Categoria: Saúde

  • Ministra defende cooperação científica entre Brasil e França

    Ministra defende cooperação científica entre Brasil e França

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu nesta quinta-feira (1º), em Brasília, a construção de uma agenda comum de cooperação entre Brasil e França em prol da saúde. Durante evento na Embaixada da França, os dois países celebraram o que Nísia classificou como “uma cooperação de longa data”.

    “Acredito que esse encontro histórico, nessa segunda edição, poderá nos trazer perspectivas para uma atuação conjunta em relação à prevenção e promoção, mas de uma maneira ampla, da ciência e tecnologia no campo das ciências da vida e da saúde a serviço do bem estar social e da sustentabilidade como uma nova aposta de desenvolvimento”, disse a ministra.

    Ela mencionou o fortalecimento dos sistemas de saúde como palavras-chaves para o futuro. “E, para isso, a atividade científica no campo da vida e da saúde numa perspectiva interdisciplinar é fundamental”, completou.

    Diplomacia

    A ministra da Saúde afirmou, ainda, que “atividades bilaterais de cooperação em saúde, em grande parte paralisadas durante a gestão passada do ministério [da Saúde], retornarão com força e com compromisso dos dois ministérios de trazer essa agenda como uma agenda da diplomacia, do fortalecimento da saúde e do bem estar entre os países.”

    A embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, disse que “estamos convencidos de que o fortalecimento da segurança sanitária internacional envolverá necessariamente a promoção de pesquisas de alta qualidade, a melhoria do acesso à saúde para todos, o fortalecimento geral de nossos sistemas de saúde e a intensificação da luta contra doenças emergentes por meio de uma abordagem multidisciplinar”.

    Foto: Reprodução/Agência Brasil
    Foto: Reprodução/Agência Brasil

    Fonte: Agência Brasil

  • Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório

    Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório

    Enquanto os casos de covid-19 apresentam queda desde o mês de abril, o país registraaumento de testes positivos para influenza Aentre adultos, principalmente do vírus H1N1,e do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças. Os dados do BoletimInfogripeforam divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referentes àsemana de 14 a 20 de maio.

    De acordo com a Fiocruz, em maio foi consolidado o cenário iniciado em abril. Entre as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)na população a partir dos 15 anos, os casos de H1N1 passaram de 9% em março para 31%entre o fim de abril emaio.Por outro lado, os casos de covid-19 caíram de 80% para 53% no mesmo período.

    Houve aumento decasos de SRAG noAcre,Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

    Há sinais de crescimento doVSRnas criançasdoAcre, Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.

    Na tendência de longo prazo, o cenário epidemiológicoindicado pela Fiocruz é decrescimentomoderadode SRAG, enquanto a tendência é de estabilidadenocurto prazo.

    Aanálise aponta que nas quatro últimas semanas epidemiológicasainfluenza Afoi responsável por20,9%do totalde óbitosde pacientes internados que tiveram teste laboratorial positivo,ainfluenza Brespondeu por12,3%, oVSRvitimou10,4%eoSars-CoV-2/covid-19ainda é responsável por51,7%dos óbitos provocados por vírus respiratórios.

    Fonte: Agência Brasil

  • Asma é uma condição crônica e atinge 20% dos brasileiros

    Asma é uma condição crônica e atinge 20% dos brasileiros

    Desde 1998, toda a primeira terça-feira do mês de maio é reservada para o Dia Mundial de Combate à Asma, uma doença crônica não transmissível que ainda nos dias atuais merece total atenção e cuidado. Segundo o Ministério da Saúde, é estimado que 23,2% da população brasileira convive com asma, condição respiratória que pode levar à morte.

    Com a população brasileira de 214,3 milhões, estima que mais de 49 milhões de pessoas têm a condição. Na Atenção Primária à Saúde (APS), 2021 registrou 1,3 milhão de atendimentos e aproximadamente 231 mil consultas a mais que em 2020 (1,1 milhão). Já em 2022, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), houve 83.155 internações e 524 mortes, enquanto fevereiro deste ano, 7.197 pessoas foram internadas por asma e houve 20 óbitos no país.

    De acordo com a Dra. Angela Honda, Líder de Programas Educacionais da Fundação ProAR, a asma pode ser considerada uma condição comum e bastante frequente, mas o grande número de subnotificações é um dos grandes desafios. “Existe uma subestimação da doença muito grande, e as pessoas com a condição afirmam que têm bronquite e não asma. Ao não usar o termo correto, os indivíduos menosprezam a doença”, infelizmente os pacientes se acostumam a viver com falta de ar e correm risco de vida se não tratados adequadamente. declara a Dra. Angela.

