Categoria: Internacional

  • Crianças são resgatadas 40 dias após queda de avião na Amazônia

    Crianças são resgatadas 40 dias após queda de avião na Amazônia

    Um milagre. Assim pode ser definido o resgate de quatro crianças colombianas que estavam desaparecidas desde o dia 1 de maio após a queda de um avião na Amazônia.

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    Eles foram encontrados 40 dias depois com vida. A informação foi confirmada pela imprensa local e pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro. “Uma alegria para todo o país!”, disse o presidente.

    Os irmãos resgatados tem 13, 9 e 4 anos, além de um bebê de 11 meses. A mãe, o piloto e outro adulto morreram no acidente.

    O caso

    As crianças indígenas estavam a bordo de uma aeronave de pequeno porte que caiu, possivelmente por falhas mecânicas, em uma região de mata fechada da Amazônia colombiana. Os destroços do avião foram encontrados junto do corpo dos adultos. Durante as buscas, o exército colombiano encontrou tesouras, fitas de cabelo, uma mamadeira e um abrigo, o que indicava que as crianças teriam sobrevivido.

    No dia 17 de maio, o presidente colombiano Gustavo Petro chegou a divulgar que as crianças haviam sido encontradas, mas apagou a publicação dizendo que a informação não tinha sido confirmada e as buscas prosseguiam.

    A operação para encontrar as crianças desaparecidas contou com 100 soldados, cães farejadores e helicópteros da força aérea.

    Fonte: Com Agências

  • Brasileiros esperam quase 20 meses para obter visto dos EUA

    Brasileiros esperam quase 20 meses para obter visto dos EUA

    O Brasil ocupa atualmente a sétima posição entre os países que registram o maior tempo de espera para se obter o visto de turista para viajar aos Estados Unidos (EUA). É o que aponta levantamento realizado pela AG Immigration, um escritório sediado em Washington e especializado em advocacia migratória. Oranking,produzido com base em dados do Departamento de Estado dos EUA, mostraainda que a fila de requisitantes atingiu recordes em quatro das cinco cidades brasileiras onde o documento pode ser solicitado.

    O maior tempo de espera ocorreem São Paulo. Quem fizer seu agendamento hoje só conseguirá data para daqui a 615 dias, quase 20 meses. Na sequência, aparecem Porto Alegre (507 dias), Brasília (493), Rio de Janeiro (478) e Recife (449). Segundo o escritório AG Immigration, apenas a capital carioca já teve fila mais demorada. Os números de todas as outras representam recorde.

    No mundo, apenas seis países registram maior lentidão: Colômbia, Haiti, México, Nepal, Canadá e Emirados Árabes. No Brasil, vistos de turismo e de negócio respondem por mais de 90% de todos os pedidos. No caso da emissão de vistos para estudo ou trabalho, o processo geralmente é mais rápido.

    Os primeiros passos para obter o documentosão é preencher um formulárioonlinee pagar uma taxa de US$ 160. Em seguida, deve-se fazer o agendamento de uma entrevista na embaixada em Brasília ou nos quatro consulados, localizados em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Recife e Porto Alegre. O visto de turismo tem validade de dezanos, podendo ser usado em diferentes visitas aos EUA dentro desse período. O tempo de permanência de cada viagem, no entanto, é definido pela equipe de imigração que recebe o passageiro após o desembarque, sendo geralmente inferior a seis meses. Com o visto de turismo, não é permitidotrabalhar ou estudar no país. Apenascursos de baixa carga horária são permitidos.

    Em decorrência da pandemia de covid-19, a emissão de vistos entre maio de2020 e novembro de 2021 ficou restrita. Os atendimentos priorizaram pessoas em situação de emergência, como as que vão para funerais de familiares ou para tratamento médico, além de vistos estudantis. Desde que os pedidos voltaram a ser analisados de forma geral, a demanda tem sido crescente.

