Categoria: Internacional

  • Voos domésticos atingem 80% de nível pré-pandemia

    Voos domésticos atingem 80% de nível pré-pandemia

    Os voos domésticos já recuperaram 80% dos níveis de passageiros que havia antes da pandemia de covid-19 no Brasil, segundo o ministro do Turismo, Gilson Machado. Em entrevista à Agência Brasil, durante visita à Expo 2020 em Dubai, nos Emirados Árabes, Machado disse que a companhia aérea Azul já até superou seus números pré-pandemia.

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    “O hub de Recife, por exemplo, já está com 115% de fluxo aéreo. A gente vê também as reservas nos hotéis no final do ano, não tem mais hotel praticamente no Nordeste brasileiro, nos endereços de ecoturismo, no Natal Luz de Gramado e Canela”, afirmou o ministro.

    Os voos internacionais, no entanto, ainda estão longe da recuperação. De acordo com Machado, as ligações aéreas com o exterior movimentam atualmente apenas 30% dos passageiros de antes da covid-19.

    Gilson Machado chegou a Dubai com a mensagem de que pretende ampliar o número de turistas internacionais que viajam ao Brasil e aumentar os investimentos estrangeiros na infraestrutura de turismo do país. Ele acredita que depois da pandemia, muitos vão querer ter contato com a natureza, que seria um forte ativo brasileiro.

    Mas, para isso, seria preciso investir na promoção do Brasil no exterior. “Estamos lutando por recursos para isso, porque a briga pelo turista internacional é briga de cachorro grande. O turismo é dinheiro na veia da economia. A gente vê hoje um país como o México, que tem US$ 500 milhões para divulgar seu país lá fora. Por isso que o México recebe praticamente quase dez vezes mais turistas estrangeiros que o Brasil. Nós estamos lutando junto com o Congresso Nacional, para que a Embratur tenha mais recursos”, acrescentou.

    A meta é atingir um patamar de 12 milhões de visitantes internacionais, o dobro do recorde já registrado no país, que foi atingido em 2018, com 6,62 milhões. Nos dois anos anteriores, os números também ficaram próximos de 6,6 milhões. Em 2019, se esperava bater a marca de 7 milhões, devido à isenção de vistos para americanos, canadenses, japoneses e australianos.

    Segundo o ministro, no entanto, a crise econômica na Argentina, principal emissor de turistas para o Brasil, representando mais de um terço do total, frustrou as expectativas, e o Brasil recebeu apenas 6,35 milhões de visitantes internacionais.

    *O repórter Vitor Abdala e o fotógrafo Marcelo Camargo viajaram a convite da Apex-Brasil

    Fonte: EBC

  • Brasil quer negociar equipamentos de defesa com Emirados Árabes

    Brasil quer negociar equipamentos de defesa com Emirados Árabes

    O Brasil tem interesse em comercializar equipamentos de defesa com os Emirados Árabes Unidos. Em entrevista concedida hoje (3) à imprensa, em Dubai, o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, destacou que quer não apenas vender material para os árabes como também comprar deles.

    Ele participou da abertura do fórum de economia sustentável da Amazônia Emirados Árabes-Brasil, que reuniu empresários, investidores e autoridades governamentais dos dois países.

    “Temos um protocolo entre os dois ministérios da Defesa que tem que avançar. É uma grande oportunidade para ambos os países, porque ambos produzimos produtos nessa área, produtos de grande valor. Então é uma área em que temos que sentar e conversar mais, para avançarmos nisso.

    A ideia é, em quatro ou cinco anos, chegar à marca de US$ 5,6 bilhões na balança comercial entre os dois países, ou seja, o dobro do registrado em 2020. Entre as oportunidades para os Emirados Árabes está uma licitação para a compra de veículos blindados 8×8 que está em andamento no Brasil. Por outro lado, a indústria brasileira tem interesse em vender seus sistemas de lançamento múltiplo de foguetes.

    Outra meta do Brasil é conseguir vendas de jatos da Embraer para companhias aéreas da região, que tem um mercado consolidado de aviação civil. Apenas nos Emirados Árabes, há duas grandes companhias aéreas com grande presença internacional, a Emirates e a Etihad, além de outras como Flydubai e Air Arabia.

