Categoria: Saúde

  • Farmácias públicas vão divulgar estoques de medicamentos na internet

    Farmácias públicas vão divulgar estoques de medicamentos na internet

    Uma nova lei publicada, nesta quinta-feira (24)noDiário Oficial da União, determina que as farmácias públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) passam a ter a obrigação de disponibilizar na internet os estoques de medicamentos. A medida foi sancionada e entrará em vigor em janeiro de 2024.

    O dispositivo alterou a Lei Orgânica da Saúde , de 1990, que trata da promoção e do funcionamento dos serviços do setor. O texto adicionou ao campo de atuação do SUS, descrito na lei, a obrigatoriedade de “disponibilizar nas respectivas páginas eletrônicas na internet os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum”.

    A proposta original foi apresentada pelo ex-deputado federalEduardo Cury (PSDB-SP), em 2019, inspirada em uma iniciativa da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, em São Paulo. Segundo ele, a divulgação dos estoques, além de melhor gestão na aquisição dos medicamentos, evitará o deslocamento desnecessário de pacientes. “Os pacientes perdem tempo e dinheiro nas visitas constantes às farmácias e não conseguem obter o remédio indicado, o que é, no fimdas contas, um enorme desrespeito com os usuários da rede pública de saúde.”

    Atualmente, o Ministério da Saúde já disponibiliza lista mais simplificada para o programa Farmácia Popular do Brasil, que faz parceria com a rede privada de drogarias. Nela aparecem os tipos de medicação voltados à atenção primária à saúde, que podem ser retirados nessa rede, mas as quantidades disponíveis não são informadas e não há atualização frequente.

    Além das farmácias populares, também são geridas pelo SUSas farmácias hospitalares, as especializadas, que mantém medicamentos de alto custo, e as farmácias das unidades básicas de Saúde.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministério da Saúde faz repasse para pagamento do piso da enfermagem

    Ministério da Saúde faz repasse para pagamento do piso da enfermagem

    O Ministério da Saúde informou que foram repassadosnesta quarta-feira (23), a estados e municípios, os recursos para o pagamento dopiso nacional da enfermagem.

    “Os recursos previstos na portaria nº 1.135/2023 foram creditados pelo Ministério da Saúde nas contas dos estados e municípios nesta quarta-feira (23). Mais de 97% das prefeituras foram contempladas a partir do cadastro realizado na plataforma InvestSUS. Dos 5.570 municípios do país, apenas 117 não informaram profissionais que necessitam de auxílio federal para complementação do piso”, informa o ministério.

    O governo federal alocouR$ 7,3 bilhões, em crédito especial, para os repasses aos estados e municípios em 2023. “Foram pagas quatro parcelas do auxílio federal para implementação do piso retroativamente a maio. As outras cinco parcelas deste ano, incluindo o 13º, serão pagas até dezembro”, informa o ministério.

    Entenda

    Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF),liberou o pagamentodo piso nacional da enfermagem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado aabertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhõespara o pagamento do piso.

    Até então, o novo piso nacional, definido pela Lei nº 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

    Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade.

    Fonte: Agência Brasil

  • Ministério da Saúde lança campanha de multivacinação no Rio de Janeiro

    Ministério da Saúde lança campanha de multivacinação no Rio de Janeiro

    O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (23) a campanha de multivacinação no Rio de Janeiro. As ações vão se estender até o dia 15 de setembro, e em 2 de setembro haverá o Dia D. A intenção é atualizar o calendário de vacinas de crianças e adolescentes até os 15 anos de idade e retomar as altas coberturas vacinais no país. O lançamento foi no Palácio da Guanabara, sede do governo do estado.

    O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, disse que embora o Brasil tenha erradicado algumas doenças “é preciso lembrar que muitas delas continuam circulando pelo mundo”.

    Gatti destacou que o país registrou queda na cobertura vacinal e, por isso, é preciso recuperar a vacinação em crianças e adolescentes. Segundo ele, desde 2015, o Brasil vem registrando quedas na cobertura vacinal da população de imunizantes que são usados há décadas, como os contra a paralisia infantil, o sarampo, a rubéola, a coqueluche, a difteria e o tétano.

