A cidade de Cascavel registrou há poucos dias um clima seco preocupante e um céu encoberto por uma névoa de fumaça, por conta das queimadas que aconteceram a quilômetros daqui. O cenário escancara que o meio ambiente é um só e o que fazemos por ele ou o que deixamos de fazer pode ter consequências drásticas.
É por isso que o tema da 21ª Conferência Municipal do Meio Ambiente de Cascavel traz um assunto mais que atual e de extrema relevância: “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”. O evento será realizado nesta sexta-feira (20), das 8h às 17h45, no auditório da Prefeitura de Cascavel. Os interessados em participar das discussões podem fazer inscrição gratuita até o dia 20, pelo site https://www.even3.com.br/21-conferencia-municipal-de-meio-ambiente-cascavelpr-487583/
A conferência faz parte da programação das ações em alusão ao Dia da Árvore, lembrado no dia 21 de setembro.
O evento é uma oportunidade para discutir e aprimorar as estratégias e ações voltadas para a emergência climática e ouvir a população sobre alternativas disponíveis para preservação e melhoria do meio ambiente em nosso município.
Na ocasião ainda, haverá a eleição das pessoas delegadas para a etapa estadual da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Também será feita a eleição das entidades/órgãos para compor o Conselho Municipal de Meio Ambiente – Comam, conforme estabelece a Lei Municipal nº 3.238/2001.
O ano de 2023 foi o mais quente da história e o aumento da temperatura do planeta foi percebido de norte a sul do País na forma de ondas de calor, inundações e secas. Eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes são manifestações do aquecimento global. Traçar um modelo de desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente às mudanças do clima serão abordados na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Até nossos hábitos de consumo no dia a dia podem fazer a diferença.
APolícia Rodoviária Federal (PRF) realizou no Paraná a semeadura aérea de árvores nativas ameaçadas de extinção durante a Semana do Meio Ambiente. A ação, realizada de três a sete de junho em parceria com diversos órgãos e entidades ligadas ao meio ambiente e à terra, utilizou um helicóptero da PRF para lançar 12,5 toneladas de sementes de araucária e de palmeira juçara em áreas degradadas, nos municípios paranaenses de Quedas do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Guarapuava, Pinhão e Antonina.
Iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a 2ª Jornada da Natureza – Semeando vida para enfrentar a crise ambiental é um conjunto de atividades em prol da sustentabilidade ambiental. A semeadura aérea, parte destas atividades, tem o objetivo de melhorar as condições da natureza para trazer um ambiente mais saudável e estável e com condições de uma relação sustentável, com geração de alimentos e de renda para os trabalhadores.
Também participaram a Itaipu Binacional, o Instituto Água e Terra (IAT), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) e a Universidade Federal do Paraná, dentre outros órgãos públicos estaduais e federais.
A aeronave da PRF foi essencial para a distribuição de grande quantidade de sementes por ampla extensão de áreas em recuperação, de difícil acesso. A equipe da aeronave adaptou técnicas já existentes e utilizadas, por exemplo, para o lançamento de pétalas de flores em situações fúnebres, para realizar o lançamento das sementes de modo efetivo e seguro.
Até dias atrás, a mesma aeronave da PRF estava ajudando as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Desde agosto de 2023, ela vem sendo empregada no serviço aeromédico, em apoio ao Sistema Único de Saúde no Paraná.
“A defesa do meio ambiente é um dos objetivos estratégicos da Polícia Rodoviária Federal. E a própria aquisição desse tipo de aeronave foi possibilitada através de um fundo proveniente de multas e condenações por crimes ambientais”, observa o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira. “Nossa ação de semeadura aérea é uma parceria de sucesso entre diversos órgãos públicos, entidades acadêmicas e movimentos sociais, que começou em 2023 e que pretendemos repetir nos próximos anos.”
Em junho de 2023, o mesmo helicóptero da PRF participou de uma atividade ambiental similar, no município de Quedas do Iguaçu (PR), com a semeadura de quatro toneladas de sementes de palmeira Juçara. Cinco meses depois, no fim do ano passado, pesquisadores já detectaram a presença de várias mudas no local, algumas delas com mais de 50 centímetros de altura, crescendo em sub-bosques da floresta onde não há exemplares adultos da palmeira.
