Categoria: Saúde

  • Cascavel oferece testes gratuitos de hepatites na rede pública de saúde

    Cascavel oferece testes gratuitos de hepatites na rede pública de saúde

    O Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é lembrado no dia 28 de Julho. No entanto, desde 2019, o Ministério da Saúde estabeleceu todo o mês para fomentar ações de mobilização para o enfrentamento às hepatites virais. A campanha denominada Julho Amarelo também terá atividades em Cascavel. 

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    O foco principal é incentivar a comunidade a fazer os testes rápidos gratuitos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Em Cascavel, todas as unidades de saúde realizam o teste rápido para hepatites virais, bem como o Cedip (Centro Especializado de Doenças Infecto Parasitárias).  Caso confirmado, o paciente já recebe encaminhamento para fazer o tratamento.

    O diagnóstico precoce pode auxiliar no tratamento e controle da doença. No caso da Hepatite C, há cura em 98% dos casos. 

    De acordo com dados da Secretaria de Saúde, de 2017 a 2022, Cascavel registrou 1.139 casos de hepatites, sendo 719 dos casos de Hepatite B  e 418 de Hepatite C. Já com hepatite A, foram registrados dois casos. 

    As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Porém, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

    Muitas pessoas têm o vírus da hepatite B e/ou C e não sabem. Por isso, a importância da realização do teste. Pessoas acima de 40 anos têm maior chance em ter o vírus da hepatite  B ou C  devido condições que foram expostas quando mais jovens, como cirurgias, doações de sangue, e a não disponibilidade de vacina para Hepatite B no passado. 

    O impacto causado pelas hepatites virais nas populações e sistemas de saúde pelo mundo é grande. Estima-se pelo menos 400 milhões de pessoas infectadas cronicamente pelos vírus das hepatites B e C. As hepatites virais crônicas demoram vários anos para desenvolver complicações. Acredita-se que 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático estão diretamente relacionados aos vírus de hepatite B e C. No Brasil, até 2020 , 254.389 pessoas foram diagnosticadas com o vírus da hepatite B e 262.815 com o vírus da hepatite C. Essas infecções são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular.

    CAPACITAÇÃO Nos dias 6 e 7 de julho, profissionais das unidades de saúde e vigilância em saúde  do município de Cascavel e dos demais que compõem a 10ª Regional de Saúde, terão uma capacitação sobre o tema, focado no diagnóstico, prevenção e tratamento.

    Fonte: Assessoria

  • Governo anuncia R$ 200 milhões para saúde mental em 2023

    Governo anuncia R$ 200 milhões para saúde mental em 2023

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou nesta segunda-feira (3) duas portarias que instituem a recomposição financeira para os serviços residenciais terapêuticos (SRT) e para os centros de atenção psicossocial (Caps), totalizando mais de R$ 200 milhões para o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) no restante de2023. Ao todo, o recurso destinado pela pasta aos estados será de R$414 milhões no período de um ano.

    O anúncio foi feito durante a 17º Conferência Nacional de Saúde, que acontece até a próxima quarta-feira (5) em Brasília. O evento reúne representantes da sociedade civil, entidades e movimentos sociais para debater temas prioritários para o sistema público de saúde, incluindo a saúde mental. O montante anunciado representa um aumento de 27% no orçamento da rede, no intuito de aumentar a assistência à saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS).

    O repasse será direcionado para um total de 2.855 Caps e 870 SRT existentes no país. Todas as instituições, de acordo com o ministério, terão recomposição do financiamento e os recursos serão incorporados ao limite financeiro de média e alta complexidade de estados, do Distrito Federal e dos municípios com unidades habilitadas.

    Nísia lembrou que, durante os encontros preparatórios para a conferência nacional, nos estados e municípios, surgiram dois pontos de consenso: o reforço do SUS e da democracia. “Nesse contexto, a saúde mental tem lugar especial”, destacou, ao citar retrocessos e o que ela mesma chamou de negacionismo identificados no país ao longo dos últimos anos.

    “Um descaso com o sofrimento, agravado pela pandemia de covid-19. A pauta de saúde mental é hoje discutida em todo o mundo. Não está referida só ao efeito da pandemia. Tem muito a ver com a solidão com que as pessoas vivem hoje, com o individualismo crescente que, muitas vezes, se manifesta na dificuldade de ter relações sociais, nisso que hoje se chama de efeito tóxico da comunicação só pelas redes sociais.”

    Novas habilitações

    Desde março, 27 novos Caps, 55 SRT, quatro unidades de acolhimento e 159 leitos em hospitais gerais – a maioria em estados do Nordeste – foram habilitados pela pasta. Os novos serviços estão localizados nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

    Departamento de saúde mental

    Este ano, o ministério criou o departamento de Saúde Mental, responsável pela retomada da habilitação de novos serviços e por iniciar estudos para a recomposição do custeio dos Caps e dos SRT. Segundo a pasta, diversos estudos acadêmicos reiteram que a ampliação da oferta de serviços comunitários em saúde mental diminui a demanda por hospitalização, assegurando mais qualidade de vida à população.

