Categoria: Internacional

  • Presidente se reúne com emir de Dubai

    Presidente se reúne com emir de Dubai

    O presidente Jair Bolsonaro se reuniu hoje (13) com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, que também é primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos.

    O encontro ocorreu após visita à Expo 2020 e logo em seguida ao desembarque do presidente em Dubai, por volta das 7h (horário de Brasília). Bolsonaro divulgou um vídeo do encontro em sua conta na rede social Facebook.

    De acordo com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente que o acompanha na viagem, o emir recebeu das mãos de Bolsonaro a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul que, segundo o Itamaraty, é a mais alta condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros.

    De acordo com a agenda oficial, Bolsonaro deve participar amanhã (14) de fórum com investidores e visita ao pavilhão da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) na Dubai Airshow, evento do setor aeroespacial, além de voltar ao pavilhão do Brasil na Expo 2020.

    O evento, que começou em outubro e tem duração de seis meses, é uma das maiores feiras internacionais do mundo, com a presença de delegações oficiais e representantes de empresas e do terceiro setor.

    Bolsonaro fica em Dubai até a próxima terça-feira (16), quando seguirá para uma rápida passagem pelo Bahrein e pelo Catar. Integram a comitiva presidencial os ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Carlos França, entre outras autoridades.

    Fonte: EBC

  • Ocidente condena Bielorrússia por desestabilizar fronteiras europeias

    Ocidente condena Bielorrússia por desestabilizar fronteiras europeias

    Os membros europeus e norte-americano do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaram, nessa quinta-feira (11), a “instrumentalização orquestrada de seres humanos” pela Bielorrússia, na fronteira com a Polônia,, para “desestabilizar a fronteira externa da União Europeia (UE)”. Apesar das ameaças do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, a Comissão Europeia prepara-se para aplicar novas sanções ao país.

    A tensão entre a UE e a Bielorrússia aumenta todos os dias desde a chegada, na última segunda-feira (8), de centenas de migrantes e refugiados à fronteira do país com a Polônia. A situação é considerada pelas delegações ocidentais do Conselho de Segurança da ONU uma “instrumentalização orquestrada de seres humanos cujas vidas e bem-estar foram colocados em perigo para fins políticos pela Bielorrússia” e para “desestabilizar a fronteira externa da União Europeia”.

    “Isso é prova de como o regime de Lukashenko se tornou uma ameaça à estabilidade regional. Apelamos às autoridades bielorrussas para que parem com essas ações desumanas e não coloquem em risco a vida das pessoas”.

    Rússia apoia Minsk

    A Comissão Europeia acusou o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, apoiado pelo presidente Vladimir Putin, da Rússia, de alimentar a crise há várias semanas, por meio da emissão de vistos para os migrantes e do transporte deles para a fronteira com a Polônia, limite da União Europeia, como forma de vingança pelas sanções impostas por Bruxelas. A declaração não menciona a Rússia, que tem apoiado a Bielorrússia desde o início da crise e que, antes da reunião, tinha negado as acusações ocidentais, assegurando que não estava envolvida com Minsk no envio de migrantes para a fronteira.

    Ontem, Lukashenko admitiu ter pedido à Rússia ajuda na vigilância da fronteira com a UE, para onde Moscou enviou bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear. As missões marcaram a segunda vez, em dois dias, que a Rússia enviou seus bombardeiros com capacidade nuclear à Bielorrússia. “Sim, são bombardeiros capazes de transportar armas nucleares. Não temos outra saída. Precisamos de saber o que fazem do lado de lá da fronteira”, afirmou Lukashenko durante reunião do Executivo.

    “[Moscou] enviou bombardeiros estratégicos escoltados pelos nossos caças. Os aparelhos vão sobrevoar as fronteiras com a Polônia, com os países bálticos, com todos os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e ainda com a Ucrânia.

