Categoria: Internacional

  • Lula diz que não venderá empresas públicas

    Lula diz que não venderá empresas públicas

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, hoje (24), que não vai privatizar empresas públicas e quer atrair investimentos em novos negócios no país, em especial em energias renováveis. Lula está em viagem a Portugal e participou, nesta segunda-feira, do Fórum Empresarial Portugal-Brasil, em Matosinhos, região da cidade do Porto. 

    “No Brasil, nós não vamos vender empresas públicas. O que nós queremos é convidar os empresários a fazerem parceria conosco naquilo que a gente precisa criar de novo”, disse em discurso para cerca de 200 empresários portugueses e brasileiros. 

    Ele criticou a privatização de empresas nos últimos governos – como a venda da Eletrobras – e disse que um presidente precisa atrair capital externo oferecendo credibilidade e estabilidade política, social e jurídica. “Nos desfizemos de nosso patrimônio e a qualidade do serviço não melhorou”, reforçou. 

    Segundo ele, além das 14 mil obras que estão paralisadas e que devem ser retomadas no país, o governo está apostando na indústria de hidrogênio verde no Nordeste do país e na perspectiva de estabelecer parcerias com o mundo todo na construção de usinas eólicas, de biomassa e energia solar.  

    “O Brasil quer construir, definitivamente, políticas de parceria, nós não queremos relações hegemônicas com ninguém. Não é porque nós somos grandes que temos que ter hegemonia. Nós queremos construir parcerias com as empresas portuguesas e nós queremos que os empresários portugueses construam parceria com nossas empresas. Nós não queremos vender aquilo que já está pronto, nós queremos construir aquilo que falta fazer”, acrescentou. 

    Taxa Selic é criticada

    Lula voltou a criticar o atual patamar da Selic , a taxa básica de juros do Brasil, por encarecer o crédito e dificultar os investimentos no país. A Selic está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. No mês passado, pela quinta vez seguida, o Banco Central não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. 

    “A verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro e esse dinheiro tem que circular não apenas na mão de poucos, na mão de todos. É por isso que eu digo sempre que a solução do Brasil é a gente voltar a colocar o pobre no orçamento, é a gente garantir que as pessoas pobres possam participar, porque quando eles [os pobres] virarem consumidores, eles vão comprar”, disse Lula, explicando que o consumo impulsiona a atividade econômica e a geração de empregos. 

    Parceria 

    O fórum empresarial é realizado no Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Portugal, instituição que colaborou com a Embraer no projeto do avião cargueiro KC-390 e mantém parcerias com diversas empresas e entidades brasileiras ligadas à tecnologia e inovação no Brasil. 

    Os investimentos realizados pela Embraer em Portugal, na OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal, e em duas fábricas no Parque Industrial de Évora, alcançam US$ 500 milhões. Um contrato entre a Embraer e o governo português prevê a entrega de cinco aeronaves KC-390 à Força Aérea Portuguesa. Uma por ano, a partir de 2023, pelo montante de 872 milhões de euros. 

    “O Centro de Engenharia e Desenvolvimento representa muito bem a cooperação empresarial que queremos impulsionar com o encontro de hoje, uma cooperação voltada para o futuro, a tecnologia, as energias renováveis, a mobilidade urbana e a saúde”, disse Lula. 

    O presidente acrescentou que “a prioridade do meu governo é retomar o desenvolvimento e a inclusão social no país de forma sustentável. A transição ecológica e energética é também uma oportunidade de fazermos isso com empregos verdes na área de energia renovável, onde temos imenso potencial solar e eólico e no reaproveitamento de resíduos e na recuperação de 30 milhões hectares de pastagem em terra degradadas. Estamos retomando o combate ao desmatamento e voltamos a prevenir de verdade os crimes ambientais”.

    O presidente destacou ainda que Portugal é a porta de entrada do Brasil na Europa e, por isso, acredita que as parcerias serão vantajosas para ambos os países. “Nada melhor que a gente estabelecer uma relação com Portugal e daqui produzir juntos e de Portugal exportar para outros países europeus, é muito mais fácil, é só estabelecer essa relação que falta”, disse. 

    Durante o fórum, a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) renovaram protocolo de entendimento entre as duas entidades de promoção. 

