Categoria: Saúde

  • Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil

    Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil

    A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves.

    Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida.

    O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

    A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

    Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

    A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

    Cobertura vacinal

    Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

    No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

    “É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.

    Fonte: Agência Brasil

  • Capital paulista estende aplicação da bivalente a maiores de 40 anos

    Capital paulista estende aplicação da bivalente a maiores de 40 anos

    A partir desta quarta-feira (3), a capital paulista estende a imunização com a vacina bivalente contra a covid-19 para a população acima de 40 anos.

    Segundo o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, a capital avança na imunização contra a covid-19 com a aplicação da Pfizer bivalente. “De maneira escalonada, com a chegada de mais imunizantes, ampliaremos para as demais idades até que todos os adultos estejam vacinados”, disse, em nota, o secretário.   

    Até a última sexta-feira (28), foram aplicadas 1.248.675 doses do imunizante na cidade. Estavam sendo vacinadas apenas pessoas dos grupos prioritários que completaram o esquema básico, ou que já tinham tomado uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da mais recente dose recebida. 

    Até o momento, a vacina Pfizer bivalente estava disponível para todos as pessoas com idade acima de 50 anos, além de maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua.   

    A xepa continua disponível para pessoas acima de 18 anos, previamente cadastradas na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes do imunizante o fim do dia.

    Fonte: Agência Brasil

  • Internações de motociclistas aumentaram 55% em 10 anos

    Internações de motociclistas aumentaram 55% em 10 anos

    Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de internação de motociclistas passou de 3, 9 por 10 mil habitantes para 6,1 por 10 mil habitantes entre 2011 e 2021 – um aumento de 55%, considerando apenas a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e conveniados. De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2021, o custo com esse tipo de internação chegou a R$ 167 milhões. 

    Em 2020, as lesões de trânsito foram responsáveis por mais de 190 mil internações – dessas, cerca de 61% entre motociclistas. “As lesões de trânsito são um importante problema de saúde pública global, figurando entre as dez principais causas de morte em países de baixa e média renda e a sexta causa de Daly, da sigla em inglês Disability Adjusted Life Years, que significa anos de vida perdidos ajustados por incapacidade”. 

    Ainda de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo ministério, o número de mortes de motociclistas por lesões no trânsito apresentou estabilidade entre 2011 (11.485 óbitos) e 2021 (11.115 óbitos), assim como a taxa de mortalidade que, em 2011, foi de 5,8 por 100 mil habitantes e, em 2021, ficou em 5,7 por 100 mil habitantes.  

    Reflexos no SUS 

    “A morbidade e a mortalidade por lesões de trânsito, especialmente a de motociclistas, se caracterizam como um problema de múltiplas determinações e as intervenções para sua redução dependem de diversos atores dos sistemas econômicos e públicos”, avaliou a pasta. Para o ministério, ações do setor devem ser complementadas por ações de órgãos de trânsito, educação e planejamento urbano. 

    “Também é de fundamental importância capacitar a rede de atenção à saúde para identificar os acidentes de trabalho com motociclistas, tanto de trajeto quanto típicos, notificando adequadamente nos sistemas de informação em saúde, permitindo obter informações fidedignas desse agravo e propor ações de promoção de saúde e prevenção desses acidentes.” 

    Fonte: Agência Brasil

  • Hospitais universitários são referência em transplantes de órgãos

    Hospitais universitários são referência em transplantes de órgãos

    Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, qualquer indivíduo pode ser um doador. Para isso, basta apresentar um quadro de boa saúde atestado por um médico. 

    As doações de órgãos também seguem alguns limites de idade como 75 anos para rins; 70 anos para fígado; 69 anos para sangue; 65 anos para pele, ossos e válvulas cardíacas; 55 anos para pulmão, coração e medula óssea; e 50 anos para pâncreas. Não há limite para doação de córneas.

    “Na medida em que não produza danos em si, qualquer pessoa juridicamente capaz tem a permissão da lei para desfazer-se de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo para fins terapêuticos ou transplantes, em benefício de cônjuge e parentes consanguíneos até o quarto grau. Aos não parentes, é preciso obter autorização judicial, a qual é dispensada para os casos de doação de medula óssea.”

    De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), campanhas de esclarecimento e conscientização sobre doação de órgãos têm permitido bons resultados, elevando o número de doadores e reduzindo casos de recusa por parte das famílias. O estado de Santa Catarina, segundo a entidade, é um bom exemplo, pois apresentou apenas 28% de recusa no ano de 2022, conforme o Registro Brasileiro de Transplantes.

