O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) modernizou seu complexo laboratorial com novos equipamentos que visam melhorar a infraestrutura da rede de laboratórios multiusuários. A intenção é que as novas aquisições, que totalizam R$ 400 mil, possam dar suporte às pesquisas científicas e tecnológicas no Estado, além de ampliar os serviços prestados pelo Tecpar ao setor produtivo.
O investimento faz parte de um total de R$ 6 milhões que o Governo do Estado destinou para fortalecer as atividades de pesquisa desenvolvidas na Rede de Laboratórios Multiusuários das Universidades Estaduais do Paraná (RIMPP). Os recursos são do Fundo Paraná, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
A RIMPP foi instituída em 2022 pela Seti, com a participação do Tecpar e universidades estaduais, como uma importante estratégia para o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação. Sua implantação facilitou a interação e compartilhamento de espaços, equipamentos e serviços tecnológicos entre a comunidade científica, reunindo instituições públicas e privadas no Paraná.
O complexo de laboratórios multiusuários do Tecpar é referência no Paraná e ocupa posição de destaque no país, cumprindo os mais rigorosos requisitos internacionais para ensaios. Para manter estes padrões de qualidade, eficiência e precisão, os laboratórios receberam equipamentos e sistemas adaptados às tecnologias mais atuais.
“A modernização aumenta o escopo de serviços prestados no Tecpar para atender demandas de empresas e indústrias do Paraná por meio da RIMPP, além de melhorar o controle de qualidade de produtos para a saúde e alimentos destinados à exportação, com agregação de valor”, afirma a coordenadora do projeto no Tecpar, Daniele Adão.
NOVOS EQUIPAMENTOS– Um dos novos equipamentos é o cromatógrafo a gás com detector de ionização de chama (GC-FID), uma ferramenta essencial para a realização de análises laboratoriais, com aplicação em diversas áreas. Ele é usado para separar e identificar componentes voláteis de uma mistura, e determinar a sua quantidade com precisão. Os componentes voláteis são substâncias químicas que evaporam facilmente à temperatura ambiente, transformando-se em gases.
“Além da atualização tecnológica, esse novo cromatógrafo traz maior agilidade e facilidade de operação e de manutenção e, principalmente, atende plenamente os requisitos técnicos dos métodos normatizados para ensaios cromatográficos ambientais”, diz Daniele.
A segunda aquisição consiste em novos componentes para ampliar a capacidade analítica de um equipamento já existente, o detector para HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência). Esses componentes são chamados detector de fluorescência (FLD) e detector de índice de refração (RID). Cada um tem uma função específica no processo de análise, e todos funcionam integrados entre si, controlados através de um software.
Os novos equipamentos foram instalados em abril e já têm sido utilizados no desenvolvimento de estudos em bioinsumos e também para avaliar a qualidade da alimentação escolar fornecida aos estudantes de escolas públicas, incluindo ensaios de micotoxinas em alimentos e ensaios de lactose e açúcares adicionados.
REDE MULTIUSUÁRIOS– Os laboratórios multiusuários são ambientes que possuem equipe e instalações disponíveis para uso compartilhado e que oferecem serviços de Pesquisa e Desenvolvimento aos usuários externos à instituição. Além dos pesquisadores e universidades, empresas privadas também podem usar esses equipamentos, contribuindo financeiramente para a manutenção da infraestrutura dos laboratórios.
Além de integrar o RIMPP, desde 2023, o Tecpar está cadastrado na Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa (PNIPE), rede de laboratórios multiusuários do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Isso possibilita que as comunidades científica, tecnológica e empresarial de todo o País tenham acesso às instalações laboratoriais e aos equipamentos de pesquisa instalados no Instituto, mediante regras de utilização previamente definidas.
Com estrutura compartilhada em diferentes áreas de atuação e pesquisa, os laboratórios multiusuários do Tecpar têm sua qualificação reconhecida pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CRL0244 e CAL 085), com credenciamento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), habilitação na Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde da Anvisa e cadastro do laboratório no Instituto Água e Terra (IAT).
O encontro de junho do programa Arte para Maiores (APM) será na exposição“Veemente”, do artista mexicano Gabriel de la Mora, com curadoria de Marcello Dantas. A atividade acontecerá nos dias 3 e 10, das 14h às 17h, no Espaço de Oficinas, localizado no subsolo do MON. A programação inclui uma visita mediada à mostra, em exibição na Sala 1, seguida de uma oficina prática. A proposta é experimentar diferentes materiais, em diálogo com as técnicas utilizadas pelo artista em suas obras.
A mostra “Veemente” apresenta obras produzidas com materiais inusitados, como cabelos, asas de borboleta, cascas de ovo e fragmentos de objetos do cotidiano. Com base no conceito de ready-made, Gabriel de La Mora transforma esses elementos em trabalhos visuais únicos, usando repetição e atenção aos detalhes.
A participação na atividade é gratuita e a entrada no museu é livre para pessoas com mais de 60 anos. Porém, é necessária a inscrição antecipada, que deve ser feita por este formulário .
APM– O premiado Arte para Maiores, oferecido pelo MON desde 2014, é um programa educativo que proporciona ao público maior de 60 anos a sensibilização para a arte e pela arte. A ação promove encontros presenciais e virtuais, visitas mediadas em sala expositiva, atividades de experiência artística e dinâmicas de integração.
SOBRE O MON– O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Serviço:
Arte para Maiores – “Veemente – Gabriel de La Mora”
Mediação e oficina
Data: 3 e 10 de junho
Horário: 14h às 17h
Local: Espaço de Oficinas | Subsolo do MON – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba
O Paraná vai sediar entre os dias 5 e 7 de junho a 13ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). As atividades do encontro vão acontecer em Curitiba e Morretes, no Litoral do Estado. É aguardada a presença dos governadores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, que integram o consórcio.
A programação do encontro começa na Capital do Estado na quinta-feira (5), com o credenciamento dos participantes na Ópera de Arame. No mesmo local, na sexta-feira (6) pela manhã, acontece a abertura oficial do evento. À tarde, também em Curitiba, as equipes técnicas dos estados participam as reuniões das sete câmaras temáticas do consórcio.
