Categoria: Internacional

  • Líderes europeus visitam a Ucrânia e prometem apoio contra a Rússia

    Líderes europeus visitam a Ucrânia e prometem apoio contra a Rússia

    O presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro da Itália Mario Draghi visitaram hoje (16) a capital ucraniana Kiev. Os líderes europeus organizaram essa visita conjunta para conversar pessoalmente com o presidente Volodymyr Zelenskyi e discutir o futuro do país, que está sob ataque desde 24 de fevereiro.

    Durante a chegada, Macron afirmou que a visita representa “um momento importante”, e que manda uma “mensagem de união” para o povo ucraniano. O líder francês afirmou ainda que crimes de guerra foram cometidos na cidade de Irpin, na entrada de Kiev. “É uma cidade heróica, marcada pelo estigma da barbárie”, disse.

    Assim como a cidade de Bucha, Irpin foi alvo de bombardeios intensos durante a ocupação do exército russo, em março. Os russos “destruíram jardins de infância, parques infantis. Vamos reconstruir tudo”, adiantou Mario Draghi.

    Já Olaf Scholz afirmou que a Alemanha ajudará a Ucrânia a resistir à ofensiva alemã “pelo tempo que for preciso”. “Queremos assegurar que estamos organizando ajuda financeira, humanitária, mas também na questão de armamento”, disse para a agência pública de notícias de Portugal RTP.

    Algumas horas após o início da visita dos líderes europeus, a Rússia anunciou a reabertura do corredor humanitário de Severodonetsk, em especial para os civis presos na fábrica de Azot. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 500 pessoas estão detidas no local em condições precárias.

    *Com informações da RTP.

    Fonte: Agência Brasil

  • Brasil pede ao México que resolva problemas com viagens de brasileiros

    Brasil pede ao México que resolva problemas com viagens de brasileiros

    O Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação com um problema que vem afetando centenas de brasileiros com passagem comprada para ir ao México nos próximos dias. Há dias, o sistema que gera a autorização eletrônica necessária para entrar no México não está funcionando.

    Por meio de nota divulgada ontem (9), o Itamaraty informou ter solicitado “providências urgentes ao governo mexicano, por meio da Secretaria de Relações Exteriores, da Secretaria de Turismo e do Instituto Nacional de Migração, com vistas a resolver o problema”.

    Procurados pela reportagem daAgência Brasil, o Consulado do México no Brasil e o Instituto Nacional de Migração ainda não responderam nossa solicitação. Mas, em suas redes sociais, a Embaixada do México no Brasil publicou um aviso no último dia 1º de junho reconhecendo que o sistema não estava funcionando e que estava trabalhando para restabelecer o serviço o mais rápido possível.

    Nas redes sociais relacionadas ao Consulado do México no Brasil, no entanto, brasileiros continuam reclamando que o sistema continua com problemas. Brasileiros reclamam que, além dositenão funcionar, os telefones também estão incomunicáveis. Há relatos de brasileiros dizendo ter perdido a viagem e tido diversos prejuízos por causa da falta de autorização para entrar no México.

    Desde dezembro do ano passado o governo do México tem exigido autorização eletrônica dos brasileiros que chegam ao país em via aérea. Chegando por mar ou terra, é exigido o visto. Pelo sistema, essa solicitação eletrônica pode ser realizada até 30 dias antes da viagem.

    Fonte: Agência Brasil

  • Chanceler russo cancela visita a Belgrado

    Chanceler russo cancela visita a Belgrado

    O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, cancelou a visita que faria hoje (6) à Sérvia, depois de as autoridades da Bulgária, Macedônia do Norte e Montenegro terem vedado os espaços aéreos ao avião russo. Para Moscou, o incidente é “mais um canal de comunicação fechado”.

    O chefe da diplomacia russa iria se encontrar nas próximas horas, em Belgrado, com o presidente sérvio, Aleksandar Vu?i?. Entretanto, o avião que o transportaria até a Sérvia não recebeu luz verde para cruzar os espaços aéreos dos três países, informou o jornal sérvio Vecernje Novosti.