    Corroborando essa questão, o Dr. Eduardo Macário, Representante da Equipe de Apoio Institucional e Participativo do Ministério da Saúde para Santa Catarina e Membro da Comissão Consultiva do FórumDCNTs, reforça que “a asma, sendo uma das principais condições respiratórias crônicas, carece de atenção e preocupação em nosso sistema de saúde. É uma condição que, embora não tenha cura, seu gerenciamento é acessível para que a pessoa tenha qualidade de vida”. A desinformação entra mais uma vez como ponto crítico, já que o diagnóstico correto precisa acontecer logo no primeiro atendimento, conclui o Dr. Eduardo.

    Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), os estudos epidemiológicos mostram que 5% da população com a condição no Brasil apresenta a forma mais grave, precisando de acompanhamento na Atenção Especializada, ou seja, 95% das pessoas com asma podem e devem ser acompanhadas com tecnologias disponíveis na Atenção Primária à Saúde.

    Uma das possíveis respostas para os desafios no enfrentamento à asma está na ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF), que tem como objetivo reorganizar a APS no Brasil. O Sr. Alessandro Chagas, Assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), também enfatiza a necessidade de aumentar a sensibilidade do diagnóstico e tratar a asma como uma condição crônica, além de alavancar o movimento educacional de qualificação dos profissionais da saúde.

    Vale lembrar que, segundo definição do Ministério da Saúde, a asma “caracteriza-se por um processo que afeta todo o organismo e não somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de secreções e prejudicam a passagem de ar”. A partir dessa definição, a Dra. Angela Honda complementa a necessidade da equipe multiprofissional nas condições respiratórias, com destaque para nutricionistas e fisioterapeutas, principalmente pela grande perda muscular nesse processo, além de enfermeiros e farmacêuticos na educação sobre a doença e o uso correto dos dispositivos inalatórios.

    Mais informações estão disponíveis em www.ForumDCNTs.org.

    Fonte: Agência Dino

  • Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta quarta-feira

    Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta quarta-feira

    A campanha nacional de vacinação contra a gripe termina nesta quarta-feira (31). O balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na última segunda-feira (29), indica que 34,7 milhões de doses haviam sido aplicadas em meio a um total de quase 80 milhões de doses distribuídas em todo o país.

    “Para a efetiva proteção da população, no entanto, especialmente dos mais vulneráveis, é necessário que mais pessoas recebam o imunizante”, destacou a pasta. No último dia 12, a pasta ampliou a vacinação contra a gripe para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade. A meta é vacinar 90% da população.

    Com o encerramento da campanha, a orientação do ministério é que estados e municípios ampliem o calendário de ações locais enquanto durarem os estoques de vacinas.

    A vacina

    A vacina contra a gripe é disponibilizada todos os anos antes do inverno, período em que as doenças respiratórias são mais comuns. Segundo a pasta, os imunizantes têm perfil de segurança “excelente” e são bem tolerados. Manifestações como dor no local da injeção são comuns, ocorrem em 15% a 20% dos pacientes e geralmente são resolvidas em 48 horas.

    “A vacina é fabricada com vírus inativados, fragmentados e purificados, ou seja, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença”, reforçou o ministério. A composição e a concentração de antígenos são atualizadas a cada ano seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    “O Ministério da Saúde reforça que o imunizante pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas do calendário nacional”.

    Fonte: Agência Brasil

  • Termina hoje prazo para inscrição no Programa Mais Médicos

    Termina hoje prazo para inscrição no Programa Mais Médicos

    Termina hoje (31) o prazo para inscrição no programa Mais Médicos, com prioridade para profissionais brasileiros formados no país. Também podem se inscrever brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.

    O edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios foi divulgado na última segunda-feira (22). Para se inscrever, basta acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas por meio do endereço eletrônico do Mais Médicos. Após a validação da inscrição, de 1º a 5 de junho, os candidatos poderão indicar até dois locais de atuação de sua preferência.

    A previsão, segundo a pasta, é de que os profissionais comecem a atuar nos municípios no fim de junho. Na alocação dos profissionais, serão considerados critérios relacionados à titulação, formação e experiência prévia no projeto. Para desempate, terão prioridade candidatos que residem mais próximos do local de atuação, com maior tempo de formado e de maior idade.

    O valor previsto no edital da bolsa-formação é de R$ 12,3 mil por mês, pelo prazo de 48 meses, prorrogáveis por igual período. Todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa, sendo que os que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, de acordo com a oferta do edital, recebem um percentual maior.

