Categoria: Saúde

  • InfoGripe: novos casos semanais de SRAG ainda preocupam

    InfoGripe: novos casos semanais de SRAG ainda preocupam

    A nova edição do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgada hoje (2) mostra que, segundo os números da semana epidemiológica 25 (20 a 26 de junho), apenas Mato Grosso apresentou sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo.

    Dentre os demais estados, 17 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. Há sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo no Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Piauí, Rondônia e Sergipe.

    No entanto, aponta a Fiocruz, o número de novos casos semanais de SRAG continua sendo motivo de preocupação. Todos os estados têm ao menos parte do seu território em nível alto, sendo que 22 deles e o Distrito Federal apresentam macrorregiões de saúde em nível considerado muito elevado.

    Apenas duas macrorregiões do país têm incidência de casos nos níveis pré-pandemia. São elas o litoral do Piauí e o Sul no Espírito Santo. Entretanto, o boletim salienta que há subnotificações de casos de SRAG.

    Entre as 27 capitais, apenas Belém, Boa Vista e Vitória integram macrorregiões de níveis altos. As demais estão em níveis muito alto ou extremamente alto.

    De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim, os valores semanais continuam elevados. É o que revela o indicador de transmissão comunitária, tornando mais uma vez clara a necessidade de manutenção de medidas de contenção da transmissão.

    Em função disso, Gomes reforçou a recomendação de cautela em relação à flexibilização das medidas de distanciamento social para redução da transmissão da covid-19 enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos.

    Fonte: EBC

  • A uma semana do fim, vacinação contra a gripe atinge 44,7% do público prioritário no Paraná

    A uma semana do fim, vacinação contra a gripe atinge 44,7% do público prioritário no Paraná

    Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), consultados na manhã desta sexta-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde, apontam que os municípios do Paraná já aplicaram 2.057.050 vacinas contra a gripe, atingindo 44,7% da população alvo estimada pelo Ministério da Saúde, de 4.479.320 paranaenses. A campanha de vacinação contra a doença começou no dia 12 de abril e deve seguir até 9 de julho.

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    A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orientou, na última semana, a abertura da vacinação contra a gripe para toda a população acima de seis meses de idade, independente de condições pré-existentes como comorbidades, deficiências ou categorias profissionais, mas os dados sobre público geral não entra no sistema. O Ministério da Saúde destinou quase 4 milhões de vacinas para o Estado e deve enviar mais um quantitativo nos próximos dias.

    “Não podemos deixar vacinas estocadas nos postos de saúde. A imunização contra a Influenza é necessária para proteger contra as Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGS) e também para auxiliar no diagnóstico da Covid-19”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

    Segundo ele, as equipes municipais devem realizar ações direcionadas para abranger o maior número de pessoas na campanha, também aos finais de semana e em horários alternativos. “Além da busca ativa, os municípios podem fazer vacinação extramuro, que tem por objetivo alcançar pessoas que na maioria das vezes não têm disponibilidade para ir até uma unidade de saúde”, acrescentou.

    A meta vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde é de que ao menos 90% da população alvo tome a vacina. Dentre os grupos prioritários convocados ao longo da campanha, apenas o indígena atingiu a meta de imunização, com 90,1% de cobertura. Em seguida, com mais de 50%, estão os grupos de crianças de seis meses a menores de seis anos, com 66,2%, puérperas (58,5%), gestantes (57,3%), trabalhadores de saúde (56,4%) e idosos (55,2%).

    Fonte: Secom Paraná

  • Serrana: vacina faz cair em 95% as mortes e em 80% os casos de covid

    Serrana: vacina faz cair em 95% as mortes e em 80% os casos de covid

    A imunização de toda a população adulta do município de Serrana, no interior paulista, com a vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, fez os casos sintomáticos de covid-19 caírem 80%, as internações, 86%, e as mortes, em 95% após a segunda vacinação do último grupo.

    Essa é a principal conclusão do Projeto S, estudo clínico de efetividade inédito no mundo realizado pelo Instituto Butantan na cidade. A redução foi constatada por meio da comparação dos dados desde o início do projeto até completar a vacinação de todos os grupos com o restante do trimestre avaliado (fevereiro, março e abril de 2021).

    Os resultados também mostraram que a vacinação protege tanto os adultos que receberam as duas doses do imunizante quanto as crianças e adolescentes com menos de 18 anos, que não foram vacinados, explica o diretor do estudo e de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Ricardo Palacios. “A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”.

