Categoria: Internacional

  • Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (23), em discurso na cúpula dos Brics, em Joanesbuergo, na África do Sul, que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia.

    Realizado na África do Sul, o encontro de chefes de Estado do bloco de cinco países, que também inclui China, Índia e Rússia, contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin, por videoconferência.

    Em seu discurso, Lula disse que o Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania e integridade territorial das nações e considerou positivo o fato de que há um número crescente de países engajado na tentativa de atingir um acordo para encerrar a guerra que se arrasta há um ano e meio.

    “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa, efetivamente, contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, afirmou Lula.

    Guerra na Ucrânia

    Ele acrescentou que a guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os Brics têm um papel relevante na solução do conflito.

    “A busca pela paz é um coletivo e um imperativo para o desenvolvimento justo e sustentável. Os Brics devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa na contribuição da China, da África do Sul e do meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia”, enfatizou.

    Lula criticou ainda os gastos militares globais, que superam, segundo ele, US$ 2 trilhões em apenas um ano, enquanto existem 735 milhões de pessoas passando fome no mundo.

    Falando logo em seguida ao presidente brasileiro, Putin afirmou que o conflito na Ucrânia foi provocado por um “neocolonialismo” de países ocidentais e a tentativa dessas nações em manter sua hegemonia.

    Segundo ele, a Ucrânia passou por um golpe de Estado em 2014, referindo-se à Revolução de Maidan, que culminou na retirada do presidente Viktor Yanukovych, e as pessoas que não concordaram com o novo regime foram perseguidas, referindo-se à população etnicamente russa daquele país.

    “Uma guerra de atrito foi lançada contra eles e isso durou oito anos. A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam por sua cultura, tradições, língua e seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são guiadas por apenas um motivo: acabar com a guerra que foi lançada pelo Ocidente contra as pessoas em Donbass”.

    Putin também agradeceu aos “colegas do Brics” que estão buscando soluções para “acabar com essa situação”, por meios justos e pacíficos.

    Brics é o nome dado a um grupo de países que tem como objetivo a cooperação econômica e o desenvolvimento em conjunto. Esse grupo é formado por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Fonte: Agência Brasil

  • Pai de Assange divulga documentário sobre luta por liberdade do filho

    Pai de Assange divulga documentário sobre luta por liberdade do filho

    O pai do jornalista e ativista australiano Julian Assange, John Shipton, está no Brasil para divulgar o documentárioIthaka – A Luta de Assange.A obra mostrao trabalho de Shipton na tentativa de libertar seu filho, que está preso na Inglaterra desde 2019. Em entrevista exclusiva àTV Brasil, Shipton disse que está lutando vigorosamente contra a possibilidade de extradição de Assange para os Estados Unidos, o que para ele seria uma “sentença de morte”.

    Segundo Shipton, o objetivo do documentário é mostrar o que os governos podem fazer para censurar as publicações da imprensa. “Ver isso no documentário nos arma para futuros confrontos, nos dá ferramentas para ajudar os governos a entender que existem outros meios de governar um país.”

    Para Shipton, a prisão de Assange fere a liberdade de imprensa no mundo “Qual jornalista vai querer passar 14 anos preso e gastar milhões de dólares para pagar advogados por sua liberdade? O jornalismo está sendo pressionado por todo o mundo”, disse.

    O fundador do WikiLeaks foi preso na Inglaterra em 2019 após sete anos asilado na Embaixada do Equador. O ativista é acusado pela Justiça norte-americana de 18 crimes, incluindo espionagem, devido à publicação, em 2010, de mais de 700 mil documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Caso seja considerado culpado, ele pode pegar até 175 anos de prisão.

    Shipton agradeceu ao governo brasileiro o apoio a Assange. Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em Londres, que a manutenção da prisão do jornalista é “uma vergonha” .

    O pai de Assange foi recebido nesta terça-feira (22) pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. Nas redes sociais, Pimenta ressaltou que o presidente Lula é sensível à causa e um dos principais defensores de Assange. “Reafirmamos o compromisso do nosso governo com a sua luta, a do Assange, e o nosso compromisso com a liberdade de expressão. Defendemos quem tem coragem de buscar um mundo melhor”, ressaltou o ministro.