    Balanço

    Segundo o ministério, atualmente mais de 8 mil médicos atuam no programa e o edital aberto agora é para recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para a Amazônia Legal.

    Cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, inclusive no território yanomami, em situação de emergência sanitária.

    “A expectativa do governo federal é chegar até o fim do ano com 28 mil profissionais do Mais Médicos atendendo em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS”, informa o ministério.

    Fonte: Agência Brasil

  • SP: prefeitura prorroga vacinação contra gripe por tempo indeterminado

    SP: prefeitura prorroga vacinação contra gripe por tempo indeterminado

    A prefeitura da capital paulista informou nesta terça-feira (30) que prorrogou por tempo indeterminado a vacinação contra gripe para toda população acima dos 6 meses de idade. Desde o último dia 15, a administração municipal está aplicando a vacina nesse grupo.

    “A prorrogação é mais uma oportunidade àqueles que ainda não foram se imunizar contra a doença. A vacinação é um gesto de cuidado, proteção e a melhor forma de prevenção contra as doenças”, destaca o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

    As doses contra o vírusInfluenzasão aplicadas em todas as unidades básicas de saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas assistências médicas ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados. A população podeprocurar a UBSmais próxima de sua residência pela plataforma Busca Saúde .

    Fonte: Agência Brasil

  • Fiocruz: 62% das crianças Guarani vivem abaixo da linha de pobreza

    Fiocruz: 62% das crianças Guarani vivem abaixo da linha de pobreza

    O primeiro estudo de coorte de nascimentos indígenas no Brasil feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que mais de 62% das crianças pesquisadas viviam em padrões socioeconômicos abaixo da linha de pobreza. Estudos de coorte são realizados a partir do acompanhamento de determinada população ao longo de um tempo específico.

    O objetivo desse tipo de trabalho é verificar a incidência de agravos e doenças para comprovar a possibilidade de “associação causal entre diferentes condições de exposição de risco à saúde e os desfechos de interesse na população estudada”, explica a Fiocruz.

    O estudo que avaliou a construção de padrões de domicílio, de água e de saneamento e se estendeu à posição socioeconômica da população Guarani é de autoria de Aline Diniz Rodrigues Caldas, pós-doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz, com a supervisão do pesquisador do Departamento de Endemias da fundação Andrey Moreira Cardoso, no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública. Pesquisadores do Programa de Computação Científica da Fiocruz; da Universidade Federal Fluminense, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da London School of Hygiene and Tropical Medicine também participaram do trabalho.

    O levantamento mostra que existem três padrões para habitação e para água e saneamento e quatro para posição socioeconômica, o que resultou em 36 combinações de padrões. “Foram encontradas associações estatisticamente significativas entre domicílios precários e extrema pobreza e hospitalização no primeiro ano de vida”, disse o pesquisador Andrey Moreira Cardoso em texto divulgado no site da Fiocruz.

    Segundo Cardoso, o estudo identificou a distribuição heterogênea das crianças nas 36 combinações de padrões encontrados. “Esses achados destacam que, caso as dimensões de habitação, água e saneamento e posição socioeconômica se confirmem como determinantes independentes dos desfechos de saúde em crianças Guarani, conforme observado na questão da hospitalização, elas devem ser consideradas separadamente em modelos múltiplos, buscando melhorar a estimativa de seus efeitos sobre a saúde infantil. Além disso, o método empregado no estudo poderia orientar a investigação sobre esses determinantes em estudos em outras populações indígenas.”

    Relevância

    De acordo com Cardoso, embora sejam muito importantes para analisar dados sobre saúde infantil indígena e os efeitos das condições socioeconômicas, sanitárias e habitacionais dessa população, não existem trabalhos semelhantes ao redor do mundo. Este foi realizado em duas regiões do Brasil.

    “Os dados foram coletados por meio da implantação de um sistema de vigilância local em 63 aldeias da etnia em cinco estados do Sul e do Sudeste do Brasil, entre os anos de 2014 e 2017”, informou o .

    Para reduzir grande número de variáveis socioeconômicas habituais em estudos epidemiológicos, a pesquisa usou métodos estatísticos multivariados, além de identificar padrões distintos de acesso a políticas públicas de habitação e saneamento e posição socioeconômica, informou a Fiocruz.

