Categoria: Opinião

  • Declarei guerra contra a falta de comunicação nas empresas

    Declarei guerra contra a falta de comunicação nas empresas

    Por Carina Walker*

    Declarei guerra contra a falta de comunicação nas empresas. Esse é meu manifesto e os motivos desta postura você vai entender a seguir – calma, é uma guerra do bem.

    Primeiro, veja o que disse o pai da Administração Moderna, Peter Drucker: 

    “60% de todos os problemas administrativos resultam da ineficácia da comunicação”.

    A constatação de Drucker está correta e atual.

    Hoje, estima-se que em torno de 90% das empresas possuem problemas de comunicação que geram: erros na execução das tarefas, retrabalho (porque houve erros), desmotivação da equipe e, como consequência, piores resultados para a empresa.

    Isso acontece devido a ruídos (uma comunicação falha) e até mesmo devido à falta de comunicação.

    Quando buscamos os fatores causais para essa realidade empresarial nos deparamos com o papel das lideranças na comunicação. Veja:

    Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) aponta que para 70% das empresas o maior desafio da Comunicação Interna é engajar gestores como comunicadores.

    Ou seja, os líderes e as líderes precisam aperfeiçoar a comunicação com as suas equipes.

    Este cenário chamou a minha atenção quanto à necessidade de elevar a qualidade da comunicação corporativa. Por isso, quero ajudar lideranças a desenvolverem uma comunicação eficaz para que consigam engajar as suas equipes e impulsionar o crescimento de suas empresas.

    Se você dominar a comunicação eficaz no ambiente corporativo alcançará resultados acima da média e se destacará na corporação e no mercado de trabalho.

    Uma comunicação efetiva precisa ser baseada na confiança, no interesse genuíno e no uso de técnicas e canais eficientes de acordo com o público.

    É exatamente sobre esses temas que eu vou abordar aqui nesta coluna com o objetivo de ajudar você com reflexões e apontamentos sobre como colocar essa melhoria em prática.

    Eu acredito que é possível revolucionar a forma como as pessoas se comunicam dentro das empresas. Se você acredita que é possível melhorar a comunicação no ambiente corporativo, espero ter você comigo nessa jornada.

    Sucesso a todos!

    Sobre a autora:

    *Carina Walker é bacharel em Comunicação Social e MBA em Jornalismo Digital. Possui 20 anos de experiência em Jornalismo e Assessoria de Comunicação Corporativa. Atualmente é empreendedora e criadora de conteúdo digital sobre Liderança e Comunicação Corporativa.

    Contato: [email protected]

    Instagram: @comunicarina

    Fonte: Fonte não encontrada

  • Um falso ídolo

    Um falso ídolo

    Por Dionatan Rafael Toledo dos Santos

     

    No início de sua carreira política, Luiz Inácio Lula da Silva posava como o salvador de toda uma classe de trabalhadores explorados pelo “maldoso” sistema de poder vigente. Seus discursos, inflamados de retórica populista, arrastava multidões: camisa surrada, barba malfeita e gostos proletários faziam dele o símbolo representativo de toda a classe trabalhadora. Um frenesi enlouquecedor transbordava os corações carentes por esse símbolo que daria voz à vontade do povo. Foram três derrotas até sua vitória em 2002 – um mar vermelho tomou a esplanada e um delírio alucinante as consciências.

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    Durante esse percurso até a presidência, os gostos proletários cederam lugar a novos hábitos. A camisa surrada foi trocada por ternos engomados; a barba sempre alinhada; as unhas polidas; charutos e vinhos caros já não lhe faltavam e, rodeado por ricaços, deliciava-se em mesas fartas. Interpretando um personagem, não parou por aí: emocionado com alguma situação, torrentes de lágrimas lhe cobriam as faces. Em 2006, após tomar conhecimento sobre o mensalão, por Roberto Jefferson, soluçou e lhe escaparam palavras desconexas como se nada soubesse. Mais tarde, com toda a corrupção de seu partido no caso do petrolão, repetindo seu feito do passado ao visitar o papa e comungar sem a confissão dizendo ser uma alma sem pecados, lacrimejou diante dos repórteres: “Não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu.” Poder-se-ia empilhar exemplos de honradez dessa criatura angélica.