    “A criação do departamento foi algo que nos dedicamos com afinco porque já vinha sendo apontado, durante a equipe de transição, com muita força esse tema. Acreditamos na sua importância. E é também um tema permanente nas discussões do Conselho Nacional de Saúde”, avaliou Nísia.

    Entenda

    Os Caps são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, drogas e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.

    Nesse tipo de estabelecimento, atuam equipes multiprofissionais que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares.

    Já os SRT são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves.

    Conferência

    A Conferência Nacional de Saúde acontece a cada quatro anos, desde 1986, para definição e construção conjunta de políticas públicas do SUS. Gestores, fóruns regionais, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e outros atores se reúnem durante o evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde e pelo ministério. A edição deste ano tem o lema Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia.

    De acordo com a pasta, mais de 2 milhões de pessoas participaram das etapas preparatórias e cerca de 6 mil são esperadas durante essa semana em Brasília. Serão debatidas diretrizes e um total de 329 propostas que devem auxiliar a nortear as decisões do governo federal para a rede pública de saúde ao longo dos próximos anos.

    “A conferência é um instrumento constitucional que existe desde que foi criado o Ministério da Educação em Saúde. Mas, no início, só participava a alta cúpula do ministério. Essa ideia de uma participação social ativa, como é hoje, muito maior e mais diversa, vem do processo de redemocratização do Brasil em 88. Realmente é retomar esse espírito, que é o espírito do SUS e da democracia, com muita participação social”, concluiu Nísia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Paraná confirma terceiro caso de gripe aviária em ave silvestre

    Paraná confirma terceiro caso de gripe aviária em ave silvestre

    O Paraná confirmou o terceiro caso de gripe aviária em ave silvestre nesta quinta-feira (29) em Paranaguá, no Litoral.

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    Como medida de prevenção, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) suspendeu o trânsito de aves silvestres por 90 dias na região do litoral.

    O primeiro caso ocorreu em 23 de junho em Antonina e no dia 24 o segundo diagnóstico havia sido feito em Paranaguá.

    Por meio de nota a Agência informou que “medidas de vigilância em propriedades em torno do foco também estão em andamento”.

    A Adapar recomenda que não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br.

    Fonte: CBN Curitia

  • Brasil tem primeiro caso de influenza aviária em aves domésticas

    Brasil tem primeiro caso de influenza aviária em aves domésticas

    O Brasil registrou a primeira ocorrência de vírus da influenza aviária em aves domésticas. O caso ocorreu em uma criação de subsistência localizada no quintal de uma casa na cidade da Serra, no Espírito Santo. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), havia no local criação de pato, ganso, marreco e galinha.

    “Esse é o primeiro foco detectado em aves domésticas em criação de subsistência desde a entrada do vírus no Brasil, no dia 15 de maio. É importante ressaltar que a ocorrência do foco confirmado em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, informou, em nota, o ministério.

    Segundo as autoridades, medidas sanitárias já estão sendo aplicadas para contenção e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Além disso, estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região relacionada ao foco.

    “A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo Ministério da Agricultura e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) para evitar a disseminação do vírus e proteger a avicultura nacional”, explicou a pasta.

    Segundo o ministério há, no país, 50 focos de IAAP detectados em aves silvestres no Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

    Informações atualizadas sobre os focos da doença podem ser acessadas por meio do Painel BI . O site informa também as espécies que já foram afetadas pelo vírus da influenza aviária.

    “Trabalho de excelência”

    Diante da situação, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota na qual ressalta o que qualifica como “trabalho de excelência” conduzido de forma “transparente” pelo Ministério da Agricultura e pelas secretarias de agricultura estaduais.

    “A ABPA lembra que, como situação de fundo de quintal, o foco identificado não gera qualquer alteração no status do Brasil como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro”, diz a nota da associação.

    A entidade não acredita que o caso resulte em qualquer alteração no fluxo das exportações. “Segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos”, informou a ABPA, ressaltando que os protocolos sanitários mantidos pela avicultura industrial do Brasil mantêm-se “nos mais elevados padrões de biosseguridade, preservando as unidades produtivas perante a enfermidade”.

    Notificações

    Em nota, o Ministério da Agricultura informou, nesta quarta-feira (28), em Brasília, que as ações de comunicação sobre a doença e as principais medidas de prevenção foram reforçadas para aumentar a conscientização e sensibilizar a população e os criadores de aves, com destaque para a imediata notificação de casos suspeitos da doença e para o fortalecimento das medidas de biosseguridade.

    “O contato direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela população. Todas as suspeitas de IAAP em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio ou pelo e-Sisbravet”, advertiu o ministério.