    Publicação

    O artigo sobre o estudoHow, What, and Why: Housing, Water & Sanitation and Wealth Patterns in a Cross-Sectional Study of the Guarani Birth Cohort, the First Indigenous Birth Cohort in Brazil,foi publicado, este mês, na revista científicaThe Lancet Regional Health – Americas.O texto está disponível com acesso aberto e “traz um debate sobre as limitações dos indicadores socioeconômicos tradicionalmente utilizados para captar a diversidade socioeconômica em comunidades indígenas e rurais”.

    Fonte: Agência Brasil

  • Peixes em seis estados da Amazônia têm contaminação por mercúrio

    Peixes em seis estados da Amazônia têm contaminação por mercúrio

    Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que peixes consumidos nos principais centros urbanos da Amazônia estão contaminados por mercúrio. Os resultados mostram que os peixes de todos os seis estados amazônicos apresentaram níveis de contaminação acima do limite aceitável (maior ou igual a 0,5 microgramas por grama), estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    O estudo, realizado em parceria com o Greenpeace Brasil, o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o Instituto Socioambiental e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), indica que os piores índices estão em Roraima, onde 40% dos peixes têm mercúrio acima do limite recomendado, e no Acre, onde o índice é de 35,9%. Já os menores indicadores estão no Pará (15,8%) e no Amapá (11,4%).

    “Na média, 21,3% dos peixes comercializados nas localidades e que chegam à mesa das famílias na região Amazônica têm níveis de mercúrio acima dos limites seguros”, destacou a Fiocruz, por meio de nota, ao destacar que, em todas as camadas populacionais analisadas, a ingestão diária de mercúrio excedeu a dose de referência recomendada.

    No município citado como mais crítico, Rio Branco, a potencial ingestão de mercúrio ultrapassou de 6,9 a 31,5 vezes a dose de referência indicada pela Agência de Proteção Ambiental do governo norte-americano.

    “As mulheres em idade fértil – público mais vulnerável aos efeitos do mercúrio – estariam ingerindo até nove vezes mais mercúrio do que a dose preconizada; enquanto crianças de 2 a 4 anos, até 31 vezes mais do que o aconselhado”, alertou a Fiocruz.

    Em Roraima, segundo estado considerado mais crítico, a potencial ingestão de mercúrio extrapolou de 5,9 a 27,2 vezes a dose de referência.

    “Considerando os estratos populacionais mais vulneráveis à contaminação, mulheres em idade fértil estariam ingerindo até oito vezes mais mercúrio do que a dose indicada e crianças de 2 a 4 anos, até 27 vezes mais do que o recomendado”.

    A pesquisa

    Segundo a Fiocruz, a pesquisa buscou avaliar o risco à saúde humana em função do consumo de peixes contaminados, por meio de visitas a mercados e feiras em 17 cidades amazônicas onde foram compradas as amostras utilizadas. O levantamento foi realizado de março de 2021 a setembro de 2022 no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, em Rondônia e em Roraima.

    As amostras foram coletadas nos municípios de Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).

    Foram avaliados 1.010 exemplares de peixes, de 80 espécies distintas, comprados em mercados, feiras e diretamente de pescadores, simulando o dia a dia dos consumidores locais. Do total geral de amostras, 110 eram peixes herbívoros (que consomem alimentos de origem vegetal), 130 detritívoros (que consomem detritos orgânicos), 286 onívoros (que consomem alimentos de origem animal e vegetal) e 484 carnívoros (que consomem alimentos de origem animal).

    Os carnívoros, mais apreciados pelos consumidores finais, apresentaram níveis de contaminação maiores que as espécies não-carnívoras. A análise comparativa entre espécies indicou que a contaminação é 14 vezes maior nos peixes carnívoros, quando comparados aos não carnívoros.

    “A principal recomendação que os pesquisadores fazem é ter maior controle do território amazônico e erradicar os garimpos ilegais e outras fontes emissoras de mercúrio para o ambiente”, concluiu a Fiocruz.

    Fonte: Agência Brasil

  • Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo

    Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo

    Conscientizar as pessoas sobre os riscos e a necessidade de prevenção e controle do glaucoma, uma neuropatia óptica grave, que provoca perda irreversível do campo visual e, muitas vezes, somente é percebida pelo paciente em estado avançado – quando parte da visão já está perdida – é o objetivo da campanha Maio Verde, instituído a partir do decreto-lei n°10.456, de 13 de maio de 2002, que estabeleceu a data 26 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A doença é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a primeira causa de cegueira permanente no mundo todo.

