Categoria: Internacional

  • Kamala Harris acusa Rússia de crime de guerra e pede investigação

    Kamala Harris acusa Rússia de crime de guerra e pede investigação

    A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou hoje (10) que a Rússia vem cometendo crimes e violações de normas internacionais e citou um processo de investigação que será conduzido pelas Nações Unidas.

    “É claro que o ataque intencional de inocentes é uma violação. A ONU tem um processo pelo qual vai haver uma investigação e nós vamos, claro, participar de forma apropriada. Mas todo mundo viu a cobertura pela televisão ontem, mulheres grávidas precisando de cuidado, feridas por um míssil, por uma bomba , numa guerra não provocada… é injustificável. Um país poderoso tentando tomar outro país. Estão violando a soberania, a integridade nacional. É claro que tem que ter uma investigação”, afirmou Harris, em entrevista coletiva, em Varsóvia, na Polônia,

    A vice-presidente americana disse ainda que os Estados Unidos mandaram 4,7 mil soldados para a Polônia, além de apoio militar, financeiro e humanitário, por estarem preocupados com a segurança dos seus aliados.

    Ao lado de Harris, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou que a guerra tem levado a uma crise de refugiados sem precedentes e que o problema está crescendo. O país já recebeu mais de 1,5 milhão de refugiados em duas semanas de conflito. 

    Duda, assim como Harris, afirmou que os russos estão cometendo crimes de guerra e disse que espera que, no futuro, fique claro quem é o responsável por esses atos. “Enquanto estamos aqui, falando, tem gente atravessando a fronteira, gente cujas casas foram destruídas. Eles viram seus vizinhos serem mortos. São os relatos de testemunhas e a gente tem essas provas, isso faz o sangue ferver. Os criminosos são os russos”, disse.

    “Ontem conversei com [António] Guterres [secretário-geral das Nações Unidas] e descrevi a situação, a reação da sociedade polonesa. A gente precisa de assistência internacional. Isso vai acabar num desastre de refugiados. Pedi ajuda financeira, material e de know how de especialistas”, disse Duda.  

    O mandatário polonês disse ainda que sabia que o presidente russo, Vladimir Putin, não iria parar depois da ocupação da Georgia, em 2008, e da Criméia, em 2014. “Esse apetite imperial vai crescer se o mundo não reagir a ele. E se a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não se posicionar de forma firme, a gente vai ver mais ataques da Rússia”, disse.

    Fonte: Agência Brasil

  • Grupo vindo da Polônia chega a Brasília em aviões da FAB

    Grupo vindo da Polônia chega a Brasília em aviões da FAB

    Após semanas de incertezas, privações e riscos, um grupo de brasileiros, ucranianos, argentinos e um colombiano trazidos da Polônia em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaram a Brasília em segurança.

    Além de 43 brasileiros repatriados, o grupo é formado por 19 ucranianos, cinco argentinos e um colombiano. Entre eles, há 14 crianças, oito cachorros e dois gatos de estimação. Após conseguirem cruzar a fronteira da Ucrânia com a Polônia, as pessoas se concentraram em Varsóvia, de onde foram resgatadas por duas aeronaves da FAB: um KC-390 Millennium e um jato Embraer Legacy. 

    A maior parte das pessoas viajou a bordo do KC-390, que pousou na Base Aérea de Brasília perto de 12h30. No Legacy, viajaram uma grávida e duas famílias com crianças de colo, além do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que estava na Polônia, coordenando as etapas finais da chamada Operação Repatriação. 

    Ao deixar os aviões, o grupo foi recepcionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro e pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ministros de Estado, parlamentares e oficiais militares também prestigiavam a cerimônia de recepção.

    A capital federal foi o destino final de uma viagem de quase 12 horas que, a partir da capital polonesa, contou com rápidas escalas em Lisboa (Portugal), na Ilha do Sal (Cabo Verde) e em Recife (PE), onde a aeronave pousou por volta das 6h30 de hoje, e permaneceu por cerca de três horas. 

    De Brasília, as pessoas poderão seguir para seus destinos finais com passagens cedidas por companhias aéreas, mas, antes, passarão por procedimentos administrativos e sanitários necessários para entrada no país.

