Categoria: Paraná

  • Nota Paraná expande benefícios e amplia participação do comércio atacadista

    Nota Paraná expande benefícios e amplia participação do comércio atacadista

    Como mais uma forma de celebrar os 10 anos do programa, o Nota Paraná vai ampliar a participação do comércio atacadista no cálculo de créditos do programa. A partir do próximo mês de junho, as notas fiscais geradas em mais desses estabelecimentos também passarão a contabilizar para a devolução de parte do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além da geração de bilhetes para os sorteios.

    Ao todo, 31 novas atividades econômicas serão incluídas no Nota Paraná a partir da Resolução Nº 402/2025 da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). A maior parte delas é relacionada ao comércio de produtos variados, como alimentos para animais, sorvetes, massas alimentícias e embalagens.Com a inclusão, são mais de 28,5 mil empresas que passam a integrar o programa de cidadania fiscal.

    Na prática, isso significa um retorno muito maior para os consumidores, além de mais chances de ganhar nos sorteios mensais. “Todos os meses, eram desperdiçados quase 10 milhões de notas fiscais de empresas não participantes e que agora serão incluídas no cálculo do programa”, explica a coordenadora do Nota Paraná, Marta Gambini. “Mais notas quer dizer que também teremos mais bilhetes, ou seja, mais chances de ganhar a cada sorteio e, consequentemente, mais créditos devolvidos todos os meses”.

    De acordo com Gambini, a inclusão dessas atividades econômicas no cálculo era um pedido antigo dos participantes. Ela conta que, durante a criação do programa, optou-se por priorizar o varejo, mas que o nível de maturidade alcançado pelo Nota Paraná ao longo desses 10 anos permitiu a inclusão dessas novas atividades ao regramento.

    O objetivo da novidade, como aponta a coordenadora, é seguir estimulando o consumidor paranaense a pedir o CPF em suas notas fiscais. “Não é porque o Nota Paraná já se consolidou ao longo de toda uma década que vamos deixar de incentivar. Pelo contrário, queremos ampliar o número de estabelecimentos participantes para seguir fortalecendo este programa que vem dando tão certo. Mais do que nunca, é reforçar que CPF na nota é dinheiro de volta”.

    Confira as atividades econômicas incluídas no programa:

    – Fabricação de produtos de carne (CNAE 1013-9/01)

    – Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis (CNAE 1053-8/00)

    – Fabricação de laticínios (CNAE 1052-0/00)

    – Fabricação de produtos de panificação industrial (CNAE 1091-1/01)

    – Fabricação de alimentos e pratos prontos (CNAE 1096-1/00)

    – Comércio atacadista de sementes, flores, plantas e gramas (CNAE 4623-1/06)

    – Comércio atacadista de sisal (CNAE 4623-1/07)

    – Comércio atacadista de alimentos para animais (CNAE 4623-1/09)

    – Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados (CNAE 4632-0/01)

    – Comércio atacadista de farinhas, amidos e féculas (CNAE 4632-0/02)

    – Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados, farinhas, amidos e féculas, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4632-0/03)

    – Comércio atacadista de pescados e frutos do mar (CNAE 4634-6/03)

    – Comércio atacadista de açúcar (CNAE 4637-1/02)

    – Comércio atacadista de pães, bolos, biscoitos e similares (CNAE 4637-1/04)

    – Comércio atacadista de massas alimentícias (CNAE 4637-1/05)

    – Comércio atacadista de sorvetes (CNAE 4637-1/06)

    – Comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes (CNAE 4637-1/07)

    – Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente (CNAE 4637-1/99)

    – Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4639-7/02)

    – Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso veterinário (CNAE 4644-3/02)

    – Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, hospitalar e de laboratórios (CNAE 4645-1/01)

    – Comércio atacadista de próteses e artigos de ortopedia (CNAE 4645-1/02)

    – Comércio atacadista de produtos odontológicos (CNAE 4645-1/03)

    – Comércio atacadista de produtos de higiene pessoal (CNAE 4646-0/02)

    – Comércio atacadista de bicicletas, triciclos e outros veículos recreativos (CNAE 4649-4/03)

    – Comércio atacadista de produtos de higiene, limpeza e conservação domiciliar, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (CNAE 4649-4/09)

    – Comércio atacadista de suprimentos para informática (CNAE 4651-6/02)

    – Comércio atacadista de vidros, espelhos e vitrais (CNAE 4679-6/03)

    – Comércio atacadista de papel e papelão em bruto (CNAE 4686-9/01)

    – Comércio atacadista de embalagens (CNAE 4686-9/02)

    – Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (CNAE 4691-5/00)

    10 ANOSEsta não é a única novidade anunciada pela Sefa para celebrar os 10 anos do Nota Paraná. Em maio, o programa ampliou o número de prêmios entregues todos os meses, adicionando 8.000 prêmios de R$ 100. Com isso, são mais de 43 mil prêmios distribuídos nos sorteios regulares e 23 mil nos especiais, realizados nos meses de fevereiro, maio, agosto e dezembro.

    Além disso, a Secretaria também confirmou que vai reduzir o limite mínimo para a realização de saques dos valores em conta, indo dos atuais R$ 25 para R$ 5. A novidade passa a valer a partir do segundo semestre de 2025.

    Fonte: Secom Paraná

  • Com engajamento recorde, Semana da Inovação Copel lança desafio inédito no Paraná

    Com engajamento recorde, Semana da Inovação Copel lança desafio inédito no Paraná

    A Semana da Inovação Copel 2025 chegou ao fim consolidando-se como um marco na transformação digital da companhia. Foram mais de 700 pessoas presentes na sede da empresa, em Curitiba, e mais de 1.500 conectadas simultaneamente na transmissão ao vivo para todos os polos.

    Logo na abertura, na segunda-feira (19), o público conheceu o Desafio Copel de Inovação, que busca soluções de melhoria de eficiência ou redução de custos com o uso de inteligência artificial e novas tecnologias. Pela primeira vez, times de copelianos e agentes externos poderão se juntar em cocriações com prêmios e oportunidades que prometem movimentar o ecossistema de inovação do Paraná.