    Gatti alertou que essas doenças podem voltar e causar epidemias, deixar sequelas nas crianças e até matar. Por isso, defendeu, é preciso recuperar as coberturas vacinais, função em que o Ministério da Saúde está empenhado.

    “É importante resgatar o Zé Gotinha, que sempre foi um símbolo do SUS [Sistema Único de Saúde]”, disse, acrescentando que o personagem precisa ser resgatado para mobilizar a população, para que ela volte a confiar nas vacinas e volte a levar seus filhos para serem vacinados.

    “Nossas vacinas são seguras, elas protegem, elas são efetivas, e vacinar é um ato de amor”, assegurou Gatti.

    O papel do Ministério da Saúde no programa de imunizações, conforme o diretor do PNI, é complementado por estados e municípios, e cabe à pasta definir as diretrizes técnicas, adquirir as vacinas e dar apoio logístico.

    “Esse é o nosso papel, mas o papel de vacinar se concentra muito na esfera municipal. O estado faz a vacinação de imunobiológicos especiais, ajuda no apoio técnico e logístico dos municípios. O processo de vacinação envolve todo mundo, governo federal, estados e municípios. Para termos sucesso, precisamos de união, trabalhando todos juntos para atingirmos ótimos resultados e conseguirmos proteger a nossa população”, disse.

    Gatti informou que o Ministério da Saúde tem algumas estratégicas para aumentar a cobertura vacinal no país, que considera um desafio conjunto da pasta com estados e municípios. Uma delas é fazer ações de multivacinação regionalizadas, como a que começou esta quarta-feira no Rio de Janeiro, e que no fim de semana chegará ao Distrito Federal e ao Espírito Santo.

    “Já fizemos [a multivacinação] em outros estados, e ao longo do ano vamos avançar para mais estados”, disse.

    O Ministério da Saúde está investindo R$ 150 milhões neste ano em estados e municípios para o fortalecimento da vacinação.

    Mães jovens

    Para expandir a vacinação no território fluminense, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro vai promover uma ação de mobilização com as mães jovens. “A gente precisa ter um olhar diferenciado para a mãe jovem. Para a mãe de 14, 15, 16 anos de idade que ainda não tem entendimento de vacinação de uma mãe mais madura, mais preparada, e que planejou a sua gravidez. Muitas dessas jovens foram surpreendidas pela gravidez e nós precisamos acolher e falar para elas da importância da vacinação”, disse o secretário Dr. Luizinho.

    Ele adiantou que, na sexta-feira (25), a secretaria vai publicar uma resolução que destinará R$ 1 milhão aos municípios do estado para que possam montar uma sala de vacinação para oferecer o serviço inclusive aos fins de semana.

    “Até o final do ano vão ser R$ 4 milhões, mas essa é uma despesa que vai ficar incorporada para a gente para o resto da vida, para que a gente mantenha tudo funcionando nos finais de semana, não só na campanha agora, mas para que todo mundo tenha uma sala de vacinação funcionando todos os dias”, disse à Agência Brasil.

    Prioridade

    A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro definiu seis municípios – Belford Roxo, Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e São Gonçalo, na região metropolitana -, como prioridade na vacinação, onde, segundo o secretário, as vacinas foram aplicadas, mas os dados não foram registrados no sistema informatizado que contém as informações da vacinação no país. Conforme dados da SES, entre essas cidades, Belford Roxo, Nilópolis, Nova Iguaçu e São Gonçalo estão com toda a cobertura abaixo dos 50%.

    “Nós estamos dando uma atenção especial, um cuidado, porque esse é um trabalho em conjunto. Temos problemas no país com a informatização, com dados da vacina. Às vezes, a vacina está aplicada e o dado não está informado. Nós olhamos para seis grandes municípios que têm essa dificuldade em que o estado do Rio de Janeiro e o Ministério da Saúde vão trabalhar junto para que em dezembro de 2023 a gente tenha o estado do Rio de Janeiro, se Deus quiser, como pole position em vacinação no Brasil”, disse Dr. Luizinho.

