Categoria: Internacional

  • Presidente do Peru dissolve o Parlamento e decreta toque de recolher

    Presidente do Peru dissolve o Parlamento e decreta toque de recolher

    O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou nesta quarta-feira (7) a dissolução do Congresso, a antecipação de eleições parlamentares e decretou toque de recolher em meio à crise política que lhe fez ser alvo de três pedidos de impeachment em seus 16 meses de poder.

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    O anúncio do presidente veio horas antes da sessão em que o pedido de destituição do político de esquerda populista, e o anúncio dele se deu a horas do debate.

    Pedro Castillo enfrenta uma crise permanente desde que assumiu a Presidência, há pouco mais de um ano e meio. 

    Fonte: O Gloo

  • Divergências comerciais marcam 61ª Cúpula do Mercosul

    Divergências comerciais marcam 61ª Cúpula do Mercosul

    Terminou nesta terça-feira (6), em Montevidéu, no Uruguai, a 61ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. Em fim de mandato, o presidente Jair Bolsonaro decidiu não comparecer ao encontro e foi representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, além do ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Ao fim do evento, a Argentina assumiu a presidência pro-tempore do bloco para o próximo semestre. 

    Esta edição da cúpula foi marcada por divergências comerciais envolvendo os integrantes do bloco, especialmente após a manifestação, por parte do governo uruguaio, sobre o desejo de assinar tratados de livre comércio fora do Mercosul. O país vizinho negocia, inclusive, uma adesão ao Tratado Transpacífico (TPP), que é uma área de livre-comércio que envolve 11 países da Ásia, Oceania e Américas. O movimento de Montevidéu chegou a ser alvo de críticas dos demais sócios que, em comunicado emitido na semana passada, prometeram “adotar eventuais medidas para defender seus interesses no âmbito jurídico e comercial”.

    No discurso na abertura da 61ª Cúpula, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, defendeu o direito dos países do bloco assinarem acordos comerciais que possam ser mais favoráveis.  

    “Nós queremos estar abertos ao mundo. Lógico que, se vamos em bloco, vamos melhor. É isso que nós queremos, mas não estamos dispostos a ficar quietos, sem fazer nada. Não podemos falar de ruptura, mas de resolver tensões”, disse o uruguaio.   

    Em resposta, o presidente argentino, Alberto Fernández, disse que uma ação unilateral viola normas internas do Mercosul. “Você diz que não quer ruptura, mas numa sociedade quando alguém não segue as regras, está rompendo com as normas. Se as regras precisam ser mudadas, vamos discutir, mas enquanto isso não aconteça, devemos respeitá-las”, afirmou.

    Hamilton Mourão destacou a necessidade de construção de consensos e a preservação das trocas comerciais dentro do bloco. Ele chegou a destacar a atuação do governo brasileiro para ampliar acordos comerciais de forma conjunta. 

    O presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, ressaltou as assimetrias existentes entre os países do bloco, que são muito desproporcionais em termos geográficos e tamanho de economia, e reforçou a adoção de estratégias comuns.

    O Mercosul é considerada a maior iniciativa de integração regional da América Latina, respondendo por dois terços do território, população e Produto Interno Bruto (PIB) da região. As trocas entre os países do bloco somaram US$ 40,6 bilhões, em 2021. Já o intercâmbio comercial do Mercosul com os demais países, em 2021, foi de US$ 598 bilhões. 

    Fonte: Agência Brasil

  • Afegãos em aeroporto de Guarulhos testam positivo para covid-19

    Afegãos em aeroporto de Guarulhos testam positivo para covid-19

    Dois imigrantes afegãos, uma senhora de 64 anos e um homem de 21, foram diagnosticados com covid-19 no último domingo (4) na Unidade de Pronto Atendimento a Saúde (UPA) Cumbica, informou a Prefeitura de Guarulhos (SP). Os refugiados estavam acampados no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, onde aguardam vagas em abrigos em São Paulo.

    Segundo a prefeitura de Guarulhos, os dois afegãos permanecem em isolamento na UPA Cumbica até a retaguarda de acolhimento ser autorizada. A responsabilidade de acompanhamento é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que o aeroporto internacional é de concessão federal. “O órgão já foi acionado, assim como os ministérios da Saúde e da Cidadania”, informou em nota a prefeitura da cidade.