    Fonte: Agência Brasil

  • Adesão de novos países e integração econômica estão na agenda do Brics

    Adesão de novos países e integração econômica estão na agenda do Brics

    A definição sobre os critérios para uma eventual ampliação do Brics e a criação de uma unidade de valor comum no comércio entre os países do bloco estão na pauta da 15ª Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de 20 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, como Irã, Arábia Saudita e Argentina.

    A inclusão de novos países no Brics – grupo atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –pode não ser interessante para o Brasil. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Borba Casella.

    Para o especialista, a inclusão de novos países pode acabar atrapalhando os trabalhos do grupo. “Essa possível ampliação vai significar paralisar e bagunçar toda essa agenda que funciona e que até agora fazia sentido, porque os cinco países têm visibilidade, representam uma parcela importante da população mundial, da economia mundial”, explica Casella, que é professor de direito internacional público da Faculdade de Direito da USP.

    Para ele, a mudança na constituição do Brics poderá levar o Brasil a deixar o grupo. “Não sei se é conveniente para o Brasil estar aliado com o grupo que será marcadamente anti-ocidente para se colocar em oposição à União Europeia e aos Estados Unidos. Não nos interessa estar em rota de colisão com parceiros comerciais importantes, não vejo vantagem nenhuma para o Brasil”, diz Casella. Ele explica que, como o Brics não é uma organização internacional constituída, não há um procedimento previamente determinado para o ingresso de novos países.

    A discussão sobre a ampliação do Brics pode ser um sinal de necessidade de vitalidade e revigoramento do bloco, na avaliação do professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Alcides Cunha Costa Vaz. Para ele, a longo prazo, a inclusão de mais países pode ser um complicador na busca de convergência e consensos. “Quando se amplia o número de membros, a pluralidade, a diversidade e as desigualdades também aumentam e se torna mais dificultoso o processo decisório, o estabelecimento de agendas fortes e convergentes.”

    Para a especialista em China Larissa Wachholz, o sucesso de uma possível expansão do bloco vai depender da forma como ela for concretizada. “É preciso ter a compreensão de onde se quer chegar e pensar em um processo de expansão condizente com os objetivos que se quer alcançar: se é expandir o comércio dos países envolvidos, ou expandir as opções de financiamento. Os países com interesse em aderir devem pensar de forma similar, para trazer mais consenso e não dissenso”, avalia a sócia da assessoria financeira Vallya.

    Apesar das vantagens para o Brasil de uma possível ampliação do grupo, como a expansão de mercados, a cooperação na área de desenvolvimento sustentável, infraestrutura e tecnologia, além do fortalecimento do papel internacional, a entrada de novos membros pode resultar em divergências de interesses e prioridades e na complexidade da cooperação entre os países. “Quanto mais países entram no grupo, mais complexa podem se tornar a coordenação e a tomada de decisões. Diferenças culturais, econômicas e políticas entre os membros podem dificultar a implementação de acordos e projetos conjuntos”, diz o pesquisador Bruno Fabricio Alcebino da Silva, do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (Opeb).

    Agenda econômica

    A reunião do Brics também deverá ter discussões importantes sobre a possibilidade da criação de uma unidade de valor comum em transações comerciais e de investimentos entre os membros do agrupamento. Para a especialista Larissa Wachholz , a criação de instrumentos que facilitem o comércio internacional é sempre bem-vinda. “Um país como o Brasil se fortalece com um comércio internacional resiliente, amplo, que contempla vários atores”, destaca.

    Já o professor Casella diz que não tem “nada contra a ideia, desde que funcione”. “O que realmente importa não é que digam que lançaram mais um mecanismo, é que isso funcione, que o mercado aceite e que se passe a ter operações decomércio exterior, de compra e venda de mercadorias ecommoditiesusando esse mecanismo.”

    Segundo o governo brasileiro, a discussão sobre a unidade de valor comum ainda é embrionária. “Essa unidade não visa a substituir as moedas nacionais, mas a projetar alternativa estável às moedas internacionais predominantes”, informou o Palácio do Planalto, em publicação sobre o evento.

    O debate sobre o financiamento a projetos de cooperação e desenvolvimento, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), é um dos pontos em que pode haver avanços mais concretos, na avaliação do professor Costa Vaz. “É possível equilibrar as dificuldades no campo político com uma maior proatividade no campo dos instrumentos de financiamento ao desenvolvimento, o que pode mostrar ao final uma cúpula com resultados tangíveis”, avalia.