    Comunidade brasileira 

    Atualmente, cerca de 252 mil brasileiros residem legalmente em Portugal, de acordo com o governo brasileiro. Isso não contabiliza os brasileiros com nacionalidade portuguesa ou outra nacionalidade europeia. Segundo estimativas das repartições consulares do Brasil em Portugal, a comunidade brasileira poderia estar entre 275 mil e 300 mil pessoas. 

    Entretanto, Lula afirmou que quer atrair parte dessas pessoas de volta ao Brasil. “Estou feliz com aqueles que estão aqui porque vieram para trabalhar, vieram aqui para investir. Aqueles que vieram porque o Brasil não oferece oportunidade, eu quero levá-los de volta, oferecendo oportunidades”, disse, explicando que pretende estimular a indústria nacional. 

    Como exemplo, o presidente da República lembrou que, entre 2003 e 2010, a indústria naval brasileira passou de três mil para 82 mil trabalhadores com a construção de navios para a Petrobras.

    “Agora estamos importando da China coisa que nós sabemos fazer. Nós tínhamos estabelecido no Brasil que 65% dos componentes desses navios, dos componentes da plataforma, das sondas, seriam todos produzidos no Brasil. E acabando isso, acabou a pequena e média empresa, acabaram os pequenos fornecedores, que só para Petrobras eram quase 65 mil empresas que forneciam”, explicou. 

    O comércio entre Brasil e Portugal foi de US$ 5,26 bilhões em 2022, um aumento de 50,8% em relação ao ano anterior. Portugal é hoje o 17º país que mais importa produtos do Brasil, e o 45º na lista de países que mais exportam para o Brasil. 

    O petróleo foi o produto mais vendido para Portugal em 2022, respondendo por 59% do volume total. Produtos agrícolas – soja, milho e outros – responderam por cerca de 20% do total exportado. Os produtos agrícolas portugueses, especialmente azeite e vinho, significaram cerca de 45% das importações feitas pelo Brasil. Já o setor de componentes para aeronaves subiu para 13% do total de produtos importados.

    Fonte: Agência Brasil

  • Em meio a fake news sobre urnas eletrônicas, Paraguai vai às urnas domingo para eleger novo presidente

    Em meio a fake news sobre urnas eletrônicas, Paraguai vai às urnas domingo para eleger novo presidente

    A reta final da campanha presidencial do Paraguai tem sido marcada por uma frente ampla formada por partidos de esquerda, direita e centro que se opõem ao partido governista, bem como pela disseminação de fake news sobre a eficácia das urnas eletrônicas. As pesquisas não indicam um favorito claro entre os dois candidatos que aparecem com mais chances: Santiago Peña, do Partido Colorado, e Efraín Alegre, do Partido Liberal. No entanto, o terceiro colocado, Paraguayo Cubas, deve definir a disputa. Os resultados serão conhecidos no próximo domingo, dia 30.

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    O analista de risco político da empresa brasileira Atlas/Intel, Yuri Sanches, afirmou que a maioria dos eleitores quer mudança, com 55% dos eleitores optando por Alegre ou Cubas. No entanto, o Partido Colorado, de Peña, é hegemonia no país e tem uma máquina política poderosa. Ainda assim, o partido não está unido, com o presidente Mario Abdo Benítez não participando da campanha e se referindo a Peña de modo depreciativo. Horacio Cartes, ex-presidente e empresário do setor do tabaco que apoia Peña, também não tem aparecido publicamente na campanha.

    A disseminação de fake news sobre a eficácia das urnas eletrônicas no Paraguai é semelhante ao que ocorreu nas últimas eleições brasileiras. A reportagem publicada pelo jornal La Nación, que acusou a mulher do candidato da oposição de alugar um apartamento para hospedar hackers brasileiros que interfeririam no resultado eleitoral, foi amplamente divulgada pelo brasileiro Oswaldo Eustáquio, foragido da Justiça brasileira. Eustáquio negou ser marqueteiro de Peña, mas admitiu atuar informalmente como jornalista à direita, com base nos princípios e valores conservadores.