    A realidade, no entanto, é grotesca. Desprovido de qualquer sensibilidade pela população brasileira, Lula se empenhou durante sua carreira política em reconstruir na América Latina o que no leste europeu tirou a vida de milhares de pessoas: o celestial paraíso socialista. Com seu amigo Fidel Castro, em 1990 fundou o Foro de São Paulo – organização criminosa de partidos de esquerda. Organização essa que elevou ao poder pessoas desprezíveis como Nicolás Maduro, Cristina Kirchner, Evo Morales e tantos outros que destruíram, por meio de projetos políticos hediondos, o que ainda restava de grandioso em seus países. Basta acompanhar o que se passa nos países vizinhos: destruição dos valores, liberação do aborto, igrejas queimadas, condenados soltos, economia falida, e assim por diante.

    Lula não é uma experiência humana genuína. É a construção de uma cartilha de mandamentos que levou um povo sem substância à total desordem social. Sua deformação é clara: Inculto e de uma estatura moral deficiente; de um nível cultural grosseiro; a combinação de uma eloquência persuasiva somada a uma personalidade estúpida capaz de causar fascínio em uma sociedade de pessoas de mentalidade ralé. Em um país sério, sujeitos como ele sequer seriam ouvidos. Mas, onde o espírito declina, são elevados à presidência.

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  • A deformação da consciência

    A deformação da consciência

    Por Dionatan Rafael Toledo dos Santos 

     

    Ao longo do tempo, o debate social brasileiro foi minado por aquilo que podemos chamar de doutrinas ideológicas. Estas, disseminadas pela intelectualidade nas entranhas sociais, dita como a população deve pensar e dirigir o percurso de sua existência em sociedade. Ademais, os tipos influentes que se apresentam diariamente, trazem não apenas a deformação ideológica de consciência, mas a projeção da mesma sobre o público como uma verdade irremediável. Desse modo, somos levados à seguinte pergunta: são eles portadores de uma verdade divina cuja revelação dar-se-á no transcorrer da história?

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    O quadro do qual partirá a reflexão será a experiência cultural/política brasileira. Para tanto, alguns exemplos precisam ser expostos como meio de explicação para o atual estado declinante. As manifestações de deformação de consciência são bastante evidentes em nossa sociedade: os tipos políticos e a classe artística dão a medida desse lodaçal. Entre os candidatos a presidência, todos carregam a solução definitiva para os problemas que assolam o território nacional. Vejamos, por exemplo, o que disse o Sr. Ciro Gomes: “No Brasil tudo está fora do lugar.” Na esteira dele, temos Lula e todo seu repertório de bobagens – e assim por diante.  Paolla Oliveira, esbanjando conhecimento político e cultural: “Hoje, venho aqui me colocar a favor de uma ruptura que é urgente desse período de terror, retrocesso e medo […] Pela cultura, pelas famílias, pelos indígenas, pelo meio ambiente, pelos negros, pelos LGBTQIA+, pelos mortos de COVID -19, pelas mulheres.”* Para o leitor atento, basta correr os olhos por duas ou três páginas da grande mídia e se deparar com essas coisas.

    O abismo entre a realidade da classe falante e da vida popular jamais foi tão profundo. A realidade da elite é a doutrina, isto é, um conjunto de símbolos que representam, como chamou Robert Musil, uma segunda realidade.** A decomposição da estrutura da ordem social decorre das chamadas filosofias da história, construções de sistemas ilusórios. O ideólogo projeta sua consciência como fonte ordenadora da humanidade – nem que para isso tenha que levar à cova milhares de pessoas, como no caso do marxismo.  O campo onde ele se move é fechado por expressões do tipo: “sentido”, “homem moderno”, “transformação”, “eras”, “direitos”, etc. Esses símbolos, no entanto, não tratam de uma iluminação acerca da realidade social, mas esculpem o padrão das segundas realidades.