    “Queremos construir, junto com a sociedade, um novo modelo de gestão na Copel — mais inovador, mais eficiente e com a nossa identidade. O Desafio Copel é uma convocação para quem acredita no poder da cocriação e do impacto positivo, em uma lógica transformadora que reposiciona a companhia e o setor elétrico brasileiro para as próximas décadas”, afirma o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

    Desde o lançamento, o Desafio já recebeu 100 inscrições. Os times podem submeter suas ideias até o dia 6 de junho, por meio do site www.copel.com/desafio .

    A sequência da programação na semana foi um mergulho em conteúdo de alta qualidade, com participações de executivos de empresas nacionais e internacionais que trouxeram experiências práticas, provocações e aprendizados.

    O presidente do Conselho de Administração da Copel e fundador da Bematech, Marcel Malczewski, trouxe reflexões sobre empreendedorismo e estratégia. Em seguida, temas como cultura orientada a dados e transformação digital foram discutidos por nomes como Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, e Wanderley Baccala, diretor executivo da Rede Globo.

    “A Semana da Inovação é o retrato do que estamos construindo com o nosso programa de transformação digital: uma Copel mais aberta, conectada e orientada à geração de valor com tecnologia e propósito. Foi uma oportunidade concreta de unir vozes internas e externas para discutir o futuro da energia, da gestão e da transformação digital. Essa troca é o que impulsiona a inovação real”, destacou Diogo Mac Cord, vice-presidente de Estratégia, Novos Negócios e Transformação Digital da Copel.

    A programação também contou com a presença de Leonardo Almeida, líder da Google Cloud, Maria Haro e Douglas Junior, especialistas da GE Vernova, além de Sávio Marques (SAP) e Gabriel Dornella (Salesforce), em debates sobre modernização de processos e tecnologias de ponta.

    No encerramento, o presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio, destacou a relevância da Copel como agente de transformação empresarial e social, em uma palestra sobre o Sistema Toyota de Produção — modelo que, segundo Mac Cord, continua a inspirar empresas em todo o mundo.

    Outros painéis de destaque reuniram nomes como Fábio Lima, da IBM, com mediação de Rodolfo Lima, Diretor-Geral da Copel Mercado Livre; Rodrigo Carazolli, VP de Inovação e Transformação da ArcelorMittal, e Luiz Couto, Diretor Executivo da Aegea Saneamento, mediados por Fernando Mano, Diretor-Geral da Copel Geração e Transmissão.

    Além dos conteúdos transmitidos ao vivo, a semana também promoveu momentos de aprendizado prático. Três oficinas presenciais mobilizaram copelianos e copelianas em torno de metodologias aplicadas à inovação: Design System, com Erica Marques, líder global de Ecossistemas de Inovação na XP Sprint; Metodologia Google, com Cezar Affonso, executivo de Estratégia, Vendas e Delivery do Google; e, encerrando a trilha prática, Mensurando a Inovação, com Yasmin Conolly, gerente sênior de Estratégia e Inovação da KPMG.

    Ao longo da semana, também passaram pelo evento lideranças e especialistas de empresas como Fu2Re Solutions, Viasat, Nokia, NVIDIA, Schneider Electric, Pix Force e EY, entre outras.

    Fonte: Secom Paraná

  • Prazo para pagamento do IPVA de veículos com final de placa 5 e 6 encerra nesta quinta-feira

    Prazo para pagamento do IPVA de veículos com final de placa 5 e 6 encerra nesta quinta-feira

    O prazo para que donos de veículos com final de placa 5 e 6 paguem a quinta e última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 encerra nesta quinta-feira (22). Os contribuintes que optaram pelo parcelamento em cinco vezes devem pagar a cota final do tributo ao longo desta semana, sem a incidência de juros.

    O cronograma de pagamentos varia de acordo com o final da placa do veículo. Por isso, é preciso que os proprietários fiquem atentos ao calendário para não terem que arcar com encargos no caso de atrasos. A multa é de 0,33% ao dia mais juros de mora (de acordo com a taxa Selic). Após 30 dias de atraso, o percentual é fixado em 10% do valor do imposto.

    OPÇÕES DE PAGAMENTO– Assim como já ocorria em anos anteriores, as guias de recolhimento (GR-PR) não são enviadas pelos correios. A Secretaria de Estado da Fazenda e a Receita Estadual também não encaminham boletos por e-mail nem aplicativos de mensagens. Os contribuintes do Paraná devem gerá-las para pagamento por meio dos canais oficiais, como o Portal IPVA , os aplicativos Serviços Rápidos, da Receita Estadual, e Detran Inteligente, disponíveis para Android e iOS , ou Portal de Pagamentos de Tributos .

    Uma alternativa de pagamento do IPVA é o pix, por meio do QR Code inserido na guia de recolhimento, a partir de mais de 800 instituições financeiras. O pagamento nessa modalidade é compensado em até 24 horas e pode ser feito nos canais eletrônicos dos bancos ou por meio de aplicativos, não limitados aos parceiros do Estado.

    Além disso, é possível pagar o IPVA com cartão de crédito, que permite parcelar os débitos em até 12 vezes. Neste caso, a Fazenda e a Receita chamam a atenção para as taxas cobradas pelas instituições operadoras. A tabela dos juros aplicados por cada uma delas está disponível AQUI .

    A Secretaria da Fazenda alerta os contribuintes sobre a existência de sites falsos relacionados à cobrança do IPVA. A recomendação é que as guias de pagamento sejam sempre geradas através dos sites oficiais, cujos endereços terminam com a extensão “pr.gov.br”, ou por meio dos apps da Receita Estadual e do Detran, que fornecem formas seguras de realizar os pagamentos.

