Entrevistadores credenciados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) vão a 127 municípios do Paraná nesta semana para dar continuidade à fase de campo da Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR). Até o momento, já foram realizadas 18.195 entrevistas, com 19 municípios já concluídos e outros 22 com mais de 80% dos questionários finalizados.
Por meio dos levantamentos que serão feitos em 361 cidades de todas as regiões do Estado, o que equivale a 90% dos municípios paranaenses, o Ipardes pretende traçar informações socieconômicas que servirão de base para políticas públicas no Estado. Os dados também podem munir de informações as empresas que pretendem se instalar ou expandir as suas atividades no Paraná, dentro da política estadual de atração de investimentos.
A PAD-PR é o maior levantamento já conduzido por um governo estadual sobre o perfil socioeconômico da população. No Paraná, a abrangência é três vezes maior do que a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o levantamento nacional abrange cerca de 20 mil paranaenses, a PAD-PR entrevistará moradores de 60 mil domicílios em todas as regiões do Paraná até o fim de junho.
A pesquisa é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.
O plano é que as informações sobre o perfil dos paranaenses sejam compiladas até o final de 2025. Na sequência, os dados poderão ser consultados em um painel interativo, com relatórios, tabelas e gráficos estatísticos no site do Ipardes.
SEGURANÇA E SIGILO– As entrevistas duram de 10 a 15 minutos, em média, e os profissionais são identificados com coletes do Ipardes, crachá com foto e informativos sobre a pesquisa. Durante as abordagens, são coletadas informações como condições de moradia, trabalho, renda, nível de escolaridade, hábitos e condições alimentares.
As informações fornecidas são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com uso exclusivo para fins estatísticos. De acordo com o Ipardes, a participação da população é fundamental para que a pesquisa seja bem-sucedida, contemplando todas as particularidades das diferentes regiões do Estado.
Confira a lista de municípios onde os pesquisadores contratados pelo Ipardes farão entrevistas domiciliares nesta semana:
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) fechou duas unidades de uma empresa de negociação de dívidas investigada pelos crimes de estelionato e induzir o consumidor a erro. A operação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (12) em Curitiba.
Os policiais civis, com apoio do Procon de São José dos Pinhais, fecharam as duas unidades da empresa em Curitiba, localizadas nos bairros Sítio Cercado e Centro. A companhia possui outras sete em diversas cidades do Paraná.
A operação é resultado de um inquérito que vinha sendo conduzido desde 2022 pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor, na Capital.
Foram registrados mais de 200 boletins de ocorrência contra a empresa em todo o Estado por se utilizar de promessas de quitação ou redução de dívidas a partir de consultorias, as quais eram previamente cobradas das vitimas.
“Entretanto, o serviço não era realizado junto às instituições financeiras credoras, o que fazia com que as vítimas perdessem o valor pago pela consultoria”, explica o delegado Cássio Conceição.
Com as evidências coletadas ao longo das diligências, foi verificada a prática dos crimes de estelionato, previsto no Código Penal, e de induzir o consumidor a erro por meio de afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza ou qualidade do serviço.
Durante a investigação, foi expedido um mandado de prisão contra o proprietário da consultoria, porém até o momento ele não foi localizado e é considerado foragido.
As inscrições para participar do Alfabetiza Paraná estão abertas até esta quinta-feira (15) e podem ser feitas pelosite do programaou diretamente em uma escola estadual do município de residência. A iniciativa é do Governo do Estado e oferece aulas gratuitas para jovens, adultos e idosos que desejam aprender a ler e escrever.
Com início das aulas previsto para 19 de maio e duração de seis meses, o programa vai atender até 17 mil estudantes, distribuídos em 1.200 turmas presenciais em 396 municípios paranaenses.
O programa é voltado a pessoas com 15 anos ou mais que ainda não foram alfabetizadas. A carga horária total é de 300 horas presenciais, e os participantes recebem kit de material escolar, caderno de atividades e lanche gratuito durante os encontros.
O Alfabetiza Paraná é coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), por meio do Departamento de Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A iniciativa conta com o financiamento de R$ 17 milhões, oriundos de recursos remanescentes do Programa Brasil Alfabetizado, repassados pelo governo federal. A Seed-PR é responsável pela gestão e pagamento das bolsas dos professores alfabetizadores, que foram selecionados via chamamento público.
Cada professor poderá atuar em até duas turmas e receberá R$ 1.200,00 por turma, mensalmente. Esses profissionais serão responsáveis por organizar as turmas, aplicar testes cognitivos de entrada e saída e acompanhar o desempenho dos alunos ao longo do processo de alfabetização.