No sábado (7) pela manhã, os governadores viajam de trem para Morretes, onde acontece a leitura da carta com as definições do encontro e o encerramento do evento em uma coletiva de imprensa. O trajeto de 70 quilômetros entre a Capital e o Litoral é considerado o passeio de trem mais bonito do mundo, com passagem pela da Serra do Mar em um dos maiores trechos preservados de Mata Atlântica do Brasil.
As inscrições para o encontro serão feitas pelo site https://www.cosudoficial.com.br/ . A programação também está disponível no site.
Anfitrião do evento, Carlos Massa Ratinho Junior vai apresentar aos governadores a proposta de discussão de competência concorrente dos estados com a União para as normas da legislação penal. Atualmente a Constituição Federal afirma que a competência sobre direito penal é privativa da União e com a medida ela passaria a ser concorrente, como nas questões de legislação ambiental e programas habitacionais.
“A mudança garantirá que estados editem leis para aplicar punições mais rígidas, garantindo mais tempo de regime fechado a condenados, sem precisar de uma discussão federal, que é naturalmente mais lenta. A Constituição do Brasil está prestes a completar 40 anos. É o principal marco da nossa democracia, um tratado que permitiu a estabilidade duradoura do país. Ela pode se adaptar aos novos tempos”, afirma Ratinho Junior.
O Cosud também vai aprofundar a discussão em temas como a cooperação na implementação e avaliação de políticas públicas voltadas à adaptação às mudanças climáticas, a Reforma Tributária, a liberdade econômica e políticas para mulheres. O presidente do Cosud é o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
CÂMARAS TEMÁTICAS– Esta será a primeira edição com discussões concentradas nas sete câmaras temáticas criadas pelo consórcio. Anteriormente, as reuniões aconteciam em grupos de trabalho mais nichados.
O Paraná, anfitrião do evento, é o responsável pela coordenação da câmara de Educação, que terá como foco o Piso Nacional do Magistério. A câmara de Desenvolvimento Econômico é liderada por Minas Gerais e reúne as pastas de Agricultura e Pecuária, Turismo, Cultura, Infraestrutura, Logística e Desenvolvimento Urbano, Desenvolvimento Econômico, Parcerias e Fomento. O foco na agenda em Curitiba será a liberdade econômica.
Outra câmara temática é a de Governo, coordenada pelo Rio Grande do Sul, aglutinando as secretarias de Fazenda, Governança, Procuradoria, Planejamento, Previdência, Controladoria, Inovação e Governo Digital. A pauta envolve a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), do governo federal. Já a área da Saúde tem coordenação do Espírito Santo e as discussões envolverão a gestão para redução do tempo de espera para consultas e exames especializados.
A Câmara de Meio Ambiente, presidida por Santa Catarina, reunindo os temas relacionados ao Meio Ambiente e Defesa Civil, terá como meta a discussão do Plano Integrado de Aumento de Cobertura Vegetal Urbana nos Estados do Cosud.
As outras duas câmaras temáticas são a de Segurança Pública, comandada por São Paulo, cujo tema central será diminuição da reiteração criminal com aperfeiçoamento das audiências de custódia, e de Desenvolvimento Humano, que aglutina assuntos de Direitos Humanos, Juventude, Desenvolvimento Social e Esportes, comandada pelo Rio de Janeiro, cujo foco em Curitiba será a Políticas para as Mulheres.
COSUD– Criado em março de 2019, o Consórcio de Integração Sul e Sudeste tem como objetivo fortalecer a parceria entre as regiões e promover ações que beneficiem a população. A presidência do consórcio, atualmente sob a responsabilidade do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, é conduzida em um sistema rotativo, garantindo a alternância de liderança e promovendo um ambiente colaborativo entre os estados.
Os sete estados que compõem o Cosud abrigam mais de 114 milhões de habitantes, o que corresponde a 56% da população brasileira, e são responsáveis por 70% do PIB nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Cosud tem personalidade jurídica própria e terá sede em Brasília, com servidores indicados pelos estados, o que ajudará a defesa dos interesses do Sul e Sudeste em nível nacional.
Para ampliar a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, o Governo do Estado lançou nesta terça-feira (27) o projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES) , dentro do Programa Mulher Segura, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Ele é voltado às mulheres que possuem medida protetiva de urgência expedida pelo Poder Judiciário e aceitarem o monitoramento.
Por meio da iniciativa, o agressor será monitorado e não poderá se aproximar da vítima, com as distâncias mínimas estabelecidas pela Justiça. A localização dele será acompanhada tanto pela mulher quanto pelas forças policiais em caso de descumprimento. Caso isso aconteça, vítima e a polícia serão avisados, a primeira para buscar proteção, e a segunda para evitar que algum crime seja cometido.
A Agência Estadual de Notícias (AEN) responde abaixo as principais dúvidas sobre o novo programa de Monitoração Eletrônica Simultânea. Confira:
Quem será atendido?
Mulheres que possuem medida protetiva de urgência expedida pelo Poder Judiciário. A monitoração é medida excepcional e não atende casos não considerados graves, uma vez que é voltado apenas para os casos de riscos iminentes à vida.
Como vai funcionar?
A mulher que tiver medida protetiva de urgência e for escolhida pelo Poder Judiciário para participar do programa ganhará um celular específico para receber os alertas. Já o agressor será monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
Os equipamentos de monitoração eletrônica serão capazes de monitorar, simultaneamente, a vítima assistida e seu respectivo agressor. Caso ele se aproxime da vítima, infringindo a distância mínima estabelecida pela Justiça, um alerta será emitido para a mulher e para as forças de segurança, proporcionando que tanto ela possa se proteger quanto as forças policiais sejam encaminhadas para a localização do agressor, tomando as medidas necessárias para evitar que um crime possa ser cometido contra a vítima.
Qualquer mulher vítima de violência poderá participar?
Não. A escolha das mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar será realizada pelo Poder Judiciário. Deverá ser identificado o risco concreto pelas autoridades competentes para indicar a necessidade de fiscalização ostensiva do agressor.
A mulher é obrigada a participar da monitoração eletrônica simultânea?
Não. A vítima escolhe se deseja participar da monitoração eletrônica simultânea, manifestando expressamente o consentimento para integrar o programa. A medida de monitoração simultânea é excepcional e deve ser aplicada a partir da aferição de alto risco concreto de progressão ou reiteração da violência contra a mulher.
