Categoria: Internacional

  • Quase 6 mil russos morreram desde o início do conflito na Ucrânia

    Quase 6 mil russos morreram desde o início do conflito na Ucrânia

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje (2), em um vídeo divulgado em seu canal do Telegram, que o mundo está se fechando para a Rússia. “O mundo moderno vai se fechar para eles. Bens russos estão deixando as prateleiras das lojas ao redor do mundo. Bancos russos estão se desconectando do sistema global. Cidadãos russos estão perdendo suas poupanças, perdendo perspectivas. Mães russas estão perdendo seus filhos em um país estrangeiro. Pense nesse número: quase 6 mil russos morreram. Isso sem contar as perdas da noite passada. Isso para que?”, questionou o mandatário.

    Zelensky disse ainda que os russos querem apagar a história do país. “Eles não sabem nada sobre nossa capital, sobre nossa história. Mas todos eles têm ordens para apagar nosso país, apagar todos nós. No primeiro dia da guerra, Uman foi brutalmente bombardeada, onde dezenas de milhares de judeus vem todos os anos para rezar. Depois, Babyn Yar, onde dezenas de milhares de judeus foram executados. Me dirijo a todos os judeus do mundo: vocês não vêm o que está acontecendo? É por isso que é tão importante que milhões de judeus ao redor do mundo não fiquem em silêncio agora. O nazismo nasce do silêncio. Então gritem sobre o assassinato de cidadãos. Gritem sobre o assassinato de Ucranianos”, disse.

    O presidente ucraniano disse ainda que os russos seguem bombardeando as cidades do país, atingindo civis, população que é pacífica. E disse que a Ucrânia conseguiu reunir um apoio internacional em um novo nível, ressaltou o apoio da Otan e de milhares de europeus.

    O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que o alvo dos russos é a capital da Ucrânia. “Vemos quantas forças russas vão de Belarus, do norte e do leste, muitos quilômetros de tanques se movendo para a capital da Ucrânia. Neste momento estamos preparados para defender a nossa cidade”, disse.

    Fonte: Agência Brasil

  • Itamaraty abre postos para ajudar brasileiros a deixar a Ucrânia

    Itamaraty abre postos para ajudar brasileiros a deixar a Ucrânia

    O Itamaraty anunciou a abertura de dois postos de atendimento consular para “aperfeiçoar os mecanismos emergenciais de assistência aos cidadãos brasileiros que buscam deixar a Ucrânia”. Os locais vão auxiliar na emissão de documentos de viagem e na “retirada, ordenada e segura”, de brasileiros do território ucraniano.

    Um dos postos fica na cidade de Lviv, perto da fronteira com a Polônia, país para onde os brasileiros, em grande parte, estão se dirigindo. O outro fica em Chisinau, capital da Moldávia. Essa base vai facilitar a assistência a brasileiros que buscam sair da Ucrânia pela  Romênia, em razão do conflito com a Rússia.

    Casos de emergência

    “Por força da deterioração da situação de segurança em Kiev, embaixadas de vários outros países têm igualmente estabelecido missões de apoio fora da capital da Ucrânia, sobretudo em Lviv”, disse o Itamaraty, em nota emitida na noite de ontem (1º).

    “Em casos de emergência, o plantão consular brasileiro pode ser contatado pelo número de telefone +55 61 98260-0610”, acrescentou. A embaixada em Kiev, na Ucrânia, lembrou o Ministério das Relações Exteriores, continua transmitindo orientações por meio de mensagens no site, na página no Facebook e por um grupo no Telegram.

     

     

    Fonte: EBC

  • Congelamento de reservas externas ameaça economia russa

    Congelamento de reservas externas ameaça economia russa

    O congelamento de parte das reservas internacionais da Rússia acrescentou uma nova camada na guerra entre o país e a Ucrânia. Um conflito militar e político ganhou dimensões financeiras, ao criar os maiores obstáculos para o governo, os bancos e as empresas russas movimentarem recursos desde o fim da União Soviética, em 1991.