    Em nota, a embaixada dos EUA reconhece o problema. “O tempo de espera para solicitar o visto de turista pela primeira vez está maior do que gostaríamos, ainda em função da demanda gerada pela pandemia de covid-19. Estamos trabalhando para aumentar a disponibilidade de agendamentos. Contratamos novos funcionários, estamos fazendo horas extras e ampliamos o período para renovação de visto com isenção de entrevista de 12 para 48 meses”.

    A embaixada diz que espera resultados positivos até as férias de julho, mas chama atenção para a alta demanda. “O Brasil foi o segundo país com maior processamento de vistos do mundo em 2022. Atualmente, entrevistamos em média mais de 6 mil pedidos de visto por dia e, em 2023, projetamos ultrapassar 1milhão de vistos processados. Recomendamos que as pessoas planejem suas viagens com antecedência e que cada solicitante verifique no nossositese é elegível para renovação de visto sem necessidade de entrevista, o que é um processo bem mais rápido”.

    Ao mesmo tempo em que ocorreo aumento do tempo de espera, o levantamento da AG Immigration registra o crescimento recorde na emissão de vistos. Foram realizadas 106 mil entregas no Brasil durante o mês de março, maior volume já registrado pelo escritório. Em abril, foram 85 mil. Apesar da queda de aproximadamente 20% na comparação com o mês anterior, é o segundo maior volume da série histórica.

    De acordo com a AG Immigration, a situação revela forte desejo dos brasileiros em conhecerem os EUA e é um desafio para a embaixada, tendo em vista que a demora prejudica o intercâmbio turístico. O impacto seria sentido diretamente em destinos como a Flórida, que tem o Brasil como um dos três países que mais enviam viajantes.

    Há cerca de seis meses, a US Travel Association, que representa mais de mil organizações e empresas da indústria de viagens dos Estados Unidos, lançou o portalUSVisaDelays para reunir histórias de viajantes estrangeiros e empresários dos EUA sobre o custo pessoal dos tempos de espera. Um dos relatos é da brasileira Flávia Pereira. “Estamos tentando obter um visto de turista. Iniciamos o processo em maio de 2022 e só conseguimos entrevista no consulado de São Paulo em março de 2024 porque somos quatro. Queremos levar nossos dois filhos para a Disneyworld”, contou

    Ao lançar o portal, a US Travel Association cobrou, por meio de postagem nas redes sociais, que o governo norte-americanoreconheça os impactos econômicos da situação e adote medidas para reduzir otempode espera. “Não podemos nos dar ao luxo de dissuadir viajantes e afastar atividades econômicas críticas”, diz o texto.

    No último mês, o presidente da US Travel Association, Geoff Freeman, manifestou sua preocupação com a demora para obter o visto,em entrevistas durante o IPW 2023, uma grande feira da indústria de viagens organizada anualmente pela entidade. “Os tempos de espera são inaceitáveis. Ninguém em sã consciência vai aguardar esse tempo para vir aos Estados Unidos quando há muitos outros mercados ao redor do mundo que estão competindo por esses viajantes”, disse à emissora norte-americana CNN.

    Fonte: Agência Brasil

  • Museu Sítio de Memória é reconhecido como patrimônio do Mercosul

    Museu Sítio de Memória é reconhecido como patrimônio do Mercosul

    Os ministros da Cultura do Mercosul reconheceram, nesta sexta-feira (2), o Museu Sítio de Memória Esma (Escuela de Mecánica de la Armada) como patrimônio cultural do Mercosul. A aprovação ocorreu durante a 54ª Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina.

    A instituição busca preservar a memória das vítimas e promover a conscientização sobre as violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983).

    Segundo o Ministério da Cultura, o reconhecimento da Esma como patrimônio do Mercosul contou com contribuição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A notícia era aguardada pelos argentinos.

    Repercussão

    A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes(foto), esteve entre as autoridades que entregaram o certificado, em visita às instalações do Museu Sítio de Memória Esma.