Quando as mulheres recebem o celular?
Com a definição da Justiça quanto à participação da mulher no programa e o aceite da mesma, ela será notificada para comparecer à sede judiciária local, indicado na decisão para receber a Unidade Portátil de Rastreamento (UPR) e instrução de funcionamento e de uso, que serão fornecidas pela Polícia Penal do Paraná (PPPR). A mulher deverá firmar um termo de entrega e responsabilidade ao receber o dispositivo.
Qual órgão fará o acompanhamento?
O juiz da comarca, em articulação com a rede local de proteção a mulher, estabelecerá qual órgão será responsável pelo acolhimento inicial da mulher vítima de violência dentro do Programa de Monitoração Eletrônica Simultânea. Elas serão direcionadas aos Centros de Atendimentos Humanizados e Especializados e em programas assistenciais, relacionados à saúde, educação, promoção social, suporte psicossocial e demais serviços previstos em lei.
Qual a distância em que a mulher será notificada?
O juiz vai considerar as circunstâncias do caso e as condições pessoais da vítima e do agressor e, por meio de decisão judicial, fixará a distância. Segundo a Instrução Normativa nº 230/2025, da Secretaria da Segurança Pública, Poder Judiciário e Ministério Público e que criou o programa de Monitoração Eletrônica Simultânea, foram estabelecidos os seguintes raios mínimos de distância: Raio de Advertência (500 metros) e Raio de Exclusão (200 metros). Na prática, o raio mínimo de distância é de 700 metros.
Como será o alerta?
Caso o agressor entre no raio de advertência (500 metros), a vítima recebe um alerta no número cadastrado, que poderá ser por SMS, WhatsApp e ligação, enquanto que o infrator é notificado sobre ter invadido o raio de proteção, tanto no próprio celular como na tornozeleira, que vibra quando houver essa proximidade indevida. As forças policiais também recebem o aviso em uma central de monitoramento.
Já quando o homem invade o raio de exclusão (mais próximo da vítima), a mesma passa a ter acesso à localização do agressor em tempo real. O smartphone permite filmar o ambiente, enviando as imagens e sons diretamente para o banco de dados do sistema. A unidade policial mais próxima é acionada com alerta de prioridade, se deslocando até a vítima com base na sua localização.
E se o agressor conseguir retirar a tornozeleira?
No caso do agressor romper a tornozeleira eletrônica ou houver a perda de sinal por questões de isolamento, a vítima será notificada. No mesmo instante, a polícia se deslocará até a sua localização para garantir sua segurança. Em um local sem rede, a mulher ainda conseguirá acessar a localização do agressor no smartphone. Isso porque o dispositivo se conecta automaticamente na tornozeleira através do sistema Bluetooth, alcançando até 100 metros.
Quais cidades participarão do programa?
Nesta fase-piloto, o programa será realizado em Curitiba e Foz do Iguaçu, por um ano.
Outras cidades participarão do programa?
Sim. Para o restante do Estado, será implementado a Monitoração Eletrônica Simultânea após um ano, a partir da análise da rede de enfrentamento local de cada município, que deverá ter a estrutura necessária para execução do programa.
Existe um número total de mulheres a serem atendidas?
Neste primeiro momento de fase-piloto, os dispositivos serão distribuídos para as vítimas conforme necessidade e autorização da Justiça quanto às mulheres participantes do projeto, não havendo um número máximo de dispositivos a serem entregues.
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), apresentou nesta terça-feira (27), em Curitiba, o projeto-piloto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES), no âmbito do Programa Mulher Segura. Por meio do monitoramento em tempo real da localização da vítima e de seu agressor, as forças de segurança poderão realizar o alerta e as ações necessárias para preservar a vida da mulher e a prisão do autor da violência em caso de descumprimento da medida protetiva.
Com investimento de R$ 4,8 milhões por parte do Estado, os equipamentos serão fornecidos pela empresa Spacecomm Monitoramento S/A, uma das maiores empresas de monitoramento de sentenciados do mundo e vencedora do pregão eletrônico realizado pela Sesp. A primeira fase terá como piloto as cidades de Curitiba (nos primeiros seis meses) e, na sequência, Foz do Iguaçu, no Oeste, com o restante do Estado incluído após o primeiro ano do projeto.
O novo sistema será capaz de monitorar simultaneamente e em tempo real a mulher que está com medida protetiva de urgência expedida pelo Poder Judiciário e o respectivo agressor. Entre os recursos do programa está a emissão de alertas rápidos para facilitar eventuais intervenções das forças de segurança, quando necessárias, aumentando a segurança das mulheres que convivem com essa situação.
Serão disponibilizados celulares para as vítimas e tornozeleiras para os respectivos agressores, com as entregas condicionadas à decisão da Justiça sobre a monitoração eletrônica e a inclusão da mulher no programa, que é voluntária. O prazo inicial de execução do projeto é de um ano, podendo ser prorrogado por mais cinco anos.
O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, reforçou que a iniciativa une tecnologia de ponta com sensibilidade social. “Não estamos apenas implantando um novo sistema de monitoramento. Estamos dizendo para cada mulher paranaense que ela não está sozinha. Este é o tipo de política pública que transforma e salva vidas”, afirmou. “Segurança é acolhimento, é presença do Estado. É por isso que seguimos trabalhando com seriedade, responsabilidade e inovação para proteger quem mais precisa.”
Além da Sesp, por meio das polícias Civil (PCPR), Militar (PMPR) e Penal (PPPR), com monitoramento e atendimento direto em ocorrências, prisões em flagrante e comunicação de descumprimentos, a iniciativa abrange ainda o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), responsável pela inclusão das vítimas no programa; o Ministério Público do Paraná (MPPR), com o acompanhamento das ações; e a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), que fará o acolhimento, assistência e direcionamento das vítimas.
Trata-se de um trabalho integrado visando garantir mais segurança para essas mulheres. As instituições formalizaram em maio a Instrução Normativa Conjunta nº 230/2025, que criou o projeto, em uma iniciativa pioneira no Brasil e que integra a estratégia estadual de enfrentamento à violência contra a mulher.