    Fonte: Agência Brasil

  • “Vamos reconstruir tudo que foi destruído”, diz presidente da Ucrânia

    “Vamos reconstruir tudo que foi destruído”, diz presidente da Ucrânia

    Em depoimento divulgado hoje (10), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o povo de seu país não irá desistir de lutar e que, depois de vencer a Rússia, irão reconstruir o que foi destruído, rápido e com qualidade. “Eu até já criei programas governamentais para a reconstrução de todas essas cidades. Elas não verão nenhum rastro da agressão russa”, disse.

    Em sua fala emocionada, Zelensky afirma que o povo ucraniano está lutando pela liberdade de todos os cidadãos do continente europeu. “Sei que os líderes da União Europeia (UE) vão se unir para tratar da nossa adesão. Estamos esperando um sinal concreto. Esperamos um apoio poderoso porque isso será justo, verdadeiro, humano e europeu”, disse.

    Para o mandatário ucraniano, o presidente russo, Wladimir Putin, quer humilhar o povo “para que eles, de joelhos, peguem pão e água das mãos dos invasores. Para que eles possam salvar as suas vidas somente indo para territórios ocupados ou para a Rússia”.

    Zelensky disse que os cidadãos russos um dia perceberão que estão sendo enganados por Putin há anos. E que sentirão as consequências econômicas e sociais da guerra e perceberão que o futuro de seus filhos está sendo roubado. “A guerra nunca é isolada, ela sempre bate na vítima e no agressor também”.

    O presidente ucraniano disse ainda que a Rússia mentiu para seus cidadãos quando afirmou que o ataque de ontem (9) a um hospital em Mariupol não teve vítimas pois o local estava vazio. Zelensky disse que o saldo do ataque foi de três mortos, entre elas uma menina, e 17 feridos, entre crianças, mulheres e médicos.

    Fonte: Agência Brasil

  • Repatriados vindos da Ucrânia já estão no Brasil

    Repatriados vindos da Ucrânia já estão no Brasil

    Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) pousaram hoje (10), por volta das 6h30 da manhã, no Recife, em Pernambuco. O cargueiro KC-390 Millennium e o Embraer Legacy trouxeram 42 brasileiros, 20 ucranianos, 5 argentinos e 1 colombiano, além de 14 crianças. Também foram trazidos oito cachorros e dois gatos.

    Os repatriados estão fazendo uma escala de 3 horas em Recife, de onde partem para Brasília. A previsão de chegada na capital federal é 12h15 e eles serão recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro.

    O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, participou da Operação Repatriação e está acompanhando os repatriados. Ele esteve em visita oficial à Polônia, onde se reuniu com seu homólogo polonês.

    Após deixar Varsóvia, na Polônia, ontem (9), os aviões fizeram escalas em Lisboa (Portugal) e na Ilha do Sal (Cabo Verde).

    No voo de ida do KC-390 foram transportadas 11,6 toneladas de doação para a Ucrânia, que incluem cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo, o equivalente a cerca de 360 mil refeições, 50 purificadores de água, com capacidade por volta de 300 mil litros de água por dia e meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.

    Na volta, o KC-390 trouxe a maioria dos passageiros. Já no Legacy, por se tratar de uma aeronave mais confortável, vieram uma grávida e duas famílias com crianças de colo. O chanceler brasileiro também veio no Legacy.

    O KC-390 é o maior avião militar desenvolvido e fabricado no hemisfério sul e um dos projetos estratégicos da Defesa. A aeronave já foi empregada em outras missões especiais de ajuda humanitária, como no Líbano (2020) e no Haiti (2021).

    A Operação Repatriação é uma ação interministerial, entre as pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Defesa (MD), das Relações Exteriores (MRE) e da Saúde (MS).

    Fonte: Agência Brasil

  • Vice-presidente está no Chile para a posse de Gabriel Boric

    Vice-presidente está no Chile para a posse de Gabriel Boric

    O vice-presidente Hamilton Mourão desembarcou em Santiago, no Chile, nesta quarta-feira (9), para participar da cerimônia de posse do presidente eleito do país, Gabriel Boric, que assume o cargo nesta sexta-feira (11). 

    “Com muita alegria, desembarco no Chile em missão oficial, representando o PR Jair Bolsonaro, para participar da cerimônia de posse do presidente eleito Gabriel Boric. Levarei uma mensagem de sucesso na nova tarefa, deixando claro que os laços que nos unem permanecerão fortes”, postou Mourão em sua conta no Twitter.