    Hospitais universitários

    Desde 2016, o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina, realiza transplantes de fígado e de córnea. Atualmente, cinco pacientes aguardam na fila de espera e cerca de 40 estão em acompanhamento no ambulatório para transplante hepático. Já para transplantes de córnea, há 32 pacientes aguardando em fila de espera.

    Em Curitiba, o Complexo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná realizou o primeiro transplante de medula óssea da América Latina em 1979 e, atualmente, é referência mundial na área. Também foi o primeiro hospital do estado a realizar transplante de fígado entre pessoas vivas, chamado transplante intervivo, em 1991, e o segundo do Brasil a realizar duplo intervivos de fígado e rim no mesmo ano, além de realizar transplantes de córnea.  

    No Sudeste, o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo, é referência na captação e transplante de córneas. A unidade conta com ambulatório e banco de olhos em meio a uma fila de espera em todo o estado que chega a 800 pacientes. Entre 1998 a 2022, foram realizados 2.004 transplantes de córnea no hospital.

    No Centro-Oeste, o Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília, realiza transplantes de córnea e de rins e, em 2022, registrou o maior número de transplantes renais do Distrito Federal (DF). Dos 101 transplantes de rim realizados no DF ao longo do ano passado, 32 foram realizados no Hospital Universitário.  

    Já na Região Norte, o único hospital que realiza transplante de córnea por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) fica no Pará: o Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará, formado pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto e pelo Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. Entre 2011 e 2023, foram contabilizados 717 procedimentos.  

    Por fim, no Nordeste, o Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, é referência na região para transplante de fígado por meio do SUS. A equipe multidisciplinar é a segunda que mais realiza transplantes de fígado no país. Desde 2002, quando foi realizado o primeiro procedimento, até março de 2023, há registro de 1.398 transplantes realizados.

    Fonte: Agência Brasil

  • Infecções oculares por Herpes Simples têm tratamento

    Infecções oculares por Herpes Simples têm tratamento

    Segundo a publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, herpes simples é uma doença comum, pela qual pelo menos 99% da população adulta já foi contaminada em algum momento da infância ou adolescência e adquiriu imunidade ao vírus. A herpes simplex é causada pelo vírus herpesvírus (HSV) tipo 1 e tipo 2, o qual tem como principal característica o surgimento de pequenas bolhas na pele, que comumente aparecem nos lábios ou nas genitais.No caso da herpes ocular, doença que afeta os olhos, se trata de uma infecção causada pelo vírus herpes simples tipo 1, o mesmo que é responsável pelo herpes labial. Esse tipo de infecção pode ser transmitida pelo contato direto com mucosas e secreções de um portador da doença.Segundo o Dr. Renato Neves, oftalmologista e Diretor do Eye Care Hospital de Olhos, o vírus herpes simples é altamente contagioso e, além de poder ser transmitido por contato com uma pessoa infectada, há o contágio por meio de objetos contaminados. “A herpes ocular pode causar uma variedade de sintomas, felizmente, existem várias formas de tratamento disponíveis para ajudar a aliviar as manifestações e prevenir complicações”, avisa o especialista.Sintomas e tratamentosOs sintomas da herpes ocular, segundo o Dr. Renato Neves, podem variar dependendo da gravidade da infecção. O oftalmologista lista abaixo os sintomas mais comuns dessa doença:- Dor ou desconforto no olho afetado;- Sensação de corpo estranho no olho;- Vermelhidão ou irritação do olho;- Inchaço ao redor do olho;- Sensibilidade à luz;- Visão embaçada ou turva;- Secreção ocular;- Crostas nas pálpebras;- Úlceras ou feridas na superfície do olho.O tratamento para a doença pode variar dependendo da intensidade da infecção e dos sintomas apresentados, podendo incluir remédios específicos e em casos mais graves, pode ser necessário intervenção cirúrgica. “No entanto, o objetivo principal do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir complicações”, avisa o especialista, que explica com mais detalhes, alguns dos medicamentos utilizados no processo de recuperação:Antivirais: o aciclovir e o valaciclovir são fármacos que pertencem à classe dos antivirais e são frequentemente prescritos para tratar a herpes ocular. Eles podem ajudar a reduzir a gravidade da infecção e acelerar a cicatrização das feridas. O medicamento geralmente é administrado na forma de comprimidos, pomadas ou colírios.Corticosteroides: os corticosteroides são frequentemente prescritos para reduzir a inflamação associada à herpes ocular. Eles podem ajudar a reduzir a vermelhidão, o inchaço e a sensibilidade à luz. No entanto, o uso de corticosteroides deve ser cuidadosamente monitorado, pois eles podem aumentar o risco de complicações, como infecções secundárias.Tratamento cirúrgico: em casos graves de herpes ocular, pode ser necessária cirurgia para remover cicatrizes ou tecido danificado no olho. A cirurgia também pode ser usada para tratar complicações, como catarata ou glaucoma.PrevençãoUma medida importante para evitar o contágio é a prevenção. O Dr. Renato ressalta que se deve manter distância de contato direto com pessoas infectadas pelo vírus. “Se alguém tiver herpes oral, deve evitar tocar nos olhos ou na área ao redor dos olhos. Também é importante evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas e maquiagem”, alerta o oftalmologista.Caso apresente algum dos sintomas mencionados, o paciente deve buscar ajuda de um profissional capacitado. O tratamento precoce pode ajudar a prevenir complicações e reduzir a gravidade dos sintomas.