“As ações que vêm sendo feitas de forma conjunta pelo Governo do Estado, com o envolvimento da sociedade e a ajuda da tecnologia, nos enchem de esperança. Não existem soluções fáceis para problemas complexos como o enfrentamento das violências contra a mulher, mas essa medida é um passo importante para levarmos mais segurança para elas”, afirmou a secretária da Semipi, Leandre Dal Ponte.
COMO FUNCIONA —A mulher que aceitar fazer parte do monitoramento receberá um celular, chamado de Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), voltado exclusivamente ao alerta sobre a proximidade do agressor e a comunicação com as autoridades. Esse alerta será encaminhado tanto para a vítima, por meio de SMS, WhatsApp e ligação, quanto para as forças policiais, em uma central de monitoramento, que deslocarão a viatura mais próxima para atendimento da ocorrência.
Além do alerta, a vítima também receberá informações relevantes em tempo real, como a visualização, por mapa e chat, sempre que o agressor invadir o raio de exclusão definido. O sistema funciona como um canal de comunicação direta com a polícia, oferecendo à vítima a possibilidade de acionar ajuda imediata e fornecendo meios para que ela se afaste e se proteja do autor da violência.
Já o agressor será monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica. Ele não poderá se aproximar dos raios de exclusão (as áreas previamente definidas na decisão judicial como sendo de afastamento obrigatório) e dos raios de advertência (distâncias previamente definidas na decisão judicial, que devem ser mantidas entre o agressor e a pessoa protegida). O raio mínimo de distância é de 700 metros, somado a exclusão e a advertência.
Caso o agressor entre no raio de advertência, a vítima recebe um alerta no número cadastrado, enquanto que o infrator é notificado sobre ter invadido o raio de proteção, tanto no próprio celular como na tornozeleira, que vibra quando houver essa proximidade indevida. As forças de segurança também recebem o alerta de advertência no sistema.
Foto: Reprodução/Secom Paraná
Já quando o homem invade o raio de exclusão (mais próximo da vítima), a mesma passa a ter acesso à localização do agressor em tempo real. O smartphone permite filmar o ambiente, enviando as imagens e sons diretamente para o banco de dados do sistema. A unidade policial mais próxima é acionada com alerta de prioridade, se deslocando até a vítima com base na sua localização.
No caso do agressor, romper a tornozeleira eletrônica ou se houver a perda de sinal por questões de isolamento, a vítima será notificada. No mesmo instante, a polícia se deslocará até a sua localização para garantir sua segurança. Em um local sem rede, a mulher ainda conseguirá acessar a localização do agressor no smartphone. Isso porque o dispositivo se conecta automaticamente na tornozeleira através do sistema Bluetooth, alcançando até 100 metros.
“O rompimento da tornozeleira para nós é prioridade máxima. Se isso ocorrer, uma vez que nós não teremos mais o controle da localização daquele indivíduo, as forças de segurança vão até a mulher que está com a medida protetiva de urgência para informá-la que houve o rompimento e seguir os protocolos para garantir a sua segurança”, explicou o secretário da Segurança Pública.
O TJPR é quem definirá as vítimas elegíveis para o programa, que deverão contar com medida protetiva de urgência expedida pelo próprio Poder Judiciário. O órgão também definirá as distâncias mínimas entre a mulher e o agressor, a depender da análise individualizada de cada caso.
A contratação da empresa envolve, ainda, o software responsável por monitorar ativamente tanto o agressor quanto a vítima, rastreando suas localizações e detectando qualquer violação das áreas seguras estabelecidas pelas medidas protetivas de urgência. Ele também fornece uma interface para os agentes de segurança pública e autoridades judiciais acompanharem a situação em tempo real, permitindo uma resposta rápida e eficaz em caso de violação da ordem judicial.
Também está no rol da contratação a configuração de centros de monitoramento, com a instalação de servidores para armazenamento e registro de eventos e a criação de protocolos de comunicação eficazes entre todas as partes envolvidas. A medida envolve serviços de datacenter e de nuvem; sistemas de armazenamento de dados, ativos de rede (switches, roteadores) e links de comunicação.
QUEDA DE HOMICÍDIOS DE MULHERES —O número de homicídios de mulheres caiu 18,7% no Paraná em dez anos , de acordo com dados do Atlas da Violência 2025, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o anuário, o número total de mulheres vítimas de mortes violentas caiu de 283 casos registrados em 2013 para 230 em 2023.
A redução paranaense foi maior do que a média nacional do período. Em todo o Brasil, a queda no número total de homicídios de mulheres ao longo de dez anos foi de 18,2%, caindo de 4.769 para 3.903. O Paraná também foi o único estado da região Sul a registrar queda nos casos no período. Em Santa Catarina, o número de homicídios de mulheres aumentou 2,9%. No Rio Grande do Sul, o total de casos teve alta de 6,7%.
Em março deste ano, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou o decreto que institucionaliza o programa Mulher Segura , trazendo uma série de ações para combater o feminicídio e a violência doméstica. Com operações realizadas em 20 cidades no ano passado, a previsão é que o programa seja expandido aos 399 municípios paranaenses em 2025. O Mulher Segura trabalha tanto na capacitação de agentes públicos para atender as ocorrências, como na conscientização e orientação de homens e mulheres para reduzir os casos de violência doméstica.
As 20 cidades que receberam as ações do Mulher Segura em 2024 registraram redução no número de feminicídios. Somando todos os municípios, foram 18% de casos a menos do que em 2023, passando de 45 para 37 de um ano para outro. Com a ampliação, o objetivo é diminuir ainda mais esses números em todo o Estado, uma vez que foram registrados 109 casos de feminicídio no Paraná no ano passado.
Segundo Teixeira, a tecnologia ajudará a reduzir ainda mais os indicadores de violência contra as mulheres. “Com a operação Mulher Segura, nós reduzimos em 18% o número de feminicídios nas cidades onde atuamos, sem o auxílio desse dispositivo. Em 2024, a queda foi de 24% nos 76 municípios da operação, ainda sem contar com essa tecnologia. Agora, com esse novo recurso, que possibilita que a gente chegue antes ao agressor e que a vítima saiba onde ele está, tenho certeza que vamos reduzir em muito o número de feminicídios no Paraná”, finalizou.
CÂMARA CRIMINAL —Em abril deste ano, Ratinho Junior sancionou a Lei nº 22.382/2025, que cria, no âmbito do TJPR, uma nova Câmara Criminal com competência especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher. É a primeira do tipo do País, em um movimento pioneiro do Paraná.