    Segundo a prefeitura, semanalmente a Secretaria de Saúde de Guarulhos realiza ações de saúde com os refugiados que estão abrigados no aeroporto, como vacinação, consultas médicas, além de orientações gerais sobre saúde. “No momento, são 72 afegãos aguardando acolhimento no local. Eles já receberam máscaras e orientações sobre saúde”, completou a nota.

    Anvisa

    Segundo a Anvisa, a situação de refugiados afegãos que estão acampados no aeroporto de Guarulhos é de conhecimento do órgão, “que acompanha desde que os primeiros grupos passaram a aguardar, naquele espaço público, o encaminhamento para localidades de destino. Trata-se de situação atípica, pois o aeroporto não é projetado para estadia de pessoas nessas condições”, informou a nota a agência. 

    De acordo com informações da agência, a partir da observação do crescimento do grupo e do tempo de permanência, a Anvisa informou oficialmente, em 11 de outubro de 2022 ao Ministério da Saúde, relativo aos riscos à Saúde de tal situação; e o Comitê Nacional Para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça, relativo à situação de um acolhimento para os acampados. 

    A agência informou ainda que, conforme Lei 9782/99, a Anvisa executa atividades de Vigilância Epidemiológica sob orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde.

    “O Ministério da Saúde respondeu à comunicação oficial da agência indicando a atuação da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, como órgão que faria a oferta de vacinas, a coleta de amostras de casos suspeitos e o apoio na mitigação do risco de transmissão de doenças infectocontagiosas.  Considerando os casos positivos para Sars-CoV-2 de refugiados identificados neste domingo (4) pela Unidade de Pronto Atendimento de Cumbica, a Anvisa já comunicou o CVE/SP e reforçou a indicação do uso de máscaras, disponibilizando-as para todo o grupo de refugiados. Caso novos refugiados apresentem sintomas é indicada a testagem nas unidades de saúde do município e isolamento em local fora do aeroporto”, informou a nota da Anvisa.

    Visto humanitário

    O Afeganistão está em guerra desde o ano passado, quando o grupo armado Talibã retomou o controle do país. O Governo Brasileiro, desde setembro de 2021, concede visto para fins de acolhida humanitária para pessoas afetadas pela situação no Afeganistão.

    Após emitido o visto humanitário, o beneficiário tem até 180 dias para ingressar no Brasil. A maioria dos voos internacionais chega ao Brasil por meio do Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo.

    Os afegãos que chegam ao Brasil e não têm recursos são encaminhados para centros de acolhimento. No entanto, as vagas nesses espaços são  insuficientes, e os afegãos passaram a se aglomerar no aeroporto desde agosto deste ano.

    O Coletivo Frente Afegã tem feita a assistência inicial dos refugiados afegãos que desembarcam no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A voluntária Laura Carneiro Antonio, que atua diretamente com os afegãos no aeroporto, afirma que o  coletivo tem atuado em diversas áreas, desde entrega de marmitas até a distribuição de colchões.

    “Muitas vezes eles chegam sem nada, sem cobertas nem travesseiros. Então damos essa assistência, tentamos conseguir barracas e colchões infláveis para que tenham onde dormir, e vamos dando outras assistências enquanto eles esperam por abrigo, eles querem muito ir embora para os abrigos e poder trabalhar”, explicou.

    A questão da saúde dos refugiados é preocupante, avalia a voluntária. “Os dois casos confirmados de covid-19 entre refugiados foram casos assintomáticos, foi descoberto por uma ação na saúde em que vieram realizar essa assistência para eles, que foram encaminhamos [à UPA] por problemas aleatórios. Agora nós estamos testando todos para que não corra risco de termos outros casos assintomáticos aqui no aeroporto, e não vire um surto”.

    Outro desafio é conseguir local e transporte para que os refugiados consigam tomar banho, lamentou Laura. “Temos muito problema como arrumar local para eles tomarem banho, ainda temos algumas parcerias com os hotéis, mas o que complica bastante é o meio de transporte para levá-los nesses lugares que oferecem os banhos”.

