Categoria: Opinião

  • Como o coronavírus nos afeta sem nos infectar

    Como o coronavírus nos afeta sem nos infectar

    A confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, prestes a ser notificada hoje (26), deve dominar os noticiários nesse dia. O paciente é de São Paulo e o primeiro teste deu resultado positivo, admitiu ontem o Ministério da Saúde. 

    A nossa primeira reação diante da notícia (como brasileiros) é de surpresa, já que antes o vírus parecia estar satisfatoriamente distante, enquanto se ouvia falar apenas de casos em outros países. Porém, logo em seguida nossa reação é de espanto ao assimilarmos que o mundo é assim “tão pequeno” (uma aldeia global, define Marshall McLuhan) e, portanto, o que acontece em outro continente pode muito bem chegar até aqui. Lembrando que existem outros casos suspeitos em nosso país, inclusive em Guaíra (pertinho, hein!).

    E mesmo não tendo sido infectados pelo coronavírus, essa ameaça que ele representa nos afeta de várias maneiras: psicológica, econômica, cultural… 

    • Psicológica: nos afeta quando desperta em nós o medo, pois o vírus já infectou milhares de pessoas e matou centenas, tendo a Organização Mundial da Saúde declarado Emergência de Saúde Internacional. 

    • Comportamental: quando mudamos nossa rotina, ao deixamos de realizar viagens programadas ou ao evitarmos situações de contato em que pudéssemos nos expor.

    • Cultural: no Japão é relativamente comum as pessoas andarem pelas ruas usando máscaras cirúrgicas, seja para prevenir doenças de inverno, seja por alergia ao pólen das plantas, na primavera. No Brasil não é comum pessoas saudáveis usarem a proteção.

    • Econômica: a redução do PIB da China deverá impactar o crescimento da economia global. O país asiático é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e ao diminuir sua demanda por produtos (como minério de ferro, petróleo e soja), nós deixamos de exportar para lá, o que atinge a nossa balança comercial. Além disso, as bolsas de valores em todo o mundo já registraram quedas substanciais principalmente nos pregões de fevereiro, refletindo o receio e a insegurança dos investidores.

    Como não ser (tão) afetado:

    Informe-se! Assista, ouça, leia informações de fontes confiáveis. Não acredite em tudo o que enviam pra você pelo whatsapp. Assim você não será afetado por informações falsas e, pior, não irá compartilhá-las e ajudar a espalhar o medo.

    Analise com calma: se você ler as notícias com atenção notará que, no exemplo do brasileiro que teve o caso confirmado, ele está com sintomas “brandos”, foi medicado e “está bem”! Por que você não estaria? 

    Veja as informações por completo. Em todo o Brasil já foram descartados 54 casos que eram suspeitos. Portanto, nem todos os casos em que há sintomas são o dito cujo coronavírus, além do mais alguns dos sintomas são iguais aos de uma gripe.

    Praticamente todos os casos suspeitos têm histórico de viagem a países onde há circulação do vírus. Inclusive o paciente de São Paulo esteve na Itália. Então, se você ainda não viajou para o exterior neste ano, pode ser um alívio. E o contrário não é automaticamente um problema.

    Apesar do vírus ser uma ameaça, não adianta alarmarmos para gerar pânico. O que necessitamos é de um correto manejo dos casos pelos profissionais de saúde, confiança nestes, além de consciência e atitude em relação às formas de prevenção, que preconizam corretos hábitos de higiene pessoal. 

    Vamos todos nos cuidar, mas tenhamos serenidade. 

    Saúde a todos!

    * A autora é jornalista e investidora.

    Visão microscópica do Coronavírus | Foto: NIAID-RMLAP

     

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  • O aumento do consumo da carne suína e a economia regional

    O aumento do consumo da carne suína e a economia regional

    O Brasil, Paraná e o Oeste do Estado, com destaque para Toledo, como principais produtores e exportadores de carne suína do mundo, têm muito o que comemorar, independente dos fatores que contribuíram para esse bom momento. Trata-se do aumento das vendas produto, nos mercados interno e externo. 

    Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as vendas de carne suína do Brasil atingiram volume recorde em 2019, com o embarque de 750,3 mil toneladas ao longo do ano, com números 16,2% superiores aos registrados em 2018, quando foram embarcadas 646 mil toneladas.

    De acordo com dirigentes da instituição, a crise provocada pela peste suína africana, que já exigiu o sacrifício de 7,8 milhões de suínos em países asiáticos, repercutiu nas vendas externas, mas no mercado nacional o consumo da carne suína também está em expansão, tanto pela concorrência de preço com a proteína bovina, como por novos e inesperados fatores.

    Segundo especialistas, o consumo da carne suína vem sendo cada vez mais recomendado pelos profissionais da saúde, como parte de dieta saudável e somados à essas recomendações médicas, a qualidade e os preços competitivos do produto resultaram no aumento de 15,9% no consumo nacional em 2018, alcançando 14,2 quilos per capita/ano.

    Levantamentos especializados constataram que em todos os grupos estudados, incluindo consumidores brasileiros entre 16 e 75 anos, a percepção de melhoria da imagem da proteína suína, por ser considerada “saudável, recomendada por nutricionistas, mais barata, prática, saborosa, menos gordurosa e também carne branca”, explica o crescimento da demanda.

    Na verdade, o consumo de carne suína no País vem crescendo ao longo dos últimos anos e sua presença na mesa das famílias está cada vez mais frequente. De acordo com a pesquisa, 76% dos entrevistados consomem a proteína e a cada 7,5 dias a colocam na mesa, com crescimento de 30% do hábito de consumo, comparado com a demanda de 2015.

    Nos últimos anos, os brasileiros passaram a consumir a proteína toda semana, enquanto em 2008, o faziam apenas três vezes ao mês. Além disso, segundo especialistas, a carne suína tem ainda grande oportunidade de ampliar estes números nos próximos anos, principalmente quando comparadas às vantagens das proteínas bovina e de aves.

    A pesquisa igualmente revelou a transformação da realidade da carne suína nos últimos 25 anos, reforçando a ideia de que a proteína é tecnicamente saudável, possui cortes com baixos níveis de gordura e colesterol e não há mais o risco da cisticercose, quando produzida dentro dos atuais padrões e controles de qualidade. 

    Além disso, o estudo concluiu que a mudança de comportamento do consumidor é resultado dos avanços conquistados pelo setor nos últimos anos, com a constante busca de qualidade, sanidade e praticidade em todos os âmbitos da produção. 

    A indústria e o comércio, por sua vez, passaram a desenvolver alternativas para oferecer maior variedade de cortes e similaridade com as opções da carne bovina, ao mesmo tempo em que os trabalhos de marketing realizados pelas associações do setor influenciaram profissionais de saúde, a cadeia de distribuição e os consumidores nacionais.

    Para Toledo, que também sedia a Festa Nacional do Porco Assado no Rolete, o maior evento gastronômico do Estado e um dos maiores do País, a boa notícia só veio confirmar o que se sabia há muitos anos.

    *O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

     E-mail: [email protected]

     

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  • Os riscos do pedal

    Os riscos do pedal

    É crescente o número de pessoas que adere à bicicleta como uma prática na vida cotidiana de lazer e esporte. Uma prática que divide espaço com motos, carros e caminhões, colocando em risco a vida do praticante do pedal. 

    São rotineiras as histórias de acidentes envolvendo ciclistas. As vezes são de simples quedas, sem maior gravidade. Em outras, situações graves, como a que aconteceu no sábado passado na PR 180, no trecho entre Cascavel e Rio do Salto. 

    Mas, obviamente, como qualquer outra situação, os riscos da atividade ciclística variam de acordo com o uso que se faz da bicicleta, do local onde pedala, do objetivo, dos equipamentos utilizados e uma série de outros pormenores.