A criação da nova Câmara Criminal visa dar uma resposta mais rápida para os casos envolvendo violência contra a mulher. Somente em 2024, foram 12.495 novos processos que chegaram ao Poder Judiciário, cerca de 24,2% do total de novas matérias distribuídas para as cinco Câmaras Criminais que já existem no Poder Judiciário paranaense.
As mudanças na temperatura serão bruscas em algumas regiões do Paraná a partir desta quarta-feira (28), com até 15°C de queda nas temperaturas mínimas. Enquanto no Leste e Sul algumas cidades já experimentaram um pouco de frio durante o Outono, outras regiões viveram no calor todas as tardes até esta terça-feira (27). No Norte e no Oeste a partir de quarta, finalmente, o termômetro deve registrar temperaturas mais baixas.
No Oeste, três cidades tiveram até o momento, no mês de maio, temperaturas médias três graus acima da média histórica: Santa Helena (18.7°C de temperatura média histórica para o mês de maio, 21.8°C de temperatura média registada em maio de 2025, ou seja, 3.1°C acima da média); São Miguel do Iguaçu (18.4°C de temperatura média histórica para o mês, 22.1°C de temperatura média registrada em maio de 2025, 3.7°C acima da média); e Toledo (17.7°C de temperatura média histórica para o mês, 22.1°C de temperatura média em maio de 2025, 4.3°C acima da média).
Fora da região Oeste, apenas uma cidade ficou 3°C acima da média: Cândido de Abreu, que tem temperatura média histórica para o mês de maio de 17°C, mas registrou 20.1°C em maio de 2025 até o momento. Outras 16 cidades paranaenses tiveram temperaturas 2°C acima da média histórica para o mês de maio: Capanema, Cruzeiro do Iguaçu, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Guarapuava, Lapa, Londrina, Maringá, Palmas, Palotina, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e União da Vitória.
O tempo começa a mudar nesta terça-feira, o que vai provocar uma nova sensação nessas cidades. A aproximação de uma frente fria causa aumento de nuvens nas regiões que fazem divisa com Santa Catarina e fronteira com os países vizinhos, com previsão de pancadas de chuva, rajadas de vento e granizo pontual. Durante a madrugada, essa instabilidade se espalha por todas as regiões paranaenses.
Assim que a frente fria passar, avançará sobre o Paraná uma massa de ar de origem polar, que vai trazer uma queda expressiva nas temperaturas e uma mudança no padrão na quarta-feira, em específico: ao invés do dia começar gelado e as temperaturas subirem, como tem sido costumeiro no Outono, as temperaturas máximas ocorrerão durante a manhã, e ao longo do dia as temperaturas sofrem um forte declínio, ficando abaixo dos 10°C no Sudoeste e Centro-Sul do Paraná. O vento acentuará a sensação de frio.
Na quinta-feira os recordes de temperatura mínima para o ano devem ocorrer em todo o Estado. As mínimas vão variar entre 3°C e 7°C desde o Norte Pioneiro até o Noroeste, e também na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e no Oeste. Já no Centro-Sul, Sudeste e Campos Gerais, as temperaturas mínimas ficam próximas ao zero grau, podendo pontualmente ficar negativas. O frio ficará ainda mais intenso na sexta-feira, principalmente na RMC, no Centro-Sul, Sudeste e Sudoeste.
TEMPERATURAS– Laranjeiras do Sul, no Centro-Sul, que nesta terça tem temperatura mínima prevista de 18°C e máxima de 23°C, deve ficar com as temperaturas entre 7°C e 20°C na quarta, 5°C e 11°C na quinta e 3°C a 14°C na sexta. Até o momento, a menor temperatura registrada em 2025 em Laranjeiras do Sul foi 8.5°C, em 29/04. Serão, portanto, 15°C de queda na temperatura mínima, 12°C de queda na temperatura máxima e uma temperatura pelo menos 4°C abaixo do que a menor já registrada até o momento neste ano.
Capanema, no Sudoeste, nesta terça tem previsão de temperaturas entre 19°C e 28°C, terá temperaturas na faixa de 9°C a 19°C na quarta, 7°C a 14°C na quinta, e 5°C a 15° na sexta. Até o momento, a menor temperatura registrada em 2025 em Capanema foi 8.4°C em 30/04. Dessa forma, a cidade enfrentará uma queda de 14°C nas temperaturas mínima e máxima, e uma temperatura três graus abaixo do que a menor já registrada em 2025 até o momento.
No Norte Pioneiro, Santo Antônio da Platina tem temperaturas entre 17°C e 27°C nesta terça e a previsão é que fique entre 12°C e 20°C na quarta, 7°C a 16°C na quinta, e 5°C a 18°C na sexta. A menor temperatura registrada em 2025 até o momento em Santo Antônio da Platina foi 13.7°C, em 15 de maio. A cidade vivenciará um declínio de 12°C na temperatura mínima, de 11°C na temperatura máxima, e terá uma temperatura oito graus abaixo da menor já registrada até o momento em 2025.
No Noroeste, Paranavaí vai de 19°C a 28°C nesta terça-feira. Para quarta a previsão é de 11°C a 23°C, para quinta de 7°C a 14°C e para sexta de 6°C a 16°C. A menor temperatura registrada em 2025 até o momento na cidade foi de 12.6°C em 29/04, ou seja, a cidade enfrentará uma temperatura metade abaixo da menor que já vivenciou neste ano. As mínimas e as máximas terão declínio de 13°C e 14°C, respectivamente.
No Oeste, Toledo que enfrenta temperaturas muito acima da média neste mês termina terça-feira com temperaturas entre 19°C e 27°C. Na quarta a cidade ficará com a temperatura entre 8°C e 19°C, na quinta entre 6°C e 13°C, e na sexta entre 5°C e 14°C – um declínio de 14°C nas mínimas e máximas. A cidade já registrou 6.5°C em 29/04.
FRIO– Até quem já estava acostumado com o frio nos últimos dias vai sentir a diferença com a chegada dessa massa de ar polar. Na Capital, a terça vai de 15°C a 23°C. Quarta a previsão é de temperaturas entre 9°C e 20°C, na quinta entre 6°C e 13°C e sexta entre 3°C e 16°C. A menor temperatura registrada até o momento em 2025 na Capital foi de 9.4°C em 11 de maio. Serão 12°C de diferença na temperatura mínima, 10°C de diferença na máxima, e a menor temperatura do ano 6°C abaixo da que havia sido registrada anteriormente.
