A Casa de Carnes Paganini, de Guarapuava, no Sudoeste do Estado, é a mais nova agroindústria a conquistar a certificação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR).
O certificado atesta que a agroindústria atende aos padrões sanitários exigidos pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), o que permite a comercialização dos seus produtos em todo o território paranaense.
O selo foi entregue nesta quinta-feira (29), em cerimônia no Paço Municipal, com a presença do diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins; da chefe do Departamento de Produtos de Origem Animal e Vegetal da Adapar (DPAV), Mariza Koloda Henning, além de lideranças municipais.
Segundo Otamir Martins, a certificação comprova a qualidade sanitária dos produtos e amplia as oportunidades comerciais. “O credenciamento atesta que a agroindústria pode vender para todo o Estado, com qualidade reconhecida pela Adapar. A Casa de Carnes Paganini está de parabéns por buscar essa ampliação de mercado com responsabilidade sanitária”, disse o diretor-presidente.
AGROINDÚSTRIA– Agora credenciada pelo Susaf-PR, a Casa de Carnes Paganini atua desde 1994 na Vila Bela. A partir de 2002, o açougue expandiu suas atividades e passou a produzir embutidos, mantendo viva uma tradição familiar que vem sendo aprimorada ao longo dos anos.
Ana Carolina Drobrychtop, filha da proprietária Ivete Maria Paganini e responsável pelo controle de qualidade da agroindústria, afirma que a certificação chega em um momento estratégico para o crescimento do negócio. “O Susaf-PR é muito bem-vindo para nós. Outros municípios e agroindústrias que já possuem o selo vendem na nossa região e, agora, com essa conquista, conseguiremos igualar a concorrência e ampliar as vendas para outros municípios”, disse Ana, que atualmente cursa Engenharia de Alimentos para se aperfeiçoar ainda mais no negócio da família.
“Podemos aumentar nosso volume de vendas e nossos lucros. O Susaf-PR é fundamental nesse processo”, acrescentou.
SISTEMA– O Susaf-PR é um programa do Governo do Estado criado em 2013 e regulamentado em 2020. A adesão é feita por municípios ou consórcios intermunicipais que comprovem a excelência do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), tornando-o apto a ser equiparado ao serviço estadual.
Atualmente, o sistema conta com 121 estabelecimentos certificados, distribuídos em 184 municípios paranaenses, considerando consórcios e municípios de forma individual.
A certificação permite que agroindústrias indicadas e aprovadas comercializem seus produtos em todo o Paraná, com foco especial nas unidades familiares e de pequeno porte. Ao aderirem ao sistema, as empresas assumem o compromisso de manter rigorosos padrões de produção e higiene, garantindo a segurança dos alimentos e a confiança dos consumidores. A fiscalização contínua fica a cargo do poder público municipal.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), prendeu um homem, de 33 anos, pelo crime de tráfico de drogas. O flagrante aconteceu após a apreensão de 807 quilos de maconha na noite desta quarta-feira (28), em São Miguel do Iguaçu, na região Oeste do Estado.
Conforme apurado, a abordagem ocorreu em um posto de combustíveis às margens da rodovia BR-277. As equipes monitoravam a região após receberem informações sobre o transporte da droga em uma carreta.
De acordo com o delegado Rodrigo Colombelli, durante a vistoria, o cão de faro da PCPR indicou compartimentos externos do veículo. Em seguida, os policiais localizaram caixas com a substância entorpecente misturadas à carga declarada, composta por fardos de farinha de trigo.
“O motorista afirmou que o destino da droga era o estado de São Paulo, mas não informou o valor que receberia pelo transporte. Foram apreendidos, além da droga, um celular e o caminhão utilizado no transporte”, explica. Diante dos fatos, o homem foi encaminhado ao sistema penitenciário.
DENÚNCIAS– A PCPR reforça a importância da participação da população no combate ao tráfico de drogas. Denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia. Se o crime estiver acontecendo neste momento, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190.
Matheus Henry Przygocki, egresso do curso de Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), hoje é doutorando na Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, e participa de uma missão da Nasa. Sua pesquisa investiga a reconexão magnética, um fenômeno essencial para entender como o Sol interage com a Terra e dá origem a eventos como as auroras boreais. O projeto busca desvendar as origens do vento solar e os impactos que ele provoca no planeta.