Juçaras germinadas
Todas as sementes foram coletadas em sistema de mutirão nas próprias áreas da reforma agrária, por camponeses moradores das comunidades e receberam tratamento para auxiliar e acelerar o processo de germinação. Além da semeadura, foram realizadas oficinas relativas a questões ambientais, a implantação de sistemas agroflorestais comunitários e o plantio manual de mais de 17 mil mudas nativas de erva-mate, araucária e mandioca.
Sementes de Juçara
Durante a semana, a ministra dos povos indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, participou da semeadura aérea de três mil quilos de pinhão e juçara, realizada na Terra Indígena Rio das Cobras em Nova Laranjeiras (PR). “É muito esperançoso participar da jornada de semear a agrofloresta, de restaurar territórios, de plantar esse verde que o mundo inteiro precisa”, comemorou a ministra.
Nos quatro dias de atividades durante a semana, também houve o início do plantio de dois hectares em Sistema Agroflorestal (SAF) Comunitário, com mudas nativas, erva-mate, araucária e mandioca, e distribuição de 100 kits produtivos, com rama de mandioca, mudas e sementes.
Mudas de araucárias
A responsabilidade socioambiental na Polícia Rodoviária Federal tem o compromisso com ações que respeitam e promovem a sustentabilidade ambiental e o bem-estar social, alinhado às atividades de segurança pública. Este valor reflete o entendimento de que a segurança pública transcende a prevenção e combate ao crime, abarcando também a proteção dos recursos naturais e a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa. A PRF realiza nacionalmente um amplo trabalho de fiscalização em apoio aos órgãos ambientais, apreendendo produtos e animais extraídos e explorados ilegalmente.
Para a PRF, a responsabilidade socioambiental envolve práticas conscientes e proativas que minimizam o impacto ambiental de suas operações e fomentam a conscientização ecológica tanto internamente quanto na comunidade em geral. Isso inclui a adoção de tecnologias sustentáveis, a gestão eficiente de recursos e a participação em iniciativas de preservação ambiental.
Com 40 anos de geração de energia completados no último dia 17 de maio, a Usina de Itaipu começa a entrar numa nova etapa. Focada nas oportunidades apresentadas pela transição energética, a estatal planeja diversificar suas atividades, expandindo sua produção para além da energia hidrelétrica. Este movimento visa desenvolver novos produtos energéticos que representem fontes alternativas de receita para a Itaipu Binacional.
Um dos projetos está localizado em Toledo, cidade do Oeste do Paraná que é o maior produtor de suínos do Brasil. Em outubro do ano passado começou a funcionar no município uma moderna central de bioenergia. A planta é focada em tratar os dejetos de aproximadamente 41 mil suínos, criados por 15 produtores locais. O material é convertido em biogás e, posteriormente, em energia elétrica.
A energia elétrica gerada a partir destas 15 granjas de suínos é capaz de abastecer 1,5 mil residências de médio porte. Além disso, ainda sobra para os agricultores cerca de 330 metros cúbicos de digestato, um biofertilizante que beneficia a comunidade local na melhoria das lavouras.
O projeto é fruto de uma colaboração entre a Itaipu Binacional, que financiou a iniciativa com R$ 19 milhões, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-Brasil) e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), encarregado pela implementação e operação da unidade. Outros colaboradores incluem a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a Associação Regional de Suinocultores do Oeste (Assuinoeste) e a Prefeitura de Toledo.
Os geradores, movidos pelo biogás, produzem energia elétrica capaz de abastecer 1,5 mil residências de médio porte | FOTO: Divulgação/Itaipu
Visita in loco
Na semana passada, a ADI-PR, representando jornais e portais de notícia de todo o Paraná, participou de uma visita técnica a convite da Itaipu Binacional, junto com vários veículos de Comunicação do país. Além de visitar a usina de Itaipu e o PTI em Foz do Iguaçu, o grupo também fez uma visita técnica a usina de biogás em Toledo.