    Alguém que usa a bicicleta para se deslocar na cidade é um ciclista que normalmente anda em baixa velocidade, não usa equipamento de segurança e tem pouca percepção de risco, andando na contramão, por cima de calçadas, etc. Os acidentes envolvendo estes ciclistas costumam ser simples, de baixa gravidade.

    Mas, à medida que aumenta o nível do ciclista, também aumentam os riscos. O ciclista de competição, que treina e compete, já tem um nível significativo de risco. A condição de treino eleva a velocidade da pedalada e os perigos. Para estes, ciclovias são inúteis pois precisam de muito espaço com pedaladas longas. Por isso, só praticam em um lugar: nas estradas.  E ali estão sujeito a carros em alta velocidade e motoristas imprudentes.

    Mas, por que não andam pelo acostamento? Muitas rodovias da nossa região sequer têm acostamento. Nas outras, geralmente o asfalto é ruim com pequenas ranhuras ou pedras soltas o que torna a pedalada desconfortável além de mais perigosa. Por isso, andam na rolagem dos carros. 

    As situações são as mais diversas e por isso, para aumentar a segurança dos ciclistas não bastam ações simples. Todas passam por trabalhos complexos que demandam educação, obras e estruturas para garantir segurança para atletas. 

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  • País agrícola

    País agrícola

    Meu primeiro prêmio no jornalismo foi resultado da cobertura do escoamento da safra de soja para o porto de Rio Grande, na boleia de um Fenemê. Foi em 1972. De lá até hoje, a área plantada não chegou sequer a dobrar, mas a colheita quintuplicou, numa invejável produtividade, que compete com o meio-oeste americano. Um bilhão e meio de habitantes do planeta podem ser alimentados pelo trabalho e tecnologia de 5 milhões de produtores rurais brasileiro. Produzem quase uma quarta parte do PIB e respondem por metade das exportações. Somos campeões mundiais em açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes. A produção da terra passa de 1 bilhão de toneladas. O agro, com toda sua cadeia econômica, gera 40% dos empregos no Brasil. Um sucesso absoluto.

    Naqueles anos em que eu iniciava o jornalismo nas páginas de economia do Jornal do Brasil, a ênfase era para o sonho de o Brasil tornar-se um país industrializado. O mundo desenvolvido tinha por sinônimo a industrialização. A agricultura e pecuária pareciam atividades do passado. Hoje a indústria patina nos números, na renovação, na atualização. Vai bem a indústria voltada para o campo e lavoura – moderna, digitalizada. Mas o setor industrial foi ultrapassado pela agropecuária na participação do PIB. Enquanto os produtores rurais pensam para o futuro e vivem o futuro, com todas as dificuldades de escoamento e embargos tributários e trabalhistas, a indústria parece presa a um ritmo discreto e  lento.

    O mundo urbano parece não se dar conta da riqueza do agro. Há quem pense que o alimento aparece na prateleira do supermercado vindo de alguma indústria. Já ouvi uma repórter falar em “fábrica de leite”. Esclareci a ela que fábrica de leite se chama vaca. Já fui visitado por um menino carioca que nunca havia visto uma galinha com penas e cacarejando no galinheiro; só o frango depenado e limpo e balcão frigorífico. E há os que combatem os que produzem no campo, sem saber que seu prato farto e acessível a cada refeição é produto do entusiasmo dos produtores rurais. O agro foi o que nos fez respirar, equilibrando nossas contas externas, quando os anos Dilma nos afogavam em recessão.

    Hoje no campo, insumos essenciais já são o computador e a conectividade.  O campo está digitalizado. Há milhares de produtores trabalhando com defensivos naturais e buscando fertilizantes que diminuam a dependência dos importados. E tudo isso ocupando apenas uns 8% do território nacional. Os ruralistas do brasilzão real estão dando exemplo de desenvolvimento e progresso, mesmo com o emaranhando de normas, que parecem ser de um país masoquista, que quer ser pobre mas tem um tremendo potencial para ser riquíssimo. O potencial de produzir cada vez mais o mais essencial dos produtos, que é o alimento.