A pesquisa integra a missão Tracers (Tandem Reconnection and Cusp Electrodynamics Reconnaissance Satellites), da Nasa. Em português, Satélites de Reconexão Tandem e Eletrodinâmica de Cúspide. Trata-se de uma missão orbital planejada para estudar as origens do vento solar e como ele afeta a Terra. O lançamento do projeto está previsto para o próximo ano.
A pesquisa de Matheus não trata de astronomia ou cosmologia no sentido tradicional. Ele não usa telescópios para fazer medidas e estudar o universo. Em vez disso, utiliza dados obtidos por satélites. “Minha pesquisa, na área de física espacial, é sobre reconexão magnética, um processo que ocorre devido à interação com o vento solar. O Sol emite pulsos de plasma, um gás extremamente quente, em direção ao planeta. Como a Terra possui um campo magnético, esse campo atua desviando e interagindo com esse fluxo de partículas solares”, explica.
Segundo o pesquisador, quando o vento solar atinge a Terra, ele pode ser bastante intenso em determinadas condições. Nessas situações específicas, acontece um fenômeno chamado reconexão magnética, em que as linhas invisíveis do campo magnético da Terra se rompem e, em vez de se ligarem aos polos norte e sul, passam a se conectar com o próprio vento solar. É justamente esse movimento que dá origem a um dos fenômenos naturais mais impressionantes.
“O que vemos, então, é a aurora boreal, um show de luzes que são partículas carregadas, super energizadas, que correm em direção aos polos”, aponta o doutorando.
Além da beleza natural das auroras, a pesquisa tem implicações diretas para a sociedade. Eventos de reconexão, quando intensos, podem gerar campos elétricos que danificam redes elétricas e equipamentos. “Em uma sociedade altamente dependente da eletricidade como a nossa, entender e prever esse tipo de fenômeno é essencial para mitigar riscos. Há registros de casos em que tempestades magnéticas causaram danos em telégrafos no século XIX, por exemplo. Hoje o impacto seria ainda maior”, destaca o pesquisador.
De acordo com Matheus, estudar esse fenômeno é fundamental para compreender melhor suas causas e identificar os sinais que podem ser observados e interpretados.
TRAJETÓRIA– Matheus concluiu a licenciatura em Física em 2019 e já no ano seguinte iniciou o mestrado na Universidade de São Paulo (USP). Há pouco mais de dois anos foi para os Estados Unidos para cursar o doutorado. A oportunidade surgiu após uma conversa com professores do Departamento de Física da Unicentro, em um momento em que ele cogitava abandonar a carreira acadêmica. Foi por meio de contatos e apoio da própria universidade que ele chegou ao orientador atual e conquistou a vaga no programa de pós-graduação.
“O Departamento de Física da Unicentro tem um ambiente quase familiar. Os professores conhecem os alunos pelo nome e param tudo para ajudar quando surge uma dúvida. Isso fez toda a diferença na minha trajetória”, relembra. Para ele, o envolvimento e a qualificação dos docentes foram determinantes.
“O maior presente que a Unicentro me deu foi essa relação com o ensino. Isso não só me fez amar ainda mais a Física, mas também despertou em mim o desejo de saber mais, de crescer e, de certa forma, de deixar meus professores orgulhosos. Mais do que isso, me inspirou a querer ser como eles. Um dia, quero ser esse tipo de professor, capaz de fazer um aluno perceber o quanto ama o que está estudando. Quero transmitir a mesma paixão que os meus professores despertaram em mim”, destaca.
Hoje, além do conhecimento científico, Matheus leva da experiência internacional um novo olhar sobre o Brasil e sobre o valor do ensino público.
“Sair da bolha cultural em que estamos inseridos é extremamente valioso. A diversidade é, sem dúvida, o principal aprendizado que levarei para a vida. Profissionalmente, minha área ainda conta com pouca atuação no Brasil, que não possui uma estrutura de pesquisa espacial tão robusta. Basicamente, Europa, Estados Unidos e China são os principais polos desse tipo de trabalho. Mas o choque cultural me fez valorizar ainda mais o Brasil. Apesar dos problemas, é um país onde as pessoas são acolhedoras, algo de que eu não sabia que sentiria tanta falta”, finaliza.
