Categoria: Internacional

  • Rússia acusa Ucrânia de usar comunidade pacífica como escudo vivo

    Rússia acusa Ucrânia de usar comunidade pacífica como escudo vivo

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, deu hoje (3) uma longa declaração à imprensa em que acusa a Ucrânia de ser um instrumento da política ocidental e de ameaçar diretamente a Rússia. Ela disse que o exército ucraniano é neonazista e se esconde atrás de um falso nacionalismo.

    “A Ucrânia recebia armamentos do ocidente em grandes volumes, se transformando num bloco militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que ameaça diretamente a Rússia. Tudo isso acontecia diante da ausência de garantias de segurança do nosso país”, disse Zakharova, que afirmou ter documentos por escrito que comprovam que países do ocidente se negaram a dialogar com a Rússia.

    “O regime de Kiev (capital do país) transformou a Ucrânia, o povo ucraniano, em um instrumento da política do ocidente, da Otan e de todos que governam esse bloco. Não há nenhum dúvida de que no poder estão os bandidos. Os bandidos que agora recebem armas do ocidente, que usam os civis, que se escondem nas casas ao preço da vida dos seus cidadãos, cidadãos de outros países também e da sociedade civil em geral”, afirmou a porta-voz russa.

    Ela disse ainda que o exército ucraniano usa vários símbolos nazistas, usando princípios nacionalistas, se escondendo atrás das costas das mulheres e das crianças, manipulando a consciência pública, com ajuda colossal dos serviços especiais dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e dos países da Otan.

    “Os neonazistas, o exército ucraniano, usa uma comunidade pacífica como um escudo vivo. Isso é um fato. Eu falo daCNN, BBCe outros (veículos de comunicação). Vocês podem não mostrar isso, mas as pessoas distinguirão, vão saber diferenciar asfake newsda verdade. Eles (as forças armadas da Ucrânia) não organizam saídas das cidades, eles fazem toque de recolher. Isso é uma tática usada pelos terroristas. O aumento do nível de criminalidade foi provocado especialmente pelo governo ucraniano. Armas sem qualquer controle foram distribuídas para qualquer pessoa, foram liberados criminosos das prisões que também estão recebendo armas, formando bandos e atacando as pessoas. Eles matam os seus, violam os seus. O país está cheio de ondas de assassinatos e violência”, disse Zakharova.

    Fonte: Agência Brasil

  • Presidente finlandês pede calma à população sobre ingresso na Otan

    Presidente finlandês pede calma à população sobre ingresso na Otan

    Às vésperas de se reunir, em Washington (EUA), com o presidente Joe Biden, o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, pediu “calma” aos finlandeses. Em um comunicado divulgado hoje (3), Niinistö adverte que “o ambiente de segurança está passando por mudanças rápidas e extremas” e que, “em meio a uma crise aguda, é importante manter a cabeça fria e avaliar com cuidado o impacto de possíveis futuras mudanças” para a segurança nacional.

    Embora não contenha qualquer menção à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a mensagem presidencial foi interpretada como uma manifestação de cautela frente a um debate que vem ganhando corpo nos últimos tempos no país: a hipótese da Finlândia abrir mão de seu status de país neutro – ou seja, que não faz parte de alianças militares – e candidatar-se a ingressar na Otan.

    “Nosso ambiente de segurança está passando por mudanças rápidas e extremas. Compreendo perfeitamente a preocupação dos finlandeses e a necessidade de reagir à situação. No entanto, em meio a uma crise aguda, é particularmente importante manter a cabeça fria e avaliar com cuidado o impacto de mudanças passadas e possíveis futuras em nossa segurança – sem hesitar, mas com cuidado”, comentou Niinistö ao informar que, ontem (2), se reuniu com o presidente e o vice-presidente do Parlamento finlandês, o comandante das forças de defesa militar nacionais e líderes de partidos políticos para discutir os efeitos da guerra na Ucrânia para a segurança e a política externa finlandesa.