    A cerimônia de posse será realizada no Congresso do Chile, que fica na cidade litorânea de Valparaíso. Depois, Mourão participará de almoço oferecido em homenagem aos presidentes e vice-presidentes dos países convidados, no Palácio Presidencial de Cerro Castillo, em Viña del Mar. Os cumprimentos ao presidente Gabriel Boric ocorrerão no Palácio La Moneda, em Santiago.

    Antes da posse, Mourão terá encontros com Boric e com o presidente em fim de mandato Sebastian Piñera. Ele também  participará de encontro com empresários e comparecerá ao jantar em homenagem aos chefes de delegação, oferecido por Piñera, no Palácio de La Moneda.

    O ex-líder estudantil de centro-esquerda Gabriel Boric, aos 35 anos, venceu as eleições chilenas no dia 19 de dezembro do ano passado, em segundo turno. Ele derrotou o direitista José Kast.

    Fonte: Agência Brasil

  • OMS registra ataques a hospitais na Ucrânia

    OMS registra ataques a hospitais na Ucrânia

    O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou, nesta quarta-feira (9), que foram registrados ataques contra o sistema de saúde na Ucrânia, em meio à guerra com a Rússia, que resultaram na morte de dez pessoas e 16 feridos. Ao todo, a entidade reportou 18 ataques.

    “A OMS verificou 18 ataques contra trabalhadores da saúde, ambulâncias e centros de saúde, incluindo 10 mortes e 16 feridos”, informou o dirigente, durante coletiva de imprensa. Esses ataques atingem toda a comunidade global da saúde. Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia e a OMS está dando suporte aos países vizinhos para garantir atendimento médico aos refugiados”, acrescentou.

    Adhanom disse que a OMS tem enviado suprimentos médicos para garantir assistência à saúde dos ucranianos, com a entrega de 81 toneladas de materiais. Outros 400 metros cúbicos de suprimentos de saúde estão no centro de distribuição logística de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e também serão encaminhados para a Ucrânia. O diretor-geral da OMS também pediu que a Rússia permita acesso para ajuda humanitária no país vizinho.

    “A única solução real para essa situação é paz. A OMS continua pedindo à Federação Russa que encontre solução pacífica para essa crise e permita acesso seguro e desimpedido para ajuda humanitária para aqueles que precisam”, enfatizou.

    O colapso do sistema de saúde na Ucrânia, por causa da guerra, também afeta o combate à pandemia da covid-19. Durante a coletiva, a OMS informou que, apenas na última semana, 731 pessoas morreram em decorrência da infecção.

    Pandemia

    Sobre a persistência da pandemia, Tedros Adhanom voltou a dizer que ela está longe do fim. “A pandemia está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares”, alertou.

    Em janeiro, após o aumento exponencial de contaminações impulsionado pela variante Ômicron, o dirigente da OMS já havia dito o mesmo. Ele também lembrou que, na próxima sexta-feira (11), completará exatamente dois anos em que a epidemia da covid-19 foi descrita como uma pandemia global.

    Fonte: Agência Brasil

  • “Não gastamos o suficiente em defesa”, diz chanceler britânica

    “Não gastamos o suficiente em defesa”, diz chanceler britânica

    A ministra das relações exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou que os países do Ocidente não gastaram o suficiente com a defesa nos últimos anos, mas viram o crescimento das capacidades militares da Rússia. Ela estava hoje (9) em Washington, ao lado do secretário de estado americano, Anthony Blinken, em uma coletiva de imprensa.

    “Nós recebemos com prazer o anúncio da Alemanha de que vai aumentar os seus gastos [com defesa] e outros países também. Precisamos também aumentar a circulação de informações entre nós. Os Estados Unidos e o Reino Unido têm feito isso, têm compartilhado informações e inteligência. O Reino Unido abandonou suas unidades de informação no final da Guerra Fria. A Rússia não fez isso. Precisamos pensar numa defesa conjunta, em práticas de defesa, informações, para que possamos competir com os russos, estar à frente deles”, afirmou a chanceler.