Serviço:
Período de inscrições: até 15 de maio
Público-alvo: Pessoas com 15 anos ou mais, não alfabetizadas
Os royalties da exploração de petróleo, xisto e gás natural movimentaram R$ 172,4 milhões no Paraná em 2024, um aumento de 106,7% se comparado com os R$ 83,42 milhões arrecadados em 2023. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (12), consta noInforme Mineral 02/2025, produzido pela Diretoria de Gestão Territorial do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Desse valor, de acordo com a legislação vigente, R$ 104,80 milhões (60,8%) foram distribuídos para cinco municípios, os polos produtores: Araucária, com R$ 75,4 milhões (72%); São Mateus do Sul, com R$ 19,2 milhões (18,4%); Guaratuba, com R$ 7,1 milhões (6,8%); Campo Largo, com R$ 2,33 milhões (2,2%); e Pitanga, com R$ 653 mil (0,6%). O Governo do Estado arrecadou R$ 67,59 milhões (39,2%).
Araucária, Guaratuba e Campo Largo receberam os royalties por possuírem estruturas ligadas à indústria do petróleo, como terminais de tancagem e armazenamento, além de instalações de embarque e desembarque. Já nos outros dois municípios, os royalties são pela exploração de minérios, sendo eles o xisto, em São Mateus do Sul, e o gás natural em Pitanga.
O relatório aponta também que a compensação financeira pela extração de minérios como rochas carbonáticas, brita e areia foi outra área que cresceu no ano passado. A arrecadação da chamada Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi de R$ 36,35 milhões em 2024, um incremento de 17,7% em relação aos R$ 30,88 de 2023. Além disso, a taxa de aumento foi superior aos índices da arrecadação nacional da CFEM do mesmo ano, que cresceram em 8,4%.
Ao todo, o recolhimento da CFEM no Paraná foi verificado em 193 municípios, por 535 empresas em 1.258 títulos minerários concedidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A maior parte da arrecadação (46%) ficou concentrada em seis municípios: Rio Branco do Sul, com R$ 6,34 milhões (17,5%); Campo Largo, com R$ 3,98 milhões (11%); Almirante Tamandaré, com R$ 2,28 milhões (6,3%); Adrianópolis, com R$ 1,48 milhão (4,1%); São José dos Pinhais, com R$ 1,32 milhão (3,6%); e Cerro Azul, com R$ 1,3 milhão (3,6%).
O valor arrecadado pelo CFEM é dividido entre o Governo do Estado (15%), municípios locais produtores (60%), municípios afetados pela atividade (15%) e órgãos do governo federal (10%), como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
SUBSTÂNCIAS– Dos títulos minerários em exploração por substância mineral no Paraná em 2024, a maioria foi para a mineração de areia (41,6%) e de rochas para a produção de brita e revestimento (19,6%), ambas destinadas, principalmente, para uso direto na construção civil e às indústrias de artefatos de concreto e cimento. Em seguida, figura a exploração de argilas (11,8%) utilizadas principalmente para a fabricação de cerâmica vermelha (tijolos e telhas) e de rochas carbonáticas (10,8%), em especial para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola.
Fecham a lista a fluorita, destinada a indústria química e na siderurgia/metalurgia; o carvão mineral, utilizado para a geração de termoeletricidade; o saibro e o cascalho, para revestimento de estradas; o filito, usado principalmente na produção de cimento; e talco, pirofilita e feldspato, matérias-primas na indústria de cerâmica branca.
AQUÍFERO KARST– Outro destaque do informe é a exploração das rochas carbonáticas para a produção de corretivo agrícola e cal sobre a área do principal aquífero da Região Metropolitana de Curitiba, o aquífero Karst, região com uma grande importância tanto para o abastecimento público quanto para o fornecimento de insumos para a indústria mineral.
Concentrada principalmente nos municípios de Almirante Tamandaré, Colombo, Rio Branco do Sul e Itaperuçu, a extração mineral na região em 2023, dado mais recente disponível, viabilizou a produção de 7,86 milhões de toneladas de corretivo agrícola e o abastecimento da indústria produtora de cal, assim como a exploração de 19,8 milhões de metros cúbicos de água subterrânea pela Sanepar.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), publicou o edital para implantação de um novo trevo rodoviário de acesso ao Hospital Regional de Cornélio Procópio, na região Norte.
