Categoria: Internacional

  • Na véspera do lançamento do Webb, astrônomos anunciam “Nova Terra”

    Na véspera do lançamento do Webb, astrônomos anunciam “Nova Terra”

    Este Natal pode entrar para a história como o início de uma era de descobertas inusitadas sobre o Universo. Esta é a expectativa de cientistas do mundo todo com a previsão de lançamento do Telescópio Espacial James Webb, na manhã deste sábado (25), da base de Korou, na Guiana Francesa.

    Considerado um supertelescópio, com tecnologia avançada e espelhos capazes de captar a radiação infravermelha, ele tem como objetivo entender o surgimento das primeiras galáxias e estruturas, como os misteriosos buracos negros.

    É a missão mais avançada desde o Telescópio Espacial Hubble, enviado ao espaço há mais de 30 anos, e que está prestes a descobrir novos mundos, estrelas e sistemas solares.

    Esta é a aposta do astrônomo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Dias do Nascimento. “O James Webb, que é o mais complexo telescópio espacial já construído e 100 vezes mais poderoso do que o Telescópio Espacial Hubble, contribuirá muito com o estudo da atmosfera dos exoplanetas no infravermelho. Isto abrirá uma nova janela para observar exoplanetas em comprimentos de onda que nunca foram vistos antes. Uma vez que moléculas da atmosfera dos exoplanetas têm o maior número de características espectrais neste comprimento de onda, isto nos ajudará na obtenção de novos insights sobre natureza destes mundos”, diz.

    O Telescópio James Webb é considerado uma ”lupa” capaz de olhar para o ”passado” do Universo, como propõe a missão em parceria das agências espaciais a americana Nasa, a europeia ESA e a do Canadá – CSA, e ampliar o entendimento sobre a formação de planetas diversos.

    Novas Terras

    Em paralelo a esta tecnologia que será lançada ao espaço neste sábado, outras técnicas têm sido empregadas em busca de exoplanetas, aqueles localizados fora do nosso sistema solar.

    É o caso das Microlentes Gravitacionais, técnica de observação que levou um grupo de astrônomos a localizar uma ”Nova Terra”. O planeta batizado de KMT-2020-BLG-0414Lb tem a mesma massa do nosso planeta, embora tenha temperaturas significativamente mais baixas, devido à distância da estrela que orbita – uma vez e meia a distância Terra-Sol.

    O estudo foi publicado recentemente na revista Research in Astronomy and Astrophysics.

    José Dias, que é um dos pesquisadores envolvidos na descoberta, diz que este é um planeta raro, com características que podem propiciar uma ”atmosfera fria o suficiente para compostos voláteis como água, amônia, metano, dióxido de carbono e monóxido de carbono condensado em grãos de gelo sólidos. Este é um passo fundamental na formação da sopa cósmica onde a vida foi cozinhada”, explica.

    Embora as similaridades com a Terra chamem a atenção, o pesquisador destaca que a descoberta é ”uma peça no quebra-cabeça antrópico, onde nossas observações do Universo são condicionadas pela própria exigência de formação, manutenção e existência da vida senciente. Nosso planeta possui uma cobertura oceânica maior que 70% e isto parece parte de um critério importante na seleção natural antrópica”, diz.

    Além do KMT-2020, também foi localizada neste sistema uma anã marrom, objeto muito grande para ser considerado um planeta (tem 17 vezes a massa de Júpiter), mas ainda pequeno para se enquadrar como estrela.

    A descoberta – com participação de pesquisadores coreanos – foi feita partir de observatórios localizados nos Estados Unidos, Brasil (Observatório Pico dos Dias/ MG), Austrália e África do Sul e em decorrência da pandemia as análises de dados também foram feitas de forma remota.

    Microlentes Gravitacionais

    A técnica de Microlentes Gravitacionais monitora mudanças no brilho de estrelas distantes, especialmente quando estão alinhadas.