    Confira o calendário de pagamento da última parcela do imposto:

    Finais 1 e 2: 20/05 (vencido)

    Finais 3 e 4: 21/05 (vencido)

    Finais 5 e 6: 22/05

    Finais 7 e 8: 23/05

    Finais 9 e 0: 26/05

    Fonte: Secom Paraná

  • Entre famílias de instrumentos, movimentos e disposição: como funciona a Orquestra Sinfônica

    Entre famílias de instrumentos, movimentos e disposição: como funciona a Orquestra Sinfônica

    Na linguagem popular, quando alguma coisa é orquestrada, significa que ela foi muito bem organizada, pensada nos mínimos detalhes. A expressão se remete justamente às orquestras musicais, que reúnem instrumentos variados, tocados de forma harmoniosa, mesmo sendo executados por algumas dezenas de pessoas.

    E para atingir essa harmonia, a organização é imprescindível. Por isso, na data em que se celebra os 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), músicos e o maestro do corpo artístico ajudam a explicar como uma orquestra é formada, seguindo uma organização pré-definida, mas que pode ser adaptada conforme a peça a ser executada ou o espaço onde o concerto é apresentado. A reportagem faz parte da série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) sobre os 40 anos da OSP .

    “A orquestra sinfônica é uma das maiores representações de uma interação, de uma integridade não só musical, mas também como humanidade. São pessoas que se juntam para fazer música e constroem uma relação muito bonita e significativa que exige, em primeiro lugar, uma disciplina muito grande”, afirma o maestro da Orquestra Sinfônica do Paraná, Roberto Tibiriçá.

    As orquestras são compostas por três famílias ou naipes instrumentais: as cordas, o sopro – que se divide entre os instrumentos de madeira e os de metal – e a percussão. Cada naipe tem uma disposição no palco, de acordo com a frequência do som que chegará à plateia. Ao redor do maestro que rege os músicos estão as cordas. Os sopros de madeira ficam logo atrás, funcionando como uma ligação entre as cordas e os metais. No fundo, fica a família da percussão, com som mais forte.

    Atualmente, a Orquestra Sinfônica do Paraná conta com 73 músicos, mas ela pode reduzir ou aumentar de tamanho conforme a peça que será executada. Um exemplo é a “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, que será apresentada na próxima semana em celebração aos 40 anos da OSP. O palco do Guairão vai receber quase 200 músicos, sendo 110 instrumentistas e um coro de 80 vozes.

    “O tamanho da orquestra é relativo ao compositor, à obra que vai ser executada e, às vezes, tem relação ao teatro em que se apresenta”, explica Tibiriçá. “Os compositores russos e franceses, principalmente, usam uma orquestra maior. Já Mozart, Heiden e Beethoven, na sua primeira fase, usam uma orquestra menor, que chamamos de orquestra clássica, de 40 músicos”.

    Alexandre Brasolin, violinista da OSP e maestro convidado nos concertos do projeto Guaíra para Todos, cita alguns exemplos. “Se vamos fazer um Mozart, usamos uma média de 40 a 50 músicos. Agora, se for fazer um Tchaikovski já sobe para uns 80 ou 90 músicos. Se vai fazer um Mahler ou um Richard Strauss, pode passar de 100 músicos. Grandes orquestras podem chegar 120 músicos, dependendo do repertório, do compositor e da época em que a peça foi composta”, conta.

    Ele ressalta que, ao surgirem na Europa no período barroco, no século XVII, as orquestras não eram muito numerosas. “Elas surgiram nos castelos, tocando para os reis ou nas igrejas. Basicamente foi Beethoven que aumentou as orquestras, já no século XVIII, fazendo composições mais pesadas e acrescentando instrumentos. Ele colocou mais sopros, mais percussão e, com isso, teve que aumentar as cordas para equilibrar”, explica.

    “A orquestra começou então a ganhar mais força sonora e os compositores também ampliaram suas composições. Quando chegou ao começo do século XX, havia praticamente uma competição de compositores para ver quem compunha para orquestras maiores”, complementa Brasolin.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    Na disposição da orquestra, a família dos violinos e cordas fica à frente no palco. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

    FAMÍLIA DAS CORDAS– Formada pelos primeiros e segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos – às vezes também pela harpa e o piano –, a família das cordas é a mais numerosa em uma orquestra e funciona como uma cama que dá base à composição. Os instrumentos geralmente tocam em uníssono a mesma melodia, mas dependendo da peça musical, também têm seus momentos solos.

    “Dependendo do compositor, há momentos em que se abre a harmonia, a melodia pode estar nos violoncelos ou nos violinos, enquanto os outros fazem a harmonia ou outro desenho”, explica Brasolin. “Já em orquestrações maiores, como as de Tchaikovski, usa-se muito o uníssono. Quando a orquestra toda está tocando, ele põe as cordas em uníssono para soar mais forte e o som das cordas não se perderem na massa de metais”.

    Na disposição da orquestra, é a família que fica à frente no palco, ao redor do maestro, dentro de uma gradação que inicia com os instrumentos mais agudos até os mais graves: primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixo. Historicamente, essa disposição dos instrumentos obedece a formação de vozes do coral, também gradativa de acordo com o tom: soprano, contralto, tenor e baixo.

    “As cordas ficam na frente porque tem um som mais baixo para competir com os metais e a percussão”, ressalta o músico. “Como a orquestra não usa amplificação, não usa microfones, é a própria acústica do teatro que vai levar esse som até a plateia, então tem que ter essa disposição para ouvir melhor”.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    As orquestras são compostas por três famílias ou naipes instrumentais: as cordas, o sopro e a percussão. Foto: Kraw Penas/SECC

    FAMÍLIA DO SOPRO– Logo na sequência no palco está a família do sopro, que é divida em duas: as madeiras e os metais, conforme o material que os instrumentos são feitos, que conferem timbres diferentes. Formado pelas trompas, trompetes, trombones e tubas, os metais são os instrumentos com mais potência sonora, os que mais aparecem em uma orquestração.

    Já o naipe das madeiras é formado pela flauta – que apesar de atualmente ser fabricada em metal, era antigamente feita de madeira, por isso pertence a essa classificação – oboé, fagote e clarinete. Por terem um timbre mais adocicado, ficam no meio da orquestra e servem como um elo entre as cordas e os metais.

