Categoria: Educação

  • Governo libera R$ 14 milhões para complementação alimentar nas escolas estaduais

    Governo libera R$ 14 milhões para complementação alimentar nas escolas estaduais

    O Governo do Paraná liberou nesta segunda-feira (25), por meio do Programa Fundo Rotativo, da Secretaria estadual da Educação e do Esporte, uma cota especial no valor de R$ 14 milhões para a aquisição de alimentos nas 2,1 mil escolas estaduais. O recurso pertence ao projeto Mais Alimentação e busca ampliar a variedade dos cardápios servidos em cerca de 1 milhão de refeições diárias aos estudantes da rede do Estado.

    Poderão ser adquiridos açúcar, biscoitos, farinhas, cereais, legumes, massas, panificados, fermentos, molho de tomate, óleo de soja, sal, temperos, hortifrutigranjeiros, carnes, lácteos e produtos para alunos com necessidades alimentares especiais, dependendo da realidade de cada escola.

    A diversidade de alimentos contribui para o desenvolvimento dos estudantes. “A alimentação saudável deve ser ensinada desde cedo para as crianças e adolescentes, que devem aprender a experimentar todos os alimentos, como verduras, legumes e frutas”, disse o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), Marcelo Pimentel Bueno. “É muito importante a valorização do momento da alimentação e a escola é um ambiente promotor de saúde”.

    Cada escola recebeu um valor calculado correspondente ao número de refeições servidas diariamente. “Esse dinheiro vai nos ajudar a oferecer um cardápio mais variado, pois conseguiremos comprar itens para complementar as refeições dos nossos alunos”, explicou Eloisa Van der Neut, diretora do Colégio Estadual Cívico-Militar Duque de Caxias, em Irati.

    Além da Cota Especial, estão sendo realizadas entregas semanais de alimentos da agricultura familiar e, ainda, o envio de carnes congeladas e ovos. Serão cerca de 20 milhões de quilos de alimentos, com investimento de aproximadamente R$ 146 milhões até o fim do ano, dentro do planejamento feito pela Fundepar.

    A lista de aquisição com diversos alimentos obedece as normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para garantir a variedade de itens nas refeições servidas nas escolas estaduais.

    Fonte: Secom Paraná

  • Escolas municipais de São Paulo já podem receber 100% dos estudantes

    Escolas municipais de São Paulo já podem receber 100% dos estudantes

    As escolas municipais da capital paulista já podem receber 100% dos estudantes, ou seja, a partir de hoje (25) o rodízio entre os alunos no atendimento presencial nas escolas terminou. Agora, as unidades de ensino fundamental e médio poderão receber os alunos sem a necessidade de distanciamento.

    A participação presencial nas atividades, no entanto, segue facultativa às famílias, de acordo com a Lei 17.437, de 12 de agosto de 2020. A medida foi baseada nas orientações dos órgãos de saúde.

    “Desde o início nós seguimos as orientações da saúde e da vigilância sanitária, tanto para o fechamento quanto reabertura das escolas. Neste momento, a área da Saúde diz que todos os alunos podem ser atendidos todos os dias”, disse o secretário municipal de Educação Fernando Padula, no anúncio feito semana passada. As escolas terão 10 dias para se adaptar, assim como para contactar e orientar as famílias.

    Como a participação nas atividades presenciais ainda está a critério dos pais e responsáveis, quem optar por manter a criança ou adolescente no sistema remoto deve assinar um termo de responsabilidade e se comprometer a retirar as atividades na escola e participação nas aulas remotas.

    Escolas abertas

    Na rede municipal, as unidades foram reabertas em 15 de fevereiro, com limite de capacidade de até 35% dos estudantes, em formato de rodízio. Para a educação infantil também havia o limite de até 35%, porém sem rodízio.

    Em 17 de março, por conta da piora da pandemia na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal de Educação adiantou o recesso do mês de julho. As atividades foram retomadas em 12 de abril, ainda com até 35% dos estudantes, em formato de rodízio.

    Em 8 de setembro, os Centros de Educação Infantil retomaram o atendimento a 100% das crianças, sem rodízio, também sem a obrigatoriedade de presença.