    Moscou, que estendeu esta semana a presença de militares russos em território bielorrusso por 25 anos, apoia Minsk na crise migratória com a Polônia, que conta, por sua vez, com a ajuda europeia.

    A Rússia atendeu ao pedido e tem patrulhado os céus da Bielorrússia, alegando estar em suas obrigações como membro da aliança militar intergovernamental estabelecida pelo Tratado de Tashkent. No entanto, Moscou não fecha a porta ao diálogo com a UE e responsabiliza implicitamente o bloco pelas crises vividas nos países de origem dos migrantes que agora tentam entrar no espaço europeu.

    “A saída, obviamente, passa pelo diálogo”, afirmou Dmitry Polyansky, embaixador adjunto da Rússia na ONU, lembrando que “não é a primeira vez que a União Europeia enfrenta tempos de crise como este. Podemos citar os motivos pelos quais essas pessoas estão fugindo dos seus países, quem esteve por trás disso, que países destruíram os seus”.

    Pelo Twitter, a missão russa nas Nações Unidas acusa os líderes europeus de quererem retratar a Bielorrússia e a Rússia como “perpetradoras da crise” e de dualidade de critérios, quando a postura da UE em relação aos migrantes resgatados no Mediterrâneo “foi drasticamente diferente”.

    Gás

    Nesta sexta-feira, o governo russo assegurou que o fornecimento de gás para a Europa vai manter-se, apesar das ameaças de Minsk. O Kremlin garantiu que as entregas de gás russo à Europa não vão ser suspensas, apesar das ameaças bielorrussas de fechar as válvulas de um grande gasoduto que passa pelo país, caso a UE imponha mais sanções. A Rússia “é e continuará a ser um país que cumpre todas as suas obrigações de fornecer gás aos consumidores europeus”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.  

    * Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal  

     

     

    Fonte: EBC

  • Morre o ex-presidente da África do Sul Frederik de Klerk

    Morre o ex-presidente da África do Sul Frederik de Klerk

    O ex-presidente da África do Sul Frederik de Klerk, que libertou da prisão o ex-presidente Nelson Mandela – líder do movimento contra o apartheid – morreu nesta quinta-feira (11), aos 85 anos, de câncer de pulmão, em sua casa na Cidade do Cabo.  A informação foi divulgada pela Fundação FW Klerk. Ele dividiu com Mandela o Prêmio Nobel da Paz de 1993 pela luta contra a segregação racial no país.

    Em discurso feito no Parlamento da África do Sul, em 2 de fevereiro de 1990, de Klerk anunciou que aquele que viria a ser o primeiro presidente negro do país, Nelson Mandela, seria libertado da prisão após 27 anos de cativeiro.

    O anúncio agitou a nação, que durante décadas era desprezada e recebia sanções de grande parte da comunidade internacional pelo brutal sistema de discriminação racial conhecido como apartheid.

    Com o isolamento da África do Sul e a deterioração de sua economia, antes sólida, de Klerk, que tinha sido eleito presidente apenas cinco meses antes, anunciou no mesmo discurso a liberação do Congresso Nacional Africano (ANC) e de outros grupos políticos antiapartheid.

    Vários membros do Parlamento abandonaram nesse dia a câmara enquanto o presidente discursava.

    Nove dias mais tarde, Mandela foi libertado e quatro anos depois seria eleito o primeiro presidente negro do país, como resultado de os negros terem pela primeira vez exercido o direito de voto.

    De Klerk e Mandela receberam o Nobel da Paz em 1993 pela sua cooperação, muitas vezes intensa, no processo de afastamento da África do Sul do racismo institucionalizado e em direção à democracia

    Fator-chave na transição do país para a democracia, de Klerk chefiou o governo de minoria branca na África do Sul até 1994, quando o partido do Congresso Nacional Africano, de Nelson Mandela, assumiu o poder.

