Categoria: Itaipu

  • Capacitação sobre plantas medicinais reúne mais de 130 profissionais da saúde na Itaipu

    Capacitação sobre plantas medicinais reúne mais de 130 profissionais da saúde na Itaipu

    Mais de 130 profissionais da saúde de municípios do Paraná participaram, nesta sexta-feira (11), da aula inaugural do projeto Plantas medicinais – Territorialização da Política Nacional, no auditório do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV). A capacitação é uma das atividades do projeto que visa levar para a região de abrangência da Itaipu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), do Ministério da Saúde (MS). Após a aula presencial, os participantes continuarão os cursos de forma remota.

    O projeto é uma das ações do programa Itaipu Mais que Energia, em parceria com a Organização da Sociedade Civil Sustentec – Produtores Associados. Ele prevê o desenvolvimento das plantas medicinais, desde o cultivo e beneficiamento até a prescrição dos fitoterápicos por parte de profissionais de saúde, de preferência no Sistema Único de Saúde (SUS), e a sua utilização pela sociedade.

    “O objetivo é interiorizar a política para todos os municípios brasileiros. A gente sabe que em muitos estados há ações específicas no tema, mas não vemos algo tão disseminado e avançado como acontece aqui no Paraná. Isso ocorre, principalmente, pela parceria histórica com a Itaipu e seu investimento no desenvolvimento das plantas medicinais”, afirmou o assessor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Benilson Beloti Barreto.

    Segundo ele, o objetivo principal do programa é desenvolver local e regionalmente as plantas medicinais por meio da capacitação de profissionais da saúde e dos produtores, para “ter fitoterápicos com qualidade sendo distribuídos gratuitamente pelo SUS para todos os usuários.”

    O superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Wilson Zonin, explica que as plantas medicinais são um dos eixos de atuação do Itaipu Mais que Energia, que tem uma área de abrangência atingindo 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul.

    “Atendemos ao apelo do presidente Lula para expandir as ações de sustentabilidade da Itaipu”, comentou. “Este projeto articula com a agricultura familiar, a agroecologia, o setor produtivo, os sistemas de saúde e a população em geral, com foco no desenvolvimento das plantas medicinais e caminhando para o surgimento de uma bioeconomia.”

    Após a solenidade de abertura, foi ministrada uma palestra sobre os vinte anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica do SUS. Em seguida, aconteceu uma mesa redonda sobre a importância estratégica das plantas medicinais para a sustentabilidade. Jair Kotz, da Sustentec, apresentou o projeto Plantas Medicinais: Territorialização da Política Nacional e o Programa Mais que Energia. À tarde, foi feita uma apresentação geral do curso seguido por visita técnica.

    Plantas Medicinais

    A capacitação é voltada para profissionais de saúde responsáveis pela prescrição dos fitoterápicos, como médicos, enfermeiros, odontologistas, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas, nos municípios de abrangência de 11 Regionais de Saúde em três macrorregiões do Estado do Paraná. Serão ministradas aulas teóricas e práticas, presenciais e on-line, além de atividades de acompanhamento da evolução dos pacientes tratados com as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos.

    Outro eixo do projeto é voltado para os gestores públicos, para incentivar a criação de políticas públicas municipais e fazer o arranjo institucional para aquisição e disponibilização das plantas medicinais para atenção à saúde da população. Também há o eixo da validação, junto com universidades e pesquisadores, para embasar o uso dos fisioterápicos em produção científica, publicações de artigos e livros.

    O projeto está vinculado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o objetivo de garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas, independentemente da idade.

    Fonte: Assessoria

  • Obras na Avenida Tancredo Neves chegam ao trecho próximo ao viaduto da BR-277

    Obras na Avenida Tancredo Neves chegam ao trecho próximo ao viaduto da BR-277

    As obras de recapeamento da Avenida Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu (PR), feitas com recursos da Itaipu Binacional, chegaram nesta quinta-feira (10) na parte final da via, próximo ao viaduto da BR-277. Estão sendo feitos serviços de demolição de pavimento e início da concretagem. 

    Haverá demolição de asfalto para concretagem da via. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

    Além da faixa elevada em frente à Escola Municipal da Ponte da Amizade, será construído pavimento de concreto em um trecho vicinal de aproximadamente 120 metros que vai do Sesc Foz do Iguaçu até o contorno logo após a Avenida Araucária (sentido centro-bairro). 

    De acordo com a Divisão de Infraestrutura e Manutenção de Itaipu, responsável pela fiscalização das obras, a medida é necessária devido ao grande número de caminhões que saem da BR-277 e usam o segmento para fazer o contorno. 