    Fonte: Agência Dino

  • Mais Médicos tem 99% de adesão de cidades contempladas em edital

    Mais Médicos tem 99% de adesão de cidades contempladas em edital

    O Ministério da Saúde informou que o Programa Mais Médicos alcançou a adesão de 99% dos municípios contemplados no último edital. O chamamento ofertou 6.252 vagas, incluindo mil postos para a Amazônia Legal. Dessas, 6.169 foram indicadas pelas cidades para preenchimento.  

    Das 2.074 regiões com vagas previstas, 2.028 enviaram documentação para a renovação do quadro de profissionais. O ministério informou, também, que 47% das vagas estavam destinadas a regiões de alta vulnerabilidade ou de extrema pobreza. 

    Dos municípios contemplados, apenas 31 não renovaram a adesão, enquanto 15 escolheram pelo quantitativo parcial de vagas estabelecidas. Com isso, 83 vagas ficaram sem preenchimento.  

    “Vale lembrar, contudo, que após a avaliação dos termos enviados pelos gestores locais, as vagas remanescentes serão destinadas para novas regiões”, informou o Ministério da Saúde. Na próxima fase, em um novo edital, será a vez dos médicos se inscreverem para a seleção. 

    Incentivos 

    Podem participar dos editais do Mais Médicos profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior e estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde. Médicos brasileiros formados no Brasil têm preferência na seleção. 

    Até o fim deste semestre, um segundo edital será publicado com 10 mil vagas oferecidas em formato que prevê a contrapartida dos gestores municipais. “Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e permanência nessas localidades”, destacou o ministério.

    Fonte: Agência Brasil

  • Prefeitura de São Paulo confirma primeira morte por dengue este ano

    Prefeitura de São Paulo confirma primeira morte por dengue este ano

    A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo comunicou hoje (27) a primeira morte por dengue na capital paulista este ano. A paciente era uma mulher de 47 anos de idade, moradora da região de Casa Verde/Cachoeirinha, zona norte. Ela apresentava comorbidades. A mulher começou a manifestar sintomas da doença em 16 de janeiro e faleceu oito dias depois, no dia 24.

    O caso estava sob investigação epidemiológica e teve a confirmação nesta quinta-feira. Atualmente, outros 11 óbitos têm causa apurada pela pasta.

    Conforme detalhou a secretaria, em nota, quando há um caso suspeito de dengue são analisados exames laboratoriais, relatórios clínicos, aspectos epidemiológicos e o atestado de óbito. O procedimento segue orientações do Ministério da Saúde.

    Discussão

    Caso as equipes também julguem necessário, podem, adicionalmente, realizar entrevistas com familiares e outras pessoas do círculo social dos pacientes para levantar informações. Depois disso, o caso é discutido entre a equipe de epidemiologistas da SMS e da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que chegam a uma conclusão sobre a causa de morte.

    Desde o início do ano, foram feitas 1.762.069 ações de combate ao mosquitoAedes aegyptina capital, de acordo com a secretaria. Ao todo, houve 360.156 visitas residenciais, além de 15.484 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.351.991 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações a fim de conter a reprodução do mosquito transmissor da doença.