    Fonte: EBC

  • Rede estadual de ensino do Rio retorna às aulas 100% presenciais

    Rede estadual de ensino do Rio retorna às aulas 100% presenciais

    A rede estadual de ensino do Rio de Janeiro retornou hoje (25) às aulas 100% presenciais. Desde março o sistema de ensino na Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) estava híbrido, com aulas presenciais e remotas. No ano passado, as aulas foram apenas remotas por causa da pandemia de covid-19.

    Em coletiva de imprensa, o secretário estadual de Educação, Alexandre Valle, informou que a direção das escolas têm procurado os estudantes que não estão frequentando as aulas e que a Seeduc anunciará nos próximos dias um grande programa de busca ativa para evitar a evasão escolar.

    “As nossas diretoras, a todo momento, trabalharam em busca ativa para que nossos alunos retornassem às nossas salas de aulas, por meio de e-mails, de mensagens, de telefonemas, e, principalmente, indo buscar os alunos em sua residência. A partir dos próximos dias, o governo do estado apresentará um grande programa de busca ativa que envolverá aproximadamente 9 mil mulheres e 1.500 assistentes sociais”.

    Valle lembrou que faltam apenas cerca de 60 dias para o fim do ano letivo, mas que esse período será importante para a secretaria identificar e corrigir problemas gerados pela pandemia.

    “São 60 dias muito importantes aonde faremos o diagnóstico da realidade atual dos nossos alunos, onde poderemos traçar medidas pontuais e cirúrgicas pra que cada vez mais tenhamos esse resultado que todos nós desejamos, alcançamos a educação do Rio de Janeiro, com investimentos em reforço, em recuperação, aonde possamos fazer com que, apesar de 60 dias apenas, o aluno possa ter o melhor aproveitamento”, explicou.

    Segundo o secretário estadual da Saúde, Alexandre Chieppe, o cenário epidemiológico da pandemia está favorável para o retorno às aulas presenciais.

    “O cenário epidemiológico da covid-19 hoje no Rio de Janeiro é bastante tranquilizador. Isso muito por conta da vacinação, que vem avançando de forma satisfatória no estado. Hoje, nós já temos em torno de 60% da população vacinada com as duas doses e mais de 75% com uma dose. Isso já reflete na queda dos indicadores. A tendência é que essa queda se consolide e se reflete no Mapa de Risco que a gente divulga semanalmente, que pela primeira vez todas as regiões do estado estão em amarelo, temos somente dois municípios em laranja. No próximo mapa poderemos ter alguns em verde”.

    De acordo com ele, os protocolos sanitários não preveem o fechamento da escola em caso de registro de covid-19 entre estudantes ou professores.

    “A primeira recomendação é: não se fecha escola, caso aconteça algum caso. Identifica-se o aluno, isola-se o aluno, ele é encaminhado para o posto de Saúde, e essa equipe do posto começa o monitoramento daqueles indivíduos próximos daquele aluno. Obviamente, caso aconteça um surto, com vários casos segundários naquela escola, outras medidas poderão ser adotadas. Desde a suspensão daquela turma especificamente e o monitoramento dela, até a modificação de algum protocolo, que pode ter havido algum erro”, disse.

    Sindicato

    O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) apresentou na semana passada para a Seeduc questionamentos sobre o retorno às atividades presenciais. O Sepe argumenta que a pandemia não acabou e que ainda existe risco de contágio, apesar do avanço na vacinação.

    “A direção questionou, ainda, os problemas estruturais de muitas escolas que não têm espaço físico adequado para receber um grande contingente de pessoas na atual situação sanitária”, informa o Sepe-RJ. O sindicato questionou a interrupção abrupta da plataforma virtual, sendo que há garantias para que os servidores com comorbidades permaneçam no trabalho remoto até o final de 2021.

    O sindicato argumenta também que os estudantes ainda não completaram o ciclo de vacinação e que a decisão de retornar ou não à escola deve ser da família, e não uma imposição da Seeduc. Segundo o Sepe-RJ, a direção do sindicato volta a se reunir com a secretaria no dia 28 e uma assembleia está marcada para o dia 30.

    Rede municipal

    Na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro o retorno das aulas presenciais sem rodízio de alunos começou no dia 18, com as turmas de pré-escola, 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e programa Carioca II.