    Oswaldo Eustáquio
    No Brasil, Eustáquio fez campanha para Bolsonaro. No Paraguai tem trabalhado informalmente a favor de Santiago Peña

     

    As pesquisas sobre a disputa no Paraguai têm apresentado resultados incertos. De acordo com a última pesquisa do instituto Atlas/Intel, divulgada há duas semanas, Peña e Alegre estão tecnicamente empatados, com leve vantagem para o opositor. No entanto, há levantamentos que dão uma diferença de 25 pontos percentuais a favor de Peña. Além disso, ao contrário do Brasil, a eleição no Paraguai não é polarizada entre esquerda e direita, e conta com a presença de um terceiro protagonista, Paraguayo Cubas, que se apresenta como antissistema e rejeita as instituições tradicionais da política.

    Fonte: O Gloo

  • Brasil e Portugal assinam acordos na área de Direitos Humanos

    Brasil e Portugal assinam acordos na área de Direitos Humanos

    O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, assinou nesta sexta-feira (21), em Lisboa, dois acordos bilaterais: um para a proteção de testemunhas em processo penal e outro que institui boas práticas na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Almeida está em Portugal com a comitiva brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

    O acordo sobre proteção de testemunhas em processo penal prevê a cooperação direta entre as autoridades competentes de cada um dos países, tendo em vista o princípio da proporcionalidade. No Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) será o responsável pela aplicação do acordo e, em Portugal, esse trabalho caberá ao Ministério da Justiça local.

    O outro acordo tem como objetivo fomentar o estabelecimento de mecanismos de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

    Sites públicos

    Entre os temas a serem trabalhados de forma conjunta entre os dois países estão: o desenvolvimento de modelos para avaliação da deficiência ou incapacidade; sistemas de obtenção de dados estatísticos e informação; acessibilidade à informação e comunicação e a sites públicos e páginas na web; além da formação profissional e empregabilidade.

    Em entrevista após a assinatura dos acordos, Almeida disse que pretende ouvir autoridades portuguesas a respeito de denúncias de ataques xenófobos e racistas contra integrantes da comunidade brasileira que vivem em Portugal. 

    Ele disse ainda que vai conversar com brasileiros que enfrentam esse problema, além de citar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nas tratativas com autoridades portuguesas.

    “Essa visita tem essa ideia de entender como é que nós, juntamente com o governo português, podemos colaborar para dar conta de atender essas demandas, atender as pessoas que estão sofrendo com a xenofobia e com o racismo. Nós precisamos fazer uma política de direitos humanos que olhe para o presente”, disse o ministro Silvio Almeida.

    Fonte: Agência Brasil

  • EUA anunciam US$ 500 milhões para Fundo Amazônia em cinco anos

    EUA anunciam US$ 500 milhões para Fundo Amazônia em cinco anos

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (20) que o país pretende aplicar R$ 500 milhões no Fundo Amazônia nos próximos cinco anos. A informação foi divulgada durante o Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, do qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou hoje..

    O financiamento voltado para a proteção ambiental ainda deve ser negociado pelo presidente americano com o Congresso. “Hoje eu tenho o prazer de anunciar que pedirei os fundos para que possamos contribuir com RS$ 500 milhões para o Fundo Amazônia e atividades relacionadas nos próximos cinco anos para apoiar o Brasil a eliminar o desmatamento até 2030”, disse Biden.

    Documento divulgado hoje pela Casa Branca explica que o aporte está sendo feito diante do “renovado compromisso do Brasil de acabar com o desmatamento”.

    Fórum

    Durante o Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, o presidente Lula defendeu que a resposta ao desafio climático talvez seja o maior da nossa geração e depende da ação coordenada entre todos os países. “O Brasil está fazendo a sua parte, e vai avançar ainda mais nos esforços para mitigar os efeitos da mudança do clima”.

    Presidente brasileiro também ressaltou o compromisso do governo para os próximos anos e anunciou que em agosto, os oito países amazônicos irão se reunir com o objetivo de impulsionar uma nova agenda comum para a Amazônia.

    *Com informações da Reuters.

    Fonte: Agência Brasil

  • Chanceler russo diz que há interesse em acabar rapidamente com guerra

    Chanceler russo diz que há interesse em acabar rapidamente com guerra

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, agradeceu o empenho do Brasil para negociar o fim da guerra na Ucrânia e disse que o governo russo está interessado em solucionar o conflito o mais rápido possível. Lavrov se reuniu, nesta segunda-feira (17), com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

    Para a tarde, está previsto encontro dos chanceleres, no Palácio da Alvorada, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o início do governo, Lula tem defendido a criação de um grupo de países neutros para negociar uma saída pacífica entre Rússia e Ucrânia.