    “Existe uma expansão nessa região em termos do transporte aéreo. O próprio Brasil abriu nosso mercado de transporte aéreo para empresas estrangeiras, sem necessidade de ter um sócio brasileiro. Então, uma empresa que for se estabelecer no Brasil pode adquirir as aeronaves da Embraer. A Embraer também vai entrar nesse novo ramo do carro voador. É um amplo espaço que existe para haver um progresso”, afirmou o vice-presidente.

    Ele destacou, no entanto, que o mercado é muito competitivo com forte presença das gigantes Boeing e Airbus, além da competidora direta da Embraer, a Bombardier. “É uma disputa que não é simples. Temos que ter uma condução muito boa nisso, não só no nível diplomático e governamental, mas também no nível econômico e comercial. A associação do ente público com o ente privado no sentido de que a gente tenha uma força efetiva para poder competir num mercado onde duas grandes empresas procuram controlar o mercado”.

    Investimentos

    Mourão também aproveitou o encontro com empresários árabes para falar sobre oportunidades para investidores na Amazônia, tema que ele vem reforçando desde que chegou a Dubai, no último dia 30. Segundo ele, há, por exemplo, possibilidades de investimentos em infraestrutura de transportes e energia, não apenas na região amazônica, como em outros locais do país.

    “Há um bom espaço para investimentos. E um investimento que trará um bom dinheiro para quem colocar dinheiro lá. Eu sei que os Emirados Árabes têm fundos admiráveis, com grande capacidade de investir em todo o mundo”, disse ele, complementando que árabes já têm investidos no Brasil cerca de 10 bilhões de dólares.

    Energias alternativas

    Na coletiva de imprensa, o vice-presidente disse também que é preciso desburocratizar o marco energético brasileiro, para que se possa ampliar a geração de energia solar e eólica no país. “Ainda existe muita limitação para a questão da energia solar. Existem áreas no Brasil cuja vocação será a produção desse tipo de energia. No sertão nordestino, você pode criar ali fazendas de energia solar, onde a pessoa que possui aquela terra, que vive em uma condição extremamente limitada, terá ganhos para ele, para sua família e, ao mesmo tempo, vai ter produção de energia”, disse.

    Segundo ele, esse tipo de geração poderia complementar o fornecimento de energia para o país em momentos como que o Brasil está vivendo, de redução da produção hidrelétrica devido à escassez de chuvas.

    Fonte: EBC

  • Emirados Árabes querem atrair empresas alimentícias brasileiras

    Emirados Árabes querem atrair empresas alimentícias brasileiras

    Com uma terra majoritariamente composta por deserto, com pouca água e pouca terra cultivável, os Emirados Árabes Unidos têm uma preocupação especial com sua segurança alimentar. Mais de 80% dos alimentos consumidos no país são importados.

    Segundo a ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Mariam Almheiri, o Brasil, cuja principal pauta exportadora para a nação árabe são alimentos (em especial carne de frango), é um parceiro importante para garantir que não falte comida para o país.

    Mas os Emirados Árabes não vêem o Brasil apenas como um exportador de gêneros alimentícios. Durante abertura de encontro de empresários das duas nações, hoje (3) em Dubai, a ministra destacou que seu país pode ser atrativo para empresas brasileiras que queiram aí se estabelecer, devido à qualidade da infraestrutura de transportes e a proximidade com grandes mercados consumidores no Oriente Médio, Norte da África e subcontinente indiano.

    Ela citou a BRF como exemplo de empresa brasileira que estabeleceu uma planta industrial nos Emirados. “Produtores de alimentos brasileiros que queiram se estabelecer nos Emirados Árabes podem se beneficiar de leis recém-criadas que permitem 100% de propriedade estrangeira na produção de trigo, milho, cevada, legumes e cana-de-açúcar, alimentos básicos de que o país precisa”, disse a ministra.

    Agrotecnologia

    Mariam Almheiri também explicou que os Emirados Árabes têm interesse nas tecnologias agrícolas brasileiras. Segundo o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, que também participou do encontro em Dubai, a ministrou interesse pelo trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

    “Nós desenvolvemos uma tecnologia que transformou o cerrado brasileiro, uma terra que ninguém achava que ia produzir algo, no maior celeiro do Brasil hoje. Isso é o que a gente pode exportar para outros países. É onde a ministra gostaria que houvesse esse trabalho. Com a tecnologia que nós desenvolvemos, com o plantio direto, o não uso de determinados tipos de fertilizantes e sem danificar a terra, hoje no cerrado, em alguns lugares, conseguimos ter três safras por ano exatamente por causa dessa tecnologia. Nas nossas conversas com outros países, temos sido sempre enfáticos nessa questão, que estamos prontos para auxiliar e difundir isso aí”, disse.