    Fonte: Agência Brasil

  • Orgulho LGBTQIA+ é caminho para saúde mental e bem-estar coletivo

    Orgulho LGBTQIA+ é caminho para saúde mental e bem-estar coletivo

    Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo e assexuais e mais, ou LGBTQIA+, uma sigla que reúne muitas especificidades e acima de tudo, o reconhecimento e orgulho de ser como se é. Neste dia 28 de junho, dia do Orgulho LGBTQIA+, aAgência Brasilconversou com psicólogos sobre o que é ter orgulho e como isso faz parte não apenas da construção e quem se é, mas de uma sociedade mais saudável e mais tolerante.

    Segundo a professora de psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), pesquisadora e ativista Jaqueline Gomes de Jesus, o orgulho está relacionado a saúde mental individual e coletiva. “Esse orgulho é fundamentalmente necessário para a garantia da saúde mental, para o bem estar mais individual e também um bem estar coletivo para uma condição de se reconhecer como sujeito possível naquele lugar, sujeito possível na sua riqueza de desejos e formas de se sentir de estar no mundo para viver livremente”.

    Na publicação virtual Orientações sobre identidade de gênero : conceitos e termos, Jaqueline define orgulho como: “Antônimo de vergonha. Conceito desenvolvido pelo movimento social LGBT para propagar a ideia de que a forma de ser de cada pessoa é uma dádiva que a aproxima de comunidades com características semelhantes às suas, e deve ser afirmada como diferença que não se altera, não deveria ser reprimida nem recriminada”.

    “Eu explico o orgulho como o contrário da vergonha e, sendo o contrário da vergonha, significa reconhecer-se como se é e valorizar essa forma de ser em toda a sua complexidade, nas suas diferentes dimensões, apesar de muita gente da nossa cultura dizer que essa forma de ser de identidade e de desejo não são valorizadas”, complementa Jaqueline. “Se as pessoas não conseguem expressar livremente sua identidade de gênero, por serem pessoas trans, por exemplo, ou não conseguem vivenciar sua orientação sexual sendo homossexuais ou bissexuais, como podermos superar a saúde mental da população LGBTQIA+?”.

    Pesquisa realizada pelo Datafolha em 2022 mostra que oito em cada dez jovens brasileiros, de 15 a 29 anos, tiveram problemas relacionados a saúde mental. Os problemas incluem pensamentos negativos, dificuldade de concentração, crise de ansiedade, transtornos alimentares, pensamentos suicidas e ter ferido o próprio corpo. Entre os jovens que se identificam como LGBTQIA+ esses problemas são ainda mais comuns, relatados por nove a cada dez, ou 92% desse grupo.

    O psicólogo, empresário e influencer Lucas de Vito, defende que muitos desses problemas estão relacionados a ser impedido de ser quem se é. “É falar quem a gente é e viver a vida de acordo com nossos desejos, respeitando todo mundo e a todos. Por isso que impacta bastante nossa saúde mental porque quando a gente não consegue viver esse orgulho significa que a gente está anulando nossa existência e vivendo uma vida que não é nossa”, diz.

    Outra definição de orgulho pode ser encontrada no dicionário Michaelis: Sentimento de prazer ou satisfação que uma pessoa sente em relação a algo que ela própria ou alguém a ela relacionado realiza bem”. Mas o que é realizar algo bem? Para os entrevistados, na nossa sociedade existe um entendimento de um padrão que é considerado satisfatório. Um padrão que muitas vezes exclui a diversidade.

    “O orgulho quanto a orgulho de ser LGBTQIA+ é a gente conseguir ir contra a maré de retrocesso que existe no nosso país. Contra um sistema que quer ver a gente sem direito, que não quer ver a gente se expor, que diz que a gente pode existir entre quatro paredes, que a gente pode existir sem existir, no caso”, diz Devito.

    Uma questão coletiva

    Entender que não se está só pode ser um passo importante na afirmação da própria identidade. No ano passado, pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletou os dados de pessoas homossexuais e bissexuais do Brasil. O instituto registrou 3 milhões de pessoas e admitiu que o número pode ser maior.

    Para o professor da Universidade Federal do Rio e Janeiro (UFRJ) e presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, é preciso rever os atuais padrões sociais, que muitas vezes excluem a diversidade, em prol de um sociedade que seja para todos. “Existe uma construção de um padrão do que se orgulha e é necessário desconstruir esses padrões, inclusive por dentro da comunidade LGBTIQI+, é necessário que a comunidade olhe para esses padrões como algo historicamente construído e o que é historicamente construído pode também desconstruído historicamente”, diz que acrescenta: “É muito importante que se entenda que os padrões só são construídos através das relações de poder e essas relações de poder podem ser reconfiguradas e podemos construir outros padrões, aqueles padrões que são produzidos de fora para dentro podem ser repensados e recolocados a partir de outro lugar”.