Em Guaratuba, por exemplo, a temperatura de terça vai de 17°C a 27°C, na quarta de 15°C a 23°C, na quinta de 9°C a 18°C e na sexta de 6°C a 17°C, uma diferença de 11°C na temperatura mínima e de 10ºC na temperatura máxima. A menor temperatura registrada em 2025 em Guaratuba foi recente: 15.7°C na última sexta (23), portanto a cidade terá uma temperatura 9°C abaixo da menor registrada até o momento.
No Sul, Palmas, que é uma das cidades mais frias do Estado, terá temperaturas entre 14°C e 22°C na terça, entre 4°C e 17°C na quarta, entre 2°C e 7°C na quinta, e entre 0°C e 14°C na sexta, ou seja, um declínio de 14°C nas mínimas e de 15°C nas máximas. “O frio mais rigoroso está previsto para quinta e sexta-feira. Na próxima semana o crescimento da temperatura será lento. Ainda fará frio durante as madrugadas e manhãs”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
GEADA– Na quinta-feira há previsão de geada de fraca a moderada intensidade nos Campos Gerais. Na sexta-feira, com exceção do Litoral, todas as regiões paranaenses podem ter geada. O risco é elevado, principalmente na região Centro-Sul, com moderada intensidade pegando o Sudoeste, a região Central, os Campos Gerais, a região Sudeste e metropolitana de Curitiba, e forte intensidade nas microrregiões de Palmas e General Carneiro. “No Oeste e na faixa Norte do Estado, a chance é baixa, mas não está descartada”, ressalta Kneib.
A previsão fica mais precisa quanto mais próximo da data for verificada. Por conta disso, o Simepar recomenda que todos acompanhem o Alerta Geada, na página inicial do site do Simepar ( www.simepar.br ), que traz as informações sobre locais e intensidade de geada com 72 horas de antecedência em todo o Paraná. O Alerta Geada é um serviço realizado desde 1995 em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) e a Secretaria da Agricultura e de Abastecimento (SEAB).
O Governo do Estado publicou noObservatório do Planejamento do Paranámais um volume da sériePor Dentro do PPA. A publicação, uma parceria da secretaria estadual do Planejamento com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), explica passos da elaboração do Plano Plurianual, de forma didática e ao mesmo tempo técnica. A série reforça a transparência dos instrumentos da secretaria e a possibilidade de diálogo com a sociedade.
O Plano Plurianual (PPA) é o instrumento que mostra o que o governo deseja realizar durante quatro anos e quanto pretende gastar para isso. Ele começa a ser pensado no início do mandato de um novo governador, entra em ação no segundo ano do mandato e vale para os quatro anos seguintes, até o primeiro ano do próximo mandato. O plano auxilia a administração pública a organizar melhor o dinheiro público, de forma que os projetos mais importantes sejam priorizados, e a garantir que o Estado se desenvolva de forma planejada e com transparência para a população.
A série Por Dentro do PPA é um produto do Observatório de Planejamento do Paraná, espaço institucional que visa fortalecer a capacidade de planejamento e monitoramento das políticas públicas do Estado. Ele funciona como um fórum permanente que acompanha e atua para aprimorar os instrumentos de planejamento do Paraná, bem como divulgar informações a respeito no Estado.
O Observatório possui um Comitê Técnico formado por professores universitários representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) que acompanham as publicações e que podem, também, divulgar aos alunos e reforçar nas suas disciplinas o uso dos dados abertos da Secretaria de Estado do Planejamento (SEPL), seja pelas plataformas Business Inteligence (BI) ofertadas, seja pelo contato com as equipes da secretaria.
“Queremos que cidadãos, gestores públicos, representantes da sociedade civil e lideranças políticas possam compreender de forma clara e objetiva as metas, os programas e os investimentos que estão sendo planejados para cada área – da educação à infraestrutura, da saúde à segurança. É fundamental que todos saibam como o governo está trabalhando para transformar os desafios em oportunidades e para construir um futuro mais próspero e justo para o Paraná”, afirmou o secretário de Estado do Planejamento, Ulisses Maia.
O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforça a importância de os cidadãos refletirem sobre como essas inovações do PPA contribuem para um planejamento mais estratégico e integrado e, com isso, o texto possa inspirar a adoção de práticas por parte de outros níveis do poder público, como os municípios.
Os diretores da Companhia de Saneamento do Paraná participaram de painéis e de diálogos setoriais no 33º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental para falar dos caminhos e estratégias que a empresa tem adotado para alcançar a universalização dos serviços nos municípios atendidos.
O evento, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), tem como tema “Saneamento para quem não tem – inovar para Universalizar!” O congresso, que ocorre em Brasília, desde o domingo (25), e segue com programação até esta quarta-feira (28) no Centro de Eventos Ulysses Guimarães. Em paralelo, ocorre a Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental.
O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, participou do painel sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs) como ferramenta para alcançar as metas de universalização do saneamento. Ao lado dos diretores-presidentes de companhias de outros estados, Bley destacou a experiência da companhia paranaense com esse modelo de parceria.
Segundo ele, a Sanepar adota uma abordagem metodológica que garante agilidade na expansão dos serviços, sem abrir mão da qualidade que a empresa já entrega. Bley reforçou que discutir saneamento é, acima de tudo, falar de saúde e meio ambiente. Por isso, as PPPs são um caminho para transformar essa pauta em prioridade nas políticas públicas, com foco em resultados concretos para a população.
“Trouxemos o modelo do Paraná onde se trabalha metodologia e não ideologia. O enfrentamento que temos para a Sanepar continuar sendo uma empresa pública, com responsabilidade, com entregas, mas trazendo métodos mais contemporâneos, e as PPPs são prova disso”, destacou.
“Fizemos a divisão do Estado em três microrregiões, incluindo municípios que não tinham esgotamento sanitário com os que tinham para que a equação econômico-financeiro ficasse de pé. Fizemos quatro lotes de licitação, trazendo parceiros privados, visando acelerar os investimentos para que possamos alcançar em 2029 a universalização, programada para 2033”, exemplificou.