    Segundo a pesquisa divulgada pela UFRN, a explicação é que ‘esse alinhamento faz com que a luz da fonte sofra um desvio do seu caminho original. “Esse desvio da luz gera um aumento do brilho da estrela do fundo e, se as duas estrelas possuem movimentos relativos, uma curva de luz característica é produzida. Se a estrela lente possui um planeta, os pesquisadores podem inferir a sua presença através da análise cuidadosa dessa curva de luz e determinar as frações de massa do sistema, assim como o semi-eixo maior aparente (a distância do planeta até a estrela).”

    Fonte: EBC

  • Proibido sorrir. Kim Jong-un proibiu demonstrações de felicidade por 11 dias na Coreia do Norte

    Proibido sorrir. Kim Jong-un proibiu demonstrações de felicidade por 11 dias na Coreia do Norte

    O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, proibiu qualquer manifestação de felicidade no país por 11 dias. Também vetou o consumo de bebidas alcoólicas e atividades de lazer no período de luto, em memória aos dez anos da morte do pai, Kim Jong-il.

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    De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, o ditador norte-coreano aparece em um vídeo impondo as restrições à população. Segundo o tabloide Daily Mail, “nas imagens transmitidas pela KCTV, Kim Jong-un foi visto curvando-se diante de um grande retrato de seu pai, de pé em uma plataforma com vista para o que pareciam ser milhares de pessoas no terreno do palácio”. As bandeiras também estão a meio mastro.

    A data exata da morte de Kim Jong-il é 17 de dezembro. Nesse dia, ainda segundo o The Guardian, as pessoas foram proibidas até mesmo de fazer compras.

    Por 11 dias, a população da Coreia do Norte está proibida de demonstrar qualquer ato público de felicidade. Não é permitida a comemoração nem do próprio aniversário. Atividades de lazer e consumo de bebidas alcoólicas também foram vetados.

    Fonte: Internacional R7

  • Fórum Econômico Mundial de 2022 é adiado em razão da variante Ômicron

    Fórum Econômico Mundial de 2022 é adiado em razão da variante Ômicron

    A próxima edição do Fórum Econômico Mundial, programada para acontecer entre 17 e 21 de janeiro de 2022, em Davos, na Suíça, foi adiada em razão da variante Ômicron, informou hoje (20) a organização do evento em comunicado.

    “Apesar dos estritos protocolos de saúde para a reunião, a transmissibilidade da Ômicron e seus impactos em viagens e mobilidade tornam o adiamento necessário”, informou a organização internacional.

    January’s planned Annual Meeting will be deferred to later in 2022 https://t.co/eUI8Ea4TeL

    — World Economic Forum (@wef) December 20, 2021

    A edição de 2021 do Fórum Econômico Mundial também foi cancelada em virtude da pandemia de covid-19.

    Segundo o comunicado, a data será remarcada para o período do verão que, no Hemisfério Norte, compreende os meses de junho, julho e agosto.