    Os exemplos citados acima caracterizam a obscuridade que assombra toda discussão séria. Quando sujeitos doutrinários apossam-se dos meios de propagar a deformação de seus sistemas, a experiência genuína é para sempre soterrada nos escombros da linguagem ideológica. Assim, toda a produção cultural, artística, jornalística está nas mãos de uma classe despreocupada com a realidade – privam, em seus sistemas utópicos, a abertura tanto para a ordem pessoal quanto pública.

     *Eleições 2022: Paolla Oliveira chama atenção de presidenciável ao expor voto. ‘Urgência’ (msn.com)

    **A expressão é empregada no romance O homem sem qualidades de Musil. Mais tarde,   Eric Voegelin definiu como uma condição de auto-cegueira, uma patologia da consciência deformada.

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  • A cláusula de barreira e suas “vítimas” nas Eleições de 2022 e as lições que ficam para 2024

    A cláusula de barreira e suas “vítimas” nas Eleições de 2022 e as lições que ficam para 2024

    Encerrada a votação para os cargos proporcionais nas Eleições de 2022, conclui-se que as cláusulas de barreira, também conhecidas como cláusulas de desempenho, foram determinantes para o preenchimento das vagas na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas.

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    Com as alterações recentes na legislação eleitoral, houve um enrijecimento nas cláusulas de barreiras visando o preenchimento das vagas ao legislativo, na qual exige-se que o candidato conquiste ao menos 10% dos votos previstos pelo quociente eleitoral, que o partido alcance ao menos 80% dos votos previstos pelo quociente eleitoral para poder participar da distribuição das “sobras” de votos, e por fim, para que o candidato possa participar da distribuição das sobras, tenha que alcançar ao menos 20% dos votos previstos pelo quociente eleitoral.

    Nestas Eleições, o Estado do Paraná teve 6.084.487 de votos válidos para o cargo de Deputado Estadual, que determinou um quociente eleitoral de 112.676 votos, o que significa que para ter uma vaga direta na Assembleia Legislativa do Paraná, o partido deveria alcançar tal quantidade de votos.

    Com isto, para um candidato ocupar de forma direta a vaga conquistada, deveria possuir ao menos 10% destes votos, ou seja, 11.267 votos. Na sequência, para ter direito a participar da sobra das vagas que não foram ocupadas diretamente, o partido deveria ter atingido ao menos 80% do quociente eleitoral, no caso 90.141 votos. E por fim, o candidato apto a participar de tal distribuição, deveria alcançar 20% do quociente eleitoral, ou seja, 22.535 votos.

    Dos 25 partidos que lançaram candidatos, apenas 13 alcançaram o quociente eleitoral, e dos outros 12 que não atingiram o quociente, nenhum deles ficou dentro da cláusula de 80% de tais votos para participarem das sobras.

    Neste aspecto, chama atenção o partido Novo, que teve no candidato João Bettega o primeiro de sua lista com 27.256 votos não sendo eleito, pelo fato do partido ter somado um total de apenas 74.996.

    Por outro lado, o PSB elegeu seu candidato Luis Corti com apenas 26.884 votos, todavia, o PSB totalizou 115.199 votos, alcançando assim o quociente eleitoral.

    Já para a Câmara Federal, o Estado do Paraná teve 6.130.878 de votos válidos para o cargo de Deputado Federal, que determinou um quociente eleitoral de 204.363 votos.

    Com isto, para um candidato ocupar de forma direta a vaga conquistada, deveria possuir ao menos 10% destes votos, ou seja, 20.436 votos. Na sequência, para ter direito a participar da sobra das vagas que não foram ocupadas diretamente, o partido deveria ter atingido ao menos 80% do quociente eleitoral, no caso 163.490 votos. E por fim, o candidato apto a participar de tal distribuição, deveria alcançar 20% do quociente eleitoral, ou seja, 40.873 votos.

    Dos 26 partidos que lançaram candidatos, apenas 10 alcançaram o quociente eleitoral, e dos outros 16 que não atingiram o quociente, apenas o PSB alcançou a cláusula de barreira de 80%, e os demais não atingiram o desempenho e não participaram das sobras.