    Quando a sociedade não é capaz de acolher, o autoconhecimento e o fortalecimento através de uma comunidade LGBTQIA+ tornam-se alternativa. “O Brasil é campeão no assassinato de pessoas LGBTQIA+, em especial a população de travestis e transexuais, portanto, chegar ao orgulho apesar de tanta violência, não é um percurso fácil, é um percurso em que é necessário descriminalizar subjetivamente aquilo que historicamente se diz”, explica, Bicalho. “O orgulho é orgulho também de se entender não mais como doente, não mais como desviantes, portanto, o percurso que leva as pessoas até o orgulho é o percurso do empoderamento, é o percurso de, apesar das violências, ter orgulho de ser quem se é ”.

    O coletivo também tem força, aponta o professor. O próprio dia do Orgulho nasce em uma ação coletiva. Em 28 de junho de 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, bar LGBTQIA+, em Greenwich Village, em Nova Iorque, nos Estados Unidos reagiram pela primeira vez conta a constante truculência policial. O acontecimento virou um marco de defesa de direitos civis para essa população.

    “É a primeira vez que as pessoas se revoltam e dão um basta para a violência policial. Então, a origem histórica é o orgulho por ter se rebelado, é o orgulho por não ter mantido as repressões costumeiras e, assim, a comunidade olha para essa data com orgulho de ter um dia conseguido reagir e começar um novo processo histórico onde a luta se torna também a luta por garantia de direitos civis”, diz Bicalho.

    A segurança e a saúde mental da população LGBTQIA+, segundo os especialistas entrevistados, passa também pelo reconhecimento da sobreposição de identidades sociais que muitas vezes leva a mais discriminação.

    De acordo com a psicóloga clínica da Coordenação de Testagem Rápida e Saúde Mental do Grupo Arco-Iris, Marcelle Esteves, todas essas identidades formam os indivíduos. “Todas essas intersecções são fatores que vão incidir sobre esse indivíduo se olhar, se perceber com orgulho, com dignidade, com força de ação na sociedade sobretudo. Se eu tenho uma mulher, lésbica, preta, gorda e de favela, olha quantas barreiras ela precisa enfrentar diariamente para provar, por exemplo as suas qualidades. Então, esse caminho é mais tortuoso, porque ela é rechaçada enquanto mulher, rechaçada porque ela é gorda, rechaçada porque é lésbica”, diz.

    “Existe uma questão, quando nós falamos de interseccionalidade e quando nós somos pessoas que vivenciamos diferentes discriminações. Para nós, as violências que sofremos e os obstáculos são muito maiores. Há um nível, não só de uma soma, mas um nível de multiplicação desses fatores que nós não temos muito controle de até que ponto eles nos afetam ou nos prejudicam, mas sabemos desse prejuízo e que é muito maior”, complementa Jaqueline.

    Segundo ambas, a construção do orgulho passa pelo conhecimento individual, mas também pelo núcleo familiar, pelos amigos e pelas redes de apoio. Em termos de políticas públicas, passa por setores como saúde e educação. Todos esses atores são importantes para garantir que os indivíduos possam viver plenamente em nossa sociedade.

    A imprensa e as redes sociais também têm papel relevante. “A mídia tem papel fundamental. A gente precisa falar de mídia como mídia como um todo. A gente tem várias possibilidades e várias mídias, não só as predominantes, mas tem as redes sociais, temos jornais, as rádios de bairro, que podem, cada vez mais, trazer debates, falar sobre esse processo de constituição do ser, do aceitar-se, do perceber-se quem é, do se olhar e se achar bonita, bonito, bonite”, ressalta Marcelle.

    Fonte: Agência Brasil

  • SP: afegãos acampados em aeroporto são vítimas de surto de sarna

    SP: afegãos acampados em aeroporto são vítimas de surto de sarna

    Sem conseguirlugar em abrigos, os afegãos acampadosno Aeroporto Internacional de Guarulhos enfrentamagora um surto de sarna.

    “A primeira identificação que a gente tevede sarnafoi no dia 21 de junho por uma médica voluntária de uma unidade básica de saúde (UBS) próxima [do aeroporto] e que viu uma criança se coçando muito. Ela foi atrás dessa família e identificou que todosestavam com sarna. Na mesma hora, essa médica comunicou os outros voluntários que estavam no local e nós, da ONG Além-Fronteiras, junto com o Coletivo Frente Afegã, notificamos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]e o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, da prefeitura de Guarulhos [que fica dentro do aeroporto]”, explicou Aretusa Chediak, médica do Instituto do Coração (Incor) e fundadora da organização não-governamental Além-fronteiras – Rebuilding Lives, voluntária na ajuda aosafegãos..

    “No dia seguinte, a prefeitura de Guarulhos enviou um batalhão de gente para ir olhar essa família que estava com sarna e identificar novos casos. Nesse dia foram identificados mais 22 casos. E eles chegaram já com uma medicação para tratamentoe distribuíram para os afegãos que foram identificados com sarna”, acrescentou.

    Segundo a voluntária, no entanto, a medidanão foi suficiente. “Quando fomos lá no dia seguinte, tinha afegão que nem tinha tomado o remédio porque não sabia como tomá-lo. Era para tomar um comprimido, dois? Vai ter que repetir? Eles [da prefeitura] identificaram, deram a medicação e ponto final. E o mais impactante e alarmante disso é que só o remédio não vai tratar absolutamente nada. O tratamento de sarna vem acompanhado principalmente de medidas de higiene que, na verdade, é a nossa grande dificuldade dentro do aeroporto”, disse a médica.