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  • Humanize sua empresa

    Humanize sua empresa

    Essa danada da Lu sabe bem como a gente se sente ao receber uma encomenda. Que delícia! Foi uma grande satisfação a minha quando recebi a caixa e li a mensagem: “Oba, seu livro chegou!”. Eu cheguei a vibrar! Você consegue perceber como o Magazine Luiza humanizou a empresa ao ponto de você ter a Lu praticamente como uma amiga? Ela tem perfil no Instagram, Tinder, Twitter, tem vida social, tem opinião, tem blog, tem quase uma vida humana, o que faz a gente esquecer que ela é, na verdade, uma espécie de avatar. Você encontra a Lu no site da empresa e ela te atende, dá dicas e explica sobre diversos produtos, exatamente aquilo que você queria saber. E depois que você faz a compra ela te manda mensagem no whatsapp confirmando que deu certo e quando será a entrega na sua casa. É uma fofa! A gente se sente superseguro em comprar com ela. 

    Não é por nada que a empresa é uma das líderes do setor de varejo do país e que cresce cada vez mais. No ano passado, comprou a Netshoes e neste ano anunciou a compra da Estante Virtual! Na Bolsa de Valores a MGLU3 foi a empresa que mais se valorizou nos últimos anos. Um verdadeiro fenômeno!

    Claro que tudo envolve gestão, pois é uma empresa com visão, tem um laboratório de inovação (Luizalab), se modernizou por meio da transformação digital, e-commerce, tem site responsivo, implantou chatbot, lançou aplicativo, etc. 

    E apesar dos fortes investimentos em tecnologia, a empresa não esqueceu de que seus clientes são humanos e que para se “conectar” com eles o Magazine Luiza também precisa ser. Portanto, empresas de varejo que proporcionam experiências humanizadas tendem a conquistar mais sucesso no mercado. E a Magalu é um bom exemplo disso. Então, minha dica é: fale a linguagem do cliente, coloque-se no lugar dele, pense em como você gostaria de ser atendido ou de receber o produto que você comprou. A Lu faz isso.

    Você pode até argumentar que não tem recursos para criar um avatar ou assistente virtual para sua empresa. Mas veja a simplicidade de uma frase que expressa emoção na caixa de entrega! Então, não foque nos obstáculos, encontre soluções. 

    E você, cliente, tem tido boas experiências de compra? Conte-me aqui embaixo ou deixe a sua opinião…

    Pra finalizar, quero deixar aqui o meu muito obrigado e um abraço pra minha amiga Lu :*

    Sucesso a todos!

    *A autora é jornalista e investidora.

    Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, tem perfis nas redes sociais para “humanizar” a empresa

     

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  • Onde colocar meu dinheiro, se a poupança não compensa?

    Onde colocar meu dinheiro, se a poupança não compensa?

    Você está conseguindo poupar dinheiro, mas ficou sabendo que não vale mais a pena deixa-lo na poupança, pelos motivos que explicamos neste artigo aqui. E agora, o que fazer? 

    Em 1º lugar é importante frisar um princípio do universo dos investimentos: quanto maiores os riscos, maiores podem ser os seus ganhos (e as suas perdas); quanto menores os riscos, menores os rendimentos.

    Ciente disso, você precisa identificar qual é o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado, conforme o risco que você está disposto a correr.

    Se você tem um perfil conservador, ou seja, prefere investimentos seguros e não quer correr riscos, uma alternativa é o Tesouro Direto. Os títulos públicos estão entre os investimentos mais seguros do mercado. Na prática, você empresta seu dinheiro ao Governo Federal e recebe o valor emprestado com juros e correções. O valor mínimo para investir é de R$ 35,00 e você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento (isso se chama liquidez).