    Empresários dos dois países se reuniram hoje no Hotel Conrad, em Dubai, em um fórum para discutir oportunidades de economia sustentável na região amazônica, com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

    *O repórter e o fotógrafo viajaram a convite da Apex-Brasil.

    Fonte: EBC

  • Projetos arquitetônicos são atração da Expo 2020, em Dubai

    Projetos arquitetônicos são atração da Expo 2020, em Dubai

    Um passeio pela Expo 2020, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, não é apenas uma volta ao mundo, já que 192 países estão representados com pavilhões, mas também uma oportunidade de fazer uma viagem pela arquitetura internacional.

    Nas várias entradas da exposição, os visitantes se deparam com portais colossais, com 21 metros de altura, feitos de treliças de fibra e resina de carbono, projetados pelo britânico Asif Khan, conhecido pelo Pavilhão Hyundai, conhecido como o prédio mais escuro do planeta Terra, na Coreia do Sul.

    São três portais, recebendo os visitantes na entrada de cada um dos três distritos: Sustentabilidade, Oportunidade e Mobilidade. Próximo a cada portal está o pavilhão principal de cada distrito.

    No caso da área da Sustentabilidade, o pavilhão é o Terra, projetado pelo escritório Grimshaw, no formato de uma imensa árvore com uma copa de 130 metros de diâmetro, coberta por placas de geração de energia solar. O pavilhão é cercado por 18 árvores em dimensão menor, também com painéis solares. São 4.912 painéis solares, que ajudam a gerar energia suficiente para carregar 900 mil telefones celulares.

    Outro pavilhão temática que chama atenção é o prédio do distrito Mobilidade, chamado de Alif, a primeira letra do alfabeto árabe. No formato de um imenso, spinner (aquele brinquedo de girar que foi febre há alguns anos), a edificação, projetada pelo escritório Foster + Partners, leva o visitante a refletir sobre conexões e horizontes que estão no núcleo do progresso humano.

    O último dos três pavilhões é o Mission Possible (em português, Missão Possível), da AGi Architects, que busca mostrar algumas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas para melhorar a qualidade de vida da humanidade, como acabar com a subnutrição e prover educação infantil e água de qualidade para as pessoas.

    No centro da Expo 2020, o símbolo da exposição, o domo de Al Wasl, um gigante de aço com 2.500 toneladas, com seus 67 metros de altura e 130 metros de diâmetro, projetados pelo escritório americano Adrian Smith + Gordon Gill.

    “Wasl” em árabe significa conexão é justamente o papel que o domo tem na exposição, o de conectar os três distritos. A estrutura dourada se transforma em uma tela de projeções em seu interior.

    Ao lado do domo, destaca-se ainda o pavilhão do país-sede, um enorme domo branco com estruturas que lembram penas de ave. Projetado por Santiago Calatrava, o edifício simboliza um falcão alçando voo.

    Há ainda dezenas de pavilhões, com estruturas monumentais e estruturas diferenciadas, como a fachada de vidro da Suíça, os blocos empilhados de Marrocos, o retângulo que se projeta do solo a 45 graus da Arábia Saudita ou a fachada dinâmica com quadrados em movimento da Coreia do Sul.

    Para os amantes da arquitetura, a Expo 2020 é, sem dúvida, uma experiência de encher os olhos.

    Fonte: EBC

  • Brasil precisa preservar ao menos 80% da Amazônia, diz vice-presidente

    Brasil precisa preservar ao menos 80% da Amazônia, diz vice-presidente

    O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse hoje (2) que o Brasil precisa garantir a preservação de pelo menos 80% da Amazônia, para mostrar à comunidade internacional seu compromisso com o bioma. Segundo ele, estima-se que cerca de 85% da floresta ainda mantêm vegetação natural, o que limita seu desmatamento a 5%, no máximo.

    “Para mostrar à comunidade internacional que não estamos desistindo da nossa responsabilidade, de que vamos trabalhar duro para manter a floresta, se formos levar em consideração um mero cálculo matemático, nós ainda temos 5% para desmatar, nada além disso. Dos outros 80%, as árvores não podem ser cortadas”, disse Mourão.