    Cinturão imunológico

    Outra conclusão do estudo é a avaliação da incidência da doença em Serrana na comparação com as cidades vizinhas. Serrana tem cerca de 10 mil moradores que trabalham diariamente em Ribeirão Preto, cidade distante a 24 km. Enquanto Ribeirão Preto e outras cidades da região vêm apresentando alta nos casos de covid-19, Serrana manteve taxas de incidência baixas devido à vacinação. Além da queda das infecções, os moradores que transitam em outras cidades não trouxeram incremento relevante nos casos. O Projeto S criou um “cinturão imunológico” em Serrana, uma barreira coletiva contra o vírus, reduzindo drasticamente a transmissão no município.

    “As importantes conclusões do estudo poderão embasar as estratégias de imunização no Brasil e no mundo, e oferecem uma esperança do controle da pandemia com vacinas como a CoronaVac”, afirma o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. “Não precisamos criar ilhas para atingir a imunidade da população”, complementa Ricardo Palacios. “Nós conseguimos satisfazer a vontade das pessoas de retomarem suas vidas quando a vacina é ofertada. Isso nos gera uma luz de esperança”.

    Pesquisa pioneira

    A pesquisa, pioneira no mundo, foi desenvolvida pelo Instituto Butantan, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.  O estudo foi realizado em parceria com a Secretaria de Saúde e a Prefeitura Municipal de Serrana. O objetivo do projeto é entender qual a efetividade da CoronaVac, ou seja, como a imunização de uma parte da população pode afetar o curso da epidemia. Na prática, entender como a vacina se comporta no mundo real.

    O método utilizado para o ensaio clínico é chamado de implementação escalonada por conglomerados (stepped-wedge trial). Serrana foi dividida em 25 áreas, formando quatro grupos: verde, amarelo, cinza e azul, que receberam o imunizante seguindo esta ordem. A vacina foi ofertada a todos os maiores de 18 anos elegíveis para o estudo nestas áreas, de forma sequencial, em quatro etapas.

    Entre 17 de fevereiro e abril deste ano, ao longo de oito semanas, cerca de 27 mil moradores do município receberam o esquema vacinal completo: duas doses da CoronaVac com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda. Isso representou uma cobertura próxima a 95% da população adulta, segundo censo de saúde feito previamente pelo Instituto Butantan.

    Proteção para os não vacinados

    O método de escalonamento permitiu avaliar e comparar as quatro áreas vacinadas, explicou Ricardo Palacios. “Percebemos que os fenômenos observados não acontecem aleatoriamente, mas se repetem nos quatro grupos em momentos diferentes”, afirma. “O resultado mais importante foi entender que podemos controlar a pandemia mesmo sem vacinar toda a população. Quando atingida a cobertura de 70% a 75%, a queda na incidência foi percebida até no grupo que ainda não tinha completado o esquema vacinal”, afirma o diretor do estudo.

    “A vacina é segura, eficaz, eficiente, de altíssima qualidade, e contribui para prevenir o desenvolvimento da doença, complicações e óbitos entre os infectados. Agora também sabemos que ela provoca efeito benéfico em uma população inteira, protegendo tanto os vacinados quanto os não vacinados e reduzindo a circulação viral de forma expressiva”, conclui Dimas Covas.

    Intervalos de confiança dos índices de redução

    Casos sintomáticos

    – Queda de 80% (Intervalo de Confiança 76,9% – 82,7%)

    Internações

    – Queda de 86% (Intervalo de Confiança 74,1% – 92,3%)

    Mortes

    – Queda de 95% (Intervalo de Confiança 62,7% – 99,3%)

    Fonte: EBC

  • Internações por covid-19 tem queda significativa no Rio de Janeiro

    Internações por covid-19 tem queda significativa no Rio de Janeiro

    As internações por covid-19 na cidade do Rio de Janeiro tiveram uma queda expressiva e há três semanas não há fila de espera por um leito. A taxa de ocupação dos leitos de covid-19 caíram de 96% para 77% e a redução no número de pacientes internados foi de 27,5%. Os dados foram divulgados hoje (2), durante a apresentação do boletim epidemiológico da prefeitura.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o atendimento por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na rede de urgência e emergência da cidade está com estabilidade e tendência a leve queda, apresentando redução no número de casos confirmados de covid-19 nas últimas cinco semanas e de óbito em dez semanas, com uma redução de 44% nas mortes causadas pelo novo coronavírus em junho, na comparação com maio.