    Para permitir o tráfego de veículos durante as obras, serão abertos contornos provisórios. A previsão é que os serviços no local se estendam por 30 dias, sendo 9 dias para a concretagem. 

    Itaipu recomenda aos motoristas, ciclistas e pedestres atenção redobrada. Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional.

    Como o trecho próximo ao viaduto é bastante movimentado, a Itaipu Binacional recomenda aos motoristas, ciclistas e pedestres que redobrem a atenção, reduzam a velocidade e obedeçam a sinalização, que será reforçada no local.

    Fonte: Assessoria

  • Feira de negócios conclui mais uma turma do Trilha Jovem

    Feira de negócios conclui mais uma turma do Trilha Jovem

    O Projeto Trilha Jovem, realizado pelo Instituto Polo Iguassu com apoio da Itaipu Binacional, promoveu nesta quarta-feira (8) a quarta edição da Feira Jovem de Negócios Iguassu. O evento reuniu diversas empresas, além dos 150 jovens de 16 a 24 anos que concluíram os seis meses de formação profissional proporcionada pelo projeto.

    Nos 59 estandes montados no Hotel Mabu, os formandos tiveram a oportunidade de se apresentar e tomar contato com empresas nas áreas em foram capacitados: turismo, comércio e eventos. “Com o Trilha Jovem a gente se desenvolve profissionalmente. O projeto nos incentiva a ter mais conhecimento para trabalhar”, disse Camila dos Santos, que acaba de concluir o Ensino Médio e planeja cursar a faculdade de Biologia. 

    Após os seis meses de estudos, ela e os demais formandos fizeram um estágio de três dias em empresas parceiras do projeto. Apesar de curto, o estágio proporciona uma vivência profissional valiosa para os jovens. Camila e os colegas Eduardo dos Santos e Matheus Maia, todos de 18 anos, estagiaram na Masterlab. 

    Eduardo dos Santos, Camila dos Santos e Matheus Maia

    “A gente pode aprender como é a estrutura da empresa, como é o processo dos exames desde a coleta até o laboratório, como os médicos trabalham”, afirmou Eduardo. “O curso e o estágio agregaram muito. Ensinou como se comportar, como fazer uma entrevista”, completou Matheus. 

    Para Maísa Vargas Dalvesco, representante da Masterlab, é gratificante participar do projeto e ver o crescimento dos jovens. “É muito interessante ver o resultado mesmo sendo um período curto. É o segundo ano que a gente participa e vê a diferença de como eles chegam e como saem da empresa”. 

    Para Ana Eloísa de Oliveira, de 16 anos, o Trilha Jovem “abriu a cabeça”. “Antes eu estava muito focada em me preparar para o curso de Medicina no Paraguai, mas vi que posso trabalhar e ajudar os meus pais a pagarem a faculdade”, contou Ana, que estagiou na Imobiliária Lar Ideal. 

    Já Giovanni dos Santos, 18, estagiou no Belmond Hotel das Cataratas. “Eu era muito tímido, muito fechado. Aprendi a me expressar melhor e a ter mais confiança”, disse Giovanni, que se surpreendeu com a diversidade de oportunidades ao tomar contato com as áreas internas do hotel, como alimentos e bebidas, serviços e atendimento aos hóspedes. 

    Ana Eloísa de Oliveira e Giovanni dos Santos

    Para Karla Amaral, presidente do Instituto Polo Iguassu, é significativo concluir o processo de formação e saber que o projeto está transformando a vida de mais 150 jovens de Foz do Iguaçu. “O corpo técnico do Polo Iguassu é excepcional e proporciona a esses jovens uma visão que não é comum nessa idade e isso acaba sendo um diferencial para eles”, disse Karla, destacando que o apoio da Itaipu, por meio do convênio com o instituto, é fundamental para a execução do projeto. 

    Karla Amaral

    Segundo a gerente da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social da Itaipu, Luciany Franco, o projeto Trilha Jovem já se consolidou como uma referência na formação de jovens. “É uma formação completa para o mercado de trabalho. Muitas pessoas que participaram hoje ocupam lugares de destaque no mercado de trabalho de Foz, inclusive na Itaipu, no Parquetec e outras empresas da região”, concluiu.

    Luciany Franco

    Os jovens que têm interesse em participar do projeto devem ficar atentos à divulgação do processo de seleção da próxima turma, que deverá ocorrer no mês de fevereiro de 2025.

    Fonte: Assessoria

  • Itaipu presta apoio a brasileiros repatriados do Líbano, em Foz do Iguaçu

    Itaipu presta apoio a brasileiros repatriados do Líbano, em Foz do Iguaçu

    Nesta segunda-feira (7), 57 brasileiros repatriados do Líbano, país afetado por conflito com Israel, chegaram ao aeroporto de Foz do Iguaçu (PR), onde foram recebidos por representantes de instituições árabes locais, do Ministério do Desenvolvimento Social, do Ministério da Saúde e da Itaipu. A Binacional disponibilizou vans para o transporte dos recém-chegados até a casas de familiares e outros locais de acolhida. 

