O Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do turismo estadual –, participou da 3ª edição do Fórum de Turismo 60+, em São Paulo (SP). No evento, voltado para agências de viagens e operadoras que tem como foco o público acima de 60 anos, o Estado promoveu destinos, produtos e serviços turísticos paranaenses que se enquadram no perfil e nas tendências de viagens desse público.
A programação aconteceu segunda-feira (26) e reuniu cerca de 800 especialistas, empresas e agentes de viagens, que tiveram contato com palestras, networking e oportunidades de mercado. O Fórum é o único do Brasil dedicado exclusivamente ao turismo da longevidade, apresentando as transformações demográficas, destinos tendências e formas de adaptar a marca a esse perfil de viajante.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 haverá mais idosos do que crianças no Brasil, com mais de 41 milhões de brasileiros – um quarto da população – na faixa etária de 60 anos ou mais. Além disso, conforme dados do Instituto Locomotiva, esse público movimenta cerca de R$ 2 trilhões por ano na economia brasileira, sendo o turismo uma das áreas mais visadas para investimento.
“O público 60+ é aquele que já contribuiu uma vida inteira e agora, com tempo livre, busca viver com qualidade e conhecendo novos lugares e destinos. Então, é importante a participação do Viaje Paraná neste evento para mostrar que o Estado está preparado para proporcionar experiências incríveis aos 60+ que querem desfrutar de boas viagens e lembranças”, disse o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes.
O presidente ressaltou, ainda, que esse é um público que pode, também, viajar fora da alta temporada, ativando ainda mais a economia dos municípios paranaenses em todos os meses do ano. “Não podemos esquecer que o turismo é feito pela iniciativa privada, então foi muito bom ver outras empresas paranaenses no evento, como os Hotéis Mabu, a Schultz Operadora e o Jurema Águas Quentes”, complementou.
OPÇÕES QUALIFICADAS – Esse é o terceiro ano que o complexo paranaense de resorts, Jurema Águas Quentes, marca presença no evento. O atrativo, localizado no município de Iretama (Centro do Paraná), aproximadamente 400 quilômetros de Curitiba, se destaca no acolhimento e na geração de experiências únicas para hóspedes 60+.
“Para esse público, viajar é sinônimo de qualidade de vida, relaxamento e diversão. O evento pautou essas necessidades e aspirações da melhor idade, que costuma viajar fora de feriados e finais de semana, e que busca muitas vezes esse contato com a natureza. Para nós, é muito bom ter contato com outros profissionais que estão buscando atrativos para comercializar ao público 60+, porque temos programações especiais e preparadas, que atendem a essas demandas”, disse Ricardo Dias, diretor de Vendas e Marketing de Jurema Águas Quentes.
O atrativo paranaense conta com dois resorts – o Lagos de Jurema Termas Resort e o Jardins de Jurema Convention & Termas Resort. Segundo o empreendimento, as opções para relaxamento já caíram no gosto desse público, com aumento de 16% em hóspedes com mais de 60 anos entre 2023 e 2024.
O Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) dos Afluentes do Médio Iguaçu se reúne na terça-feira (3) para eleger novos membros diretores. A 2ª Reunião Extraordinária do CBH terá como destaques da pauta a eleição e posse da mesa diretora para o mandato 2025-2029 do órgão, além da apresentação de uma nova proposta de logomarca. O encontro será às 9h30, com transmissão simultânea peloYouTube.
As reuniões estão previstas no plano de trabalho da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra (IAT), órgão executivo gestor do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, que desempenha o papel de agência de água dentro dos comitês, com apoio técnico e financeiro. Mais informações sobre os comitês, atividades e agenda podem ser conferidas no site www.iat.pr.gov.br na aba “Gestão das Águas”.
O CBH dos Afluentes do Médio Iguaçu foi instituído pelo Decreto nº 6639/2024, de 10 de julho de 2024, e reúne representantes do poder público, usuários de recursos hídricos e a sociedade civil organizada, reafirmando o compromisso com a gestão sustentável das águas na região.
O órgão abrange 20 municípios: Bituruna, Coronel Domingos Soares, Cruz Machado, General Carneiro, Honório Serpa, Inácio Martins, Irati, Mallet, Mangueirinha, Palmas, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Porto Vitória, Rebouças, Reserva do Iguaçu, Rio Azul, São João do Triunfo, São Mateus e União da Vitória.