    Anunciada no sábado (26), a medida congela os depósitos russos nos seguintes países e territórios: Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá. Segundo o jornal Financial Times, cerca de US$ 300 bilhões dos US$ 630 bilhões de reservas internacionais mantidas pela Rússia foram bloqueadas da noite para o dia. Nos anos recentes, medidas semelhantes foram aplicadas contra o Irã e a Venezuela, mas não na escala atual, com praticamente todas as economias avançadas proibindo a transação de ativos russos.

    Além do congelamento das reservas, os países ocidentais estão excluindo bancos russos do sistema de pagamentos Swift, sistema de pagamentos entre instituições financeiras de mais de 200 países, coordenados pelos bancos centrais das dez maiores economias do mundo. Essa medida complica ainda mais o funcionamento do sistema financeiro russo, ao atrasar o pagamento de transações comerciais e financeiras.

    No início da semana, a guerra financeira resvalou para a economia real. O rublo desvalorizou-se 20% na segunda-feira (28) e 10% hoje (1º) e atualmente vale menos que um centavo de dólar. O Banco Central russo aumentou os juros básicos de 9,5% para 20% ao ano e ordenou que os exportadores convertam em moeda doméstica 80% das moedas estrangeiras que receberam pelas vendas de mercadorias ao exterior. A bolsa de Moscou ainda não abriu nesta semana.

    Paralelamente, o governo russo decidiu aumentar as compras de ouro das reservas internacionais, para reduzir a dependência de divisas ocidentais. Nos últimos anos, o país diversificou as reservas externas, desfazendo-se de títulos norte-americanos, reduzindo a compra de dólares e de euros e investindo em metais preciosos e no yuan, a moeda da China. Atualmente, cerca de 25% das reservas internacionais russas estão em ouro armazenado dentro do país e 15% estão aplicados em moeda chinesa.

    Impactos

    A desvalorização abrupta da moeda provocou corrida aos bancos. A população russa quer sacar rublos para trocá-los por divisas mais fortes, como o dólar e o euro. As reservas internacionais não fazem parte do capital que os bancos são obrigados a manter imobilizados para garantir o saque dos clientes, mas indiretamente servem para dar sustentação ao sistema financeiro.

    Os US$ 630 bilhões das reservas russas não estão em dinheiro vivo, nem estão armazenados em cofres subterrâneos, mas estão investidos em ativos líquidos, que podem ser trocados facilmente no mercado internacional. Muitas vezes, depositados em outros países.

    No médio prazo, os bloqueios financeiros criam outras dificuldades para a economia real. As exportações russas são prejudicadas simplesmente porque os compradores não conseguem pagar pelas mercadorias, com o sistema Swift bloqueado. Além disso, a desvalorização cambial provocada pelo congelamento das reservas aumenta a inflação dentro da Rússia, prejudicando a população, principalmente a mais pobre.

    Alternativas

    Em tese, a Rússia poderá contornar parcialmente as novas restrições, mas isso exige tempo. Em relação ao sistema Swift, a Rússia dispõe de um sistema próprio de pagamentos internacionais e pode usar bancos não afetados pelo bloqueio. De qualquer forma, as transações comerciais com o resto do mundo serão pagas mais lentamente.

    O país também pode fechar acordos para que as compras e vendas de mercadorias não tenham de ser pagas em dólares ou em euros, mas nas moedas dos próprios países. No caso em que o Brasil compra uma mercadoria russa, esta poderia ser paga em reais e convertida para rublos dentro de uma câmara própria de compensação. Isso, no entanto, depende de acordos comerciais a serem fechados entre os países, o que é improvável num momento de guerra.

    Em relação às dificuldades em movimentar as reservas internacionais, a Rússia poderia contar com a ajuda da China. O país asiático hoje detém a maior reserva do planeta, no total de US$ 3,4 trilhões. O problema, no entanto, será a progressiva dependência da economia da Rússia em relação ao vizinho asiático e a posição do governo chinês diante do conflito. Hoje, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano anunciou que o governo chinês pôs-se à disposição em mediar as negociações entre os dois países do leste europeu.