    Sérvios e russos mantêm relações próximas – baseadas em laços históricos e culturais. Moscou tem sido, por exemplo, o esteio de Belgrado no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao bloquear o completo reconhecimento da independência do Kosovo.

    Os laços são também comerciais. A economia sérvia é completamente dependente do petróleo e do gás russos,.

    A invasão russa da Ucrânia levou a União Europeia a fechar o espaço aéreo a companhias aéreas da Rússia.

    Reeleito para um segundo mandato em abril, o presidente sérvio acusou a Ucrânia e um país-membro da União Europeia, que se recusou a nomear, de terem orquestrado um conjunto de falsas ameaças de bomba contra aviões da companhia Air Serbia. Acusação que Kiev classificou de “sem fundamento”.

    Vu?i? surge assim como o rosto de um país dividido entre a candidatura à UE e a tradicional aliança com Moscou Em maio, o presidente sérvio acertou com Vladimir Putin a continuação do abastecimento de gás natural russo ao país.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ipea: Uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar remotamente

    Ipea: Uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar remotamente

    No Brasil, aproximadamente uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar de forma remota, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Isso equivale a 20,4 milhões de pessoas, que representam 24,1% do total da população ocupada no país. Os dados estão em Nota de Conjuntura divulgada hoje (27).

    O estudo mostra que, a maior parte dos trabalhadores que poderiam desenvolver as atividades de forma remota é mulher (58,3%); branca (60%); com nível superior completo (62,6%); e tem idade entre 20 e 49 anos (71,8%).

    Mais da metade desses trabalhadores em teletrabalho potencial encontra-se na região Sudeste, aproximadamente 10,5 milhões. Na região Sul estão 3,6 milhões; no Nordeste, 3,5 milhões; e, no Centro-Oeste, 1,7 milhão. Essas pessoas estão prioritariamente em áreas urbanas. No entanto, segundo o Ipea, há cerca de 650 mil pessoas em teletrabalho potencial no campo, o que corresponde a 6,4% do total de ocupados na zona rural. 

    O recorte por unidade federativa mostra que, enquanto o Distrito Federal apresenta teletrabalho potencial de 37,8%, no Pará esse percentual cai para menos da metade, 15,3%. Em relação às cidades, Florianópolis aparece na liderança, com cerca de 40,4% das pessoas ocupadas em regime potencial de teletrabalho.

    O Ipea também estimou a massa de rendimentos dos trabalhadores e constatou que, o rendimento efetivo das pessoas ocupadas, no geral, consideradas na Pnad, supera os rendimentos habituais. Ou seja, o que os trabalhadores receberam de fato pelo trabalho, no período considerado, foi maior do que o que costumam receber. Consideradas apenas as pessoas em teletrabalho potencial, o rendimento efetivo supera o habitual em 9%. Segundo o Ipea, as pessoas em teletrabalho potencial, juntas são responsáveis por cerca de 40% do total de rendimentos no Brasil.

    Na análise, o Ipea utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021. O Instituto esclarece que não existem dados oficiais de quantas pessoas no Brasil trabalham remotamente. Por isso, realizou um levantamento das atividades que poderiam ser realizadas em teletrabalho.

    Como critério foi considerado, por exemplo, se os trabalhadores possuem ou não condições de realizar as tarefas em teletrabalho e se há fatores na realização do trabalho de forma remota que podem aumentar a produtividade.

    Fonte: Agência Brasil

  • Assessor especial da Casa Branca se reúne com presidente do Brasil

    Assessor especial da Casa Branca se reúne com presidente do Brasil

    O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta terça-feira (24), em Brasília, com o assessor especial do governo dos Estados Unidos (EUA) para a 9ª Cúpula das Américas, Christopher Dodd. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e durou cerca de uma hora. 

    Horas após a reunião, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil distribuiu um comunicado de Dodd, um ex-senador do Partido Democrata, para informar sobre a conversa. Segundo ele, a visita foi para reforçar o convite para que Bolsonaro participe da cúpula. 

    “Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, afirmou o norte-americano.