    A guerra já dura mais de um ano , desde que as forças russas invadiram o território ucraniano, em meio a conflitos regionais e à atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em países próximos à fronteira com a Rússia.

    Hoje, Vieira renovou a disposição brasileira em contribuir para uma solução pacífica para conflito. “Reiterei nossa posição em favor de um cessar fogo imediato, do respeito ao direito humanitário e de solução negociada com vistas a uma paz duradoura e que contemple as preocupações de ambos os lados”, disse o chanceler brasileiro em declaração à imprensa após o encontro.

    Em viagem à China na semana passada, o presidente Lula disse que, com “boa vontade” mútua, seria possível convencer os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que a paz interessa a todo o planeta .

    O presidente brasileiro pediu paciência para convencer os países que estão fornecendo armas à Ucrânia, dizendo que os Estados Unidos devem parar de “incentivar a guerra” e sugerindo que a União Europeia e os demais países comecem a falar em paz.

    Já a China não condena a invasão da Ucrânia e, desde que vários países impuseram sanções à Rússia, o país passou a depender ainda mais do comércio com os chineses. De acordo com Lula, o país asiático está disposto a buscar o fim da guerra, apesar de o Brasil ter saído sem um compromisso formal sobre a criação do grupo pela paz.

    Ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e da Rússia, Sergei Lavrov, em evento no Palácio do Itamaraty, em Brasília -Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
    Ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e da Rússia, Sergei Lavrov, em evento no Palácio do Itamaraty, em Brasília -Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    Sanções

    O conflito tem impactado o comércio global , com as sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos, Japão e países europeus. Além disso, Rússia e Ucrânia são grandes produtores agrícolas e a guerra está causando aumento nos preços dos alimentos em todo o mundo. A Europa também está sendo fortemente impactada pela falta do fornecimento de gás natural da Rússia.

    Nesta segunda-feira, Mauro Vieira reiterou a posição brasileiro contrária à aplicação de sanções unilaterais. “Tais medidas, além de não contarem com a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem impacto negativo a todo o mundo, em especial aos países em desenvolvimento, muitos dos quais ainda não se recuperaram plenamente da pandemia”, disse.

    Para o Brasil, a Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes, insumo essencial para o agronegócio brasileiro. No ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, garantiu o fornecimento ininterrupto de fertilizantes para o país . Hoje, os chanceleres conversaram sobre medidas para garantir o fluxo desse insumo.

    Além do expressivo relacionamento comercial, que atingiu o recorde de US$ 9,8 bilhões em 2022, Brasil e Rússia mantém laços históricos de amizade e cooperação. As relações diplomáticas entre os dois países completam 195 anos em 2023.

    Para Lavrov, a cooperação entre Brasil e Rússia é baseada em princípios de igualdade e respeito e não depende de mudanças na conjuntura mundial.

    Relações bilaterais

    Segundo Mauro Vieira, com os resultados de 2022, a Rússia tornou-se o décimo terceiro maior parceiro comercial do Brasil. “Estamos de acordo em trabalhar para profundar e diversificar nosso intercâmbio comercial e investimentos, o que nos permitirá ultrapassar a meta de US$ 10 bilhões no comércio bilateral”, disse.

    Entre os temas tratados pelos chanceleres estão a expectativa de ampliar o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar produtos de origem animal para Rússia, além de iniciativas de cooperação em ciência e tecnologia, meio ambiente e energia.

    “Coincidimos quanto à necessidade de estimular maiores contatos entre pesquisadores e empreendedores do setor tecnológico. Brasil e Rússia são líderes em inovação e há margem para incrementar a cooperação entre nossasstartups”, explicou Vieira.

    Na questão ambiental, o ministro lembrou que Brasil e Rússia abrigam as duas maiores extensões florestais do mundo e as afinidades de visões sobre desenvolvimento sustentável podem refletir-se em maior coordenação nas instâncias internacionais e nos acordos ambientais multilaterais.