    Ela disse que o Brasil também precisa ter um memorial sobre o período ditatorial vivido pelo país. “Também passamos, no Brasil, sobre essa questão da ditadura e da tortura e esta é uma memória muito cara ainda para nós, que também estamos na busca de ações com esta magnitude de ter um memorial. [O objetivo é] que se reflita nas próximas gerações e que até para que a nossa geração também reflita sobre o direito à vida, à liberdade e à democracia”, afirmou.

    Ela destacou que, na comitiva brasileira em viagem a Buenos Aires, está a presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, filha do guerrilheiro comunista baiano e ex-deputado, Carlos Marighella, morto em 1969 após aderir à luta armada contra a ditadura militar.

    “Essa ação do Mercosul fortalece a chamada de atenção de todos nós, da América Latina, e também do mundo. Porque não queremos mais nenhuma instalação de poder, onde a liberdade de expressão e a liberdade de ideias sejam condenadas, onde a tortura seja o cerceamento da palavra, o que é uma gravidade”, salientou.

    A presidente da Funarte, Maria Marighella, disse estar emocionada com a aprovação do Esma como Patrimônio Cultural do Mercosul, por ser local de memória das vítimas argentinas da ditadura do país vizinho.

    Memória

    “É com muita emoção que chegamos nesse sítio de memória, nesse espaço que agora é um espaço cultural do Mercosul. Sabemos que a memória é direito de um povo, refunda sonhos e, com a força da cultura, fundaremos esse Brasil, essa América Latina de justiça e igualdade de amanhã”, acrescentou.

    O ministro dos Direitos Humanos da Argentina, Horacio Pietragalla Corti, disse que este foi o primeiro prédio destinado à memória das vítimas da repressão argentina.

    “Entendemos o Esma [como um lugar] emblemático do que foi a ditadura militar não somente para Argentina como para região. Quando começamos a pensar com as autoridades sobre o reconhecimento do museu, compreendemos que este é um prêmio à Argentina. É para toda a América Latina e para os mais de 300 mil presos e desaparecidos em toda a pátria grande. Então, é um prêmio à luta, à resistência, àquele familiar que ainda segue na luta pela justiça, pela memória e pela verdade”, explicou.

    O ministro da Cultura argentino, Tristán Bauer, agradeceu a presença da ministra da Cultura do Brasil e dos demais ministros da Cultura do Mercosul por terem votado a favor da concessão do certificado de patrimônio cultural do bloco dos países sul-americanos ao Museu Sítio de Memória. “Este é um ato humanitário e bom para a humanidade. E é importante para que essas histórias não se repitam nunca mais”, acentuou.

    Esma

    A Esma foi uma instituição militar até 1983, quando a democracia retornou ao país. O local foi reconhecido como um dos principais centros clandestinos de detenção, tortura, desaparecimento e extermínio de perseguidos pelo regime militar argentino. Em 2004, o governo da ex-presidente Cristina Kirchner transformou o prédio em um espaço de memória e museu e o chamou de “Espacio para la Memoria y para la Promoción y Defensa de los Derechos Humanos” ou Museu Sítio de Memória Esma.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministros de Relações Exteriores debatem entrada de países nos Brics

    Ministros de Relações Exteriores debatem entrada de países nos Brics

    Os ministros de Relações Exteriores dos cinco países dos Brics discutem, na cidade do Cabo, na África do Sul, a entrada de novos membros do grupo que hoje reúne Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.

    Representando o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participa do encontro que termina nesta sexta-feira. O evento é uma prévia para a cúpula dos Brics marcada para agosto, também na África do Sul.

    Segundo os ministros dos Brics, existem mais de uma dúzia de países com interesse em aderir ao bloco. O chanceler brasileiro destacou que, devido à história de sucesso do bloco, muitos países estão interessados em aderir ao grupo.