    HPV

    Na cidade do Rio de Janeiro, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que a preocupação é com a aplicação das vacinas de prevenção do HPV, atualmente com baixa cobertura na cidade.

    A vacina contra o HPV protege contra o câncer de colo de útero e vários tipos de cânceres, que muitos países já erradicaram, pela alta cobertura.

    “Eu quero lembrar aos pais, para os adolescentes procurarem uma unidade de saúde para tomar a vacina de HPV, que vai proteger de uma doença que não acontece agora, mas vai acontecer com essa pessoa na fase adulta. É a oportunidade que a gente tem de proteger os nossos filhos contra um câncer, que às vezes é tão difícil de ser curado”, apelou o secretário em entrevista à Agência Brasil.

    Soranz lembrou que a vacina contra o HPV não está restrita às meninas e adolescentes. “[ A vacinação] é para meninas e meninos, porque protege contra o câncer de colo de útero, mas também contra o câncer de pênis, de laringe e de outras doenças que o HPV pode causar. O HPV é uma doença que se transmite muito fácil pelo contato de mucosas, então tem uma disseminação muito rápida, e só tem um meio de se prevenir, que é se vacinando”.

    A diretora de autoescola Edvânia de Farias, 25 anos de idade, disse que a vacinação do filho João Miguel, de 2 anos de idade, está completa. “Acho muito importante por conta da imunidade e para deixar a saúde das crianças em dia”, disse à reportagem.

    Para a analista de marketing Taís Braga Martins, de 42 anos de idade, a vacinação é uma medida de proteção fundamental para a saúde das crianças. “É importante reforçar o convite para os pais irem até os postos de saúde para poder ampliar essa proteção para todas as crianças”, disse, ao lado do filho Antônio, de 4 anos de idade, que foi uma das crianças que receberam doses de vacinas durante a cerimônia de lançamento da campanha.

    Fonte: Agência Brasil

  • Casos de rinovírus continuam em alta entre crianças, diz Fiocruz

    Casos de rinovírus continuam em alta entre crianças, diz Fiocruz

    Apesar do cenário geral de queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados por vírus no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que o rinovírus continua a provocar alta nas faixas etárias infantis, tanto entre 2 e 4 anos quanto entre 5 e 14 anos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Boletim InfoGripe.

    O estudo indica que, entre os dias 13 a 19 de agosto, a tendência de alta causada pelo rinovírus foi mais intensa na Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

    O boletim manteve a avaliação de que a tendência dos casos de SRAG pela covid-19 é de queda ou estabilidade em patamares baixos. O Brasil confirmou na semana passada o primeiro caso da variante EG.5, que está associada ao aumento de casos de covid-19 em dezenas de países.

    O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que a vacinação é a principal forma de prevenção contra o SARS-CoV-2, que continua a circular apesar do fim da emergência sanitária provocada pela covid-19.

    “A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirma o pesquisador.

    Fonte: Agência Brasil

  • Bolsonaro é internado em São Paulo para exames de rotina

    Bolsonaro é internado em São Paulo para exames de rotina

    O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (23) no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, para exames de rotina. As informações foram publicadas na rede social de Fabio Wajngarten, advogado do político.

    Segundo Wajngarten, os exames são para avaliar a condição clínica de Bolsonaro, especialmente no sistema digestivo, tráfego intestinal, aderências, hérnia abdominal e refluxo. O advogado associa os exames ao ataque a faca contra o ex-presidente durante a campanha eleitoral de 2018.

    Desde que sofreu o atentado, Bolsonaro passou por pelo menos sete internações cirúrgicas e de recuperação.