O governador em exercício Darci Piana entregou nesta quinta-feira (29) o novo Banco de Alimentos Comida Boa da Central de Abastecimento (Ceasa) de Cascavel, no Oeste do Paraná. A obra, que teve investimento de R$ 1,2 milhão, entre estrutura e equipamentos, modernizou a cozinha industrial da unidade, permitindo que os alimentos doados pelos permissionários possam ser processados, evitando o desperdício e fortalecendo a segurança alimentar no Estado.
Além disso, foi assinada a liberação para novas obras de modernização no local. Com um aporte de R$ 4,7 milhões, o Estado vai fazer uma nova pavimentação asfáltica na Ceasa de Cascavel, trocar o cercamento e construir um revestimento em alvenaria na sede da central. O objetivo é revitalizar o espaço, deixando-o mais bonito com a execução de uma arte em grafite, contando a história do órgão e a relação com os alimentos.
“A Ceasa Paraná é a melhor do País, exemplo não só para outros estados, mas para o mundo. O Comida Boa é um programa fantástico, pois além de evitar o acúmulo de comida, evitando problemas ambientais com o descarte inadequado de alimentos em condições de consumo, alimenta a nossa população mais vulnerável, contribuindo com a segurança alimentar”, afirmou Piana.
“Agora, após uma avaliação, eles vão poder processar os alimentos que sobram e congelar para serem entregues às instituições, entidades e a população de um modo geral. É mais um trabalho que o Governo do Estado tem feito, ajudando as Ceasas do Paraná com essa estrutura, mas principalmente a população, com esses alimentos indo para a mesa daqueles que mais precisam”, acrescentou.
As modernizações fortalecem o programa Banco de Alimentos Comida Boa e tornam a Ceasa mais funcional para os permissionários que usam o local para comercializar hortifrutigranjeiros.
“Ter uma ideia já é uma coisa muito boa. Colocar no papel é sensacional, mas tirar do papel é extraordinário, e o Banco de Alimentos foi essa ideia maravilhosa que se transformou em realidade no Paraná. Hoje são quase R$ 6 milhões de investimento na Ceasa de Cascavel, entre a entrega do espaço e revitalização do entorno, ampliando ainda mais a qualidade do trabalho desenvolvido aqui”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes.
“É o Governo do Paraná demonstrando que é o supermercado do mundo, produzindo com qualidade, mas também se preocupando com a sustentabilidade e com as pessoas. É uma demonstração muito clara de um produto que seria descartado, prejudicando o meio ambiente, mesmo com muita qualidade, e que agora será aproveitado, evitando o desperdício”, finalizou o secretário.
NOVIDADE– O novo Banco de Alimentos de Cascavel atende todos os meses 32 mil pessoas de cerca de 60 entidades assistenciais, como hospitais, escolas e orfanatos. Em média, os permissionários e agricultores do Ceasa de Cascavel doam 40 toneladas de alimentos todos os meses.
O espaço tem 420 metros quadrados, com uma cozinha industrial totalmente equipada para processar alimentos, transformando frutas, legumes e verduras em sopas, caldos e sucos para serem distribuídos para as entidades parceiras. As obras também readequaram o espaço para atender todas as normas sanitárias vigentes e dar mais conforto aos trabalhadores.
A nova estrutura foi equipada com fogão industrial, mesas para separação e esterilização dos alimentos, trituradores, seladoras a vácuo e de potes e freezers. São cinco salas que foram projetadas para que os alimentos passem por um fluxo eficiente ao longo do processamento, primeiro pela separação, depois higienização, corte, embalagem e congelamento.
“Agora, com esta reforma, poderemos processar os alimentos nesta unidade. Isso dá mais longevidade ao que é doado pelos permissionários. Com a nova estrutura, nossa meta é processar cerca de 30% destes alimentos”, disse o diretor-presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz. “A Ceasa desperdiçava muito, mas muito alimento mesmo. Em 2024, deixamos de desperdiçar 7,5 mil toneladas de alimentos que foram para a mesa de quem mais precisa.”
Novo espaço mais moderno no Ceasa de Cascavel. Foto: Ari Dias/AEN
SEGURANÇA ALIMENTAR– O programa Banco de Alimentos Comida Boa é realizado nas cinco unidades da Ceasa no Estado (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) em parceria com os permissionários que doam alimentos que não são comercializados, mas que estão em boas condições de consumo. O trabalho de processamento destes alimentos é feito por pessoas privadas de liberdade, dentro de um projeto de ressocialização.