    Fonte: EBC

  • Museu do Amanhã apresenta a visitantes maior bioma tropical do mundo

    Museu do Amanhã apresenta a visitantes maior bioma tropical do mundo

    Quem visitar o Museu do Amanhã, na Praça Mauá, região portuária do Rio, poderá fazer uma viagem ao maior bioma tropical do mundo com a exposição temporária Fruturos – Tempos Amazônicos, em sete áreas, apresentando a biodiversidade em toda a sua extensão e o conhecimento presente na região. A mostra propõe novas descobertas na relação entre a floresta e o clima, mas chama atenção para a urgência da sua conservação. O passeio começa em um cenário com silhuetas de árvores inundadas pelas cheias. No teto, vê-se uma sucuri e um pirarucu, enquanto sons de seres aquáticos envolvem o visitante no ambiente amazônico. Também no começo da exposição, a atenção do visitante-viajante vai ser atraída por uma folha real de coccoloba, árvore regional, de cerca de 1,60 metro (m), uma das maiores folhas do mundo. Na sequência, o contato é com vários objetos usados por povos indígenas. Nas paredes, placas indicam a quantidade de idiomas falados na Amazônia. Como a exposição tem uma série de experiências interativas, ali o viajante vai poder ouvir o som de instrumentos indígenas ao se aproximar de cada um, entre eles um tambor e uma flauta. Em mais um esquema interativo, sentado ao redor da caracterização de uma sumaúma, considerada uma das maiores árvores da Amazônia, o visitante verá como vivem as comunidades que habitam a floresta, como os agricultores, os extrativistas e os ribeirinhos. A viagem continua por um balcão sinuoso que remete a um rio com três afluentes. Cada um deles representa um fator que coloca em risco a preservação do bioma. Um vídeo projetado no local mostra a expansão das pastagens e a construção de grandes obras de infraestrutura. A exposição reserva ainda um ambiente festivo que retrata a cultura local em diferentes aspectos. Ali, o visitante conhecerá as músicas e danças da região, a culinária, a produção literária e as roupas usadas em ocasiões especiais de festa, como a do povo Ashaninka e uma de apresentações de marabaixo. Poderá ver também um pedaço da corda do Círio de Nazaré. Para a criançada, a diversão está garantida também em pula-pulas em forma de vitória-régia, com a presença de um boto cor-de-rosa. Quase terminando o passeio, a projeção de vídeos traz depoimentos de habitantes da região e as suas perspectivas para o futuro. Em mais uma interação, a associação do potencial da bioeconomia com os saberes tradicionais e científicos surge com o Jogo do Pirarucu. Ainda na sala, o público verá uma estrutura que remete à Torre Atto, que tem 325 metros e é usada para o monitoramento de dados meteorológicos, químicos e biológicos. No fim, uma experiência com realidade virtual em uma pequena maloca o visitantes participa de um jogo em que precisa coletar uma série de produtos na floresta ao se tornar um avatar de um indígena.

    Preparação

    Segundo o curador da exposição e diretor de de Conhecimento e Criação do Museu do Amanhã, Leonardo Menezes, a mostra começou a ser trabalhada em 2017, quando tiveram início as viagens à região para retratar as diferentes dimensões atuais da Amazônia e quais são os cenários que se abrem para o futuro.

    “A exposição fala sobre os diferentes tempos que coexistem na Amazônia hoje e sobre como podemos criar um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico, baseado em três eixos: no conhecimento científico, nos saberes e práticas das populações tradicionais e no compromisso com a floresta em pé”, disse Menezes na cerimônia em que a exposição foi apresentada para ipara convidados. Para Menezes, o modelo de desenvolvimento nos últimos 50 anos não gerou riquezas, desmatou mais de 20% da floresta e não privilegiou os saberes tradicionais de pessoas que há milênios interagem com a floresta. “Pesquisas científicas revelam que territórios indígenas, por exemplo, têm as maiores taxas de conservação da biodiversidade”, afirmou, durante a cerimônia de apresentação da mostra para convidados.

    Objetos

    A exposição é a que tem o maior número de objetos da história do Museu do Amanhã a partir do reaproveitamento de peças de outras mostras que já passaram por lá, e a data da abertura coincide com o aniversário de seis anos deste importante espaço cultural da cidade. No passeio, o visitante vai ver que a mostra não está restrita ao Brasil, porque a Amazônia se espalha por oito países e um território e tem, atualmente, mais de 30 milhões de habitantes, milhares de espécies de plantas, o que a transforma em uma das regiões de maior biodiversidade do mundo.

    O objetivo da exposição é estimular o público a refletir sobre as possibilidades de se envolver em um modelo de desenvolvimento que conserve a floresta em pé, principalmente pela união entre ciência e saberes tradicionais. Por isso, vai receber estudantes. “Como é que essa pauta de Fruturos-Tempos Amazônicos chega na favela? Como ela chega para várias crianças e adolescentes que sofreram processo de evasão nas escolas? É sobre isso que a gente está pensando, quando fala em convivência. Como a gente faz essa discussão chegar aqui para os vizinhos do museu?”, questionou Luana Génot, consultora para Convivência da instituição.

