, então a privação do sono também aumenta a obesidade, tanto em adultos quanto em crianças”, alerta Moreira.

    Estratégias para dormir melhor

    – exercícios físicos devem ser evitados à noite

    – fazer atividades relaxantes antes de ir para a cama

    – contar histórias e cantar músicas de ninar ajudam a relaxar as crianças menores

    – jogos de carta ou de tabuleiro são uma boa forma de entretenimento familiar envolvendo as crianças maiores. 

    – adolescentes podem ser incentivados a ouvir música ou se dedicar à leitura

    Fonte: EBC

  • Maior congresso educacional do Brasil terá participação do Paraná

    Maior congresso educacional do Brasil terá participação do Paraná

    O Paraná terá representante no Educa Brasil 2022, maior congresso desta área do País, que reunirá os melhores especialistas brasileiros e renomados educadores internacionais. O evento vai discutir como será a educação em 2022 e o que deve mudar daqui para a frente

    O secretário estadual da Educação e do Esporte, Renato Feder, estará em uma das mesas de abertura do congresso. O evento é online, começa nesta segunda-feira (31) e é dedicado à volta às aulas: perspectivas, estratégias e ações.

    Sempre com programação no período noturno, das 18h30 às 22h, o evento vai até o dia 3 de fevereiro com transmissão ao vivo no canal de YouTube do instituto. Gestores, professores e educadores de instituições públicas e privadas de educação básica podem fazer sua inscrição gratuita no site do evento. A interação do público com os palestrantes será feita por meio do chat da plataforma.

    TEMAS– Entre os principais temas do Educa Brasil 2022 estão como planejar a recuperação da aprendizagem dos alunos, os desafios para pais e educadores neste momento conturbado da educação brasileira, o papel dos professores neste mundo de mudanças, além dos legados e impactos da pandemia na educação e o papel das tecnologias digitais como apoio às novas metodologias de ensino.

    O evento também vai abordar os cenários e perspectivas da educação no contexto da pandemia. “Será uma excelente oportunidade para compartilhar o que temos feito na educação pública do Paraná, tanto na recuperação dos estudantes, quanto nos diversos programas tecnológicos que agregamos ao processo de ensino-aprendizagem durante a pandemia”, afirma o secretário Feder.

    Ele vai participar da mesa “Legados e impactos da pandemia na educação: o papel dos agentes públicos nesse novo momento da educação brasileira”.

    PARTICIPAÇÕES Além de Feder, o Educa Brasil 2022 terá a participação de outros importantes nomes da área como Maria Helena Guimarães, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE); Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV; Alexandre Campos, head Google for Education no Brasil; António Nóvoa, embaixador de Portugal na Unesco e reitor emérito da Universidade de Lisboa; Rossieli Soares, secretário da Educação de São Paulo; e Renato Casagrande, presidente do Instituto Casagrande.

    Fonte: Secom Paraná

  • Aulas na Rede Municipal retornam dia 7 de fevereiro

    Aulas na Rede Municipal retornam dia 7 de fevereiro

     

    O período de férias está quase terminado e as famílias já estão se organizando para deixar tudo em dia para o retorno dos alunos às escolas e Cmeis, que acontece no dia 7 de fevereiro.

    PRINCIPAIS NOTÍCIAS PELO WHATS. ENTRE NO GRUPO

    Nas unidades escolares o trabalho do setor administrativo já está a todo vapor, porém por estes dias o trabalho é exclusivamente interno, para que direção, coordenação pedagógica e os secretários deem conta de organizar as questões administrativas, listas de espera e todo o trabalho documental que é necessário para o início de um novo ano letivo.

    Na próxima semana, a partir do dia 3 de fevereiro (após o Seminário de Educação), as famílias que precisam resolver alguma pendência na escola ou Cmei antes da volta às aulas, poderão entrar em contato, pessoalmente ou via telefone, com as secretarias de sua respectiva unidade escolar.

    Cadun

    O setor de Cadastro Único de Vagas para Cmeis – Cadun, também está realizando somente serviço interno neste período, dando sequência à chamada das crianças que conseguiram vaga para este ano letivo, além dos que estão em idade obrigatória. O atendimento ao público para novos cadastros ou alteração na inscrição devem ser agendados a partir do dia 7 de fevereiro, pelos telefones 4001-2861 e 4001-2840.

     

     

    Fonte: Assessoria

  • Termina hoje semana pedagógica do Ministério da Educação

    Termina hoje semana pedagógica do Ministério da Educação

    A Semana Pedagógica 2022, promovida pelo Ministério da Educação (MEC), termina hoje (28). Durante toda a semana, o ministério levou, em transmissões ao vivo em seu canal do YouTube, uma série de atividades tendo como tema enfrentamento dos impactos da pandemia, ampliação da oferta, educação infantil e elevação da qualidade da educação

    As atividades contemplaram desde a educação infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA). A programação foi inteiramente direcionada aos secretários municipais, diretores de escolas, professores, supervisores e equipe pedagógica.

    Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, o objetivo da Semana Pedagógica foi informar as redes e os profissionais da educação de todo o país sobre as ações e iniciativas que o MEC colocou à disposição. “Sobretudo aquelas que podem apoiá-los no enfrentamento dos impactos da pandemia para cada uma das diferentes etapas e modalidades”.

