Categoria: Internacional

  • Negociações entre Rússia e Ucrânia terminam sem avanço

    Negociações entre Rússia e Ucrânia terminam sem avanço

    Autoridades ucranianas e russas se reuniram na fronteira com Belarus nesta segunda-feira (28) para discutir um possível cessar-fogo na Ucrânia, cinco dias após o início da invasão russa que desencadeou uma série de sanções diplomáticas e econômicas contra Moscou, mas a tentativa de diálogo terminou sem avanços.

    Após algumas horas de discussões “difíceis”, de acordo com o oficial ucraniano Mikhaïlo Podoliak, as delegações retornaram às suas respectivas capitais para consultas antes de novas conversas.

    Enquanto a presidência ucraniana diz que quer negociar um cessar-fogo imediato, nada no terreno indica que os eventos estão tomando esse rumo, com as tropas russas continuando a avançar lentamente em direção a Kiev, enquanto os ataques com foguetes em Kharkiv, a segunda cidade do país, deixaram ao menos 11 civis mortos, de acordo com uma autoridade local.

    Enquanto ucranianos e russos negociavam, o presidente francês Emmanuel Macron falou ao telefone com seus colegas ucranianos Volodimir Zelensky e o russo Vladimir Putin.

    Segundo a Presidência francesa, Macron pedia a Vladimir Putin que encerresse sua ofensiva e aceitasse um cessar-fogo, ao mesmo tempo em que o exortava a respeitar o direito humanitário e poupar civis.

    Novas sanções

    Ao mesmo tempo, os países ocidentais divulgaram novas sanções contra a Rússia e começaram a implementar as anunciadas nos últimos dias, incluindo a exclusão de vários bancos russos da rede interbancária Swift, bem como sanções direcionadas às reservas em moeda estrangeira do Banco Central depositadas no exterior.

    Essas medidas sem precedentes adotadas neste fim de semana pela União Europeia (UE) e segunda-feira pelos Estados Unidos fizeram com que o rublo caísse para uma baixa histórica em relação ao dólar. A Bolsa de Valores de Moscou permaneceu fechada na segunda-feira, enquanto o Banco Central russo aumentou urgentemente sua taxa básica de juros de 9,5% para 20%, na tentativa de conter a fuga de capitais.

    A Suíça, um país tradicionalmente neutro, anunciou que aplicaria certas sanções adotadas pela UE, incluindo a proibição de uso de seu espaço aéreo, inclusive para jatos particulares russos, e o congelamento de ativos de certos líderes russos.

    O Japão e a Coreia do Sul indicaram, por sua vez, que participarão na exclusão de vários bancos russos da rede interbancária Swift. Segundo o jornal Straits Times, Cingapura também pretende impor sanções e restrições à Rússia.

    A pressão também aumentou sobre as empresas ocidentais que têm investimentos na Rússia após a decisão do grupo petrolífero BP BP.L de se retirar completamente deste país.

    Comitê Olímpico Internacional

    Mais simbolicamente, o Comitê Olímpico Internacional recomendou na segunda-feira a proibição de todos os atletas russos e bielorrussos – cujo país serve de base de retaguarda para a invasão – das competições internacionais, abrindo caminho em particular para a suspensão da Rússia da Copa do Mundo deste ano pela Fifa, a pouco mais de três semanas de seus últimos jogos dos playoffs.

    Sancionada por todos os lados, a Rússia começou a retaliar anunciando o fechamento de seu espaço aéreo para empresas de 36 países, incluindo os 27 estados da UE.

    A Rússia, que fornece cerca de 40% do gás natural usado na UE, também poderia usar a arma energética, uma possibilidade que está no centro de uma reunião de emergência dos Ministros da Energia dos Vinte e Sete marcada para o final desta segunda.

    “A energia não ficará de fora deste conflito, gostemos ou não”, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, durante uma entrevista coletiva. “Temos uma dependência do gás russo e é uma questão existencial reduzir essa dependência.”

    Para as autoridades ucranianas, a prioridade continua sendo resistir à ofensiva militar russa, enquanto cada vez mais países europeus anunciam sua intenção de entregar armas defensivas, em particular armas antitanque, a Kiev.