    Além da concertação política, o Brics contempla iniciativas setoriais e de cooperação, incluindo comércio e finanças, ciência, indústria, energia, tecnologia e saúde. Segundo o governo brasileiro, a Cúpula do Brics deve avançar em temas importantes como: aprimoramento da governança global, recuperação econômica, cooperação entre países em desenvolvimento, combate à fome, mudança do clima e transição energética.

    “Apesar dos desafios e das tensões geopolíticas, a cúpula representa uma oportunidade para abordar questões críticas, fortalecer a cooperação e definir a direção futura do grupo. A forma como os países Brics enfrentarão esses desafios e buscarão suas aspirações ainda está por ser determinada, mas o evento atual é um passo importante nesse processo”, avalia o pesquisador do Opeb.

    Fonte: Agência Brasil

  • Entenda como funciona o Brics

    Entenda como funciona o Brics

    Com a possibilidade de ganhar a adesão de novos países, o Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – reúne-se pela 15ª vez a partir desta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul. Dos cinco membros originais, o encontro terá a presença de chefes de Estado de quatro países. Por causa da guerra na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou representantes.

    Com 26% do Produto Interno Bruto (PIB) global, o Brics não tem um critério formal de filiação. O grupo funciona mais ou menos nos moldes do G7 (grupo das sete maiores economias do planeta), que periodicamente se reúne para discutir políticas externas. Nos últimos anos, o Brics tem ganhado força ao promover acordos de cooperação mútua e constituir um banco de desenvolvimento, atualmente presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff .

    Nascido de um acrônimo (palavra formada por iniciais) cunhado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs, o Brics nasceu como Bric, que também significa tijolo em inglês. Na época, o economista tentava designar economias emergentes com alto potencial de crescimento no século 21. Somente em 2006, os quatro países constituíram um fórum formal de discussões, na Reunião de Chanceleres organizada à margem da 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro daquele ano.

    Após um período em que apenas ministros de Relações Exteriores se encontravam, o Bric promoveu a primeira reunião de chefes de Estado em 2009, na Cúpula de Ecaterimburgo, na Rússia. Em 2010, foi realizado o segundo encontro, em Brasília. Em 2011, na terceira reunião de cúpula, em Sanya (China), a África do Sul foi incluída, e a sigla ganhou a letra s.

    Banco

    Em 2014, a integração aumentou, com o anúncio da criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, na reunião de cúpula em Fortaleza, em julho daquele ano. Fundada formalmente em 2015, a instituição financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros. Em oito anos, o NDB emprestou US$ 33 bilhões para 100 projetos de infraestrutura, energia renovável, transporte, entre outras iniciativas.

    Também em 2014, foi formado o Fundo de Reservas do Brics para preservar a estabilidade financeira dos países membros em tempos de crise. Reserva de recursos para ser usada como socorro em caso de necessidade, o fundo nasceu com US$ 100 bilhões. Desse total, US$ 41 bilhões vieram da China. Brasil, Índia e Rússia contribuíram com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul entrou com os US$ 5 bilhões restantes. No caso do Brasil, os recursos vieram de uma parte das reservas internacionais do Banco Central alocadas no fundo.

    Nos últimos três anos, o NDB expandiu-se e passou a permitir a adesão de países em desenvolvimento ou do chamado “sul global”. Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos ingressaram no banco. O Uruguai passará a integrar a instituição em breve.

    Perspectivas

    De 8% do PIB global em 2001, o Brics mais que triplicou a participação na economia do planeta de lá para cá. No mesmo período, a participação do G7 recuou de 57% para 43%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, esse crescimento não é homogêneo. Nos últimos dez anos, as economias da China e da Índia cresceram 6% anuais em média, enquanto o PIB do Brasil, da Rússia e da África do Sul aumentou 1% anualmente.

    A 15ª reunião do Brics ocorre sob a tensão da guerra entre Rússia e Ucrânia e o plano da China de permitir a ampliação do grupo. O bloco, no entanto, não divulgou a lista dos países que querem fazer parte do Brics. Apenas informou que cerca de 40 países manifestaram interesse e listas paralelas de 18 candidatos passaram a circular nos últimos dias. A decisão sobre a inclusão de novos membros e uma eventual ampliação do acrônimo precisa ser tomada por consenso dos cinco integrantes atuais.