A licitação acontece na modalidade Contratação Integrada e também contempla a elaboração dos projeto básico e projeto executivo de engenharia, e melhorias na PR-160, onde a obra será realizada. O orçamento da obra é sigiloso, visando motivar as empresas interessadas a estudar com atenção o edital e anexos disponíveis no portal Compras Paraná e Compras.gov. A sessão de disputa está marcada para 18 de julho.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, esta é uma importante conquista para a população de Cornélio Procópio, resultado da grande parceria do Governo do Estado com os municípios.
“A prefeitura de Cornélio Procópio fez a doação do anteprojeto de engenharia, que recebemos no ano passado, e que agora está servindo de base para essa licitação de projeto mais obra, que vai beneficiar os pacientes e familiares, os médicos, as enfermeiras e todos funcionários do Hospital Regional, além dos usuários que trafegam pela rodovia”, explicou.
As obras serão realizadas em um trecho de cerca de 540 metros entre o km 48 e km 49 da PR-160, logo em frente ao hospital. Elas preveem uma rotatória alongada com faixa exclusiva para retorno e adequação dos acessos de entrada e saída do hospital.
Também serão prolongadas as vias marginais Rua Francisca R. da Silva e Rua Leonor N. da Silva, que serão conectadas às Av. Helio Registro e Rua Reginal Perisse da Silva, além de implantado passeio para pedestres, novo sistema de drenagem de águas e serviços complementares. As vias marginais, pista central e acessos vão utilizar o pavimento flexível asfáltico.
O prazo de execução da obra é de 450 dias (15 meses). “Com o trâmite da licitação correndo normalmente, devemos ter o contrato assinado antes do final do ano. Daí teremos os primeiros cinco meses dedicados para estudos e elaboração dos projetos, que vão confirmar ou melhorar as soluções do anteprojeto, e 10 meses seguidos de obra para modernizar o acesso ao hospital”, explicou o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.
A partir desta segunda-feira (12), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) realiza uma consulta pública com o objetivo de obter contribuições, sugestões e críticas a respeito da proposta de resolução para as regras gerais de regulação e fiscalização do serviço de transporte público coletivo das áreas definidas no Estatuto da Metrópole.
A edição de um ato normativo que disponha sobre as regras gerais para a regulação do serviço de transporte público coletivo de passageiros possibilitará que se estabeleça premissas gerais do funcionamento do setor e aspectos legais de competência da Agepar para o futuro.
A resolução prevê, por exemplo, regras da concessão, das contratações e instrumentos contratuais, como metodologia de reequilíbrio econômico-financeiro e a definição dos incentivos e das penalidades aplicáveis de acordo com as metas de qualidade, eficiência e eficácia preestabelecidas, direitos dos usuários, reajustes tarifários e formas que avaliação do desempenho e qualidade do serviço.
Segundo Cintia Rubim de Souza Netto, chefe da Coordenadoria dos Transportes da Agepar, trata-se de tema constante na Agenda Regulatória. “A edição deste ato normativo sobre as regras gerais para a regulação do serviço de transporte público coletivo de passageiros possibilitará que se encontre, no mesmo instrumento, premissas gerais do funcionamento do setor e aspectos legais de competência da Agepar, garantindo a atuação da agência conforme as competências previstas em lei”, explicou.
A proposta de resolução visa abarcar os serviços de transporte público de passageiros integrantes de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões instituídas pelo Estado do Paraná (definidas na Lei Federal nº 13.089/2015, que instituiu o Estatuto da Metrópole), no que se refere às competências da Agepar. De maneira geral, o texto vai permitir uma atuação mais organizada da Agepar na nova licitação do transporte da Região Metropolitana de Curitiba, que a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) fará de maneira inédita.
COMO PARTICIPAR– Os interessados em participar da consulta pública podem enviar sugestões, comentários ou questionamentos do dia 12 maio até o dia 10 de junho, por meio de formulário online, disponível no site da Agepar, poreste site. Não serão analisadas contribuições anônimas.
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados iniciam a semana com a oferta de 20.530 vagas de emprego com carteira assinada no Estado. A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 6.398 oportunidades. Na sequência, aparecem as de magarefe (cortador de carne), com 1.028 vagas, operador de caixa, com 792 e abatedor, com 782 oportunidades.
A região de Cascavel conta com o maior volume de postos de trabalho disponíveis (5.399). São 1.451 vagas para auxiliar de linha de produção, 478 para abatedor, 350 para magarefe e 268 para operador de caixa.