    Por fim, na questão energética, há a perspectiva de desenvolvimento de cooperação visando aproveitar a complementaridade das indústrias de energia dos dois países.

    Fonte: Agência Brasil

  • Assista. Explosão mata milhares de vacas leiteiras e fere uma pessoa

    Assista. Explosão mata milhares de vacas leiteiras e fere uma pessoa

    Uma explosão em uma fazenda leiteira no Texas, Estados Unidos, causou a morte de milhares de vacas leiteiras, além de ferir um trabalhador rural.

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    O incidente aconteceu na Southfork Dairy Farm, em Dimmitt, na noite de segunda-feira (10). Depois da explosão, o fogo se espalhou pelo prédio da fazenda e pelos currais onde as vacas eram mantidas.

    A Southfork Dairy Farm é uma das maiores produtoras de leite do Texas.

    De acordo com a entidade Animal Welfare Institute, este pode ter sido o incêndio mais mortal em um celeiro desde 2013.

    A quantidade de vacas mortas é estimada em 18 mil.

    O trabalhador rural ferido é um funcionário que estava preso dentro de um prédio de ordenha no momento da explosão, mas ele foi resgatado e levado para um hospital da região.

    A causa do incêndio ainda está sendo investigada pelo corpo de bombeiros, mas o xerife do condado de Castro, Sal Rivera, acredita que o incêndio pode ter começado por causa do metano, que foi inflamado pelo superaquecimento dos equipamentos elétricos. As informações são da FoxNews.

    A explosão foi tão intensa que uma enorme nuvem de fumaça escura foi vista a quilômetros de distância, e vídeos publicados nas redes sociais mostram as chamas combatidas pelos bombeiros durante toda a noite.

    Fonte: Canal Rural

  • Angola e Brasil retomam cooperação na área de sangue e hemoderivados

    Angola e Brasil retomam cooperação na área de sangue e hemoderivados

    Uma comitiva de médicos e especialistas do Ministério da Saúde de Angola realiza esta semana uma série de visitas e reuniões em Brasília, Belo Horizonte e Salvador. A proposta é retomar a cooperação bilateral com o país, sobretudo na área de sangue e hemoderivados. O país africano enfrenta um grave problema de saúde pública: a anemia falciforme.  

    Até 2020, havia 11.540 casos registrados da doença. A estimativa oficial é de que quase 2% dos nascidos vivos em Angola tenham esse tipo de hemoglobinopatia. A taxa de pessoas com o chamado traço falciforme, mutação genética em que a doença não se manifesta, mas que pode ser passada para os filhos, é de quase 20% no país.  

    Comitiva angolana visita Agência Brasileira de Cooperação -Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/ EBC
    Comitiva angolana visita Agência Brasileira de Cooperação -Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/ EBC

    A visita técnica da comitiva ao Brasil inclui uma videoconferência para apresentação de curso em formato de ensino à distância (EAD) do teste do pezinho, capaz de detectar a anemia falciforme. A ação envolve técnicos de triagem neonatal do Ministério da Saúde brasileiro e de professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A proposta é implementar em Angola uma política nacional da doença falciforme. 

    “Elegemos o Brasil por ser uma referência na América Latina e a nível mundial na abordagem de pessoas com doença falciforme”, explicou o diretor do Instituto de Hematologia de Angola e chefe da missão no Brasil, Francisco Domingos.

    “Iniciamos, por projeto piloto, implementar a experiência do Brasil com o teste do pezinho. Não vamos fazer como o Brasil faz, com [teste para] várias doenças. Vamos começar [apenas] pela anemia falciforme”. 

    A cooperação, segundo Domingos, prevê ainda projetos para qualificar a doação de sangue em Angola, já que as doações no país só acontecem entre familiares. Angola, atualmente, processa cerca de 80 bolsas de sangue por dia, totalizando 150 mil por ano, mas apenas 20% vêm de voluntários. A ideia é utilizar a experiência brasileira na captação de voluntários para ampliar e qualificar o processo em Angola. 