    A Cúpula das Américas será realizada entre os dias 6 e 10 de junho em Los Angeles (EUA). O evento reúne líderes de quase todos os países das Américas. O Palácio do Planalto não se pronunciou sobre a reunião entre Dodd e Bolsonaro. Se decidir ir à Cúpula, o presidente brasileiro poderá ter seu primeiro encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, que assumiu o cargo em janeiro do ano passado.  

    Ainda em seu comunicado, Christopher Dodd citou os temas principais que serão discutidos durante o evento e reforçou a importância da presença do Brasil. “A Cúpula das Américas se concentrará em algumas das questões mais importantes e compartilhadas de todo o hemisfério, como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas, uma resposta mais colaborativa à covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica.”

    Segundo Dodd, o Brasil tem muito a contribuir nestes temas com os demais presidentes dos países das Américas que participarão da Cúpula. “Valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério”, disse. 

    Fonte: Agência Brasil

  • Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde é reeleito

    Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde é reeleito

    Os membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) reelegeram Tedros Adhanom Ghebreyesus como diretor-geral, por uma ampla maioria, para mais um mandato de cinco anos, disse o presidente da Assembleia Mundial da Saúde, Ahmed Robleh Abdilleh, nesta terça-feira (24).

    A votação realizada com voto secreto durante uma grande reunião anual foi uma formalidade, uma vez que Tedros era o único candidato na disputa.

    Ministros e delegados se revezaram para apertar a mão e abraçar Tedros, um ex-ministro da saúde da Etiópia, que dirigiu a agência da ONU durante um período turbulento dominado pela pandemia de covid-19. O presidente da assembleia teve que usar um martelo várias vezes para interromper os aplausos.

    Dirigindo-se à assembleia logo após sua reeleição, Tedros disse que o foco da OMS será na preparação para emergências e na melhoria da agência.

    “Esta pandemia foi muito sem precedentes e trouxe muitas lições que devemos aprender e estamos aprendendo. Mas, ao mesmo tempo, não podemos apenas parar, aprender e implementar…  em vez de fazer uma pausa para aprender, estamos dizendo enquanto aprendemos, vamos implementar.”

    O recém-reeleito chefe da OMS chorou ao falar sobre a atual crise na Ucrânia e a morte de seu irmão mais novo por uma doença infantil em meio à guerra e à pobreza décadas atrás.

    “Quando visitei a Ucrânia, vi especialmente as crianças. Foi a imagem de mais de 50 anos atrás que me veio à mente, tão visível, tão perseguidora. O cheiro, o som e a imagem da guerra. Não quero que aconteça com ninguém.”

    Vários países, incluindo Alemanha e Estados Unidos, foram rápidos em dar os parabéns.

    “Acabou de ser reeleito como diretor-geral da OMS: @DrTedros. 155/160 votos, resultado espetacular. Parabéns, plenamente merecido.”

    A Alemanha ultrapassou recentemente os Estados Unidos como o principal doador da agência de saúde da ONU.

    Fonte: Agência Brasil

  • Brics: Brasil defende resolução pacífica para guerra na Ucrânia

    Brics: Brasil defende resolução pacífica para guerra na Ucrânia

    O Brasil defendeu hoje (19) em reunião virtual dos chanceleres do Brics a solução pacífica e negociada do conflito entre Rússia e Ucrânia e pediu urgência na busca de solução para a crise humanitária no país. Além disso, a representação diplomática do país ressaltou a necessidade de respeito ao Direito Internacional e aos princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). A reunião resultou na declaração conjunta “Fortalecer a solidariedade e a cooperação do Brics, responder a novas realidades e desafios na situação internacional”.

    Na primeira parte do encontro, que foi restrita aos chanceleres dos países do grupo, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os ministros manifestaram suas posições nacionais sobre a situação na Ucrânia, já defendidas em foros como a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

    Os chanceleres demonstraram ainda preocupação com a recuperação econômica e a estabilidade internacional. Eles destacaram os efeitos adversos da interrupção de cadeias produtivas e de graves ameaças à segurança alimentar e energética e aos objetivos de desenvolvimento sustentável.