Em contato com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, este destacou que a agropecuária é um dos pilares econômicos do Oeste do Paraná e que a produção de biogás a partir de dejetos é uma solução sustentável e economicamente viável. “Transformamos uma possível fonte de poluição em energia e renda”, afirmou.
Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás, ressaltou que a instalação está apta a expandir sua produção ao receber um novo gerador. Ele comparou a relevância do projeto para o Paraná à do pré-sal para o litoral brasileiro, destacando a transformação de proteína animal em energia. González também mencionou que o modelo do projeto é inovador e possui grande potencial de ser replicado em outras propriedades, atendendo às necessidades dos produtores e da agroindústria regional.
Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu: “Transformamos uma possível fonte de poluição em energia e renda” | Foto: Jadir Zimmermann
Biodigestores
A Central de Bioenergia de Toledo (CBT) foi construída em um terreno de 55,3 mil metros quadrados, doados pela Prefeitura, e conta com três biodigestores com capacidade para processar 9,5 mil metros cúbicos de dejetos. Esse volume é suficiente para produzir, na fase inicial, 5 mil metros cúbicos de biogás, que irão movimentar dois geradores, cada um com potência instalada de 335 kW.
Os dejetos de suínos são recolhidos regularmente nas granjas através de um caminhão pipa, que faz o transporte até a usina, onde estão os biodigestores. O recolhimento dos dejetos representa um alívio aos suinocultores, uma vez que, conforme o tamanho da propriedade, a ampliação da atividade fica dificultada pela falta de capacidade de dar destino ao material. A usina veio solucionar este problema e transformá-lo em energia.
A central está ainda estruturada para receber, diariamente, até seis toneladas de carcaças de suínos mortos, que não foram abatidos e são impróprios para o consumo, além de outros tipos de materiais apreendidos por órgãos como a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Também está prevista no local a produção de energia solar por meio de painéis fotovoltaicos, tornando a unidade uma usina híbrida.
O modelo de negócio desenhado pelo PTI prevê duas fontes de renda para a central: a negociação de créditos de energia elétrica para uma comercializadora do setor, na modalidade de compensação de energia para minigeração distribuída, e venda dos créditos de carbono.
São três biodigestores que transformam os dejetos de suínos em biogás | FOTO: Divulgação/Itaipu
Sobre o CIBiogás
O CIBiogás é uma instituição de Ciência e Tecnologia com Inovação, dedicada ao desenvolvimento do biogás como recurso energético limpo e competitivo, com o objetivo de promover o mercado de energias renováveis.
Surgiu há mais de 10 anos por iniciativa da Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico de Itaipu. Até hoje, as instituições são parceiras em diversos projetos relacionados ao biogás e biometano em todo o Brasil e de outros combustíveis avançados, como o hidrogênio a partir de biogás.
Durante dois dias intensos de press trip, profissionais de imprensa de vários estados brasileiros, especialmente ligados ao setor energético, visitaram a estrutura da Itaipu Binacional para entender in loco as operações e os avanços tecnológicos liderados pela hidrelétrica. O evento foi coordenado pela Superintendência de Comunicação de Itaipu, liderado pela jornalista Ana Paula Hedler.
A ADI – Associação dos Jornais e Portais do Paraná, da qual o jornal Preto no Branco é associado, foi convidada a participar da press trip e foi representada pelo jornalista Jadir Zimmermann.
Os jornalistas exploraram diversos projetos inovadores que demonstram o compromisso da Itaipu com a transição para a energia limpa e renovável. “Entre outras coisas, pudemos levar os profissionais da imprensa para conhecerem as tecnologias de formação do biometano, da energia que é feita através dos dejetos de suinocultores”, explicou Ana Paula. A Itaipu também está focada em estudos de hidrogênio verde e em desenvolvimentos de painéis solares flutuantes, uma tecnologia promissora que visa aproveitar o vasto reservatório do Rio Paraná para aumentar a produção de energia sustentável.