    Para a indígena Vanda Ortega, da etnia Witoto, é preciso valorizar como os povos originários olham para a Amazônia. “A gente tem que falar das pessoas, porque são elas que mantêm a floresta de pé. É a partir do modo de vida dessas populações que vivem às margens dos rios e em seus territórios que ainda é possível contemplar o verde que se tem na região da Amazônia”, afirmou.

    O vice-presidente executivo de Relações Institucionais e Comunicação da Vale e presidente do Conselho do Instituto Cultural Vale, Luiz Eduardo Osorio, destacou que, quando se realiza uma exposição como esta, mantém-se um diálogo e se traz um olhar sobre a cultura da floresta, que tem riquezas culturais muito representativas da presença humana na região, mas também onde se convive com a devastação, que precisa ser combatida, e com o garimpo ilegal. “Nossas empresas precisam ser preservadas e as grandes empresas têm um papel fundamental nisso”, afirmou. O cientista Paulo Artaxo, que é o consultor científico chefe da exposição, aponta como maior destaque da mostra a integração entre o bioma amazônico, o clima, as populações tradicionais e os mais de 30 milhões de pessoas que moram na região. “A exposição mostra os conflitos, as áreas de equilíbrio que existem e, desse ponto de vista, integra todos os principais fatores que marcam o desenvolvimento da região amazônica.”

    Associação

    O diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IBG), que administra o Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, disse que a proposta de pensar o futuro, a partir da criação dessa instituição da prefeitura do Rio, espalhou-se pelo mundo e hoje está associada a diversos outros equipamentos culturais. “A Fundação em Amsterdam, que se chama Museum of Tomorrow International, coordena uma aliança de museus de ciência orientados para o futuro, como o Museu do Amanhã. É nisso que a gente vê a ideia genial do museu, ao falar do amanhã, que provocou inquietações em outros museus”, disse. A exposição Fruturos – Tempos Amazônicos é uma realização do Museu do Amanhã, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão, a Prefeitura do Rio, o Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), da Agência France Press, da Globo e da Agência Sapiens.

     

    Fonte: EBC

  • Líderes do Mercosul assinam declaração sobre integração digital

    Líderes do Mercosul assinam declaração sobre integração digital

    O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nesta sexta-feira (17) a íntegra da Declaração Presidencial sobre a Integração Digital no Mercosul. O documento foi aprovado durante a 59ª Cúpula de Chefes de Estado do bloco econômico, realizada durante a manhã de hoje por meio de videoconferência.

    No texto, os líderes regionais apontam o papel-chave dos governos na transformação digital, na expansão dos serviços digitais para a sociedade, no aumento da eficiência econômica, da inclusão social e da promoção do acesso à informação pública por parte das pessoas, trabalhando de modo proativo no desenvolvimento de políticas conjuntas visando a reverter as desigualdades regionais.

    Ao todo, a declaração contém 17 dispositivos. Um deles reconhece “a necessidade de promover a presença digital, com a adoção, a difusão e o uso efetivo das ferramentas digitais avançadas associadas à Indústria 4.0, para assegurar o desenvolvimento econômico, melhorar a produtividade e a competitividade empresarial, o empreendedorismo e a mudança estrutural, com ênfase nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), bem como a importância de contar com recursos humanos capacitados na área”.

    Em outro ponto, o documento enfatiza “a importância da utilização de tecnologias emergentes, especialmente a aplicação da inteligência artificial e da tecnologia de redes móveis e infraestruturas de conectividade, de forma convergente e interoperável, tendo em conta aspectos de equidade, transparência, responsabilidade, segurança, privacidade e não discriminação”.