    Fonte: Agência Brasil

  • Websérie combate a desinformação sobre a Esclerose Múltipla

    Websérie combate a desinformação sobre a Esclerose Múltipla

    A Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) apresenta a série documental exclusiva “Informação É O Melhor Remédio: O impacto das fake news na Esclerose Múltipla”, composta por dois episódios. A série traz depoimentos de pessoas que convivem com a condição e especialistas que confrontam a desinformação em torno da EM. O objetivo é esclarecer mitos e fornecer informações confiáveis, ampliando a conscientização sobre a doença.

    A estreia da websérie acontecerá no Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, em 30 de agosto. O evento contará com a presença de especialistas, pessoas com EM e colaboradores da AME, proporcionando uma oportunidade única para dialogar sobre a luta contra a desinformação e a importância da conscientização sobre a Esclerose Múltipla.

    A Esclerose Múltipla (EM), uma doença crônica rara que afeta o sistema nervoso central, impacta significativamente a vida de cerca de 40 mil pessoas no Brasil, predominantemente jovens entre 20 e 40 anos, sendo mais prevalente em mulheres. Durante o mês de agosto, o movimento Agosto Laranja busca sensibilizar e educar a sociedade sobre a doença, desmistificando informações incorretas e promovendo a conscientização.

    O tema central deste ano é #InformaçãoÉOMelhorRemédio, uma referência à importância da informação baseada em evidências científicas para enfrentar as pseudociências e combater a disseminação de fake news que podem impactar negativamente a vida de pessoas com EM. Criada em 2014 pela AME, a campanha já atingiu mais de 100 milhões de pessoas em edições anteriores.

    Um destaque do documentário é a participação da artista Guta Stresser, que convive com a EM há três anos. Seu depoimento e vivência acrescenta profundidade à compreensão dos desafios enfrentados por pessoas diagnosticadas com EM. Guta aborda, de maneira sincera, a desinformação, as dificuldades emocionais e o impacto da condição em sua vida.

    “Ver histórias reais de pessoas com Esclerose Múltipla e especialistas compartilhando suas experiências e enfrentando a desinformação que rodeia a EM reforça o poder da informação de qualidade. A websérie não apenas esclarece mitos, mas também oferece uma visão abrangente da realidade da doença e a importância de se basear em evidências científicas”, comenta Bruna Rocha, gerente geral da AME, diagnosticada com EM desde 2000.

    Além da série, a campanha disponibiliza o Manual Fact Checking “Como falar sobre Esclerose Múltipla na Internet”, que orienta a abordagem responsável e fundamentada sobre a Esclerose Múltipla na web. O manual será distribuído gratuitamente para profissionais de comunicação, visando disseminar informações confiáveis e reforçar o poder da informação de qualidade.

    “Espero que cada pessoa que assista ao documentário possa sentir o impacto que a informação correta pode ter na vida das pessoas que convivem com a EM. Juntas, estamos fortalecendo a luta contra a desinformação e construindo um futuro onde a conscientização e a qualidade de vida prevaleçam”, conclui Rocha.

    Ao longo de todo o mês de agosto, é possível acessar o site oficial do Agosto Laranja em www.agostolaranja.org.br para obter informações detalhadas sobre as atividades e horários das transmissões ao vivo. A fim de assistir à série documental, é possível acessar o canal do YouTube da AME e acompanhar as redes sociais para receber atualizações regulares e conteúdos exclusivos relacionados à campanha.

    Sobre a AME – A associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) – www.amigosmultiplos.org.br – é uma organização sem fins lucrativos. Tem como missão divulgar a esclerose múltipla, promover a conscientização e dar apoio a pessoas que convivem com a doença. Trabalha para fortalecer o diagnóstico precoce e defende o tratamento adequado e para ampliar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a condição, seus amigos e familiares. Desenvolve desde 2014 a campanha Agosto Laranja que, em 2023, conta com o investimento social das farmacêuticas Novartis, Sanofi, Merck e Roche.