    Devido à taxa básica de juros do país estar muito baixa atualmente, não é recomendado optar pelo Tesouro Selic (4,25% a.a.) porque a previsão é de que a inflação seja maior do que o rendimento. Portanto, é preferível Tesouro IPCA+, que paga o valor da inflação mais uma taxa prefixada. Assim, você receberá mais do que a inflação do período, diferentemente da poupança. Ufa!

    Se você tem perfil moderado pode investir em Fundos, que são como “pacotes” com vários ativos dentro. Essa variedade ameniza as oscilações, pois se alguns ativos variarem para baixo, outros podem variar para cima. Tem vários tipos: Fundos Imobiliários, Fundo Multimercados e Fundos de Ações. Os valores mínimos e os rendimentos são relativos, mas você pode se informar sobre isso em uma instituição financeira de sua confiança.

    Já se você tem perfil arrojado é hora de entrar para o emocionante mercado de ações da Bolsa de Valores. Basta abrir uma conta em uma corretora e você poderá comprar e vender ações de empresas dos mais variados segmentos, em sua casa. Atenção: busque antes conhecer como esse mercado funciona, leia, assista a vídeos, acompanhe os noticiários específicos do mercado financeiro, siga mentores nas redes sociais, entre para grupos de Telegram de investidores, etc. O mercado de renda variável está muito aquecido e pode ser muito vantajoso, porém depende da sua tomada de decisões de compra e de venda. Portanto, procure seguir orientações de quem entende do assunto.

    Especialistas recomendam que o ideal é compor uma carteira de investimentos diversificada, com ativos dos três perfis (ver box). Assim você arrisca uma parte do seu dinheiro (e pode ganhar mais), mas também mantém uma parte segura e pode resgatar assim que precisar.

    Quando você deve começar a investir? Hoje mesmo! Vai lá…

    Sucesso a todos!

    * A autora é jornalista e investidora.

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  • O parasita e o piano

    O parasita e o piano

    Parasita foi o grande vencedor do Oscar deste ano e o diretor também premiado, divide com Paulo Guedes o uso desse título que frequenta o noticiário. O sul-coreano com o filme e o Ministro com esta manifestação, pronunciada na Fundação Getúlio Vargas: “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo, e o cara virou um parasita. O dinheiro não chega ao povo, e ele quer aumento automático. Não dá mais”. Os parasitas e os que não são parasitas ficaram furiosos. O Ministro da Economia pediu desculpas pela generalização. Mas o episódio deu munição para os que querem torpedear qualquer  transformação no estado brasileiro que tire do conforto os que vivem uma situação privilegiada em relação aos demais contribuintes brasileiros.

    No fundo, no fundo, a denúncia de que há parasitas deve ter sido aplaudida pelos que carregam o piano. Em qualquer instituição pública que se examine, vai se identificar aqueles que deixam o paletó no espaldar da cadeira, os que ficam no cafezinho, os que saem para tratar de seus assuntos particulares, os que ficam de enganação dias, meses e anos, e aqueles hospedeiros dos parasitas, sobrecarregados, que precisam realizar as tarefas, como quietas vítimas da injusta distribuição do peso. Carregam o piano em hospitais públicos, nos postos de saúde, nas escolas públicas, na previdência, nos ministérios, nas estatais.

    O concurso público é a forma mais justa de admissão em carreira do estado, porque avalia o mérito. Mas esse mérito precisa ser continuamente avaliado no desempenho do servidor do público. No entanto, a estabilidade e o direito adquirido são tentações a que muitos não resistem, ao encontrar quem trabalhe em seu lugar. E não se pode elogiar o carregador de piano sem que isso signifique admitir como simbiose essa relação entre parasita e hospedeiro. É preciso libertar esse hospedeiro. A agenda de transformação administrativa do estado que vai ser oferecida ao Congresso quer romper isso para o futuro, já que no presente não pode ofender o direito adquirido, que está abrigado pela Constituição.