    Fonte: EBC

  • Parlamento Europeu condena ação militar russa na Ucrânia

    Parlamento Europeu condena ação militar russa na Ucrânia

    O Parlamento Europeu aprovou, hoje (1), uma resolução em que condena a Rússia por atacar militarmente a Ucrânia. Ao concluir que o governo russo, liderado pelo presidente Vladimir Putin, agiu de forma “injustificada”, desrespeitando regras internacionais em vigor desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os eurodeputados aprovaram que os países que integram a União Europeia apliquem sanções severas conjuntas contra a Rússia e também contra  Belarus, cujo presidente, Alexander Lukashenko, é acusado de apoiar Putin.

    A resolução foi aprovada com 637 votos a favor, 13 contra e 26 abstenções, em uma sessão plenária extraordinária marcada pelo pedido de mais apoio do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e pelas severas críticas ao Kremlin da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

    Ao fazerem coro à presidente do Parlamento, os eurodeputados manifestaram apoio ao ingresso da Ucrânia na União Europeia. “O Parlamento Europeu apela às instituições da União Europeia [responsáveis pelo trâmite político] para que desenvolvam esforços no sentido de conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão à UE”, disse a instituição, em nota divulgada esta tarde.

    A resolução também destaca a necessidade dos estados-membros do bloco “acelerarem o fornecimento de armas defensivas à Ucrânia”, e disponibilizem informações aos serviços ucranianos de inteligência e estratégia e prestem ajuda humanitária tanto às pessoas que permanecem em território ucraniano, como às que tentam fugir da guerra.

    Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo das consequências do ataque militar russo ao país e mais de 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda e proteção humanitária dentro e fora do país nos próximos meses.

    A assembleia europeia também rejeitou a “retórica” russa, referindo-se a declarações de Putin. Para justificar a ação militar, o presidente russo acusou as forças militares da Ucrânia de possuírem armas de destruição em massa que, segundo Putin, os ucranianos planejavam usar contra civis para, depois, responsabilizar Moscou. Segundo o governo ucraniano, a alegação é uma “mentira”. No domingo (27), o governo ucraniano recorreu ao Tribunal Penal Internacional, o Tribunal de Haia, pedindo que a Corte responsabilize o governo Putin por “manipular a noção de genocídio para justificar sua agressão” e ordene que as tropas russas parem imediatamente a guerra.

    Os eurodeputados também defendem a adoção de restrições econômicas mais severas que as já anunciadas, como as importações de petróleo e gás. Mais cedo, durante seu pronunciamento, a presidente do parlamento, Roberta Metsola, já tinha comentado a proposta.

    “Primeiramente, a Europa não pode continuar dependendo do gás vendido pela Rússia. Temos que duplicar nossos esforços para diversificar nossas fontes energéticas para garantimos uma sólida segurança energética e não deixarmos a Europa nas mãos de autocratas”, disse Roberta antes de listar algumas das sanções que a União Europeia já impôs contra Putin, Lukashenko e integrantes dos governos da Rússia e de Belarus.

    “Além de disponibilizar armas à Ucrânia, já aplicamos um conjunto de sanções sem precedentes, maciças. Declaramos que a aviação russa e os jatos privados dos oligarcas russos já não são bem-vindos nos países europeus. Fizemos com que a Rússia fosse excluída do sistema Swift [do inglês, Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Banimos os instrumentos de propaganda do Kremlin e os cidadãos, organizações, empresas e o mundo dos esportes assumiram uma posição clara e firme, salientando que não manterão relações ou tolerarão um agressor”, destacou Roberta Metsola, propondo que a Europa vá “ainda mais longe”.