Profissionais de imprensa de todo País participaram da press trip. ADI-PR também esteve representada
Itaipu mais que energia
A missão de Itaipu vai além da produção de energia. Como a maior produtora de energia limpa e renovável do planeta, com a marca de 3 bilhões de megawatts produzidos apenas neste ano, a hidrelétrica se vê como uma líder em sustentabilidade. “Itaipu já é a maior produtora de energia limpa e renovável do planeta”, destacou Ana Paula. Ela continuou, enfatizando a viabilidade econômica dessas práticas: “Queremos mostrar que é possível, é viável e é economicamente também vantajoso para o país”.
No ano em que o Tratado de Itaipu completou 50 anos e a dívida histórica para a construção da usina hidrelétrica foi quitada, a Itaipu Binacional retomou com força os projetos sociais e ambientais na região e intensificou a parceria com a comunidade, ampliando a área de abrangência de suas ações para todos os 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul. Essa nova fase passou a ser denominada de “Itaipu Mais que Energia”. Ou seja, é a maior iniciativa de apoio a projetos sociais, ambientais e de infraestrutura da história da empresa. Aproximadamente 11 milhões de pessoas serão beneficiadas.
A press trip também foi uma oportunidade para discutir o papel da Itaipu no cenário global de transição energética, enfatizando a importância de usar recursos como florestas e potencial hídrico do Brasil. “A ideia da Itaipu Binacional é mostrar que é importante fazer essa transição energética”, afirmou Ana Paula. Segundo ela, o evento serviu para abrir diálogo e fortalecer a democracia através do acesso à informação precisa e confiável, combatendo a disseminação de fake news.
Ana Paula Hedler é a superintendente de Comunicação de Itaipu
Atenção da diretoria
A press trip começou na quinta-feira (23) com uma visita técnica à usina de Itaipu. No mesmo dia, houve uma visita ao PTI (Parque Tecnológico de Itaipu), onde ocorreram apresentações sobre alguns projetos desenvolvidos no local. Entre eles está a transformação de hidrogênio – através de fontes renováveis – em combustível para ser utilizado em veículos e até aviões.
Na sexta-feira (24) a diretoria de Itaipu esteve à disposição dos profissionais por quase toda a manhã. Desde o diretor geral Enio Verri, todos realizaram explanações sobre suas áreas de atenção e, depois, ainda participaram de uma sabatina com os jornalistas.
“Realmente os diretores se colocaram à disposição, colocaram na agenda deles que eles estariam à disposição de todos os jornalistas para tirar dúvidas, para explicar como funciona, qual é a visão deles da Itaipu Binacional e do governo federal”, declarou Ana Paula. Na avaliação dela, essa aproximação é essencial para a transparente comunicação e engajamento com a população.
A press trip foi concluída com uma visita a uma Central de Bioenergia para tratamento de dejetos de suínos no município de Toledo. A planta foi inaugurada em outubro do ano passado.Lá, os pesquisadores utilizam dejetos de mais de 40 mil animais, os transformando em biogás, conseguindo gerar energia elétrica suficiente para abastecer 1,5 mil residências de médio porte.
Diretor Geral Enio Verri fez ampla explanação aos jornalistas convidados para a press trip
Série de reportagens
Referência mundial em hidreletricidade sustentável, em integração entre dois povos e na engenharia moderna, a Itaipu Binacional completou 50 anos de sua fundação no último dia 17 de maio. Uma gigante que, neste ano, também completou seus 40 anos de produção, celebrados no último dia 5 de maio, e atingiu os 3 bilhões de megawatts-hora de energia acumulada. Nenhuma outra hidrelétrica no mundo chegou nem perto dessa marca histórica.
Durante a semana, uma série de reportagens vai mostrar o ambiente responsável pela geração de energia para milhões de pessoas, além das pesquisas desenvolvidas e voltadas à sustentabilidade que estão por trás desta gigante que é a Itaipu Binacional.
A visita técnica à usina foi uma das atividades desenvolvidas
A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção Paraíba (ABES-PB) realizará, nos dias 16 e 17 de maio, a segunda edição do Seminário Estadual de Saneamento Ambiental da Paraíba – SANEAR-PB 2024. Com o tema central “Universalização e Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades”, o evento acontecerá no Centro cultural ariano Suassuna, na capital paraibana. As inscrições estão abertas neste link: https://sanearpb.com.br/
Durante dois dias, especialistas do setor vão debater, refletir e trocar conhecimentos sobre o saneamento ambiental da Paraíba. Serão abordados temas acerca do meio técnico-científico com olhar para a universalização mais efetiva. Também serão discutidas formas de levar o atendimento para as pessoas que mais precisam, considerando que o acesso a serviços de qualidade é direito de todos, incluindo tarifas adequadas às situações econômicas.