    Apesar de ter dividido o prêmio com Mandela, Frederik de Klerk foi criticado pela comunidade negra por sua incapacidade de conter a violência política nos anos turbulentos que antecederam as eleições de 1994.

    Muitos afrikaners brancos de direita, descendentes dos colonos holandeses e franceses que há muito governavam o país, viram-no como um traidor de suas causas de nacionalismo e supremacia branca.

    *Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

     

    Fonte: EBC

  • Observatório Amazônico disponibilizará base de dados de oito países

    Observatório Amazônico disponibilizará base de dados de oito países

    A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) lançou hoje (10) o Observatório Regional Amazônico (ORA), um centro de referência de informações sobre biodiversidade, recursos naturais, fauna, florestas e povos da Amazônia.

    A ideia é usar a estrutura para auxiliar no desenvolvimento de pesquisas e análises sobre recursos e sobre a sociodiversidade da região amazônica, de forma a contribuir para processos de formulação de políticas públicas e de tomada de decisões dos oito países integrantes da OTCA – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

    O observatório contém um acervo de dados tabulados, mapas, conteúdos georreferenciados, material multimídia, documentos oficiais, legislações e publicações acadêmicas oriundos de fontes oficiais de países-membros e de outras instituições que gerem informações sobre a Amazônia. O acesso à ferramenta é livre tanto em ambiente online como nas instalações físicas, localizada na sede da OCTA em Brasília. “O observatório já era um desejo desses países há 43 anos, diante da necessidade de se desenvolver um sistema e mecanismos de cooperação por meio de dados e informações”, diz a secretária-geral da OTCA, Alexandra Moreira.

    Segundo Alexandra, a iniciativa favorecerá a tomada de decisões para políticas públicas mais responsáveis e inteligentes. “Seremos ferramenta para políticas públicas para cada um dos países-membros. Esperamos desenvolver soluções inovadoras e escaláveis para a gestão dos recursos naturais”, afirmou.

    Entre as instituições brasileiras que compartilharão pelo menos 510 bases de dados está o Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro; o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

    O Equador disponibilizará bases de dados do Ministério do Ambiente, Água e Transição Ecológica. Já a Guiana enviará informações sobre exportação de espécies obtidas que serão disponibilizadas por meio da Comissão de Conservação e Gestão da Vida Silvestre . Também contribuirão com suas bases de dados o Ministério do Ambiente do Peru e o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana.

    De acordo com a OTCA, o observatório terá uma Sala de Situação, que abrigará a Rede Hidrológica Amazônica e a Rede de Monitoramento da Qualidade da Água, além de disponibilizar dados relativos a recursos hídricos e eventos críticos. As informações serão disseminadas por meio de uma plataforma tecnológica.

    A execução do observatório contou com o apoio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW). Segundo o diretor do banco no Brasil, Martin Schroeder, a iniciativa promoverá transparência na gestão de conhecimento.

    Melhorar o monitoramento da regulamentação do comércio internacional de plantas e de animais silvestres é um dos objetivos que Schroeder destacou na cerimônia de lançamento do observatório. A iniciativa visa ainda à implementação de um sistema licenciamento eletrônico para o comércio das espécies cobertas pelos acordos.

    O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, ressaltou a importância do observatório para a “conservação e manejo das florestas e da biodiversidade para povos indígenas e comunidades locais, na gestão de recursos e proteção de conhecimentos tradicionais; a gestão integrada e o uso sustentável de recursos hídricos de forma estratégica”.

    Fonte: EBC

  • Brasil pede mais ajuda internacional para preservar meio ambiente

    Brasil pede mais ajuda internacional para preservar meio ambiente

    O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse hoje (9), em Glasgow, na Escócia, que a proposta dos países ricos ajudarem as nações em desenvolvimento com US$ 100 bilhões anuais para financiar ações de preservação ambiental e de enfrentamento às mudanças climáticas tornou-se insuficiente diante da urgência do mundo transformar o atual modo de produção.