Ao todo, 348 entidades estão cadastradas junto ao programa, atendendo mais de 115 mil pessoas. Todos os meses, 591 toneladas de alimentos são reaproveitados e doados a pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2024, foram repassados 7,5 mil toneladas de alimentos, o que representou um crescimento de 40% em relação ao volume doado no ano anterior.
O crescimento se deve a uma série de avanços no programa com o objetivo de alcançar o desperdício zero. Um deles foi a destinação de parte dos alimentos para criadouros de animais, que não tem mais condições para a alimentação humana. São 25 toneladas por mês para esta finalidade, atendendo cerca de 4 mil animais resgatados de mais de 200 espécies, muitas delas ameaçadas de extinção.
Além disso, também houve um aumento da eficiência nos processamentos das frutas, legumes e verduras, e uma maior conscientização por parte dos permissionários, que doaram mais alimentos.
A nutricionista do Banco de Alimentos de Cascavel, Fabiana Grasieli Salvi, ressalta os benefícios com a nova estrutura. “Agora eles serão minimamente processados. Os alimentos vão ser transformados aqui, seja em molhos de tomate, doces de frutas, então a gente aproveita tudo”, explicou. “O alimento que não pode ser utilizado in natura porque tem um ‘machucadinho’, a gente traz para higienização e aproveita ele de forma integral, dando mais tempo de vida útil para ele, podendo congelar, inclusive.”
“Nós moramos numa região rica, forte, mas ainda tem gente que tem fome. Essa é uma obra que vem para facilitar a vida, uma relação de ganha-ganha, pois ganha a natureza, ganha o homem e ganha a sociedade de uma forma geral”, celebrou o prefeito de Cascavel, Renato Silva.
IMPACTO SOCIAL– Além das doações, a medida também muda a vida das pessoas envolvidas no programa. As pessoas privadas de liberdade que trabalham no processamento dos alimentos e que atuam sob supervisão da Polícia Penal do Paraná (PPPR) recebem capacitações sobre educação alimentar.
Estas capacitações ajudam no processo de ressocialização. Com isso, segundo dados da Ceasa, 72% dos participantes que passam pelo programa conseguem obter outros empregos após o cumprimento ou progressão da pena.
Os merendeiros e cozinheiros das entidades que participam do programa também participam de oficinas sobre educação alimentar e cuidados com a saúde.
RECONHECIMENTO–O exemplo no combate ao desperdício de alimentos tem sido reconhecido por outros estados e entidades internacionais que tratam de segurança alimentar. Em 2024, o Banco de Alimentos Comida Boa conquistou a medalha de ouro na categoria empresa do ano de alimentos e bebidas de médio porte durante o 21º Annual International Business Awards, na Turquia, um dos principais prêmios empresariais do mundo.
A iniciativa também despertou o interesse do governo federal e de outras centrais de abastecimento pelo Brasil, como a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) para que o programa seja replicado.
PRESENÇAS– Estiveram presentes os secretários estaduais João Carlos Ortega (Casa Civil) e Valdemar Bernardo Jorge (Justiça e Cidadania); o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; o deputado estadual Batatinha; e demais autoridades locais.
A Sanepar marcou presença no diálogo setorial sobre resíduos sólidos urbanos – experiências exitosas e os mecanismos de cobrança, realizado no 33º Congresso da Associação de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), que aconteceu em São Paulo e foi encerrado nesta quarta-feira (28). Diretores e profissionais da companhia também participaram de painéis que discutiram o licenciamento ambiental simplificado e o planejamento financeiro para agilizar a universalização do saneamento no País.
Júlio Gonchoroski, diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, destacou que os desafios são grandes na área de licenciamento e outorga. Segundo ele, a mobilidade da legislação precisa alcançar o setor de saneamento, porque a demora impede ou dificulta a universalização dos serviços no país.
As mudanças climáticas e os eventos extremos reduzem os rios, afetando a captação de água ou o lançamento dos efluentes tratados. Por conta disso as empresas buscam melhorar a qualidade dos efluentes para lançar de volta ao rio. No entanto, segundo ele, não haverá avanços enquanto o setor de saneamento for considerado poluidor.
“O Brasil há cinco anos aprovou o marco de saneamento. E entre os desafios para atingirmos esses 90% de tratamento de esgoto e 100% de abastecimento de água estão as licenças ambientais. Diferentes em cada estado, em cada região, as licenças ambientais têm se mostrado um desafio ainda maior do que o grande desafio da universalização”, disse.