    Neste mês, a prefeitura também iniciou a instalação de 20 mil armadilhas de auto-disseminação de larvicidas, priorizando regiões com maior incidência de casos de dengue, como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Mais da metade já foi instalada.

    Caso um morador deseje solicitar uma vistoria, pode fazer o pedido pelo telefone 156 – serviço “Pernilongo/Mosquito – Solicitar vistoria em local infestado”. Outro canal é o site de serviços da prefeitura :

    Fonte: Agência Brasil

  • Aneurismas cerebrais: prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas

    Aneurismas cerebrais: prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas

    Os aneurismas cerebrais são uma importante questão de saúde em todo o mundo, afetando 3,2% da população sem comorbidades. Eles se caracterizam por dilatações ou lobulações nas paredes das artérias intracranianas, e a maioria deles não apresenta sintomas até que ocorra a ruptura e o sangramento, momento em que se manifestam pela hemorragia subaracnoide (HSA), uma emergência médica grave.

    Diante desse cenário, a prevenção e o diagnóstico precoces são fundamentais, pois um tratamento eficaz pode evitar complicações graves, como sequelas ou mesmo a morte. Nesse sentido, é importante conhecer os fatores de risco, os sinais de alerta e as opções de tratamento disponíveis.

    Para o neurocirurgião Marcelo Chioato, da Rede Mater Dei Santa Genoveva, como a taxa de mortalidade é muito alta, chegando a 50%, é muito importante que a população seja esclarecida sobre a doença. “Lembramos de casos emblemáticos que comoveram os brasileiros, como quando aconteceu com o ator que dava vida ao Louro José, que faleceu sem chance de tratamento”, recorda o médico.

    Fatores de risco e prevenção

    Embora seja raro que um aneurisma cerebral seja congênito, algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para desenvolvê-lo. No entanto, a maior parte dos casos ocorre por conta de pressão alta sem tratamento, que pode enfraquecer a parede dos vasos. Outros fatores de risco incluem o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e drogas ilícitas, além do envelhecimento. “É importante lembrar que a prevenção é a melhor forma de evitar complicações graves. Para isso, é fundamental manter uma alimentação saudável, controlar o peso, praticar exercícios físicos regularmente, controlar a pressão arterial, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool e drogas”, recomenda o Chioato.

    Sinais de alerta e diagnóstico

    Como mencionado, a maioria dos aneurismas cerebrais não apresenta sintomas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. No entanto, em alguns casos, pode haver dores de cabeça intensas e repentinas, náuseas e vômitos, visão dupla ou embaçada, fotofobia, rigidez na nuca e perda de consciência. “Claro que o paciente não vai correr para o hospital a cada enxaqueca. A dor é muito específica, a pior que a pessoa já sentiu, totalmente fora dos padrões. Aí sim tem que procurar atendimento hospitalar de urgência”, diz o médico.

    Chioato reforça que o trabalho da equipe médica ao receber o paciente no hospital é o que faz toda diferença no sucesso do tratamento. “Os profissionais têm que estar preparados para fazer o diagnóstico e encaminhar o paciente a exames mais complexos, como a tomografia, e interná-lo na UTI para tomar as providências. Essa é a virada de jogo que definir a recuperação do paciente”, explica. “Por isso a importância de uma boa equipe”.

    O diagnóstico de aneurisma cerebral é feito por meio de exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e angiografia cerebral. Esta última é considerada o exame padrão-ouro para o diagnóstico de aneurismas cerebrais, pois permite uma visualização detalhada dos vasos sanguíneos do cérebro.

    Tratamento

    O tratamento do aneurisma cerebral depende de vários fatores, como tamanho, localização, forma, idade e saúde geral do paciente. O objetivo é excluir o aneurisma da circulação sanguínea, evitando, assim, a HSA.

    Existem dois tipos principais de tratamento: o tratamento endovascular e o tratamento cirúrgico. O tratamento endovascular envolve a colocação de um stent (tubo metálico) dentro do aneurisma para interromper o fluxo sanguíneo e prevenir a ruptura. Esse tipo de tratamento é realizado por meio de um cateter que é inserido em uma artéria na virilha e navegado até o aneurisma, onde implanta-se o stent. Essa modalidade é menos invasiva porém ainda é pouco acessível e não está disponível no Sistema Único de Saúde ou possui cobertura de convênios médicos.