    “Acho que o desafio global é uma transição responsável na direção da neutralidade de carbono, de forma rápida, mas responsável. O que significa isto? Que nós precisaremos de mais recursos do que os US$ 100 bilhões anuais”, disse Leite ao participar de um evento do pavilhão brasileiro na Conferência Sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP26).

    Antes mesmo de o ministro Joaquim Leite chegar a Glasgow, onde desde a semana passada acontece a COP26, a delegação brasileira já tinha apresentado a representantes dos países que participam do evento uma proposta em defesa da ampliação, pelas principais economias mundiais, dos US$ 100 bilhões de ajuda, alegando que o valor fixado em 2009, e batizado de Fundo Verde, já não é suficiente.

    O ministro citou um estudo da Boston Consulting Group (BCG) segundo o qual o mundo precisará investir US$ 150 trilhões nos próximos 30 anos se quiser cumprir as metas do Acordo do Clima pactuado em Paris, em 2015, e, assim, conter o aquecimento global.

    Ou seja, US$ 5 trilhões anuais, pelas próximas três décadas, para transformar em realidade projetos que permitam a todos os países migrarem para um modelo econômico baseado no conceito de baixa emissão de gases de efeito estufa, dentre eles, o dióxido de carbono (CO²).

    “O papel do Brasil [na COP26] é tentar buscar um consenso multilateral para que a gente rume de uma forma justa para uma economia mais verde. O grande desafio é o financiamento, o incentivo [financeiro]. O desafio não é punir, proibir ou parar [o desenvolvimento econômico]. É acelerarmos na direção de uma nova economia verde. E como eu faço isto? Incentivando. Com inovação”, disse Leite antes de afirmar que, para o Brasil e outros países em desenvolvimento, será difícil custear as inovações necessárias sem o apoio financeiro das nações ricas.

    “O Brasil apoia claramente este movimento de que a solução para uma nova economia, neutra em emissões, está no incentivo, no empreendedorismo, no juro verde – que faça com que qualquer projeto fique de pé. E muitos projetos, em algumas regiões, ainda não têm esta capacidade de fazer esta transição que o mundo todo espera”, acrescentou o ministro antes de transmitir um “recado”.

    “O recado que eu gostaria de dar é: serão [mais] quatro dias de muita negociação [na Cop26]. Tenho a honra de representar o Brasil nestas negociações. Vamos defender os interesses do Brasil em primeiro lugar, mas buscando um consenso global para esta nova economia verde, na direção da neutralidade de carbono em 2050, conforme anunciamos nas nossas metas [brasileiras]. E os países, especialmente os mais ricos, têm que contribuir com recursos.”

    Urgência

    Além do ministro do Meio Ambiente, participaram do evento, transmitido em tempo real, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco; o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos; e o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade.

    Antes da fala de Leite, Andrade também já havia se referido à “mobilização de recursos financeiros internacionais para ações de combate às mudanças climáticas” como uma “medida de grande relevância para a indústria brasileira”.

    Contudo, o presidente da CNI se ateve aos US$ 100 bilhões já pactuados em 2009 e disse que, embora o acordo inicial estabelecesse que a verba deveria estar disponível a partir de 2020, países ricos ainda condicionam o aporte de recursos ao Fundo Verde à obrigação de países emergentes assumirem compromissos para reduzir as emissões e o desmatamento.

    “Estamos diante de um dos maiores desafios da humanidade. Por isto, os compromissos que estão sendo negociados nesta conferência precisam acelerar os avanços em direção à economia de baixo carbono […]. Nossa expectativa é que os países desenvolvidos se comprometam, efetivamente, com o plano que prevê a liberação de US$ 100 bilhões, por ano, para apoiar as ações destinadas a minimizar os impactos do aquecimento global nas nações menos favorecidas”, declarou Andrade, defendendo a autonomia de cada país definir suas prioridades.