“Com a nova discussão das licenças a nível federal, que está acontecendo no congresso, e da legislação, que foi aprovada no Paraná, é o momento de discutirmos seriamente o saneamento. Não como uma atividade poluidora, como ele é tratado, mas sim como um instrumento de qualidade de vida, de saúde pública e desenvolvimento para as pessoas”, completou Gonchoroski.
PARCERIA COM MUNICÍPIOS– O diretor de Inovação e Novos Negócios, Anatalício Risden Júnior, apresentou o modelo de arrecadação da Sanepar na gestão de resíduos sólidos urbanos. A companhia realiza o reaproveitamento dos resíduos recebidos, como por exemplo na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Belém, onde é feita a biodigestão de resíduos orgânicos e tratamento do lodo de esgoto, gerando, inclusive, energia limpa.
Como forma de cobrança, em parceria com os municípios que optaram pelo serviço, foi aplicado um valor na fatura de água, o que também auxilia no aumento da receita. “Para a população, isso se reverte em melhorias da qualidade de vida e do meio ambiente”, disse Risden.
“A Sanepar tem condições de atender todas as cidades na destinação correta dos resíduos, mas isso depende de uma articulação com os municípios. A Companhia tem buscado fortalecer esse diálogo com as prefeituras, em busca de exercer essa visão da empresa que está em seu DNA e em seu compromisso com o meio ambiente e a saúde dos paranaenses”, afirmou.
FINANCIAMENTO– Como financiar o setor para atender os que não possuem serviço de saneamento foi o foco da participação do assessor da Diretoria da Presidência da Sanepar, Marcus Venicio Cavassin, no último dia do evento. Ele compartilhou as estratégias da Companhia.
Ainda que a cobertura de esgoto pela empresa ultrapasse 80%, muitos municípios, sobretudo em regiões rurais, não têm este serviço. Cavassin destaca que, para implantar saneamento básico nessas localidades, é necessário enfrentar fatores que dificultam o financiamento, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo, as questões geográficas para a implantação de infraestrutura mais complexa, além da baixa capacidade de pagamento.
Para administrar de forma efetiva a universalização e levar o serviço, o assessor explicou que a Sanepar, por meio da divisão do Paraná em microrregiões, mudou a forma de cobrança de tarifa e uniformizou os prazos. “O foco é priorizar diretamente os municípios que ainda não têm esgotamento sanitário, garantindo mais investimentos para essas regiões. Como são muitos investimentos e os prazos eram pequenos, aumentamos e uniformizamos os prazos das obras, o que nos dá maior elasticidade para cumprir as metas”, explicou.
A transformação do Mercado do Produtor da Ceasa Curitiba, que está em obras desde março, já é visível. Esta é a maior reforma desde a fundação do Mercado do Produtor, há 25 anos, com investimento de R$ 7,75 milhões.
O telhado está praticamente concluído: 90% da cobertura já foi substituída, com novas calhas instaladas para garantir eficiência e segurança. Enquanto o teto se renova, o solo também passa por mudanças. As equipes já iniciaram as obras nas tubulações, com a instalação de novas redes de esgoto e de coleta de águas pluviais — inclusive uma rede específica para armazenar água da chuva em cisternas, que será usada na limpeza do local. Uma solução prática, sustentável e inteligente. A reforma inclui ainda a recuperação asfáltica de toda a área do Mercado do Produtor.
Também está prevista, ainda para este ano, a conclusão das obras de construção de cinco novos banheiros na unidade de Curitiba. Três deles já estão em fase mais adiantada. Todos seguirão o modelo green roof — com cobertura verde, jardinagem e tecnologia para captação de água. Esse sistema, além de esteticamente agradável, oferece melhor isolamento térmico e um aproveitamento mais eficiente da água da chuva.
“Ela vai ser uma cobertura verde, com camadas de grama, jardinagem, que evitam infiltração interna. Essas camadas terão um declive que permite coletar essa água e direcioná-la para a cisterna. Então, além de termos uma solução verde e térmica, também reduzimos o gasto com água na limpeza. Pode parecer pouco, mas é assim que começa uma mudança”, destaca Rafael Gomes da Silva, gerente da Divisão de Infraestrutura e Engenharia, da Ceasa Paraná.