    “Basicamente, as famílias das orquestras estão divididas em timbres, e é essa diferença que mostra a riqueza da música sinfônica. As madeiras têm uma potência um pouco menor, mas têm um timbre adocicado e soam mais do que as cordas”, explica o flautista Sebastião Interlandi Junior, que está na Orquestra Sinfônica do Paraná desde a sua fundação. “Os compositores adoram fazer essa mistura de timbres entre os metais, as madeiras e as cordas, que formam a cama para os sopros deitarem”.

    Os timbres, como destaca o músico, são como a cor do som. “Quando você ouve um clarinete, você sente aquele som meio escurecido. A flauta tem um som brilhante, que evoca a luz. O trombone é uma coisa grave e potente e a tuba mais profunda. Esses são os timbres, a imagem que passa quando se ouvem os instrumentos”, diz.

    Outra curiosidade sobre os instrumentos de sopro é que, diferentemente das cordas, eles tocam separadamente as harmonias, fazendo cada um seu solo no meio da orquestração. E não é raro utilizar esses instrumentos para associá-los aos sons da natureza. “Os compositores podem associar os instrumentos com o que quiserem, e essa é a manha e a magia da música, porque o ouvinte embarca junto. A flauta geralmente é o passarinho, não tem como fugir disso”, brinca o flautista.

    “Na peça ‘Pedro e o Lobo’, por exemplo, que tem a representação de vários animais, isso fica muito claro. O clarinete é o gato, porque assim como o animal, tem um som meio malandro, que anda devagar e chega nas sombras”, ressalta Sebastião. “Também aparecem os lobos, que são os metais que fazem, as trompas, justamente porque é um som mais agressivo como o dos lobos”

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná

    O maestro é o condutor da orquestra. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

    FAMÍLIA DA PERCUSSÃO– A percussão é a turma do fundão em uma orquestra, justamente pela força sonora de seus instrumentos. Na história da música, os instrumentos de percussão são os mais antigos e remetem às primeiras manifestações musicais do ser humano, que utilizavam elementos encontrados na natureza para batucar, como troncos, galhos e cascas de árvores.

    Dentro de uma orquestra, a família da percussão é a que tem o maior número de instrumentos: tímpano, bumbos, caixas, prato, triângulo, pandeiro, xilofone, marimba, chocalhos e diversos outros que podem ser incorporados ao gosto do compositor. Um exemplo foi Heitor Villa-Lobos, que incluiu uma série de elementos regionais brasileiros nas composições sinfônicas, incluindo instrumentos como o pandeiro do chorinho, outros de origem indígena e alguns que ele mesmo inventava.

    O tímpano é o instrumento de percussão base em uma orquestra. Originalmente utilizado em guerras, foi levado dos países do Oriente para a Europa no período das Cruzadas e acabou, mais tarde, incorporado à música clássica. “Esses instrumentos eram tocados em cima dos camelos e utilizados para se comunicar durante as batalhas. Assim como as trompas e trompetes, que eram usados para a comunicação dos exércitos, a percussão também era usada para esse fim”, conta Márcio Szulak, percussionista da Orquestra Sinfônica do Paraná.

    Além dele, a percussão pode ser separada entre tambores e acessórios (bumbo, caixa, tom-tom, tumbadora, bongô, pandeiro, triângulo e pratos) e os “teclados da percussão”, como o xilofone, vibrafone e marimba, que são instrumentos de percussão que, semelhante ao piano, emitem sons melodiosos.

    “Essas teclas são montadas em um móvel. Em baixo tem as teclas cromáticas de dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó e, logo acima, as outras teclas para fazer os sustenidos e bemóis, como as teclas brancas e pretas do piano”, explica o percussionista. “A gente toca com baquetas diferentes, geralmente com quatro. Algumas músicas são seis baquetas, três em cada mão”.

    Na orquestra, o percussionista acaba se tornando um múltiplo instrumentista. “Em uma mesma música, acabamos tocando vários instrumentos. Temos uma lista do que será executado para organizar a montagem dos instrumentos. Quem toca violino, por exemplo, está sempre com o mesmo instrumento. A percussão tem que pensar na questão da montagem, é feito um mapa de palco para dividir a localização de cada instrumento”, ressalta Márcio.

    MOVIMENTOS DO MAESTROE é para tornar a execução dessas dezenas de instrumentos, muitos deles tão distintos, em uma apresentação harmoniosa é que entra a figura do maestro. Ele conduz e coordena a orquestra para garantir que os músicos toquem em sintonia. Seu instrumento são as próprias mãos ou a extensão delas, representada pela batuta, que conduzem os movimentos dos músicos para que as partituras sejam interpretadas de forma harmônica.

    “Para falar de forma didática, a mão direita do maestro é como o acelerador de um carro. Se você começa a reger mais rápido, a orquestra toca mais rápido. Se começa a diminuir, a orquestra quase para. É o metrônomo, a mão que dá andamento à obra”, explica o maestro Roberto Tibiriçá. “A batuta está nessa mão e é um prolongamento do braço direito. Em uma orquestra muito grande, ajuda os músicos do fundo a enxergar melhor. Mas eu brinco que, na prática, a batuta não serve para nada”.

    “A mão esquerda é a mão do coração, que dá a expressividade à obra e traz diferenças sonoras à orquestra. É com ela que você chama o músico, o induz a se expressar, a tocar um solo mais bonito. Eu falo que é como um elevador. Quando a mão esquerda sobe, a orquestra toca mais forte. Quando baixa, ela toca mais piano”, completa Tibiriçá.

    Além dele, outra figura que chama atenção em um concerto é o spalla, o primeiro violinista e um dos assistentes do maestro. Ele senta à esquerda do maestro e lidera a afinação da orquestra quando sobe ao palco. O músico atua desde os bastidores, decidindo, por exemplo, a direção das arcadas dos primeiros violinos – o movimento dos braços na execução da música. Isso interfere nas escolhas dos demais naipes e influenciam tanto na interpretação musical, quanto no resultado visual da apresentação.