    Na eleição para Deputado Federal, podemos identificar a aplicação intensa das cláusulas de barreira. Primeiramente sobre o partido Podemos, que teve o primeiro colocado em número de votos, Deltan Dallagnol alcançando 344.917 votos.

    A soma total de seu partido atingiu 430.172 votos, ou seja, habilitando, em tese, para conquista de 2 vagas diretas para a Câmara Federal. Contudo, isto não ocorreu, visto que o segundo colocado, Luiz Carlos Hauly obteve apenas 11.925 votos, abaixo da cláusula de barreira de 10% do quociente eleitoral para obter a vaga direta.

    Com isto, mesmo obtendo votos suficientes para possuir duas vagas na Câmara Federal, o Podemos terá apenas um Deputado Federal, “desperdiçando” assim mais de 200 mil votos.

    Outro caso emblemático ocorreu no partido Solidariedade, onde o candidato Luiz Goularte Alves atingiu a marca de 96.543 votos, entretanto, seu partido totalizou apenas 134.285 votos, ou seja, muito distante da cláusula de barreira de 80% do quociente eleitoral.

    Em um comparativo, o candidato eleito com menor número de votos foi Nelson Padovani do União Brasil, que obteve 57.185 votos, aproveitando-se dos 641.875 votos conquistados pelo partido.

    As Eleições de 2022 deram grande demonstração de que os partidos necessitam se reestruturar e planejar com eficiência suas candidaturas nas eleições proporcionais, de acordo com a atual normativa.

    Aos partidos municipais fica o recado para a devida reflexão da necessidade de ter uma encorpada lista de candidatos, não sendo mais uma garantia de sucesso eleitoral ter um candidato “puxador” de votos diante do atual cenário normativo.

    *João Gustavo Bersch, é advogado inscrito na OAB/PR sob o nº 43.455, pós-graduado em Direito Administrativo, sócio proprietário do Escritório Bersch Advocacia, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PR, e Secretário-Geral da OAB Subseção de Marechal Cândido Rondon.

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  • Um voto de qualidade

    Um voto de qualidade

    Poucos Estados brasileiros podem ter orgulho de quem o representa no feudo federal. Não é o caso do Paraná. O senador Alvaro Dias representa o que o Estado tem de melhor na formação histórica. Com firmeza e pró-ativo na defesa dos interesses do Estado sintetiza o que deve ser a missão senatorial. Representa, com todos os seus valores o que o Paraná tem de independência em relação aos valores éticos, que são inegociáveis.

    Não é representante de si próprio, mas dos interesses mais sagrados do Estado.  Reelegê-lo para um novo mandato não é atender um projeto personalista e aventureiro, mas é a reafirmação dos valores paranaenses.  Há candidatos que se lançam a aventuras pela frustação e decepção oriundos na crença de projetos pessoais. Alguns jogam fora, pela janela aberta, a perspectiva de se consagrar no judiciário, como exemplo no combate à corrupção, essa ave daninha que atinge os brasileiros decentes e conscientes da importância do estado democrático.

    Ao contrário, vacilam e jogam fora décadas de presença no cenário legal. Equivoca-se nas aventuras e crenças em aventureiros que se consideram donos do poder, lançam-se em um mar revolto de aventuras políticas. Divergindo por princípios dos donos do poder, lançam-se em aventuras políticas inconsequentes.

    Ao longo da sua vida pública Alvaro Dias é a antítese de tudo isso. Nunca acreditou em aventureiros da política, ao contrário, os combateu com destemor. Seja no governo do Paraná ou no exercício de responsável presença no Senado, representando com dignidade e coragem valores que são inegociáveis: o Estado democrático, a justiça social e políticas públicas que tornem menos sofridas a vida de milhões de brasileiros.

    *Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

    Helio Duque
    Ex-deputado Helio Duque | Foto: Contraponto (2019)

     

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  • Maturidade política: o exemplo que vem de Toledo

    Maturidade política: o exemplo que vem de Toledo

    Toledo precisa de deputados
    Uma das várias peças publicitárias desenvolvidas pela ACIT

    Existe um ditado popular que “política, religião e futebol não se discutem”. Ledo engano. Essa é a maior prova de imaturidade, isenção e despreparo que existe. Uma sociedade para conviver com a democracia jamais pode se furtar a discutir a política, respeitando a pluralidade de ideias e visões, que precisam coexistir pacificamente.