    O grupo faz parte do primeiro contingente de 229 repatriados que chegou em São Paulo no domingo (6), em voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

    “Enquanto o conflito naquela região estiver ocorrendo, mais e mais compatriotas estarão buscando o repatriamento no Brasil, por isso nos colocamos à disposição para o apoio a estas pessoas”, declarou o diretor administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha. “Estaremos discutindo outras medidas de apoio no recém-criado Comitê Especial para Repatriação de Brasileiros no Líbano”, disse, referindo-se à reunião de poderes públicos e instituições para garantir segurança no retorno dos cidadãos descendentes de libaneses a Foz.

    Para o diretor de Assuntos Internacionais da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, Jihad Abu Ali, o apoio de Itaipu é fundamental em um momento como este. “Acionamos a empresa, que prontamente nos atendeu com as necessidades de logística, e estará ao nosso lado nesse período difícil. Há uma expectativa de que até 3 mil pessoas cheguem à cidade oriundas do Líbano nos próximos meses”, disse. “O presidente Lula estendeu a mão a estes compatriotas, e o mínimo que podemos fazer é apoiar esta iniciativa”.

    Amara Abbas esperava com os filhos, na área de desembarque do aeroporto, a chegada de vários familiares provenientes de Beirute. O reencontro aconteceu com grande emoção. “É difícil segurar as lágrimas em um momento como esse, mas estou muito feliz de poder receber de volta meu pai, minha irmã, meu cunhado e minhas sobrinhas”, disse. “Estavam construindo a vida, minha sobrinha tinha acabado de ser aprovada na faculdade, mas não era mais possível permanecer vivendo lá, por causa dos bombardeios. Agora é recomeçar”.

    Os voos da FAB seguem dando continuidade à operação de garantir a segurança e o retorno dos brasileiros que estão no país afetado pelo conflito.

    Fonte: Assessoria

  • Itaipu promove Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho

    Itaipu promove Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho

    A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) 2024 foi oficialmente aberta na Itaipu Binacional nesta terça-feira (8), reunindo autoridades e colaboradores(as) brasileiros(as) e paraguaios(as) para discutir a importância da segurança no ambiente laboral. O evento, que ocorre anualmente, visa promover uma cultura de prevenção e conscientização sobre práticas seguras nas atividades diárias da usina. 

    A manhã da abertura da Sipat iniciou com um café da manhã de confraternização e um show da banda paraguaia Punto Clave. Em seguida, o diretor administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha, que representou o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, destacou a importância de incorporar a segurança como uma rotina essencial na cultura organizacional. “Transformar a segurança em hábito é um investimento no bem-estar de todos e no sucesso a longo prazo da prevenção”, afirmou.

    Para o superintendente de Operação da margem paraguaia, o engenheiro Silver Guerrero, representando o diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, “a segurança laboral deve ser uma prioridade, não uma opção. Isso inclui desde o uso adequado de equipamentos de proteção pessoal até a correta sinalização e organização dos espaços de trabalho.”

    O presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Cláudio Neumann Júnior fez uma homenagem ao colega Henrique Gomes Ribeiro, que faleceu em agosto. Neumann ressaltou o legado deixado por Ribeiro em suas várias funções na empresa, especialmente na segurança do trabalho. “Ele foi um profissional exemplar e sempre esteve disponível para ajudar seus colegas”, disse. Os colegas aplaudiram de pé o ex-colega durante um minuto. 

    Neumann Júnior também lembrou que o foco da SIPAT é a qualidade de vida e segurança dos empregados, tanto fora como dentro da usina. “Na Itaipu, muitos entram jovens e passam toda a vida produtiva aqui. Portanto, cuidar da segurança e qualidade de vida, com foco na longevidade, é essencial para que, ao se aposentarem, tenham planos para conduzir suas vidas fora da empresa.”

    A nova longevidade

    As atividades da semana começaram na segunda-feira (7), com a Corrida da Integração em comemoração ao cinquentenário da Segurança Empresarial e com uma série de oficinas com temas como “Doenças crônicas: pequenas mudanças para viver mais” com o dr. Luiz Felipe Burschi; “Oficina culinária: descasque mais e desembale menos” com a nutricionista Cinthia Regane Correa; “As 4 estações da longevidade”, com a dra. Fernanda Cabral; “Mindfullness para o dia a dia”, com o psicólogo Giuliano Ginani e “Autocuidado e qualidade de vida”, com o dr. Léo Alves de Assis. 