    Além deste coletivo, outras instituições prestam assistência aos refugiados, completou a voluntária. “A Cáritas e a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e o Posto Humanizado ficam responsáveis pela parte dos abrigos e da documentação deles”, disse Laura.

    Segunda a voluntária, a assistência é ininterrupta. “Havia em média 300 pessoas, mas diminuiu bastante porque muitas foram acolhidas nos abrigos da Cáritas e Acnur. Hoje são cerca de 70 pessoas e estamos sempre a postos para o caso de chegar famílias novas. Nós nunca viramos as costas. Um dia pode ter 50 pessoas, mas em questão de minutos pode acontecer de chegar 50 na mesma noite, por isso estamos aqui dia e noite para ajudá-los”.

    Enquanto a reportagem fotográfica daAgência Brasilestava no aeroporto, 15 refugiados afegãos desembarcaram, sendo sete deles crianças.

    Fonte: Agência Brasil

  • Criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos supera expectativas

    Criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos supera expectativas

    Donos de empresas nos Estados Unidos contrataram mais trabalhadores do que o esperado em novembro deste ano e aumentaram os salários, apesar dos crescentes temores de recessão, o que pode complicar a intenção do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de começar a desacelerar o ritmo de suas altas de juros neste mês.

    A criação de vagas fora do setor agrícola totalizou 263 mil no mês passado, disse, hoje (2), o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego. Os dados de outubro foram revisados para cima para mostrar abertura de 284 mil postos, em vez dos 261 mil informados anteriormente.

    Economistas consultados pela agência de notícias Reuters previam a criação de 200 mil empregos em novembro. As estimativas variaram de 133 mil a 270 mil.

    A contratação nos EUA continua forte, embora empresas de tecnologia, incluindo Twitter, Amazon e Meta, controladora do Facebook, tenham anunciado milhares de cortes de empregos.

    Economistas disseram que essas empresas estavam se ajustando após contratações excessivas durante a pandemia de covid-19. Eles observaram que as pequenas empresas continuam desesperadas por trabalhadores.

    Ao final de outubro, havia 10,3 milhões de vagas disponíveis nos Estados Unidos, muitas delas nas áreas de lazer e hotelaria, saúde e assistência social.

    Desemprego

    A taxa de desemprego manteve-se inalterada em 3,7% em novembro. O salário médio por hora aumentou 0,6%, após avançar 0,5% em outubro. Isso elevou o ganho anual dos salários a 5,1% contra 4,9% em outubro. O crescimento dos salários atingiu um pico de 5,6% em março.

    O relatório de emprego norte-americano veio após dados terem mostrado desaceleração da inflação em outubro. Ainda assim, o mercado de trabalho continua apertado, com 1,7 emprego para cada desempregado em outubro, devendo manter o Fed em sua trajetória de aperto monetário pelo menos até o primeiro semestre de 2023.

    O chair do Fed, Jerome Powell, disse, na quarta-feira, que o banco central dos EUA pode reduzir o ritmo de seus aumentos de juros “já em dezembro”. As autoridades do Fed se reúnem em 13 e 14 de dezembro.

    O Fed já elevou sua taxa básica de juros em 3,75 pontos percentuais este ano, de quase zero para uma faixa de 3,75% a 4,00%, no ciclo de aumento mais rápido desde a década de 1980.

    Fonte: Agência Brasil

  • Cinco cartas-bomba são detectadas na Espanha e país reforça segurança

    Cinco cartas-bomba são detectadas na Espanha e país reforça segurança

    Especialistas desarmaram a quinta carta-bomba nesta quinta-feira (1º), enquanto a Espanha reforça a segurança para enfrentar uma série de artefatos explosivos enviados a integrantes do alto escalão, incluindo o primeiro-ministro e o embaixador ucraniano em Madri.

    As primeiras indicações sugerem que todos os cinco pacotes foram enviados de dentro da Espanha, disse o vice-ministro do Interior a jornalistas.

    Rafael Pérez, ministro responsável pela segurança, disse que os dispositivos caseiros foram enviados em pacotes marrons contendo um pó inflamável e um disparador que geraria “chamas repentinas” em vez de explosão.

    Os pacotes foram endereçados aos responsáveis pelas instituições para as quais foram enviados.