    “Talvez por causa desse grande sucesso dos Brics, o [grupo] atraiu a atenção de muitos outros países em 15 anos. Estamos trabalhando nessa questão da expansão. Temos que assessorar nossos presidentes para o próximo encontro da cúpula dos Brics, em agosto”.

    Segundo os ministros dos Brics, existem mais de uma dúzia de países com interesse em aderir ao bloco.

    Entre os ativos do bloco está o Banco de Desenvolvimento dos Brics que já aprovou mais de 32 bilhões de dólares em financiamentos. Em entrevista divulgada nesta sexta-feira, e realizada pela mídia internacional GCTN, com sede na China, apresidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como banco dos Brics, Dilma Roussef, reforçou a importância de expandir os laços entre os países do mundo em desenvolvimento.

    “A nova força está em quanto mais países do sul global nós atrairmos. O banco dos Brics não é uma plataforma de financiamento, é de cooperação e de construção do multilateralismo. O mundo está em transição, uma nova ordem não nasceu inteiramente e a antiga não morreu inteiramente, mas o mundo caminha para a multipolaridade e o multilateralismo”.

    Ainda segundo a ex-presidenta Dilma Rousseff, outro projeto do banco é expandir o uso de moedas locais nos financiamentos da instituição dos atuais 22% para 30% do total.

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    Foto: Reprodução/Agência Brasil
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    Fonte: Agência Brasil

  • Lula defende retomada de conselho de defesa para América do Sul

    Lula defende retomada de conselho de defesa para América do Sul

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que os países da América do Sul recuperem o conselho de defesa da região, dedicado à cooperação para segurança nas fronteiras.

    “Acho que tem que retomar. Para combater o crime organizado, o narcotráfico e para preparar a defesa fronteiriça é preciso ter Forças Armadas coesas, trabalhando juntas e se preparando para garantir a soberania dos países”, disse Lula, no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

    Segundo Lula, o dispositivo foi bem-sucedido e construído por unanimidade no âmbito da União das Nações Sul-americanas (Unasul).

    Para Maduro, a cooperação em defesa entre os países jamais deveria ter se encerrado. Segundo ele, no âmbito bilateral, Brasil e Venezuela estão em conversas para estabelecer um novo protocolo de defesa e combate aos crimes fronteiriços. “Temos quatro anos de falta de comunicação em temas como segurança e defesa e isso agravou a situação nas fronteiras”, disse em coletiva de imprensa ao lado de Lula.

    Por divergências políticas e ideológicas, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro cortou as relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela.

    Após oito anos, Maduro desembarcou em Brasília na noite desse domingo (28), acompanhado da esposa Cilia Flores de Maduro, para o encontro bilateral com Lula e para participar, nesta terça-feira (30), do encontro de presidentes de países da América do Sul. A última vez que o presidente venezuelano esteve no Brasil foi para a posse da ex-presidente Dilma Rousseff, em janeiro de 2015.

    Segundo Lula, a Venezuela é um parceiro excepcional e a retomada da relação diplomática entre os dois países é plena. “Recuperamos o direito de fazer política de relações internacionais com seriedade que sempre fizemos, sobretudo com países que fazem fronteira”, disse. “Espero que, daqui pra frente, nunca mais a gente tenha que romper uma relação por ignorância”, acrescentou o presidente.

    Lula lembrou que o intercâmbio entre os dois países chegou a alcançar US$ 6 bilhões em 2013 e em 2022 foi de apenas US$ 1,7 bilhão.

    Segundo ele, também será retomada as trativas para que a Venezuela volte a fornecer energia elétrica para Roraima, o único estado do Brasil que não é interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e depende da geração de energia de termelétrica (mais cara e mais poluente).

    Brics

    O presidente brasileiro ainda se disse favorável à entrada da Venezuela no Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). De acordo com Lula, há propostas de diversos países para integrar o grupo, que deverão ser analisadas por todos os países-membros.

