Categoria: Saúde

  • Especialistas recomendam vacinas contra doenças mais comuns no inverno

    Especialistas recomendam vacinas contra doenças mais comuns no inverno

    O efeito do clima frio e seco nas mucosas do sistema respiratório e a convivência em ambientes mais fechados estão entre as razões que fazem do inverno um período mais propício para doenças de transmissão respiratória. Além de se agasalhar, usar máscara e redobrar os cuidados de higiene, especialistas ouvidos pela Agência Brasil recomendam vacinas já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas privadas para reforçar as defesas do organismo.

    A lista de enfermidades que se propagam na estação mais fria do ano vai desde as tradicionais gripes, causadas pelo vírus Influenza, até a covid-19, contra a qual todo o grupo de risco já pode se vacinar. Há ainda as infecções bacterianas, que causam doenças como a meningite e a pneumonia.

    Influenza

    As vacinas contra o vírus Influenza estão disponíveis no SUS e em clínicas privadas. Na rede pública, a vacina protege contra três tipos do vírus: duas cepas do tipo A e um dos tipos de Influenza B. Já na rede privada, a vacina é quadrivalente, por proteger também contra um segundo tipo B do Influenza.

    Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina contra a gripe é recomendada para toda pessoa a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença. No SUS, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe está na terceira etapa, com foco em nove públicos alvos LINK 1 .

    Nas duas primeiras etapas da campanha nacional, foram vacinados pessoas acima dos 60 anos de idade, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto); povos indígenas e trabalhadores da saúde. As pessoas que ainda não se vacinaram podem ir a um posto de saúde.

    Covid-19

    Como a campanha de vacinação contra a gripe ocorre ao mesmo tempo que a imunização contra a covid-19, a orientação do Ministério da Saúde é priorizar a vacina contra a covid-19 e só receber a dose do imunizante contra o Influenza 14 dias depois de vacinado contra a covid-19.

    A diretora da Regional Espírito Santo da SBIm, Ana Paula Burian, lembra que tanto a gripe quanto a covid-19 são mais facilmente transmitidas em ambientes fechados e sem o uso de máscara. Sobre a covid-19, ela destaca que as medidas de prevenção não podem ser suspensas com a vacinação.

    “O CDC [Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos] recomenda quatro passos para evitar a covid-19: uso de máscara, distanciamento, hábitos de higiene e vacina. Um único mecanismo desses não é suficiente para proteger ninguém contra a covid”, alerta. “É importante que, tomando ou não a vacina, e o ideal é que todos tomem as duas doses, mantenha o uso de máscara, o distanciamento social e a higiene das mãos”.

    A diretora da SBIm explica que, como o mundo vive uma pandemia, não é possível atribuir uma sazonalidade à covid-19, já que sua incidência se dá em todos os locais e em todas as épocas do ano. Mesmo assim, o agravamento da pandemia no último inverno do Hemisfério Norte e os hábitos da população diante do frio preocupam e requerem uma vacinação mais rápida e com ampla adesão da população.

    “Em lugares muito frios, as pessoas tendem a se reunir em ambientes pequenos e fechados para se aquecer e acabam se alimentando nesse ambiente. Se eu estou em um restaurante em que todo mundo tira a máscara, e está tudo fechado porque está frio, a chance de disseminar a doença ali é maior”, disse.

    Meningite e pneumonia

    Ambientes fechados também podem facilitar a circulação de bactérias que causam doenças graves como a meningite e a pneumonia. Infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, Lessandra Michelin explica que, além do comportamento das pessoas no frio, o próprio clima facilita a disseminação das doenças respiratórias.

    “Quando a gente se expõe ao ar frio, muitas vezes a nossa mucosa fica seca, fica mais machucada e fica mais propensa à infecção”, destaca a infectologista, que defende a combinação da vacinação com hábitos saudáveis para uma proteção completa. “Estar bem agasalhado, bem hidratado e bem alimentado nessa época de frio também ajuda a prevenir infecção”, recomenda.