     

    A afirmação foi feita durante uma palestra, proferida em inglês, no pavilhão da Sustentabilidade, da Expo 2020, em Dubai. Ele também defendeu que o país seja pago, em créditos de carbono, pela preservação da floresta.

    Para o vice-presidente, o governo precisa garantir que as leis ambientais sejam cumpridas e que, para isso, é necessário fortalecer os órgãos de fiscalização do meio ambiente. “Agência ambientais do Brasil têm sofrido com pessoal insuficiente e cortes orçamentários, o que se traduziu em menos eficácia na luta contra corte de madeira ilegal e incêndios criminosos. Como parte do compromisso do governo federal em reconstruir a capacidade do Estado na Amazônia, o Ibama foi autorizado a contratar 500 novos servidores”.

    Segundo dados mostrados por Mourão, nos últimos 32 anos, os menores índices de desmatamento na Amazônia foram registrados em 2012. Entre 2018 e 2020, no entanto, as taxas cresceram. No ano passado, a taxa cresceu 7% em relação ao ano anterior, por exemplo.

    As maiores pressões ocorrem, segundo ele, em Rondônia, Mato Grosso e Pará. Ele destacou, no entanto, que os dados de agosto deste ano mostraram uma queda de 32% em relação ao mesmo período de 2020.

    Bioeconomia

    O vice-presidente voltou a destacar a necessidade de investimentos da iniciativa privada em projetos de desenvolvimento sustentável da Amazônia, a fim de que se possa evitar uma exploração predatória da região. “Governos têm a maior responsabilidade em proteger o meio ambiente nos nossos países. Mas o desenvolvimento sustentável, particularmente na Amazônia só vai ser bem-sucedido com uma maior participação do setor privado e outros atores”.

    Segundo ele, a bioeconomia, que seria o uso sustentável da biodiversidade, pode proporcionar negócios que combinam preservação ambiental, crescimento econômico e inclusão social. “Empresas, investidores, produtores e empreendedores devem liderar um novo ciclo de crescimento verde e inclusivo na Amazônia”, disse Mourão.

    Além de ter buscado mostrar à comunidade internacional a imagem de um Brasil que está empenhado em proteger a Amazônia, Mourão tem tentado, desde que chegou aos Emirados Árabes, divulgar a investidores internacionais que a região tem grande potencial para um uso econômico sustentável.

    A Amazônia foi citada em suas postagens em redes sociais, assim que chegou a Dubai. Ontem (1°), durante inauguração do Pavilhão do Brasil na Expo 2020, ele voltou a destacar a necessidade de atrair investimentos sustentáveis para a região.

    Amanhã (3), ele abrirá um fórum de sustentabilidade da Amazônia, com empresários do Brasil e dos Emirados Árabes.

    *O repórter e o fotógrafo Marcelo Camargo viajaram a convite da Apex-Brasil

    Fonte: EBC

  • Pavilhão brasileiro na Expo 2022 oferece refresco ao calor de Dubai

    Pavilhão brasileiro na Expo 2022 oferece refresco ao calor de Dubai

    Composto por um imenso espelho d’água sob uma estrutura de aço e lona branca, com música e sons da natureza, o Pavilhão do Brasil na Expo 2020 ofereceu refresco para quem buscava refúgio ao calor impiedoso de Dubai.

    Centenas de pessoas tiraram seus calçados e entraram no imenso lago, com profundidade suficiente apenas para molhar a parte baixa da canela.

    Alguns arregaçaram as bainhas de suas calças e vestidos. Outros, nem isso: encararam a água e saíram, satisfeitas, com as roupas molhadas.

    Como um Piscinão de Ramos no meio da aridez da Expo 2020, o lago brasileiro em Dubai é democrático. Aceita de crianças – que pulam, correm e até mergulham – a adultos com as sisudas vestimentas árabes.

    “Achei o pavilhão muito animado. E, nesse calor, colocar o pé na água é muito refrescante”, contou a brasileira Marlene Delaquis, que viajou com o marido suíço para Dubai especialmente para o evento.

    Segundo o diretor do pavilhão do Brasil, Raphael Nascimento, o espaço foi pensado para ser um local de reflexão, tranquilidade e brincadeira.

    “Espero que as crianças, principalmente, entrem no espelho d’água e se divirtam curtindo os sons do Brasil. À noite, o pavilhão se converte numa enorme tela de projeção. Cento e vinte e cinco projetores de alta definição vão converter o pavilhão em uma viagem pelo Brasil. Vamos convidar os visitantes para percorrerem nossos patrimônios históricos, nossas indústrias, nosso agro e tudo que o Brasil tem a oferecer pro mundo”.