No painel dos presidentes o diálogo tratou dos desafios do setor para que o saneamento alcance a população de todos os municípios. Participando com os presidentes e representantes da Aegea, Sanasa, Embasa, Caesb e Copasa, Bley falou que as empresas do setor precisam ser inventivas e encontrar caminhos para universalizar, além da necessidade de ações de enfrentamento da crise climática que tem afetado todas regiões do Brasil, seja pela escassez hídrica ou pelo excesso de chuvas.
“Tivemos a participação desde pequenas até grandes empresas, algumas com alta abrangência, como Minas Gerais com mais de 600 municípios, e o enfrentamento de realidades muito diferentes, mas com convergência de muitos temas. A questão de financiamento, de licenciamento, de mão de obra capacitada para atender toda as ações, busca da qualificação de novos atores”, disse Bley.
“Apesar de realidades distintas, temos a necessidade de manter diálogo permanente para mostrar nossa representatividade e achar soluções adequadas para o nosso trabalho, que é de saúde pública, com a universalização do esgoto sanitário e a manutenção da universalização no abastecimento. E a responsabilidade para isso não é só das companhias de saneamento, mas de toda sociedade. Precisamos da sinergia dos vários atores, propiciar um campo fértil para alcançarmos os resultados. Saúde, fiscalização, regulação tem de estar juntos para trazer reflexos positivos a todos”, ressaltou.
BRASIL URBANO E RURAL– A diretora de Investimentos da Sanepar, Leura Conte de Oliveira, falou sobre soluções inovadoras para a universalização da água e do esgoto em comunidades brasileiras de pequeno porte nas áreas urbana e rural. De acordo com ela, os desafios são enormes, já que mais de 40% dos municípios têm menos de 10 mil habitantes, e para levar os serviços a complexidade e os custos são exponencialmente maiores, principalmente, para o tratamento do esgoto.
“A Sanepar tem números invejáveis: 81,5% de coleta de esgoto, mas ainda temos cerca de 800 mil pessoas que necessitam receber esse sistema e para isso buscamos alternativas, dentre elas as PPPs. A busca para atendimento dessas pequenas comunidades passa pela questão tarifária, são comunidades muito distantes, que demandam um olhar diferenciado e a busca por soluções alternativas, descentralizadas, com uso de wetlands”, explicou a diretora.
“Nesses locais há maior área com menor custo e também o uso de parâmetros ambientais do Conama, que são menos restritivos para que possamos chegar nessas comunidades. A partir da universalização melhoramos as condições de padrões de lançamento ambiental sem comprometer o meio ambiente”, ponderou Leura.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO– Anatalício Risden Júnior, diretor de Inovação e Novos Negócios na Sanepar, destacou que a cultura da inovação está no DNA da Companhia. Além das PPPs, entre os exemplos estão a migração para o mercado livre de energia, uso da fibra ótica nas redes de esgoto, secagem térmica e combustão do lodo e a biodigestão de lodo e de resíduos orgânicos
“Tivemos a oportunidade de mostrar dentro do Congresso da ABES que realmente trabalhamos com inovação, não só pela tecnologia, mas inovação de métodos, buscando o melhor atendimento aos nossos clientes”, disse.
Risden falou ainda que projetos de referência, como o das startups e o da rota do lodo da água e do esgoto, chamaram muito a atenção dos congressistas. “Quanto mais eficientes somos nos processos de tratamento, mais lodo produzimos. E estudamos rotas factíveis como coprocessamento, compostagem, soluções baseadas na natureza ou biofazendas, entre outras mais que estamos adotando”, ressaltou o diretor.
Garantir acesso à nutrição adequada e à terapia nutricional e desenvolver ações voltadas à promoção e proteção das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É com esses objetivos em vista que, desde o início deste ano, o Departamento de Educação Inclusiva (Dein) da Secretaria Estadual de Educação (Seed-PR) conta com uma equipe multiprofissional de nutricionistas para orientar no atendimento dos estudantes com TEA que possuam algum tipo de seletividade alimentar.
Dados da Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) apontam que 53,4% das crianças e adolescentes com TEA possuem seletividade alimentar, que é caracterizada pela preferência por determinados alimentos e a recusa em experimentar aqueles diferentes dos quais se está habituado, o que acaba impactando diretamente na alimentação durante o período escolar.
Assim, a equipe multiprofissional de Nutrição tem o propósito de estabelecer diretrizes para garantir uma alimentação saudável e balanceada aos alunos com algum tipo de restrição, desempenhando papel essencial na implementação de iniciativas que complementem as ações já desenvolvidas pelo Estado.
Cerca de 100 mil estudantes da Educação Especial matriculados na rede estadual serão beneficiados pelo trabalho das nutricionistas, bem como aqueles que apresentam algum tipo de restrição cultural e/ou religiosa.
NUTRIÇÃO INCLUSIVA– Nos parâmetros da lei nº 13.935, de 2019, que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica, o Governo do Paraná entendeu que o profissional de Nutrição também poderia contribuir com a melhoria do atendimento aos estudantes da Educação Especial.
Além disso, em abril de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.131, que modifica a Política Nacional da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, garantindo o acesso à nutrição adequada e à terapia nutricional, prevendo ações voltadas à promoção e proteção das pessoas com TEA do ponto de vista nutricional.
“Ao reconhecer e abordar as necessidades alimentares especiais dos estudantes, entre elas a seletividade alimentar, a escola não apenas favorece a saúde e o bem-estar, mas também cria um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos são valorizados e respeitados”, pondera a coordenadora pedagógica de Educação Especial do Dein, Claudia Saldanha. “Além disso, garantir a alimentação inclusiva é uma forma de promover o Direito Humano à Alimentação Adequada”.
CAPACITAÇÃO– As nutricionistas elaboraram um protocolo para ajudar na identificação dos estudantes da rede que apresentam alterações no comportamento alimentar, de forma a padronizar o atendimento e promover o diálogo entre o Dein, a Seed-PR, o Departamento de Nutrição e Alimentação do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), a escola e as famílias desses estudantes. Também foram desenvolvidos materiais educativos específicos sobre o tema.