    “Várias sanções, incluindo a exclusão do sistema Swift, devem ser estendidas à Bielorrússia, por seu apoio direto à invasão da Ucrânia pela Rússia”, clamam os eurodeputados na resolução aprovada, que também condena os “atos racistas” denunciados por estudantes africanos e do Médio Oriente que vivem na Ucrânia e que alegam ter sido impedidos de entrar em trens e comboios que seguiam em direção à fronteira com outros países ou retidos na alfândega.

    Fonte: EBC

  • Crise na Ucrânia: na ONU, Cuba acusa a Otan de agir com “hipocrisia”

    Crise na Ucrânia: na ONU, Cuba acusa a Otan de agir com “hipocrisia”

    Na contramão de outros países, o discurso de Cuba, neste segundo dia de sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU, foi marcado por críticas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aos Estados Unidos. No grupo de poucos países aliados da Rússia, Cuba condenou as sanções aplicadas ao país chefiado por Vladimir Putin e acusou a Otan de agir com “hipocrisia” na condução da guerra com a Ucrânia.

    “Cuba rejeita essa hipocrisia e esse duplo padrão na postura da Otan. Em 1999, houve uma agressão à Iugoslávia e os países da Europa não evitaram a grande perda de vidas por razões geopolíticas.. Os Estados Unidos usaram a força em várias ocasiões em países soberanos para alterar regimes, interferindo na política interna de outros países”, disse o embaixador cubano, Pedro Luís Pedroso Cuesta.

    Ainda na avaliação do cubano, os Estados Unidos tratam milhões de habitantes dos países invadidos como “efeito colateral” e acusou o governo norte-americano de realizar “guerras de pilhagem e saques”.

    Outro ponto destacado por Pedro Cuesta foi a minuta de resolução defendida na ONU pelas potências ocidentais em relação à situação da Ucrânia. Segundo ele, o texto, vetado pela Rússia no Conselho de Segurança nos últimos dias, não foi feito para trazer soluções. O embaixador cubano defendeu que o documento sofre dos mesmos defeitos e da falta de equilíbrio. “Não leva em conta a soberania de todas as partes, nem reconhece a responsabilidade daqueles que perpetraram as ações agressivas que aumentaram a escala desse conflito”, criticou.

    O representante de Cuba encerrou a fala ressaltando que o país defende uma solução diplomática do conflito: “Nós queremos negociações, e não guerra. Essa é a única forma de resolver esse conflito. Cuba vai continuar defendendo a solução diplomática, que seja séria, construtiva e realista”, garantiu.

    Hungria

    Hoje a embaixadora da Hungria na ONU, Zsuzsanna Horváth, condenou a invasão russa ao território ucraniano e disse que receberá refugiados ucranianos. “Em resposta a crise humanitária, a Hungria está pronta para receber refugiados”. Zsuzsanna disse que muitos países pediram “nossa ajuda” e, com isso, estão criando um corredor humanitário para a entrada daqueles que estão fugindo da Ucrânia e não têm vistos.

    Ainda sobre a atuação da Hungria, que é membro da Otan e vizinha da Ucrânia, a embaixadora disse que o país deve colocar os refugiados em aeroportos mais próximos para realizarem viagens a outros países.

    Histórico

    O objetivo da sessão é “que os 193 membros da ONU se posicionem” sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre “a violação da Carta das Nações Unidas”. A votação deve acontecer amanhã (2), após discursos de todos países-membros inscritos.

    O encontro extraordinário da ONU em caráter emergencial é raríssimo. Desde a fundação do grupo, em 1945, foram somente 11. Esta é a primeira vez desde 1982 que o Conselho de Segurança pede uma sessão da Assembleia Geral. O pedido ocorreu depois que a Rússia vetou na última sexta-feira (27) um rascunho da ONU, a Resolução do Conselho de Segurança que teria condenado a invasão a Ucrânia.

    Fonte: EBC

  • Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo da guerra

    Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo da guerra

    Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, fugindo das consequências do ataque militar russo ao país. A informação foi divulgada hoje (1), pela agência da Organização das Nações Unidos para Refugiados (Acnur).