    Quando perguntada sobre a possibilidade da criação de espaços aéreos de exclusão, solicitação feita insistentemente pelo presidente ucraniano, Liz Truss afirmou que a melhor forma de garantir a segurança no espaço aéreo da Ucrânia é continuar enviando armamentos antiaéreos e apoio militar e humanitário. Volodymyr Zelensky, mandatário ucraniano, vem há dias pedindo a criação desse espaço de exclusão aére o para que aviões de outros países possam sobrevoar a Ucrânia e abater aviões russos que estejam em seu território.

    No entanto, os líderes europeus e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) têm se manifestado firmemente contra essa possibilidade por acreditarem que o envolvimento direto no conflito pode levar a uma guerra de grandes proporções  na Europa. 

    Para Anthony Blinken, o envio de aviões poderia expandir o conflito fazendo com que ele fosse ainda mais letal do que já é. “Não seria nem do interesse dos nossos países, nem da Ucrânia”, afirmou.

    “Putin [presidente da Rússia] gostaria de colocar um regime fantoche na Ucrânia e, diante da resposta do povo ucraniano, fica claro que eles não vão aceitar. Se ele tentar, será um longo e sangrento desastre. A nossa resposta é fazer de tudo para garantir que os ucranianos tenham os meios de se defender. Vamos aumentar a pressão sobre a Rússia. Estou totalmente convencido de que Putin vai fracassar. Você pode tomar uma cidade, mas não vai tomar o coração e as mentes do povo ucraniano”, disse Blinken.

    Fonte: Agência Brasil

  • Avião da FAB pousa na Polônia para repatriar brasileiros

    Avião da FAB pousa na Polônia para repatriar brasileiros

    O avião KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou hoje (9) à Varsóvia, na Polônia. A aeronave levou doações para a Ucrânia e vai repatriar brasileiros que fogem do conflito. O voo deve chegar de volta para Brasília amanhã (10).

    O KC-390 saiu de Brasília na última segunda-feira (7) e fez 3 escalas técnicas: uma em Recife, outra na Ilha do Sal (Cabo Verde) e a última em Lisboa (Portugal).

    Além de repatriar 40 brasileiros que moram na Ucrânia, o governo vai resgatar 23 ucranianos e um polonês, que já conseguiram visto humanitário para desembarcar em solo brasileiro. Também serão trazidos seis cachorros, pertencentes às famílias -os donos foram dispensados pelo governo brasileiro de apresentarem o Certificado Veterinário Internacional.

    No voo de ida foram transportadas 11,6 toneladas de doação para a Ucrânia, que incluem cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo, o equivalente a cerca de 360 mil refeições; 50 purificadores de água, com capacidade por volta de 300 mil litros de água por dia; e meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.

    Segundo o Ministério da Saúde, entre os materiais enviados, estão medicamentos para assistência farmacêutica básica para pessoas com doenças como hipertensão e diabetes, antibióticos, antitérmicos, antialérgicos, sais de reidratação e insumos para situações de emergência, máscaras de proteção e testes para detecção da covid-19. No total, são cerca de 20 mil itens médicos para assistência às vítimas.

    A missão conta, ainda, com um médico especialista para execução de protocolo sanitário, no contexto da covid-19, e assistência a qualquer viajante em caso de intercorrências durante a missão.

    O KC-390 é o maior avião militar desenvolvido e fabricado no hemisfério sul e um dos projetos estratégicos da Defesa. A aeronave já foi empregada em outras missões especiais de ajuda humanitária, como no Líbano (2020) e no Haiti (2021).

    A Operação Repatriação é uma ação interministerial, entre as pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Defesa (MD), das Relações Exteriores (MRE) e da Saúde (MS).

    Visto

    Uma portaria dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, publicada no último dia 3, dispõe sobre a concessão do visto temporário (6 meses) e da autorização de residência para fins de acolhida humanitária (2 anos) para os nacionais ucranianos e aos apátridas que tenham sido afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa

    Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa

    Após a invasão russa na Ucrânia, que começou há 13 dias, os líderes europeus passaram a expressar grande preocupação com a defesa de seus territórios e com a dependência energética em relação ao gás e petróleo da Rússia.

    Esses assuntos serão discutidos amanhã (10) e sexta-feira (11) em reunião do Conselho Europeu, em Versalhes, e foram comentados pelo presidente francês, Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

    Macron e Rutte fizeram declarações hoje (9), em frente ao Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente francês, em Paris. Macron disse que a Europa precisa construir uma independência estratégica maior em matéria de defesa. “Estamos juntos aqui para fazer da Europa uma potência geopolítica. Essa guerra no solo europeu nos impõe avaliar as consequências agora e no médio prazo”, afirmou.