    A Itália e a Finlândia anunciaram notavelmente na segunda-feira sua intenção de fornecer essas armas à Ucrânia, ecoando a decisão sem precedentes tomada pela UE de financiar a compra e a entrega de armas e equipamentos em Kiev, uma decisão denunciada segunda-feira pelo Kremlin como hostil agir em relação à Rússia.

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    Fonte: EBC

  • ONU: Brasil pede cessar-fogo e respeito ao direito humanitário

    ONU: Brasil pede cessar-fogo e respeito ao direito humanitário

    Após uma série de discursos de países que condenaram a Rússia na Assembleia Geral da ONU emergencial convocada para esta segunda-feira (28), em Nova York, o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Ronaldo Costa Filho, reiterou a postura brasileira em busca do diálogo.

    “Essa situação não justifica de forma alguma. O uso de força contra a soberania e integridade territorial de qualquer Estado-membro vai contra as normas e princípios mais básicos e é uma violação clara da Carta da ONU“, disse Costa Filho. “O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional”, defendeu.

    Em meio a ordem do presidente da Rússia, Vladmir Putin, para que militares russos deixem de prontidão o arsenal nuclear do país, Costa Filho também pediu cautela para não ampliar as tensões na Europa Oriental. O embaixador brasileiro afirmou ainda que o enfraquecimento do Acordo de Minsk foi uma consequência de ações de todos os lados. A falta de aplicação do tratado é um dos motivos que a Rússia usa para justificar a invasão à Ucrânia. “Vemos uma sucessão de eventos que se não forem contidos em breve levarão a um confronto muito mais amplo. Todos sofreram, não só aqueles envolvidos na guerra”.

    Sem críticas diretas a Rússia, o Brasil agradeceu aos países que estão recebendo refugiados, inclusive brasileiros pediu a todos os envolvidos que reavaliem as suas decisões sobre o fornecimento de armas, o recurso de ataques cibernéticos e aplicação de sanções seletivas que podem prejudicar a economia mundial, especialmente a produção de alimentos.

    Histórico

    A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar liderado pelos Estados Unidos. Para a Rússia, uma possível entrada do vizinho na organização é uma como uma ameaça à sua segurança. A relação entre Rússia, Belarus e Ucrânia começou antes da criação da União Soviética.

    Fonte: EBC

  • Brasil: mortes violentas de crianças cairam 40% no biênio 2019-2021

    Brasil: mortes violentas de crianças cairam 40% no biênio 2019-2021

    A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, discursou hoje (28) durante 49ª sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, onde fez uma balanço de ações do governo e disse que o governo “sempre defendeu a paz para todos os países e para todos os continentes”.

    Damares também apresentou posição contrária ao aborto, pedindo uma união internacional pelos direitos dos nascituros. “Defendemos a liberdade e a vida, desde a concepção, como os direitos mais fundamentais do ser humano”, disse a ministra.

    Entre outros pontos, a ministra Damares  destacou dados como a redução nas mortes violentas de crianças e adolescentes no Brasil, que segundo último relatório do Data SUS caiu em média 40% no biênio 2019-2021, no comparativo com o biênio anterior.

    Outro índice destacado pela ministra foi uma queda de 18% nos registros de gravidez na adolescência. Ela frisou investimentos de R$ 600 milhões no combate no Plano Nacional de Combate ao Feminicídio. 

    Em dado momento do discurso, que durou cerca de sete minutos, Damares Alves disse que “o governo Bolsonaro sempre promoveu e defendeu a paz”. A ministra não citou nenhum conflito específico.

    A atual guerra entre Rússia e Ucrânia tem sido o centro das manifestações durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos, diante das preocupações com as vítimas civis e os deslocados pelo conflito.

    Fonte: EBC

  • ONU: países pedem cessar-fogo russo e solução pacífica para conflito

    ONU: países pedem cessar-fogo russo e solução pacífica para conflito

    No quinto dia da ofensiva russa contra a Ucrânia, a sessão emergencial da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, foi aberta nesta segunda-feira (28), pelo presidente Abdulla Shahid, com um pedido de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do confronto.