    Na terça-feira, após a cerimônia de abertura, a palestra da manhã foi com Mercedes Argaña, acadêmica e pesquisadora paraguaia conhecida por seu trabalho na área de psicologia. Ela abordou o tema “Segurança e saúde ocupacional a partir do paradigma da nova longevidade: expectativas e desafios.”

    Argaña contou que os avanços da ciência na área do envelhecimento nos fazem repensar o que fazer com esse tempo extra na velhice. “A vida laboral termina depois da aposentadoria? Não. A realidade nos mostra que, após os 50 ou 60 anos, iniciamos novas etapas, projetos e carreiras, o que nos mantém ativos. Portanto, a gestão da saúde e segurança está intimamente ligada à gestão da idade, à valorização da diversidade e da multigeneracionalidade. É sobre a relação entre as gerações, onde todos aprendemos: os mais velhos com a vitalidade dos jovens, e os jovens com a experiência e trajetória de vida dos mais velhos.”

    A engenheira da Segurança do Trabalho Juliana Dobke Lettnin está há dois meses na empresa e destacou a importância da longevidade e da saúde laboral como tema central do evento. “É extremamente relevante e chama a atenção para a importância de cuidar da saúde e segurança no trabalho para garantir uma vida mais longa e plena.”

    As outras palestras, ao longo da semana, abordarão temas como disciplina operacional; orientações em saúde física e mental; preparação financeira para aposentadoria; resiliência; superação de desafios; prevenção ao assédio, entre outros. 

    Também estiveram presentes no evento o diretor técnico executivo, Renato Soares Sacramento; o diretor de Coordenação, Carlos Carboni; o diretor jurídico, Luiz Fernando Delazari; o diretor-superintendente da Fundação de Saúde Itaiguapy, administradora do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), Gilmar de Oliveira, e o vice-presidente da CIPA, Cesar Andres Farina Penayo. Pela margem paraguaia compareceram, o diretor executivo do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) do Paraguai, Carlos Mercado Rotela, e a presidente da CIPA do PTI-Paraguai, Grace Swan Veloso Notario.

    Fonte: Assessoria

  • Itaipu e Eletrobras visitam obras do projeto de revitalização do sistema HVDC

    Itaipu e Eletrobras visitam obras do projeto de revitalização do sistema HVDC

    O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, e o diretor técnico executivo da Itaipu Binacional, Renato Sacramento, acompanhados de gestores e equipes técnicas, visitaram na última sexta-feira (4), na Subestação de Foz do Iguaçu (PR), as obras da revitalização do sistema de transmissão em Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC, na sigla em inglês).

    O objetivo da visita foi conhecer as etapas do projeto e o avanço das obras, que começaram em janeiro de 2023 e tem previsão de entrega da primeira etapa para dezembro de 2024. Ainda na sexta-feira, Monteiro reuniu-se com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri. A Binacional é responsável pelos recursos financeiros do projeto.

    “Essa obra é importante porque vai garantir maior segurança energética e confiabilidade ao sistema elétrico brasileiro”, afirmou Verri, ao lembrar que o sistema HVDC é responsável por levar parte da energia de Itaipu aos principais centros consumidores do Brasil, especialmente do Sul e Sudeste.

    Ivan Monteiro disse que ficou satisfeito com o andamento dos trabalhos e destacou a colaboração entre as equipes técnicas de Itaipu, Eletrobras e da CET Brazil, empresa contratada para a implantação do projeto. Segundo ele, “isso é fundamental para que tenhamos essa implantação com maior sucesso, o mais rápido possível e com toda a segurança”.

    O presidente da Eletrobras também agradeceu a participação de Itaipu no empreendimento. “Não só pelo financiamento, que é muito importante, mas a colaboração em todo o projeto.”

    Ivan Monteiro e Enio Verri. Foto: Sara Cheida/Itaipu.

    De acordo com Renato Sacramento, um dos principais objetivos da Itaipu ao participar do empreendimento é garantir maior modicidade tarifária ao consumidor brasileiro. Ele mencionou que o HVDC é dedicado à Itaipu e o consumidor já paga uma tarifa para remunerar o sistema. “A participação de Itaipu no projeto permite que o sistema seja revitalizado e esse novo custo não seja repassado para o consumidor final.”

    O diretor também elogiou o ritmo dos trabalhos, inclusive com a antecipação de algumas etapas. “Isso garante que nós teremos o projeto em pleno funcionamento dentro dos prazos previstos, aumentando a confiabilidade do sistema brasileiro. Especialmente nesse momento que a geração de Itaipu é muito importante para o atendimento da demanda nos horários de pico”, pontuou.