    Uma pesquisa encomendada pela empresa pública de comunicaçãoYleapontou que 53% dos finlandeses apoiam a entrada da Finlândia na Otan, enquanto 28% desaprovam a proposta e 19% se revelam inseguros quanto ao caminho que o país deve seguir. A pesquisa teve início no dia 23 de fevereiro, um dia antes das tropas russas invadirem a Ucrânia.

    Entre as justificativas que apresentou para atacar a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a citar manifestações ucranianas de apoio ao ingresso do país na Otan. E um dia após declarar guerra, o Kremlin ameaçou a Suécia e, principalmente, a Finlândia caso os dois países decidam ingressar na Otan.

    “Consideramos o compromisso do governo finlandês com uma política militar de não alinhamento como um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no norte da Europa. A adesão da Finlândia à Otan teria sérias repercussões militares e políticas”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova – declaração que o ministério reproduziu logo em seguida, nas redes sociais.

    Embora neutros, Finlândia e Suécia condenam a agressão militar russa contra a Ucrânia e, rompendo tradições, decidiram fornecer armas para as forças de resistência ucranianas.

    Reunião

    Em um segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (3), o gabinete da presidência da Finlândia informa que, durante sua “visita de trabalho” aos Estados Unidos, Niinistö se reunirá com o presidente norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, para discutir o ataque russo à Ucrânia e os efeitos da guerra para a segurança europeia.

    De acordo com o gabinete, os dois mandatários também tratarão da cooperação entre os dois países em outras áreas. Niinistö também tem agendados encontros com “diversos atores políticos”, ainda que a previsão é de que ele permaneça por apenas um dia em território estadunidense.

    Fonte: Agência Brasil

  • Presidente da Ucrânia diz que quase 9 mil soldados russos foram mortos

    Presidente da Ucrânia diz que quase 9 mil soldados russos foram mortos

    Assim começa o último vídeo postado pelo presidente da Ucrânia em sua página no Telegram: “Somos a nação que destruiu os planos do inimigo em uma semana. Planos que foram construídos por anos”. Na gravação, Volodymyr Zelensky afirma que os soldados russos não conseguirão nada na Ucrânia nem terão momentos de paz.

    “Eles [os invasores] não terão comida. Eles não terão nenhum momento de paz. Eles receberão apenas a rejeição feroz dos ucranianos. Quase 9 mil russos foram mortos em uma semana. A Ucrânia não quer ser coberta por cadáveres de militares. Vão para casa! Digam para os seus comandantes que vocês querem viver”, apelou aos soldados russos.

    Ontem (2) o Ministério da Defesa da Rússia divulgou que 498 soldados russos foram mortos e 1.597 ficaram feridos desde o início da operação militar de Moscou no país vizinho.

    O presidente ucraniano disse ainda que, apesar de a Rússia ter um quantitativo dez vezes maior, a moral do inimigo está se deteriorando. “Mais e mais invasores estão voando de volta para a Rússia. Ucranianos estão abatendo o inimigo inclusive sem armas. Eu sinceramente admiro os cidadãos heróicos que não deixam os invasores [entrarem nas cidades] fazendo bloqueios nas ruas”.

    Zelensky afirmou que os soldados russos entram em pequenos mercados atrás de comida e são expulsos por cidadãos ucranianos. “Eles são crianças confusas que foram usadas. Levem eles de volta para casa”, disse.

    O mandatário da Ucrânia também afirmou que, durante o dia de negociações com a coalizão anti-guerra, conversou com chefes de governo da Noruega e de Israel, com o presidente do Cazaquistão, com o emir do Catar, com o presidente do Conselho Europeu, com o primeiro-ministro do Canadá e com o presidente da Polônia. Ele comemorou o resultado da Assembleia da ONU, que aprovou ontem uma resolução que exige que a Rússia retire as tropas da Ucrânia.

    Mais de um milhão de ucranianos já deixaram o país , o equivalente a 2% da população. Mais da metade deles foi para a Polônia. Segundo as Nações Unidas, essa é uma crise sem precedentes neste século. A ONU estima que outros 4 milhões de ucranianos ainda podem deixar o país.