GESTÃO DA ÁGUA– Os CBHs são órgãos colegiados com atribuições normativas, deliberativas e consultivas, vinculados ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH/PR), e têm o objetivo de contribuir para a aplicação da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de atuação a fim de garantir o controle social da gestão das águas, conforme estabelecido pelaLei Estadual 12.726/1999eDecreto Estadual nº 9.130/2010.
Técnicos da Copel e do Instituto Água e Terra (IAT) estiveram reunidos na sede da companhia, em Curitiba, durante toda esta terça-feira (27). Eles participaram do Workshop de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Distribuição. O evento teve como objetivo a aproximação entre a empresa e o órgão ambiental para eliminar dúvidas e permitir um alinhamento na interpretação e aplicação das leis que regulam os processos de licenciamento no setor elétrico.
A diretora de Operação e Manutenção da Copel, Karine Torres, lembra que o crescimento da economia paranaense exige expansão das redes e investimento em manutenção, algo que precisa ser realizado de maneira sustentável, garantindo o cumprimento da legislação. É nesse contexto que entra o apoio técnico do IAT. “Reforço a importância deste diálogo aberto, franco e transparente para que possamos entender melhor sobre o assunto”, destaca.
O workshop contou com a presença de representantes dos 21 escritórios regionais do IAT. A Copel, por sua vez, reuniu profissionais das áreas de meio ambiente; planejamento; gestão de acessantes (empresas que se conectam ao sistema de distribuição da companhia); projetos e obras; e construção de linhas e redes.
A programação incluiu explicações sobre como funciona a gestão ambiental na Copel; o planejamento para a implantação de linhas de distribuição e subestações com o menor impacto ambiental possível; a forma como são operadas as linhas de transmissão e subestações; o cuidado com a fauna nas áreas de empreendimentos; e o manejo de vegetação próxima à rede.
A gerente da Divisão de Meio Ambiente da Copel, Daniele Ciotta, expôs que a empresa, além de seguir leis federais e estaduais, possui diversas normas próprias voltadas à sustentabilidade e ao meio ambiente, bem como realiza workshops internos para aprimoramento e atualização dos colaboradores.
“Esse workshop é importante para um alinhamento entre o empreendedor, a Copel, e o órgão ambiental. No processo de licenciamento do setor elétrico, podem surgir dúvidas tanto para os técnicos do IAT quanto para nós. Esse momento é importante para chegarmos a um alinhamento, para realizarmos os processos sem problemas para nenhuma das partes”, avalia.
Um processo de licenciamento ambiental inclui checklist documental, checklist do projeto, análise do estudo, vistoria e parecer conclusivo. Na avaliação da diretora de Licenciamento e Outorga do IAT, Ivonete Coelho da Silva Chaves, um dos benefícios que podem ser trazidos pelo workshop é maior rapidez ao trabalho.
“Este é um momento de compartilhar todas as dificuldades que temos no licenciamento e trazer agilidade ao processo. Temos que atuar sempre juntos com os empreendedores e sem negligenciar as questões técnicas e jurídicas”, destacou ela.
A restauração em concreto da PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira, nos Campos Gerais, iniciou e já é bem visível aos usuários que trafegam pela rodovia. Em apenas dois meses quase um quarto de toda a terraplenagem prevista na obra já foi executada, com grande quantidade de movimentação de solo ao lado da pista.
Este serviço é necessário para o alargamento da plataforma da rodovia, que será seguida pelo alargamento das faixas de tráfego para 3,6 metros, implantação de acostamentos com três metros de largura em ambos sentidos da via, e a pavimentação de 15,2 quilômetros de terceiras faixas. Também foram iniciados os primeiros serviços de execução do novo sistema de drenagem de águas, que vão incluir drenos profundos e superficiais, sarjetas e descidas d’água, entre outros.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), é responsável pela administração e fiscalização dos serviços.
A obra contempla o trecho da PR-151 desde o entroncamento com a PR-438 em Ponta Grossa, até o entroncamento com a BR-277 no perímetro urbano de Palmeira, em uma extensão de 32,71 quilômetros. O principal serviço será a execução de uma nova camada de pavimento rígido de concreto sobre a pista, aproveitando o pavimento asfáltico atual como base após realização de melhorias. Esta técnica de restauração é chamada de whitetopping, e é utilizada em outras obras do DER/PR.