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    Com o respaldo dos chefes da entidade de que o conflito fere a lei internacional, Shahid defendeu um cessar-fogo imediato. “Temos que parar a guerra imediatamente”, frisou. Ele também disse que as consequências humanitária dos conflitos “serão devastadoras”.

    Ao lembrar a reunião de delegações entre a Rússia e a Ucrânia na fronteira com Belarus, que ocorre hoje paralelamente à reunião da ONU, Abdulla Shahid avaliou que “abriu-se uma janela para o diálogo, uma sombra de esperança”. “Temos que dar uma oportunidade para a paz. Armas são melhores quando não são usadas”, discursou o presidente da Assembleia Geral da ONU.

    Também durante a reunião, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos e agradeceu os países que acolheram refugiados. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu. Em uma sequência de duras críticas à Rússia, por ter invadido o território ucraniano e promovido uma série de bombardeios nos últimos cinco dias, Guterres condenou o emprego de forças nucleares de Vladimir Putin. “Estamos encarando na Ucrânia uma tragédia. Colocar forças nucleares é repugnante. Nada deve justifica um conflito nuclear”, condenou.

    Guterres pediu moderação e defendeu que a reunião realizada hoje entre Ucrânia e Rússia se transforme em um efetivo fim da guerra. “Espero que se construa uma solução diplomática”, afirmou.

    Ucrânia

    Ao discursar na reunião, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, afirmou que a Rússia teria cometido crimes de guerra durante os combates. Segundo ele, civis, hospitais, escolas, orfanatos e até ambulâncias foram alvejados pelos russos. “Os conflitos têm paralelos que podem ser feitos com a 2ª Guerra Mundial. A Rússia comete crimes de guerra”, disse Sergiy Kyslytsya. Segundo ele, há pelo menos 5 mil mortos, entre civis e soldados.

    O diplomata ucraniano cobrou a intervenção da ONU para conter a ações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e para exigir que as forças russas saiam imediatamente da Ucrânia. “O momento de agir é agora. Se a Ucrânia não sobreviver, a paz mundial não sobreviverá. Não se iludam”, disse. Outro ponto colocado foi um pedido de punição para Belarus. Sob o comandado do ditador Aleksandr Lukashenko, o país cedeu a fronteira para a invasão russa e também fez ataques à Ucrânia.

    Rússia

    Na sequência do diplomata ucraniano, foi a vez do embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, falar. Ele rebateu as falas da Ucrânia e disse que há uma guerra de informação contra o país. Na versão russa, o conflito começou após “sabotagens” ucranianas a acordos entre os dois países. “A Ucrânia está pedindo sua adesão à Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] rompendo [leis da ONU] e colocando a Rússia em risco”, ressaltou. Para Nebenzya, a operação da Rússia “exerce o direito pela autodefesa.”

    O representante russo na ONU acrescentou que o “Ocidente tem incitado os ucranianos” e lembrou os vários pedidos da Rússia para que a Ucrânia não entrasse na Otan. “Estendemos a nossa mão, mas fomos ignorados”, afirmou.

    Ele desmentiu o embaixador ucraniano e negou que forças russas estejam atacando áreas civis. “A infraestrutura ucraniana não está sendo atacada”, destacou. Sobre o veto à resolução do Conselho de Segurança, o diplomata disse que o documento “não é equilibrado”. Votamos contra por um artigo que defendemos não ter sido colocado [no texto]”, explicou.

    Apesar de aumentar as tropas e os bombardeios e ameaçar usar “força nuclear”, a Rússia defendeu uma solução pacífica com intermédio da ONU.

    Histórico

    A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, grupo militar liderado pelos Estados Unidos. Para a Rússia, uma possível entrada do vizinho na organização é uma como uma ameaça à sua segurança. A relação entre Rússia, Belarus e Ucrânia começou antes da criação da União Soviética que existiu entre 1922 e 1991.