    A embaixada dos Estados Unidos em Madri recebeu carta semelhante às cinco cartas-bomba, informou a rede de TV La Sexta.

    Pérez disse que um dos dispositivos detonou – ferindo uma oficial de segurança da embaixada ucraniana em Madri, mais três foram detonados pelas forças de segurança em explosões controladas e um foi mantido intacto para investigações.

    “Parece que todos foram enviados de dentro do país, mas estamos baseando isso em inspeções iniciais, sem ainda ter um relatório técnico aprofundado”, afirmou.

    Pérez disse que ainda não parece necessário convocar o comitê de segurança, que avaliaria o aumento do nível de ameaça terrorista na Espanha, que já está no segundo nível mais alto depois dos ataques islâmicos na Europa na última década.

    O Ministério do Interior informou, em comunicado, que determinou à polícia que reforce a segurança em torno dos prédios públicos e, principalmente, verifique cuidadosamente as entregas postais.

    Uma fonte próxima à investigação disse que embora os dispositivos sejam caseiros, “não eram algo que qualquer um possa fazer”, e os investigadores agora tentam rastrear o conteúdo até a origem.

    A Suprema Corte da Espanha, especializada em combate ao terrorismo, abriu investigação.

    Fonte: Agência Brasil

  • Em Portugal, Lula defende mudanças na ONU

    Em Portugal, Lula defende mudanças na ONU

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (18), em Lisboa, com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro do país, António Costa. O encontro ocorreu após a passagem de Lula pela 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), no Egito. Depois do encontro privado, Lula e Costa falaram à imprensa. O presidente eleito assegurou que seu governo retomará o diálogo com todos os países. “Fazia quatro anos que o Brasil estava totalmente isolado no mundo. Nenhum país que sofreu bloqueio nesses últimos 30 anos teve o isolamento que o Brasil teve por culpa do próprio governo brasileiro. Não foi o mundo que isolou o Brasil, foi o Brasil que se isolou”, afirmou.

    Lula também pediu mudanças na governança global, incluindo uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, para torná-lo mais representativo, na visão do presidente eleito.

    “Eu tenho defendido que precisamos de uma governança global mais representativa. Sobretudo na questão climática, a gente não pode tomar uma decisão e depois levá-la para que o Estado nacional decida se vai cumpri-la ou não cumpri-la. Temos exemplo do Protocolo de Kyoto, que foi assinado há tempo tempo atrás, até hoje não foi cumprido por muitos países. A ONU de hoje não pode continuar sendo a ONU de 1948. O mundo mudou, a geopolítica mudou, as pessoas mudaram, a cultura mudou e, portanto, o Conselho de Segurança da ONU precisa mudar. Precisa ter mais gente representando todos os continentes e acabar com a ideia de que os países possam ter direito de veto”, enfatizou.

    Sobre os compromissos ambientais do novo governo, Lula destacou o combate ao garimpo ilegal e às invasões ilegais de reservas, com preservação das terras indígenas e unidades de conservação. “Vamos cuidar da questão climática, cuidar da Amazônia como patrimônio da humanidade”, garantiu, mencionando da sugestão para que o Brasil realize a COP30, em 2025, na Região Amazônica.

    Responsabilidade fiscal

    Questionado por jornalistas sobre as contas públicas do novo governo, após oscilações no mercado financeiro por conta de medidas anunciadas pela equipe de transição – como a proposta para excluir o Bolsa Família da regra do teto de gastos – Lula enumerou feitos de seus dois mandatos anteriores (2003-2010) e disse que tem compromisso com os brasileiros, especialmente os mais pobres.

    “Ao terminar o meu governo, a inflação estava 4,5%, a nossa dívida tinha caído de 60,5% para 37,7%, o Brasil tinha pago sua dívida com o FMI [o Fundo Monetário Internacional] e emprestado US$ 15 bilhões para o FMI. E o Brasil tinha feito uma reserva de US$ 370 bilhões, que é o que sustenta o Brasil até hoje. Ninguém tem autoridade pra falar em política fiscal comigo, porque durante todo o meu período de governo, eu fui único país do G20 que fiz superávit primário”, sentenciou. 