    “O Brasil ressaltou a importância que atribui à cooperação entre os países do agrupamento em áreas como economia e finanças, que resultaram na criação do Novo Banco de Desenvolvimento, assim como em outras áreas promissoras, a exemplo de comércio, saúde e vacinas, combate ao terrorismo e a crimes transnacionais e ciência, tecnologia e inovação”, apontou o Itamaraty em nota sobre o encontro.

    Convidados

    Na parte complementar, a convite da China, que ocupa atualmente a presidência do grupo, houve a participação também da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia. A intenção foi ampliar o diálogo com outros países e demonstrar a vocação do grupo para fortalecer o papel das economias emergentes na governança global.

    A declaração conjunta informa que o Brics continuará com o aprimoramento da estrutura de cooperação entre os países integrantes sob os três pilares: político e de segurança; economia e finanças; intercâmbios interpessoais e culturais. 

    A iniciativa tem como objetivo acelerar a implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e para ampliar e aprofundar ainda mais a cooperação entre os países do Brics.

    “Os ministros concordaram que, diante dos novos desafios e características emergentes, os países do Brics devem aumentar sua solidariedade e cooperação e trabalhar juntos para enfrentá-los”, disse o comunicado divulgado após a reunião.

    Por meio da defesa do direito internacional, o documento reforça o compromisso do grupo com o multilateralismo, incluindo os propósitos e princípios consagrados na Carta da ONU e com o papel central das Nações Unidas em um sistema internacional, em que Estados soberanos cooperam para manter a paz e a segurança, promover o desenvolvimento sustentável, garantir a promoção e proteção da democracia, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos, além de promover a cooperação baseada no espírito de respeito mútuo, justiça e igualdade.

    China e Rússia realçaram a importância que conferem ao papel do Brasil, da Índia e da África do Sul nas relações internacionais, além de apoiarem suas aspirações de desempenharem papéis mais relevantes na ONU.

    Pandemia

    Sobre o combate à pandemia apoiaram o protagonismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e defenderam que era “imperativo garantir a disponibilidade de diagnósticos, medicamentos, vacinas e produtos médicos essenciais seguros, eficazes, acessíveis e econômicos para pessoas de diferentes países, especialmente países em desenvolvimento, bem como a distribuição equitativa de vacinas e a vacinação rápida, para preencher a lacuna de imunização globalmente”.

    Os ministros reconheceram ainda a importância das discussões em andamento na OMC sobre as propostas relevantes de isenção de Direitos de Propriedade Intelectual (PI), como também a capacitação e o fortalecimento da produção local de vacinas e outros equipamentos de saúde, principalmente nos países em desenvolvimento.

    “Ressaltaram a necessidade de continuar a fortalecer a cooperação no desenvolvimento, nos métodos de testagem, na terapêutica, na pesquisa, produção e reconhecimento de vacinas, na pesquisa sobre sua eficácia e segurança à luz de novas variantes do vírus covid-19, e no reconhecimento do documento nacional de vacinação contra a covid-19 e nas respectivas testagens, especialmente para fins de viagens internacionais, bem como o compartilhamento de conhecimento sobre a medicina tradicional entre os países do Brics”, indicou o documento.

    Pesquisa

    Os chanceleres apoiaram ainda o lançamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas do Bics, o estabelecimento do Sistema Integrado de Alerta Precoce do Brics para prevenir riscos de doenças infecciosas em massa e a adoção do Memorando de Entendimento sobre Cooperação no campo da Regulação de Produtos Médicos para Uso Humano.

    Economia

    O comunicado defende também que é crucial para os países garantirem o desenvolvimento sustentável como forma de governança econômica global e lembra o apoio do grupo à ampliação e ao fortalecimento da participação de mercados emergentes e países em desenvolvimento (EMDCs) na tomada de decisões econômicas internacionais e nos processos de definição de normas.

    O Brics reforçou o apoio ao papel de liderança do G20 na governança econômica global e destacou que este grupo deve permanecer sem alterações e responder aos atuais desafios globais. 