    *O repórter e o fotógrafo Marcelo Camargo viajaram a convite da Apex-Brasil

    Fonte: EBC

  • Sob forte calor, Expo Dubai começa a receber visitantes nesta sexta

    Sob forte calor, Expo Dubai começa a receber visitantes nesta sexta

    Os portões da Expo 2020 foram abertos hoje (1°), às 9h (horário de Dubai), permitindo acesso de visitantes a esse que é o maior evento internacional com presença de público desde o início da pandemia de covid-19. A exposição mundial começou com o clima característico dos Emirados Árabes Unidos: muito calor.

    Já no início da manhã, os termômetros indicavam mais de 30 graus Celsius (°C). À tarde, com o sol a pino, a temperatura estava em torno de 40°C, com sensação térmica superior. Como o evento é realizado ao ar livre, o clima quente é algo com que os visitantes precisam se acostumar.

    Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países. Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países.

    Expo Dubai 2020 na manhã desta sexta-feira – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    As coberturas de lona que cobrem boa parte das alamedas da exposição garantem alguma proteção contra o sol, mas de forma alguma amenizam o calor. A filipina Ann Pedraza, que vive na cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, disse estar “pingando de suor”.

    “É divertido circular por aí, mas toda hora a gente tem que dar uma parada em algum pavilhão e ficar por uns 10 minutos, para resfriar um pouco o corpo”, disse a jovem.

    Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países. Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países.

    A feira é o maior evento do mundo com presença de público desde o início da pandemia de covid-19, em 2020 – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    O brasileiro Fabio Lucas Rizzo, que vive em Limeira, parou em Dubai com a família, depois de uma viagem às Maldivas. “A estrutura da exposição é fantástica. Não tinha ideia de como seria isso aqui. Há dois anos, estive em Dubai e vi as propagandas, mas não tinha ideia de que teria esse tamanho. O calor a gente está acostumado. E as sombrinhas no meio do caminho ajudam um pouco”, disse.

    Covid-19

    Uma das preocupações da exposição é com a covid-19, doença que provocou o adiamento do evento em um ano. Os visitantes precisam apresentar certificado de vacinação ou teste de detecção da doença com resultado negativo.

    “Como a gente vai voltar ao Brasil amanhã, a gente já fez um teste de covid. Mas também estamos vacinados e todas as vacinas do Brasil são aceitas aqui”, contou o brasileiro.

    Apesar do calor e das restrições em função da pandemia, muitos moradores locais e turistas se animaram para visitar a exposição. Como o espaço é amplo, com mais de 4 quilômetros quadrador (km²), é possível visitar o evento sem gerar aglomerações.

    Expo 2020

    Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países. Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países.

    Evento abriu para o público nesta sexta-feira – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    A Expo 2020 é uma exposição mundial para promover e debater alternativas e inovações tecnológicas, que os países participantes exibem para o mundo através de pavilhões. O pavilhão do Reino Unido, por exemplo, apresenta inovações em inteligência artificial e exploração espacial.

    Empresas também estão representadas, como a companhia aérea nacional de Dubai, Emirates, que exibe em seu pavilhão visões sobre o futuro da aviação, como cabines de aviões que trarão mais conforto para passageiros e motores que consumirão menos combustível.

    Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países. Expo Dubai 2020 é aberta com pavilhões de mais de 190 países.

    Evento tem duração de seis meses – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    O evento ocorre desde 1851 e, nos últimos 20 anos, a frequência tem sido a cada cinco anos. A última edição, em 2015, ocorreu em Milão e a próxima, em 2025, será no Japão. A Expo de Dubai foi uma exceção do calendário quinquenal justamente por causa da covid-19.

    Mais de 190 países, além de empresas e organizações internacionais, estão representados nos pavilhões da exposição, entre eles o Brasil. Com seu coração no domo de Al Wasl, que tem 67 metros de altura, a feira é dividida em três setores, que formam três pétalas ao redor do globo central.

    Cada setor se dedica a um tema: oportunidade, mobilidade e sustentabilidade. O pavilhão brasileiro está localizado no setor da sustentabilidade.

    Além dos pavilhões, estão previstas discussões acerca de temas relevantes para o futuro do planeta, como clima e biodiversidade, desenvolvimento urbano e rural, tolerância e inclusão, entre outros.