    A ONU teme que a ofensiva russa cause “a maior crise de refugiados da Europa neste século”, já que milhares de pessoas de várias nacionalidades que vivem na Ucrânia, incluindo brasileiros, estão se deslocando em direção a países vizinhos.

    Segundo equipes da agência, na fronteira com a Polônia, a fila de pessoas tentando deixar o país já chega a quilômetros, com relatos de pessoas que afirmam estar há mais de 60 horas expostas ao frio intenso, tentando ingressar em território polonês.

    Para socorrer as famílias que fogem dos ataques russos, as Nações Unidas e instituições parceiras fizeram, hoje (1º), dois apelos. Um que visa a arrecadar US$ 1,7 bilhão para fornecer ajuda humanitária a quem busca refúgio e outro para auxiliar a quem permanece na Ucrânia.

    A estimativa é que cerca de 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda e proteção dentro do território ucraniano, enquanto mais de 4 milhões de refugiados podem precisar de assistência em países vizinhos nos próximos meses.

    Em nota, a Acnur garantiu que já está mobilizando uma “grande operação humanitária” para atender às pessoas que estão deixando o país em guerra. Em território ucraniano, a agência planeja distribuir alimentos e água, além de assistência financeira emergencial às pessoas mais vulneráveis e assistência médica, serviços de educação, abrigamento emergencial e reconstrução de casas danificadas.

    Nos países vizinhos, a iniciativa busca apoiar centros de recepção para pessoas deslocadas e outras iniciativas, com atenção especial à prevenção da violência de gênero.

    Fonte: EBC

  • ONU pede que países ajudem vítimas da guerra na Ucrânia

    ONU pede que países ajudem vítimas da guerra na Ucrânia

    Para socorrer famílias que fogem dos ataques russos na Ucrânia, as Nações Unidas lançam nesta terça-feira (1) dois apelos humanitários coordenados. Segundo o secretário-geral, Antônio Guterres, um dos apelos tem como meta angariar fundos para ajudar a população que continua na Ucrânia e o outro busca o atendimento das necessidades dos que procuram refúgio em nações da região.  

    Guterres lembrou que a ONU já repassou US$ 20 milhões do seu Fundo Central de Resposta a Emergências para a ampliação dos trabalhos humanitários. Segundo explicou, a comunidade internacional precisa se mobilizar para apoiar e financiar os apelos. Ele lembrou que o número de pessoas afetadas pela guerra continuará subindo. Os recursos servirão para que as agências humanitárias consigam “tratar todas as necessidades dos deslocados pela crise”.

    Hospitais atacados

    Catherine Russell, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que a agência está recebendo relatos de “hospitais, escolas e instalações de água e saneamento” sob fogo na Ucrânia, com explosivos sendo lançados em áreas povoadas. 

    Segundo ela, há crianças entre os mortos e feridos, sendo que as sobreviventes estão traumatizadas pela onda de violência. Russell reforçou o apelo internacional para o fim de todas as operações militares na Ucrânia.

    * Com informações da Agência ONU News  *É proibida a reprodução deste conteúdo.

    Fonte: EBC

  • Brasil permitirá acesso de ucranianos a passaporte humanitário

    Brasil permitirá acesso de ucranianos a passaporte humanitário

    O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (28) que o Brasil vai fazer uma portaria para garantir o acesso de ucranianos ao passaporte humanitário brasileiro. O anúncio foi feito em entrevista à rádio Jovem Pan e retransmitida nas redes sociais do presidente. “Nós faremos todo o possível para receber o povo ucraniano”, destacou. Segundo Bolsonaro, a portaria que vai regulamentar a entrada de ucranianos por meio do passaporte humanitário deverá ser publicada nos próximos dias. O presidente disse que o Brasil vai continuar com a postura neutra em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia que teve início na última semana. Nos últimos dias, o presidente já havia falado sobre o assunto, quando destacou que o Brasil tem sido claro sobre sua posição “em defesa da soberania, da autodeterminação e da integridade territorial dos Estados”.