    Também participaram da visita técnica o vice-presidente de Engenharia e Expansão da Eletrobras, Robson Campos, a diretora de engenharia de Transmissão, Luciana Martins, e o diretor de produção sudeste, Francisco Arteiro.

    Sobre o HVDC

    O sistema HVDC tem aproximadamente 800 km e conecta as subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna (SP). Ele é responsável pela transmissão da energia produzida pela Itaipu em 50Hz (frequência utilizada no Paraguai) e que não é consumida pelo país vizinho.

    A revitalização é resultado do convênio firmado entre Itaipu e Eletrobras e prevê o investimento de R$ 2 bilhões. É a primeira obra de grande porte no sistema desde o início da operação, há 39 anos. O cronograma prevê trabalhos até 2026, além da operação assistida, de 2027 a 2029. Inclui a substituição dos principais componentes do Bipolo 1, nas subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna, além dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2.

    Dentre os equipamentos a serem trocados estão válvulas, sistemas de resfriamento, buchas de parede, sistema de medição, para-raios, seccionadoras, disjuntores, filtros e reatores.

    Na visita de sexta-feira, os técnicos acompanharam os trabalhos no Conversor 4, que sofreu um incêndio em abril de 2023 e por isso teve a revitalização priorizada. No local, já foi concluída a entrega de válvulas e do revestimento.

    O gestor do convênio pela Itaipu, Dicésar Vidal Donato, chefe da Assessoria de Planejamento e Coordenação da Diretoria Técnica (PC.TE), explicou que, além do aporte financeiro, a empresa acompanha a execução do projeto e a aplicação dos recursos para a correta prestação de contas. “A interação das equipes, agora no início do convênio, é muito grande e a experiência tem sido muito positiva”, afirmou.

    Fonte: Assessoria

  • Audiência pública apresenta edital de licitação de obras da Unila

    Audiência pública apresenta edital de licitação de obras da Unila

    O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), organismo da ONU especializado em infraestrutura, convida empresas, consórcios e demais interessados a participar da audiência pública de apresentação do edital de licitação da retomada das obras do novo campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
    A audiência será presencial, no dia 16 de outubro, às 14h, na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), e os interessados deverão fazer sua inscrição através do formulário. As vagas para participação serão limitadas à capacidade do local.
    Os técnicos do UNOPS farão uma apresentação do projeto e dos principais requisitos e critérios do edital, que será lançado no final do mês de novembro deste ano. Ao final da apresentação técnica acontecerá uma sessão de esclarecimentos e as empresas presentes poderão fazer uma visita guiada à obra.
    O edital de licitação, que tem valor estimado em R$600 milhões, abrange a finalização da primeira fase do projeto elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e contempla os edifícios do restaurante universitário e biblioteca, o prédio administrativo, o edifício de salas de aula, as vias de acesso e conexão com a via pública, e uma central de utilidades.
    Fotos da estrutura atual estão disponíveis no Flickr do Campus Arandu através do link.
    O projeto
    O UNOPS tem um acordo de cooperação técnica com a Itaipu Binacional para a execução do projeto de retomada das obras do novo campus da Unila. Um dos últimos projetos elaborados por Oscar Niemeyer, a obra possui grande valor simbólico para a cidade e região.
    O projeto original do novo campus é composto por uma estrutura de seis prédios no total. No entanto, nesta fase 1 do edital de licitação serão contempladas apenas as etapas de finalização da construção das três edificações que já haviam sido iniciados em 2010 e que tiveram suas obras interrompidas em 2014.
    Ao longo de 2024, o UNOPS vem realizando a revisão e atualização dos projetos de arquitetura e engenharia conforme as normativas técnicas vigentes. Também foi realizado o diagnóstico construtivo das edificações, que atestou as condições de conservação da estrutura atual.  
    O UNOPS
    O UNOPS é o organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, gestão de projetos e compras sustentáveis. No Brasil, o UNOPS existe há 10 anos com forte atuação em projetos de infraestrutura de saúde.

    Fonte: Assessoria

  • Com remadas e flores, Itaipu abre a programação do Outubro Rosa

    Com remadas e flores, Itaipu abre a programação do Outubro Rosa

    A equipe de canoagem Meninas do Lago Imel abriu a programação oficial do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, nesta quinta-feira (3), no Parque da Piracema, na Itaipu. Um evento especial foi preparado para a ocasião, com entrega de flores, remadas e boa música.
    Além da diretoria de Itaipu, estavam presentes a secretária executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, representantes e alunos de entidades de canoagem e outros convidados(as). 
    De remada em remada, a equipe de canoagem Meninas do Lago Imel se tornou símbolo de superação e de motivação na luta pela prevenção e tratamento do câncer. Elas são uma referência para muitas mulheres e homens que, a exemplo delas, passaram, estão passando ou venceram a doença.
     