    A proporção de pessoas internados por faixa etária segue a tendência de diminuição no número de idosos e avança à medida que os grupos são vacinados. No momento, a maior parte das internações está na faixa de 40 a 59 anos.

    Apesar da melhora nos indicadores, com apenas 18 internações por covid-19 registradas ontem (1º), o secretário, Daniel Soranz, alerta que a cidade ainda está com alta transmissão da doença, tendo o inverno como fator de agravamento no quadro, e ainda não é possível retirar as medidas restritivas e preventivas.

    “É preciso ter cautela, porque ainda temos um nível de transmissão muito alto na cidade. É muito importante que as pessoas vejam que é uma boa notícia, as vacinas estão funcionando. Mas é o momento de segurar, de usar máscara, evitar se aglomerar, evitar qualquer tipo de exposição desnecessária, porque ainda temos muitos casos de covid-19 circulando na cidade”.

    O mapa de risco apresenta melhoria depois de seis semanas estáveis no risco alto. Agora, cinco das 33 áreas avançaram para o risco moderado de transmissão: zona portuária, Penha, Ilha do Governador, Santa Teresa e Vigário Geral. Porém, o decreto com as medidas restritivas teve a validade prorrogada até o dia 12 de julho.

    Permanece suspenso o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança, assim como a realização de festas que necessitem de autorização transitória, em áreas públicas e particulares. As academias de ginástica, bares, lanchonetes, restaurantes, shoppings, centros comerciais, galerias de lojas, museus, bibliotecas, cinemas, teatros, casa de festas, recreação infantil, parque de diversões e espaços turísticos devem atender as regras de ocupação máxima e distanciamento mínimo.

    Vacinação

    O município já aplicou mais de 4 milhões de doses da vacina contra a covid-19, sendo que 3.044.075 de pessoas receberam a primeira dose e mais de 1 milhão completaram o esquema vacinal. A vacina Janssen, de dose única, foi aplicada em 47.295 e outras 980.617 já receberam as duas doses da Coronavac ou da AstraZeneca/Fiocruz, cobrindo 19,5% da população acima de 18 anos com a imunização completa.

    Segundo Soranz, a vacinação com a primeira dose já cobriu 94% da população de 50 a 59 anos e 90% de 40 a 49 anos, faixa que será completada na semana que vem. De acordo com o secretário, o calendário pode ser acelerado de acordo com as doses recebidas do Ministério da Saúde.

    “Em junho, aplicamos mais que o dobro de vacinas do que no mês de março. F foram 854 mil doses. O aumento de doses recebidas e aplicadas foi o que, de fato, gerou o aumento na velocidade do calendário. Recebemos 154 mil doses a mais do que estava programado.Temos uma capacidade operacional de aplicação muito superior do que a quantidade de doses que estamos recebendo. É claro que, com mais doses, poderíamos avançar ainda mais nesse calendário.”

    O calendário prevê, para a semana que vem, a vacinação das pessoas de 42 a 40 anos. Na segunda-feira (5) devem ir aos postos as mulheres de 42 anos e na terça-feira (6) os homens dessa idade. A quarta-feira (7) foi reservada para a faixa de 41 anos, sendo mulheres pela manhã e homens à tarde.

    Na quinta-feira (8) será a vez das mulheres de 40 anos, na sexta-feira (9) dos homens dessa idade e no sábado, a repescagem para todas as pessoas com 40 anos ou mais.

    Repescagem

    A prefeitura alerta que os dias de repescagem – para quem perdeu o seu dia de tomar a primeira dose – vão começar a ficar menos frequentes. Amanhã (3) e no dia 6 poderão comparecer aos postos as gestantes, puérperas e lactantes. Na semana de 12 a 17 de julho serão imunizados as pessoas de 39 a 37.

    Ao todo, 89.865 não tomaram a segunda dose na data correta, o que corresponde a 4% do total. A partir da próxima semana começa a ser aplicada a segunda dose da AstraZeneca/Fiocruz, vacina que teve a aplicação iniciada há 12 semanas. A prefeitura espera cobrir, nos próximos 15 dias, o esquema vacinal de todos os maiores de 60 anos.