    Aline Sobral, uma das fundadoras do Coletivo Frente Afegã, que também atua de forma voluntária com os afegãos, informou que26 casos foram identificados entre as 209 pessoas que tem vividono aeroporto “sem banho diário, sem higiene e sem dignidade básica”.

    Aline Sobral do Coletivo Frente Afegã atua como voluntária na ajuda aos acampados-Paulo Pinto/Agência Brasil
    Aline Sobral do Coletivo Frente Afegã atua como voluntária na ajuda aos acampados-Paulo Pinto/Agência Brasil

    Essas pessoas, segundo ela, já foram medicadas pela prefeitura de Guarulhos e por médicos voluntários. “Eles foram medicados, porém não trocam de roupas, não tomam banho e não possuem condições de lavar suas roupas. Então deve haver um aumento no surto”, diz a voluntária.

    De acordo com a prefeitura de Guarulhos,há atualmente206 imigrantes afegãos no aeroporto. A prefeitura possui apenas 177 vagas para acolhimento de migrante e refugiados, sendo 127 geridas pela municipalidade e outras 50 pelo governo estadual. No momento, segundo a administração municipal, todas estão vagas estão lotadas.

    Surto de sarna atinge afegãos acampados no Aeroporto de Guarulhos-Paulo Pinto/Agência Brasil
    Surto de sarna atinge afegãos acampados no Aeroporto de Guarulhos-Paulo Pinto/Agência Brasil

    Na semana passada, aAgência Brasilesteve visitando o aeroporto e uma afegã já havia relatado à reportagemsobre a dificuldade de conseguirem tomar banho . “Estou vivendo aqui há 22 dias e ninguém veio para nos ajudar, nos levar daqui [do aeroporto]. E é tão difícil a situação. Eu mesma estou doente. Aqui não temos nada para dormir. E estamos dormindo aqui com muito barulho. Tomamos banho somente uma vez por semana – e apenas dez pessoas puderam fazer isso. E aqui é tão frio [por causa do ar-condicionado]”, disse a afegã naquela ocasião.

    Histórico

    Desde 2021, quando os radicais do Talibã assumiram o poder no Afeganistão, milhões de afegãos têm deixado o país para fugir de um regime que viola seus direitos. O Brasil passou a serdestino de parte deles quando foi publicada uma portaria interministerial, em setembro de 2021, autorizando o visto temporário e a residência por razões humanitárias. Ogrupo tem contado com o apoio de voluntários e da prefeitura de Guarulhos, que tem contribuído com alimentos e buscado encontrar vagas em abrigos municipais.

    Uma afegã, que prefere não se identificar por medo de ser reconhecida pelo regime Talibã, conversou hoje com a reportagem e disse que tinha uma galeria de arte em seu país, onde produzia trabalhos com madeirae pintura. No entanto, como o Talibã proíbe que as mulheres exerçam atividades como essa por lá, ela precisou deixar seu país. “Temos vários problemas. Embora tenhamos almoço e jantar, não conseguimos tomar banho e diversas famílias estão com problemas na pele”, disse.

    Segundo essa afegã, que está há nove dias no país, hoje foi primeira vez em que ela conseguiu tomar banho desde que chegou ao Brasil. “Foi em um hotel muito bom, mas o tempo para o banho é reduzido, de apenas dez minutos. Dez pessoas foram tomar banho hoje nesse hotel”, contou.

    Agora, no Brasil, ela espera conseguir a oportunidadevoltar a exercer a profissão. “Eu espero abrir minha galeria de arte aqui”.

    Prefeitura

    Na tarde de hoje, os afegãos também receberam a visita do prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, o Guti. Em entrevista àAgência Brasil, disse que a prefeitura está preocupada não só com o surto de sarna, mas também com a situação precáriaqueesses imigrantes vêm enfrentando no aeroporto.

    Foto: Reprodução/Agência Brasil
    Foto: Reprodução/Agência Brasil

    “Estamos colhendo mais informações e apelando ajuda do governo federal principalmente, que é o responsável direto por essa questão. Existe um problema mundial. Foram concedidos mais de 11 mil vistos humanitários ea maioria deles entra por Guarulhos. Mas Guarulhos não consegue dar conta sozinho. Não é nossa obrigação constitucional, mas é nosso dever estender a mão. No entanto, estamos começando a ficar com os braços curtos e quase de mãos atadas porque é muita gente, falta recurso”.