Também está previsto o alargamento da ponte sobre o Rio Forquilha em 4,8 metros, para implantação de passeio para pedestres e uma ciclovia bidirecional, e a implantação de um novo viaduto em Palmeira, no entroncamento da PR-151 com a rua XV de Novembro, Rua Manoel Ribas, Rua Daniel Mansani e a Avenida Nacim Bacila.
A previsão é de concluir a obra em julho de 2027, com um investimento de R$ 257.215.000,14.
DUPLICAÇÃO– Também está em andamento a duplicação da PR-151 entre a BR-376 e a PR-438, em Ponta Grossa, com extensão de 5,8 quilômetros. Ela tem investimento de R$ 160 milhões e é parte de um acordo com a concessionária CCR.
“Essa é mais uma das grandes obras do time do Ratinho Junior. A PR-151 está recebendo investimentos de quase meio bilhão de reais, com a duplicação passando pelo acesso para o Aeroporto de Ponta Grossa e também com a restauração em concreto entre o trevo para Guaragi até chegar na BR-277 em Palmeira”, afirma o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
“Em breve teremos a execução das placas de concreto sobre o pavimento atual, o que vai exigir alteração do tráfego no trecho, com operação pare-e-siga. Contamos com a colaboração dos usuários para seguir com paciência e cautela pelo trecho, garantindo a segurança de todos”, explica o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.
Três decretos – 10.042, 10.043 e 10.044 – assinados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior efetivaram a nomeação de 21 novos docentes para a carreira do magistério público do ensino superior na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os professores foram aprovados no concurso público realizado em 2023.
Dos 21 profissionais, nove foram nomeados para o Centro de Tecnologia (CTC), por meio do Decreto nº 10.042/2025; oito para o Centro de Ciências da Saúde (CCS), pelo Decreto nº 10.043/2025; e quatro para o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), pelo Decreto nº 10.044/2025. Os recém-nomeados serão convocados para tomar posse e entrar em exercício no dia 6 de junho, na sala do COU.
Os pedidos de nomeações foram encaminhados em lotes separados devido a recursos interpostos por candidatos ao Conselho Universitário (COU) e à solicitação de ampliação de vagas. De acordo com a Pró-reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários (PRH), outras 15 nomeações estão previstas para os próximos dias.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, ressaltou que a nomeação soma ainda mais ao número histórico de profissionais empossados em 2025. “As 21 nomeações, somadas aos 116 professores e 23 técnicos administrativos que assumiram em março deste ano, são fruto de uma política pública do Estado, através do governador Ratinho Junior, que está promovendo a recomposição do quadro da UEM, garantindo que o reitor possa abrir concursos sem necessidade de aval governamental em casos de exoneração, aposentadoria ou falecimento”, afirma.
“Estão autorizadas mais de 270 vagas para docentes e cerca de 100 para agentes universitários, sem necessidade de nova autorização. Agora, esperamos que os concursos públicos ocorram regularmente, garantindo a recomposição do quadro da nossa universidade”, complementa.
O modelo de atendimento com água tratada nas comunidades rurais do Paraná foi referência nos trabalhos dos painéis apresentados pela Sanepar, nesta terça-feira (27), durante o segundo dia do 33º Congresso da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), que ocorre em Brasília.
O diretor de Operações, Sérgio Wippel, participou do diálogo setorial junto com Sabesp, BNDES e Funasa, para mostrar as estratégias adotadas no Paraná, com o Programa de Saneamento Rural, para a universalização do atendimento com água tratada aos moradores de comunidades rurais.
O programa implantado há mais de 40 anos é desenvolvido em parceria entre o Governo do Paraná, Sanepar, prefeituras e as comunidades beneficiadas. Ao longo dessas quatro décadas, foram executadas cerca de 2,4 mil obras e implantadas mais de 128 mil ligações de água para atender, hoje, 520 mil pessoas que vivem nas comunidades rurais em todas as regiões do Paraná.
Wippel falou que a Sanepar opera e atende 345 municípios, totalizando 646 sistemas, mais da metade em áreas rurais, e que a parceria no programa visa melhorar ainda mais as condições de vida da população que vive na área rural.