    As propostas de mudanças vêm da experiência crítica dos melhores das carreiras do estado, os que dominam todas as nuances desse intrincado ser que é o inchado estado brasileiro. Agente público escolhido e mantido por mérito, sem militância partidária, de caráter incorruptível, sem ser servidor de um governo ou de outro, mas do povo brasileiro e para as próximas gerações. Ao longo dos anos, separou-se dos demais brasileiros um contingente estatal com mais direitos que os outros, contrariando a Constituição, que fala em igualdade, sem distinção de qualquer natureza. E, convenhamos, as diferenças não são apenas entre os servidores do público e o público. Existem distinções também entre os próprios servidores, com a coexistência de parasitas e de carregadores de piano.

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  • Os destaques da coluna de política desta sexta-feira

    Os destaques da coluna de política desta sexta-feira

    Paranhos no cacete  

    O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), está apanhando e batendo forte nas refregas com adversários. Os pegas mais intensos do momento são entre ele e o vereador Fernando Hallberg (PDT), considerado pela imprensa política um dos dois únicos no Legislativo com postura oposicionista. O outro é Jorge Bocasanta (PROS). O parlamentar mantém fiscalização cerrada sobre o alcaide. Quase todo o dia pipocam denúncias via gabinete de Hallberg e tudo ganha a réplica dura do gestor. 

    Perseguição mútua?  

    O chefe do Executivo se considera perseguido e injuriado. O adversário não tem refresco e foi representado na Justiça meia dúzia de vezes por calúnia e difamação. Até agora, o vereador enjoado não perdeu nenhuma. Hallberg afirma tratar apenas de pautas públicas, sem ataques pessoais. Ele pretende manter a postura, recorrendo ao Gaeco, TCE e Ministério Público. 

    Troca de partido   

    Fernando Hallberg confirma disposição de disputar a reeleição. Embora existam especulações, ele continua sem comentar uma possível troca de partido na janela eleitoral de março. Ao lado dos pedetistas Serginho Ribeiro e Aldonir Cabral, o trio poderá deixar o grupo do deputado governista Márcio Pacheco, pré-candidato a prefeito.

    Inês comanda o Progressistas

    Inês é a única mulher pré-candidata | Divulgação

     

    O Progressistas de Cascavel teve problemas internos e foi atropelado pelo deputado federal Ricardo Barros, dirigente maior da sigla no Paraná. Ele visitou o Show Rural Coopavel sexta passada e conversou firme com a executiva da provisória. Além de confirmar a advogada Inês de Paula pré-candidata à prefeita, não deixou por menos e “comunicou” aos navegantes que ela assumiria a presidência da sigla no lugar de Vilmar Melo. O pasteleiro da Mello’s pediu afastamento para preparar sua possível candidatura a vereador. A troca aconteceu nesta quarta (12), mesmo dia em que Inês foi diagnosticada com dengue. Ela faz tratamento em casa.

    Barros x Paranhos   

    Inês aceitou acumular responsabilidades e quer o time pacificado. Terá a parceria do vereador Mauro, candidato ao segundo mandato, e do irmão dele, o ex-vereador Mário Seibert, ressurgindo no cenário. Ainda na sexta, Barros conversou a sós com a prefeiturável e o atual chefe do Executivo, Leonaldo Paranhos (PSC), de olho na reeleição. A coluna apurou que o diálogo foi amistoso e cogitou possível alinhamento no futuro.

    PRTB pretencioso

    O major Arsênio e coronel Jeronymo | Divulgação

     

    O major Arsênio, na reserva da PM, está levando a sério sua condição de pré-candidato a prefeito de Cascavel pelo PRTB28. Se intitulando representante autêntico da direita, no melhor estilo bolsonarista, o militar fez carreira e realizou bom trabalho na área do 6º BPM. A aptidão política é uma incógnita e cabe ao postulante comprovar o preparo indispensável à pretensão. O companheiro dele na futura chapa, caso registrada, será o coronel Jerônymo, do Exército. O presidente do partido, Paulo Moreira, avisa que a dupla não está de brincadeira e terá o apoio necessário. 