O II Sanear PB contará com uma programação de debates focados na universalização do atendimento por serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, com olhar em soluções adequadas e sustentáveis, bem como os impactos das mudanças climáticas no saneamento ambiental. Também terão destaque a questão dos resíduos sólidos – e sua destinação final ambientalmente adequada de resíduos – e a gestão integrada de drenagem pluvial e esgotamento sanitário, com ações de despoluição plena de áreas de grande densidade de ocupação e de recursos hídricos importantes nas cidades.
O presidente da ABES-PB, José Dantas de Lima, reitera a preocupação da entidade na busca pela universalização do saneamento, com serviços de qualidade e eficiência prestados à população, principalmente em áreas que apresentam déficit de atendimento, como periferias e áreas rurais.
“Desejamos que este evento seja um grande ponto de encontros técnicos e com grandes debates em torno dos desafios do saneamento ambiental em nosso estado, fomentando discussões potencializadas que auxiliem na melhoria da prestação dos serviços de saneamento básico e na melhoria da saúde e salubridade de nosso povo e nossa gente”, ressalta Dantas.
O II Sanear PB será carbono neutro com créditos destinados a projetos sociais: coleta seletiva – cooperativa de catadores de materiais recicláveis da Paraíba. O objetivo é promover a neutralização das emissões de carbono geradas pelos participantes do Seminário por meio da compra de créditos de carbono gerados a partir da atividade de coleta seletiva e triagem de materiais recicláveis.
Os residentes do emblemático Retiro dos Artistas, localizado no Pechincha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, receberam a segunda dose do novo imunizante contra o vírus causador do Herpes Zóster, uma infecção particularmente preocupante para a população idosa.
Atualmente, o Retiro dos Artistas abriga 52 residentes, incluindo figuras notáveis como os atores Paulo Cesar Pereio, Jaime Leibovitch, que fez uma participação recente na novela “Cara e Coragem” (Rede Globo), Rui Resende, conhecido por seu papel em “Roque Santeiro” (Rede Globo), e o ex-participante da “Escolinha do Professor Raimundo”, Fernando Wellington. A instituição é presidida pelo ator Stepan Nercessian e tem a atriz Zezé Motta como vice-presidente.
“Essa foi uma campanha muito bem-sucedida. O herpes zoster é uma doença bastante dolorosa e, por isso, a vacinação tem enorme importância. Acredito que todos que puderem devem apoiar não só essa, mas toda campanha de vacinação”, destacou Jaime Leibovitch.
“O Herpes Zóster é caracterizado por erupções cutâneas dolorosas que geralmente se manifestam em forma de faixa ou cinturão em um lado do corpo. É causado pelo vírus varicela-zóster, o mesmo responsável pela catapora, que permanece latente no corpo por décadas após a primeira infecção, podendo reativar-se como Herpes Zóster”, explica o patologista clínico Helio Magarinos Torres Filho, diretor do Richet Medicina & Diagnóstico. Embora as lesões desapareçam em cerca de duas semanas na maioria dos casos, segundo Magarinos, até 5% dos pacientes podem desenvolver a Neuralgia Pós-Herpética, uma dor crônica do nervo.
A produtora cultural Rita Maia também enfatizou que se prevenir da doença, sempre que possível, é primordial. “A vacina tem uma enorme. Temos que nos precaver, evitar ter doença, para não dar nada errado”, disse.
Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que um milhão de casos de Herpes Zóster ocorram anualmente, com uma incidência de 4 casos por mil habitantes. Essa incidência aumenta para cerca de 1 caso por 100 habitantes a partir dos 60 anos de idade. A incidência global varia de 3 a 5 casos por mil habitantes na população em geral e chega a 10,9 casos por mil pessoas por ano em indivíduos com 50 anos ou mais.