    No caso das pneumonias e meningites, o calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunizações prevê a vacina Pneumocócica 10 valente, que, segundo a SBIm, previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) causadas por dez sorotipos de pneumococos. Já a vacina pneumocócica conjugada 13-valente, que previne contra 13 sorotipos da bactéria, pode ser encontrada nos Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais (Crie), para pacientes com condições específicas de saúde, e em serviços privados de vacinação. Há ainda a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente, para crianças, adolescentes e adultos de grupos de risco para doença pneumocócica e para pessoas com mais de 60 anos de idade.

    Outra doença bacteriana de transmissão respiratória que pode ser prevenida com vacinas é a coqueluche. A imunização contra a doença é feita pela vacina dTpa, que protege também contra o tétano e a difteria. O imunizante pode ser encontrado em clínicas privadas e, no SUS, está disponível para gestantes, puérperas e profissionais de saúde que atuam em maternidades e serviços de atendimento a recém-nascidos.

    “Vacina não é só para criança, é um programa de família. Todo mundo pode ser protegido, a criança, o bebê, o adolescente, adultos, idosos, gestantes”, disse Lessandra Michelin, acrescentando que dúvidas em relação a quais vacinas tomar também podem ser tiradas em consultas médicas. “O médico vai revisar quais são as vacinas recomendadas para a faixa etária e vai indicar”.

    Fonte: EBC

  • Avião com 1,5 milhão doses de vacina chega amanhã, diz ministro

    Avião com 1,5 milhão doses de vacina chega amanhã, diz ministro

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje (21), em Brasília, que um avião com 1,5 milhão de doses da vacina contra covid-19, da farmacêutica Janssen, deve chegar ao Brasil às 6h45 de amanhã (22), no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). 

    O anúncio foi feito após uma previsão inicial, de receber 3 milhões de doses até 15 de junho, não ter sido confirmada. De acordo com o Ministério da Saúde, o envio foi cancelado pela própria Janssen, que não teria explicado os motivos.

    Queiroga afirmou que a vacina da Janssen “é muito útil” por ser de dose única, proporcionando uma vacinação “mais rápida” da população. Ele não detalhou se as doses da vacina da Janssen serão direcionadas a algum grupo específico.

    As declarações foram dadas durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, no Senado. O ministro voltou a afirmar que o governo planeja a vacinação – com ao menos uma dose – de 70% dos adultos até setembro, e a imunização completa de todas as pessoas acima de 18 anos até dezembro. 

    Para isso, a previsão é distribuir 60 milhões de doses em agosto e outros 60 milhões em setembro, além das 41 milhões confirmadas pela pasta para julho. O cronograma detalhado, contudo, ainda não foi divulgado pelo ministério.

    “A gente ainda não divulgou o calendário detalhado desses imunizantes nos outros meses [agosto e setembro] porque ainda não temos confirmação dos laboratórios”, disse o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz.

    Revacinação

    O ministro Marcelo Queiroga foi questionado por senadores sobre notícias segundo as quais o Ministério da Saúde estaria preocupado com a baixa eficácia da vacina CoronaVac na população idosa, e se haveria a necessidade de revacinação dessa faixa etária.  

    Os parlamentares perguntaram também se o ministério considera não assinar novos contratos de aquisição do imunizante, desenvolvido pela chinesa Sinovac e fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.

    O ministro afirmou que a necessidade de uma eventual revacinação, em qualquer faixa etária ou grupo da população, precisa ser esclarecida por estudos científicos cujas respostas só devem estar prontas no ano que vem. “Pesquisas estão em encaminhamento. E o que o Ministério da Saúde tem que fazer é se programar para ter vacinas disponíveis para aplicar, num curto espaço de tempo, no ano de 2022, se for o caso”, disse.