    O Outubro Rosa é uma campanha mundial realizada anualmente no mês de outubro. A campanha busca a conscientização das mulheres sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
    Por iniciativa da do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão da Itaipu, o Outubro Rosa vai ser integrado também às ações da empresa na campanha Novembro Azul, mês de combate ao câncer de próstata. Incentivar o cuidado à saúde é uma premissa da usina de Itaipu.
    Integração
    “A nossa empresa, até pela sua característica, tem um corpo funcional amplamente masculino. Preocupados com a equidade de gênero e igualdade entre os homens e mulheres, entendemos que unir os dois eventos fortalece esse debate, que é muito necessário na sociedade, não só agora, mas de forma permanente”, enfatizou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.
    A secretária executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, que já trabalhou no Programa de Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu, parabenizou a programação. “Estou muito feliz com a retomada dos programas sociais da usina. Durante muito tempo, Itaipu apoiou todo tipo de projeto voltado para as mulheres, o que foi reforçado nessa atual gestão.”
    Para ela, o Outubro Rosa é extremamente importante para incentivar as mulheres a fazerem exames de prevenção, “porque sabemos, hoje, que se você esperar um pouquinho, às vezes pode ser tarde demais. Então, prevenir é a melhor decisão”.
    Ainda segundo a secretária, “estar hoje comemorando com essas mulheres que venceram o câncer, neste evento lindo, com todo esse simbolismo (com músicas e entrega de flores para os participantes), mostra a importância de você estar se integralizando e deixando todo o processo de penalização que você passou para trás”.
    Remadoras rosas
    A equipe de remadoras do Imel foi criada em 2020, com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida de mulheres curadas ou em tratamento de câncer, por meio da canoagem. Hoje, a equipe conta com cerca de 40 mulheres.
     
     
    Além do esporte, a equipe tornou-se importante ferramenta para a melhoria da saúde mental das participantes e protagonistas do ativismo em prol da conscientização para o diagnóstico precoce e tratamento de qualidade.
    Reconhecidas nacionalmente pelo trabalho que realizam, elas têm conseguido mudar histórias de mais mulheres que recebem o diagnóstico de câncer de mama e de várias outras, incentivando a prevenção.
    O trabalho não visa apenas o público feminino, afinal, os homens também são vítimas, não só como pacientes, mas como filhos, maridos, irmãos, amigos e pais de mulheres diagnosticadas.
    Representando as remadoras rosas, Márcia Denise Iuliano Souza falou que o desejo da equipe de canoagem Meninas do Lago é levar uma mensagem de otimismo e de autocuidado para outras pessoas acometidas pelo câncer de mama. “É preciso cuidar da saúde física e mental”, destacou.
    Metamorfose
    Segundo a remadora Vanessa Awad, a vida após o câncer, é dolorosa. “Mas eu me comparo muito com a metamorfose da borboleta. É como se estivéssemos num casulo. Para se transformar em borboleta, a lagarta sente dor. É um processo parecido, para quem passou pelo câncer. Depois que a gente se cura, podemos ser uma borboleta ainda mais linda.”
     
    Vanessa Awad.
    Além do diretor-geral brasileiro de Itaipu e da secretária executiva do Ministério das Mulheres, participaram do evento o diretor de Coordenação, Carlos Carboni, o diretor técnico executivo, Renato Sacramento, e o diretor administrativo, Iggor Gomes da Rocha, entre outros convidados.

    Fonte: Assessoria

  • Itaipu participa do lançamento da iniciativa Cozinhas Solidárias Sustentáveis

    Itaipu participa do lançamento da iniciativa Cozinhas Solidárias Sustentáveis

    Autoridades do Governo Federal e a Itaipu Binacional assinaram, nessa quarta-feira (2), um protocolo de intenções da iniciativa Cozinhas Solidárias Sustentáveis, que prevê o fornecimento de equipamentos de “cocção limpa” para o preparo de refeições e a instalação de biodigestores. Os equipamentos transformarão resíduos orgânicos em biogás, que será utilizado para o cozimento dos alimentos, promovendo, assim, um ciclo de aproveitamento sustentável.
    O evento foi realizado em paralelo ao encontro do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, em Foz do Iguaçu (PR), e teve a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; a ministra da Mulher, Cida Gonçalves; o presidente e CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), Evandro Gussi; o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, e demais diretores de ambas as margens da Binacional. 
    A iniciativa foi criada no âmbito do Programa Cozinha Solidária, do Governo Federal, a partir de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Secretaria Geral da Presidência. A ação, que está vinculada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 da ONU – energia limpa e acessível e ao ODS 2 – fome zero e agricultura sustentável, tem o apoio da Itaipu Binacional.
    “Este projeto é extremamente importante, pois trata de um assunto que é pauta do G20 nesta semana: a transição energética. O índice de mulheres que se ferem por falta de dinheiro para controlar o gás é altíssimo, e isso não aparece nas estatísticas. A existência do projeto da economia solidária é crucial para a socialização do alimento. Começaremos com sete cozinhas, que servirão como protótipos, mas pretendemos chegar a 100 cozinhas. A Itaipu assume essa missão como uma obrigação, determinada pelo presidente Lula”, afirmou Verri. 
     