    “Além de ter uma influência direta na interpretação, o movimento das arcadas também passa uma uniformidade musical que faz parte do show, influenciando na experiência da plateia. Quando a música é muito agitada, o público ouve e também vê essa agitação. E o contrário também, quando a música é calma, fazemos movimentos muito calmos para criar essa atmosfera e influenciar na forma como as pessoas apreciam a música”, conta Ricardo Molter, violinista e um dos spallas da OSP.

    Outra tradição atribuída ao spalla é a afinação dos instrumentos no início do concerto. Antes de começar a execução, o músico levanta e pede ao oboé, que tem um timbre específico e de fácil distinção, para tocar uma nota. A partir dela, os outros músicos da orquestra afinam seus instrumentos.

    “É uma questão de tradição, mas que hoje em dia não tem uma justificativa técnica, já que os músicos já vêm com os instrumentos afinados”, ressalta. “No palco, fazemos um último ajuste, porque muitas vezes os instrumentos reagem às variações de temperatura e umidade. Pode acontecer de afinar um instrumento na coxia, especialmente em dias frios, e ela mudar quando sobe no palco”.

    40 ANOS – Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Criada oficialmente em 28 de março de 1985, a OSP é composta por cerca de 73 músicos e é considerada um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do Brasil.

    Ao longo de cinco reportagens de texto, áudio e vídeo, a série aborda a história da OSP, os personagens que a construíram, curiosidades, o universo dos instrumentos e a atuação descentralizada que aproxima a arte de diferentes públicos.

    Para celebrar suas quatro décadas de história, a Orquestra Sinfônica do Paraná terá três apresentações especiais, nos dias 28 e 29 de maio e 1º de junho, com a execução da “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, sob regência do maestro titular e diretor musical da OSP, Roberto Tibiriçá. Uma websérie documental com quatro episódios também será lançada nos canais do YouTube do Instituto de Apoio à OSP e do Teatro Guaíra.

    Fonte: Secom Paraná

  • BRDE Labs lança edital para startups apresentarem desafios em IA para grandes empresas

    BRDE Labs lança edital para startups apresentarem desafios em IA para grandes empresas

    O BRDE Labs Paraná, programa de inovação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), reuniu nesta quarta-feira (21) as dez empresas paranaenses que participam do programa como âncoras para apresentarem seus desafios reais de inovação, focados em Inteligência Artificial (IA).

    Nesta edição, as empresas que propõem os desafios são a 3L Bike Parts, Atlas Eletrodomésticos, Bree, Brose, C.Vale, Grupo Gondaski, Horse, Lojas MM, MGL Mecânica de Precisão e Millpar.

    No mesmo encontro, foi lançado o edital que abriu as inscrições para startups interessadas em participar como solucionadoras dos desafios das empresas. O prazo é até 7 de julho.

    O evento aconteceu no Innosphera Meeting Center, espaço de conexões da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que atua como parceira do BRDE na iniciativa. Os desafios e o edital para o programa podem ser acessados no site www.brdelabs.com.br/desafios-2025/ .

    O BRDE é um dos principais intermediadores de recursos para a inovação no país, posição que reforça por meio do programa BRDE Labs. “Esse movimento é fundamental para fortalecer o desenvolvimento, a pesquisa e o empreendedorismo inovador. Nosso compromisso ultrapassa o fomento: queremos conectar quem demanda soluções às empresas que as criam”, afirma o diretor administrativo da instituição, Heraldo Neves.

    Marcelo Moura, diretor da Hotmilk PUCPR, explica que o programa oferece a empresas e startups um suporte completo, com apoio técnico e consultoria proporcionados por um ecossistema de inovação, estimulando aprendizado e desenvolvimento. “A escolha da Inteligência Artificial como tema deste ano abre territórios ainda pouco explorados, com enorme potencial de impacto. Essa colaboração gera benefícios concretos para as empresas, que passam a ter acesso a soluções inovadoras capazes de resolver problemas reais do seu dia a dia”, salienta.

    FORMATO INOVADOR– Nesta fase, o programa adotou o formato de pitch reverso, no qual as empresas apresentam seus principais desafios para que as startups identifiquem oportunidades de atuação e se inscrevam no edital. Podem participar startups com pelo menos seis meses de fundação que ofereçam soluções inovadoras em produtos, serviços ou processos.

    Finalizado o prazo de inscrição de startups, o programa terá duração de três meses. Serão selecionadas até 10 startups por empresa para rodada de pitches online que serão avaliadas pelas empresas participantes. Para a etapa seguinte, serão selecionadas até duas startups por empresa, para um período de imersão, a fim de aprofundar a compreensão dos desafios.

    Será desenvolvida uma proposta de Prova de Conceito (PoC) – modelo que demonstra a viabilidade da ideia ou proposta – que poderá ser contratada ao final do programa. Além disso, as startups terão acesso à Comunidade BRDE Labs Digital, onde poderão se conectar com outras instituições, receber consultorias, participar de workshops e acessar cursos focados em gestão e inovação.

    EXPECTATIVAS DAS PARTICIPANTES – Para as empresas que apresentam os desafios, o BRDE Labs representa uma oportunidade estratégica de acelerar a transformação digital por meio da colaboração com startups inovadoras.

    O supervisor de S&OP da Millpar, Jackson Gonçalves, conta que a indústria madeireira está participando pela primeira vez do programa e que a expectativa é solucionar dois grandes desafios: fazer a gestão de estoque em tempo real por meio da IA e a manutenção preditiva na área de produção.

    “Estamos bastante ansiosos para ouvir as ideias, pois, por estarmos imersos no dia a dia da empresa, muitas vezes nossas perspectivas ficam limitadas. A interação com as startups pode trazer insights inéditos e até soluções que nunca consideramos para nossos desafios”, ressalta.

    A executiva de vendas da statup Driva, Letícia Carvalho, contou que esta é a segunda participação da startup no BRDE Labs Paraná. Na edição anterior, a empresa de tecnologia, que usa dados para auxiliar em vendas, conseguiu implementar duas Provas de Conceito com empresas interessadas em soluções para mapeamento de mercado.