    Fonte: EBC

  • No Rio, grupo faz manifestação pela paz entre Rússia e Ucrânia

    No Rio, grupo faz manifestação pela paz entre Rússia e Ucrânia

    Um grupo de cerca de 80 pessoas, formado por ucranianos, russos e brasileiros, portando cartazes, participam hoje (28) de uma manifestação pacífica em frente ao Consulado da Rússia, no Leblon. O empresário e chef Romano Tseplik, conhecido como Romano Russo e morador há muitos anos no Brasil, onde tem restaurante de comida típica russa e ucraniana, disse à Agência Brasil que “é uma manifestação pacífica, sem nenhuma provocação”.

    Os manifestantes defendem sua posição contrária à guerra entre os dois países e querem a paz. Romano Tseplik ainda não sabe se a manifestação terá desdobramentos. “Hoje é o primeiro dia. Vamos ver no que dá”. Ele tem parentes tanto na Ucrânia, como na Rússia. Tseplik nasceu no Cazaquistão, território que integrava a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), extinta em 1991, e está preocupado com o que pode acontecer a seus familiares.

    No Consulado da Rússia, disseram à Agência Brasil que não podiam fornecer informação nenhuma nem comentar sobre a manifestação. 

    Fonte: EBC

  • EUA fecham embaixada em Belarus e recomendam deixar a Rússia

    EUA fecham embaixada em Belarus e recomendam deixar a Rússia

    Os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Minsk e permitiram que funcionários não emergenciais e familiares deixassem sua embaixada em Moscou nesta segunda-feira (28), enquanto a Rússia avançava com a invasão da Ucrânia pelo quinto dia.

    “Tomamos essas medidas devido a questões de segurança decorrentes do ataque não provocado e injustificado das forças militares russas na Ucrânia”, disse o secretário de Estado Antony Blinken.

    Uma foto postada nas redes sociais pela embaixadora dos EUA em Belarus Julie Fisher na segunda-feira mostrou a equipe da missão baixando a bandeira americana. Todos os funcionários americanos deixaram o país, disse Fisher.

    Cidadãos americanos em Belarus também devem partir imediatamente, disse o Departamento de Estado em um comunicado de viagem separado.

    Os Estados Unidos já haviam transferido suas operações da embaixada na Ucrânia da capital Kiev para a cidade de Lviv, no oeste, há duas semanas, enquanto as forças russas se reuniam nas fronteiras da Ucrânia.

    As últimas evacuações ocorrem depois que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as forças nucleares da Rússia em alerta máximo no domingo (27), diante de uma enxurrada de represálias ocidentais por sua guerra contra a Ucrânia.

    No domingo, o Departamento de Estado dos EUA disse que os cidadãos americanos deveriam considerar deixar a Rússia imediatamente em voos comerciais, citando um número crescente de companhias aéreas cancelando voos e países fechando seu espaço aéreo para a Rússia após a invasão da Ucrânia.

    A Rússia proibiu na segunda-feira as companhias aéreas de 36 países de usarem o espaço aéreo russo.

    As nações europeias e o Canadá se moveram no domingo para fechar seu espaço aéreo para aeronaves russas. Os Estados Unidos estão considerando uma ação semelhante, mas ainda não tomaram uma decisão final, disseram autoridades americanas.

    Autoridades norte-americanas alertaram que a Belarus também enfrentará consequências por seu papel em ajudar a Rússia no ataque, enquanto Washington e seus aliados intensificam severas sanções econômicas a Moscou. A União Europeia (UE) também alertou que imporia novas sanções ao país esta semana.

    Fonte: EBC

  • Assembleia Geral da ONU deve analisar hoje crise na Ucrânia

    Assembleia Geral da ONU deve analisar hoje crise na Ucrânia

    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votará, ainda hoje (27), uma resolução pedindo uma reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU sobre a ação militar da Rússia na Ucrânia.Na reunião desta tarde, o conselho vai invocar um mecanismo chamado Unidos pela Paz (Uniting for Peace, em inglês), com base na resolução 377 da Assembleia Geral, aprovada em 1950.

    A resolução diz que a Assembleia Geral, composta pelos 193 países-membros, também pode tomar medidas se o Conselho de Segurança não agir, devido ao voto negativo de um de seus cinco membros permanentes, em caso de ameaça ou uma violação da paz ou um ato de agressão.