    A ACIT(Associação Comercial e Empresarial de Toledo) dá à toda região um grande exemplo de maturidade política. Diferente de muitas outras associações, que se escondem ou fogem do debate político neste período eleitoral, Toledo encara a situação de frente, com uma campanha que escancara a intenção da classe produtiva da cidade: #ToledoprecisadeDeputados.

    Com a campanha, a ACIT transmite aos seus associados e à toda a comunidade, que não adianta se omitir ou ficar em cima do muro. Queiramos ou não, depois de 2 de outubro, 54 deputados estaduais e 30 federais estarão eleitos pelo Paraná. Podem ser de Toledo, de Cascavel, de Marechal Cândido Rondon, de Assis Chateaubriand ou de qualquer outro lugar. E que compromisso terão depois? Com certeza com aquela comunidade que melhor lhes correspondeu nas urnas.

    As eleições determinam o futuro de uma cidade. E, quanto mais esparsos os votos, mais frágil a representatividade da localidade. Por isso é elogiável a iniciativa da ACIT, que deveria ser copiada, sem vergonha alguma, por todas as associações comerciais. 

    Aliás, o que fazem a ACIC, a ACIMACAR, a ACIFI, a ACIAC…, ou até mesmo, a CACIOPAR, neste sentido? Talvez até desenvolvam algumas ações internas, mas publicamente não se tem visto nada. Não no patamar da ACIT. E depois? Vão cobrar de quem?

    Incentivos tributários, asfalto, segurança na região comercial são ações importantes, providas pelo poder público para o fortalecimento do comércio, da indústria, dos prestadores de serviço. E a Associação Comercial tem o poder de impulsionar essas melhorias por meio do contato direto com os representantes políticos. Mas cobrar como, se não há reciprocidade ou comprometimento? Como, se na eleição os votos da comunidade local se dispersam entre paraquedistas?

    banner no prédio da acit
    O banner no prédio da ACIT, com 10 metros de largura por 5 metros de altura chama a atenção de quem passa

    Essa é uma reflexão sadia que a ACIT deve ter feito antes de estabelecer o objetivo de conscientizar os eleitores de Toledo sobre a necessidade de o município ter representatividade na Assembleia Legislativa do Paraná e no Congresso Nacional.

    E é por isso, que a ACIT desenvolveu uma grande campanha de marketing e realiza encontros com candidatos locais, porque considera importante lembrar de pessoas que estejam conectadas e comprometidas com Toledo para que possam trazer melhorias ao município, contribuindo fortemente para o desenvolvimento da cidade. 

    E, por fim, precisamos aprender, sob pena de pôr em risco o próprio progresso do País e, consequentemente de nós mesmos, que discordar não é odiar, criticar não é desejar o mal ou torcer contra. Política não é a religião das Cruzadas e muito menos um GreNal, Derbi ou FlaFlu. E, por fim, políticos não são ídolos. São servidores públicos.

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  • Rodovia Costa Oeste duplicada: um compromisso com o desenvolvimento

    Rodovia Costa Oeste duplicada: um compromisso com o desenvolvimento

    Há muitos anos estamos trabalhando num projeto audacioso para a região Oeste do Paraná. Um projeto que contempla uma das principais reivindicações da população nas últimas décadas: ligar os principais municípios com rodovias duplicadas, dando condições de transporte da safra e dos insumos e, principalmente, de segurança para todos que trafegam num dos principais corredores da produção do nosso Estado.

    Por conta disso, resolvi abraçar uma grande bandeira regional, focada no ganho de competitividade e na melhoria da qualidade de vida. Queremos reunir lideranças dos municípios da Costa Oeste, tanto do setor público, quanto do privado, para lutar por um projeto audacioso para a duplicação de rodovias estaduais na Costa Oeste.