Os novos banheiros foram uma demanda identificada a partir de uma pesquisa com permissionários, produtores, usuários e colaboradores. A escuta ativa gerou um projeto que une conforto, funcionalidade e responsabilidade ambiental. Além dos três banheiros que estão em fase avançada de construção, outros dois serão erguidos no Mercado do Produtor.
Em paralelo, outras unidades também serão contempladas com reformas: dois banheiros em estilo green roof serão construídos na unidade de Londrina, além de um ecoponto, e outro banheiro está previsto para a unidade de Foz do Iguaçu. A previsão de entrega para o conjunto das obras é dezembro.
MERCADO DO PRODUTOR– O Mercado do Produtor é uma área coberta destinadas a pequenos produtores rurais paranaenses e suas organizações para comercializarem suas próprias produções sobre veículos, sem a interferência de intermediários. É um elo na cadeia de comercialização hortigranjeira, pois auxilia os produtores nas operações comerciais, estimulando melhores arranjos para o processo de comercialização.
Para comercializar no Mercado do Produtor, a Ceasa exige a realização de cadastro, com a apresentação de documentação pessoal como: carteira de identidade, Título de Eleitor, CPF e dos documentos da terra (Registro de Imóveis, Talão do INCRA/CCIR/ET, Notas Fiscais de aquisição de insumos e contratos de arrendamento). Na Ceasa de Curitiba são cerca de 1,8 mil produtores cadastrados, com frequência diária de cerca de 350.
Os interessados em participar do 38º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia têm até 7 de julho para se inscrever. Voltada a professores, estudantes de graduação, jornalistas e inventores independentes, a premiação é promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Neste ano, o prêmio contempla projetos das áreas de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra.
As inscrições são gratuitas e feitas online, com o envio da documentação conforme estabelece o edital . A cerimônia de anúncio dos vencedores ocorre até 30 de novembro. Com mais de três décadas de história, a iniciativa já reconheceu centenas de pesquisadores, estudantes e profissionais da comunicação.
Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurelio Pelegrina, a iniciativa tem como objetivo fortalecer a produção científica e tecnológica paranaense, além de aproximar a ciência da realidade da população.
“Essa ação reforça o compromisso do governo estadual em fomentar um ecossistema de ciência, tecnologia e inovação, reconhecendo o trabalho desenvolvido por profissionais que contribuem com soluções que impactam positivamente a sociedade e a economia do Estado”, afirma.
PREMIAÇÃO– Ao todo, serão premiados até dez trabalhos, com valores líquidos entre R$ 12.146,00 e R$ 36.438,00, dependendo da categoria. Os recursos são do Fundo Paraná de fomento científico, que apoia iniciativas inovadoras e sustentáveis no Estado.
As categorias contempladas são: Professor (pesquisador ou extensionista) – R$ 36.438,00; Estudante de graduação – R$ 12.146,00; Jornalismo Científico – R$ 14.575,00; Inventor Independente – R$ 14.575,00.
AVALIAÇÃO– A homologação das inscrições ocorre entre 8 de julho e 8 de agosto, e a avaliação dos trabalhos será no período de 11 de agosto a 11 de setembro. Os projetos serão analisados por uma comissão julgadora composta por especialistas de outros estados, garantindo imparcialidade e critérios técnicos rigorosos.
As quase 80 mil novas vagas com carteira assinada abertas no Paraná entre janeiro e abril de 2025 estão bem distribuídas entre os municípios, apontam os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Das 399 cidades paranaenses, 326 tiveram saldo positivo de postos de trabalho formais até agora no ano, o equivalente a quase 82% das localidades.
O desempenho estadual foi puxado principalmente por Curitiba, cidade mais populosa. Na Capital, o saldo anual está positivo em 17.802 vagas – resultado de 208.289 admissões e 190.487 demissões nos quatro primeiros meses de 2025. Com 11.597 novos empregos, o setor de serviços lidera as contratações em Curitiba, seguido pela Construção Civil (2.465 vagas), Comércio (1.946) e Indústria (1.734).
As outras altas mais expressivas no Paraná no mercado de trabalho formal estão distribuídas entre cidades polo do interior e a Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Londrina, segunda cidade mais populosa do Estado, aparece na vice-liderança com um saldo de 4.765 novas vagas. A exemplo da Capital, o resultado também é puxado pelas empresas prestadoras de serviços, com 3.032 vagas, com destaque também para aquelas ligadas à construção civil (828 vagas) e à produção industrial (606).