    A assembleia pode considerar o assunto imediatamente com a intenção de anunciar recomendações aos estados membros para tomarem medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e a segurança internacionais.

    Emergência

    Na sexta-feira (25), a Rússia, um dos cinco países-membros com poder de veto, votou contra uma resolução que condenava a invasão à Ucrânia. Esta é a primeira vez, desde 1982, que o Conselho de Segurança pede uma sessão de emergência da Assembleia Geral.

    Ontem (26), o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, telefonou para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy. Na conversa, Guterres reafirmou a determinação das Nações Unidas em ampliar a assistência à população da Ucrânia. Ele informou, ainda, que a ONU lançará, na terça-feira (1º), um apelo para angariar fundos para as operações humanitárias.

    Em balanço divulgado neste domingo, o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, informou que pelo menos 64 civis foram mortos e cerca de 180 ficaram feridos. Pelo menos 368 mil ucranianos já cruzaram as fronteiras em direção a países vizinhos.

    *É proibida a reprodução deste conteúdo     Com informações da Agência ONU

    Fonte: EBC

  • Ucrânia vai ao Tribunal de Haia contra a Rússia

    Ucrânia vai ao Tribunal de Haia contra a Rússia

    A Ucrânia recorreu ao Tribunal Penal Internacional, o Tribunal de Haia, contra a Rússia. Em nota divulgada hoje (27), o Ministério das Relações Exteriores ucraniano informou que o país ajuizou um processo em que pede que a corte ordene que as tropas russas parem imediatamente o ataque militar contra a Ucrânia.

    Segundo o ministério, de acordo com as convenções internacionais, o Tribunal de Haia tem competência para ordenar medidas emergenciais que podem resultar em um cessar-fogo. Ainda de acordo com o ministério, o Kremlin lançou uma ofensiva militar valendo-se de uma “mentira”, violando o que estabelece o direito internacional.

    “A Rússia distorceu o conceito de genocídio e perverteu a solene obrigação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio  de prevenir e punir o genocídio”, diz o comunicado, referindo-se a declarações do presidente russo Vladimir Putin para justificar a invasão do país vizinho.

    Na sexta-feira (25), Putin disse que as forças armadas ucranianas dispõem de “armas pesadas e sistemas fortes” que planejam empregar, agindo como agem os terroristas em todas as partes do mundo para, depois, culpar a Rússia pela morte de civis” ucranianos. Putin também disse que o governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (que é judeu) é “neonazista e comete genocídio contra a própria população”.

    Na nota que divulgou esta manhã, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano classifica a fala de Putin como “absurda e infundada” e “mero pretexto” para agredir e violar a soberania da Ucrânia, violando os direitos humanos da população.

    No Twitter, Zelensky manifestou que espera que o Tribunal de Haia responsabilize a Rússia por “manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”. “Solicitamos uma decisão urgente, ordenando que a Rússia cesse a atividade militar agora. Esperamos que os julgamentos comecem já na próxima semana.”

    Fonte: EBC

  • Rússia: brasileiros relatam situação na região de conflito

    Rússia: brasileiros relatam situação na região de conflito

    A Agência Brasil conversou com dois brasileiros que estão na região do conflito de Rússia e Ucrânia. A percepção deles – um em território russo e outro na Ucrânia – é diferente. Hoje (26), a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a prontidão de dois aviões multimissão KC-390 Millenium para um possível transporte de brasileiros evacuados da Ucrânia.

    Marianna tem nacionalidade ucraniana e morava no país há dois anos. “Atualmente estou em Cracóvia, na Polônia, por orientação da minha empresa e pelos riscos da guerra”, relatou. Ela deixou o país no dia 15. Marianna conta que os pais, ucranianos, estão no Brasil, mas o irmão, a cunhada e o sobrinho ainda estão em Kiev. “Bastante apavorados”, disse.

    Segundo Marianna Petrovna, os familiares dela estão abrigados em casa, especialmente na parte de baixo, onde é mais seguro em caso de bombardeio. “Vejo vídeos de tiroteios, bombardeios e ataques o tempo todo. Muitas cidades e bairros estão sendo fortemente atacados.” Ela afirmou que há relatos de brasileiros presos na fronteira com a Polônia.