    A declaração também faz menção à necessidade de estimular estratégias e o desenvolvimento de uma infraestrutura digital para a saúde, a educação, a pesquisa e a inovação, “com a devida interoperabilidade dos sistemas e a necessária normativa de privacidade e segurança da informação, para os atores envolvidos em cada ecossistema”.

    Além da Declaração Presidencial sobre Integração Digital, a Cúpula do Mercosul aprovou outras duas declarações, uma sobre recuperação pós-pandemia e outra sobre cooperação na área de segurança e defesa. 

    Fonte: EBC

  • Estados Unidos anunciam sanções ao PCC e organizações ligadas ao tráfico

    Estados Unidos anunciam sanções ao PCC e organizações ligadas ao tráfico

    Assolados por um recorde de mortes por overdose, os Estados Unidos reforçam seu arsenal contra o narcotráfico, apontando para 25 alvos em Brasil, China, México e Colômbia, agora que as redes de comando se tornaram difusas e os opioides sintéticos causam estragos.

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    Diante dos mais de 100 mil norte-americanos mortos de overdose entre abril de 2020 e abril de 2021, o presidente Joe Biden “toma medidas decisivas para detectar, desbaratar e reduzir o poder das organizações criminosas transnacionais e proteger o povo americano”, diz um documento transmitido por funcionários do governo.

    As medidas constam de dois decretos.Um deles estabelece um novo organismo, o Conselho dos Estados Unidos para o Crime Organizado (USCTOC, na sigla em inglês), que será integrado por representantes de diversos organismos governamentais.

    O outro impõe um regime de sanções mais amplas contra os atores internacionais do narcotráfico, que poderão ter congelados seus ativos nos Estados Unidos, ser impedidos de entrar no país e de realizar certas transações.

    Entre os sancionados estão pessoas que traficam fentanil e os precursores químicos necessários para produzi-lo, como metanfetaminas, cocaína e heroína, assim como organizações que Washington considera uma ameaça.

    Em virtude desse novo regime de sanções, o Departamento do Tesouro anunciou nesta quarta (15) 25 alvos (10 pessoas e 15 organizações) entre os quais estão alguns nomes novos, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), do Brasil, e os mexicanos Los Rojos e Guerreros Unidos, bem como quatro sociedades e um narcotraficante chineses. A medida também inclui 17 pessoas e entidades já sancionadas.

    PCC entre os sancionados

    O Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos grupos do crime organizado mais poderosos, negocia sobretudo com drogas, mas também está envolvido em lavagem de dinheiro, extorsão e homicídios por encomenda. Opera na América do Sul e suas redes chegam a Estados Unidos, Europa, África e Ásia, segundo Washington.

    “O PCC, uma das maiores redes de tráfico de cocaína do mundo, foi a entidade brasileira designada nesta ação. O PCC está envolvido principalmente no tráfico de drogas, mas também em lavagem de dinheiro, extorsão, assassinato por aluguel e cobrança de dívidas de drogas. Também atua fora do Brasil em toda a América do Sul e sua presença e rede financeira chega aos EUA, Europa, África e Ásia”, diz a nota do governo.

    Os Estados Unidos acusam Los Rojos, grupo surgido da Organização Beltrán Leyva (BLO), de cometer atos violentos e enviar drogas ao país.

    O Guerreros Unidos (GU), outro grupo cindido da BLO, colabora com a organização mexicana Cartel de Jalisco Nova Geração, com a qual compartilha redes e modo de transporte para fazer a droga chegar aos Estados Unidos e repatriar os lucros.

    Washington também aponta o chinês Chuen Fat Yip, acusado de comandar o tráfico de drogas sintéticas na China e nos Estados Unidos, e quatro empresas: Wuhan Yuancheng Gongchuang Technology, Shanghai Fast-Fine Chemicals, Hebei Huanhao Biotechnology e Hebei Atun Trading.

    “É muito simples, muitas das matérias-primas para a fabricação de opioides sintéticos vêm da China. E era importante transmitir uma mensagem forte”, explicou um alto funcionário do governo americano que pediu para manter sua identidade em sigilo.