    A segunda fase da retomada das aulas presenciais começou hoje (25), com o retorno das creches, classes especiais, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 3º, 4º, 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental.

    Por causa da pandemia de covid-19, as aulas presenciais vinham ocorrendo em sistema de rodízio, com metade da lotação das turmas em cada semana.

    Fonte: EBC

  • Agência Brasil explica como funciona o programa Jovem Aprendiz

    Agência Brasil explica como funciona o programa Jovem Aprendiz

    Fruto de uma lei em vigor há quase 21 anos, o Programa Jovem Aprendiz é uma iniciativa federal que visa estimular empresas e órgãos públicos a contratar jovens de 14 a 24 anos de idade, bem como pessoas com necessidades especiais, sem limite de idade. Além de oferecer aos jovens uma oportunidade de aprendizagem profissional e, em muitos casos, uma via de entrada para o mercado formal de trabalho, a política pública de estímulo à contratação de aprendizes também busca qualificar a mão de obra de que o setor produtivo precisa. A proposta é integrar o estudo e a prática. Por isso, a chamada Lei da Aprendizagem (10.097/00), que norteia o programa, estabelece que a jornada diária do aprendiz não deve superar seis horas diárias, salvo em casos em que o jovem já tenha completado o ensino fundamental, quando, então, poderá trabalhar até oito horas diárias. Em qualquer das duas situações, a carga horária deve levar em conta o tempo destinado aos estudos. Na condição de aprendiz, o jovem contratado recebe salário e outros direitos trabalhistas e previdenciários, como vale-transporte, 13° salário, férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Tudo devidamente registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social. O contrato não deve durar mais que dois anos – exceção aos casos de portadores de necessidades especiais. Mais do que simplesmente colocar jovens de 14 a 24 anos para trabalhar, os empregadores devem matriculá-los em cursos oferecidos por entidades de aprendizagem qualificada, tais como as que formam o Sistema S, ou por escolas técnicas e agrotécnicas e entidades sem fins lucrativos registradas nos conselhos dos direitos da criança e do adolescente dos municípios onde atuem. Fazem parte do Sistema S o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac); o Serviço Social do Comércio (Sesc); o Serviço Social da Indústria (Sesi); o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); o Serviço Social de Aprendizagem do Transporte (Senat); o Serviço Social de Transporte (Sest) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

    Muitas empresas, principalmente as de grande porte, têm seus próprios programas de seleção e contratação de aprendizes, mas há também entidades como o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), o Instituto Euvaldo Lodi e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), entre outras, que fazem a ponte entre os jovens e os empregadores interessados. O Ministério da Economia, por sua vez disponibiliza, em sua página uma relação, por localidades, contendo os cursos de aprendizagem profissional autorizados a funcionar no país. Pela legislação brasileira, empreendimentos de médio e grande portes com ao menos sete empregados desempenhando funções que exijam formação profissional são obrigados a contratar o correspondente a, no mínimo, 5%, e, no máximo, 15%, de aprendizes. As atividades que incidem neste cálculo podem ser consultadas na página da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Já os estabelecimentos dispensados de cumprir a exigência legal constam da Instrução Normativa nº 146, de 2018, do Ministério do Trabalho e Previdência.

    Limites

    A condição do menor aprendiz, bem como seus direitos e deveres, já constava na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, que permitia a contratação de aprendizes a partir dos 14 anos de idade. Em 1967, um decreto-lei reduziu para 12 anos o limite mínimo – que vigorou até 1998, quando uma emenda à Constituição Federal voltou a proibir a contratação de aprendizes com menos de 14 anos. Dois anos depois, a regra foi incorporada à Lei da Aprendizagem, que norteia o Programa Jovem Aprendiz e, entre outras coisas, observa o veto constitucional ao acesso de menores de 16 anos a qualquer outra forma de trabalho que não na condição de aprendiz. Em 2005, a Lei nº 11.180 elevou de 18 anos para 24 anos de idade o limite etário máximo para a contratação de aprendizes por empresas e órgãos públicos.