    Também estão previstas atrações culturais fora dos pavilhões, como um desfile colorido, ao estilo carnavalesco, com direito a pessoas fantasiadas, dançarinos e até um mini carro alegórico.

    *Repórter viajou a convite da Apex-Brasil

    Fonte: EBC

  • Países do G4 pedem reforma do Conselho de Segurança da ONU

    Países do G4 pedem reforma do Conselho de Segurança da ONU

    O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, se reuniu ontem (22) com os demais chanceleres dos países do G4, grupo formado por Alemanha, Brasil, Índia e Japão, durante a 76º sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Em comunicado conjunto, eles defenderam a urgência da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

    Para eles, as mudança no órgão podem torná-lo “mais legítimo, eficaz e representativo, ao refletir a realidade do mundo contemporâneo, incluindo países em desenvolvimento e os principais contribuintes”. O conselho é um importante órgão da ONU responsável pela segurança coletiva internacional.

    No biênio 2022-2023, o Brasil ocupará um assento não permanente na entidade, mas os países do G4 são candidatos a uma cadeira definitiva. Atualmente, o Conselho de Segurança é integrado apenas pelos Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China.

    De acordo com o comunicado, os ministros do G4 confirmaram o comprometimento de todos os chefes de Estado e governo em “injetar vida nova nas discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança” e celebraram, ainda, a prontidão do secretário-geral da ONU, António Guterres, em oferecer o apoio necessário à reforma. O documento de elementos, preparado pelas cofacilitadoras das Negociações Intergovernamentais, também apresentou avanços, com atribuições parciais das posições e propostas dos Estados-membros do conselho.

    A determinação do grupo, agora, é trabalhar para o lançamento, “sem delongas”, das negociações e de um documento único e consolidado, que servirá de base para projeto de resolução. “Os ministros decidiram intensificar o diálogo com todos os Estados-membros interessados, incluindo outros países e grupos alinhados à defesa da reforma do conselho, com o objetivo de buscar conjuntamente resultados concretos em um prazo determinado”, fiz o comunicado.

    Para os ministros do G4, a reforma do Conselho de Segurança da ONU deve acontecer por meio do aumento de ambas as categorias de assentos, permanentes e não-permanentes, “de modo a habilitar o conselho a lidar com a complexidade e os crescentes desafios à manutenção da paz e segurança internacionais, e assim, exercer seu papel de maneira mais efetiva”.

    Além de França, participaram da reunião, o ministro Federal do Exterior da Alemanha, Heiko Maas; o ministro dos Negócios Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar; e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Motegi Toshimitsu.

    Fonte: EBC

  • Portugal ainda não aceita certificado de vacinação do Brasil

    Portugal ainda não aceita certificado de vacinação do Brasil

    O embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, publicou um vídeo nas redes sociais para esclarecer que o governo português ainda não aceita o certificado de vacinação contra covid-19 emitido pelo governo brasileiro.

    Segundo o embaixador, todos os brasileiros que desejarem entrar em Portugal ainda necessitam apresentar teste PCR negativo que tenha sido realizado ao menos 72 horas antes do embarque ou teste de antígeno que tenha sido realizado com no mínimo 48 horas de antecedência ao voo.

    A regra foi estabelecida em 1º de setembro, quando o país europeu anunciou a abertura a brasileiros em viagens não essenciais.

    “No passado fim de semana, surgiram algumas notícias dizendo que Portugal reconhecia o certificado de vacinação covid emitido pelas autoridades brasileiras. Essas notícias não são totalmente corretas”, disse Ramos nesta terça (21).

    No sábado (18), um comunicado à imprensa do governo português informou que “passam a ser reconhecidos, em condições de reciprocidade e desde que cumpram determinados requisitos, os certificados de vacinação e de recuperação emitidos por países terceiros”.

    De acordo com o embaixador, Brasil e Portugal ainda não fecharam um acordo de reciprocidade para reconhecimento mútuo de seus certificados de vacinação.

    “Quando as negociações, que se estão a se desenvolver, entre as autoridades de saúde respectivas chegaram a um bom termo, então aí sim será possível reconhecer os certificados de vacinação”, disse Ramos.