    Entre os 17 já sancionados desde 1995 e 1999, aos quais também será aplicado o novo regime, estão: o Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG), o Cartel de Sinaloa, a Organização Beltrán Leyva, o Cartel do Golfo, o Cartel de Juárez, Los Zetas, La Familia Michoacana (LFM), Nemesio Oseguera Cervantes (aliás, El Mencho), Ismael Zambada García (El Mayo), Fausto Isidro Meza Flores (Chapito Isidro), Miguel Treviño Morales, Omar Treviño Morales e líderes da facção do Cartel de Sinaloa, como os irmãos Iván Archivaldo Guzmán Salazar (Chapito) e Jesús Alfredo Guzmán Salazar (El Alfredillo) e seu meio-irmão, Ovidio Guzmán López (El Ratón).

    Também estão incluídos os colombianos Clã do Golfo e Dairo Antonio Úsuga David (Otoniel).

    Washington dá atenção em particular aos opioides sintéticos, que “custaram a vida de dezenas de milhares de americanos e têm tido impacto negativo na economia dos Estados Unidos”, assegura um funcionário governamental que pediu o anonimato.

    O objetivo de Biden é modernizar a luta contra as organizações do narcotráfico para adaptá-la aos desafios do século 21.

    “No passado, essas organizações geralmente tinham estruturas mais hierárquicas no estilo da máfia, com líderes e cadeias de comando claramente identificados, mas se tornaram cada vez mais difusas e descentralizadas”, afirmam funcionários do governo.

    E as pessoas que facilitam suas atividades “frequentemente nem mesmo estão associadas informalmente com os líderes das redes do narcotráfico”, acrescentam.

    O tráfico de drogas hoje não depende mais de cultivos, nem requer grandes superfícies, mas se baseia em substâncias sintéticas e precursores químicos, e os cartéis operam de forma mais descentralizada, o que diminui a capacidade de punir os narcotraficantes, admite.

    As novas ferramentas apontam contra qualquer estrangeiro envolvido no narcotráfico, independentemente de estar ou não vinculado a um líder ou cartel, e contra todos os que conscientemente receberem bens derivados dessas atividades.

    A guerra contra as drogas é um tema recorrente nos Estados Unidos há décadas, com resultados desiguais diante de um negócio que movimenta bilhões de dólares.

     

     

    Fonte: R7

  • Primeira pessoa morre infectada pela variante Ômicron no Reino Unido

    Primeira pessoa morre infectada pela variante Ômicron no Reino Unido

    Ao menos um paciente morreu no Reino Unido depois de contrair a variante Ômicron do coronavírus, disse o primeiro-ministro Boris Johnson nesta segunda-feira (13).

    “Infelizmente, foi confirmado agora que ao menos um paciente morreu com Ômicron”, informou Johnson aos repórteres.

    “Então, acho que a ideia de que esta é, de alguma maneira, uma versão mais branda do vírus é algo que precisamos deixar de lado e, simplesmente, reconhecer o ritmo intenso com que ela se dissemina entre a população.”

    Johnson impôs restrições mais duras desde que os primeiros casos da Ômicron foram detectados no país em 27 de novembro e, nesse domingo (12), pediu às pessoas que recebam vacinas de reforço para evitar sobrecarregar o sistema de saúde.

    O secretário britânico da Saúde, Sajid Javid, disse que a Ômicron está se disseminando em um “ritmo fenomenal” e que, no momento, representa cerca de 40% das infecções em Londres.

    Fonte: EBC

  • Nasa e SpaceX lançam supertelescópio de raios-x para observar universo

    Nasa e SpaceX lançam supertelescópio de raios-x para observar universo

    A agência aeroespacial norte-americana Nasa lançou na quinta-feira (9) a missão exploradora de polarimetria de imagens raio-x (IXPE, na sigla em inglês). A missão é fruto de um esforço colaborativo com a agência espacial italiana ASI e outras 12 entidades internacionais.