    Em São Petersburgo, na Rússia, está o estudante brasileiro Túlio Bunder. “Comecei meu mestrado em política comparada da Eurásia, no meio do ano em 2020, então meus estudos estavam sendo online, do Brasil. Quando abriu a fronteira para estudantes, eu vim para cá, no começo de janeiro. Estou aqui faz um mês e quinze dias”, disse.

    Túlio relata que não tem contatos com brasileiros no país, apenas com outros estudantes estrangeiros da América Latina, que são venezuelanos. “Neste momento, não há nenhum clima de tensão, no sentido de pânico, dentro da comunidade dos estudantes. Óbvio que há certa preocupação com o que pode vir a acontecer, a gente não sabe ainda”, apontou.

    Túlio relata que, embora o conflito já estivesse sendo desenhado há bastante tempo, não havia muita crença de que os bombardeios começariam. “Ninguém botava muita fé aqui, então, nesse sentido, foi algo, vamos dizer assim, não inesperado, mas muita gente duvidava que haveria tal conflito, nesses níveis, nessas proporções”, contou à Agência Brasil.

    Na percepção do estudante, os russos têm “reagido de uma forma surpreendente calma”. “Estive no mercado [na quinta-feira], em um grande supermercado, estive no centro da cidade. A impressão que eu tive é basicamente de um dia normal, claro com algumas pequenas alterações, mas muito irrisório, muito pequeno mesmo, comparado com a dinâmica da cidade.”

    Túlio citou, entre as movimentações que poderiam fugir da normalidade, uma maior presença de policiais. “Isso foi o que eu pude ver, não vi nenhuma grande mobilização popular, o que eu vi foram viaturas indo de um lado para o outro. O que também pode ser interpretado como questão de protestos locais, mas também com preocupação de ataques e sabotagens internas, existe também essa preocupação.”

    Ele destaca ainda que, entre as apreensões que tem ouvido de colegas, uma delas é a questão econômica. “Por causa das possíveis novas sanções e dos impactos macroeconômicos que podem surgir no médio e longo prazo.”

    Fonte: EBC

  • Itamaraty: cerca de 40 brasileiros embarcam em trem para sair de Kiev

    Itamaraty: cerca de 40 brasileiros embarcam em trem para sair de Kiev

    O Ministério das Relações Exteriores informou que cerca de 40 brasileiros conseguiram embarcar em um trem de Kiev para Chernivtsi, perto da fronteira com a Romênia.

    Funcionários da embaixada do Brasil em Bucareste, capital da Romênia, aguardam os brasileiros na fronteira, segundo o Itamaraty. Outros brasileiros e também latino-americanos já foram recepcionados mais cedo, acrescentou o órgão.

    O anúncio de que um trem estaria reservado para a retirada de brasileiros e latino-americanos de Kiev foi feito ontem (25) pela embaixada do Brasil em Kiev. Segundo dado apresentado pela representação na quinta-feira (24), havia então algo em torno de 500 brasileiros na Ucrânia.

    Entre esses brasileiros há dezenas de jogadores que atuavam no futebol ucraniano. Em uma transmissão e em publicações pelo Instagram, a esposa do zagueiro Marlon Santos, Maria Paula Marinho, disse que eles foram avisados a irem do hotel até a estação de trem com antecedência de apenas 40 minutos.

    Em rede social, o Itamaraty informou que o ministro das Relções Exteriores, Carlos França, “ativou ontem o GT – Brasileiros na Ucrânia, núcleo de apoio ao nacionais brasileiros na Ucrânia, encarregado de coordenar ações emergenciais e de implementação do plano de contingência para retirada segura e ordenada de nossos compatriotas”.

    Na manhã deste sábado (26), a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou ter colocado dois aviões KC-390 Millenium de prontidão para a retirada de brasileiros da região. Ainda não foram divulgados pela FAB ou o Itamaraty detalhes sobre como, onde ou quando isso ocorrerá.

    Fonte: EBC