    Fonte: Agência Brasil

  • Senado enviará à ONU representante para debates sobre refugiados

    Senado enviará à ONU representante para debates sobre refugiados

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu designar a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) para representar a Casa na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, durante as discussões do aspecto humanitário da Guerra da Ucrânia. O objetivo é que a senadora acompanhe as negociações internacionais relacionadas aos refugiados originários das regiões afetadas pelos conflitos no Leste Europeu.

    Pacheco enviou um ofício ao secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, informando-o da indicação, anunciada hoje (2). No documento, ele apresenta as credenciais da senadora para tal. Gabrilli é membro da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados.

    “Sabemos que à medida que este conflito armado se intensifica, milhares de famílias estão sendo obrigadas a escapar da Ucrânia. Reconheço que as agências da ONU estão trabalhando vigorosamente para apoiar esses refugiados que atravessam as fronteiras ocidentais, muitos das quais crianças”, disse, no ofício.

    “Como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmo a posição externada recentemente a Vossa Excelência quanto à proteção e defesa dos direitos humanos, dos valores democráticos e da solução pacífica dos conflitos”, acrescentou.

    As tropas russas continuam avançando em território ucraniano, em direção à capital, Kiev. Enquanto isso, a comunidade internacional se reúne e anuncia sanções contra a Rússia e condena oficialmente suas ações. Hoje, os Estados Unidos anunciaram uma ampliação das sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. Desta vez, as medidas devem afetar empresas que atuam no setor de Defesa do país euroasiático.

    Mais cedo, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que condena a invasão russa, durante sessão extraordinária da assembleia-geral, em Nova York. A resolução, que não tem poder legal, pede que a Rússia retire suas tropas. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um poder político muito grande e evidencia o isolamento russo.

    Fonte: Agência Brasil

  • EUA ampliam sanções contra Rússia e anunciam restrições à Bielorrússia

    EUA ampliam sanções contra Rússia e anunciam restrições à Bielorrússia

    Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (2) uma ampliação das sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. Desta vez, as medidas devem afetar empresas que atuam no setor de Defesa do país euroasiático. Além disso, serão impostas restrições às importações de bens tecnológicos do principal aliado russo, a Bielorrússia, cujo território tem sido usado pelas Forças Armadas da Rússia em ataques contra alvos ucranianos.

    “Os Estados Unidos tomarão medidas para responsabilizar a Bielorrússia por permitir a invasão da Ucrânia por Putin, enfraquecer o setor de defesa russo e seu poder militar nos próximos anos, atacar as fontes mais importantes de riqueza da Rússia e banir as companhias aéreas russas do espaço aéreo dos EUA”, informou a Casa Branca, em comunicado oficial.

    O fechamento do espaço aéreo do EUA para aeronaves russas já havia sido anunciado na noite de terça-feira (1) pelo presidente Joe Biden, durante discurso no Capitólio (sede do Congresso estadunidense). Com isso, os EUA se somam a mais de 30 países, incluindo a União Europeia, que já fecharam o espaço aéreo para os russos.

    As novas sanções anunciadas incluem o bloqueio de 22 empresas e entidades russas do setor de Defesa, incluindo fabricantes de aeronaves de combate, veículos de combate de infantaria, sistemas de guerra eletrônica, mísseis e veículos aéreos não tripulados.

    Por meio de controles de exportação de equipamentos de extração de petróleo e gás, o Departamento de Comércio dos EUA vai impor restrições às exportações de tecnologia que apoiariam a capacidade de refino da Rússia a longo prazo. 

    “Os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros não têm interesse estratégico em reduzir o fornecimento global de energia – e é por isso que reduzimos os pagamentos de energia de nossas sanções financeiras. Mas nós e nossos aliados e parceiros compartilhamos um forte interesse em degradar o status da Rússia como principal fornecedor de energia ao longo do tempo”, informou o governo norte-americano. 