    “Estamos com grandes expectativas para esta edição. O formato do pitch reverso nos mostrou diversas oportunidades de apoiar as empresas em seus desafios. Essa dinâmica, em que as próprias empresas apresentam suas demandas faz todo sentido e torna a conexão muito mais efetiva,” afirma.

    Lançado em 2020, o BRDE Labs tem como objetivo ampliar o ecossistema de inovação na região Sul, qualificando startups e conectando-as a empresas de diversos setores que enfrentam desafios internos e buscam soluções inéditas.

    Fonte: Secom Paraná

  • Paraná apresenta escritórios de engenharia das universidades em eventos de construção ciivl

    Paraná apresenta escritórios de engenharia das universidades em eventos de construção ciivl

    As políticas públicas que reforçam o Paraná como referência em ciência e tecnologia aplicada à construção civil estão em destaque na programação do BIM Fórum Conference Brasil 2025, um dos principais eventos do setor de Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações (Aeco), que acontece em São Paulo. Nesta quarta-feira (21), os participantes do evento conheceram o Escritório de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura (Projetek), que combina conhecimento acadêmico e inovação para modernizar as obras públicas de pequenos municípios paranaenses.

    O Projetek é um dos programas estratégicos do Governo do Estado, desenvolvido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A iniciativa, que reúne escritórios acadêmicos instalados em câmpus das sete universidades estaduais, oferece a elaboração de projetos de obras públicas para as pequenas cidades, preferencialmente com população de até 30 mil habitantes. Muitas vezes nesses municípios faltam profissionais especializados e recursos financeiros para contratar o serviço no mercado.

    Com a atuação de bolsistas nos escritórios universitários, todos os projetos são desenvolvidos utilizando a tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling), que tem revolucionado o setor da construção civil, por meio da modelagem inteligente de informações. Essa metodologia possibilita uma integração completa entre todas as fases do projeto executivo, desde os estudos preliminares e planejamento até a execução da obra, assegurando precisão técnica e eliminação de retrabalhos e desperdícios.

    Segundo o assessor da Seti, Ricardo Rocha de Oliveira, responsável pelas atividades do Projetek em nível estadual, o programa representa a essência da missão universitária de integrar ensino, pesquisa e extensão. “Nos escritórios do Projetek, estudantes e profissionais bolsistas vivenciam na prática o ciclo completo de projetos de engenharia e arquitetura, convertendo conhecimento teórico em soluções reais para os municípios, enquanto desenvolvem competências profissionais alinhadas às demandas do mercado”, afirmou.

    IMPACTO– Em pouco mais de três anos de programa, o Projetek beneficiou 59 municípios de pequeno porte com 87 projetos de obras públicas, o que equivale a uma economia de R$ 8,8 milhões para os cofres públicos municipais, considerando uma média de R$ 101,2 mil por projeto. A ideia é que esses recursos economizados possam ser investidos em outras áreas essenciais, como saúde e educação, potencializando o desenvolvimento local e regional.

    O programa reforça o compromisso do Governo do Estado com a transformação digital no setor público, contribuindo para elevar os padrões de eficiência administrativa e a modernização de processos com tecnologias inovadoras. A ação é pioneira e demonstra uma sinergia entre o Estado e as universidades, combinando conhecimento técnico-científico com políticas públicas para propor soluções que atendam as áreas de planejamento urbano e infraestrutura.

    UNIDADES– As unidades do Projetek estão localizadas nas universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar). Nas quatro últimas instituições, os escritórios ofertam os serviços nos câmpus acadêmicos das cidades de Cascavel, no Oeste; Guarapuava, no Centro-Sul; Jacarezinho, no Norte Pioneiro; e Paranaguá, na região do Litoral.

    MODERNIZAÇÃO– Nesta quinta-feira (22), os participantes do evento irão conhecer o Laboratório BIM do Paraná (LaBIM), coordenado pela Secretaria da Infraestrutura e Logística (Seil). Essa política pública promove a modernização de projetos com uso de tecnologias de modelagem digital, sendo mais uma ferramenta do Estado para impulsionar a eficiência na construção civil, alinhando as melhores práticas do setor. As ações do programa serão apresentadas pela assessora da Seil Lucimara Ferreira de Lima.

    EVENTO– O BIM Fórum Conference Brasil reúne profissionais e especialistas da cadeia produtiva da construção civil, promovendo a troca de conhecimentos e experiências sobre inovações tecnológicas e práticas sustentáveis no segmento. Em sua terceira edição, o evento consolida-se como uma plataforma internacional para a discussão de estratégias de implementação da tecnologia BIM em projetos de infraestrutura e edificações.

    Fonte: Secom Paraná

  • Reforma Tributária: Paraná inicia preparativos para transição e adaptação do novo imposto

    Reforma Tributária: Paraná inicia preparativos para transição e adaptação do novo imposto

    O Paraná já movimenta suas estruturas para se adaptar às significativas mudanças com a implementação da Reforma Tributária, que começarão a ser testadas a partir de janeiro de 2026. Em uma iniciativa conjunta da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), servidores e especialistas mergulharam nesta semana no curso “A Reforma Tributária e os Impactos para os Estados”, buscando desvendar os desafios e as perspectivas do novo sistema.

    A transição, que ocorrerá de forma gradual ao longo dos próximos anos, representa um marco decisivo para as finanças estaduais. Atualmente, a arrecadação paranaense está fortemente ligada à produção, com a substituição do ICMS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o foco se deslocará para o destino do consumo. Essa mudança pode impactar diretamente as receitas do Estado, exigindo um planejamento estratégico robusto para mitigar possíveis perdas. Diante desse novo cenário, o Estado terá a complexa tarefa de definir sua alíquota-padrão e se adaptar integralmente ao novo sistema nacional.

    Para garantir a transição e a conformidade, o Paraná terá que investir em modernização tecnológica, capacitação de seus servidores e uma reestruturação administrativa. “A reforma tributária marca um momento decisivo para a vida econômica do Brasil e dos estados. Aqui no Paraná, nosso comproperaímisso é garantir uma transição segura, transparente e eficiente. Temos muito trabalho pela frente, mas estamos preparados para construir um sistema que estimule o crescimento da nossa economia”, destaca o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.