    Além da integração financeira, o Brics traz oportunidades para a ampliação do comércio entre os países membros. O Brasil exporta comida, minérios e tecnologia para a extração de petróleo. Em contrapartida, uma política de integração aumenta o acesso do país a minérios raros e a tecnologias emergentes desenvolvidas pela China (como painéis solares, baterias de longo armazenamento, carros elétricos, 5G e inteligência artificial).

    O Brasil também pode se beneficiar dos recursos naturais e energéticos da Rússia, dos produtos farmacêuticos e dos serviços de tecnologia de informação da Índia e dos minérios tradicionais (ouro, platina e diamante) da África do Sul.

    Fonte: Agência Brasil

  • Fórum de Mídia do Brics busca fortalecer comunicação do bloco

    Fórum de Mídia do Brics busca fortalecer comunicação do bloco

    O 6º Fórum de Mídia do Brics, realizado este final de semana em Johanesburgo, na África do Sul, discutiu o fortalecimento das vozes dos países em desenvolvimento.

    Cerca de 200 representantes de 100 meios de comunicação,think tankse organizações internacionais realizaram debates sobre o tema.

    ANew China Research(NCR), othink tankda agência de notícias chinesa Xinhua, divulgou dois relatórios de pesquisa sobre o pensamento econômico de Xi Jinping e a teoria da Segunda Integraçãodo Partido Comunista da China (PCCh).

    Fu Hua, presidente da Agência de Notícias Xinhua e presidente executivo do Fórum de Mídia do BRICS, disse que os dois relatórios são conquistas inovadoras da Xinhua no estudo do Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era.

    Christopher Mutsvangwa, membro do Birô Político do Comitê Central da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF) e secretário de informação e comunicação da Zanu-PF, destacaque o Brics oferece “novos e excitantes e acessíveis mercados de bens e serviços, as novas fontes de capital para financiar o desenvolvimento econômico em competição ou complementação, bem como tecnologias avançadas e até mesmo inovadoras que promovem a informação e a inclusão financeira em uma aldeia global.”

    O ex-ministro das Relações Exteriores senegalês Cheikh Tidiane Gadio acentuaque a China forneceu apoio à industrialização da África, ajudou o continente africano a fazer uso de suas próprias dotações de recursos para melhorar a capacidade de produção de produtos industriais em vários países e facilitou a entrada de produtos agrícolas africanos na China.

    O mundo está passando por mudanças profundas e seu futuro está no sul Global, especialmente na África, ressaltou Gadio, também presidente do Instituto de Estratégias Pan-Africanas: “Os laços entre a África e a China na política, economia, diplomacia, sociedade e cultura moldaram o modelo de desenvolvimento da sua cooperação e beneficiaram os povos africano e chinês”.

    Parcerias

    O Fórum de Mídia do BRICS tem feito contribuições significativas para ampliar a voz internacional dos estados-membros e promover a globalização, com a paz e a cooperação sendo seus principais objetivos, destacou Helio Doyle, presidente daEmpresa de Comunicação do Brasil.

    As diversas culturas das nações do BRICS enriquecem as conversas globais e a mídia do bloco defende uma nova ordem mundial inclusiva, cooperativa e justa, explicou Iqbal Surve, presidente executivo daIndependent Media da África do Sul.

    O fórum lança luz sobre os desafios enfrentados pelas nações em desenvolvimento, fornecendo-lhes uma plataforma para expressar suas perspectivas e aspirações, observou Surve.

    O Fórum de Mídia do Bricsfoi proposto pela Agência de Notícias Xinhua em 2015 e iniciado em conjunto com os principais meios de comunicação do Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.

    O 6º fórum, coorganizado pela Agência de Notícias Xinhua e pela China Energy Investment Corporation (China Energy), bem como organizações da África do Sul, visa promover a cooperação prática entre os meios de comunicação do Brics.

    *Com informações da Agência Xinhua

    Fonte: Agência Brasil

  • Itamaraty diz que 22 países oficializaram pedido para entrar no Brics

    Itamaraty diz que 22 países oficializaram pedido para entrar no Brics

    O Ministério das Relações Exteriores informou que 22 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, grupo formado “até o momento” por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    O número foi apresentado nesta quarta-feira (16) pelo secretário de Ásia e Pacíficodo Itamaraty, Eduardo Paes Saboia, durante um briefing sobre a viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará para África do Sul, Angola e São Tome e Príncipe.