    Em relação à Bielorússia, as restrições anunciadas prometem “sufocar” a importação bens tecnológicos. Na prática, o Departamento de Comércio dos EUA estenderá as rigorosas políticas de controle de exportação implementadas para a Rússia para a Bielorrússia. 

    “Essa ação ajudará a evitar o desvio de itens, tecnologias e software da Bielorrússia para a Rússia e degradará significativamente a capacidade de ambos os países de sustentar sua agressão militar e projeto de poder”, destacou a Casa Branca.

    Isolamento político e financeiro

    Mais cedo, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que condena a invasão russa , durante sessão extraordinária da assembleia-geral, em Nova York. A resolução, que não tem poder legal, pede que a Rússia retire suas tropas. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um poder político muito grande e evidencia o isolamento russo. 

    No último sábado (26), países ocidentais já haviam anunciado o congelamento de reservas internacionais da Rússia. Além disso, bancos russos estão sendo desligados da plataforma Swift, um sistema de pagamentos entre instituições financeiras de mais de 200 países, coordenados pelos bancos centrais das dez maiores economias do mundo. Essa medida complica ainda mais o funcionamento do sistema financeiro russo, ao atrasar o pagamento de transações comerciais e financeiras.

    Fonte: Agência Brasil

  • OMS enviará suprimentos médicos para a Ucrânia

    OMS enviará suprimentos médicos para a Ucrânia

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviará amanhã (3) o primeiro carregamento de suprimentos médicos à Ucrânia desde o início da invasão da Rússia ao país, na semana passada. Os produtos sairão do centro da organização em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (2), diretores da OMS manifestaram preocupação com o transporte da carga e defenderam que os governos da Ucrânia e da Rússia garantam corredores para a circulação dos suprimentos médicos.

    Serão enviados insumos, medicamentos e equipamentos para cirurgias e emergências que podem auxiliar até 1 mil pessoas. Entre os produtos, estão material de sutura, aparelhos para amputações, enxertos de pele e outros elementos usados em cirurgias de traumas e necessários ao tratamento dos feridos nos ataques.

    “É necessário garantir um corredor para que nossos trabalhadores e fornecedores tenham acesso seguro e contínuo às pessoas necessitadas. Agora que estamos enviando suprimentos, entramos em contato com autoridades para que tenhamos acesso”, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom.

    O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, destacou que os suprimentos incluem ainda tubos de oxigênio, insumos fundamentais para o tratamento de pessoas tanto em situações decorrentes da guerra quanto para casos graves de covid-19.

    Ryan acrescentou que outros suprimentos já foram distribuídos pela OMS ao país, mas ressaltou que, também nesse caso, há dificuldades logísticas para transportá-los para hospitais e locais de atendimento, especialmente os situados em áreas mais isoladas.

    “Temos um galpão cheio de suprimentos em Kiev, e é necessário que possamos distribuí-los, que possamos fazer tudo para distribuir os suprimentos e deslocar os pacientes, mas, com a situação atual, não sabemos como isso poderá acontecer nos próximos dias”, afirmou Ryan.

    As preocupações da OMS vêm sendo alimentadas pelas informações de que centros hospitalares e profissionais de saúde também estão sendo atingidos por ataques nas diferentes regiões da Ucrânia.

    “Estamos preocupados com aumento de ataques a centros hospitalares e profissionais de saúde. Recebemos relatos, não confirmados, de ataques a centros hospitalares e de um incidente confirmado em que um hospital foi atacado, resultando na morte de quatro pessoas e dez feridos”, disse Tedros Adhanom.

    Segundo Adhanom, a OMS liberou US$ 4,9 milhões em investimentos até agora. A previsão é que sejam necessários investimentos de US$ 45 milhões para a Ucrânia nos próximos três meses e de US$ 12,5 milhões para apoiar países vizinhos.