A Grande Curitiba aparece em seguida (3.389), com 436 oportunidades para alimentador de linha de produção, 214 para faxineiro, 205 para operador de caixa e 134 para atendente de lojas e mercados.
Nas demais regionais do Interior são destaques Campo Mourão (2.389), Londrina (1.954), Foz do Iguaçu (1.705 ) e Pato Branco (1.528). Em Campo Mourão, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 1.017, magarefe, com 430, abatedor, com 73 vagas e vendedor de comércio varejista, com 60 oportunidades.
Na região de Londrina, há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 519 oportunidades, servente de obras, com 85, operador de caixa, com 60 e vendedor de comércio varejista, com 57.
Em Pato Branco, os destaques são para alimentador de linha de produção (505), magarefe (76), abatedor (60) e faxineiro (54). Na região de Foz do Iguaçu, são ofertadas 834 vagas para alimentador de linha de produção, 99 para operador de caixa, 98 para repositor de mercadorias e 55 para abatedor.
“O número expressivo de vagas reforça o momento positivo do mercado de trabalho no Paraná. Estamos trabalhando para conectar ainda mais os empregadores aos trabalhadores e garantir que as oportunidades cheguem a todas as regiões do Estado”, afirmou o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo.
ATENDIMENTO– Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Referência no atendimento psiquiátrico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Adauto Botelho (HAB), localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, passará por uma transformação significativa. A unidade, que é destaque em saúde mental, abrigará um novo Ambulatório Médico de Especialidades (AME), ampliando ainda mais a oferta de atendimentos voltados à atenção psicossocial no Estado.
Com investimento estimado em R$ 8,9 milhões, a obra está em fase de licitação e vai modernizar uma área já construída do hospital, reforçando seu papel estratégico na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e expandindo o acesso da população paranaense a consultas especializadas em saúde mental.
O novo complexo contará com 10 consultórios psiquiátricos, salas de psicoterapia, terapia ocupacional e um espaço ao ar livre com academia terapêutica para os pacientes. A estrutura permitirá um aumento de até 2 mil consultas mensais, fortalecendo ainda mais a integração entre os cuidados clínicos e psicossociais.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a transformação da unidade reforça a política do Governo do Paraná de ampliar o acesso e qualificar o cuidado em saúde mental. “O novo AME no Hospital Adauto Botelho representa um avanço concreto no modelo de atenção psicossocial, com foco no cuidado humanizado, na ampliação da oferta de serviços e na integração da rede estadual”, destacou.
Geraldo Biesek, diretor-presidente da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas) – entidade responsável pela gestão da instituição – ressaltou o papel estratégico da iniciativa no fortalecimento da rede pública de saúde mental.
“Com a implantação do AME, o Hospital Adauto Botelho consolida sua vocação como centro de excelência, oferecendo atendimento mais acessível e resolutivo, com foco na qualidade e no acolhimento à população paranaense.”
INVESTIMENTOS– Desde que passou a ser administrado pela (Funeas), em 2022, o HAB tem recebido investimentos contínuos em infraestrutura, pessoal e reestruturação de serviços. Em 2024, por exemplo, foram aplicados cerca de R$ 188 mil na aquisição de mobiliário e equipamentos hospitalares, além da contratação de 48 novos profissionais da área assistencial, incluindo médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.
A unidade também comemora a reabertura da Unidade Fênix, voltada ao tratamento de dependência química em homens, totalmente revitalizada após quatro anos fechada. A reorganização dos fluxos internos e a adoção de um novo modelo de gestão aumentaram a média de internações mensais de 50 para 80.
Outro destaque é o crescimento expressivo nos atendimentos ambulatoriais especializados: de 2023 para 2024, o número de consultas em psiquiatria subiu de 4.750 para 6.445. Uma nova área também está sendo preparada para oferecer outras 250 consultas psiquiátricas e 100 de psicologia por mês.
CAPACITAÇÃO– Além do atendimento clínico, o HAB é reconhecido como centro de formação de profissionais em saúde mental. Parcerias com o Hospital de Clínicas e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) garantem a presença anual de cerca de 230 estudantes e residentes. O Programa de Residência Médica em Psiquiatria, iniciado em 2022, formou sua primeira turma em 2025, com nota máxima na avaliação do MEC.
O frio chega ao Paraná com alguns municípios já registrando temperaturas próximas de 0º. O clima é um convite aos turistas amantes das temperaturas mais baixas, que podem aproveitar inúmeras atrações ligadas à cultura e tradições paranaenses desta época.