    O objetivo da IXPE é observar a polarização de raios-x em supernovas, buracos-negros super massivos e objetos com alta emissão de energia espalhados pelo universo.

    O lançamento foi realizado a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. “Juntamente com nossos parceiros na Itália e no mundo, adicionamos um novo observatório à nossa frota que moldará nosso entendimento do universo nos próximos anos. Casa aeronave da Nasa é cuidadosamente escolhida para observações que permitirão novas ciências, e a IXPE nos mostrará o universo violento ao nosso redor como nunca pudemos ver”, afirmou Thomas Zurbuchen, administrador do diretório de Missões Científicas da Nasa.

    O foguete Falcon 9, da SpaceX, foi responsável por colocar a IXPE em órbita. O módulo carrega três telescópios especiais com detectores polarimétricos – propriedade que permite identificar detalhes no espectro de luz que podem revelar a origem da emissão eletromagnética. A IXPE é considerada sucessora de outros projetos de captura de polarização de raios-x, como o observatório Chandra, principal telescópio de raios-x da Nasa.

    Fonte: EBC

  • Biden e Putin conversam por duas horas sobre Ucrânia

    Biden e Putin conversam por duas horas sobre Ucrânia

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tiveram uma conversa virtual de duas horas sobre a Ucrânia e outras disputas, nesta terça-feira (7), em meio aos temores ocidentais de que a Rússia esteja prestes a invadir sua vizinha do sul.

    Imagens da televisão russa mostraram Biden e Putin se cumprimentando amistosamente no início do que se esperava ser uma conversa tensa. Biden disse a Putin que espera que o próximo encontro dos dois seja em pessoa.

    A Casa Branca emitiu um comunicado dizendo que a conversa havia começado, mas não exibiu nenhuma imagem da protegida “Sala de Situação” onde estava Biden.

    Os dois presidentes conversaram durante duas horas e um minuto, de acordo com a Casa Branca.

    O Kremlin disse esperar que os dois líderes consigam realizar uma cúpula presencial para debater o que descreve como o estado lamentável das relações EUA-Rússia, que estão em seu pior momento desde o fim da Guerra Fria.

    Antes da videoconferência, autoridades norte-americanas disseram que Biden diria a Putin que a Rússia e seus bancos poderiam ser atingidos pelas piores sanções econômicas até hoje se invadir a Ucrânia.

    Elas disseram que as sanções, que uma fonte disse poderem visar os maiores bancos da Rússia e sua capacidade de converter rublos em dólares e outras moedas, foram concebidas para dissuadir Putin de usar os milhares de soldados reunidos perto da fronteira com a Ucrânia para atacar.

    O Kremlin, que antes da reunião desta terça-feira disse não esperar nenhum avanço, disse que não tem intenções de atacar a Ucrânia e que o posicionamento dos soldados é puramente defensivo.

    Mas o governo russo expressa uma contrariedade crescente com a ajuda militar ocidental à Ucrânia, uma ex-República soviética que se inclina para o Ocidente desde que uma revolta popular derrubou um presidente pró-Rússia em 2014, e o que classifica como uma ampliação sorrateira da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

    Por sua vez, a Rússia expressa dúvidas sobre as intenções ucranianas e diz querer garantias de que a Ucrânia não usará a força para tentar retomar território perdido para separatistas apoiados pela Rússia, algo que o governo ucraniano descarta.

    “Estamos buscando relações boas, previsíveis com os Estados Unidos. A Rússia nunca pretendeu atacar ninguém, mas temos nossas preocupações e temos nossas linhas vermelhas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

    Pedindo que todos mantenham a “cabeça fria”, Peskov disse que é vital que Putin e Biden se falem, dado o que ele qualificou como uma escalada extraordinária de tensões na Europa.