    Esclerose Múltipla – A esclerose múltipla é a doença autoimune do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) que mais acomete jovens adultos no mundo inteiro. A causa da doença e a cura ainda são desconhecidas, mas existem diversos tratamentos eficazes. Seus principais sintomas são: fadiga, problemas de visão (diplopia, neurite óptica, vista embaçada), problemas motores (perda de força ou função; perda de equilíbrio), alterações sensoriais (formigamentos, sensação de queimação). A especialidade médica que diagnostica e trata a esclerose múltipla é a neurologia.

    Fonte: Agência Dino

  • MEC regulamenta adesão de instituições à supervisão do Mais Médicos

    MEC regulamenta adesão de instituições à supervisão do Mais Médicos

    O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta terça-feira (22) portaria que estabelece regras para a adesão das instituições de ensino para acompanhar o desenvolvimento pedagógico dos médicos inscritos no Programa Mais Médicos para o Brasil. O documento traz também as regras para seleção dos tutores e supervisores acadêmicos.

    A medida vale para instituições de educação superior que ofereçam curso de medicina gratuitamente, escolas de governo que possuam, no mínimo, programa de residência médica, ou de pós-graduação, e secretarias de saúde que possuam programa de residência médica. Cumpridos os requisitos, as instituições assinam o termo de adesão com duração de três anos, que pode ser prorrogado pelo mesmo período.

    Após a adesão, as instituições supervisoras terão 30 dias para definir os procedimentos de seleção dos responsáveispelo acompanhamento profissional contínuo e permanente dos médicos. As instituições também deverão selecionar o tutor acadêmico que vai gerenciar e planejar as atividades do supervisor.

    Atuarão ainda na Supervisão Acadêmica na Educação em Saúde do programa, o Ministério da Educação, o apoiador institucional do MEC, o gestor municipal, o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena e o médico. A redeatuará por meio de encontros com frequência também determinada pela portaria,de forma presencialou remota.

    Além da supervisão -seleção contínua de tutores e supervisores -as instituições de ensino também deverão oferecer atividades de pesquisa, ensino e extensão aos médicos e apoiar na avaliação de médicos intercambistas.

    As instituições não selecionadas no processo seletivo serão incluídas em um banco de entidades supervisoras e poderão ser chamadas, a qualquer momento. No início do mês, o MEC já havia publicado a regulamentação que determina o funcionamento do Sistema de Supervisão Acadêmica .

    Fonte: Agência Brasil

  • Projeto oferece soluções simples para deixar casas mais saudáveis

    Projeto oferece soluções simples para deixar casas mais saudáveis

    Soluções simples e acessíveis, como o uso de cobogós (tijolos vazados), abertura de janelas e lajes com caimentos corretos, podem deixar as casas de favelas brasileiras mais agradáveis e evitar doenças. Com o objetivo de evitar a disseminação da tuberculose, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou a desenvolver o projeto Habitação Saudávelhá cerca de quatro anos.

    O projeto piloto foi desenvolvido no Complexo de Manguinhos, conjunto de favelas vizinho à sede da Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro, a partir da análise dos dados sobre a incidência de tuberculose na região, ainda em 2019.

    “Um grande número de casos de tuberculose na comunidade de Manguinhos ocorriaem determinada região, que era a área com maior dificuldade socioeconômica.Eram locais onde havia transmissão da tuberculose dentro das casas. Aquelas casas que tinham maior número de pessoas, com problemas de ventilação, de iluminação direta da luz solar eram locais propícios para a contaminação”, explica a pneumologista Patrícia Canto Ribeiro, coordenadora de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz.

    A ideia inicial era escolher 40 casas da comunidade e produzir plantas arquitetônicas modelos, com melhorias de baixo custo, para serem aplicadas em outros imóveis da favela. No entanto, a pandemia de covid-19, que levou à adoção de medidas de isolamento sociala partir de março de 2020, impediu que aproposta inicial fosselevada à frente, e o projeto teve que ser adaptado.