    Para Maduro, o Brics tem um papel relevante na geopolítica mundial e a Venezuela tem interesse em fazer parte do bloco “de forma modesta”.

    A Venezuela sofre com diversas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e outros países. São mais de 900 sanções, segundo Maduro, que estrangularam a economia venezuelana.

    Lula disse que sempre defendeu internacionalmente o respeito ao resultado eleitoral que levou Maduro à presidência. Em 2019, na gestão Bolsonaro, o Brasil e diversos países passaram a reconhecer o deputado Juan Guaidó , então presidente da Assembleia Nacional, como presidente da Venezuela, em meio à contestação das eleições, que agravou ainda mais a crise econômica e social no país vizinho.

    “O preconceito quanto a Venezuela é grande. Quantas críticas sofremos na campanha por ser amigo da Venezuela”, disse Lula, defendendo que foi construída uma narrativa de autoritarismo para a Venezuela. Para o presidente, cabe ao país vizinho mostrar sua própria narrativa para voltar a ser soberano. “É inexplicável um país ter 900 sanções porque outro país não gosta dele”, acrescentou Lula.

    Reunião ampliada

    Desde o início do seu terceiro governo, Lula vem defendendo o aprimoramento das relações entre os países da América do Sul . Nesse contexto, o Brasil voltou a integrar a Unasul e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

    “A América do Sul precisa se convencer que temos que trabalhar como se fosse um bloco. Não dá para imaginar que os países sozinhos vão resolver seus graves problemas”, disse Lula. “Se estivermos juntos, somos 450 milhões de pessoas com um PIB de US$ 4,5 trilhões, a gente tem força no processo de negociação”, acrescentou.

    Amanhã, Lula será o anfitrião de encontro com 10 presidentes dos países região . Segundo ele, não será uma reunião para tomada de decisões, apenas uma prospecção e conversa sobre as possibilidades para o continente.

    Embora o governo brasileiro evite apontar uma proposta específica, há a expectativa de que os presidentes discutam formas mais concretas de ampliar a integração, incluindo a possibilidade de criação ou reestruturação de um mecanismo sul-americano de cooperação, que reúna todas as nações da região. Atualmente, não existe nenhum bloco com essas características.

    “O encontro é o começo da volta do Maduro e vai ser a volta da integração da América do Sul”, afirmou Lula.

    Fonte: Agência Brasil

  • Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano

    Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil deve assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo o chanceler, o governo brasileiro está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que desequilibrariam as negociações.

    “Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

    O chanceler Mauro Vieira lembrou que o país já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional.

    “Estamos cientes de que há diferentes expectativas e visões na região em relação à integração, mas estamos também convencidos de que há denominadores comuns, a começar pelo reconhecimento da necessidade de trabalhar conjuntamente com nossos vizinhos imediatos para fazer frente aos múltiplos desafios que compartilhamos”, disse Vieira.

    Conflito Rússia e Ucrânia

    Viera destacou ainda que o país adota um “equilíbrio construtivo” na posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo condenando a invasão do território ucraniano e criticando o que chamou de “cancelamento” da Rússia pela comunidade internacional, o que dificultaria o diálogo pelo fim da guerra.

    Durante a cúpula do G7, realizada no último fim de semana em Hiroshima, no Japão, havia previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrasse com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro não ocorreu . A organização de uma reuniãoentre Brasil e Ucrânia foi inicialmente um pedido do país europeu.

    Balanço

    O ministro das Relações Exteriores disse que já se encontrou com 90 interlocutores estrangeiros e que o presidente Lula manteve conversas com representantes de 30 países. O chanceler citou ainda negociações com os países sul-americanos sobre segurança das fronteiras e com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas.