A nova vacina contra o Herpes Zóster, que chegou recentemente ao Brasil, oferece uma eficácia de 90% na prevenção da doença. O esquema vacinal inclui duas doses, aplicadas com um intervalo de 2 a 6 meses e, além da proteção contra a infecção, o imunizante demonstrou eficácia na redução da incidência da Neuralgia Pós-Herpética, uma complicação dolorosa que pode se desenvolver após um episódio de Herpes Zóster.
“Esta vacina utiliza uma abordagem inovadora, utilizando apenas uma partícula do vírus associada a uma substância que aumenta a resposta imunológica do corpo”, ressalta Patrícia Rosa Vanderborght, doutora em Biologia Molecular/Genética Humana pela Fiocruz/RJ e responsável pelo setor de Imunização do Richet Vacina, clínica de imunização do Richet Medicina & Diagnóstico, responsável pela ação no Retiro dos Artistas.
Segundo a especialista, em comparação com a vacina anterior, que oferecia cerca de 60% de proteção, a nova demonstrou uma taxa de eficácia superior a 90%.
O novo imunizante é recomendado para pessoas com 50 anos ou mais e para adultos imunossuprimidos com mais de 18 anos, podendo ser administrado mesmo àqueles que já completaram o esquema vacinal com a vacina predecessora.
No caso de indivíduos que já tiveram a doença, ainda segundo Vanderborght, é aconselhado se atentar ao prazo recomendado entre o episódio agudo e a vacinação. “Até mesmo quem já teve a doença pode tomar. Nesse caso, é aconselhado aguardar o intervalo de 6 meses entre o quadro agudo e administração da vacina”, destaca Patrícia Rosa Vanderborght.
Segundo os dados apresentados pelo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) referentes ao uso de tabaco em 2022, cerca de 20,9% da população global com 15 anos ou mais utilizou algum tipo de tabaco atualmente. Desse total, 80% eram fumantes atuais, representando uma prevalência de fumo de 16,7%. Dentre os fumantes, 89% eram fumantes de cigarros, com uma prevalência de fumo de cigarro de 15,0%.
Em relação aos usuários de tabaco por gênero, a pesquisa apontou que, em 2022, a prevalência de uso atual de tabaco entre os homens com 15 anos ou mais foi de 34,4%. Destes, 83% consumiam produtos de tabaco fumado, com uma prevalência global de 28,4%. A maioria desses homens utilizava cigarros, representando 90% do total, com uma prevalência de 25,5%. Já entre as mulheres da mesma faixa etária, 7,4% eram usuárias de tabaco. Embora em menor proporção que os homens, 69% delas utilizavam algum tipo de tabaco fumado, com uma prevalência de 5,1%.
Em termos absolutos, o relatório apontou que em 2022 houve cerca de 1,245 bilhão de usuários de tabaco no mundo, dos quais 995 milhões eram fumantes atuais. Dentre os fumantes, aproximadamente 890 milhões utilizavam cigarros. A pesquisa também revelou disparidades regionais significativas, com as regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental apresentando as maiores proporções de fumantes em relação ao uso total de tabaco.
Em termos de regiões da OMS, o documento aponta que a Europa teve a maior proporção de fumantes entre os usuários de tabaco, com 25,3% de toda a população com 15 anos ou mais utilizando tabaco atualmente, sendo quase todos fumantes de cigarros. Por outro lado, a região do Sudeste Asiático apresentou a menor proporção de fumantes entre os usuários de tabaco, com apenas 26,5% utilizando produtos de tabaco fumado.
Sobre o assunto, Miler Nunes Soares, médico psiquiatra e responsável pela Clínica de Recuperação de Drogas Granjimmy, disse que é crucial adotar uma abordagem abrangente que inclua medidas de prevenção, tratamento e redução de danos. Isso pode envolver não apenas a implementação de políticas de controle do tabaco mais rígidas, como aumentar os impostos sobre produtos de tabaco e promover ambientes livres de fumo, mas também investimentos em programas de cessação do tabagismo e pesquisa sobre alternativas menos prejudiciais. “A luta contra o tabagismo é uma batalha contínua que requer um compromisso global e coordenado. Com a implementação de políticas eficazes e o apoio de iniciativas de saúde pública, podemos trabalhar para reduzir significativamente a prevalência do tabagismo, como é feito na nossa unidade da Clínica de Recuperação em Mato Grosso, e melhorar a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”.