Pensando nisso, o Viaje Paraná , órgão de promoção do turismo no Estado, separou uma série de eventos, festivais e programações que vão aquecer os turistas. Muito fazem parte no calendário institucional da Secretaria do Turismo (Setu-PR), que divulga gratuitamente eventos ligados a diversas recortes do setor.
A ação faz parte da campanha de inverno lançada pelo Governo do Estado, através da Secretaria do Turismo e Viaje Paraná. O objetivo é chamar a atenção para os diversos produtos e atrativos do Paraná, como pousadas confortáveis, acolhedoras e charmosas, vinícolas premiadas, cervejarias, opções de descanso em meio à natureza.
ARRAIÁS E FESTAS JUNINAS– Foz do Iguaçu tem a sua tradicional sua Festa Maína. O evento acontece desde de 2007 e já é típica do município, com suas semelhanças às tradicionais festas juninas e julinas, porém, realizada em maio. A programação é organizada pela Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, entre os dias 23 e 25 de maio. Haverá shows, quadrilha, danças típicas, sinhazinha, pescaria e uma grande praça de alimentação com comidas típicas. O artesanato também estará presente, com artistas que prestigiam o evento e expõem e vendem seus produtos.
Curitiba recebera a festa de São João, no Parque Barigui. O evento, que segundo a organização será a maior festa junina da história da Capital, acontece entre os dias 19 a 22 de junho, durante o feriado prolongado de Corpus Christi. A programação vai contar com gastronomia, atrações nacionais, cultura local e diversão a um público estimado em 30 mil pessoas. Os ingressos já estão à venda.
Em Cascavel, no Oeste, acontecem duas festas juninas organizadas pelas comunidades religiosas locais. Entre os dias 13 e 15 de junho, turistas e moradores locais podem curtir a programação da Paróquia Santo Antônio, com música, barraquinhas e churrasco. Além dela, acontece a 47ª Festa de São João Batista, entre os dias 20 e 22 de junho, na Paróquia São João Batista.
No Sudoeste do Paraná, o município de São João realiza mais uma edição de sua festa junina. A atração é a maior Fogueira de São João do Brasil, segundo os organizadores. Com entrada franca, o evento acontece entre os dias 19 a 21 de junho. São atrações shows musicais, apresentações culturais, comidas típicas, brincadeiras e a tradicional fogueira gigante, que já é marca registrada do município.
Em Goioerê (Oeste) o Arraiá das Candeias movimenta o fim de semana de 24 e 25 de maio. Organizado pela Paróquia Nossa Senhora das Candeias, o município se torna palco de uma festa animada, com atrações musicais, apresentações culturais e gastronomia. Campo Mourão, no Noroeste, promove a 14ª edição do Louvor Junino, no dia 14 de junho.
Ibiporã, no Norte, celebra a sua 47ª Festa Junina municipal entre os dias 7 a 15 de junho. No Litoral, Pontal do Paraná promove mais uma edição do seu Arraiá Caiçara, de 26 a 29 de junho, novamente com o Centro de Eventos do Balneário Marissol como palco, reunindo música, dança, culinária e atividades culturais envolvendo escolas, projetos sociais e a comunidade local.
Em Prudentópolis, até máquina é usada na “maior feijoada do Brasil”. Foto: Prefeitura de Prudentópolis
GASTRONOMIA E FESTIVAIS– Em Curitiba, nos dias 29 e 30 de maio, a atração é o Prêmio Queijo do Paraná, que acontece no Museu Oscar Niemeyer (MON), com apoio do Governo do Estado. A edição deste ano, a segunda do evento, teve recorde de 515 queijos inscritos de 107 produtores e laticínios de 76 municípios, superando os 290 participantes da primeira edição. Com 21 categorias, que contemplam queijos elaborados a partir de leite de vaca, cabra, ovelha ou búfala, além de criações especiais, o prêmio é uma vitrine para a diversidade e a excelência da produção queijeira paranaense.
De 11 a 13 de julho, acontece a Festa do Vinho e do Queijo de Salgado Filho, município do Sudoeste do Paraná. Na região Noroeste, Campo Mourão conta com a 30ª Festa Nacional do Carneiro no Buraco, entre 10 e 13 de julho.
Organizado pela Paróquia São José de Santa Felicidade, a Festa do Frango, Polenta e Vinho nos dias 4, 5 e 6 de julho, reúne o melhor da gastronomia do bairro italiano e turístico de Curitiba. Ainda na Capital acontece a 13ª edição do Festival de Inverno do Centro Histórico de Curitiba entre os dias 26 e 29 de junho, um convite ao aconchego do inverno paranaense. Assim como muitos outros eventos da época, o festival terá música, gastronomia e atividades culturais.