    De acordo com o prefeito, os abrigos municipais estão cheios. “Nas nossas casas, hoje, já acolhemos 177 afegãos. E estamos trabalhando duro para acomodá-los da melhor forma possível. Mas para ter uma noção, desde que essa problemática se iniciou, só com alimentação para os afegãos já investimos mais de R$ 2 milhões. E esse dinheiro não é novo, são recursos que tiramos da nossa assistência social e que são destinados a moradores em situação de rua e programas de restaurante popular. Na verdade, estamos tirando dinheiro de onde não temos para estender uma mão amiga”. De acordo com a prefeitura, todos os afegãos no aeroporto recebem três refeições diárias, além de água e cobertores.

    Já sobre a reclamação feita pelos voluntários de que a prefeitura sequer explica sobre a melhor maneira de se tomar os medicamentos, o prefeito respondeu que há uma dificuldade clara com a língua, mas que equipes da área da saúde estão diariamente no aeroporto para administrar e medicar as pessoas, inclusive aplicando vacinas.

    Guti ressaltou que tem enviado ofícios ao governo federal solicitando que a cidade de Guarulhos seja identificada como de fronteira. “A gente precisa que Guarulhos seja reconhecida como cidade de fronteira. Apesar de não fazermos fronteira terrestre com nenhum país, a gente é a maior porta de entrada da América do Sul e isso faz com que a gente precise de uma política assertiva. A gente precisa que o governo federal, mais do que tudo, lidere a interiorização desses afegãos, para que consigamos mandar 10, 20 ou 30 afegãos para outras cidades grandes, de forma com que elas sejam bem acolhidas e faça sentido o fato de que essas pessoas, que estão se refugiando de uma situação terrível em seu país, encontre aqui [no Brasil] um lugar melhor, acolhedor. Só um documento tirando eles da faixa de lítígio não está dando uma garantia e acolhendo essas famílias da maneira adequada”.

    Na semana passada, o Ministério dos Portos e Aeroportos confirmou ter recebido o ofício enviado pela prefeitura de Guarulhos. “O documento foi encaminhado ao Grupo de Trabalho Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ), que tem a competência para dar encaminhamento à solicitação”.

    Sarna

    A sarna ou escabiose é uma doença altamente infecciosa causada por um ácaro, comum em ambientes de aglomeração populacional e com má higiene. No caso dos afegãos, que precisaram sair de seu país e estão vivendo em condições precárias no Brasil, sem poder tomar banho ou lavar suas roupas, eles ficam mais sujeitos ao risco de transmissão.

    A doença é transmitidapelo contato entre pessoas ou mesmo através das roupas contaminadas. Ela tem como característica principal a coceira intensa que, geralmente, piora durante a noite, além de lesões na pele. Otratamentoé medicamentosoe também inclui medidas de higiene, como a troca diária de roupas de uso e roupas de cama.

    “O aeroporto não foi feito para ninguém morar. Ele não é moradia, é local de passagem. Lá não tem estrutura nenhuma para acolher esses refugiados. Eles dormem sim todos aglomerados e compartilham de lençóis e cobertores. Eles usam o mesmo lençol, o mesmo cobertor, a mesma roupa de cama às vezes por mais de 20 ou 25 dias, que é o tempo em que eles ficam no aeroporto sem a gente conseguir mandá-los para um abrigo. E hoje os abrigos estão todos lotados”, observouAretusa.

    Outros problemas, segundo ela, é que eles não conseguem tomar banho e nem sequer lavar suas roupas de uso diário e peças íntimas. “Os banhos somos nós voluntários que conseguimos em uma parceria com um hotel que fica próximo do aeroporto e que nos deu permissão para que a gente levasse números específicos de afegãos”, disse. “Sem a troca desse vestuário e sem medidas de higiene e de limpeza, a gente não vai conseguir combater nenhum surto de sarna ou de qualquer outra coisa”, ressaltou.

    Ações

    Por meio de nota, a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, informou que a atuação direta no acolhimento e acompanhamento das famílias afegãs que chegam ao Brasil é realizada pela prefeitura de Guarulhos e demais autoridades públicas competentes. “A concessionária tem contribuído no suporte à realização de procedimentos de higiene pessoal e manutenção de limpeza constante do espaço. A higienização dos banheiros daquela área também foi intensificada. O vestiário, por se tratar de uma área operacional destinada a funcionários, é viabilizado dentro das condições e disponibilidade do aeroporto, de acordo com um planejamento alinhado com a prefeitura de Guarulhos”, informou a concessionária.

    Na semana passada, aAgência Brasiltambém procurou diversos órgãos federais e estaduais para se manifestarem sobre a situação dos afegãos no aeroporto. O Ministério Público Federal (MPF) informou que tem conhecimento da existência de um novo grupo de imigrantes afegãos vivendo de forma precária no aeroporto, por falta de opção. “Já foram realizadas reuniões na semana passada e outras serão promovidas ainda nesta semana, com diversas instituições, para encontrar uma solução humanitária para os imigrantes com a máxima urgência”, disse o MPF.

    Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, informou na semana passada que também “está ciente e sensível à situação no aeroporto de Guarulhos” e que estão ocorrendo reuniões interministeriais e com diversos órgão, tanto da sociedade civil quanto das polícias e do Poder Judiciário, para encontrar uma solução para o problema.