    Em Joanesburgo, África do Sul, Lula participará, entre os dias 22 e 24 de agosto, da 15ª Cúpula doBrics. De lá, segue para Angola nos dias 25 e 26. Na sequência, visitará no dia 27 São Tomé e Príncipe, onde participará da 14ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    Bandeiras dos países do Brics-Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Bandeiras dos países do Brics-Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Brics

    De acordo com o embaixador Saboia, a reunião de cúpula do Brics contará com a participação de 40 chefes de governo ou de Estado dos continentes africanos e asiático, além de América Latina e Oriente Médio. Todos com presença já confirmada para esta que será a primeira reunião presencial pós pandemia. Saboia disse que apenas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma virtual do encontro.

    O embaixador destacou algumas questões que deverão pautar a reunião entre os representantes do bloco. Uma delas, relativa à entrada de novos integrantes. “Serão discutidos critérios e princípios a serem adotados para embasar a entrada de novos membros no grupo”, disse.

    Saboia lembra que este não é um tema novo. “Desde 2011 discute-se como seria a interação com países de fora do bloco. Foi então observada a necessidade de se organizar e estabelecer critérios”.

    A guerra entre Rússia e Ucrânia, segundo o embaixador, deverá ser discutida apenas internamente, durante o chamado “retiro”, quando os chefes de Estado e de governo do Brics se encontrarão de forma fechada. “Certamente o tema será discutido de forma mais aprofundada do que [deverá constar] na declaração [ao fim do evento]”, antecipou Saboia.

    Outra questão a ser discutida pelo grupo será o uso de moedas locais ou de uma eventual unidade de referência do Brics para transações comerciais.

    “É provável que haja algum resultado nessa área”, antecipou Saboia, referindo-se aos planos para o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), mais conhecido como Banco do Brics. “Este é um ativo muito importante do bloco”, segundo Saboia.

    Angola e São Tomé

    Sobre a viagem a Angola, o embaixador disse que o encontro reforçará a parceria estratégica entre os dois países, que se desdobra em vários setores. “A Angola é um país importante no contexto africano, com o qual desde 2010 temos parceria estratégica e densidade de relações”.

    Estão previstos encontros com o presidente angolano, João Lourenço; e com empresários angolanos e brasileiros. “Sessenta empresas brasileiras já confirmaram presença em um evento empresarial”, informou Saboia. Além disso estão previstas as assinaturas de atos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.

    Em São Tomé, Lula participará da 14ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Saboia destacou o apoio mútuo que os países deste grupo costumam se dar em fóruns de decisões internacionais.

    Fonte: Agência Brasil

  • Execução de candidato no Equador é momento inédito, diz especialista

    Execução de candidato no Equador é momento inédito, diz especialista

    O assassinato do candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, ocorrido nessa quarta-feira (9), representa um momento inédito na história do país, avalia Maria Villarreal, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). O candidato foi assassinado a tiros na saída de um evento de campanha eleitoral em Quito.

    “O Equador, até 2017, era considerado o segundo país mais seguro da América Latina. Essa onda de violência que o país está experimentando é relativamente recente e muito grave. O assassinato do candidato ocorreu num contexto de crescente violência política. Só para se ter uma ideia, nesse último ano, quatro candidatos de governos locais foram assassinados e vários sofreram atentados. São candidatos de diversas tendências políticas”, disse a professora.

    Após o assassinato, opresidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, decretou estado de emergência no país durante 60 dias.Foram ainda decretados três dias de luto nacional.

    Crime organizado

    Para a especialista, o crime organizado traz um desafio à democracia, à institucionalidade e ao Estado de Direito do país sul-americano.

    “O Fernando Villavicencio era um jornalista investigativo que tinha denunciado vários casos de corrupção em governos anteriores e nos últimos anos ele tinha se tornado um líder político ativo. Foi deputado e virou candidato à presidência. Embora não fosse um dos favoritos, ele era uma figura importante na denúncia desses grupos do crime organizado transnacional. Já tinha recebido diversas ameaças e sofreu um atentado no ano passado. Esse atentado busca gerar instabilidade e caos no país por parte do crime organizado”.

    A professora lembra que o Equador era tradicionalmente um país de trânsito para drogas e se tornou um importante centro de processamento e distribuição da droga na América Latina. “Nesse momento, o país só está atrás dos Estados Unidos e da Colômbia nas Américas”.

    Maria Villarreal destacou que a manutenção do primeiro turno presidencial em 20 de agosto é uma importante sinalização para a sociedade equatoriana.