“A Sanepar vem há 43 anos trabalhando nesse modelo. O programa tem ofertado esse serviço à população paranaense das áreas rurais. E, agora no governo de Ratinho Júnior, há uma ênfase maior no atendimento às solicitações dos municípios”, disse. “Principalmente em decorrência da mudança climática, os municípios pequenos e as comunidades têm enfrentado cada vez mais a escassez hídrica. A Sanepar tem todo o know-how e está disponibilizando esse conhecimento e permitindo fazer as parcerias com os municípios que estão se desenvolvendo cada vez mais”.
O diretor disse, ainda, que nos últimos 15 anos a população rural do Estado teve diminuição de 17% para 12%, e que isso representa em torno de 1,7 milhão de pessoas que vivem nessas áreas. “E com a parceria da Sanepar no programa atendemos aproximadamente um terço dessa população”.
“Tivemos várias versões do programa e agora o que está sendo desenvolvido é capacitar as comunidades a terem uma condição de operação dos sistemas com os critérios que foram estabelecidos, colocando as condições mínimas para atendimento à comunidade”, afirmou. “A todo momento, os prefeitos têm procurado o diretor-presidente, Wilson Bley, e procurado os demais diretores, para que efetivamente consigamos ampliar esse número de projetos no Paraná”.
Priorizar a análise de empreendimentos que trazem mais benefícios para a população. Essa é a principal diretriz da nova lei de licenciamento ambiental estabelecida pelo Governo do Estado em abril por meio do Decreto nº 9.541/2025 . A legislação está em fase de regulamentação por parte do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), com a publicação de uma série de normativas técnicas temáticas.
Entre as obras que se enquadram nessa categoria preferencial, como projetos de utilidade pública ou que contribuem para a geração de empregos e renda, estão intervenções diretas da administração pública; ampliação e pavimentação da malha viária; ações de saneamento; outorgas para o uso da água; e autorizações florestais para empreendimentos que requerem a utilização de recursos hídricos ou supressão vegetal.
Nesses casos, para que a priorização seja concedida, o responsável pelo projeto deve fazer um protocolo específico de requerimento ao IAT durante o licenciamento.
“Temos um governador inovador que busca, com essa medida, diminuir a burocracia. Uma proposta que contempla o interesse público quando agiliza a construção de pontes, de novas estradas e de loteamentos de habitação social, mas, sobretudo, empreendimentos geradores de emprego e renda, como indústrias e grandes estabelecimentos comerciais”, afirma o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
O decreto também introduziu novas modalidades de licenças digitais emitidas de forma automática pelo órgão ambiental. A Declaração de Inexigibilidade de Licença Ambiental (DILA), a Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLAM) e a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) são três documentos concedidos para empreendimentos ou atividades com potencial degradador baixo, e que, portanto, não exigem o processo de licenciamento ambiental.
Para requisitar uma dessas licenças, é necessário fazer o preenchimento do Cadastro do Usuário, do Imóvel e do Empreendimento no sistema informatizado do IAT, além de um questionário específico para o enquadramento da atividade. “Na nossa cabeça o licenciamento ambiental não deve atrapalhar ninguém, ser implementado de maneira dinâmica e rápida, e, de preferência, sem papel”, ressalta Greca.
A DILA é válida para atividades que possuam potencial poluidor e degradador do meio ambiente insignificante, enquanto a DLAM se aplica para ações de potencial poluidor e degradador do meio ambiente de nível I, (seguindo critérios como ser uma atividade exclusivamente artesanal e ter até 10 funcionários, dentre outros). Já a LAC pode ser atribuída para iniciativas com potencial degradador nível II, classificadas dessa forma por não estar em uma área ambientalmente frágil e por não exigir supressão de vegetação nativa, entre outros requisitos.
“Junto do detalhamento de todos os procedimentos de licenciamento, essas duas medidas implementadas pelo decreto servirão para tornar o processo de emissão de licenças bem mais ágil no Paraná”, explica a diretora de Licenciamento e Outorga do IAT, Ivonete Coelho da Silva Chaves.