    Teclados & Microfones 

    Maycon Corazza

     

    Cascavel é servida por dezenas de empresas na área de imprensa. O número cresce sem parar e a mão de obra nunca se movimentou tanto como agora. Os jornalistas Maycon Corazza (foto) e Jefferson Popiu, por exemplo, estão deixando as chefias dos portais CGN e Tarobá News, respectivamente, seguindo carreira solo. O primeiro ficou 10 anos com a família Formighieri, contratado em 2010 para substituir Popiu, quando este assumiu no time do diretor Jorge Guirado e ajudou na implantação do Portal Catve, sob a bandeira do empresário Assis Gurgacz. Antes, Corazza passou pelas rádios comunitária Novo Tempo e a Eldorado FM, no MS. Atuou ainda na Gazeta do Paraná e prefixos da Capital FM e CBN. O novo projeto, ao lado da esposa Camila, é tocar empresa voltada à assessoria de comunicação com resultados, pontua.

    Popiu na pressão

    Jefferson Popiu

     

    Classificado no mercado como profissional de ponta, Popiu (foto) tem 34 anos de jornalismo e se afasta da gerência do Portal Tarobá News depois de 36 meses no Grupo Muffato. Antes fez parte da CGN, Catve, grupo Massa, revistas Gente & Notícia e Nova Fase. A saída foi pensada em família e visa focar atenção no cuidado da saúde. A pressão arterial começou a desregular e já forçou cuidados especiais. Popiu tem planos e não pretende se afastar do setor em que é capacitado.  Boa sorte a todos.

    Brugnerotto X Parra   

    O vereador Rafael Brugnerotto (PSB), contrariou seu colega Roberto Parra (MDB), afirmando à coluna nunca ter tratado sobre ingressar no antigo PMDB.  E, caso decida mesmo deixar sua atual sigla, se for rumo ao MDB tratará com quem comanda. “Eu nunca falei com o Parra para ir pro MDB, muito menos recebi um não. Se um dia existisse ou exista esta conversa, não a começaria com ele”, cutuca Brugnerotto.

    Alfredinho sem partido

    Alfredo Kaefer

     

    Se engana quem pensa ser o ex-deputado federal Alfredo Kaefer “bananeira que já deu cacho”, e morreu como político. Longe disso, ele está bem vivo e fazendo planos de voltar a disputar eleição. A primeira decisão foi desfiliar do Progressistas. O comunicado à nova presidente Inês de Paula está sendo encaminhado.

    Marcon na equipe   

    Alfredo Kaefer recontratou o agrônomo Luiz Carlos Marcon que voltou a assessorar o empresário. Os contatos eleitorais Paraná afora estão sendo reativados. Se tudo correr bem, o retorno às urnas poderá acontecer em 2022. Até lá, a prioridade do empresário continua sendo colocar os negócios em ordem e recuperar os direitos políticos ainda suspensos.

    Apoio a Paranhos   

    Por enquanto, certo mesmo é o apoio dele ao projeto de reeleição do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC).

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  • Dengue mata

    Dengue mata

    Se as manchetes em nível nacional e internacional alertam para os riscos do novo coronavírus, que já fez mais de 1.000 vítimas fatais na China, a nossa região tem na dengue um problema mais sério a se preocupar num primeiro momento. Um problema recorrente e que tem muito a ver com o comportamento das pessoas. 

    Esta semana, uma paciente da cidade de Jesuítas morreu em função da dengue. Foi a primeira vítima fatal registrada esse ano na região. 