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso de dispositivos eletrônicos de nicotina, incluindo cigarros eletrônicos apontou que estes tipos de dispositivos continuam sendo objeto de monitoramento em todo o mundo. O documento mostra que estes dispositivos, que aquecem um líquido para criar um aerossol inalado pelo usuário, são alvo de preocupação devido aos seus potenciais impactos na saúde pública. O relatório destaca que, apesar de sua aparência similar, os produtos de tabaco aquecido não se enquadram na mesma categoria dos cigarros eletrônicos, sendo classificados separadamente nas pesquisas.
Segundo o relatório, o monitoramento da utilização desses dispositivos entre adultos e adolescentes é essencial para compreender o nível de uso na população e possíveis mudanças ao longo do tempo. Dados coletados desde 2013 mostram que, até 2022, 70 países possuíam informações representativas disponíveis sobre o uso atual de cigarros eletrônicos entre adultos, abrangendo 69% da população global nesta faixa etária. Entre os adolescentes, a cobertura das pesquisas é menor, com apenas 38% da população entre 13 e 17 anos sendo coberta por pesquisas nacionais em 102 países.
De acordo com o relatório, três das seis regiões da OMS possuem cobertura de pesquisa suficiente para produzir estimativas relativamente robustas da prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre adultos. No entanto, regiões como a África, o Sudeste Asiático e o Mediterrâneo Oriental possuem uma cobertura de pesquisa insuficiente para fornecer médias regionais representativas.
Sobre o assunto, Miler Nunes Soares, médico psiquiatra e responsável pela Clínica de Reabilitação Para Dependentes Químicos Granjimmy, disse que a abrangência do monitoramento do uso desses dispositivos entre adultos e adolescentes é crucial para avaliar tendências e identificar padrões de consumo ao longo do tempo. O aumento da disponibilidade de dados desde 2013 é um passo positivo, mas ainda há desafios em garantir uma cobertura representativa, especialmente entre os adolescentes, onde a pesquisa ainda é menos abrangente em muitas regiões. “Somente com uma base de dados mais ampla e representativa poderemos obter estimativas precisas e informadas sobre as tendências e padrões de consumo desses produtos em nível mundial para criar dispositivos para abordar os problemas causados na saúde quanto ao uso de cigarros eletrônicos, com o objetivo de preservar a saúde de quem consome e também de quem pensa em consumir como é feito na nossa unidade da Clínica de Reabilitação em Cuiabá localizada no Mato Grosso”.
O documento destaca ainda que, apesar do aumento da disponibilidade de dados sobre o uso de cigarros eletrônicos entre os jovens desde 2013, ainda não é possível calcular estimativas globais precisas devido à falta de cobertura em muitos países. Para possibilitar uma estimativa robusta das tendências globais, mais países precisam incluir questões sobre o uso de cigarros eletrônicos em suas pesquisas populacionais.
A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção São Paulo (ABES-SP), por meio de sua Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, realizará um evento com o tema Poluição Atmosférica: o vilão invisível para o meio ambiente e para saúde pública – O Caso do Chumbo em Bauru – Relançamento oficial na capital do estado do documentário “Marcas do Chumbo: O caso do menino David”. O encontro acontece nesta sexta-feira, 3 de maio, das 9h às 12h, de forma presencial, na sede da entidade, na capital paulista, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Inscrições; https://forms.gle/kaPe4hFtHwqshsiy9
O encontro contará com a presença do produtor do filme, Leandro Ferrari, e da escritora Diva Fernandes, autora do livro “Marcas do Chumbo: A História do menino David”, que serviu de base para o documentário.
A obra conta a história real do desastre ambiental que ocorreu na cidade de Bauru: em 2002, a fábrica Ajax contaminou mais de 300 crianças por elevados níveis de chumbo e outros metais pesados no sangue, em uma área residencial ocupada por famílias de baixa renda.