    Resultados

    Desde que a Lei da Aprendizagem entrou em vigor, em 2000, o número de jovens aprendizes vinha aumentando ano após ano, até pelo menos 2020. No entanto, uma consulta à Relação Anual de Informações Sociais (Rais) revela que os resultados ainda são tímidos. Mesmo que o número de contratos de aprendizagem tenha saltado de 368.818, em 2016, para 481.284 em 2019, eles ainda representavam menos de 8% dos 6,51 milhões de jovens de 14 a 24 anos ocupados no mercado formal de trabalho em 2019 – pouco antes de o mundo começar a enfrentar a pandemia de covid-19. Os dados da Rais 2020 ainda estão sendo computados, mas o Boletim da Aprendizagem que o Ministério da Economia divulga em sua página na internet revela que, no ano passado, foram registrados ao menos 393.920 contratos de aprendizagem. Dado que, conforme alerta o ministério, pode ser reajustado após a conclusão da Rais 2020. O mesmo boletim indica que, no fim de julho deste ano, havia ao menos 461.548 contratos ativos em todo o país.

    Fonte: EBC

  • Escolas públicas do Rio recebem oficina sobre deslizamento de encostas

    Escolas públicas do Rio recebem oficina sobre deslizamento de encostas

    É com areia, barro, brita e água que integrantes do projeto Encosta Viva mostram a estudantes de escolas públicas como ocorre um deslizamento de terra. Na maquete colocada diante da turma de 8º ano da Escola Municipal Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (21), bastou aumentar a inclinação da encosta e adicionar água que logo pequenas casas se deslocaram ladeira abaixo. A forma de ensinar é lúdica, mas o tema é de extrema importância e gravidade. 

    Saber os motivos desses desastres, as formas de evitá-los e as ferramentas de alerta que existem no município pode ajudar a salvar vidas. É com esse objetivo que professores e estudantes universitários realizam, em outubro e novembro, a oficina Um dia a terra cai. Financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as aulas fazem parte do projeto de extensão Encosta Viva, vinculado à Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  

    “Vocês sabem o que é um desastre?”.  Quem faz a pergunta é a estudante de engenharia mecânica da UFRJ Isabela Cardoso, 21 anos, logo no início da oficina. Isabela entrou no Encosta Viva por se identificar com a situação. Ela mora em local de risco de deslizamento no Rio, no morro do Salgueiro, no bairro da Tijuca, na Zona Norte da cidade.

    “Eu vivo isso, eu vejo, sinto na pele como é ver um deslizamento. É algo muito triste. Saber que isso poderia ser evitado com conscientização, acho que faz muita diferença. A gente começa pela base, que são crianças, jovens e adolescentes, porque a maioria deles leva esse tema para casa, onde abordam e comentam o assunto”, diz. 

    Mais da metade da área do estado do Rio de Janeiro tem suscetibilidade a deslizamentos classificada como muito alta, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estudo divulgado em 2019, mostra que 53,9% do território fluminense está no nível máximo de risco. Outros 19,9% estão classificados como alta suscetibilidade, a segunda faixa mais elevada. O estado é o líder absoluto entre as unidades da federação em termos de áreas com maior suscetibilidade. O estado vizinho, Espírito Santo, aparece em segundo lugar, com 44,9% do território com suscetibilidade muito alta e 19,9%, alta.

    Escolas públicas

    “A oficina conta com maquetes e objetos para trazer experiência lúdica para os alunos e buscar essa interação com eles. Foram escolhidas escolas próximas a morros, onde alguns dos alunos moram. Não necessariamente eles vivenciam deslizamentos, mas moram em comunidades que sofrem problemas de deslizamento”, diz o professor da Escola Politécnica da UFRJ e coordenador do projeto, Marcos Barreto de Mendonça. 

    As escolas municipais Reverendo Martin Luther King, onde a oficina ocorreu na última semana, e Thomas Mann, no Cachambi, onde ocorrem na próxima semana, ambas na Zona Norte do Rio, são as primeiras unidades escolares a receberem atividade educativa sobre desastres associados a deslizamentos voltada para estudantes do ensino fundamental. A intenção é que o projeto siga no ano que vem e que envolva também agentes públicos que lidam diretamente com a questão dos deslizamentos.