    O foco da Fiocruz passou a ser na capacitação de 130 agentes comunitários, que receberam instruções sobre a metodologia das habitações saudáveise na produção de material educativo, como vídeos e uma cartilha

    Tanto os agentes comunitários quanto o material educativo mostram aos moradores da favela como fazer reformas ou melhorias de baixo custo em suas casas, de forma a melhorar a circulação de ar, aumentar a iluminação e controlar infiltrações e mofo.

    “Casas com grande número de pessoas, mal ventiladas, são locais que propiciam a transmissão de doenças, como a tuberculose, viroses respiratórias, covid-19, influenza”, afirma a pneumologista, ressaltando que essas “casas doentes” também podem agravar quadros de asma, bronquite e alergias.

    Passada a pandemia, no entanto, a Fiocruz pretende retomar a proposta original, oferecendo a visita de arquitetos para analisar alternativas que transformem as casas em ambientes mais saudáveis. Para isso, no entanto, a proposta precisa de financiamento.

    “A emenda parlamentar [que garantiu o financiamento da primeira parte do projeto] terminou, então precisamos agora de nova emenda parlamentar. Estamos tentando contato com parlamentares que abracem essa ideia”.

    O financiamento do Habitação Saudável permitirá também que ele possa ser levado a outras comunidades do Rio de Janeiro e do restante do país. “A gente entende que casas deveriam ser um direito detodos. Mas as casas têm que ser seguras”, conclui Patrícia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Abead debate diversidade de gênero e terapia para dependentes

    Abead debate diversidade de gênero e terapia para dependentes

    Com o temaCelebrando a Diversidade: Eu, Tu, Eles… É Nós!, o 27º Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) será realizado em São Paulo,de3 a6 de setembro, trazendo debatesnas áreas desaúde mental do país e da América Latina.

    Um dos assuntos abrange oconsumo de álcool e outras substâncias entre as mulheres, o que vem ocorrendo cada vez mais precocemente. “Não podemos só ficar olhando para uma estatística crescente e não contribuir em nada para que esse cenário mude”, disse àAgência Brasila psiquiatra Alessandra Diehl, presidente da Abead.

    Muitos dos espaços para tratamento de mulheres atualmente são feitos por organizações não governamentais emovimentos sociais. Durante a pandemia decovid-19, surgiu ummovimento chamado Alcoolismo Feminino, que se transformou emassociação, e que hoje oferece tratamento. “Esse movimento nasceu virtual e hoje só cresce”, afirmou a psiquiatra. Vale a pena mencionar também o movimento de mulheres dentro do grupo Alcoólicos Anônimos, chamado Colcha de Retalhos, com o mesmo objetivo.

    A presidente da Abead avaliou que há poucos espaços de tratamento para a mulher com a inclusão de mães e seus bebês. Todas as questões relacionadas a gênero, como a síndrome alcoólica fetal (SAF)serão analisadas durante o congresso. Será apresentada também uma iniciativa a nível municipal, em Ribeirão Preto (SP), para diminuir a prevalência da síndrome.

    Outro temaenvolve crianças, filhos de mulheres que fazem uso de substâncias psicoativas. A pesquisadora mexicana Corina Giacomello abordará as intervenções para filhos de dependentes químicas, o que se chama de prevenção seletiva. “Nós sabemos que as crianças, adolescentes, ou filhos de usuários que convivem em um lar com dependência química precisam ter uma atenção especial já que eles também têm chance de desenvolver dependência química.”

    Estigma

    Outra pauta aborda o preconceito em relação aos dependentes químicos e aos profissionais da área. A presidente da Abeadcitou uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo que, em 2009, indicava que 41% da população brasileira tinha “ódio ouantipatia”de conviver com o usuário de drogas.

    “O estigma está direcionado a dependentes químicos, usuários de substâncias, e enraizado na sociedade em vários segmentos, desde a população geral até os profissionais da saúde. Muitos não querem trabalhar com dependente químico, porque acham e veem essas pessoas como marginais, bandidos, como pessoas fracas que estão nessa situação porque simplesmente querem.”