    Rodrigo Pacheco/Glasgow Rodrigo Pacheco/Glasgow

    Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – Ministério do Meio Ambiente

    Já o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, fez questão de explicar que a cooperação global não deve ser vista como iniciativa filantrópica. “Isto não é uma contribuição altruísta ao país A ou B. Isto tem uma lógica e foi pactuado em conferências anteriores, ratificadas no Acordo de Paris”, comentou Pacheco.

    “Quando se fala na ajuda dos países desenvolvidos para países em desenvolvimento, há uma lógica. É o fato de que países que se industrializaram muito antecipadamente, desenvolvendo-se a base de investimentos fundamentais para a melhora da qualidade de vida de toda a humanidade, puderam cuidar, de forma legítima, dos seus interesses comerciais, econômicos e financeiros. Agora que chegamos a um ponto em que nos demos conta de que é fundamental que o desenvolvimento esteja pautado na contenção da emissão de poluentes e do desmatamento, todo o mundo, sem exceção, tem responsabilidade pelos lugares onde haja florestas que, para serem preservadas, precisam da contribuição de todos os países, sobretudo dos desenvolvidos, que se valeram antecipadamente do proveito das suas atividades econômicas com algum sacrifício ao meio ambiente”, disse Pacheco, defendendo “uma compensação dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento”, para que estes preservem seu meio ambiente.

    “Esta é a lógica. E não se trata de uma desculpa, de dizer que não cuidamos do desmatamento porque os países desenvolvidos não investem. Sabemos das nossas responsabilidades”, concluiu Pacheco.

    Fonte: EBC

  • OMS alerta sobre nova fase de covid-19 na Europa

    OMS alerta sobre nova fase de covid-19 na Europa

    O diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, afirmou que a batalha da Europa contra o novo coronavírus é uma “chamada de alerta” para o resto do mundo.

    “É muito importante refletir sobre o exemplo da Europa, que representou mais da metade dos casos globais na semana passada, mas essa tendência pode mudar” disse Ryan. “Basta olhar para a curva epidemiológica da montanha-russa para saber que, quando se desce a montanha, geralmente se está prestes a subir outra”, acrescentou.

    No início deste mês, o mundo ultrapassou 5 milhões de mortes desde o inicio da pandemia, marca que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamou de “novo limiar doloroso”.

    A circulação do vírus não cessou, e o aumento registrado de novas infeções dentro do território europeu demonstra a tendência: há uma nova onda de covid-19 a propagar-se. Com a aproximação do inverno, estação propícia à disseminação do SARS-CoV-2, a vigilância dos novos casos está na agenda dos governos europeus. Vários países estão se preparando para retomar as medidas restritivas aplicadas antes do verão.

    França

    A Europa voltou a ser o epicentro” da circulação do vírus, disse o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal. O presidente Emmanuel Macron determinou que seja dada a dose de reforço da vacina aos franceses, de acordo com a imprensa local. 

    Desde outubro, o país assinala um aumento das infecções, com taxa de incidência de 62 casos por 100 mil habitantes, acima do limite de alerta.

    O Parlamento aprovou definitivamente, na sexta-feira, a prorrogação do passe sanitário até 31 de julho. O prolongamento da validade do passe de saúde dependerá da campanha de vacinação de reforço

    Alemanha

    A Alemanha é outro país europeu a registrar um aumento de novos casos da doença.

    Em um esforço para conter a transmissão, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que todos os cidadãos no país serão elegíveis para a dose de reforço da vacina, logo que se passem seis meses da segunda dose.

    “A quarta onda da covid-19 no país está agora em pleno vigor”, afirmou Spahn em entrevista

    Nessa segunda-feira (8), a taxa de infecção diária de covid-19 na Alemanha subiu para 201,1 casos por 100 mil pessoas, a maior desde o início da pandemia.

    Leste Europeu

    A nova onda na Alemanha reflete um aumento de casos da variante Delta em toda a Europa, com a situação especialmente preocupante no leste do continente, onde a cobertura de vacinação é mais baixa.