O terceiro maior volume de empregos foi registrado em Maringá, com 4.096 admissões a mais do que desligamentos no período. Serviços (1.951 vagas), Indústria (787), Comércio (783) e Construção Civil (564) foram os setores que mais contrataram entre janeiro e abril na cidade.
A região Oeste também aparece com bom desempenho na abertura de novas vagas, com destaque para Cascavel (3.643), Toledo (3.242) e Foz do Iguaçu (1.297). Já na RMC, os melhores desempenhos em 2025 até o momento foram registrados em São José dos Pinhais (3.313), Araucária (1.861), Pinhais (1.479) e Colombo (1.297).
“O Paraná é um grande celeiro de empregos porque temos um grande ambiente de negócios, formação qualificada e programas de aperfeiçoamento profissional. Nossas Agências do Trabalhador, por exemplo, são as que mais empregam do País. Também fazemos mutirões para auxiliar esse contato entre empresas e quem está buscando emprego. Estamos num bom momento e queremos continuar nesse ritmo”, salientou o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo.
OUTROS DADOS– Os dados do Caged também permitem fazer uma análise sobre a variação proporcional no número de empregos gerados. Chamado de variação relativa, o indicador leva em conta o peso do saldo de empregos em relação ao estoque de vagas, que é o número total de pessoas empregadas com carteira assinada no município.
Neste quesito, quem liderou o saldo proporcional de empregos foi Doutor Ulysses, na RMC, com 83 novas vagas abertas no ano, o que representa uma variação relativa de 52%. Outros crescimentos expressivos ocorreram em Ivatuba, na região Noroeste, com saldo de 142 vagas (22%), Itambaracá, na região Norte, com 104 (19%), e Flor da Serra do Sul, no Sudoeste, com 87 (16%).
Em quatro cidades paranaense, o saldo permanece zerado em 2025: São Jorge do Patrocínio, Moreira Sales, Miraselva e Godoy Moreira. O índice não significa que não houve contratações nestas localidades, mas apenas que o volume delas foi igual ao de desligamentos entre janeiro e abril.
Em apenas 69 cidades, cerca de 17,3% do total, houve retração no volume total de vagas. Apesar disso, em 63 delas os desligamentos superaram as contratações em menos de 100 pessoas, o que representa um impacto pouco significativo no resultado geral do Paraná.
ABRIL– O ano de 2025 também marca o melhor resultado para um mês de abril no Paraná desde que o Ministério do Trabalho e Emprego adotou uma nova metodologia para contabilização do Caged, em 2020. No último mês, mais 18.606 pessoas passaram a trabalhar com carteira assinada no Estado, superando a melhor marca da série histórica, que havia sido alcançada em 2024.
Novamente, o resultado mensal é puxado por Curitiba, com 2.540 vagas abertas, mas neste caso a vice-liderança é ocupada por São José dos Pinhais, com saldo de 1.327 vagas. Londrina (1.195), Cascavel (1.123) e Maringá (889) completam o top 5 estadual.
Em termos proporcionais, as cinco maiores variações positivas no Estado em abril foram registradas em Itambaracá (13%), Amaporã (10%), Rio Branco do Ivaí (7%), São Pedro do Iguaçu (6%) e Cambará (5,9%).
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) informa que a PRC-466 será interditada na próxima segunda-feira (02/06) na altura do km 253+050, dentro do trecho com obra de duplicação em andamento, entre Guarapuava e o distrito de Palmeirinha, região Centro-Sul.
O bloqueio total do tráfego de veículos vai iniciar às 14h e tem previsão de liberação às 18h, sendo necessário para a detonação de rochas. Após o acionamento dos explosivos haverá a limpeza do material espalhado e avaliação da pista existente antes de ser liberado o trânsito.
As rochas estão localizadas no traçado da nova pista sendo pavimentada, com necessidade de desmonte para avançar com os trabalhos.
Usuários devem evitar aglomerações e não se aproximar dos locais de detonação, respeitando a sinalização provisória no trecho.