     
    O ministro de Estado de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a convergência entre o setor público e privado que defende a coletividade e a sociedade. “É fundamental reconhecer que a verdadeira transformação social exige um diagnóstico preciso das desigualdades que persistem em nossa sociedade, e que somente através da colaboração e da implementação de políticas públicas inclusivas podemos construir um futuro mais justo e solidário”, explicou.
     
    Andréa Elias de Sousa Alves, representante da Cozinha Solidária Sol Nascente, do Distrito Federal, comentou sobre a importância do projeto na vida de muitas mulheres. “As cozinhas solidárias têm o poder de transformar vidas, livrando mulheres da miséria e do suicídio e ensinando-as sobre seu valor e direitos. Este projeto não é apenas sobre se alimentar; é sobre educação, solidariedade e empoderamento, mostrando que as mulheres brasileiras são capazes de ocupar muitos lugares na sociedade.”
     
    O projeto prioriza cozinhas chefiadas por mulheres, em especial mulheres negras, e que precisem de suporte e apoio. As sete unidades selecionadas para receber os biodigestores foram escolhidas levando em consideração a capacidade de oferta de refeições e espaço para instalação do biodigestor. 
     
    – Cozinha Solidária Paz e Bem, em Fortaleza (CE);
    – Cozinha Solidária Sol Nascente, em Brasília (DF);
    – Cozinha Solidária Padre Orestes, em São Leopoldo (RS);
    – Cozinha Solidária Dandara Resiste, no Rio de Janeiro (RJ);
    – Cozinha Solidária AMD (Associação Moradia Digna), em Boa Vista (RR);
    – Cozinha Popular Solidária Mãos de Mulheres, em Ananindeua (PA);
    – Casa de Acolhida Filhos Prediletos, em Foz do Iguaçu (PR). 
     
    A iniciativa Cozinha Solidária Sustentável também irá instalar placas solares nas unidades apoiadas, para garantir a produção de energia elétrica.
     
    Protocolo de intenções
    Durante o ato de lançamento da iniciativa, foi assinado um Protocolo de Intenções para implementação de estruturas que promovam a sustentabilidade do ciclo de produção de alimentos e a equidade de gênero. Assinaram o documento o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; a ministra substituta da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort e, pela Itaipu Binacional, o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, e o diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún. Maria Alves Ferraz de Matos, da cozinha solidária do Movimento dos(as) Trabalhadores(as) Sem-Teto (MTST) foi convidada como testemunha do ato da assinatura.
     
     
    Contexto e objetivos
    Mais de 2,3 bilhões de pessoas, em todo o mundo, não têm acesso a fontes de energia limpas, um problema discutido nas reuniões do G20. A ação surge no contexto do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e em sinergia com a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que visa reduzir desigualdades e contribuir com parcerias globais para o desenvolvimento sustentável, defendendo caminhos de transição sustentáveis, inclusivos e justos. 
     
    A secretária Nacional de Segurança Alimentar, Lilian dos Santos Rahal, destacou a importância da colaboração entre diversos órgãos, como o Ministério de Minas e Energia, a Secretaria-Geral da Presidência, e a Itaipu Binacional. “Este momento é crucial para celebrarmos parcerias que visam apoiar as cozinhas solidárias, especialmente aquelas que atendem populações em situação de vulnerabilidade”, afirmou Rahal. O programa, sancionado pelo presidente Lula em julho do ano passado, tem como objetivo implementar tecnologias sociais em cozinhas solidárias espalhadas pelo Brasil.
     
    Desde o início de 2023, o Governo Federal tem mapeado 2.400 cozinhas solidárias, com uma concentração maior nas regiões Sudeste e Nordeste. O apoio financeiro já foi iniciado para 336 dessas cozinhas, que agora recebem alimentos provenientes da agricultura familiar.
     