    *Com informações da Agência Câmara

    Fonte: Agência Brasil

  • No G7, Brasil assina declaração conjunta para combater a fome

    No G7, Brasil assina declaração conjunta para combater a fome

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou, em Hiroshima (Japão), na madrugada deste sábado (20) – tarde de sábado no horário japonês – uma declaração conjunta com propostas para garantir a segurança alimentar no mundo. O documento foi assinado por chefes do Executivo de outros 14 países durante a reunião de cúpula estendida do G7.

    A Declaração de Ações de Hiroshima para a Segurança Alimentar Resiliente tem o objetivo de garantir políticas para erradicar a fome no mundo,com a oferta de alimentos nutritivos, baratos e seguros e com processos agrícolas resilientes, sustentáveis e inclusivas.

    De acordo com nota divulgada pela Presidência da República, os participantes da cúpula avaliam que, no curto prazo, a pandemia de covid-19, os preços internacionais de energia, alimentos e fertilizantes, os impactos das mudanças climáticas e os conflitos como a guerra da Ucrânia ameaçam a segurança alimentar global.

    A avaliação dos participantes é que, no médio prazo,é precisopreparar os países para prevenir e remediarde forma rápida ascrises de segurança alimentarno futuro.

    Em umhorizonte de mais longo prazo, a intenção é atingir a segurança alimentar global de forma resiliente, garantindo nutrição para todos.

    O documento foi assinado pelos líderes deBrasil, Japão, Austrália, Canadá, Comores, Ilhas Cook, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Coréia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Vietnã e União Europeia.

    Indonésia

    Mais cedo, ainda na noite de sexta-feira (no horário brasileiro), Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, com quem discutiu apreservação do meio ambiente ea criação de um grupo internacional envolvendo os dois países, alémdaRepública Democrática do Congo eoutras nações amazônicas para proteger as florestas tropicais. Essas três regiões reúnem as maiores áreas deste tipo de vegetação em todo o planeta.

    Segundo a Presidência da República,os dois presidentesconcordaram em relação à guerra entre Rússia e Ucrâniae Widodo afirmou que omundo precisa de paz.O indonésio afirmou, de acordo com as informações do governo brasileiro,que esteve no passado com ospresidentesrusso, Vladimir Putin,eucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o problema da segurança alimentar global com os dois países, grandes exportadores de grãos.

    Lula convidou Widodoa visitar o Brasil e disse que países com grandes populações, como Brasil e Indonésia, têm que se aproximar.O presidente indonésioafirmou,segundo a Presidência,ter interesse em aumentar as importações de produtos brasileiros, especialmente proteína animal.

    Fonte: Agência Brasil

  • Haddad busca apoio americano para solução da crise da Argentina

    Haddad busca apoio americano para solução da crise da Argentina

    Em encontro com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou as preocupações do Brasil com a crise econômica na Argentina. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acredita que a solução para o país passa pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

    “A Argentina é um país muito importante no mundo e particularmente na América do Sul. Se o Brasil e os Estados Unidos estiverem juntos nesse apoio, é possível pode facilitar muito as coisas”, disse Haddad, em conversa com jornalistas. “O presidente Lula virá na próxima semana com a mesma preocupação, eu estou antecipando aquilo que ele próprio, de viva-voz, vai trazer sobre Argentina”, acrescentou Haddad.

    Segundo o ministro, a secretária Janet se comprometeu a analisar as considerações do Brasil sobre o apoio ao país sul-americano.

    Os dois tiveram uma reunião bilateral, nesta quinta-feira (11), no Japão, onde participam da reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G7 , grupo das sete maiores economias do mundo, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Haddad participa do evento como convidado, assim como representantes de outros países emergentes como Indonésia e Índia.

    A convite do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também irá ao Japão participar do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7 , em Hiroshima, nos dias 20 e 21 de maio. Na ocasião, acontecem as reuniões de alto nível do grupo, com a participação dos presidentes dos países.