    A Anvisa informou que as ações relativas ao acolhimento e encaminhamento de refugiados não competem ao órgão. “Os refugiadosafegãosatualmente acampados no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) são viajantes nacionalizados, ou seja, quejá passaram peloscontrolesde imigração eingressaram no Brasil.Desta forma, os controles sanitários de competência da Anvisa foram aplicados no momento da nacionalização dessas pessoas”, disse a Anvisa.

    “Oacampamento existente na área pública do aeroporto configura uma situação totalmente atípica, de pessoasàespera de vagas em abrigos ou centros de acolhimento para refugiados,situação que fogeàcompetência deatuaçãoda Agência.Como medida de prevenção deeventuais problemas de saúde,a Anvisa tem exigido que o acampamento seja desmontado diariamente para realização de limpeza e desinfecçãopela administração do aeroporto, sendo montado novamente em seguida.A Anvisa também tem fornecido equipamentos de proteção individual (EPI) para voluntários que realizamtrabalhode acolhimento a essas pessoasno local”, acrescentou.

    Fonte: Agência Brasil

  • Internações por síndromes respiratórias aumentam no Norte e Nordeste

    Internações por síndromes respiratórias aumentam no Norte e Nordeste

    Os casos graves de vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças continuam a puxar para cima a tendência de hospitalizações por síndrome respiratória em parte do Norte e Nordeste do Brasil. A informação consta do mais recente Boletim Infogripe, divulgado hoje (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

    Nos estados do Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima, as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em alta nas últimas seis semanas fundamentalmente devido aos casos em crianças e adolescentes. Já em Sergipe, além da alta na mesma faixa etária, também foi registrado aumento em adultos de idade mais avançada.

    O coordenador do Infogripe Marcelo Gomes alerta que, ainda que haja tendência de estabilização ou queda da SRAG no público infantil dos estados do Centro-Sul, o número de casos já tinha chegado a um patamar alto.

    “Como esses estados passaram por um longo período de aumento, semana após semana, nos casos de SRAG nas crianças pequenas, a interrupção ou reversão dessa tendência ainda levará um tempo para se refletir em diminuição nos leitos ocupados, já que parte dessas crianças continua hospitalizada. Além disso, as baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano, de modo que é importante mantermos os cuidados de ventilação adequada e uso de boas máscaras por parte das pessoas que estão apresentando sintomas gripais e não possuem condições de fazer o repouso recomendado”, disse Marcelo Gomes, segundo a Fiocruz.

    Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o vírus sincicial respiratório causou 40% das ocorrências de SRAG com origem viral no país. O SARS-CoV-2, que causa a covid-19, respondeu por 22,8% dos casos, seguido por 17,5% do vírus da Influenza A, e 6,6% do daInfluenza B. Apesar disso, a covid-19 continua a responder por metade dos óbitos causados por síndromes respiratórias agudas graves virais no país.

    A Fiocruz destaca ainda que o Sars-Cov-2 permanece em queda no número de casos entre a população adulta na maioria dos estados. Em março, o vírus respondia por 80% dos casos, participação que caiu para 50% em maio.

    Já a gripe causada pela Influenza A – majoritariamente H1N1 – registrou aumento ao longo do mês de maio e manteve presença importante em junho.

    Fonte: Agência Brasil

  • Laser SLT é utilizado no tratamento do glaucoma

    Laser SLT é utilizado no tratamento do glaucoma

    O glaucoma é uma doença ocular crônica e silenciosa que pode levar à cegueira se não for diagnosticada e tratada adequadamente. Umas das formas de tratamento é a redução da pressão intraocular, que pode ser feita com colírios, cirurgias ou laser.

    Uma das mais recentes opções de tratamento para o glaucoma é a terapia a laser, em particular o laser SLT. O laser SLT é um procedimento rápido, indolor e ambulatorial que utiliza um feixe de luz de baixa energia para estimular a drenagem do humor aquoso, contribuindo para a redução da pressão intraocular.

    Trata-se de um procedimento seguro, com baixo risco de complicações graves ou efeitos colaterais. O laser não causa danos ao tecido ocular nem altera a visão do paciente. Eventuais efeitos adversos são leves e transitórios, como vermelhidão, inflamação ou desconforto ocular.

    O Prof. Dr. Renato Neves, oftalmologista responsável pelo Eye Care Hospital de Olhos, destaca a eficácia do laser SLT: “O procedimento pode reduzir a pressão intraocular em até 30% em cerca de 60% a 70% dos casos”. Ele ressalta que a duração do efeito do laser pode variar de 1 a 5 anos, dependendo da resposta individual de cada paciente, conforme estudo publicado pela Nature Briefing.

    Sobre a redução do uso de colírios hipotensores, o Dr. Renato Neves afirma: “O laser SLT pode diminuir ou eliminar a necessidade de uso desses colírios, que podem causar efeitos colaterais e interferir na adesão ao tratamento”. Ele destaca a importância dessa vantagem para a qualidade de vida dos pacientes.