    Além de abordar os motivos dos deslizamentos, entre eles, escavações, acúmulo de lixo e desmatamento, a oficina mostra os mecanismos de alerta existentes e os canais de assistência. “Hoje tem alarme pela cidade inteira. O sistema é aplicado no mundo inteiro. Isso é uma medida emergencial. É importante entender o que é esse sistema de alerta e conhecer o alarme de forma que o morador participe de ações previstas”, explica Mendonça. 

    Na turma do 8º ano, a maior parte dos alunos nunca ouviu uma sirene de alerta. E mesmo quem ouviu, às vezes, não a levou à sério. “Eu, por experiência própria, às vezes não acreditava. Ouvia a sirene tocando e via que a terra não deslizava. Que bom que não deslizou. A sirene está alertando que há risco de deslizamento, não quer dizer que vá deslizar. Mas você deve se ligar nos alertas, nas sirenes, [conhecer] os pontos de apoio”, diz Isabela. 

    A estudante Ester Carvalho, 13 anos, que participou da aula, decorou as orientações. “A minha casa não tem risco de deslizamento, mas eu pude aprender muito, posso informar um familiar meu ou quem mora perto disso: ‘olha, quando tocar a sirene, fique ligado, procure um lugar seguro’, e, assim, proteger eles”, diz

    Intercâmbio de conhecimento

    Segundo a diretora adjunta da Martin Luther King, Priscila Maria Conceição Costa, para a escola, é importante o contato e intercâmbio com universidades. Além disso, o tema é de interesse da instituição. “Se tratando de uma escola pública, isso é mais importante ainda porque esse projeto sobre deslizamento em encostas atinge principalmente o nosso público de escola pública, morador de comunidade, das favelas, do entorno e que moram em morro e que sofrem com essas catástrofes todos os anos. Veem deslizamento de casa, mortes de famílias”. 

    As aulas também discutem a ocupação desordenada da cidade e a necessidade de políticas públicas voltadas para a moradia, uma vez que a construção de casa em morros está, muitas vezes, associada a causas de deslizamentos. “As pessoas fazem isso porque não têm alternativa de casa”, diz a estudante Evelyn Medeiros, 15 anos. “É uma coisa muito séria. Principalmente agora, com a pandemia, as pessoas estão perdendo dinheiro e veem isso como alternativa fácil e barata e não é. Tem risco de morte. São vidas”.

    Isabela reforça: “Não é uma situação que nós escolhemos: viver em uma área de risco. Têm pessoas que não têm para onde ir, então, é compreensível que a gente leve essa conscientização para as escolas, para adolescentes e jovens, mas também esse engajamento para eles batalharam e não desistirem. A conscientização que podem ter coisa melhor, podemos ter coisa melhor, me sinto incluída nesse projeto me sinto incluída em todas as áreas”. 

    Orientações 

    Além das sirenes, há os pontos de apoio, para onde a população deve ir em caso de risco de deslizamento – geralmente, associações de moradores, escolas e outros espaços devidamente identificados. O Rio de Janeiro conta com o Sistema Alerta Rio da prefeitura, que emite mensagens e boletins de alerta à população sempre que há previsão de chuvas intensas que possam gerar inundações de vias públicas e/ou acidentes geotécnicos em encostas. Em caso de desastres desse tipo, é preciso acionar a Defesa Civil pelo número 199.

    Fonte: EBC

  • Ensino público no DF se prepara para nova fase 100% presencial

    Ensino público no DF se prepara para nova fase 100% presencial

    O Distrito Federal será mais uma unidade da federação a ter, nos próximos dias, o retorno às aulas 100% de forma presencial na rede pública de ensino, atualmente em sistema híbrido. 

    Em um vídeo divulgado no Twitter da Secretaria de Educação, a secretária Hélvia Paranaguá anunciou que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vai publicar um decreto que retira uma série de medidas restritivas que impedem as aulas 100% presenciais. “Com essas alterações, em poucos dias, todos os estudantes da rede pública estarão 100% presencialmente nas escolas”, adiantou a secretária sem detalhar a medida.

    O diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, é contrário à medida. “Todos os dias há casos de alunos e professores contaminados nas escolas, e mesmo acontecendo esses casos, o governo não faz a testagem nas escolas. Em muitas escolas não há desinfecção adequada, mesmo diante de casos positivados. Um retorno de 100% nesse momento só vai agravar a situação”, argumenta. Ainda segundo Fernandes, “alunos da educação infantil e do ensino fundamental I não estão vacinados e assim professores, alunos e toda comunidade escolar correm risco de serem contaminados pelo coronavírus”.