    Fonte: Agência Brasil

  • Brasileiros estão entre os que mais receberam vistos norte-americanos

    Brasileiros estão entre os que mais receberam vistos norte-americanos

    Pesquisa da AG Immigration – escritório de advocacia imigratória com sede em Washington – mostra que os brasileiros ocuparam o terceiro lugar norankingdos que mais receberam vistos norte-americanos em 2022. Ao todo, foram 815.842 emissões de 80 tipos diferentes de permissões, alta de 618,8% em relação ao registrado no ano anterior (113.505). Em comparação com 2018 (640.998), nos níveis de antes da pandemia de covid-19, o aumento foi de 26,4%.

    O Brasil ficou atrás apenas do México (1,9 milhão) e da China (1 milhão), e bem à frente da Argentina, quarta colocada, com 259 mil vistos recebidos.

    O levantamento foi feito com base em dados oficiais do Departamento de Estado norte-americano, de janeiro a dezembro de 2022. Ainda segundo o relatório da AG Immigration, o Consulado dos EUA em São Paulo foi o terceiro posto diplomático que mais emitiu vistos em todo o mundo, atrás somente do de Monterrey e da embaixada da Cidade do México.

    O consulado no Rio de Janeiro foi o décimo. Orankingde postos diplomáticos é referente ao ano fiscal americano, que compreende o período entre 1º de outubro de 2021 e 30 de setembro de 2022.

    Outro dado que chama a atenção no estudo é referente ao visto de visitante B1/B2 – usado para viagens de negócio e turismo nos EUA, que somou mais de 748,5 mil emissões no ano passado, representando 91,76% do total. Trata-se de aumento de 944% sobre 2021, ano em que os consulados e a embaixada ficaram fechados ou com serviços limitados em razão da pandemia.

    Essa é a maior quantidade de vistos B1/B2 emitidos para brasileiros desde 2015, quando mais de 873 mil autorizações de entrada desse tipo foram expedidas pelos órgãos consulares. “É, sem dúvida alguma, o visto mais buscado pelo brasileiro, que tem no B1/B2 a sua porta de entrada mais acessível para os EUA, podendo ficar até seis meses no país para conhecer atrações turísticas e realizar atividades diversas”, afirmou, em nota, o advogado de imigração Felipe Alexandre, sócio-fundador da AG Immigration.

    Estudo e intercâmbio

    Na lista de vistos americanos mais concedidos a brasileiros, a segunda e a terceira colocações são ocupadas por dois vistos de estudo e intercâmbio: o J-1 (13,1 mil emissões) e o F-1 (8,8 mil), respectivamente. Enquanto o primeiro registrou alta de 96% sobre o ano anterior, o segundo, por sua vez, caiu 10% no mesmo período.

    Segundo o CEO da AG Immigration, Rodrigo Costa, o brasileiro que vai estudar ou fazer intercâmbio nos EUA é, em geral, recém-formado do ensino médio ou da graduação. Ele destacou que o visto de intercâmbio é bem amplo, com categorias inclusive para médicos e professores universitários que vão dar aulas nos Estados Unidos. O Brasil é hoje o oitavo país estrangeiro com mais alunos matriculados nas universidades americanas.

    De acordo com Costa, a popularidade crescente dos vistos de estudante deve-se a dois grandes motivos. “Por um lado, há uma escassez global de mão de obra qualificada e, com isso, os EUA têm se aberto mais aos estudantes internacionais, principalmente os das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Eles vão estudar nos EUA e, eventualmente, acabam ficando no país para contribuir com o desenvolvimento local”.

    Rodrigo Costa lembrou que houve no Brasil expansão muito forte do acesso ao ensino superior nos últimos 20 anos. “Com isso, um volume maior de graduandos e graduados buscaram concluir ou complementar seus estudos no exterior. Os EUA, em razão das semelhanças culturais, facilidade com o idioma e qualidade das escolas, acaba sendo o principal destino desses brasileiros”.

    Vistos imigratórios

    A pesquisa da AG Immigration também revelou que os vistos mais autorizados a brasileiros em 2022 são aqueles que concedem ao portador ogreen card– documento que garante o direito de viver, trabalhar e viajar livremente nos EUA. O visto dessa categoria mais atribuído a brasileiros foi o EB-2, com 1.499 emissões – alta de 284% sobre as 390 autorizações de 2021. O EB-2 é destinado a profissionais de destaque, geralmente com mestrado, doutorado ou algum tipo de especialização única.