    Nosso compromisso é propor um debate com todas as lideranças e setores da região. Envolver a Itaipu Binacional, governos federal e estadual, Conselho dos municípios lindeiros, Amop, Acamop, para viabilizar a duplicação da PR 495, entre Marechal Cândido Rondon e Missal (passando por Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Santa Helena), o trecho da mesma rodovia que liga Missal e Medianeira, e a PR 497, que liga Missal a São Miguel do Iguaçu.

    Neste trecho circulam diariamente cerca de 100 carretas carregadas com milho e 440 caminhões carregados de ração, ligadas ao sistema cooperativo, além de um outro número significativo oriundo de empresas privadas e produção independente. 

    Os benefícios começam pela redução do custo do transporte, o aumento da segurança, maior agilidade dos deslocamentos, o fomento do turismo, a expansão econômica regional e a criação de novas oportunidades de negócios

    A duplicação da rodovia Costa Oeste é de extrema importância para os municípios da região e do Paraná, além da região do Mercosul, considerando o escoamento da produção e as riquezas geradas, da redução do tempo de viagem, um valor mais barato do frete e a maior segurança para todos os usuários. 

    Este é um compromisso pertinente ao atual momento de desenvolvimento do Paraná, uma vez que o Governo do Estado é sensível à necessidade da melhoria na estrutura de transportes na região. A proposta é perfeitamente viável, desde que haja união e se busquem as parcerias ideais. É um projeto que busca olhar para frente, preparar a nossa região para os desafios que acenam desde já e que precisam de uma base sólida para garantir uma boa perspectiva de desenvolvimento.

    * Ademir Bier foi prefeito de Marechal Cândido Rondon (1993-1996) e deputado estadual (1998-2021)

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  • Cláusula de Barreira: a conta para um deputado estadual se eleger

    Cláusula de Barreira: a conta para um deputado estadual se eleger

    Como se sabe, os cargos pertencentes ao parlamento, e no caso leia-se Assembleia Legislativa do Estado do Paraná – ALEP, são regidos pela representatividade proporcional.

    Para o preenchimento de uma das 54 (cinquenta e quatro) vagas existentes na ALEP, faz-se necessário que o partido alcance o quociente eleitoral (não é coeficiente), na qual se dividirá o número de votos válidos pelas vagas a serem preenchidas, conforme prevê o artigo 106 do Código Eleitoral.

    Tomando por base os números da Eleição de 2018, o Estado do Paraná teve 5.696.515 de votos válidos, que divididos pelas 54 vagas da ALEP, nos fornece o número de 105.491 votos como quociente eleitoral. Ou seja, para que o partido/federação tenha direito a uma vaga direta, tem que fazer 105.491 votos.

    Somado o total de votos que os partidos/federações e candidatos daquelas agremiações receberam, passa-se a calcular a distribuição destas vagas aos partidos e consequentemente aos candidatos mais votados destes partidos.

    Para saber quantas vagas o partido/federação tem direito, com base no artigo 107 do Código Eleitoral, se calcula o quociente partidário, que corresponde ao total de votos recebido pelo partido/federação dividido pelo quociente eleitoral.

    Como forma de evitar que candidatos com votações inexpressivas assumissem vagas aproveitando-se das expressivas votações dos candidatos “puxadores de voto”, coibindo o chamado “efeito Tiririca” na política brasileira, o legislador criou as cláusulas de barreiras.

    A primeira cláusula de barreira, que podemos chamar de cláusula de barreira individual, está prevista no artigo 108 do Código Eleitoral, e determina que apenas terá condição de se eleger diretamente, aquele candidato que alcançar número de votos igual ou superior a 10% do quociente eleitoral, no caso do Paraná, levando em consideração os dados de 2018, seria uma quantia de 10.549 votos.

    Quando o partido/federação não tiver a quantidade de votos suficientes para alcançar a vaga na forma direta, poderá participar da distribuição das chamadas sobra de vagas.