    Ontem, a organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) afirmou que mais de 600 mil ucranianos deixaram o país na condição de refugiados da guerra, o que pressiona os serviços de saúde de países vizinhos, como a Polônia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Premiê diz que Ucrânia está prestes a integrar rede elétrica europeia

    Premiê diz que Ucrânia está prestes a integrar rede elétrica europeia

    O primeiro-ministro da Ucrânia, Shmyhal Denys, afirmou hoje (2) que o sistema elétrico de seu país está prestes a ser conectado à rede europeia.

    “A Ucrânia está se conectando à Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade [Reort, ou, no inglês, Entso-E]”, declarou Denys, referindo-se à associação criada parainterligar as infraestruturas energéticas dos estados-membros. Atualmente, a  Entso-E  reúne companhias de transmissão de energia de 35 países.

    Ainda em 2021, o governo ucraniano anunciou que desconectaria o sistema nacional das redes fornecedoras da Rússia e de Belarus e o interligaria à grade europeia até 2023. Segundo a estatal elétrica ucraniana, a Ukrenergo, o desligamento ocorreu no último dia 24 – mesmo dia em que as tropas militares russas invadiram o país e que a Moldávia também desconectou-se dos sistemas de eletricidade russo e bielorusso.

    Em um comunicado  que a agência de notícias russa Tass reproduziu em 24 de fevereiro, a Ukrenergo confirma ter desconectado os sistemas para iniciar a fase de testes finais necessários “à futura conexão” da grade ucraniana com a Entso-E.

    Três dias depois, a estatal ucraniana solicitou aos operadores do sistema europeu que conectassem as redes ucranianas e europeia em caráter de urgência, para evitar o desabastecimento em meio aos ataques russos.

    No dia seguinte (28), foi a vez de o ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenko, apelar para que seus pares europeus ajudem a “acelerar” a interligação da rede ucraniana à europeia.

    Ontem (1), o Conselho da Entso-E divulgou uma nota  em que assegura que os operadores do sistema europeu estão “comprometidos com a sincronização das redes de energia da Ucrânia e da Moldávia” e em assegurar o fornecimento de energia elétrica à Ucrânia.

    Na nota, a rede transnacional garante que já se manifestou sobre a importância de uma “rápida decisão” sobre o pedido de interligação emergencial das redes, mas explicou que isto ainda depende de algumas providências, sem fixar prazos.

    “A identificação das condições para sincronização urgente incluirá uma avaliação de proteção e de estabilidade; operacional, jurídica e regulatória, além de Tecnologia da Informação, incluindo Segurança Cibernética”, destaca a Entso-E, afirmando reconhecer os “esforços excepcionais” da Ucrânia para manter o fornecimento de energia elétrica “nestes tempos difíceis”.

    Fonte: Agência Brasil

  • Rússia diz que 498 soldados russos morreram; Ucrânia diz serem 7 mil

    Rússia diz que 498 soldados russos morreram; Ucrânia diz serem 7 mil

    O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje (2) que 498 soldados russos foram mortos na Ucrânia e mais 1.597 ficaram feridos desde o início da operação militar de Moscou no país vizinho, informou a agência de notícias russa RIA. Esta foi a primeira vez que Moscou divulgou suas baixas no confronto.

    O ministério também disse que mais de 2.870 soldados e “nacionalistas” ucranianos foram mortos, e que cerca de 3.700 estavam feridos, de acordo com outra agência de notícias, a Interfax.

    Ucrânia

    O assessor militar da presidência ucraniana, Oleksiy Arestovich, apresentou um número diferente de mortos russos durante a guerra em um briefing televisionado.  Arestovich disse que mais de 7 mil militares russos foram mortos desde o início da invasão russa à Ucrânia, e centenas foram feitos prisioneiros, incluindo oficiais superiores.

    * Com informações da Reuters

    Fonte: Agência Brasil

  • ONU aprova resolução que condena invasão da Ucrânia pela Rússia

    ONU aprova resolução que condena invasão da Ucrânia pela Rússia

    Em sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Ucrânia hoje (2), 141 países votaram a favor da resolução que condena a invasão russa, cinco nações votaram contra e 35 se abstiveram. A resolução, que não tem poder legal, pede que a Rússia retire suas tropas. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um poder político muito grande e evidencia o isolamento russo. O Brasil votou a favor. A China se absteve.

    Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, disse, pouco após a aprovação da resolução, que a decisão repete uma verdade central, “que o mundo quer o fim do sofrimento na Ucrânia”. Ele falou, ainda, sobre como os países têm se unido para colaborar com a Ucrânia.

    Valentin Rybakov, embaixador de Belarus na ONU, disse que a distribuição descontrolada de armas já levou ao aumento da violência e de roubos na Ucrânia. Ele, que é aliado do presidente russo Vladimir Putin, afirmou que pessoas inocentes estão sendo mortas no país. “Por que vocês estão silenciosos a esse respeito?”, questionou Rybakov, defendendo que os ucranianos estão matando civis estrangeiros.

    Rybakov pediu, ainda, que a Ucrânia abra um corredor humanitário para que pessoas possam sair do país pela fronteira com Belarus. Segundo ele, a fronteira belorussa está aberta. Ele disse, também, que lamenta as mortes e que só as negociações podem resolver o conflito.

    Civis atacados na Ucrânia

    A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfied, afirmou que a guerra foi decisão de um único homem, Putin. E disse que a Rússia está atacando civis e que, enquanto o Conselho de Segurança discutia a paz [na semana passada], Putin começava a guerra. “A Rússia bombardeou orfanatos, hospitais, jardins de infância, espalhou fome”. Linda agradeceu aos países que estão recebendo refugiados da Ucrânia.

    O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergei Kislitsia, afirmou que o povo ucraniano “luta enquanto é bombardeado”. Ele agradeceu a união e o apoio aos refugiados ucranianos e disse que as tropas russas estão cometendo crimes contra a humanidade, “crimes tão bárbaros que é difícil compreender. Ucranianos estão sendo mortos por mísseis e outros tipos de armas. Nós não provocamos essa escalada de tensão. Crimes internacionais continuam sendo cometidos na Ucrânia. Isso é um erro. A maldade nunca vai parar, vai avançar e avançar. Precisamos evitar que os russos vão adiante”.

    Os países que votaram contra a resolução da ONU foram a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministro ucraniano diz que economia russa foi esmagada

    Ministro ucraniano diz que economia russa foi esmagada

    “Estamos destruindo a economia da Rússia enquanto ela está destruindo nossas cidades”, afirmou hoje (2) o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Em entrevista coletiva, ele disse que vários países pretendem parar suas atividades na Rússia. “Apple, Google, HP, Tesla, BMW, Mercedes, Porsche, Ford, Chevrolet, Audi, Visa, Mastercard. Todos esses gigantes vão sair do mercado russo. E eu acho que isso vai acontecer nos próximos dias”, disse.

    Kuleba lembrou ainda que durante a última semana, desde o início da invasão da Ucrânia, a economia da Rússia foi esmagada por sanções de muitos países. “E nós não vamos parar. Vamos asfixiar a economia da Rússia e vamos pressionar até que paremos a guerra e livremos a Ucrânia”.

    O chanceler ucraniano anunciou que está criando um site especial para dar visibilidade às atrocidades da invasão russa. “Será um arquivo que vai registrar o genocídio russo do povo ucraniano”, disse.

    Kuleba disse que “conseguimos aprovar a decisão de desligar os bancos russos do sistema internacional de Swift [do inglês, Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Todos os grandes bancos russos, que trazem estabilidade para a economia russa, serão desligados. Isso vai acontecer nos próximos dias. O dinheiro, as transações que usam esse sistema terão sangue dos nossos soldados, das nossas mulheres e crianças que morreram das armas nas mãos dos russos”.

    Kuleba ainda questionou o fato de a Rússia ter um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com poder de veto, e disse acreditar que o país deve perder essa prerrogativa.

    Ele disse que vários países estão enviando armas e alimentos para a Ucrânia. “Dezesseis países estão enviando soldados, já temos mais de mil pessoas e continuamos recebendo pedidos para participar”.

    Fonte: Agência Brasil