    No último dia 2 de maio, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, esteve em Brasília para conversar com Lula. Na ocasião, o brasileiro prometeu articular junto ao Brics (bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e ao FMI para socorrer o país vizinho. Segundo Lula, é preciso fazer com que o FMI “tire a faca do pescoço da Argentina”.

    Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma nova crise na economia, com desvalorização do peso – a moeda local –, perda do poder de compra e altos índices inflacionários. Em março, a inflação no país vizinho chegou a 104% ao ano. Uma seca histórica também está afetando as safras de grãos da Argentina, aprofundando a crise econômica e colocando em risco as metas acordadas pelo país com o FMI no pagamento das dívidas.

    Relações comerciais

    Ainda sobre o encontro com a secretária Janet Yellen, Haddad afirmou que ela deixou claro que os Estados Unidos não têm objeção aos acordos comerciais entre Brasil e China e à aproximação com o país asiático. “Eu manifestei nosso desejo de nos aproximarmos mais dos Estados Unidos”, disse. “E que devemos estar preocupados com mais integração das Américas”, acrescentou o ministro.

    Pela manhã, no Japão, Haddad participou de um café da manhã com empresários, na Embaixada do Brasil em Tóquio. Sobre o encontro, destacou o interesse de empresas japonesas com filiais no Brasil sobre o ambiente de negócios para fortalecer investimentos, como a reforma tributária.

    “Interessa demais aos investidores japoneses, por uma série de problemas complexos que serão simplificados pela reforma, como também as exportações brasileiras para o Japão. Nós temos que manter a nossa cota parte aqui no mercado japonês e o acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses que se interessam por esse acordo e querem que o governo japonês tenha um olhar particular, um olhar interessado para as exportações vindas do Brasil para cá”, disse Haddad.

    Agenda

    Amanhã (12), o ministro conversa com o economista Joseph Stiglitz sobre a política industrial verde. Na agenda, o também estão previstas reuniões bilaterais com a ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharama, com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, e com a diretora Executiva do FMI, Kristalina Georgieva.

    As atividades do G7 começam também nesta sexta-feira e Haddad tem presença confirmada em todas as sessões. O retorno para o Brasil está previsto para sábado (13).

    Fonte: Agência Brasil

  • Quem é Santiago Peña, o novo presidente do Paraguai

    Quem é Santiago Peña, o novo presidente do Paraguai

    Neste domingo (30), o economista de direita Santiago Peña foi eleito presidente do Paraguai por uma ampla margem, mantendo o Partido Colorado no poder, apesar das divisões internas e acusações de corrupção contra seus líderes. Aos 44 anos, esta foi a primeira vez que Peña participou de uma eleição nacional, tendo perdido a indicação à Presidência nas primárias coloradas em 2017 para o atual presidente, Mario Abdo Benítez. Embora seja considerado um tecnocrata com uma carreira acadêmica brilhante, Peña tem pouca experiência política.

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    Sua entrada na política veio através do ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018), que o filiou ao Partido Colorado e o indicou ministro da Economia. Peña é frequentemente chamado de “secretário de Cartes” por seus adversários, mas ele parece não se sentir afetado. Descrito como uma pessoa serena, ele credita seus princípios sólidos de compromisso, responsabilidade, honestidade e integridade, bem como o apoio de sua família, por sua trajetória.

    Peña estudou na Universidade Columbia, em Nova York, e trabalhou por algum tempo para o Fundo Monetário Internacional, além de ter feito parte da direção do Banco Central do Paraguai. Durante a campanha, destacou o apoio de sua família e prometeu criar 500 mil postos de trabalho, embora não tenha apresentado um programa de governo detalhado.

    Pai aos 17 anos, Peña se opõe à legalização do aborto e defende a família “em sua composição tradicional: mãe, pai e filhos”. Ele pretende manter as relações com Taiwan, apesar dos questionamentos de setores produtivos que exigem a abertura das exportações para a China, e também tem um “laço fraternal enorme com Israel”, pretendendo mudar novamente a embaixada do Paraguai para Jerusalém. Entretanto, Peña foi criticado por elogiar a estabilidade trazida pela longa ditadura de Alfredo Stroessner no país, que limitou muitas liberdades e direitos humanos sob o pretexto da estabilidade.