    A iniciativa Cozinhas Solidárias Sustentáveis foi lançada como um projeto piloto que visa integrar a segurança alimentar com práticas sustentáveis em todo o Brasil. A ação, resultado de uma colaboração entre o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a Secretaria-Geral da Presidência e a Cáritas Nacional, tem como objetivo expandir o programa existente de cozinhas solidárias para incluir tecnologias que promovam a transição energética. 
     
    As cozinhas escolhidas incluem localidades no Sul, Norte e outras regiões, levando em consideração as necessidades específicas de cada área, como a presença de população em situação de rua e as consequências de desastres naturais.
     
    Essa abordagem não apenas visa reduzir os custos operacionais das cozinhas ao eliminar a dependência do gás convencional, mas também contribuirá para a sustentabilidade ambiental ao minimizar o desperdício. O projeto enfatiza a importância da inclusão social e da equidade de gênero, já que muitas das cozinhas são geridas por mulheres. O acompanhamento será realizado por gestores especializados nas áreas ambiental e de gênero, garantindo que as práticas sustentáveis sejam implementadas de forma eficaz.
     
    A iniciativa é parte de um esforço mais amplo para combater a fome e promover a segurança alimentar no Brasil, alinhando-se com discussões globais sobre transições energéticas e desenvolvimento sustentável. Com essa ação, espera-se não apenas melhorar a oferta de refeições para populações vulneráveis, mas também fomentar uma economia circular nas comunidades atendidas.

    Fonte: Assessoria

  • Brasil pode liderar produção mundial de combustível sustentável de aviação

    Brasil pode liderar produção mundial de combustível sustentável de aviação

    O Brasil tem potencial para se tornar o principal produtor mundial de combustível sustentável de aviação (SAF), defenderam especialistas em um evento paralelo da programação da 15ª Clean Energy Ministerial e 9ª Mission Innovation, que acontecem em paralelo à Reunião Ministerial de Energia do G20, em Foz do Iguaçu (PR), durante esta semana. 
    “A tendência é que o avanço seja muito rápido e nós possamos em breve ter esse combustível sustentável com produção em escala”, afirmou o diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, que conduziu a abertura do painel “Aviação: Uma nova fronteira para combustíveis de baixo carbono no Brasil e na América do Sul”, organizado pela Superintendência de Energias Renováveis da Itaipu em parceria com o Fórum Econômico Mundial, nessa terça-feira (1º). 
    Para Erasmo Battistella, presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), “o Brasil pode vir a ser a Arábia Saudita do SAF. E o que nós já fizemos em termos de biocombustíveis, com o etanol desde os anos 70 e o biodiesel desde o início dos anos 2000, nos credencia para isso”.
    Nesse sentido, o programa Combustível do Futuro, cuja lei deverá ser promulgada pelo Governo Federal na próxima quinta-feira (3), deverá ser um novo marco na descarbonização da economia. A nova lei estabelece que, a partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do SAF. As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037.
    A Itaipu Binacional, por meio do Itaipu Parquetec, vem apoiando a pesquisa nessas novas tecnologias, em especial o biogás e o hidrogênio verde. A empresa abriga a primeira planta para produção de SAF no País. Inaugurada no último mês de junho, na área da usina, a planta é resultado de uma parceria da Itaipu com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Fundação Araucária.
    Com um investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão, por meio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), a planta instalada na Itaipu é projetada para produzir 6 kg por dia de bio-syncrude, uma mistura de hidrocarbonetos criada a partir de biogás e hidrogênio verde, destinada à produção de SAF. “Temos um desafio bastante grande, que é evoluir de forma rápida para alcançar a produção e o preço necessários para ter viabilidade de mercado”, completou Verri. 
    Para a diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloísa Borges Esteves, o SAF é a nova fronteira dos biocombustíveis. “E, para atingir essa fronteira, precisamos equilibrar tecnologia (incrementá-la gradativamente de forma sustentável), desenvolver os mercados (suprimento e demanda) e adotar políticas públicas envolvendo vários governos em nível internacional. E isso não é fácil”, avaliou Heloísa, destacando que o Brasil dará um passo importante com a nova legislação.
    O gerente de Estratégia e Temas Internacionais da Airbus, Tarcísio Soares, destacou os esforços da indústria aeronáutica, que hoje realiza o transporte de pessoas com aproximadamente um quarto da quantidade de combustível que era utilizada nos anos 1970. “Hoje, os aviões têm a capacidade de voar utilizando até 50% de SAF. A expectativa é que a gente consiga chegar a 100% entre 2030 e 2035”, garantiu. O evento paralelo contou ainda com a participação do líder de Descarbonização da Aviação no Fórum Econômico Mundial, Giorgio Parolini, e da vice-diretora de Meio Ambiente, do Bureau de Transporte Aéreo da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao), Jane Hupe.

     

    Fonte: Assessoria