    “Vou cuidar desse povo como ninguém jamais cuidou, vou voltar a fazer ele sorrir, aumentar salário mínimo todo ano e gerar emprego nesse país. Vamos voltar a ser responsáveis do ponto de vista fiscal sem precisar atender tudo o que o sistema financeiro quer. Eu fui eleito para cuidar de 215 milhões de brasileiros, sobretudo das pessoas mais necessitadas”, acrescentou.

    Após o giro internacional, o presidente eleito deve retomar a agenda da transição de governo na semana que vem, no Brasil, quando começa a analisar nomes para compor sua equipe ministerial. 

    Fonte: Agência Brasil

  • Mísseis russos atingem a Polônia e elevam tensões na guerra

    Mísseis russos atingem a Polônia e elevam tensões na guerra

    A Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), teria sido atingida nesta terça-feira (15) por dois mísseis russos que mataram duas pessoas, de acordo com um oficial de inteligência dos EUA não identificado citado pela agência Associated Press, que menciona também meios locais poloneses.

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    As explosões, ainda não confirmadas pelas autoridades polonesas, pela Otan ou pelos EUA, teriam ocorrido em uma fábrica de grãos em Przewodow, um vilarejo no Leste do país a cerca de seis quilômetros da fronteira ucraniana, no mesmo dia em que a Rússia lançou um amplo bombardeio à Ucrânia.

    O Ministério da Defesa da Rússia, por outro lado, afirma que os relatos são uma “provocação” e nega que seus militares tenham atirado contra alvos próximos à fronteira polonesa. Pelo tratado da Otan, os 30 países-membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos se comprometem a defender conjuntamente qualquer um deles que tenha sofrido um ataque externo.

    Rússia bombardeia grandes cidades na Ucrânia

    O ataque em solo polonês ocorreu no mesmo dia em que a Rússia lançou cerca de 100 mísseis contra a Ucrânia, a maioria deles contra infraestruturas de energia e outros alvos civis, segundo o comando militar ucraniano. A capital Kiev e as cidades de Lviv, Shebekino e Kharkiv foram as mais atingidas. 

     

    Fonte: Estadão

  • Na COP27, Brasil lista ações de sustentabilidade dos últimos 4 anos

    Na COP27, Brasil lista ações de sustentabilidade dos últimos 4 anos

    O governo federal lançou nesta terça-feira (15), durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27), a Agenda Brasil + Sustentável. O documento apresenta medidas adotadas nos últimos quatro anos que estariam alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), um apelo global para acabar com a pobreza e proteger o meio ambiente. Ao todos, foram listados mais de 800 ações.

    Segundo o governo, a produção da Agenda Brasil + Sustentável se deu de forma colaborativa e mobilizou a participação de todos o ministérios. O documento , com 80 páginas, também está acessível ao público. São citadas as contribuições de iniciativas variadas como o Auxílio Brasil, o Plano Safra, o Marco Legal do Saneamento e a Operação Acolhida, entre outros.

    A conferência, que este ano está sendo realizada no Egito, ocorre anualmente desde 1995 e foi criada a partir da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima pactuada três anos anos. O evento reúne todos os países signatários da convenção. Durante duas semanas, representantes dos signatários da convenção avaliam as mudanças climáticas no planeta e discutem mecanismos para lidar com a situação. Entram na pauta diversos temas relevantes, como geração de energia limpa, mercado de carbono e agricultura sustentável.

    O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, é o chefe da delegação do brasileira. Em discurso proferido hoje, ele também apresentou programas e políticas públicas implementadas pelo país nos últimos anos. “Desde 2019, trabalhamos junto com o setor privado para encontrar soluções climáticas e ambientais lucrativas para as empresas, as pessoas e a natureza. Invertemos a lógica dos governos anteriores de só agiam para multar, reduzir e culpar. Este governo faz políticas para incentivar, inovar e empreender, criando assim marcos legais para uma robusta economia verde com geração de emprego e renda a todos os brasileiros”, disse o ministro.

    Leite reconheceu que o país tem desafios para enfrentar, como o desmatamento ilegal na Amazônia, os 100 milhões de brasileiros sem acesso a redes de esgoto e os mais de 2,6 mil lixões a céu aberto.