    Fonte: ABC Color

  • Brasil e Espanha assinam acordos em educação, trabalho e pesquisa

    Brasil e Espanha assinam acordos em educação, trabalho e pesquisa

    Brasil e Espanha assinaram, nesta quarta-feira (26), três acordos para cooperação nas áreas de educação, trabalho e pesquisa científica. A cerimônia de assinatura de atos aconteceu no Palácio de Moncloa, em Madri, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem oficial à Espanha, e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

    O primeiro documento foi um memorando de entendimento entre os ministérios do Trabalho dos dois países, que prevê o intercâmbio de informações sobre a reforma trabalhista na Espanha, realizada no final de 2021. Entre outras questões, a reforma melhorou as condições de vida dos trabalhadores de aplicativos. Ontem (25), Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também se reuniram, em Madri, com lideranças sindicais espanholas para conversarem sobre o tema.

    No Brasil, o governo federal quer apresentar uma proposta de regulamentação dessa forma de trabalho até o fim deste semestre. O Ministério do Trabalho tem ouvido representantes dos próprios trabalhadores e das plataformas de serviços, especialistas e estudado a legislação de outros países para chegar a um consenso sobre uma proposta que assegure direitos à categoria.

    Os objetivos centrais do memorando são fomentar o intercâmbio de melhores práticas, posicionar questões do trabalho no centro das estratégias nacionais de desenvolvimento econômico e social e socioambiental, com ênfase no protagonismo das organizações de trabalhadores e empregadores, através do diálogo social e com foco na superação das diversas expressões de desigualdade.

    Além disso, o documento prevê mecanismos de cooperação para o aumento da produtividade, sobretudo em pequenas e médias empresas, e de apoio das reformas sindicais, a fim de ampliar a filiação e representatividade das entidades.

    O segundo memorando assinado nesta quarta-feira trata da cooperação no ensino universitário, firmado entre o Ministério da Educação e Ministério de Universidades do Reino da Espanha. O objetivo é intensificar o intercâmbio e também o reconhecimento de estudos de lado a lado.

    Por fim, foi firmada uma carta de intenções na área de pesquisa científica, entre Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, o Ministério de Ciência e Inovação da Espanha, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pelo lado brasileiro, e o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial da Espanha.

    O documento trata da coordenação de projetos bilaterais de desenvolvimento e inovação tecnológica entre empresas brasileiras e espanholas. Programas de trabalhos anuais devem ser estabelecidos brevemente definindo os diferentes aspectos da colaboração, como reuniões de análise e controle, calendário de convocações, troca de informações, acompanhamento de projetos e organização das atividades de promoção, entre outros.

    As áreas prioritárias desse acordo são pesquisa em saúde, meio ambiente e mudança climática, transição energética, alimentos de maior qualidade e valor agregado, novos recursos para a Indústria 4.0, produção mais limpa ou sustentável, mobilidade e transporte avançado, tecnologias da informação e comunicações.

    A lista e a íntegra dos atos assinado hoje estão disponíveis no sitedo Ministério das Relações Exteriores .

    O presidente Lula está em viagem oficial a Europa desde a última sexta-feira (21). A agenda começou por Portugal e ontem (26) a comitiva brasileira desembarcou em Madri. Na capital espanhola , o presidente se reuniu com lideranças sindicais e participou de um fórum de empresários. Nesta quarta-feira, após a cerimônia com Sánchez, no Palácio de Moncloa, Lula tem encontro com o Rei Felipe VI, da Espanha.

    No fim da tarde, a comitiva embarca de volta ao Brasil, com previsão de chegada à Brasília às 22h30.

    Fonte: Agência Brasil