    “Conclamaram a comunidade internacional a promover parcerias, sublinhando que é imperativo fortalecer a coordenação macropolítica para tirar a economia mundial da crise e moldar uma recuperação econômica pós-pandemia forte, sustentável, equilibrada e inclusiva. Instaram os principais países desenvolvidos a adotarem políticas econômicas responsáveis, ao mesmo tempo em que gerenciam as repercussões dessas políticas, para evitar impactos severos nos países em desenvolvimento”, indicou o texto do documento.

    Fonte: Agência Brasil

  • Bolsonaro se reúne com presidente da Guiana em Georgetown

    Bolsonaro se reúne com presidente da Guiana em Georgetown

    O Presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou nesta sexta-feira (6), acordos de cooperação em assistência jurídica mútua em assuntos civis e penais, durante visita oficial à Guiana, país que faz fronteira com o Brasil na Região Norte.

    Bolsonaro e o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, discutiram temas como comércio e investimentos, infraestrutura, energia e cooperação em defesa e segurança, além de questões das pautas regional e mundial. A reunião foi realizada em Georgetown, capital da Guiana.

    Segundo presidente Jair Bolsonaro, empresários brasileiros estão interessados em investir no país vizinho. Nas próximas semanas, deve ser realizado um seminário virtual bilateral que envolverá as comunidades empresariais dos dois países, a ser coordenado, do lado brasileiro, pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com foco em novas oportunidades no setor de petróleo e gás.

    De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o intercâmbio bilateral entre Brasil e Guiana mais do que dobrou nos dois últimos anos, passando de aproximadamente USD 58 milhões, em 2020, para USD 118,6 milhões, em 2021.

    Fonte: Agência Brasil

  • Língua portuguesa é a quarta mais falada no mundo

    Língua portuguesa é a quarta mais falada no mundo

    O Instituto Camões informou hoje (5), Dia Mundial da Língua Portuguesa, que 260 milhões de pessoas (3,7* da população mundial) falam o idioma, o quarto mais usado, depois do mandarim, inlês e espanhol.

    O português é a língua oficial de nove países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e de Macau.

    Este ano, as comemorações oficiais da data ocorrem no Brasil, onde está o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

    Para ele, o futuro da língua portuguesa depende de cada cidadão que fala e escreve o idioma.

    Antes de viajar para o Brasil, Silva gravou vídeo em que homenageia a data e fala dos seus significados.

    Comemorações

    A terceira edição do Dia Internacional da Língua Portuguesa será marcada por 139 ações em 52 países, com Angola e o Brasil a assumirem os principais destaques.

    Boa parte das iniciativas é organizada em cooperação com os países da CPLP.

    A data, instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em novembro de 2019, é comemorada este ano de forma mais organizada, já que as edições anteriores foram limitadas pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19.

    Além de Angola, que assume a presidência rotativa da CPLP e organiza, entre outros eventos, um festival em Luanda com o nome da comunidade lusófona, Moçambique e Cabo Verde destacam-se na África como países com maior número de atividades programadas.

    *Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

    *Matéria alterada às 8h28 para acréscimo de informações.

    Fonte: Agência Brasil

  • Tropa da Marinha recebe certificação máxima para missões de paz da ONU

    Tropa da Marinha recebe certificação máxima para missões de paz da ONU

    Pela primeira vez, uma tropa brasileira recebeu a certificação nível 3 da Organização das Nações Unidas (ONU) para atuação no Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz, que organiza as chamadas missões de paz. Essa é a certificação máxima da ONU e, no momento, o grupamento brasileiro é o único disponível no mundo com esse nível para acionamento em caso de necessidade.

    O Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais de Emprego Rápido em Força de Paz foi notificado da certificação no dia 18 e, nesta semana, fez exercícios de treinamento, com demonstrações na quinta-feira (28) para autoridades militares, estudantes de relações internacionais, aspirantes da Escola Naval e a imprensa, no Complexo Naval da Ilha do Governador, zona norte no Rio de Janeiro.