INSTRUÇÕES NORMATIVAS– Outra mudança estabelecida pelo decreto é a atribuição de todas as normas do processo de licenciamento, que antes estavam distribuídas entre diferentes órgãos, para o IAT. Assim, por meio da emissão de novas Instruções Normativas elaboradas por atividade ou empreendimento, o órgão ambiental estabeleceu os critérios para todas as etapas do processo.
Nas Instruções Normativas, estão estabelecidos definições, critérios, diretrizes para a solicitação das licenças necessárias para a implantação dos empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental, incluindo a documentação necessária que deve ser enviada pelo requerente para o processo e trâmite de análise do procedimento feito pelo Instituto.
“A ideia principal dessa nova legislação é trazer agilidade para o processo de licenciamento, sem perder a segurança jurídica e técnica. Diversos setores foram ouvidos e fizeram com que fosse possível criar essas instruções para que os licenciamentos ganhem velocidade”, destaca o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
“Além de trazer mais agilidade, essas novas Instruções Normativas servirão para que os critérios jurídicos das normas fiquem mais claros e os procedimentos sejam padronizados entre a sede e os escritórios regionais do IAT”, complementa Ivonete.
A Lista das novas Instruções Normativas pode ser consultada no site do IAT.
LICENCIAMENTO– O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo emitido pelo IAT que licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Para mais informações sobre o processo de licenciamento ambiental no Estado do Paraná, é possível consultar o site do Instituto Água e Terra.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas nesta quarta-feira (28) para cumprir 135 ordens judiciais contra uma organização criminosa investigada por furtar, adulterar e revender ilegalmente cargas de soja e fertilizantes. O esquema criminoso misturava areia à soja desviada, gerando prejuízos estimados em mais de R$ 15 milhões. A operação conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que contribuiu ativamente durante a fase investigativa.
Estão sendo cumpridos 37 mandados de prisão preventiva, 41 de busca residencial, 17 buscas e apreensões de caminhões e carretas utilizados nos crimes, além de 40 ordens de sequestros de bens. Os mandados estão sendo executados simultaneamente em Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Congonhinhas e Nova Fátima, no Paraná, além de Goiânia (GO).
A investigação teve início em 2022 após o furto de uma carga de fertilizantes avaliada em R$ 95 mil. Durante as apurações, a PCPR identificou mais de 100 cargas de soja e fertilizantes desviadas pela organização criminosa, resultando em prejuízos superiores a R$ 15 milhões.
As cargas desviadas eram levadas a armazéns clandestinos, onde a soja era adulterada com areia. Em seguida, os produtos eram ensacados para aparentar integridade e vendidos como legítimos. Em alguns casos, a soja adulterada chegou a ser embarcada para exportação.
Fertilizantes também foram desviados e adulterados com materiais como calcário e silicato. Após essas misturas, os produtos eram embalados e comercializados ilegalmente, gerando perdas expressivas aos produtores rurais e prejudicando diretamente a produtividade agrícola.
O delegado da PCPR responsável pelas investigações, André Gustavo Feltes, afirmou que as ações da organização criminosa são graves e destacou os prejuízos econômicos e institucionais causados pela adulteração das cargas agrícolas.
“A adulteração de soja e de fertilizantes gera prejuízos econômicos imediatos aos produtores rurais e exportadores, compromete diretamente a produtividade das lavouras e ainda pode afetar a reputação internacional do Brasil”, disse Feltes.
ALICIAMENTO DE MOTORISTAS– Um dos principais métodos da organização criminosa era o aliciamento de motoristas. A PCPR identificou que a quadrilha mantinha motoristas contratados fixamente por empresas fictícias para desviar cargas frequentemente. Além desses, outros motoristas eram cooptados pontualmente para executar desvios das rotas originais até os armazéns clandestinos. A participação deliberada desses motoristas era crucial para abastecer o esquema criminoso.
Entre os crimes investigados pela PCPR estão furto qualificado, receptação qualificada, falsidade ideológica, adulteração de produtos agrícolas, indução de consumidor a erro, duplicata simulada, lavagem de capitais e organização criminosa.
NOTEIRAS– As investigações também captaram que notas fiscais falsas eram emitidas por empresas sem vínculo legítimo com os envolvidos, muitas delas com registros encerrados ou atuando exclusivamente como “noteiras”. Esses documentos simulavam transações comerciais fictícias para conferir aparência de legalidade ao transporte e à revenda dos produtos adulterados.