    “O Equador precisa reagir, pois é um momento de extrema consternação e choque para a sociedade, ainda mais numa sociedade que não está acostumada historicamente com tais níveis de violência. É um momento de unidade e de necessidade de concertação nacional. A manutenção das eleições é uma mensagem positiva, uma mensagem em que se responde aos desafios que o crime organizado coloca. Vai ser muito importante que o novo governo conte com o apoio das demais forças políticas para conseguir implementar um processo de reconstrução nacional para fazer frente ao crime organizado, uma ameaça grave à democracia”, completou.

    Fonte: Agência Brasil

  • Vídeos registram atentado que matou candidato a presidente do Equador

    Vídeos registram atentado que matou candidato a presidente do Equador

    Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o atentado que culminou na morte do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, de 59 anos.

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    Ele foi assassinado com três tiros na cabeça após evento de campanha em Quito, segundo relatos de amigos e assessores do político. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, pelas redes sociais.

    🚨AGORA: Momento em que Fernando Villavicencio, candidato a presidente do Equador, é morto com três tiros na cabeça.pic.twitter.com/0JuzaK23aA

    — CHOQUEI (@choquei) August 10, 2023

    O ataque aconteceu por volta das 18h20, segundo a imprensa local, na tarde desta quarta-feira (noite no Brasil). Ainda não se sabe quantos são os feridos no atentado, mas pessoas próximas da campanha afirmaram a veículos de imprensa locais que são ao redor de oito, algumas das quais internadas em uma clínica próxima ao local do evento. A polícia cercou as ruas no entorno.

    #URGENTE SICARIOS DISPARAN A FERNANDO VILLAVICENCIO A LA SALIDA DE UN MITIN COLEGIO ANDERSON EN QUITO pic.twitter.com/saiTeqKb7R

    — christian zurita :. (@christianzr) August 9, 2023

    Fonte: Folha

  • Candidato à presidência do Equador é assassinado após comício

    Candidato à presidência do Equador é assassinado após comício

    Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador pelo Movimento Construye, foi fatalmente baleado nesta quarta-feira (09), logo após um comício em Quito. A tragédia foi confirmada por sua assessoria e pelo amigo Carlos Figueroa.

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    Por volta das 18h20, testemunhas relataram uma saraivada de tiros, resultando na queda de Villavicencio, gravemente ferido. Apesar dos esforços de socorro na Clínica da Mulher, próxima ao local, ele já estava sem vida ao ser atendido. Vídeos registraram o atentado. Clique aqui e veja.

    No mesmo incidente, outras sete pessoas ficaram feridas e foram internadas na referida clínica. A Polícia Nacional do Equador está empenhada na busca pelos responsáveis, e o perímetro ao redor do crime foi isolado.

    Villavicencio, concorrendo em quarto ou quinto nas pesquisas, destacava-se pela luta contra a corrupção sob o slogan “É hora dos corajosos”. Com 59 anos, ex-membro da Assembleia Legislativa, presidiu o comitê de supervisão e enfrentou críticas em sua atuação durante o processo de impeachment do atual presidente Guillermo Lasso.

    Fonte: O Gloo

  • Acidente inacreditável: carro vai parar no segundo andar de casa após bater em bueiro

    Acidente inacreditável: carro vai parar no segundo andar de casa após bater em bueiro

    Acidentes de trânsito acontecem todos os dias, mas um carro ir parar no segundo andar de uma casa é algo difícil de ver.

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    As autoridades do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, confirmaram que um Corolla voou até um dos quartos do segundo pavimento de uma residência local, no domingo (6), a mais de 5 m de altura, quebrando tudo no caminho.

    Acredita-se que o carro tenha atingido um pequeno bueiro e decolou até atingir a casa. O corpo de bombeiros local compartilhou as fotos chocantes do acidente e do buraco deixado para trás na lateral da casa, no município de Decatur.

    O veículo também ficou completamente destruído, com a frente inteira amassada, vidros quebrados e pedaços de madeira infiados no chassi.

    Equipes de emergência estabilizaram o prédio para que não desmoronasse e ajudaram os proprietários a colocar uma lona sobre o buraco, em preparação para as tempestades que se aproximavam.

    As investigações feitas pelos policiais apontam que o incidente tem grandes chances de ter sido causado propositalmente, por conta do condutor ter saído sem ferimentos. Ninguém que residia na casa se machucou.

    Fonte: R7