    O cálculo da sobra das vagas, previsto no inciso I do artigo 109 do Código Eleitoral, corresponde ao total de votos recebido pelo partido/federação, dividido pelas vagas conquistadas de forma direta, mais 1, ficando a vaga para quem obter a maior média, repetindo-se a operação para cada uma das vagas a serem preenchidas.

    Contudo, apenas poderão participar da distribuição das vagas remanescentes, não preenchidas diretamente, os partidos que somarem pelo menos 80% do quociente eleitoral, no caso, 84.392 votos.

    E é neste momento que chega a segunda cláusula de barreira, prevista pelos §§ 1º e 2 do artigo 109 do Código Eleitoral.

    Nominalmente, para o candidato participar da distribuição destas sobras de vagas, deverá ter recebido pelo menos 20% dos votos previsto pelo quociente eleitoral, ou seja, 21.098 votos.

    Em resumo (levando em consideração os dados das Eleições de 2018):

    1) para o partido ter direito a uma vaga direta ele precisará obter 105.491 votos (quociente eleitoral);

    2) para poder participar da disputa das sobras, o partido que não obter a vaga direta, terá de fazer pelo menos 84.392 votos (80% do quociente eleitoral);

    3) para poder ser beneficiário da vaga obtida diretamente pelo partido, o candidato deverá fazer ao menos 10.549 votos (10% do quociente eleitoral);

    4) para poder participar da distribuição da sobra de votos, o candidato deverá ter obtido pelo menos 21.098 votos (20% do quociente eleitoral).

    *João Gustavo Bersch é advogado inscrito na OAB/PR sob o nº 43.455, pós-graduado em Direito Administrativo, sócio proprietário do Escritório Bersch Advocacia, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PR, e Secretário-Geral da OAB Subseção de Marechal Cândido Rondon.

     

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  • Meu amigo Jô

    Meu amigo Jô

    Não. Eu nunca estive com o Jô Soares. Tenho amigos que estiveram e os invejo. Mas eu o considero meu amigo, pois admirava muito o seu talento, que era tão amplo quanto a sua circunferência. E nesse ponto tínhamos muito em comum.

    Aliás, a brincadeira e a ironia em torno do seu tipo físico se misturavam ao seu senso de humor sofisticado, inteligente e irresistível. 

    Quando eu era criança e adolescente já gostava dos seus programas. “Viva o Gordo” e depois “Veja o Gordo” foram programas de humor que divertiam gente de todas as classes e grupos sociais. E, cá entre nós, Jô Soares, assim como Chico Anysio, teve um papel muito relevante na crítica de costumes e na crítica política, que caminhavam juntas, muitas vezes driblando restrições, estabelecendo um padrão de humor a um só tempo popular e refinado, que talvez não tenha encontrado herdeiros.

    Depois, quando partiu para o talk show, segmento em que foi pioneiro no Brasil, Jô Soares mais uma vez se superou, surpreendeu muita gente e ganhou ainda mais fãs. Eu, particularmente, sou um.

    Apesar do horário um tanto quanto impróprio para quem é trabalhador e precisava acordar cedo, o “Jô Soares Onze e Meia”, entre os anos de 1988 e 1999 atraiu um grande público à audiência do SBT. Tanto é que levou a Globo a atrair o apresentador novamente para a sua programação, onde seguiu na mesma linha com o “Programa do Jô”, entre 2000 e 2016, e num horário ainda mais tardio.

    Mas, independente do horário, as suas entrevistas marcaram época, reunindo um vasto mosaico de interesses e personagens. E, neste modelo de programa, que Jô importou da TV americana, ficou ainda mais evidente a sua inteligência, irreverência e as grandes sacadas de humor.

    Morreu aos 84 anos. O Brasil não perdeu um comediante. Perdeu um intelectual do humor. Um gordo que viveu uma vida plena e que contribuiu de sobremaneira para o entretenimento, o diálogo e a cultura brasileira. 

    Sem Jô, sem Chico Anysio, sem Millôr… que graça teremos daqui para frente? Por isso, vamos sentir muito a sua falta, Jô. Beijo do gordo!