    A Romênia e a Bulgária vacinaram totalmente apenas 40% e 27% dos adultos, respectivamente. As novas infeções também atingem níveis recordes na Rússia, Ucrânia e Grécia.

    Áustria

    Na Áustria, foi anunciado na última sexta-feira 5) que as pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19 serão impedidas de entrar em cafés, restaurantes e cabeleireiros. Qualquer evento com mais de 25 pessoas, a partir do final da próxima semana, passa a ser ilegal.

    É a resposta das autoridades  ao aumento de novas infecções para o nível mais alto em 2021.

    Dinamarca

    A Dinamarca propôs restaurar o uso do “passe corona” digital. O documento deverá ser apresentado pelos dinamarqueses para entrar em bares e restaurantes. A medida está sendo retomada para conter a terceira fase da pandemia de covid-19 que atinge o país.

    O número de infecções diárias aumentou de forma constante para 2.300 nos últimos dias, depois de, em setembro, registrar apenas cerca de 200 casos.

    A Islândia também reintroduziu máscaras e regras de distanciamento social após o aumento de casos.

    Reino Unido

    Desde o final do verão que o Reino Unido tem resistido à implementação de medidas como uso de máscaras ou passes de vacinas, que se tornaram a tendência em toda a Europa, apesar do grande aumento de infecções por covid-19 no país.

    O Reino Unido registrou mais 57 mortes em 28 dias e outros 32.322 novos casos de covid-19 , de acordo com os dados mais recentes do governo. Os dados representam queda nas infecções de 16,6% na semana passada, enquanto as mortes aumentaram 8,2%.

    O Reino Unido está “muito longe” de pensar num confinamento de inverno, disse um assessor do governo de Boris Johnson. Ele alertou, no entanto, que é vital que qualquer pessoa elegível receba sua vacina de reforço.

    *Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

     

    Fonte: EBC

  • Presidente de Portugal dissolve Parlamento e antecipa eleições

    Presidente de Portugal dissolve Parlamento e antecipa eleições

    O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, aprovou a dissolução do Parlamento e agendou as eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro de 2022.

    “Uma semana e um dia depois da rejeição do Orçamento para 2022, comunico que decidi dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para o dia 30 de janeiro de 2022”, afirmou o presidente, em pronunciamento ao país, no Palácio de Belém, em Lisboa.

    De acordo com a Constituição, as eleições legislativas antecipadas têm de ser realizadas nos 60 dias seguintes à dissolução do Parlamento – que só poderá ser decretada, portanto, a partir de 1º de dezembro.  O chefe de Estado defendeu que “em momentos como este existe sempre uma solução em democracia, sem dramatizações nem temores, faz parte da vida própria da democracia: devolver a palavra ao povo”.

    Sobre a escolha da data das eleições, Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que campanha eleitoral, bem como os debates audiovisuais que a devem anteceder” no Natal ou no Ano Novo são indesejáveis e podem ser meio caminho para um aumento da abstenção.

    “O sensato é apontar para debates e campanha, a começar em 2022, mas não em cima do Ano Novo, e ainda assim termos eleições em janeiro – como eu disse desde o primeiro momento -, compatibilizando rapidez com a devida atenção a um período sensível na vida das pessoas”, acrescentou.

    O presidente afirmou que, nos termos da Constituição, ouviu os partidos com representação parlamentar, o Conselho de Estado, que deu parecer favorável, por maioria, à dissolução do Parlamento, e analisou a situação econômica, social e financeira antes de fazer a comunicação ao país.

    Ao final da mensagem, disse aos portugueses  que confia em seu espírito democrático e bom senso para escolher aqueles que irão votar rapidamente o Orçamento.