    O secretário de Saúde informa que, com o avanço do calendário, a prefeitura estuda a possibilidade de vacinar os adolescentes de 12 a 17 anos ainda em agosto, a depender do envio de doses. Sobre a possibilidade de se aplicar uma terceira dose nos idosos, que foram vacinados primeiro e estudos indicam que a efetividade da vacina neles pode ser menor, o secretário afirma que a discussão está ocorrendo no mundo todo e o Rio de Janeiro tratará do assunto após completar a imunização de toda a população adulta e adolescente.

    Fonte: EBC

  • Vacina: Repescagem para pessoas entre 42 e 46 anos acontece hoje em SP

    Vacina: Repescagem para pessoas entre 42 e 46 anos acontece hoje em SP

    Esta sexta-feira (2) é o dia para imunizar pessoas entre 42 e 46 anos que perderam o dia de vacinação contra a covid-19. Para a vacinação, estão abertas as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e 82 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs/UBSs) Integradas. Já no sábado (3), as 82 AMAs/UBSs Integradas irão aplicar exclusivamente a segunda dose da vacina anticovid-19.

    De segunda-feira (5) a quarta-feira (7) da próxima semana, a capital vai vacinar a população de 41 anos, estimada em 132 mil pessoas. O município que fizer parte dos públicos elegíveis abertos anteriormente também poderá se vacinar.

    Todas as vacinas disponíveis foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pela Organização Mundial da Saúde e são eficazes e seguras contra a covid-19. Não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico.

    Documentos necessários e pré-cadastro

    Para garantir as doses à população do município de São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde reforça a obrigatoriedade de o cidadão apresentar no ato da vacinação um comprovante de residência na capital, juntamente com os documentos pessoais, preferencialmente Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se não houver no próprio nome do município, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil, como Registro Geral (RG), certidões de nascimento, de casamento ou escritura de união estável.

    Vale lembrar que o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.

    O calendário atualizado de vacinação da gestão municipal, os públicos elegíveis no momento e a lista completa de postos abertos na capital, podem ser conferidas na página Vacina Sampa.

    Fonte: EBC

  • Pandemia: profissionais de saúde negras sofrem mais com desigualdades

    Pandemia: profissionais de saúde negras sofrem mais com desigualdades

    Há 15 meses atuando na linha de frente da covid-19, profissionais de saúde no Brasil ainda se sentem despreparados para lidar com a pandemia, mostra estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre as mulheres, 72,2% das entrevistadas disseram não ter informações suficientes para trabalhar. Essa condição atinge 61,1% dos homens. Para profissionais negras, o percentual é ainda maior e chega a 78,22%. Os pesquisadores destacam que os indicadores de sensação de despreparo refletem os dados sobre quem recebeu mais treinamento, orientações ou recursos.

    “Essas desigualdades têm marcas de gênero e de raça. As mulheres estão em situação pior e essa diferença vem aumentando em relação aos homens ao longo do tempo [da pandemia]”, diz Gabriela Lotta, uma das pesquisadoras responsáveis pelo trabalho. O relatório foi produzido com dados de uma enquete online, com 1.829 profissionais de saúde, entre os dias 1º e 20 de março deste ano.

    Esta é a quarta rodada da pesquisa e faz parte de uma série realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB-FGV), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Rede Covid-19 Humanidades. A proposta é compreender as percepções dos profissionais que atuam na linha de frente da pandemia sobre as condições de trabalho nesse período

    Sobre o recebimento de equipamentos, treinamento e testagem, também observam-se disparidades. Enquanto 57,93% dos homens brancos disseram ter recebido equipamentos de forma contínua, o percentual cai para 38,12% entre os homens negros. Em relação ao treinamento, 43,9% dos homens brancos relataram ter recebido, e as mulheres negras foram as que menos receberam, com 20,94%. A testagem de forma contínua foi citada por 22,5% dos homens brancos e 11,5% das mulheres negras.

    “A gente achava que ao longo do tempo essas desigualdades fossem amenizadas, mas, pelo contrário, elas foram se acentuando”, afirma a pesquisadora. Gabriela explica que a análise por gênero e raça se mostrou fundamental ao longo do trabalho. “Nas outras etapas ficou cada vez mais evidente que embora a pandemia afetasse a todas as pessoas, e especialmente os profissionais de saúde, ela atingia de maneira diferente mulheres e homens, especialmente as questões de raça.”