    A tropa da Divisão Anfíbia é formada por 220 militares, sendo 10% de mulheres, organizada em três componentes: comando, combate terrestre e apoio de serviços ao combate. O comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, vice-almirante Carlos Chagas Vianna Braga, destacou que a atuação ocorre também em emergências no Brasil, como a de Petrópolis, em fevereiro, e a Operação Acolhida , de atendimento humanitário aos refugiados e migrantes venezuelanos em Roraima.

    “Somos uma tropa profissional, de pronto emprego e expedicionária. No início deste ano, em menos de seis horas, chegamos a Petrópolis para prestar ajuda à população, duramente atingida pelas chuvas. Também temos tido atuações importantes nas operações de paz, sempre em prol dos interesses internacionais do Brasil, como no Haiti e no Líbano.”

    Os exercícios incluíram o estabelecimento de corredores humanitários com emprego de carros lagarta anfíbios; ações de ajuda humanitária com equipe de engajamento, composta por 50% de mulheres; desativação de artefatos explosivos com utilização de robôs; emprego gradual da força e progressão em ambiente urbano com tiro tático e munição real.

    O grupamento coloca à disposição das missões de paz viaturas blindadas, anfíbias, para transporte não especializado, frigorífica, cisternas de combustível e de água, além de equipamentos de engenharia como pá carregadeira e retroescavadeira. Também foi apresentada a Base de Operações Temporárias, que pode ser montada em três dias com capacidade para 250 militares, incluindo unidade médica, odontológica, banheiros, cozinha, estação de tratamento de água e coleta de esgoto.

    Certificação

    A vistoria da ONU foi feita em julho do ano passado , e a expectativa da Marinha era atingir o nível 2 de certificação. Segundo o Ministério da Defesa, o Sistema de Prontidão foi criado em 2015, e o Brasil já tinha tropas da Marinha e do Exército no nível 2. Atualmente, o país tem oito tipos de unidades prontas para entrar em ação se acionadas pela ONU e pelo governo, além desse grupamento nível 3, o único disponível no momento em todo o mundo com essa certificação.

    No nível 1, o País Contribuinte de Tropa ou Policial (TCC/PCC, do inglêsTroop/Police Contributing Country) manifesta oficialmente o interesse em oferecer uma capacidade em força de paz a ser empregada em missões. O nível 2 significa que o Secretariado das Nações Unidas verificou os requisitos previstos para a qualificação em vistoria e assessoramento. E no nível 3 é confirmado o grau de preparação que atende às condicionantes da ONU.

    O relatório da ONU sobre o grupo da Divisão Anfíbia destacou que “os Fuzileiros Navais do Brasil possuem mentalidade expedicionária, móvel e ágil; altos padrões de prontidão operativa e de pessoal; forte comando e controle; elevada moral e disciplina e são bem treinados.”

    O vice-almirante Carlos Chagas Vianna Braga destaca que, para atingir esse nível, os batalhões passam pelo treinamento chamado de “pacote azul”, com as particularidades requeridas pela ONU para se tornar um “boina azul” ou “capacete azul”, como são conhecidos os integrantes das forças de paz.

    “O pacote verde é aquele treinamento que todas as forças fazem naturalmente, um treinamento de infantaria básica, de tiro, um treinamento de direção. Agora tem a legislação específica da ONU, como a ONU funciona, algumas habilidades que só são utilizadas na ONU, a questão das mulheres, paz e segurança, tudo isso faz parte do que a gente chama de pacote azul.”

    Participação brasileira

    De acordo com o subchefe de Operações Internacionais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, do Ministério da Defesa, brigadeiro do ar Álvaro Marcelo Alexandre Freixo, o Brasil atua no momento em 11 missões de paz, com um total de 79 militares ou policiais, em locais como o Chipre, República Centro-Africana, Saara Ocidental, República Democrática do Congo, Guiné Bissau, Sudão e Sudão do Sul.