    Boletim

    Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde apontam queda na taxa de transmissão da covid-19 pelo 12ª dia consecutivo no Distrito Federal. Ontem a noite, a capital registrou 421 novos casos da covid-19 e 11 mortes pela doença.

    Estados

    Em todo país, estudantes de Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Maranhão, Amazonas, Goiás, São Paulo e Bahia já voltaram a ter aulas presenciais obrigatórias. Apenas quem tem atestado médico pode ficar em casa. Além desses estados, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Alagoas também já anunciaram que vão adotar a retomada das aulas 100% presenciais.

    Fonte: EBC

  • Em Foz do Iguaçu, professores da rede estadual participam de formação para o Novo Ensino Médio

    Em Foz do Iguaçu, professores da rede estadual participam de formação para o Novo Ensino Médio

    A secretaria estadual da Educação e do Esporte promove, em Foz do Iguaçu, o Seminário de Formação sobre o Novo Ensino Médio, uma série de eventos de formação destinados a professores do Ensino Médio da rede estadual de ensino do Paraná. Serão oito encontros presenciais (todos em Foz do Iguaçu), até 3 de dezembro, para aprofundamento na proposta pedagógica do Novo Ensino Médio, que será implementado a partir de 2022. Participará um docente de cada uma das 1.697 escolas estaduais que ofertam ensino médio.

    A programação do seminário conta com oficinas sobre temas referentes à proposta pedagógica do novo modelo, como a formação integral do sujeito, a construção do currículo a partir de competências e habilidades, o componente curricular Projeto de Vida e os conceitos de interdisciplinaridade e contextualização. Além das atividades de formação, ainda haverá momentos de diálogo, para que os professores possam tirar dúvidas e registrar considerações, críticas e sugestões.

    O secretário estadual da Educação e do Esporte, Renato Feder, esteve presente no evento nesta quarta-feira (20) para participar de uma conversa com os professores. “Foi bom para poder escutar as demandas das escolas e também para falar sobre os ajustes do lado pedagógico. Conversamos sobre aProva Paraná, observação em sala de aula, o programa Professor Formador, o PDE [Programa de Desenvolvimento Educacional] e questões sobre o porte das escolas. Foi uma reunião muito produtiva”, disse.

    Vanessa Ruthes, coordenadora do Novo Ensino Médio na Secretaria, ressalta que o objetivo do evento é fortalecer as instituições de ensino da rede estadual para que possam implementar com sucesso a proposta pedagógica do Novo Ensino Médio em 2022. “Será a continuidade do trabalho que desenvolvemos com três grupos de profissionais que serão atores desse processo: diretores, pedagogos e professores”, afirma.

    DIRETORES E PEDAGOGOS—  A Secretaria já havia realizado, em setembro e outubro, uma série deoficinas presenciaisde formação com os pedagogos das escolas da rede estadual. A proposta era trabalhar com os profissionais três elementos centrais do Novo Ensino Médio: a formação integral do estudante, o componente curricular Projeto de Vida e os conceitos de interdisciplinaridade e contextualização aplicados ao desenvolvimento de competências e habilidades. Os diretores, por sua vez, tiveram reuniões com a Seed acerca do Novo Ensino Médio nos meses de agosto e setembro.

    CONSULTA À COMUNIDADE— A Seed abriu na sexta-feira (15) a consulta à comunidade sobre o currículo do Novo Ensino Médio do Paraná. Estudantes, pais, professores, funcionários de escolas e a comunidade em geral poderão entender como foi a elaboração do currículo (que visa orientar o processo de ensino-aprendizagem  no Estado), ter acesso ao documento e contribuir para o seu aperfeiçoamento. A consulta segue aberta até 8 de novembro.

    SÉRIE— A Seed está produzindo uma série de matérias sobre o Novo Ensino Médio Paranaense. Já foram publicadas uma matéria de apresentação donovo modelo, uma sobre os itinerários formativos e outra sobre o componente curricular Projeto de Vida. Acompanhe o site e redes sociais da Seed para saber mais informações sobre o Novo Ensino Médio.