    Fonte: Agência Brasil

  • França permite que barco de imigrantes atraque e faz críticas à Itália

    França permite que barco de imigrantes atraque e faz críticas à Itália

    A França disse nesta quinta-feira (10) que permitirá que um navio de ONG que transporta mais de 200 imigrantes resgatados no Mediterrâneo atraque no porto de Toulon, após discussões tensas com a Itália, cuja atitude o governo francês criticou duramente.

    A imigração é um assunto polêmico em ambos os países, e o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que a proibição do governo da Itália ao barco, que ficou preso no país por dias, é “incompreensível” e “egoísta”.

    “Neste contexto, a França decidiu excepcionalmente compensar o comportamento inaceitável do governo italiano e convidar o navio a vir ao porto militar de Toulon”, disse Darmanin em entrevista coletiva.

    Há 234 pessoas a bordo do Ocean Viking, incluindo 57 crianças. A França receberá cerca de um terço, a Alemanha outro terço e o restante será dividido entre outros países da União Europeia, disse Darmanin, enfatizando que aqueles que não se qualificarem para asilo serão expulsos.

    O navio estava navegando hoje pela ilha francesa da Córsega, mostrou o aplicativo rastreador MarineTraffic, mas estava perto da Itália antes disso. Ele estava programado para chegar em Toulon amanhã (11).

    “Não há dúvida de que [o Ocean Viking] estava na zona de pesquisa e resgate da Itália”, disse Darmanin, acrescentando que “haverá consequências extremamente fortes no relacionamento bilateral”.

    A Itália rejeitou firmemente as críticas, dizendo que a reação francesa destaca o fracasso da Europa em lidar com um número crescente de imigrantes, muitos dos quais chegam ao continente por meio de barcos do Norte da África.

    “A reação da França ao pedido de receber 234 imigrantes, enquanto a Itália recebeu 90 mil somente este ano, é totalmente incompreensível diante dos constantes pedidos de solidariedade”, disse o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, em comunicado.

    A Itália e a Espanha, países por onde chegam a maioria dos imigrantes que cruzam o Mediterrâneo por mar, há muito dizem que outros países, incluindo a França, devem fazer mais para ajudar.

    A questão de como lidar com a imigração na União Europeia tem sido fonte de tensões há anos, mas as críticas muito abertas e duras da França à Itália nesta quinta-feira são mais incomuns.

    “A França lamenta profundamente que a Itália tenha decidido não se comportar como um Estado europeu responsável”, disse Darmanin, que convocou uma reunião do bloco europeu para discutir a imigração e a atitude da Itália.

    (Reportagem adicional de Elizabeth Pineau, Dominique Vidalon, Tangi Salaun, Sudip Kar-Gupta em Paris, Crispian Balmer em Roma)

    Fonte: Agência Brasil

  • COP27: secretário da ONU defende pacto de solidariedade climática

    COP27: secretário da ONU defende pacto de solidariedade climática

    O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu hoje (7) um “pacto de solidariedade climática” entre os países participantes da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27). Segundo ele, essa é a alternativa que resta para evitar, como consequência, o “suicídio coletivo” do planeta.

    “Nosso planeta está se aproximando rapidamente do ponto de inflexão que tornará o caos climático irreversível. Estamos em uma estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”, disse Guterres no discurso de abertura das atividades desta segunda-feira no Egito. 

    Ele defendeu que, durante os trabalhos da COP27, seja feito um “pacto histórico de solidariedade climática” entre economias desenvolvidas e emergentes. Esse pacto implica, disse, a ampliação de esforços para reduzir, na atual década, as emissões  mantendo, dessa forma, os países em linha com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5º acima das temperaturas pré-industriais.

    Pacto

    “Trata-se de um pacto no qual os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais deverão fornecer assistência financeira e técnica para ajudar as economias emergentes a acelerarem sua própria transição de energia renovável”, afirmou.

    De acordo com o secretário, o pacto buscará acabar com a dependência de combustíveis fósseis e visar à eliminação do uso de carvão como combustível de usinas até 2040. “É também um pacto para fornecer energia universal, acessível e sustentável a todos e em que economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum, combinando capacidades e recursos em benefício da humanidade”.