Confirmado nesta quarta-feira (28) como o primeiro satélite do Centre Pompidou nas Américas, o Centro Pompidou Paraná tem seu projeto assinado pelo arquiteto paraguaio Solano Benítez. Reconhecido por unir saberes tradicionais e soluções contemporâneas em obras de forte impacto social, ele propõe uma arquitetura que valoriza a convivência, a simplicidade e a relação com o território. É o que revelam as novas projeções do projeto divulgadas pela Secretaria de Estado da Cultura, parte de estudos e alinhamentos ainda em andamento.
A proposta está em sintonia com a vocação do museu, fruto de uma parceria do Governo do Paraná com a instituição francesa iniciada em 2022. O novo espaço será construído ao lado do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A licitação deve acontecer ainda neste ano e a previsão de inauguração é para 2027, com investimento de cerca de R$ 200 milhões do Estado.
Mais do que um edifício, Benítez foi convidado pelo Paraná para criar um lugar onde as pessoas se sintam parte, no coração da Mata Atlântica brasileira. “A gente precisa facilitar o aprendizado. E para isso, é preciso garantir tempo e espaço para a imaginação”, afirma.
O Centro Pompidou Paraná deve ter acessos bastante imersivos, grandes salões que vão ajudar a moldar as exposições e uma área central que funcionará como um ponto de observação e encontros. “Este é um momento que inaugura não apenas um novo capítulo da história cultural do Paraná, mas também um gesto concreto de diplomacia cultural entre Brasil e França”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.
TIJOLOS– O arquiteto propõe um projeto com base em materiais simples, como o tijolo, produzido com a terra de Foz do Iguaçu – e que pode inclusive ser extraído da própria área onde ele será construído – capaz de dialogar com a paisagem local e com a experiência cotidiana da população.
Para ele, usar o mesmo material que se encontra nas casas da cidade é também uma forma de inclusão. “Se você consegue fazer uma obra extraordinária com aquilo que uma pessoa comum tem à disposição, você está mostrando a ela novas possibilidades de vida.”
O museu será construído com um sistema que une tijolos romanos e concreto armado, combinando técnicas ancestrais com soluções industriais modernas. A proposta parte da ideia de que não é preciso negar o passado para inovar – mas utilizar-se do conhecimento anterior para avançar a partir ele. “O tijolo tem três mil anos de história. Se eu consigo fazer uma pequena modificação nele, estou respeitando a tradição e, ao mesmo tempo, propondo algo novo”, afirma.
Benítez, que venceu o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2016, é conhecido por criar estruturas com forte apelo estético a partir de elementos simples. Obras como a Escola de Música de Paraguarí, no Paraguai, e o Pavilhão Paraguaio da Bienal de Veneza, erguido com painéis de tijolo moldados à mão, são exemplos de como a sua arquitetura alia beleza, engenhosidade e função social.
O Centro Pompidou Paraná deve ter acessos bastante imersivos, grandes salões que vão ajudar a moldar as exposições e uma área central que funcionará como um ponto de observação e encontros. Foto: Divulgação
MUSEU NATURAL– O projeto do museu foi pensado como um ambiente aberto e acolhedor, com forte integração com o entorno. A proposta inclui praça pública, salas de exposição, biblioteca, restaurante, ateliês educativos, áreas para espetáculos e laboratórios de residência artística. A arquitetura parte das condições reais do território: clima, luz, vegetação, relevo. Tudo isso influencia o desenho do edifício.
“O vínculo com a natureza precisa estar presente”, diz o arquiteto. “Não se trata apenas de usar materiais sustentáveis, mas de criar uma lógica de construção que faça sentido para o lugar, que é uma região quente, úmida”.
A concepção da arquitetura do museu se baseia em uma pele de painéis de tijolo, que concentra as circulações verticais e horizontais, envolve os principais espaços do museu e cria um microclima artificial no interior do edifício.
Para o arquiteto, a sustentabilidade não está apenas nos certificados construtivos ou no uso de determinados insumos. Está, acima de tudo, na forma como se pensa a construção. “Se a gente quer falar de sustentabilidade de verdade, é preciso olhar para as arquiteturas indígenas. Elas têm séculos de sabedoria acumulada e lidam com o ambiente de maneira muito mais respeitosa”, diz.