    Fonte: Secom Paraná

  • Rede estadual de ensino do Rio retoma aulas 100% presencial na segunda

    Rede estadual de ensino do Rio retoma aulas 100% presencial na segunda

    Cerca de 725 mil alunos da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro retornarão às aulas 100% presenciais na próxima segunda-feira, (25). A decisão pelo fim do ensino híbrido (presencial e remoto) foi tomada hoje (20), a partir da confirmação de que a maioria dos profissionais de educação está com o esquema vacinal completo, bem como o grande número de crianças e adolescentes vacinadas contra a covid-19. A secretaria estadual de educação também cita a queda de casos e de óbitos pela doença nos 92 municípios fluminenses.

    “Mais de 95% dos funcionários dos colégios tomaram a primeira dose e mais de 85% já receberam a segunda ou a dose única. Vale destacar que a Secretaria de Estado de Saúde já está imunizando jovens de 12 a 17 anos, faixa etária dos alunos da rede estadual”.

    Para o governador Cláudio Castro, a volta às aulas significa um “importante marco” no retorno às atividades: “o retorno dos estudantes às salas de aula é motivo de comemoração para a comunidade escolar, que poderá voltar a cumprir um planejamento integral e consistente de ensino. Este momento representa um importante marco na superação da pandemia, graças ao alcance de mais de 85% dos profissionais da rede estadual completamente imunizados”.

    Retorno seguro

    A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que atua para proporcionar um retorno seguro a todos os alunos e servidores, seguindo os atuais protocolos sanitários, incluindo a constante sanitização das escolas e as regulamentações expedidas tanto pelo governo do estadual como pelos municipais. “Os alunos e professores continuam recebendo máscaras e o seu uso segue obrigatório em todas as unidades escolares da rede estadual de ensino”.

    Em nota, o secretário estadual de Educação, Alexandre Valle, reforçou a importância da medida. “Há tempos estamos trabalhando por este momento. Acreditamos em um retorno seguro e produtivo, com bom aproveitamento das aulas e respeito aos protocolos sanitários. Estamos falando do futuro dos nossos filhos e do nosso estado. O ensino presencial é fundamental para o convívio e formação dos nossos alunos”.

    A nota diz ainda que “a secretaria está preparada para enfrentar o desafio de reverter o avanço da evasão escolar, agravada pela pandemia, recuperando e superando as dificuldades causadas na aprendizagem dos alunos da rede estadual de ensino”.

    https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2021-08/rede-estadual-do-rio-de-janeiro-retoma-aulas-presenciais

    Fonte: EBC

  • Alunos da rede estadual usam plataforma de games para estudar matemática

    Alunos da rede estadual usam plataforma de games para estudar matemática

    Estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental da rede estadual de ensino passaram a utilizar neste semestre uma plataforma gamificada (jogos) de matemática como complemento do processo de ensino-aprendizagem. Por meio de jogos interativos e desafios lúdicos, eles trabalham a compreensão de conceitos matemáticos e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

    A plataforma, que compreende site e aplicativo, pode ser acessada por meio de celular, tablet ou computador e está disponível, atualmente, para mais de 125 mil estudantes e 2,3 mil professores de matemática.

    Os docentes podem utilizar a ferramenta como recurso pedagógico em sala de aula, acompanhando os estudantes e tirando dúvidas, ou como tarefa de casa e atividade avaliativa. Também é possível criar planos de aula personalizados, conforme as necessidades de cada estudante, e acompanhar seu progresso. Todas as atividades estão vinculadas aos conteúdos da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

    “A plataforma gera relatórios individuais e da turma toda. Consigo visualizar em que ponto a turma está e onde preciso investir para que os alunos alcancem os objetivos que tenho para aquele conteúdo”, diz a professora Marytta Rennó Masseli, que leciona Matemática no Colégio Estadual João Bettega, em Curitiba. “Então, posso atribuir atividades específicas para aqueles estudantes que têm mais facilidade ou mais dificuldade com o conteúdo”, afirma.

    A aluna Sophia Garcia Santos, de 11 anos, conta que usa a plataforma frequentemente no Colégio Estadual Euzébio da Mota, em Curitiba. “Acho muito legal o aplicativo. A gente aprende brincando, mesmo. Já aprendi, com os jogos, sobre números negativos, frações e divisão de decimais”, diz.