    Segundo a psiquiatra, o preconceito resvala, muitas vezes, no profissional que atende o dependente químico. Todas as interfaces do preconceito, do estigma, serão debatidas em vários momentos durante o congresso, abordando também o preconceito reproduzido na mídia, que usa palavras como viciado oudrogadonas reportagens. “A linguagem tem o poder de perpetuar esses mitos, preconceitos e estigmas”, destacou.

    O movimento Faces e Vozes do Brasil, parte deorganização criada nos Estados Unidos, tem em sua linha dorsal o combate ao estigma que protela a busca por tratamento. Esse movimento fala: Eu sou a face e a voz da recuperação. “A recuperação é possível. Ela existe”, afirmou Alessandra Diehl.

    Tabaco

    No Fórum de Tabagismo, o congresso da Abead vai discorrer sobre os avanços do Brasil na luta contra o hábito de fumar. O país continuaprotagonista dentro da Convenção Quadro de Controle do Tabaco, tratado internacional assinado em 2003, que enfrenta agora ameaça em alguns quesitos, como o cigarro eletrônico.

    Existem ameaças, segundo a psiquiatra,apesar de resolução da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),de 2009, que proíbe a venda de cigarro eletrônico no país, ratificada pelo órgão neste ano.

    A prevalência do tabagismo no Brasil, em torno de 43%no final da década de 1980, hoje caiu para 12%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os cigarros eletrônicos estão minando os bons resultados alcançados pelo país.”

    América Latina

    A presidente da Abead indicou que a pandemia decovid-19 agravouquadros psiquiátricos pré-existentes e novos casos surgiram. O congresso objetiva não só fomentar o debate, mas serfonte de educação dos profissionais que estão na linha de frente e que não tiveram acesso a cursos de formações específicos.

    O tema da diversidade, escolhido para o congresso deste ano, não aborda somente a diversidade de gênero, mas a diversidade de públicos alvos, de modos de tratar, de terapias e possibilidades de tratar, de formas de abordar a questão e de dialogar com políticas públicas também distintas, englobando redução de danos, abstinência, iniciativas de legalização de drogas fora do Brasil, resultados obtidos. “Este é um momento em que vivemos novamente essa questão de legalização [de drogas]. O debate voltou à pauta e será objeto de apreciação no congresso.

    Nesta edição do evento, a Abead priorizou trazer colegas do Chile, México e Argentina, para falarem da realidade das drogas na América Latina, porque muitas informações são baseadas em dados dos Estados Unidos e Europa que não refletem o que se vive nos países latino-americanos. Por exemplo, na região não foi registrada uma crise de opioides, como naqueles países.

    Dependência

    O congresso contará com a participação do ator Niso Neto, filho do comediante já falecido Chico Anísio, que vai participar detalk showpara relatar aperda de um filho, cuja morte foi relacionada ao consumo do chá deayahuasca, do Santo Daime. O debatevai abordara influência da substância empessoas vulneráveis, que já têm um substrato neuro biológico, ou seja, uma genética para sintomas psiquiátricos, e que pode desenvolver sintomas psicóticos.

    No tópico de substâncias que tiram a consciência das pessoas, o congresso vai debater também os medicamentos compostos, cujo consumo cresceu muito, principalmente na pandemia, apontou a presidente da Abead.

    Nos Estados Unidos, por exemplo, o crescimento das vendas superou 300%. No trabalho intituladoZolpidem: Aumento do Seu Uso Associado ao Cenário Pandêmico da Covid-19, apresentado em junho de 2023 no Centro Universitário UNA, seus autores relatam que, no Brasil, a comercialização dos psicofármacos aumentou 17% em 2020 e 13% só nos primeiros cinco meses de 2021, e que, no caso do medicamento Zolpidem, o crescimento atingiu 113% entre 2019 e 2021.

    Alessandra Diehl informou que a substância Zopiclona, por exemplo, tem um efeito colateral muito grave, que é o sonambulismo. “A pessoa acorda e come, cozinha, pode fazer compras na internet, pega a chave do carro e faz isso tudo dormindo. Já tem artigos falando do impacto disso nas cortes americanas, do consumo dessas drogas, que são indutoras do sono”.