A arquitetura do museu utiliza, pela primeira vez em maior escala, estratégias e técnicas construtivas desenvolvidas por Benítez no contexto local do Paraguai, como a pré-fabricação de módulos de alvenaria e o uso de painéis de tijolo como fôrma para a estrutura de concreto.
O projeto do museu caminha nessa direção: aproveita os recursos locais, evita excessos e valoriza técnicas que envolvem a comunidade. “Não quero discutir se as mudanças climáticas são causadas pelo ser humano ou fazem parte de um ciclo. O que importa agora é como a gente pode usar isso para melhorar a vida das pessoas”.
Outro fator que é levado em conta pelo arquiteto é a localização geográfica do museu, ao lado do Parque Nacional do Iguaçu. Para Benítez, a floresta, assim como as pessoas, deve se integrar naturalmente ao espaço, sem uma definição clara de ‘dentro’ ou ‘fora’.
Como parte deste conceito, o projeto integra e incorpora a mata resiliente – que nasce espontaneamente no terreno do museu – ao espaço do edifício, propondo um paisagismo integrado ao percurso do visitante e aos programas públicos no nível térreo.
IDENTIDADE REGIONAL– Para Carolina Loch, diretora de implantação do Centro Pompidou Paraná, o projeto terá características bastante singulares, tendo a arquitetura em si como atrativo, assim como o prédio disruptivo e “high tech” do Pompidou em Paris, mas acima de tudo será palco para conexões culturais.
“Nas últimas semanas estamos ouvindo a sociedade de Foz do Iguaçu e região para construir um museu que pertence às pessoas, que reflete suas histórias e atende suas necessidades. Estar próximo à população é fundamental para garantir que esse espaço seja vivo, plural e conectado”, explica.
A unidade do Pompidou em Foz terá como foco a arte moderna e contemporânea, mas também será um espaço de formação, intercâmbio e experimentação. A curadoria será feita em conjunto com a equipe francesa, com destaque para a produção latino-americana. O museu deve receber parte do acervo do Pompidou exposições que dialoguem com o Sul Global.
Foz do Iguaçu, por sua diversidade cultural e localização estratégica na Tríplice Fronteira, é um símbolo do encontro de diferentes povos. O museu pretende refletir essa pluralidade, mas também servir como um exemplo mais universal da experiência humana. “A presença de comunidades árabes, libanesas, asiáticas, brasileiras, paraguaias e argentinas precisa se traduzir em um espaço no qual todos se sintam bem-vindos”, destaca.
Centro Pompidou Paraná. Este será o nome oficial do futuro museu internacional de arte que será instalado em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, como a primeira unidade satélite das Américas do renomado museu francês Centre Pompidou. A oficialização da parceria com a instituição, uma das mais prestigiadas no mundo das artes moderna e contemporânea, foi confirmada nesta quinta-feira (28), em Paris, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da instituição, Laurent Le Bon.
O ato marca uma nova etapa na parceria firmada em 2022 e reconhece Foz do Iguaçu como parte da estratégia internacional do Pompidou, que mantém unidades em cidades como Málaga (Espanha), Bruxelas (Bélgica), Xangai (China), AlUla (Arábia Saudita) e, em breve, Seul (Coreia do Sul).
“Hoje é um dia histórico, com o anúncio oficial da vinda do Centro Pompidou à cidade de Foz do Iguaçu. Será uma grande oportunidade de trazer grandes exposições ao Paraná, colocando o Estado no circuito internacional de museus”, afirmou Ratinho Junior. “O Centro Pompidou está entre os cinco maiores museus do planeta e a unidade do Paraná será a primeira no hemisfério Sul. É um marco que coloca Foz do Iguaçu, e o Paraná como um todo, no mapa da cultura mundial”.
Com investimento estimado em cerca de R$ 200 milhões por parte do Governo do Estado, o museu será construído em um terreno cedido pela CCR Aeroportos, ao lado do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A previsão é publicar a licitação ainda neste ano. A inauguração deve ocorrer em 2027.