    DIA D— Nesta quarta-feira (20), a plataforma, chamada Matific, promove o Dia D no Paraná, para estimular a participação dos estudantes. Ao longo do dia, os professores são convidados a abrir a plataforma, no momento da aula, e ensinar aos alunos o passo a passo para acessar e participar das atividades.

    Fonte: Secom Paraná

  • Estado e prefeitura do Rio buscam alunos que não voltaram para escola

    Estado e prefeitura do Rio buscam alunos que não voltaram para escola

    As secretarias de Educação do município e do estado do Rio de Janeiro estão desenvolvendo estratégias para localizar os estudantes que deixaram de assistir às aulas durante a pandemia da covid-19 e ainda não retornaram às escolas. A estimativa é que sejam 25 mil estudantes na capital e cerca de 80 mil na rede estadual.

    Segundo a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, responsável principalmente pela educação infantil e ensino fundamental, todos os anos há estudantes que deixam de frequentar as aulas e até mesmo abandonam os estudos. Com a pandemia e o fechamento prolongado das escolas em 2020, no entanto, o quadro se agravou.

    “Houve um forte desengajamento dos alunos e seus familiares. Chegamos ao número de 25 mil contabilizando os alunos que não estão em aulas presenciais e não interagiram com a escola e seus professores”, disse a pasta em nota.

    Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ), responsável principalmente pelo ensino médio, informou que cerca de 80 mil estudantes permanecem infrequentes, ou seja, frequentaram menos de 75% das aulas presenciais ou remotas. Isso não significa, de acordo com a pasta, que esses alunos tenham abandonado a escola. Ainda é possível a reposição dos conteúdos e o cumprimento da frequência exigida até o final do ano letivo, segundo a secretaria.

    Busca ativa

    Para evitar que esses estudantes abandonem permanentemente os estudos, ambas as redes de ensino desenvolvem ações para trazê-los de volta às escolas.

    A secretaria municipal informou que está em curso um projeto de busca ativa que conta com uma articulação com as demais secretarias, especialmente a de Saúde e a da Assistência Social, e subprefeituras. Além disso, a pasta utiliza a plataforma de Busca Ativa Escolar, elaborada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para identificar crianças e jovens fora da escola.

    A secretaria atua ainda na mobilização dos diretores e professores junto aos responsáveis e colegas dos alunos ausentes e utiliza as redes sociais e até mesmo carros de som.

    No âmbito do estado, para manter o vínculo do estudante com a escola, a Seeduc-RJ tem orientado a rede sobre os procedimentos para realização da busca ativa e promovido diferentes campanhas de resgate de alunos com baixa frequência e/ou nota.

    Segundo a pasta, as escolas estaduais também desenvolvem estratégias autônomas de acordo com as necessidades e a realidade local, tais como visita às residências de estudantes; mensagens por redes sociais; reuniões virtuais com pais e responsáveis; articulação com grêmios estudantis, associação de moradores e entidades públicas locais; apoio de rádios comunitárias, entre outras.

    Aulas presenciais

    A rede municipal de ensino do Rio de Janeiro começou o retorno das aulas presenciais sem rodízio de alunos, na segunda-feira (18). Na primeira fase, retomam as aulas a pré-escola, 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o programa Carioca II.

    Até a semana passada, as aulas presenciais vinham sendo feitas em sistema de rodízio, com metade da lotação das turmas, devido à pandemia da covid-19. Os grupos se alternavam de semana em semana entre os ensinos presencial e remoto.

    Todas as escolas da rede estadual de ensino estão abertas, ofertando o modelo de ensino híbrido, com aulas remotas e também presenciais para todos os alunos que optarem por essa modalidade, exceto aquelas escolas cujos municípios encontram-se com norma proibitiva para atividades pedagógicas presenciais. As unidades escolares cumprem todos os protocolos e orientações definidos pela Secretaria de Estado de Saúde.

    Brasil

    A exclusão escolar é uma preocupação não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil. O número de crianças e adolescentes sem acesso à educação no país saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020, de acordo com o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um Alerta sobre os Impactos da Pandemia da Covid-19 na Educação, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) Educação.

    Fonte: EBC