Em Prudentópolis, nos Campos Gerais, chama atenção dos visitantes a 14ª edição da Festa Nacional do Feijão Preto, que acontece no Centro de Eventos Terra das Cachoeiras nos dias 15 a 17 de agosto, ofertando aos visitantes a “maior feijoada do Brasil” – segundo a organização.
Os meses de maio a julho têm um significado especial para as populações caiçaras do Litoral, porque é nesta época que surgem nas águas paranaenses os cardumes de tainha, em grande abundância – por isso, a captura artesanal da espécie é autorizada neste período. A abundância do peixe acabou resultando em diversas festas gastronômicas. Municípios como Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba, além da Ilha do Mel, realizam programações anualmente nesta época.
Além da tainha, a Cambira é um prato típico de Pontal do Paraná, à base de filé de peixe salgado e defumado que, uma vez seco, vai para a panela de barro com água e especiarias (tomate, pimentão, coentro, pimenta e bananas). Um dos eventos tradicionais da temporada de frio no Paraná é justamente o Festival da Gastronomia Caiçara, que neste ano está previsto para ser realizado de 30 de junho a 30 de julho.
Ponta Grossa, nos Campos Gerais, vai realizar a 3ª edição do Festival de Balonismo, entre 25 e 27 de julho. Foto: Prefeitura de Ponta Grossa
BEBIDAS QUENTES – No ramo das bebidas quentes, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR) realiza o Circuito Gastronômico dos Cafés Especiais durante todos os dias do mês de agosto em Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em Lobato, no Vale do Ivaí, é promovido do dia 1º ao 3 de agosto, a Festa da Leitoa no Tacho.
TRADIÇÕES E RAÍZES– Curitiba tem mais uma edição da Feira de Malhas, Fios e Couros, entre os dias 30 de maio e 8 de junho, uma boa opção para comprar roupas para a estação mais fria do ano, na capital mais fria do País.
Já o Festival Folclórico de Curitiba, de 30 de junho a 10 de julho, no Teatro Guaíra, realça as tradições culturais paranaenses. Já no Norte Pioneiro, Ribeirão Claro, às margens da Represa de Chavantes e do Angra Doce, realiza a FesCafé, que celebra a cafeicultura do município, entre os dias 4 e 7 de julho.
De 18 a 24 de agosto, Prudentópolis apresenta as raízes de seu povo com a XIV Semana da Comunidade Ucraniana, no Centro Paroquial São Josafat. Prudentópolis possui a maior concentração de ucranianos no Brasil e a preservação da cultura e sua transmissão para as novas gerações é um dos pilares da população.
Prevista para os dias 4 a 14 de setembro, a 32ª Feira da Louça de Campo Largo é uma opção de evento na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que resgata a memória cultural da produção de louças e cerâmicas do município. A expectativa da organização para este ano é superar a última edição, que contou com mais de 160 mil visitantes.
Para celebrar as culturas orientais no Paraná, o Norte do Estado recebe a 21ª edição da Londrina Matsuri, de 5 a 7 de setembro, que conta com apresentações culturais, matsuri dance e oficinas da cultura japonesa. O evento celebra a chegada da primavera e os 130 anos do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão.
De 4 a 7 de setembro, também no Norte Pioneiro, acontece a FrutFest de Carlópolis, que valoriza a produção de frutas do município, como a goiaba local, reconhecida como um dos 16 produtos do Paraná com Selo de Indicação Geográfica. Enquanto Ponta Grossa promove a 13ª Expo&Flor, tradicional exposição de flores de Holambra, de 6 a 15 de setembro no Parque Ambiental.
O Festival Folclórico de Curitiba, de 30 de junho a 10 de julho, realça as tradições culturais paranaenses. Foto: Prefeitura de Curitiba
CULTURA E MÚSICA– Curitiba também é famosa por suas feiras gastronômicas, culturais e de artesanato. Algumas acontecem somente no inverno e outras ao longo de todo o ano, mas com um charme adicional na estação mais fria. As chamadas “feirinhas” são bons locais para encontrar outros turistas, experimentar pratos típicos e viver a vida curitibana – que não para, mesmo com baixas temperaturas.
As principais delas são a Feirinha de Inverno da Praça Osório, a Feirinha da Santos Andrade, a Feira do Largo da Ordem e a Feira Gastronômica do Batel.