    “Estamos falando de engenheiros, profissionais de TI, programadores, gerentes de RH, marketing e outras áreas corporativas, pilotos de avião, jornalistas, enfermeiros, fisioterapeutas, cabeleireiros e por aí vai. A lista é bem extensa. Se a pessoa tem uma carreira acima da média, ela pode ser elegível ao EB-2”, disse Felipe Alexandre.

    Para o advogado, o aumento na procura pelo EB-2 por brasileiros indica um movimento de fuga de cérebros do Brasil. “É um número recorde. Vamos ver como as emissões vão se comportar neste ano”.

    Fonte: Agência Brasil

  • Economia verde e Rússia serão desafios para Dilma no Banco do Brics

    Economia verde e Rússia serão desafios para Dilma no Banco do Brics

    Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Xangai, na etapa final da viagem à China, será recebido por uma velha conhecida. A essa altura, a ex-presidenta Dilma Rousseff estará no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), nome oficial do Banco do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos.

    Previsto para ocorrer entre 29 e 31 de março, o encontro com Lula em Xangai, onde fica a sede do NDB, deverá ser marcado pela posse oficial de Dilma no banco que ela própria ajudou a fundar, em 2014. Segundo especialistas ouvidos pelaAgência Brasil, a nova comandante da instituição tem a oportunidade de ampliar a inserção internacional no banco, mas terá dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

    Em relação à economia verde, o principal desafio de Dilma, que enfrentou conflitos com a área ambiental do governo nos dois mandatos de Lula, não será a adaptação às novas exigências ambientais dos projetos de infraestrutura. Na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27), no Egito, o NDB assumiu o compromisso de aumentar o financiamento a projetos ambientalmente sustentáveis, mas o sucesso dessa missão depende da vontade da China e da Rússia e injetarem dinheiro nesse tipo de empreendimento.

    “Nesse ponto, vai depender mais de quem coloca o dinheiro e financia os projetos, principalmente a Rússia e a China, que não têm esse perfil ambientalista, decidir colocar valores em projetos mais ambientais. A adaptação da Dilma ao perfil de economia verde é o menor dos problemas”, diz Carla Beni, economista e professora de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo. Ela, no entanto, lembra que a China pode usar o banco para suavizar a imagem de grande emissor de carbono e financiar esses projetos.

    Articulação

    Doutor em relações internacionais na Universidade de Lisboa e membro da Associação Portuguesa de Ciência Política, o economista Igor Lucena concorda. Para ele, a articulação entre os países-membros do Banco do Brics será importante para que os sócios apresentem projetos de sustentabilidade verde no médio e no longo prazo.

    “A gente sabe que esses projetos não são simples, demoram para emplacar, como o hidrogênio verde no Ceará, mas são projetos importantes e que pode ser para a presidente Dilma um legado e uma marca da sua gestão dentro do banco. Então, isso vai ter que ser feito em parceria com os países-membros e, talvez, colocar como requisito para os novos países que querem entrar no banco a possibilidade e a necessidade de investir capital dentro desse projeto verde”, sugere.

    Rússia

    Outro desafio que Dilma terá de enfrentar no comando do NDB será a resistência dos países ocidentais em relação à Rússia. Segundo Lucena, as sanções por causa da guerra na Ucrânia estão impedindo o banco de emitir títulos no mercado financeiro europeu e norte-americano. A nova presidenta da instituição terá de encontrar opções para captar recursos fora do Brics.

    “Haverá uma maior necessidade de a presidente Dilma articular com países não atrelados às sanções contra a Rússia para que o banco possa emitir títulos, dívida em estados e regiões que sejam capazes de absorver esses papéis e dar capilaridade de financiamento ao banco. Talvez esse seja o maior desafio da ex-presidente Dilma dentro do Brics: a situação internacional da Rússia e como isso impacta dentro do próprio banco”, diz Lucena.

    Carla Beni reconhece as dificuldades trazidas pela guerra na Ucrânia e pela alta nos juros internacionais, mas diz que Dilma tem um elemento a seu favor: a restauração da imagem do Brasil no exterior após a posse de Lula. “A gestão de Dilma pode melhorar a imagem e a relevância do banco e isso fortalece a posição, porque o governo anunciou e está deixando bem claro que quer fortalecer a aliança do Brasil com o mundo. O presidente Lula abriu o governo dizendo que o Brasil voltou à mesa de negociações”, explica.