    Durante a capacitação, especialistas da PGE e da Secretaria da Fazenda apresentaram os principais aspectos jurídicos, operacionais e estruturais do novo modelo tributário brasileiro, com foco na implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

    Foram abordados aspectos gerais sobre o IBS, apresentando noções introdutórias, o fato gerador do tributo e o princípio da não cumulatividade. Também foram detalhados os aspectos operacionais da reforma, explicando como o novo sistema funcionará na prática. Sua apresentação tratou de temas como créditos e débitos tributários, bem como das alíquotas de referência e padrão previstas no novo modelo.

    A apresentação intitulada “Tributação sob medida” explicou os regimes específicos e diferenciados aplicáveis a determinados setores da economia, conforme previsto na nova legislação.

    Dando continuidade aos aspectos operacionais, ocorreu a descrição da segunda parte do tema, com foco nas normas e dispositivos legais que estruturam a reforma: a Emenda Constitucional nº 132/2023, a Lei Complementar nº 214/2025 e o Projeto de Lei Complementar nº 108/2024.

    Encerrando as exposições, a capacitação demonstrou o funcionamento do Processo Administrativo Fiscal (PAF) e os procedimentos relacionados à cobrança do IBS, destacando os ajustes necessários à nova realidade tributária.

    O procurador de estado Eduardo Castro complementa sobre a importância das reuniões sobre o assunto. “A reforma tem o potencial de simplificar o sistema tributário brasileiro. Por isso, é fundamental a união de esforços entre os diferentes setores da sociedade para compreendermos o processo e definirmos, de forma conjunta, os caminhos que seguiremos nos próximos anos”.

    Paraná adota novo modelo digital de notas fiscais em serviços de comunicação

    REFORMA TRIBUTÁRIA –A Reforma Tributária está em fase de regulamentação e aguarda apreciação do Congresso Nacional para a aprovação da primeira Lei Complementar que instituirá os novos tributos e definirá as diretrizes do novo ordenamento tributário do país. A proposta tem como principal objetivo simplificar o sistema de arrecadação, por meio da unificação de tributos e da promoção de maior equidade fiscal. As mudanças previstas terão impacto direto sobre os entes federativos, que precisarão se adaptar à nova legislação e aos novos processos de arrecadação.

    A Lei Complementar nº 214/2025, sancionada em 15 de janeiro de 2025, estabelece as normas para a instituição do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS). Esses tributos substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e, de forma parcial, o IPI, marcando a transição para um modelo mais moderno, transparente e eficiente de tributação no Brasil.

    “Estamos acompanhando e atuando ativamente nas significativas mudanças que estão ocorrendo na administração tributária. Estamos migrando para um modelo tributário mais eficiente, tanto para a economia quanto para o contribuinte, com foco na simplificação e na uniformização das regras. Essas reuniões são fundamentais para garantir o alinhamento de todos os envolvidos nesse processo de transição”, observa a diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta.

    Fonte: Secom Paraná

  • PCPR desmonta grupo suspeito de desvio milionário de cargas em Londrina

    PCPR desmonta grupo suspeito de desvio milionário de cargas em Londrina

    A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu cinco pessoas envolvidas em um esquema de desvio de cargas, nesta quarta-feira (21), em Londrina, no Norte do Estado. Esta é a terceira fase da operação que desmantelou duas organizações criminosas responsáveis por um prejuízo estimado em R$ 7 milhões.

    Além das prisões preventivas, os policiais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. A ação é resultado de uma investigação iniciada em 2023 que revelou a atuação de duas associações criminosas distintas.

    De acordo com o delegado da PCPR Edgard Soriani, o caso teve início após a denúncia de um desvio de cargas de bobinas. “A princípio, acreditamos que se tratava de um único grupo, mas as diligências mostraram que havia duas organizações com membros diferentes atuando paralelamente”, afirmou.

    Uma das quadrilhas desviava cargas de grãos, como soja e milho, além de produtos industrializados como macarrão, leite e açúcar. “Foram identificadas de dez a 15 cargas, avaliadas entre R$ 120 mil e R$ 130 mil cada, totalizando cerca de R$ 2 milhões em prejuízo”, explicou Soriani.

    Após os desvios, os criminosos confeccionavam boletins de ocorrência falsos relatando supostos roubos. Os arquivos eram enviados aos motoristas, que os repassavam aos contratantes para encobrir a origem ilícita da carga.

    A primeira fase da operação foi deflagrada em setembro de 2023, com a prisão de 10 suspeitos e a apreensão de duas armas de fogo, joias, R$ 18,5 mil em espécie, além de 25 caminhões e semirreboques. Sete dos presos integravam a primeira organização. Os demais pertenciam ao segundo grupo.

    Na segunda fase, realizada em 2024, a PCPR recapturou os três integrantes do segundo grupo e apreendeu mais 26 veículos utilizados nos crimes, desarticulando completamente a associação.

    A etapa final, realizada nesta quarta-feira, concluiu a operação com a desarticulação do grupo remanescente. A análise de celulares apreendidos comprovou o envio dos boletins falsificados e permitiu o mapeamento de todos os envolvidos.

    Todos os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário.

    Fonte: Secom Paraná

  • Governador recebe comitiva da União Europeia para fortalecer laços com o Paraná

    Governador recebe comitiva da União Europeia para fortalecer laços com o Paraná

    O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta quarta-feira (21) uma comitiva de diplomatas da União Europeia (UE) no Palácio Iguaçu, em Curitiba. A delegação, formada por representantes de 14 países, veio ao Paraná com o intuito de estreitar laços de cooperação em diversas áreas, com ênfase maior em sustentabilidade, ciência, inovação e comércio.

    Durante o encontro, Ratinho Junior apresentou indicadores do Paraná que ajudam a explicar o interesse dos países europeus na ampliação de parcerias nesses setores. Ele citou, por exemplo, o fato de o Estado ser reconhecido, por quatro anos consecutivos, como o mais sustentável do Brasil.