Ainda na Capital, duas boas opções para os amantes da cultura marcam presença nas estações frias. O Festival Olhar de Cinema, que acontece entre 11 e 19 de junho e é considerado um dos mais importantes dedicados à sétima arte no Brasil, reunindo produções independentes de todo o mundo. Enquanto o Festival Internacional de Hip Hop ocupa o Teatro Positivo, entre 4 e 6 de julho, com performances e apresentações.
CONTEMPLAÇÃO E NATUREZA– Ponta Grossa, nos Campos Gerais, vai realizar a 3ª edição do Festival de Balonismo, entre 25 e 27 de julho. O município vai promover um espetáculo de cores no céu, onde o público poderá acompanhar uma série de voos competitivos, Night Glow, praça de alimentação e artesanato.
Já de 14 a 28 de agosto, acontece o Mata Atlântica EcoFestival, em diversas partes do Litoral paranaense, Curitiba e Região Metropolitana. A programação impulsiona os segmentos de turismo de aventura, música, arte, cinema, com atividades diversas na região do Bioma Mata Atlântica no Paraná.
Confira o calendário de eventos para aproveitar as estações frias do Paraná neste ano:
23 a 25 de maio – Festa Maína – Foz do Iguaçu
24 e 25 de maio – Arraiá das Candeias – Goioerê
30 de maio a 8 de junho – Feira de Malhas, Fios e Couros – Curitiba
7 a 15 de junho – Festa Junina – Ibiporã
14 de junho – Louvor Junino – Campo Mourão
13 a 15 de junho – Festa Junina da Paróquia Santo Antonio – Cascavel
19 a 21 de junho – Festa de São João – São João
19 a 22 de junho – Festa Junina – Curitiba
20 a 22 de junho – Festa Junina da Paróquia São João Batista – Cascavel
26 a 29 de junho – Arraiá Caiçara – Pontal do Paraná
26 a 29 de junho – Festival de Inverno do Centro Histórico – Curitiba
30 de junho a 10 de julho – Festival Folclórico – Curitiba
30 de junho a 30 de julho – Festival da Gastronomia Caiçara – Pontal do Paraná
4 a 6 de julho – Festival Internacional de Hip Hop – Curitiba
4 a 6 de julho – Festa do Frango Polenta e Vinho – Curitiba
4 a 7 de julho – FesCafé – Ribeirão Claro
11 a 19 de julho – Festival Olhar de Cinema – Curitiba
11 a 13 de julho – Festa do Vinho e do Queijo – Salgado Filho
10 a 13 de julho – 30ª Festa Nacional do Carneiro no Buraco – Campo Mourão
25 a 27 de julho – 3ª edição do Festival de Balonismo – Ponta Grossa
1 a 3 de agosto – Festa da Leitoa no Tacho – Lobato
1 a 31 de agosto – Circuito Gastronômico dos Cafés Especiais – Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa
4 a 28 de agosto – Mata Atlântica EcoFestival – Litoral, Curitiba e RMC
15 a 17 de agosto – 14ª Festa Nacional do Feijão Preto – Prudentópolis
18 a 24 de agosto – XIV Semana da Comunidade Ucraniana – Prudentópolis
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5 a 7 de setembro – Londrina Matsuri – Londrina
4 a 14 de setembro – 32ª Feira da Louça – Campo Largo
O Paraná teve protagonismo não apenas na técnica de semear sem revolver o solo, mas também na construção de um modelo conceitual e na consolidação de um sistema integrado de práticas agrícolas que hoje é referência mundial. Essa é a principal conclusão do artigo científico“No-tillage system: a genuine brazilian technology that meets current global demands”, recentemente publicado na prestigiada revista “Advances in Agronomy”. O texto traça um panorama histórico e técnico sobre o surgimento e disseminação do plantio direto na agricultura brasileira.
Já em meados da década de 1960 pesquisadores questionavam se o preparo convencional do solo com aração e gradagem, herdado da tradição europeia, era adequado às condições tropicais. Datam desse período os primeiros ensaios sobre plantio direto realizados em Londrina (Região Norte) pelo antigo Ipeame (Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária Meridional), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e antecessor da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
No campo, agricultores preocupados com os efeitos da erosão também buscavam alternativas ao manejo tradicional. Foi ao Ipeame que, em 1971, o produtor Herbert Bartz, de Rolândia, recorreu para obter informações sobre os estudos da instituição com plantio direto voltado à conservação do solo. Ele também conheceu experiências práticas nos Estados Unidos, onde a técnica da semeadura direta já vinha sendo adotada havia alguns anos.