    O Orçamento do Estado para 2022 foi derrubado na votação em 27 de outubro. O projeto teve votos a favor apenas da bancada do PS e abstenções do PAN e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

    * Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

    Fonte: EBC

  • Conheça os principais termos que serão usados durante a COP26

    Conheça os principais termos que serão usados durante a COP26

    Com a abertura da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) neste domingo (31), em Glasgow (Escócia), muitas palavras serão usadas pelos debatedores ao longo das reuniões. Um guia elaborado pela ONU News pretende ajudar a compreender estes termos e siglas durante as duas próximas semanas. O evento termina no dia 12 de novembro,

    COP 26 – Embora seja citada como Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o evento oficialmente chama-se Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (Unfccc), criada após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que foi realizada em 1992 no Rio de Janeiro. As reuniões ocorrem anualmente.

    ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: São 17 objetivos, entre eles, acesso à energia limpa, redução da pobreza e consumo responsável. Os ODSs fazem parte da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. 

    NDC – Contribuições Nacionalmente Determinadas: São as contribuições de cada país para reduzir a quantidade de gases de efeito estufa. A meta foi definida na COP21, realizada em 2015. 

    Emissão líquida zero – Países que aderiram ao Acordo de Paris, estabelecido em 2015, concordaram com a manutenção da temperatura global em 1,5ºC. Para que a medida seja cumprida, os países devem alcançar a neutralidade de carbono, ou seja, emissões zero líquidas nas próximas décadas. Dados recentes apontam o aquecimento entre 1,06 a 1,26ºC, nível acima das emissões pré-industriais (1850-1900). 

    ESG (Environmental, social and governance)  – Sigla que, em português, significa investimento ambiental, social e de governança.  A solução é utilizada por empresas que buscam mercado sustentável e economia global mais justa. 

    G20 – É o grupo dos 19 países com as maiores economias do mundo e a União Europeia. O grupo se reúne para discutir a economia global, mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável.

    A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) começou hoje (31)  e vai até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. O encontro deve reunir representantes de mais de 190 países, entre os quais, o Brasil.

    **Com informações da ONU News

    Fonte: EBC

  • Exposição na COP26 volta olhar sobre povos que habitam a Amazônia

    Exposição na COP26 volta olhar sobre povos que habitam a Amazônia

    A partir da próxima segunda-feira (1º) os participantes da Conferência do Clima (COP26) poderão conhecer um pouco mais das faces e cores que compõem a diversidade da Amazônia.  É que durante a conferência, mais precisamente no espaço Brazil Climate Hub  (que vai promover uma série de eventos ligados à pauta da justiça climática, políticas financeiras sustentáveis e à preservação da biodiversidade), estará em cartaz a exposição “Para quem está por vir”.

    Educação Escolar Indígena Educação Escolar Indígena

    Licenciatura Intercultural Indígena, por Nailana Thiely/ASCOM

    Com curadoria de Eduardo Carvalho e Vanessa Gabriel-Robinson, a mostra trará 13 fotografias que mostram a população negra, indígena, urbana e ribeirinha da Amazônia. Os fotógrafos amazonenses Bruno Kelly, Marcela Bonfim e Nailana Thielly são os responsáveis pelas imagens que são uma forma de ajudar o público a refletir sobre a importância de manter esse ecossistema vivo e minimizar os impactos de sua exploração.

    “A ideia principal era convidar artistas visuais contemporâneos da região e mostrar um outro olhar sobre a Amazônia. Um olhar jornalístico, local, em que as comunidades fossem protagonistas. Esses profissionais conhecem a realidade social, cultural e econômica de seus estados, e entendem a importância de retratar as comunidades considerando suas diferenças, sua diversidade, a maneira como se relacionam com seu ambiente.”, explica Vanessa, que também é natural da região.