    A desigualdade aparece também nas áreas de saúde mental e divisão do trabalho doméstico. Para 67,3% dos homens entrevistados, a saúde mental teve impacto durante a pandemia. Entre as mulheres, o índice chega a 83,7%. Mais da metade das profissionais de saúde disseram dedicar mais de 14 horas por semana às tarefas domésticas, contra 39% dos homens.

    Em termos comparativos das etapas do levantamento Gabriela mostra que, no geral, os indicadores se mantiveram ruins. “O sentimento de despreparo diminuiu um pouco, o acesso a equipamentos de proteção individual aumentou, o acesso à testagem aumentou, o suporte e orientação aumentaram mas outros indicadores se mantiveram muito ruins o tempo inteiro.”

    Gabriela chama atenção para o esgotamento dos profissionais de saúde. “Estamos com alto percentual de adoecimento, mortalidade muito alta também, especialmente antes da vacinação, profissionais que estão com a saúde mental abalada e precisam continuar cuidando dos pacientes. Eles não estão tendo descanso, não têm férias, não têm licença e estão no limite.”

    A pesquisadora destaca a necessidade de políticas que observem as desigualdades estruturais. “Essas políticas deveriam ser para todos os profissionais, elas precisariam ter um olhar muito cuidadoso, pois o estudo revela os reflexos também dessa desigualdade estrutural de gênero na sociedade. Para ela, as políticas sempre devem ter um olhar diferenciado para homens e mulheres, porque “se elas tratam todo mundo igual, a gente está só reproduzindo desigualdades.”

    Fonte: EBC

  • Cidade do Rio antecipa calendário de vacinação contra a covid-19

    Cidade do Rio antecipa calendário de vacinação contra a covid-19

    A Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro antecipará, ao longo das duas próximas semanas, o calendário de vacinação da primeira dose da vacina contra a covid-19. Serão vacinadas na capital fluminense pessoas de 42 a 37 anos, seguindo o escalonamento etário. As datas foram definidas com base na previsão de chegada de novas doses.

    “Bora acelerar! Calendário das próximas duas semanas na cidade do Rio! As pessoas de 37 anos estavam previstas para 4 de agosto pelo calendário anterior. Aqui chegou vacina, a gente manda no braço!”, escreveu o prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Twitter.

    Na próxima segunda-feira (5), será a vez das mulheres de 42 anos e, na terça-feira (6), os homens de 42 anos. Na quarta-feira (7), serão vacinadas as mulheres de 41 anos pela manhã e os homens de 41 anos à tarde. Na quinta-feira (8), serão imunizadas mulheres de 40 anos, e, na sexta-feira (9), os homens de 40 anos. No sábado (10), ocorrerá a repescagem para quem tem mais de 40 anos.

    Na semana entre os dias 12 e 17 de julho, serão imunizados os que têm entre 39 e 37 anos.

    Segundo a prefeitura, a cidade do Rio passou da marca de 1 milhão de cariocas com o esquema vacinal completo, ou seja, que já receberam as duas doses ou a aplicação única da vacina contra a covid-19. Além disso, 3 milhões já foram imunizados com a primeira dose.

    Bora acelerar! Calendário das próximas duas semanas na cidade do Rio! As pessoas de 37 anos estavam previstas para 4 de agosto pelo calendário anterior. Aqui chegou vacina, a gente manda no braço! #boravacinar pic.twitter.com/c8iZcItMrm

    — Eduardo Paes (@eduardopaes) July 1, 2021

    Fonte: EBC

  • SP: Vacinação para 43 e 42 anos continua nesta quinta-feira

    SP: Vacinação para 43 e 42 anos continua nesta quinta-feira

    A cidade de São Paulo continua a imunizar pessoas com 42 e 43 anos contra a covid-19 nesta quinta-feira (1º). O público estimado desta faixa etária é de aproximadamente 266 mil moradores da capital.

    Na sexta-feira (2) haverá uma repescagem do público de 42 a 46 anos. Então, aqueles que ainda não tiverem se vacinado, podem procurar qualquer uma das 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.

    No sábado (3) as 82 UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais Integradas irão aplicar exclusivamente a segunda dose da vacina anticovid-19.