    Em conclusão, o Dr. Renato Neves destaca o papel fundamental do laser SLT no controle do glaucoma: “O laser SLT é uma alternativa eficiente, segura e moderna para o tratamento do glaucoma de ângulo aberto, contribuindo para a redução da pressão intraocular e a preservação da visão dos pacientes afetados”. Ele reforça que o procedimento não é uma cura para o glaucoma, mas descreve-o como uma ferramenta importante no cuidado desses pacientes.

    Fonte: Agência Dino

  • Doações de sangue e plaquetas para o Inca crescem 6,5%

    Doações de sangue e plaquetas para o Inca crescem 6,5%

    De janeiro aos primeiros 15 dias de junho deste ano, o hemonúcleo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) coletou 4.516 bolsas de sangue e concentrados de plaquetas, um aumento de 6,5% em relação ao obtido em igual período do ano passado, com 4.224 coletas.

    O grupo etário jovem, entre 18 e 29 anos de idade, representou 30% do total coletado, com 1.300 doações. Incluindo os doadores adultos jovens de 30 a 39 anos de idade, que foram responsáveis por 1.100 doações, a faixa de 18 a 39 anos respondeu por mais de 50% do sangue e plaquetas coletados.

    A informação foi dada nesta segunda-feira (26) por Magda Adorno, tecnologista e farmacêutica bioquímica do Inca, que trabalha na parte de triagem clínica. Foram coletadas, ainda, cerca de 2 mil bolsas de sangue, divididas por doadores nas faixas de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos de idade.

    Apesar do aumento registrado, a meta de coletar 70 bolsas por dia não está sendo alcançada, ficando 30% abaixo do necessário, o que dificulta o atendimento aos pacientes em tratamento nas quatro unidades hospitalares do Inca, disse Magda Adorno.

    Ela informou que, em média, são coletadas atualmente entre 40 e 45 bolsas de sangue por dia. “Tem dias que está menos. Quando chove muito, quando tem feriado. Nos feriados emendados, tende a diminuir as doações e a frequência aqui também. O comparecimento é menor. Quando tem um feriado no meio da semana, não afeta tanto”.

    Cada bolsa pode beneficiar até quatro pessoas, em média. “Porque isso depende das condições do doador. Se o doador toma anti-inflamatório, a gente não pode fazer plaquetas. Aí, não vai atingir quatro pessoas. Vai atingir três pessoas ou duas”, explicou a tecnologista.

    Os estoques de sangue precisam ser constantemente abastecidos para atender à demanda, segundo a chefe do Serviço de Hemoterapia do instituto, Iara Motta.

    Corrente do Bem

    O grupo Corrente de Bem, que reúne moradores de Saquarema, na Região do Lagos, aproveitou o Dia Mundial do Doador de Sangue, no dia 14, e o Junho Vermelho, para mobilizar a cidade a doar sangue no Inca. Fundado no ano passado, o grupo já conta com 700 doadores cadastrados.

    A mobilizadora do Corrente de Bem, Rejane Paranhos, informou que o Inca foi priorizado porque ali é possível também fazer o cadastro para doação de medula óssea. Rejane sabe que essa é uma necessidade constante e o grupo quer contribuir de forma ampla para a saúde dos pacientes atendidos pelo instituto, destacou.

    Magda Adorno disse que grupos de torcidas organizadas também são doadores do hemonúcleo do Inca, que recebe também doadores de outros municípios fluminenses. O instituto não conta com serviço de transporte nem parceria com empresas de transporte e não dispõe também de serviço de coleta externa.

    Podem doar pessoas entre 16 e 69 anos de idade, com peso mínimo de 50 quilos, que estejam bem de saúde. Menores de 18 anos de idade só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais.

    Não é necessário estar em jejum, mas deve-se evitar comer alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.

    Dúvidas podem ser tiradas no Serviço de Hemoterapia do Inca nos telefones 21 3207 1580 e 21 3207 1021. Para doar, as pessoas interessadas devem se dirigir à Praça Cruz Vermelha, 23, 2º andar, região central do Rio de Janeiro. O funcionamento do serviço é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 14h30, e aos sábados, das 8h às 12h.

    Fonte: Agência Brasil

  • Saúde destina R$ 200 milhões para serviços de hemodiálise no SUS

    Saúde destina R$ 200 milhões para serviços de hemodiálise no SUS

    Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta segunda-feira (26) noDiário Oficial da Uniãodestina R$ 200 milhões para custear equipamentos de hemodiálise em uso no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é indicado para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave.

    Em nota, a pasta informou que serão contemplados serviços que tenham até 29 máquinas de hemodiálise, considerando análises e discussões com gestores municipais e estaduais sobre eficiência de custo “diante das dificuldades encontradas especialmente nesses serviços”.

    O recurso é calculado com base anual e será transferido mensalmente por meio do Componente do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), devendo ser repassado aos estabelecimentos contemplados.

    Fonte: Agência Brasil