    Mesmo que o certificado passe a ser aceito, o brasileiro que quiser entrar em Portugal sem apresentar teste negativo para covid-19 só poderá fazê-lo se tiver tomado alguma das vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). São elas: Janssen, AstraZeneca, Moderna e Pfizer.

    Fonte: EBC

  • Vulcão nas Ilhas Canárias poderia provocar tsunami no Brasil

    Vulcão nas Ilhas Canárias poderia provocar tsunami no Brasil

    Nós, brasileiros, aprendemos que fenômenos naturais como terremotos e vulcões não são motivo de preocupação. Mas esta semana trouxe uma notícia diferente. A atividade de um vulcão próximo à África teria capacidade de provocar efeitos na costa brasileira. O vulcão Cumbre Vieja, em La Palma – ilha que compõe o conjunto das Ilhas Canárias espanholas – têm o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira.

    O vulcão tem aumentado sua atividade sísmica nos últimos dias, o que chamou a atenção de especialistas. Segundo informou a empresa MetSul Meteorologia, o Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) elevou o nível de alerta de verde para amarelo.

    Essa alteração para o segundo dos quatro níveis existentes implica em uma ação preventiva diante do que é classificado como risco moderado de atividade vulcânica. Nesse caso, a população local deve ficar em alerta para uma nova mudança na situação. As Ilhas Canárias ficam localizadas a noroeste da África, próximas à costa do Marrocos e do Saara Ocidental.

    Chances remotas

    Para as atividades vulcânicas do Cumbre Vieja causarem impacto na costa brasileira seria necessário um grande colapso do vulcão. Se isso ocorresse, atingiria toda a costa brasileira, de norte a sul, bem como de outros países banhados pelo Oceano Atlântico. Essa possibilidade, no entanto, é considerada remota por especialistas.

    Um estudo do pesquisador norte-americano George Pararas-Carayannis, presidente da Tsunami Society International, afirmou que esse tipo de colapso é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada”. Além disso, ele afirmou que estudos recentes prevendo a geração de tsunamis a partir da erupção do Cumbre Vieja foram baseados em suposições incorretas.

    Pararas-Carayannis acrescentou em seu estudo que uma “atenção e publicidade inapropriadas da mídia a tais resultados probabilísticos têm criado uma ansiedade desnecessária de que megatsunamis poderiam ser iminentes e devastar populações costeiras em localidades distantes da origem – nos oceanos Atlântico e Pacífico”.

    Já o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná, afirma em estudo que, ainda que as chances sejam remotas, a população costeira do Brasil deveria ser conscientizada. “Estudos mais recentes dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas”, afirmou Reese em seu trabalho, também citado pela Metsul Meteorologia.

    O pesquisador brasileiro apontou a falta de cuidados preventivos na costa brasileira. Ele parte do princípio de que uma mera possibilidade de desastre já indica a necessidade de ações preliminares. “A possibilidade de ocorrência deste evento por si só deveria ser razão para a prevenção de todos os tipos de danos na costa brasileira, porém até o momento nada foi feito. A falta de informação é a principal causadora deste problema, pois inclusive no meio geológico muitas pessoas não sabem sobre tal fato”.

    Vulcões

    Um vulcão é uma estrutura geológica, em terra firme ou em alto-mar. Eles se formam a partir do choque de duas placas tectônicas, massas rochosas rígidas que formam a crosta terrestre e que deslizam sobre o manto – material subjacente de consistência plástica. Quando essas placas se chocam, uma mergulha sobre a outra, elas se fundem parcialmente e as rochas esquentam a mais de 1000 graus Celsius. Há o aumento de pressão e a crosta terrestre derretida sobe à superfície, formando vulcões e ilhas.

    Os vulcões típicos têm formato cônico e montanhoso, mas de proporções variáveis. Essa estrutura cônica, como uma chaminé, comunica uma câmara subterrânea profunda com a superfície. Nessa câmara fica armazenado o magma, uma massa de rocha fundida de alta temperatura, constituída em grande parte de silicatos (tipos de minerais), misturados com vapor de água e gás.

    A erupção começa com uma instabilidade no solo, acompanhada por tremores de terra. Formam-se fendas na região instável e consequente saída explosiva de gases, ejeção de água subterrânea e terra. A seguir, verifica-se a abertura e limpeza da chaminé e a expulsão de cinzas, blocos e bombas vulcânicas. Finalmente ocorre o derramamento de lava, que nada mais é do que o magma expelido à superfície e ainda em estado líquido.

    Fonte: EBC