    Líderes do Reino Unido, EUA, França, Alemanha e Itália fariam uma videoconferência às 15h (horário de Brasília) na esteira da conversa entre Biden e Putin, informaram a Casa Branca e o gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

    Fonte: EBC

  • Pandemias futuras podem ser mais mortais e contagiosas, diz cientista

    Pandemias futuras podem ser mais mortais e contagiosas, diz cientista

    A pesquisadora da vacina da Oxford-AstraZeneca, Sarah Gilbert, disse que “esta não será a última vez que um vírus ameaçará as nossas vidas e os meios de subsistência e pediu mais financiamento para que a ciência esteja melhor preparada. “Os avanços que fizemos e o conhecimento que adquirimos não devem ser perdidos”, afirmou.

    “Assim como investimos em forças armadas, serviços secretos e diplomacia para nos defendermos de guerras, devemos investir em pessoas, pesquisa, manufatura e instituições para nos defendermos de pandemias”, sustentou Sarah Gilbert, citada no jornal britânico The Guardian.

    No início de 2020, quando a covid-19 surgiu pela primeira vez na China e a doença se espalhou, Sarah Gilbert, professora de Vacinologia da Universidade de Oxford, e sua equipe criaram uma das vacinas contra o SARS-CoV-2.

    Atualmente, a cientista diz que a doença está longe do fim e que a variante Ômicron, altamente mutável, não deverá ser a última. Para ela, o próximo vírus pode ser pior. “Pode ser mais contagioso, ou mais letal, ou ambos”. 

    “Não podemos permitir uma situação como a que passamos e, depois, descobrimos que as enormes perdas econômicas que sofremos significam que ainda não há financiamento nos prepararmos para uma pandemia”, acrescentou. 

    “Os avanços que fizemos e o conhecimento que adquirimos não devem ser perdidos”, alerta a pesquisadora, chamando a atenção para a necessidade de continuar mantendo o investimento em ciência.

    As declarações foram divulgadas depois de o Reino Unido ter registrado, nesse domingo (5), 246 casos da variante Ômicron e quase 44 mil novas infecções diárias, com 54 mortes a cada dia.

    Foi descoberto, na variante Ômicron, que a proteína spike contém mutações já conhecidas, responsáveis por aumentar a transmissibilidade do vírus, disse Gilbert. “Mas há mudanças adicionais que podem significar que os anticorpos induzidos pelas vacinas, ou pela infecção com outras variantes, podem ser menos eficazes na prevenção da infecção pela Ômicron. Até sabermos mais, devemos ser cautelosos e tomar medidas para desacelerar a disseminação dessa nova cepa”.

    Mark Woolhouse, cientista que presta assessoria ao governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirma, citado pela BBC: “Se as tendências atuais aqui e na África do Sul continuarem nas próximas semanas e meses, a nova Ômicron poderá substituir a Delta como estirpe dominante no mundo”.

    No fim de semana, o governo britânico anunciou que quem viaja para o Reino Unido tem de fazer teste de covid-19 no local de partida. A Nigéria foi adicionada à lista vermelha dos países potenciais importadores de Ômicron, por estar associada aos novos casos da variante em território britânico.

    “Se a Ômicron está aqui no Reino Unido – e certamente está -, se há transmissão comunitária no Reino Unido – e certamente parece que sim -, então é essa transmissão comunitária que impulsionará a próxima onda”, disse Woolhouse.

    O cientista acrescenta que as novas restrições pecam por serem tardias e são muito tímidas, para fazer face a “uma onda potencial da variante no Reino Unido”.

    De acordo com o The Guardian, o grande percentual de novos casos, em geral, está relacionado a pacientes não vacinados. O líder trabalhista Keir Starmer, aproveitando essa informação, critica de forma veemente os que resistem à inoculação: “É frustrante e preocupante que os médicos estejam acompanhando muitas camas hospitalares, e os recursos do Serviço Nacional de Saúde estejam sendo usados por aqueles que optaram por não receber a vacina”.

    Fonte: EBC