    De segunda-feira (5) a quarta-feira (7), da próxima semana, a capital abrirá a vacinação para a população de 41 anos, estimada em 132 mil pessoas.  Quem fizer parte dos públicos elegíveis abertos anteriormente também poderá se vacinar.

    O governo municipal ressalta que todas as vacinas disponíveis foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pela Organização Mundial da Saúde e são eficazes e seguras contra a covid-19. Não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico.

    Documentos necessários e pré-cadastro

    Para garantir as doses à população do município de São Paulo, é obrigatório o cidadão apresentar no ato da vacinação um comprovante de residência na capital, juntamente com os documentos pessoais, preferencialmente Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se não houver no próprio nome do município, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil, como Registro Geral (RG), certidões de nascimento, de casamento ou escritura de união estável.

    O preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.

    A lista completa de postos pode ser encontrada no Vacina Sampa.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: Brasil tem 43 mil casos e 2 mil mortes nas últimas 24 horas

    Covid-19: Brasil tem 43 mil casos e 2 mil mortes nas últimas 24 horas

    O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 43.836 novos casos de covid-19 e 2.081 mortes, segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. No total, o país tem, desde o início da pandemia, 18.557.141 casos da doença e 518.066 mortes.

    O número de recuperados de covid-19 é de 16.858.632 e o número de casos que ainda estão em acompanhamento, 1.180.443.

    São Paulo é a unidade da Federação que concentra o maior número de casos e de mortes, com 3.727.348 e 128.681, respectivamente. Em relação ao número de casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (1.803.748) e Paraná. A menor quantidade de casos ocorre em Acre (85.566), Roraima (112.133) e Amapá (117.188).

    Em relação ao número de mortes, a vice-liderança é do Rio de Janeiro (55.470) seguido por Minas Gerais (46.242). Os estados com menor número de óbitos são Acre (1.738), Roraima (1.745) e Amapá (1.835).

    Fonte: EBC

  • Brasil chega à marca de 100 milhões de doses de vacina aplicadas

    Brasil chega à marca de 100 milhões de doses de vacina aplicadas

    Segundo dados oficiais do vacinômetro – ferramenta de dados do Ministério da Saúde que acompanha o ritmo de vacinação no Brasil – o país ultrapassou hoje (30) a marca de 100 milhões de doses aplicadas.

    Em redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou a marca.

    #URGENTE ????????| ULTRAPASSAMOS 100 milhões de doses aplicadas no braço dos brasileiros. ???????????? Já são 135 milhões de doses de vacinas distribuídas a todos os estados e o DF, o que nos torna o 4º país que mais vacinou no ???? com pelo menos uma dose da vacina #Covid19. ???????????????????????? pic.twitter.com/TDlciuEJOM

    — Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) June 30, 2021

    O Brasil é o 4º país do mundo em número absoluto de doses aplicadas. Segundo o vacinômetro, o país registra 135.060.376 doses distribuídas para os estados, com 101.476.804 doses tendo sido aplicadas. Destas, 74,3 milhões são relativos à primeira dose, enquanto 27,1 milhões correspondem à segunda dose ou dose única (no caso da vacina Janssen).

    De acordo com o vacinômetro, 2,2 milhões de doses foram aplicadas apenas em 24 horas – ritmo acima das expectativas do ministro Marcelo Queiroga.

    Os dados do Ministério da Saúde mostram que a região Sudeste – a mais populosa do Brasil – foi a que mais vacinou, com 40,8 milhões de doses aplicadas. Nordeste está em segundo, com 22,6 milhões de doses. Sul, Centro-Oeste e Norte seguem nas respectivas posições.

    A vacina mais aplicada no Brasil é a Butantan Sinovac, que equivale à CoronaVac. Em segundo lugar está a vacina AstraZeneca, que é envasada pela Fiocruz e que deverá passar a ter fabricação nacional até 2022. A vacina ComiRNAty, da Pfizer/BioNTech, segue em terceiro. A vacina da Janssen está em quarto lugar, já que ainda não teve grande volume de entrega e é restrita, no momento, para grupos específicos.

    Queda em ocupação de UTIs

    Hoje, o estado de São Paulo registrou, pela primeira vez nos últimos três meses, uma taxa de ocupação de leitos de UTIs abaixo de 75%. Em todo o estado, a taxa está hoje em 74,8%, enquanto na Grande São Paulo está em 68,9%.

    Fonte: EBC