    O tratamento mais clássico, criado na década de 70 e que vem evoluindo muito bem até hoje, é a microcirurgia. É muito efetiva porque é feito um clampeamento do aneurisma por fora, preservando a artéria, então o paciente realmente fica curado. “Quando feita nos grandes centros com equipe qualificada e cirurgiões experientes, como ocorre em nosso hospital, a cirurgia tem alto índice de sucesso”, explica o Dr. Chioato

    Em geral, o paciente estará recuperado após 21 dias da cirurgia. E recomenda-se uma consulta pós-cirúrgica decorridos 6 meses do procedimento. O aneurisma pode deixar sequelas, que variam de acordo com o grau da hemorragia. Em graus mais leves, de 1 a 3, podem não haver sequelas, ou hemi paralisia, algum comprometimento cognitivo etc. Nos graus 4 e 5, as sequelas se agravam, podendo chegar ao óbito.

    Fonte: Agência Dino

  • Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem no país

    Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem no país

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou hoje (27) o Boletim InfoGripe, que indica aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Das 27 unidades federativas, 19 têm sinal de crescimento no longo prazo (últimas 6 semanas até 15 de abril). São elas: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

    Na análise por faixa etária, o aumento de casos nas crianças é influenciado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Entre os adultos, a predominância é da covid-19, mas a Fiocruz destaca o peso de outras ocorrências causadas pelos vírus influenza A e B. A instituição afirma que os dados do boletim reforçam a importância de a população aderir em maior número à vacinação contra a covid-19 e a gripe.

    Capitais

    O estudo também indica que 17 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento da SRAG na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).

    Ao analisar as quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais tipos de vírus respiratórios identificados foram: Sars-CoV-2/Covid-19 (68,6%), influenza A (12,6%), vírus sincicial respiratório (10,9%) e influenza B (7,9%). Entre os óbitos, a presença dos vírus foi 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para VSR e 75,0% para Sars-CoV-2 (covid-19).

    Óbitos

    A Fiocruz registrou 2.678 óbitos relacionados aos casos de SRAG em 2023. Destes, 1.572 (58,7%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 (36,0%) negativos e 67 (2,5%) ainda aguardam confirmação. Dos resultados positivos, 85,6% são Sars-CoV-2 (covid-19), 4,5% são VSR, 4,3% são influenza A e 2,9% são influenza B.

    Fonte: Agência Brasil

  • Vacina BCG não protege profissional de saúde de covid-19, diz estudo

    Vacina BCG não protege profissional de saúde de covid-19, diz estudo

    Estudo internacional conduzido em diversos países – incluindo o Brasil – concluiu que a vacina BCG, usada para combater a tuberculose, não protege profissionais de saúde contra a covid-19. Os resultados foram publicados no periódico The New England Journal of Medicine. No Brasil, a pesquisa foi conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

    O estudo envolveu 3.988 profissionais de saúde recrutados em um total de 36 localidades. Os resultados mostram que o risco de desenvolver um quadro sintomático de covid-19 no grupo que recebeu a BCG, seis meses depois, foi de 14,7%, contra 12,3% entre os profissionais de saúde que receberam placebo.  

    Em nota, a Fiocruz informou ainda que a pesquisa não conseguiu determinar se o imunizante reduziu hospitalizações e óbitos em razão do baixo número de participantes que desenvolveu quadros graves de covid-19. Profissionais de saúde foram priorizados na vacinação contra a covid-19 e as doses reduzem casos graves e mortes. 

    Uma pesquisa anterior havia demonstrado que a BCG aumentaria a imunidade inata (que nasce com a pessoa) em crianças e protegeria adolescentes e adultos de infecções respiratórias. “Esperava-se que a vacina pudesse ser reposicionada temporariamente até que vacinas específicas para a doença pudessem ser desenvolvidas e testadas”, destacou a Fiocruz. 

    Segundo os pesquisadores, a análise dos dados segue em andamento, com resultados adicionais sobre os efeitos da BCG previstos para o final do ano – incluindo o impacto da vacina em outras infecções, como doenças respiratórias, e nas respostas a doses específicas contra a covid-19.  

    “A equipe de pesquisa usa também as amostras de sangue dos participantes para tentar descobrir biomarcas para o risco de covid-19”, destacou a Fiocruz. 

    Fonte: Agência Brasil