    “O Paraná produz cerca de 18% da energia elétrica consumida no Brasil, sendo que 98% dela é gerada a partir de fontes limpas e renováveis. Além do grande número de hidrelétricas, temos investido em outras fontes, sobretudo na energia solar, eólica e na biomassa gerada a partir dos rejeitos da agricultura e da pecuária”, afirmou o governador.

    O Paraná também tem avançado na produção de hidrogênio verde e na sua utilização como combustível de aviação (SAF). A iniciativa visa a descarbonização do setor aéreo, com a produção de um composto sintético a partir de biogás, com o Governo do Estado se organizando para o desenvolvimento e a consolidação dessa cadeia produtiva.

    Um dos temas que mais despertam interesse dos europeus é o modelo cooperativista de produção, com o Paraná concentrando 7 das 10 maiores cooperativas agroindustriais do Brasil – um fator que, segundo Ratinho Junior, também contribui para um sistema de produção sustentável no campo. “Somos hoje o supermercado do mundo, com um agronegócio que já demonstrou capacidade de aumentar o valor agregado dos produtos por meio da industrialização, sem prejudicar o meio ambiente”, pontuou.

    Para o governador, o crescimento da agroindústria fomentado pelas cooperativas paranaenses é um dos diferenciais que fizeram com que o Estado registrasse um crescimento de 63% no Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos seis anos, além de liderar o índice de atividade econômica do País no início de 2025 . Uma das consequências desse desempenho é que o Paraná alcançou a menor taxa de desocupação da história no primeiro trimestre deste ano .

    Para o chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil, Jean-Pierre Bou, os países que compõem o bloco têm muito a ganhar o fortalecimento das trocas de experiências e parcerias comerciais com o Paraná. “Identificamos muitas áreas de interesse em comum, particularmente com relação à proteção do meio ambiente, um modelo mais sustentável de produção de alimentos e potenciais investimentos em áreas como tecnologia, inovação e infraestrutura”, disse.

    “Antes das tratativas para essa visita ao Paraná nós não tínhamos a dimensão do peso do cooperativismo para o Estado, que é um modelo amplamente utilizado na Europa, e acredito que este é um segmento muito interessante em que também podemos estabelecer novos acordos de cooperação”, acrescentou o líder da delegação.

    De acordo com o Sistema Ocepar, as cooperativas paranaenses movimentaram R$ 206 bilhões em 2023 – um crescimento de 10,3% em relação ao ano anterior. O Estado conta com mais de 227 cooperativas registradas, que reúnem mais de 4 milhões de cooperados.

    INOVAÇÃO– Outro setor em que o Estado tem sido referência e que foi objeto de discussão na reunião é a inovação. Não por acaso, o Paraná passou a contar nos últimos anos com uma pasta específica para tratar do assunto: a Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (Sei), que é responsável por gerir projetos em conjunto com outras pastas e órgãos estaduais para estimular a adoção de soluções inovadoras em diferentes áreas, como saúde, educação e indústria, entre outros.

    Desde 2021, por exemplo, o Paraná oferece aulas de programação e robótica para alunos do ensino fundamental e médio nas escolas estaduais, com foco em lógica, algoritmos e linguagens de programação. A rede estadual de ensino também foi totalmente integrada ao ecossistema Google e de outras grandes multinacionais da área de tecnologia, como as norte-americanas Amazon e Microsoft e a chinesa Huwaei, mas a intenção do Governo do Estado é contar também com parcerias com empresas europeias neste segmento.

    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Reprodução/Secom Paraná
    Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

    AGENDAAlém do encontro com o governador, a comitiva da União Europeia permanece no Paraná até 25 de maio, período no qual terá reuniões na Fundação Araucária, FIEP, e Prefeitura de Curitiba, além de visitas ao Memorial Ucraniano, às empresas Biotrop e Volvo e à cidade de Foz do Iguaçu.

    PRESENÇAS– Além do governador, participaram da reunião pelo Governo do Estado o vice-governador Darci Piana; os secretários estaduais do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes; Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani; Cultura, Luciana Casagrande; e o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin. Já a comitiva da União Europeia também contou com a presença dos chefes de missão adjuntos de 14 países: Alemanha, Áustria, Croácia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Malta, Polônia, Portugal, República Tcheca e Suécia.

    Fonte: Secom Paraná

  • Edital de novo bueiro metálico em rodovia de Ribeirão do Pinhal tem resultado final

    Edital de novo bueiro metálico em rodovia de Ribeirão do Pinhal tem resultado final

    O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), publicou nesta quarta-feira (21) o resultado final da licitação para construir um novo bueiro tubular metálico na PR-436 em Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro.

    A empresa Rio Ligeiro Empreiteira de Obras Ltda. foi confirmada como a vencedora, após análise dos recursos quanto ao resultado anterior. Ela apresentou uma proposta de preço de R$ 1.164.500,00 e teve sua documentação habilitada por pregoeira da Superintendência Regional Norte do DER/PR.

    A próxima etapa é a homologação deste resultado, também publicado em Diário Oficial e no portal Compras Paraná, seguido pelos trâmites para assinatura do contrato.

    O bueiro metálico será construído no km 56+900, perímetro urbano do município, e vai substituir um antigo bueiro circular triplo de concreto, danificado pelas fortes chuvas na região.

    A obra vai exigir limpeza do terreno próximo à pista, demolição do pavimento e dos dispositivos de concreto no local, com o tráfego de veículos sendo desviado para vias municipais. O bueiro metálico será montado no local, tendo 4,2 metros de diâmetro e 22,57 metros de comprimento, com alas de concreto em cada extremidade.

    Na sequência será reconstruída a pista e os dispositivos de drenagem superficiais, que incluem meio-fio, sarjetas, descida d’água, dissipador de energia e entrada d’água, e também executada nova sinalização horizontal no trecho, além de outros serviços complementares.

    O prazo de execução será de 120 dias, após emissão da ordem de serviço.

    Fonte: Secom Paraná