    Amazônia humana

    “Decidimos evitar mostrar os problemas para mostrar a Amazônia humana”, disse Carvalho. Segundo ele, uma Amazônia urbana, indígena, preta, ribeirinha e feminina, que luta para preservar seus conhecimentos tradicionais, ao mesmo tempo que quer se beneficiar daquilo que a modernidade traz de positivo. “Uma Amazônia que tem voz e que quer ser ouvida. Que deseja transmitir para as futuras gerações – aqueles que ainda virão, como diz o nome da exposição – os segredos, as cosmogonias, as tradições, as relações com a natureza”.

    Para Vanessa embora a região figure em diversos debates ninguém realmente se atenta e dá voz aos povos que lá habitam – que ficam alheios a essas discussões ou até mesmo não têm espaço para promover seu trabalho, por exemplo. “Sem escutar essas pessoas, sem dar espaço para a arte produzida na região, a discussão sobre o futuro da Amazônia nunca será completa”, diz.

    A couple smiles from their house in the Nazaré community, district of Porto Velho, capital of Rondônia. Marcela Bonfim_2014.jpg A couple smiles from their house in the Nazaré community, district of Porto Velho, capital of Rondônia. Marcela Bonfim_2014.jpg

    Um casal sorri em casa na comunidade de Nazaré – Marcela Bonfim/Direitos reservados

    Fonte: EBC

  • Chanceler diz que busca resolver pendências em acordo Mercosul–UE

    Chanceler diz que busca resolver pendências em acordo Mercosul–UE

    O Itamaraty está trabalhando para resolver as pendências que impedem a formalização do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, disse hoje (26) o ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Segundo ele, a ampliação de acordos comerciais é uma prioridade do governo.

    O chanceler fez a declaração no lançamento da agenda legislativa da Frente Parlamentar do Comércio Internacional e Investimentos (FrenComex), no Palácio do Itamaraty. Assinado em 2019, o acordo Mercosul–UE precisa ser aprovado pelos parlamentos dos países dos dois blocos para entrar em vigor. No entanto, questões ambientais e climáticas têm travado as votações.

    “Os desafios são complexos, mas a diplomacia brasileira está e permanecerá atenta”, disse França. Segundo o ministro, o Oriente Médio e os países do sul e do leste asiático são prioridades do Brasil na busca de acordos comerciais.

    O ministro das Relações Exteriores defendeu a modernização do Estado brasileiro por meio do ingresso do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela agenda de privatizações. Na avaliação dele, existe espaço para que o Brasil diversifique as exportações, sem deixar de lado as commodities (bens primários com cotação internacional).

    “Há espaço para diversificação da pauta exportadora sem negligenciar nossa estratégia de exportação de commodities, ampliando exportação de serviços e bens industrializados”, comentou.

    Agressividade

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, também esteve presente ao evento e defendeu que o Brasil seja mais agressivo nas negociações comerciais, como a redução da tarifa externa comum do Mercosul e o afrouxamento das regras que permitem a cada país do bloco negociar individualmente acordos tarifários bilaterais.

    “Parabenizo [o chanceler Carlos] França por avançar na agenda de tornar o Itamaraty mais agressivo. Ele é o good guy [sujeito bom], eu sou o bad guy [sujeito mau]. Acho que o Itamaraty devia ter muito mais agressividade. Nos Estados Unidos, os embaixadores são quase homens de negócio”, disse Guedes. Ele pediu mais aproximação entre os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores.

    Eixos

    Ao lançar a agenda da FrenComex pelos próximos dois anos, o presidente da frente parlamentar, deputado federal Evair de Melo (PP-ES), disse que o Brasil está fortalecendo suas relações comerciais e que o país sairá “maior do que entrou” da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26). O encontro ocorrerá de 1º a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

    Em nota, a FrenComex informou que a agenda da frente parlamentar pelos próximos dois anos tem cinco eixos: facilitação do ambiente de negócios para o investidor estrangeiro, negociação e assinatura de acordos comerciais, melhoria da infraestrutura logística para exportação, simplificação e desburocratização das operações de comércio exterior e políticas de fomento à exportação.

    Fonte: EBC