    O Aedes aegypti vem se proliferando assustadoramente, não só em Cascavel, como em outros municípios da região. No relatório desta semana da Secretaria Estadual de Saúde, a 10ª Regional de Saúde, com sede em Cascavel, já tinha 1.627 notificações e 309 casos; em Foz do Iguaçu, na área da 9ª Regional, eram 5.754 notificações e 338 confirmações; e na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde em Toledo somavam 2.074 notificações com 1.226 casos de dengue. 

    Em tempos de chuvas constantes como vêm ocorrendo nas últimas semanas, o avanço da dengue é ainda mais rápido. 

    A população precisa aprender a dar destinação correta ao lixo, a não deixar recipientes que possam acumular água destampados, a manter seus quintais, terrenos e lotes limpos, e proteger a água que consome.

    E as administrações municipais, por sua vez, precisam ter atitude e punir proprietários de lotes que porventura estejam servindo de criatório para o Aedes aegypti. Essa displicência, esse descuido, põe a vida de muita gente em risco e precisa ser contida.

    Portanto, é preciso ação. A população deve agir, cuidando do seu entorno, das suas casas, dos seus quintais. E o poder público tem a obrigação de estar alerta e atuante, para cobrar daqueles que persistirem na ignorância de dar espaço ao mosquito, colocando vidas em risco.

    É bom lembrar sempre: as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) são graves e podem levar à morte do paciente.

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  • Na poupança seu dinheiro perde poder

    Na poupança seu dinheiro perde poder

    Você conhece alguém que tem caderneta de poupança? Muitas pessoas né, pra não dizer todas, inclusive você. Pois talvez esteja na hora de dar um “chute” nessa poupança! Calma, sem violência… vou explicar.

    No último dia 05 de fevereiro o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu novamente a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia, fixada em 4,25% ao ano: é a menor da história! E o que a sua poupança tem a ver com isso? Essa mudança afetará o rendimento dela e você poderá ter prejuízo se deixar seu dinheiro lá!

    A partir da definição do novo patamar da taxa Selic, a estimativa é de que a poupança passará a render em torno de 2,98% ao ano. Então, grosso modo, se você depositar R$ 1.000 na poupança, ao final de um ano terá R$ 1.029,80.

    Porém, é preciso considerar a inflação, que deprecia o verdadeiro valor do dinheiro ao longo do tempo. Segundo o Boletim Focus, a taxa de inflação prevista para este ano no Brasil é de 3,4% ao ano (mais que o rendimento da poupança!). Significa que o rendimento real da poupança será negativo em -0,41% (o cálculo é 2,98% menos 3,4%, ou traduzindo: a poupança dá prejuízo). 

    Como assim… se você terá mais de R$ 1.000? É que a inflação faz com que o seu dinheiro perca poder de compra. 

    Se você consegue comprar um determinado produto com esses mil reais hoje, daqui um ano, devido à inflação, você precisará de R$ 1.034,00 para comprar o mesmo produto. Então, com o rendimento que teve na poupança nesse período (R$ 29,80) você não poderá mais compra-lo.

    Portanto, ao fim de um ano aquele dinheiro que você depositou na poupança para render, na verdade perderá o seu poder de compra! E o pior: quanto mais tempo depositado lá, mais se acumulará a desvalorização.

    Por esta razão é importante sabermos diferenciar “poupança” de “investimento”. Poupar é não gastar, guardar o dinheiro. Investir é aplicá-lo e fazê-lo render, aumenta-lo efetivamente.

    Sendo assim, a tradicional poupança continua sendo melhor do que guardar o dinheiro em casa, no cofrinho. Porém, se você quiser investir a resposta é bem direta: na poupança, não!

    Tem várias outras alternativas mais rentáveis tanto em renda fixa como variável. Qual delas é melhor? Depende do seu perfil de investidor(a). Mas esse é assunto para outro capítulo. 

    Então, se você realmente quer fazer suas finanças prosperarem, busque conhecer mais sobre outras alternativas de investimento nas instituições financeiras. Pense nisso.

    Sucesso a todos!

    *A autora é jornalista e investidora.

    Fonte: Fonte não encontrada