OBRA– A duplicação da PRC-466 entre Guarapuava e Palmeirinha, com extensão de 11,52 quilômetros, prevê uma nova pista de pavimento rígido de concreto, restauração da pista atual também com pavimento de concreto, uma nova ponte sobre o Rio Coutinho, sistema de drenagem de águas, sinalização e dispositivos de segurança, iluminação rodoviária, entre outras melhorias.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (28) os editais dos lotes 4 e 5 das rodovias federais e estaduais do Paraná, os dois últimos trechos do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado, que foi divido em seis lotes e soma cerca de 3,3 mil quilômetros de estradas federais e estaduais. Os últimos dois lotes têm extensão de 1.058 quilômetros e investimentos previstos de R$ 29,8 bilhões, entre obras e custos operacionais.
Eles abrangem estradas das regiões do Vale do Ivaí, Norte, Noroeste, Oeste e Centro-Oeste e, além do Paraná, também vai beneficiar o tráfego de veículos vindos do Paraguai, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os documentos foram enviados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para análise do TCU em novembro do ano passado.
Em seu voto, o relator, ministro Walton Alencar Rodrigues, aprovou os editais com solicitações de alterações à ANTT, principalmente em relação ao Modelo Econômico-Financeiro (MEF) do Lote 4. Agora, a ANTT vai trabalhar nesses aspectos e publicar os editais. A previsão da agência é que o leilão na B3 aconteça no terceiro trimestre de 2025.
Em linhas gerais, a concessão terá as mesmas regras das demais disputas do pacote de rodovias do Paraná, pela menor tarifa-base por quilômetro rodado, sem outorga para os governos federal e estadual.
OBRAS– O lote 4 tem 627,52 quilômetros de extensão e abrange três rodovias federais (BR-272, BR-369 e BR-376) e oito estaduais (PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986). O trecho passa pelas regiões Oeste, Noroeste e Norte do Paraná, conectando tanto a fronteira com o Paraguai, em Guaíra, até a divisa com São Paulo, em Nova Londrina.
Os investimentos previstos chegam a R$ 18,2 bilhões, sendo R$ 10,9 bilhões em obras. O projeto contempla uma série de melhorias e ampliações na infraestrutura viária, incluindo 239 quilômetros de duplicações, 87 quilômetros de faixas adicionais e 59 quilômetros destinados à implantação de contornos. Também estão previstos 39,4 quilômetros de vias marginais e 34 quilômetros de ciclovias, além de 39 passarelas, oito passa-faunas, pontos de ônibus e outras melhorias.
Complementando o projeto de concessões, o lote 5 abrange 430,7 quilômetros das rodovias BR-158, BR-163, BR-369, BR-467 e PR-317. As estradas cruzam as regiões Oeste e Noroeste, também facilitando a ligação entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul com o Paraná.
Serão R$ 11,6 milhões em investimentos, dos quais R$ 6,5 bilhões estão previstos para tirar do papel 238 de duplicações, 20 quilômetros de vias marginais e 3,7 quilômetros destinados à implantação de contornos, além de 12 quilômetros de rodovias, três passagens de faunas, cinco passarelas e outros dispositivos.
PACOTE DE CONCESSÕES– As concessões têm um prazo de 30 anos a partir da chamada Data de Assunção, que é a assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens após o início dos contratos. No total, serão 3,3 mil quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada, sendo 1,1 mil quilômetros destas de rodovias estaduais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 60 bilhões durante as três décadas de contrato.
Os contratos dos dois primeiros lotes estão em vigência desde janeiro de 2024. O lote 1 é operado pelo Grupo Pátria, que arrematou o trecho em um leilão em agosto de 2023. A concessionária deverá investir R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.
O lote 2, por sua vez, foi leiloado em setembro de 2023 e teve como vencedor o Grupo EPR, o mesmo que irá gerir o lote 6. O investimento nele será de R$ 10,8 bilhões, com obras nas rodovias BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855.
Já os contratos com as concessionárias que operam os lotes 3 e 6 passaram a valer em abril deste ano. Com cerca de 570 quilômetros de extensão, o Lote 3 será gerido pelo Grupo Motiva (antiga CCR S.A). Ele integra o chamado Corredor Norte, que conecta o Interior do Paraná ao Porto de Paranaguá, além de integrar o Estado com Santa Catarina e São Paulo.
Arrematado pelo Grupo EPR, o lote 6 é o maior projeto rodoviário do pacote de concessões rodoviárias paranaense. Ele deve receber R$ 20,2 bilhões para obras de duplicações em 70% dos trechos das rodovias, além de faixas adicionais, vias marginais e contornos ao longo de 662,1 quilômetros, passando por trechos das BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483.