    Segundo Ricardo Yuji Abe, especialista em Glaucoma no Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), o glaucoma tem como característica não apresentar sintomas, podendo levar meses – ou mesmo anos – para que a pessoa venha a notar alguma alteração no campo de visão. Ele afirma que o paciente se o paciente deixar para procurar somente quando sentir alguma dificuldade para enxergar, pode ser tarde demais. “Quando essa alteração se apresenta, isso significa que já houve um comprometimento importante das fibras nervosas e não há como recuperar o campo visual perdido. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença ajudam a controlar a evolução do quadro e evitar a queda na qualidade visual do paciente”, complementa.

    O oftalmologista explica que o glaucoma afeta o nervo óptico e é uma condição degenerativa. De acordo com ele, o aumento da pressão intraocular é o principal – mas não exclusivo – culpado.  “Na verdade, a doença pode ocorrer também em pessoas com pressão intraocular normal, já que há outros fatores de risco relevantes, como idade, alta miopia, diabetes, histórico familiar, uso excessivo de medicamentos à base de corticoides e outras condições médicas”, observa o Dr. Yuji Abe. De acordo com ele, afrodescendentes também são mais suscetíveis ao glaucoma, inclusive às formas de mais difícil controle. “Simplificando, glaucoma e hipertensão ocular não são sinônimos”, explica.

    Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, fazendo com que a perda da visão seja interrompida. Em grande parte dos casos, é necessário o uso de colírios diariamente para controle, que deve ser acompanhado pelo médico. Recentemente, o especialista participou de um estudo – realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com a colaboração do HOB – que demonstrou que pacientes com glaucoma que utilizam três ou quatro classes de drogas de glaucoma apresentam maior ressecamento nos olhos e sentem mais desconforto ocular, comparado com um grupo de pacientes utilizando uma ou duas classes de drogas.  Outra conclusão do estudo é que pacientes em uso de três ou quatro classes de colírios tiveram pior adesão pois; ou têm dificuldade em enxergar os fármacos e, assim, não os utilizam corretamente; ou então se esquecem de aplicá-los. “Este estudo reforça a importância de tentarmos simplificar o regime de tratamento dos pacientes e a utilidade de modalidades como o laser (fototrabeculoplastia – SLT) e microcirurgias para controle do glaucoma, visando a redução do número de colírios”, ressalta o Dr. Yuji Abe.

    Dados da International Agency for Blindeness Preventions estimam que em 2040 mais de 118 milhões de pessoas terão sido diagnosticadas com glaucoma no mundo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Glaucoma acredita que a patologia atinge mais de 2 milhões de indivíduos. Com o avanço de novas tecnologias, hoje é possível oferecer ao paciente um tratamento mais moderno, com aplicação de laser ou procedimento cirúrgico. “Fundamental é que o check-up oftalmológico seja realizado anualmente, pois isso possibilita o diagnóstico precoce de diversas patologias oculares, proporcionando um tratamento adequado para os pacientes”, conclui o Dr. Ricardo Yuji Abe.

     

    Fonte: Agência Dino

  • Campanha contra gripe imuniza 40% do público alvo no país

    Campanha contra gripe imuniza 40% do público alvo no país

    A campanha nacional de vacinação contra a influenza (gripe) imunizou apenas 40,69% do público alvo. A mobilização – iniciada em 10 de abril – termina nesta quarta-feira (31), mas o Ministério da Saúde divulgou uma orientação para que estados e municípios ampliem o calendário e continuem com as imunizações, enquanto durarem os estoques de vacinas.

    “Quero conclamar a união de todos pelo nosso Movimento Nacional pela Vacinação, um movimento do Ministério da Saúde, dos estados, dos municípios e de toda a sociedade civil. A ciência voltou e precisamos retomar a confiança da população nas vacinas. Essa é uma missão de todos nós”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, através da nota divulgada à imprensa na noite de segunda-feira (29).

    Casos graves

    Segundo o Ministério da Saúde, a imunização ajuda a evitar casos graves da doença. Os últimos dados do governo mostram que foram aplicadas 35,2 milhões de doses, o que atingiu 40,69% do público formado por grupos de idosos, crianças com seis meses a cinco anos de idade, gestantes, profissionais de saúde, puérperas e professores, entre outros.

    O Amapá conseguiu a melhor cobertura, atingindo 85,2% do público alvo, e o único a superar 75%. Acre, com 19,3%, e Roraima, com 24,3%, foram os únicos estados a atingir menos de 25% de cobertura.

    A cidade do Rio de Janeiro anunciou que vai prorrogar a vacinação para além do dia 31. Qualquer pessoa com mais de seis meses de idade pode ser imunizada. Na cidade, a vacina contra a gripe está disponível nas 237 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

    Fonte: Agência Brasil