    Experiência

    Outro elemento importante apontado pelos dois especialistas está no próprio currículo da nova comandante do NDB. Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, comandavam os países quando Dilma era presidenta da República. Isso, segundo eles, dá traquejo político à Dilma.

    “Um ex-presidente [de um país], seja ele quem for, tem relevância porque tem acesso a outros chefes de Estado. Para o próprio banco, a indicação da Dilma teve uma sinalização positiva. Tem um detalhe a que as pessoas não se atentam muito. A Dilma foi uma das fundadoras do Banco do Brics em 2014, então ela tem uma representação interna lá dentro e um trânsito muito bem visto sob a ótica do banco”, relembra Beni.

    “Dilma tem dois pontos fundamentais que podem marcar sua gestão. Primeiro, há uma disposição muito maior da China em avançar com o NDB, mas também de trazer novos sócios ao banco. Ou seja, a possibilidade de novos recursos entrarem no banco e isso também alavancar também a capacidade das empresas brasileiras, o que é um fator positivo”, destaca Lucena.

    Troca de poder

    No último dia 10, o banco comunicou oficialmente que o atual presidente, o brasileiro Marcos Troyjo, deixará a instituição em 24 de março. Secretário especial de Comércio Exterior e Relações Internacionais do antigo Ministério da Economia, Troyjo ocupava a presidência do NDB desde julho de 2020. Segundo o comunicado oficial, a sucessão foi mutuamente acordada com o atual governo e obedece à governança e aos procedimentos da instituição.

    Dilma presidirá o banco até julho de 2025, quando acaba o mandato rotativo entre os países fundadores da instituição financeira. Após o presidente Lula tomar posse, o governo articulou a troca de poder, consultando todos os sócios. Na próxima sexta-feira (24), no mesmo dia em que Troyjo deixa o cargo, Dilma será eleita formalmente para assumir o posto em Xangai, mas uma cerimônia oficial de posse está prevista durante a viagem de Lula à China.

    No comunicado emitido no último dia 10, o NDB enumerou conquistas na gestão de Troyjo, como a ampliação da carteira de crédito para US$ 32 bilhões que financiam quase 100 projetos e a melhoria da nota do banco pelas agências de risco, com nota AA+ para operações de longo prazo. Essa classificação é mais alta que a dos quatro principais bancos norte-americanos.

    Fonte: Agência Brasil

  • Tribunal Penal Internacional emite ordem de prisão contra Putin por crimes de guerra na Ucrânia

    Tribunal Penal Internacional emite ordem de prisão contra Putin por crimes de guerra na Ucrânia

    O Tribunal Penal Internacional (TPI), baseado em Haia, emitiu nesta sexta-feira (17) um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusando-o se ser o responsável por crimes de guerra cometidos na Guerra da Ucrânia.

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    Em comunicado, o TPI argumenta que Putin é o provável responsável pela deportação ilegal de crianças de áreas ocupadas pela Rússia na Ucrânia —porções no leste do país. A alta corte diz que o russo falhou em exercer controle adequado de seus subordinados civis e militares.

    Além de Putin, o TPI também expediu um mandado de prisão para Maria Lvova-Belova, a comissária russa para os direitos das crianças. No caso dela, o tribunal sinaliza no comunicado público que a russa pode ter participado diretamente dos atos de deportação de crianças.

    Os mandados de prisão correm em sigilo para proteger a privacidade das vítimas. Ainda que um desdobramento importante da guerra no Leste Europeu, porém, a ação do TPI pode ter pouca efetividade prática.

    Moscou nega desde o início da guerra que viola os direitos humanos ou comete crises lesa-Humanidade em sua operação militar especial na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro. Minutos após a decisão ser anunciada, a porta-voz da Chancelaria, Maria Zakharova, repetiu pelo Telegram que a Rússia não reconhece a jurisdição do TPI:

    “As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm nenhum significado para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, escreveu a representante. “A Rússia não é parte do Tratado de Roma do Tribunal Penal Internacional e não tem nenhuma obrigação sob ele.”

    Fonte: O Gloo e Folha