O acordo firmado prevê uma cooperação inicial de cinco anos com o Centre Pompidou. Desde 2022, o Governo do Paraná já conta com apoio técnico da equipe francesa, que atua como consultora no desenvolvimento do conceito curatorial e arquitetônico do espaço. O plano de trabalho envolve também a estruturação das ações educativas, com foco na formação de públicos, professores e profissionais da cultura.
Para consolidar o projeto, a fundação que coordena os trabalhos do Centre Pompidou se reuniu diversas vezes com as equipes da Secretaria de Estado da Cultura, tanto na França quanto no Paraná. “Foram 4 anos de muito trabalho e muita construção para chegarmos até aqui. E hoje, temos a alegria de anunciar oficialmente o Centro Pompidou Paraná na nossa Terra das Cataratas, onde se encontra uma das Sete Maravilhas da Natureza e que agora vai um dos museus mais importantes do mundo”, ressaltou o governador.
A secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, destacou o pioneirismo do Paraná na construção de uma parceria desse porte para a instalação de um museu internacional de arte. “É um momento histórico por se tratar do primeiro museu internacional da América Latina. Essa vinda é resultado de uma visão de vanguarda e de um trabalho muito intenso e dedicado das equipes envolvidas para consolidar o projeto, que está bem avançado. A expectativa é abrirmos a licitação ainda neste ano”, disse.
“Hoje é um dia muito importante para a história do Centre Pompidou. Assinamos o acordo para o novo Centro Pompidou do Paraná, em Foz do Iguaçu, o que é histórico, porque a unidade do Paraná terá o DNA do Centre Pompidou de Paris, mas com uma nova arquitetura que conecta a arte à natureza. Estamos muito contentes com essa parceria”, ressaltou o presidente do Centre Pompidou, Laurent Le Bon.
A iniciativa também integra a Temporada França-Brasil 2025, que celebra os 200 anos de laços culturais entre os dois países e reforça a posição do Paraná como protagonista na cena artística internacional.
CENTRO MULTIDISCIPLINAR– Fiel ao espírito do Centre Pompidou de Paris, inaugurado em 1977, o novo espaço no Paraná terá uma programação multidisciplinar que inclui exposições de arte moderna e contemporânea, apresentações cênicas, festivais, ciclos de cinema, conferências e residências artísticas.
A proposta é destacar a produção artística da América Latina e valorizar o dinamismo cultural da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A localização, próxima às Cataratas do Iguaçu – uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo e Patrimônio da Humanidade reconhecido pela Unesco – reforça o potencial turístico e simbólico do projeto.
A expectativa é que o público brasileiro tenha acesso a uma parte do acervo do Centre Pompidou, que reúne cerca de 140 mil obras de arte moderna e contemporânea, além de mostras que dialoguem com a produção cultural latino-americana e de outros países do Sul Global.
“Nossa intenção é que o Centre Pompidou Paraná seja um ponto de encontro: para estudantes das nossas escolas públicas, para artistas em formação e em consolidação, para visitantes do mundo inteiro e, sobretudo, para quem acredita que a arte é uma ferramenta de transformação social”, define Carolina Loch, diretora de implantação do Centro Pompidou Paraná.
ARQUITETURA– O projeto arquitetônico está a cargo do renomado arquiteto paraguaio Solano Benítez, reconhecido mundialmente pelo uso criativo de materiais sustentáveis como o tijolo cerâmico. Premiado com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2016, Benítez propõe uma construção que se integre ao território e valorize soluções de baixo impacto ambiental.
O espaço contará com uma praça pública, salas de exposição, áreas para espetáculos, ateliês educativos, biblioteca de pesquisa, laboratórios artísticos, loja e restaurante. A expectativa é de que o projeto final seja apresentado no segundo semestre deste ano, quando também deve ocorrer a licitação para definir a empresa responsável pela execução das obras.
PRÓXIMOS PASSOS– Com a oficialização do nome, a expectativa agora se volta para o lançamento da identidade visual e da marca definitiva do museu, previsto para setembro, quando também será publicado o edital da construção. Até lá, seguem os trabalhos técnicos e curatoriais em conjunto com o Centre Pompidou.
PRESENÇAS– Também participaram da assinatura os secretários estaduais Guto Silva (Cidades), Ulisses Maia (Planejamento) e Cleber Mata (Comunicação); o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e toda a cúpula diretiva do Centre Pompidou.