Além disso, existe a previsão de capacitação da comunidade escolar do estado, para fornecer suporte técnico-pedagógico e estratégias de intervenção às equipes das escolas. A capacitação será realizada gradualmente, por Núcleos Regionais de Educação (NRE), com os técnicos pedagógicos dos núcleos, que posteriormente irão orientar e capacitar os professores e demais profissionais.
“O Governo do Paraná já desenvolve atividades de formação para garantir a inclusão e o atendimento a nossos alunos da Educação Especial”, destaca o secretário Estadual da Educação, Roni Miranda. “Não poderia ser diferente no caso da nutrição, que é importantíssima para o pleno desenvolvimento e para a qualidade de vida desses estudantes, tanto dentro quanto fora da escola”.
O Governo do Paraná anunciou nesta terça-feira (27) um pacote de investimentos de R$ 54 milhões destinado à modernização da Rede Sine/PR e à ampliação da oferta de cursos de qualificação profissional em 311 municípios do Estado. O anúncio foi feito pelo governador em exercício, Darci Piana, durante evento em Curitiba que reuniu autoridades, prefeitos e servidores das Agências do Trabalhador de todo o Paraná.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda e representa um salto na qualidade dos serviços públicos voltados à intermediação de mão de obra e à formação profissional. Ao todo, 218 Agências do Trabalhador em todas as regiões do Paraná serão beneficiadas com novos equipamentos, mobiliários e veículos, reforçando o atendimento direto à população.
“Somos um Estado que tem a melhor educação pública do País, a quarta maior economia, mas acima de tudo um Estado que cuida das pessoas. Esses equipamentos e investimento em qualificação vão potencializar ainda mais os atendimentos das Agências do Trabalhador, que cuidam dos trabalhadores paranaenses”, celebrou o governador em exercício.
O primeiro eixo do investimento, de R$ 12,9 milhões, é voltado à modernização estrutural da Rede Sine/PR. Serão entregues 1.523 computadores, 300 notebooks, 232 impressoras e mais de 4.400 itens de mobiliário, como mesas, cadeiras, armários, geladeiras e micro-ondas. Mais de 1.100 servidores serão beneficiados com a nova estrutura.
O segundo eixo do pacote de investimentos é a nova fase do programa Qualifica Paraná-Unidades Móveis, que vai disponibilizar 622 turmas de cursos profissionalizantes, com 11.144 vagas distribuídas em 311 municípios. O investimento nesta etapa é de R$ 40,6 milhões, provenientes do Tesouro Estadual.
Os cursos têm carga horária de 96 horas e são oferecidos em parceria com o Senai/PR, por meio de 47 carretas-escola equipadas para aulas práticas e teóricas. Cada participante recebe ainda uma bolsa-auxílio de até R$ 1.008, o que contribui para cobrir despesas com alimentação e transporte ao longo do curso.
“É um grande feito do Estado. Entregar para o mercado um trabalhador qualificado e pronto. Nossas Agências do Trabalhador são as que mais empregam e esse investimento vai fazer com que a gente siga ampliando os atendimentos e encaminhando mais pessoas para o mercado de trabalho”, salientou o secretário do Trabalho, Do Carmo.
Segundo a prefeita de Japurá, no Noroeste do Estado, Adriana Polizer, o Qualifica Paraná está facilitando a vida dos paranaenses que vivem no Interior. “Antes era preciso, muitas vezes, sair da cidade, pagar transporte, pagar um curso. Mas hoje, graças a esse projeto, o Estado dá a oportunidade de ofertar uma bolsa para quem quer se especializar dentro dos municípios”, disse.
PREMIAÇÃO– Durante o evento, as 12 Agências do Trabalhador que mais se destacaram no 1º quadrimestre de 2025, com base em metas de atendimento, intermediação e inclusão no mercado de trabalho, foram premiadas. O destaque especial ficou com a Agência de Alto Piquiri, que superou em mais de 600% a meta de contratações estabelecida para o período.
Ao receber o prêmio pela agência de Alto Piquiri, a gerente Lindanalva de Oliveira, que há mais de duas décadas atua no local, se emocionou. “Para nós é muito gratificante. Atendemos pessoas que, muitas vezes, estão até sem rumo, então é sempre uma alegria ver elas encaminhadas. Nosso trabalho é muito acolhedor e ver resultados é muito satisfatório”, disse.
Durante o evento, as 12 Agências do Trabalhador que mais se destacaram no 1º quadrimestre de 2025 foram premiadas. Foto: Gabriel Rosa/AEN
AGÊNCIAS DO TRABALHADOR –O intermédio entre trabalhadores e empresas realizado pelas 218 Agências do Trabalhador do Paraná tem ajudado a impulsionar a economia do Estado. Entre janeiro e abril, quase 58 mil contratações formais foram realizadas via as Agências. O número já representa 34% do número total de pessoas contratadas em 2024, quando 169.877 trabalhadores tiveram suas carteiras assinadas, a partir da ponte das Agências do Trabalhador.
Além dos atendimentos diários, as Agências realizam mutirões de emprego que são sempre sucesso de encaminhamentos. Em 2025, já foram realizados 68 mutirões com quase 8 mil vagas ofertadas por 376 empresas.
Na próxima quarta-feira (28), a Agência do Trabalhador de Curitiba promove um mutirão com a participação de 60 empresas e mais de 3 mil oportunidades. O mutirão começa às 9h em frente ao terminal do Capão da Imbuia. Os interessados devem ir até o local com o currículo e os documentos pessoais, inclusive com a carteira de trabalho, pois muitas das oportunidades são para início imediato.
PRESENÇAS – Participaram da entrega os secretários de Estado Beto Preto (Saúde), Luizão Goulart (Administração), Leonaldo Paranhos (Turismo), o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o subchefe da Casa Civil, Lúcio Tasso; os deputados estaduais Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Hussein Bakri, líder do governo na Assembleia, Batatinha, Márcio Pacheco, Alexandre Amaro, Luiz Claudio Romanelli, Gugu Bueno, Artagão Jr., Cobra Repórter, Nelson Justus, Adão Litro, Alisson Wandscheer, Moacyr Fadel, Jairo Tamura, e Marcia Huçulak; o deputado federal Felipe Franceschini; o diretor regional do Senac, Sidney Lopes de Oliveira e o vice-presidente da Fiep, João Alberto Soares de Andrade.