    Sanções

    O presidente afirmou que não há previsão de imposição de sanções do Brasil para a Rússia em decorrência do conflito. Conforme Bolsonaro, o Brasil possui uma “dependência enorme” dos fertilizantes da Rússia e, em caso de sanções, o agronegócio seria “seriamente afetado”. “Acredito que essas sanções dificilmente prosperam”, disse. O presidente Jair Bolsonaro voltou a destacar o apoio do governo russo na preservação da soberania da Amazônia em discussões internacionais e disse que, sem os fertilizantes russos, o agronegócio brasileiro seria prejudicado, o que poderia gerar insegurança alimentar e inflação de alimentos. Bolsonaro falou ainda sobre as críticas do representante da Ucrânia no Brasil e afirmou que o Brasil tem que ter o equilíbrio na relação entre os países.

    Resgate de brasileiros

    O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou  que chegaram hoje a Varsóvia, capital da Polônia, oito servidores do Itamaraty para ajudar no processo de resgate dos brasileiros impedidos de retornar ao país por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia. “Esta força-tarefa enviará destacamento a Lviv, na Ucrânia, onde será montado escritório de apoio aos brasileiros que estão tentando deixar o país”, diz a publicação, em redes sociais.

    Fonte: EBC

  • Jogador brasileiro que estava na Ucrânia desembarca amanhã no Galeão

    Jogador brasileiro que estava na Ucrânia desembarca amanhã no Galeão

    O jogador de futebol brasileiro Marlon Santos da Silva Barbosa, mais conhecido como Marlon Santos, 26 anos, do time ucraniano Shakhtar Donetsk, desembarca amanhã (28), às 7h, no  Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro. Ele chega acompanhado pela mulher, Maria Paula Marinho, a sogra e três filhos pequenos. Marlon atua como zagueiro no Shakhtar Donetsk.

    A assessoria do jogador informou que, “em respeito ao momento delicado do atleta e privilegiando o seu reencontro com a família, ele vai atender os jornalistas para fazer um pronunciamento sobre os momentos que passou na Ucrânia”. Não haverá abertura para perguntas.

    Segundo a assessoria, depois que se restabelecer emocionalmente, ao longo dos próximos dias, Marlon ficará disponível para entrevistas. 

    Fonte: EBC

  • Representante da Ucrânia no Brasil sugere conversa entre presidentes

    Representante da Ucrânia no Brasil sugere conversa entre presidentes

    O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, sugeriu hoje (28), em entrevista coletiva, que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, converse por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para esclarecer o que ocorre no país do leste europeu.

    “Penso que o presidente do Brasil esta mal informado. Talvez seja interessante ele conversar com o presidente ucraniano para ver outra posição e ter uma visão mais objetiva”, disse Tkach, após ser questionado sobre declarações dadas ontem (27) por Bolsonaro sobre o conflito.

    Tkach disse esperar que o Brasil mantenha seu posicionamento na ONU, onde o representante brasileiro, embaixador Ronaldo Costa Filho, voltou a condenar o conflito, nesta segunda-feira (28), na Assembleia Geral de Emergência da ONU.

    Ao se questionado se gostaria que o Brasil tomasse mais alguma atitude, o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil disse que espera “um maior apoio e uma maior condenação por parte do Brasil à Rússia. Nós temos que parar essa agressão”.

    “Neste momento, não se trata de apoio à Ucrânia, se trata de apoio aos valores democráticos, ao direito internacional”, afirmou o diplomata. Ele disse que o conflito atual na Ucrânia não é apenas um problema do próprio país, “mas da Europa e do mundo”.

    Tkach apresentou dados que disse ser do Ministério da Saúde ucraniano, segundo os quais, até o momento, 2.040 civis, incluindo 45 crianças, ficaram feridos. Foram contabilizados também 352 mortos, entre os quais 16 crianças, acrescentou a autoridade máxima da Ucrânia no Brasil.

    Fonte: EBC