    “Nós temos missões individuais, com oficiais do Estado-Maior, observadores, que compõem um outro contingente, de uma outra missão que está acontecendo sobre responsabilidade de outro país. Nós temos também váriosforce commanderno mundo, pela nossa capacidade de realmente atuar bem. Então nós temos dois ou três generais espalhados pelo mundo que são chefes de uma missão, ainda que nós não tenhamos um contingente ali.”

    As últimas participações em que o Brasil enviou tropas foram a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), de maio de 2004 a outubro de 2017, com 36 mil militares, e a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), de janeiro de 2011 a dezembro de 2020, com 4 mil participantes.

    O professor do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- Rio), Ricardo Oliveira, integrante da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Operações de Paz, explica que a iniciativa de uma missão de paz começa com um levantamento das Nações Unidas sobre as demandas de segurança no sistema internacional.

    “Então a ONU identifica no âmbito do Conselho de Segurança, também no âmbito da Assembleia Geral, algumas situações, alguns cenários de crise que demandam essa intervenção. Claro que é uma decisão ultimamente política. O Conselho de Segurança aciona o Secretariado-Geral, que por sua vez faz uma consulta com os Estados-Membros para saber se eles estão dispostos a contribuir com os esforços de manutenção da paz e da segurança internacional.”

    Depois desse contato, o país consulta órgãos nacionais como as Forças Armadas e os ministérios das Relações Exteriores, da Defesa e da Economia. Para Oliveira, a participação do Brasil nas missões contribui para a diplomacia do país, bem como para atuação no próprio território.

    “Essa contribuição é muito importante não apenas para tornar o Brasil um importante ator nos assuntos de segurança internacional, mas também reverbera positivamente do ponto de vista doméstico, daexpertisealcançada no que diz respeito à aquiescência desses padrões internacionais de manutenção da paz e da segurança nacional. Então o nível de excelência aqui alcançado permite com que o Brasil difunda essaexpertise, esseknow how, inclusive para treinar outros contingentes ao redor do mundo no sistema internacional.”

    Desde 1948, o Brasil participou de 50 missões de paz da ONU , envolvendo quase 60 mil militares.

    O brigadeiro do ar Álvaro Marcelo Alexandre Freixo destaca o trabalho para coibir eventuais irregularidades na atuação das tropas, como casos de abuso e exploração sexual. Segundo ele, a ONU cobra dos Estados-Membros rigor na conduta dos enviados e na apuração de denúncias.

    Todos os anos, as Nações Unidas atualizam um relatório com levantamento dos casos e medidas especiais de proteção contra a exploração e abuso sexual. Segundo o último relatório, lançado em março, em 2021 foram recebidas 445 denúncias. No ano anterior, foram 387. Do total de 2021, 194 denúncias foram recebidas em todo o sistema, sendo 75 relacionadas à manutenção da paz, 115 a entidades das Nações Unidas e quatro envolvendo forças de segurança não pertencentes à ONU anteriormente destacadas. Além disso, 251 alegações envolveram entidades não relacionadas à ONU , como organizações não governamentais.

    Freixo destaca que, no caso do Brasil, as devidas investigações têm sido feitas. “Toda vez que é feita uma denúncia ou uma suspeita, tem uma investigação por parte do Ministério da Defesa junto às forças. Isso é cobrado e a gente envia todos os relatórios, até mais do que a ONU pede. A ONU normalmente pede um investigador e um relatório, e a partir daí é informado um resultado. Nós mandamos todos os processos, foram muito poucos, por volta de dois ou três na história. Nós insistimos nesse pacote azul e não vai haver nenhuma forma de denúncias não serem apuradas com o rigor da lei.”

    Ele explica que a agenda de paridade de gênero adotada pela ONU também é uma forma de coibir esse tipo de problema. “Esse é um grande pedido da ONU para nós, justamente para dar mais confiabilidade nas missões de paz, porque é muito complicado para uma mulher que está sofrendo esse tipo de abuso, se abrir com um homem, por mais que tenha condições. Então por isso essa insistência e cobrança da ONU de níveis percentuais de participação de mulheres e a gente tem feito isso muito bem”, disse.

    Fonte: Agência Brasil