    * Jadir Zimmermann é jornalista, diretor de conteúdo do Preto no Branco

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  • A corrupção da linguagem

    A corrupção da linguagem

    Por Dionatan Rafael Toledo dos Santos

     

    À medida que se aproximam as eleições de 2022, a população brasileira é bombardeada por uma guerra de narrativas cujo discernimento do que seja verdadeiro nesse caos já não é possível. Desse modo, ao analisar a política, tomarei como ponto de partida para uma explicação plausível do atual estado de coisas, a linguagem e como a corrupção da mesma distorce a realidade. Restaurar a ligação entre as palavras e os objetos ou, no mínimo, restabelecer essa noção é ao que este texto se propõe.

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    A linguagem pode ser compreendida em três fases: a metafórica, a metonímica e a descritiva – esta última de suma importância. Nos diz Northrop Frye que a primeira fase, ou o pensamento mítico, encontra-se nas epopeias e nos mitos: as palavras não estão separadas dos elementos da realidade – tudo é identificável; a metonímica, desenvolve-se a partir de uma dialética platônica e aristotélica e corresponde a uma estrutura interna da linguagem, isto é, as palavras obedecem a uma argumentação lógica sem perder o referente do mundo externo; a fase descritiva, que se estabelece por volta do século XVII, funda-se numa ordenação verbal onde só se podem tomar por verdade os objetos representados a partir de uma causalidade: determinados fenômenos acontecem em decorrência de outros e tudo o que não seguir esse quadro trata-se de ficção. Diante disso, há uma separação entre sujeito e objeto.*

    Como consequência do próprio desenvolvimento dessa última fase, as narrativas políticas ao buscar descrever os objetos referentes a sua estrutura, são influenciadas por preceitos ideológicos. Estes, como já escrevi aqui no Preto no Branco**, são conjecturas que se movem rumo à construção de um mundo novo. Assim, toda discussão atende a um corpo de ideias abstratas: a linguagem ideológica está para um futuro hipotético, não se preocupa com os referentes. Se consultarmos os veículos de imprensa onde a “classe falante” esbanja todo um repertório, temos alguns exemplos: “extremismo”, “democracia”, “desigualdade social”, “fanatismo religioso”, “direitos”, “ciência”, “diversidade”, “discurso de ódio”, “racismo”, “linguagem neutra”. Em torno dessas expressões gira a mentalidade não apenas da Intelligentsia (responsável por esse estado paralisante), mas também das figuras políticas que, com ar imperial, são incapazes de perceber além desse vocabulário relativista. Dessa morbidez linguística, derivam outras expressões as quais dão ao cenário político um aspecto de seriedade.

    Claro que é apenas aparência, no fundo é grosseiramente vazio. Tais palavras servem apenas para despertar certas emoções no interlocutor: ao usar a linguagem conforme a ideologia que lhes é conveniente, Intelligentsia e políticos confundem propositalmente as preferências do povo e o induz a crer numa visão de identidade nacional, porém raramente explicam coisas reais. É bastante perceptível para qualquer pessoa olhar para um carro e saber o que é um carro, mas “democracia”, “extremismo”, “fanatismo religioso”, etc. só são possíveis verificar a partir de uma análise dialética onde desenrolar-se-á toda problemática que essas entidades encerram.

    Essas narrativas, não buscam abrir a consciência do indivíduo para o uso adequado da linguagem – agem no imaginário como uma reação favorável ao interesse emocional daqueles que as emitem. Esse automatismo flutua entre o público como uma certeza definitiva. Restaurar o uso adequado da linguagem é o caminho para sairmos desse entorpecimento. Mas como? Em primeiro lugar, buscar na literatura clássica e na poesia os elementos que formam o imaginário. São as grandes obras que nos fornecem as nuances das palavras e de seus contextos. Por conseguinte, examinar a conexão entre o texto e o objeto; rastrear as ideias que formam nossos pensamentos distinguindo aquelas que ultrapassam os séculos e são verdades permanentes daquelas que surgiram de desvios intelectuais.

     

    *Ver O Grande Código, a Bíblia e a literatura principalmente o primeiro capítulo onde o autor discorre sobre o tema da linguagem.

    * A estupidez ideológica, edição 118

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