    A psiquiatra indicou que o Zolpidem foi associado ao desenvolvimento de reações neuropsiquiátricas adversas, como alucinações/distorção sensorial, amnésia, sonambulismo e alimentação noturna, podendo desenvolver dependência.

    Estudos mostram que uso de Zolpidem foi associado a um risco aumentado de suicídio ou tentativa de suicídio e morte por suicídio. Alessandra Diehl alertou que muitos países já tratam esse problema como importante questão de saúde pública e que o Brasil deveria trilhar o mesmo caminho.

    Fonte: Agência Brasil

  • Vítimas de violência sexual terão prioridade na vacinação contra HPV

    Vítimas de violência sexual terão prioridade na vacinação contra HPV

    Vítimas de violência sexual passaram a ser grupo prioritário para vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), de acordo com medida tomada pelo Ministério da Saúde no início do mês. O objetivo é garantir proteção a pessoas de 9 a 45 anos de idade que ainda não são vacinados ou que não completaram o esquema de imunização contra o vírus.

    O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e está associado a 80% dos casos de câncer do colo do útero e a mais da metade dos casos de câncer na vulva, pênis, ânus e orofaringe. Além disso, 90% das verrugas genitais são provocadas pelo HPV. A vacina HVP quadrivalente, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), previne contra as principais complicações.

    Antes, a vacina era aplicada apenas em crianças e adolescentes, entre 9 e 14 anos, e em pessoas de nove a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças ou em tratamento com drogas imunossupressoras. A decisão de ampliar o público-alvo é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)e da Associação Pan-Americana de Infectologia (API). A baixa cobertura vacinal, mesmo no público-alvo prioritário, que é de crianças e adolescentes, vem declinando no país.

    Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em fevereiro, 87,08% das meninas entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina em 2019, e em 2022, a cobertura caiu para 75,81% . Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.

    Já em relação à violência sexual, boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, em maio deste ano, mostrou que, entre 2015 e 2021, foram notificados 202.948 casos contra crianças e adolescentes, sendo 35.196 notificações apenas em 2021, o que representa o maior número do período analisado. No estado de São Paulo, 30% das vítimas de violência sexual atendidas nos serviços especializados desenvolveram lesões por HPV.

    De acordo com uma nota técnica do ministério, a oferta da vacina contra o HPV será incluída de forma imediata ao protocolo de atendimento existente e realizada nos pontos de atenção à saúde do SUS que prestam assistência às vítimas de violência sexual. No contexto de saúde indígena, caso o serviço do primeiro atendimento não possua sala de vacina, as equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) deverão se organizar para ofertar o imunizante. Ainda segundo a pasta, a Lei nº 12.845/2013 assegura o atendimento obrigatório, integral, imediato e multidisciplinar a pessoas em situação de violência sexual em todos os hospitais integrantes da rede SUS, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes.

    Esquema vacinal

    O esquema vacinal contra o HPV varia de acordo com a faixa etária e condição de saúde do imunizado. Pessoas de 9 a 14 anos de idade, do sexo biológico feminino e masculino, sem problemas de imunossupressão (imunocompetentes), e que foram vítimas de violência sexual, devemtomar duas doses, no intervalo de seis meses, conforme calendário nacional de vacinação de rotina.

    Para pessoas de 15 a 45 anos de idade, de ambos os sexos biológicos, imunocompetentes e vítimas de violência sexual, o esquema de vacinação é de três doses, sendo duas doses com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose, e a terceira dose seis meses após a primeira dose.

    O mesmo esquema anterior vale para pessoas de 9 a 45 anos de idade, do sexo biológico feminino e masculino, que tenham doenças imunossupressoras (HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, em tratamento com drogas imunossupressoras), e foram vítimas de violência sexual. Nesse caso, também são três doses, sendo duas doses com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e terceira dose seis meses da primeira dose.

    Fonte: Agência Brasil