No ano seguinte, 1972, Bartz fez a primeira semeadura direta de soja comercial que se tem notícia na América Latina. Outros cinco produtores de Campo Mourão (Centro-Oeste) e três de Mauá da Serra (Centro-Norte do Estado) implementaram a novidade nas safras seguintes. Em 1976, Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira, o “Nonô”, adotaram a técnica nos Campos Gerais.
Visionários e entusiastas do modelo, Bartz, Nonô e Dijkstra são hoje reconhecidos como verdadeiros “embaixadores” da inovação brasileira, aponta o pesquisador Tiago Santos Telles, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), um dos autores do artigo.
CIÊNCIA – O ano de 1972 também marcou a criação do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-Paraná, instituição que desempenhou papel decisivo na formulação das bases científicas do sistema, especialmente a definição de seus três pilares – eliminar o revolvimento do solo, mantê-lo permanentemente coberto com palha ou plantas vivas, e, ainda, praticar a rotação de culturas.
“Ao longo do tempo, percebeu-se que não bastava suspender o revolvimento do solo. Era necessário diversificar culturas, manter a cobertura vegetal constante e promover um sistema mais equilibrado e resiliente”, explica Telles. “Esses princípios são indissociáveis para que os benefícios sejam plenamente alcançados, tanto em produtividade quanto em sustentabilidade”.
A partir de 1976, os pesquisadores do Iapar passaram a utilizar a expressão “Sistema Plantio Direto”, ou simplesmente SPD, para abarcar a complexidade e a integração das práticas envolvidas na nova abordagem. Mais do que um nome, tratava-se de uma mudança conceitual, possível após anos de estudos – envolvendo fertilidade do solo, fitotecnia, mecanização agrícola e controle biológico – que embasaram uma proposta de manejo completa, capaz de ampliar os ganhos agronômicos, econômicos e ambientais.
“Foi quando a abordagem deixou de ser uma técnica isolada e passou a ser compreendida como uma estratégia agrícola integrada, com base ecológica e sistêmica, apropriada às condições tropicais”, observa Rafael Fuentes Llanillo, pesquisador que se dedica ao tema desde 1979, quando ingressou no Iapar e um dos coautores do artigo. Hoje aposentado, ele atua na Febrapdp (Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto) e mantém seu compromisso com a disseminação do SPD.
EXPANSÃO – De uma área inicial de 200 hectares em 1972, o plantio direto se expandiu rapidamente. Na safra 1975/76, cerca de 200 produtores já haviam adotado a prática em diferentes regiões do Paraná. A partir dos anos 1980, a abordagem chegou aos estados do Sul e do Centro-Oeste. A consolidação nacional veio na década de 1990, impulsionada pela mecanização e a disponibilidade de herbicidas apropriados.
Graças à articulação entre agricultores, instituições de pesquisa e setor privado, o plantio direto consolidou-se como uma das tecnologias mais sólidas e bem-sucedidas da agricultura brasileira. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 33 milhões de hectares eram cultivados sob esse sistema, o equivalente a 62% da área destinada à produção de grãos. Estimativas mais recentes apontam que esse número já ultrapassa os 41 milhões de hectares.
O impacto da tecnologia é global. Em 2020, o plantio direto já era adotado em mais de 205 milhões de hectares ao redor do mundo, com presença significativa na Argentina, Estados Unidos, Canadá, Austrália e China. Ainda assim, o modelo do Brasil segue como referência por sua elaboração sofisticada e adaptação eficaz às condições tropicais. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) reconhece nos três pilares do SPD brasileiro a base conceitual da chamada “agricultura de conservação”.
“O sistema de plantio direto é uma vitória da audácia, persistência e solidariedade dos agricultores e da ciência brasileira. Levamos ao mundo uma forma de produzir que alia alta produtividade à conservação ambiental, uma ferramenta das mais eficazes para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e da segurança alimentar”, afirma Fuentes Llanillo.
Além de Telles e Fuentes Llanillo, compartilham a autoria do artigo os pesquisadores Ruy Casão Junior, também aposentado do IDR-Paraná; Marie Luise Carolina Bartz, vinculada à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e à Universidade de Coimbra (Portugal); e Ricardo Ralisch, da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O texto está disponível, em inglês e mediante assinatura, nosite da revista.
Aos interessados em saber mais sobre a história do SPD, uma boa indicação é o livro “O Brasil possível”, biografia do produtor Herbert Bartz escrita pelo jornalista londrinense Wilhan Santin. A obra pode ser adquiridaAQUI.