O livro traz a narrativa de Davi, jovem que carrega as sequelas do acidente que ocasionou danos neurológicos irreversíveis à sua saúde. Reúne imagens da época com depoimentos atuais e de especialistas, como o próprio Ricardo Crepaldi e a escritora Diva Fernandes, Flávia de Vasconcellos Figueiredo, gerente da Agência Ambiental (CETESB-Bauru), Jorge Moura, advogado no Sindicato dos Metalúrgicos de Bauru, Dra. Niura Aparecida de Paula, neuropediatra, ex-docente e chefe da disciplina de Neuropediatria da Unesp-Botucatu, Oscar Sobrinho, professor e ex-membro da Pastoral Operária de Bauru, e Valdir de Souza, ex-funcionária da ACUMU.
Mesa de debate
O evento contemplará ainda uma mesa redonda para debater “O Aprendizado com o Caso de Bauru e o Futuro do Controle da Poluição Atmosférica”. Participarão da discussão Jônatas Souza da Trindade, subsecretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil); José Mario Ferreira de Andrade, técnico especialista da Agência Ambiental de São José do Rio Preto; e Gilberto Natalini, médico e ambientalista.
Programação:
8h30 – Início com Café de Boas-vindas
9h – Abertura – Ricardo Crepaldi – Coordenador da Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da ABES-SP
9h15 – Palavras do produtor do documentário, Leandro Ferrari e da escritora Diva Fernandes
9h25 – Relançamento em SP do documentário: “Marcas do Chumbo: O caso do menino David” (será transmitido também online)
10h40 – Mesa redonda com os convidados sobre “O Aprendizado com o Caso de Bauru e o Futuro do Controle da Poluição Atmosférica”
Palestrantes Jônatas Souza da Trindade – Subsecretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil)
José Mario Ferreira de Andrade – Técnico especialista da Agência Ambiental de São José do Rio Preto
Gilberto Natalini – Médico e ambientalista
11h40 – Agradecimento e encerramento ABES SP e CT Meio Ambiente e Mudanças Climáticas
Foz do Iguaçu/PR – A Polícia Federal vem intensificando as ações de repressão aos crimes ambientais, em especial aos que ocorrem no Parque Nacional do Iguaçu.
Policiais especializados em Polícia Ambiental vêm realizando uma série de incursões em áreas de preservação buscando averiguar a existência de acampamentos e vestígios de caça e extrativismo ilegal.
Um exemplo de uma ação de fiscalização foi uma expedição de reconhecimento e monitoramento do Rio Floriano, localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu (PARNA Iguaçu).
O Parque é uma Unidade de Conservação Federal que tem por objetivo proteger uma parte da Mata Atlântica na América do Sul, sendo a moradia de espécies importantes da biodiversidade brasileira.
Por ser uma área de proteção integral, a manutenção de ecossistemas naturais é de grande relevância e se faz necessária a constante fiscalização.
Com isso, uma equipe de policiais e servidores do ICMBio, capacitados a permanecer na mata, foram designados a descer o Rio Floriano, um dos afluentes do Rio Iguaçu, a fim de verificar a existência de acampamentos ou presença humana no local, pois trata-se de uma área em que não é permitida a visitação, bem como a caça e a extração de espécies nativas são proibidas.
A fiscalização busca inibir e averiguar a existência de acampamentos de caçadores dentro do parque; mapear pontos estratégicos de possíveis entradas irregulares em área de preservação; inibir a realização de tráfico de espécies nativas da fauna e flora nacional; combater possíveis danos ambientais, tais como desmatamento e poluição hídrica; e reprimir demais ações ilegais dentro das áreas de Preservação ambiental de competência Federal.
Vale ressaltar, uma das novas diretrizes da Polícia Federal é a intensificação das ações de Policiamento Ambiental, inclusive com a criação Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente — DAMAZ, que elevou a importância da repressão aos crimes ambientais no âmbito da PF.
A PF destaca, ainda, que disponibiliza um canal de denúncia, com garantia de sigilo e anonimato, para receber informações sobre ocorrências de crimes ambientais; e que toda informação recebida será analisada e apurada pelo setor de inteligência policial.