    Mark Rutte, premiê holandês, afirmou que lideranças europeias precisam discutir a dependência do petróleo e do gás da Rússia. “Não vou propor a gente cortar o suprimento hoje, não é possível, porque precisamos do suprimento russo. Mas podemos fazer mais para avançar nessa agenda verde, descarbonizar nossas economias. E fazer uso do pacote verde, com  novas tecnologias, novos empregos. Isso está no cerne das nossas discussões, focar em inovação e que tenhamos autonomia”.

    Rutte afirmou também a necessidade de se aumentar os gastos com a defesa. “Estamos sempre abaixo dos 2% [percentual do orçamento total destinado à defesa], então agora estamos aumentando em 25% nossos gastos com defesa. Não vamos chegar a 2% agora, mas vamos chegar lá o mais rápido possível”.

    O premiê holandês disse “uma página foi virada na história europeia e que temos que trabalhar mais juntos para manter nossos países e povos seguros”.  

    Os temas de defesa, segurança e independência energética estarão em debate nos próximos dias no Conselho Europeu, tanto que, em carta de convite do presidente Charles Michel aos membros do organismo, ele afirma que “a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional e compromete a segurança europeia. À luz dos recentes acontecimentos, é mais urgente do que nunca tomarmos medidas decisivas para reforçar a nossa soberania, reduzir as nossas dependências de terceiros e conceber um novo modelo de crescimento e investimento”.

    Berlim

    Em Berlim, Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, também reforçou a preocupação com a segurança e as questões climáticas na Europa. “A gente tem que ter alternativas para reduzir a emissão de carbono, para nos tornarmos neutros do ponto de vista do carbono em 20 anos, é um grande desafio”. Ele disse ainda que o país precisa diversificar as matérias-primas para as indústrias e para o suprimento de gás. A Alemanha importa da Rússia aproximadamente 50% do gás que consome. 

    Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, ao lado de Scholz, disse que a crise na Ucrânia demonstra a importância da segurança energética, da aceleração para a transição verde. “A gente quer atingir a emissão zero e estamos construindo economias limpas” reforçou.

    Trudeau explicou que o Canadá vai enviar para a Ucrânia equipamentos militares especializados, além 50 milhões de dólares.

    Fonte: Agência Brasil

  • O que são e como funcionam os corredores humanitários

    O que são e como funcionam os corredores humanitários

    Os corredores humanitários são criados em zonas de conflito para evacuar civis ou fornecer alimentos e ajuda médica para cidades sitiadas. Normalmente as duas partes do conflito acordam um cessar-fogo por tempo determinado, para garantir o deslocamento seguro.

    Para o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Barbosa, os corredores humanitários são uma conquista civilizatória. “Em casos de guerra, em casos de conflagração, é aquele momento em que os não-combatentes, isto é, a população civil, podem sair com um mínimo de segurança para outros locais que não estejam sendo afetados pelos bombardeios” explica.

    Os corredores são uma pausa temporária em uma zona desmilitarizada e podem ser necessários para suprir a população de alimentos básicos, água, eletricidade, remédios, ajuda humanitária, etc. O corredor pode servir também para a entrada de jornalistas ou pessoas vinculadas a organismos como as Nações Unidas ou a Cruz Vermelha Internacional.

    No entanto, em alguns casos, os corredores podem ser usados de maneira ilegal, para escoamento de armamentos, munições e combustíveis para as zonas de guerra. 

    Ontem (7), durante a terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, os russos propuseram o estabelecimento de corredores humanitários para permitir que civis deixem cinco cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, mas a maioria dos corredores seria para a Rússia ou para Belarus , algo que as autoridades ucranianas rejeitaram.

    “Essa ideia de exigir que o corredor humanitário leve essas populações [ucranianas] exclusivamente para a Rússia ou para a sua aliada Belarus, é incompreensível e é inaceitável. A exigência que a Rússia está fazendo é própria de quem, na verdade, não quer dar um passo decisivo para o cessar-fogo ou para a paz”, concluiu Barbosa.

    Fonte: Agência Brasil