    Fonte: EBC

  • Com o retorno às aulas, Tecpar e Fundepar asseguram qualidade da alimentação escolar para 2022

    Com o retorno às aulas, Tecpar e Fundepar asseguram qualidade da alimentação escolar para 2022

    Com o retorno às aulas na rede pública estadual, o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) intensifica sua participação em um serviço de apoio fundamental para o processo de aprendizagem, que é a alimentação escolar. Em uma parceria de dez anos, o Tecpar faz o controle de qualidade dos alimentos fornecidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional ( Fundepar ) aos estabelecimentos estaduais de ensino.

    Com a parceria entre os dois institutos, o Governo do Estado assegura que as mais de 900 mil refeições servidas diariamente nos quase 2,1 mil estabelecimentos de ensino sejam de qualidade. Antes de chegar às escolas os produtos da alimentação escolar passam por um rigoroso controle de qualidade no complexo laboratorial do Tecpar, a fim de atestar sua conformidade com a legislação.  

    Nos últimos três anos, o Tecpar analisou 858 produtos de gêneros alimentícios. Para 2022 está prevista a análise de 442 itens e, com a retomada das aulas presenciais neste ano, a expectativa da Fundepar é ampliar essa quantidade ao longo do ano. O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que além do serviço técnico, o Tecpar fornece à Fundepar informações estratégicas que podem apoiar a tomada de decisão e otimizar a qualidade dos produtos adquiridos futuramente.

    “Nossa equipe de inteligência de dados elaborou um relatório que apresenta os diversos dados obtidos nas análises laboratoriais realizadas desde o início da parceria. Essas informações foram organizadas e tratadas, formando um histórico que pode servir como parâmetro pré-qualificação das empresas fornecedoras”, explica Jorge Callado.

    O contrato celebrado entre os dois institutos prevê a avaliação do padrão de identidade e qualidade dos produtos de gêneros alimentícios, incluindo a inspeção das embalagens e a realização de ensaios laboratoriais de forma a proteger a saúde dos alunos, um dos principais objetivos do Programa de Alimentação Escolar do Paraná (PEAE).

    “Quando pensamos na importância da alimentação servida nas nossas escolas, precisamos de todas as garantias de que entregaremos produtos apropriados e seguros. Esse é o principal objetivo da parceria com o Tecpar, o de termos um controle de qualidade necessário e em conformidade com a legislação”, enfatiza Marcelo Pimentel Bueno, diretor-presidente da Fundepar.

    CRITÉRIOS– Nos laboratórios do Tecpar, as amostras passam por análises laboratoriais que permitem avaliar a segurança alimentar e o valor nutricional dos gêneros alimentícios. São feitos, por exemplo, os ensaios microbiológicos para identificar microrganismos patogênicos ou toxinas que podem representar risco à saúde do consumidor, além dos ensaios químicos, como os de proteínas, minerais, açúcares, vitaminas, entre outros.

    Há, ainda, a inspeção nas embalagens primárias e secundárias dos alimentos, que acontece durante a entrega dos itens pelos fornecedores na unidade armazenadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Não havendo restrições durante a inspeção, é feita a amostragem representativa e encaminhada ao Tecpar para ensaios laboratoriais.

    ALIMENTOS– Os produtos analisados são diversificados, vão desde alimentos congelados, como cortes de carnes, e industrializados, como arroz, macarrão, bolachas e sucos. Alguns produtos adquiridos da agricultura familiar, como ovos e temperos, também são avaliados.

    A cada novo ano letivo são incluídos ou excluídos gêneros alimentícios da programação de aquisição e o controle de qualidade é necessário para garantir que os alimentos entregues estejam de acordo com a legislação de alimentos.

    Neste ano de 2022 foram incluídos serviços analíticos com o objetivo de avaliar alguns itens cozidos, como arroz branco, batata inglesa, mandioca, feijão carioca, ovo, macarrão espaguete, carne bovina moída refogada, peito de frango refogado, músculo bovino e sardinha.

    REPROVAÇÃO – Em 2021, dos 293 produtos analisados, apenas 10 foram reprovados por oferecer risco à saúde, enquanto que outros 28 foram reprovados na inspeção, peso líquido ou parâmetros químicos relacionados a composição nutricional.

    Daniele Adão, gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar, ressalta que os produtos reprovados passam por processo administrativo na Fundepar e os produtos que oferecem risco à saúde não são distribuídos nas escolas. “Alguns parâmetros, como o peso líquido por exemplo, que não tem impacto na qualidade do produto ou sua composição nutricional, poderá implicar na reposição da quantidade previamente acordada em contrato”, explica Daniele.

    Entre os principais motivos que fazem os alimentos serem reprovados por apresentar riscos à saúde, estão a presença de coliformes, salmonela e presença de material estranho. Os alimentos podem, ainda, ser desqualificados por apresentarem problemas com a rotulagem das embalagens ou resultados fora dos limites estabelecidos por requisitos normativos para a tabela nutricional daquele item alimentício.

    REFERÊNCIA– O Tecpar é habilitado pela Anvisa e acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro para realizar análises de alimentos e embalagens para clientes de todo o País. Além disso, integra a Rede Nacional de Análise de Alimentos (Renali), formada por laboratórios públicos e instituições sem fins lucrativos de todo o Brasil, que possuem sistema de gestão de qualidade implantado ou acreditado.

    Fonte: Secom Paraná