    Citando as duas maiores economias do mundo, Guterres disse que os Estados Unidos e a China têm a responsabilidade de “juntar forças” para tornar esse pacto uma realidade. “É a nossa única esperança de cumprir as metas climáticas. A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer. Ou faremos um pacto de solidariedade climática, ou teremos um pacto de suicídio coletivo”, argumentou.

    “As atividades humanas são as causas dos problemas climáticos. Portanto, a ação humana tem de ser a solução, de forma a restabelecermos ambições e reconstruirmos a confiança, em especial entre o Norte e o Sul”, completou.

    Adaptação

    Para evitar um “destino terrível”, António Guterres disse que todos os países do G20 [grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo] devem acelerar a transição já nesta década. “Os países desenvolvidos devem assumir a liderança, mas as economias emergentes são também fundamentais para isso”.

    Ele lembrou que, atualmente, há cerca de 3,5 bilhões de pessoas vivendo em países “altamente vulneráveis aos impactos climáticos” e que, durante o encontro de Glasgow, os países desenvolvidos se comprometeram a dobrar seu apoio à adaptação para US$ 40 bilhões por ano até 2025.

    “Precisamos de um roteiro sobre como isso será implementado e devemos reconhecer que é apenas um primeiro passo, porque as necessidades de adaptação ultrapassam US$ 300 bilhões por ano até 2030”, afirmou ao defender que metade do financiamento climático deve ser dedicado a medidas de adaptação.

    “As instituições financeiras internacionais e os bancos multilaterais de desenvolvimento devem mudar o modelo de negócios, fazer sua parte para aumentar o financiamento de medidas de adaptação e atuar como alavanca para mobilizar mais financiamento privado destinado à ação climática”, acrescentou.

    Sistemas de alerta

    O secretário-geral ressaltou que os países que menos contribuíram para a crise climática têm “colhido turbilhões semeados por outros países”. Ele se referiu assim a desastres ambientais potencializados pelas mudanças climáticas, causadas por outros países.

    “Em muitos casos, esses países são pegos de surpresa, impactados por eventos inesperados ou para os quais não haviam se preparado. É por isso que estou pedindo a cobertura universal dos sistemas de alerta precoce dentro de cinco anos. E é por isso que estou pedindo que todos os governos tributem lucros das empresas de combustíveis fósseis”, disse.

    Tributos

    Segundo Guterres, os valores arrecadados por meio dessas tributações devem ser direcionado aos países que sofrem “perdas e danos causados pela crise climática”, à luta contra o aumento dos preços de alimentos e em favor do uso de energias renováveis.

    “A boa notícia é que sabemos o que fazer e temos as ferramentas financeiras e tecnológicas para realizar o trabalho. É hora de as nações se unirem para a implementação. É hora de solidariedade internacional. Uma solidariedade que respeite todos os direitos humanos e que garanta espaço seguro para os defensores do meio ambiente e para todos que venham a contribuir à nossa resposta climática. Não esqueçamos que a guerra contra a natureza é, em si, uma violação massiva dos direitos humanos”.

    Guerras

    Sobre os conflitos que estão ocorrendo no mundo – entre eles a guerra na Ucrânia –, o secretário disse lamentar o derramamento de sangue e a violência praticada. Ele, no entanto, ressaltou que esses conflitos não podem prejudicar as ações e os planejamentos para os problemas que envolvem a questão climática, até por haver correlação entre eles e o “caos climático”.

    “Não podemos aceitar que nossa atenção não esteja voltada para as mudanças cdo clima. É claro que devemos trabalhar juntos para apoiar os esforços de paz e acabar com o tremendo sofrimento, mas a mudança climática está em uma linha de tempo e em uma escala diferente. Essa é a questão definidora de nossa era e o desafio central do nosso século. É inaceitável, ultrajante e autodestrutivo colocá-la fora das prioridades”, afirmou.

    Para Guterres, muitos dos conflitos atuais estão ligados ao crescente caos climático. “A guerra na Ucrânia expôs os riscos profundos do nosso vício em combustíveis fósseis, mas as crises de hoje não podem ser uma desculpa para retrocessos”, concluiu.

    *Com informações da Agência Reuters.

    Fonte: Agência Brasil