    Ele citou um estudo em andamento na cidade de Serrana (SP), cuja população foi toda vacinada com a CoronaVac. O ministro negou haver desconfiança em relação ao imunizante.  “Não há nenhum tipo de mudança de estratégia em relação a esse imunizante”, afirmou.

    “O fato é que essa vacina tem sido útil para o Plano Nacional de Imunização, e essa é a posição oficial do Ministério da Saúde, até que exista algum dado científico que faça com que nós tenhamos uma posição diversa”, acrescentou Queiroga.

    Outros assuntos

    Durante a audiência, o ministro também negou que haja falhas no monitoramento da variante delta do novo coronavírus. Essa variante, identificada primeiro na Índia, tem sido temida por, aparentemente, apresentar maior potencial de contágio e hospitalização.

    Ele confirmou a identificação de ao menos nove casos da variante delta no Brasil, mas afirmou que todos são monitorados e que “não há qualquer indício de transmissão comunitária dessa variante no Brasil”.

    A respeito do retorno às aulas presenciais na rede pública de ensino, Queiroga destacou que não considera necessário ter 100% dos professores vacinados, uma vez que, com percentuais superiores a 80%, já seria possível controlar a transmissão da doença por meio do monitoramento de casos.

    Ele afirmou que deve se reunir em breve com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o advogado-geral da União, André Mendonça, para discutir a possível volta de aulas presenciais em todo o Brasil a partir do segundo semestre. “Isso já tem acontecido em alguns estados e na própria iniciativa privada”, disse.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: Rio vacina hoje mulheres de 49 anos, gestantes e puérperas

    Covid-19: Rio vacina hoje mulheres de 49 anos, gestantes e puérperas

    Seguindo o calendário de vacinação contra a covid-19, a cidade do município do Rio de Janeiro vacina hoje (21) as mulheres de 49 anos com a primeira dose do imunizante. Amanhã, será a vez dos homens com esta idade e, na quarta-feira, todas as pessoas de 49 ou mais que tenham perdido o seu dia de tomar a primeira dose. 

    Na quinta-feira (24) podem comparecer aos postos de vacinação as mulheres de 48 anos, na sexta-feira é a vez dos homens e no sábado haverá a repescagem para pessoas a partir dessa idade.

    Também esta semana, o calendário prevê a vacinação das grávidas e das mulheres que tiveram filhos há pouco tempo. Independente da idade, elas poderão ser imunizadas em qualquer dia da semana. Esta fase do Programa Nacional de Imunização (PNI) abrange as grávidas e puérperas sem comorbidades para a covid-19. Elas receberão a vacina da Pfizer ou a CoronaVac, já que o Ministério da Saúde suspendeu a aplicação da AstraZeneca/Fiocruz neste grupo.

    Na quarta-feira (23) também ocorre a repescagem para os profissionais da educação que não conseguiram ser imunizados nas semanas anteriores. Na próxima semana, dias 28, 29 e 30 de junho, serão vacinadas pessoas com 47 anos. Em julho, serão contemplados quem tem entre 46 e 38 anos e, em agosto, entre 37 e 18 anos, sempre respeitando o escalonamento por idade e sexo.

    Setembro começa com meninas de 17 anos no dia 1º e meninos de 17 anos no dia 2, seguindo até o dia 15, quando ocorre a repescagem para todos os adolescentes a partir de 12 anos. Os adolescentes foram incluídos no calendário após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais.

    O calendário de vacinação contra a covid-19, divulgado pela prefeitura do Rio de Janeiro, foi elaborado de acordo com a previsão de entrega das doses do imunizante pelo Ministério da Saúde.

    Fonte: EBC

  • Brasil registra 17,9 milhões de casos de covid-19 e 501,8 mil mortes

    Brasil registra 17,9 milhões de casos de covid-19 e 501,8 mil mortes

    O Ministério da Saúde divulgou hoje (20) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem no acumulado 17,9 milhões de casos confirmados da doença e 501,8 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 16,2 milhões. 

    Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 44,1 mil novos casos e 1.025 mortes em 24 horas. 

    O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 3,5 milhões de casos e 122 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (1,7 milhão de casos e  44,5 mil óbitos); Paraná (1,2 milhão casos e  29,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul ( 1,1 milhão de casos e  30,4 mil óbitos).

    De acordo com o Ministério da Saúde, 3,6 mil casos estão em investigação.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: Brasil acumula 498,4 mil mortes e 17,8 milhões de infectados

    Covid-19: Brasil acumula 498,4 mil mortes e 17,8 milhões de infectados

    A quantidade de pessoas que perderam a vida para a covid-19 desde o início da pandemia chegou hoje a 498.499. Em 24 horas, foram registradas 2.495 novas mortes por covid-19. 

    Ainda há 3.748 óbitos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

    A soma de pessoas que pegaram a covid-19 desde o início da pandemia chegou a 17.801.462. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 98.832 novos diagnósticos positivos da covid-19.

    Foi a segunda maior marca diária da pandemia, perdendo apenas para o dia 25 de março, quando foram registrados 100.158 novos casos. O país tem ainda 1.165.995 casos ativos, em acompanhamento.

    Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (18). O balanço é produzido a partir das informações sobre casos e mortes recolhidas pelas secretarias estaduais de saúde.

    O número de pessoas que pegaram covid-19 mas se recuperaram desde o início da pandemia subiu para 16.136.968. Isso corresponde a 90,6% do total dos infectados pelo vírus.

    Estados

    O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (121.238). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.923), Minas Gerais (44.068), Rio Grande do Sul (30.276) e Paraná (29.674). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.700), Acre (1.728), Amapá (1.792), Tocantins (3.072) e Alagoas (5.094).

    Vacinação

    Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 115,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 79,7 milhões de doses, sendo 57,4 milhões da 1ª dose e 22,2 milhões da 2ª dose.

    Fonte: EBC

  • Vacinação de covid evita 43 mil mortes de idosos em 13 semanas no país

    Vacinação de covid evita 43 mil mortes de idosos em 13 semanas no país

    Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estimou que o avanço da vacinação contra a covid-19 é responsável pela prevenção de mais de 40 mil mortes de idosos em um intervalo de treze semanas no Brasil. Os dados, divulgados ontem (17), são de levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel, em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

    Os cálculos revelaram que, se o número de mortes entre os mais idosos tivesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais. No entanto, foram registradas 37.401 mortes no período. Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de mortes era de 20.238 contra 13.838 registradas. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

    “Encontramos evidências de que, embora a disseminação da variante P.1 (gama) tenha levado ao aumento das mortes por covid-19 em todas as idades, a proporção de óbitos entre os idosos começou a cair rapidamente a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2021. Até então, essa proporção tinha se mantido estável em torno de 25% a 30% desde o início da epidemia, mas se encontra agora abaixo de 13%”, disse o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, Cesar Victora.

    Ele acrescentou que as “análises de óbitos por outras causas mostram que o declínio proporcional entre os idosos é específico para as mortes por covid-19”. Os pesquisadores concluíram, portanto, que o avanço da campanha de vacinação contra a doença está associado às quedas progressivas na proporção de mortes de idosos pelo novo coronavírus no Brasil.

    Victora avalia que a principal contribuição do levantamento é fornecer evidências sobre a efetividade do programa de vacinação no Brasil como um todo, em um cenário onde a variante gama atualmente predomina, confirmando os achados de estudos anteriores realizados em grupos populacionais mais restritos.

    “Como o distanciamento social e uso de máscara estão sendo adotados de forma limitada na maior parte do país, o rápido aumento da vacinação permanece como a abordagem mais promissora para controlar a pandemia”, concluiu o pesquisador.

    Detalhes do estudo

    Para o levantamento, os pesquisadores analisaram as tendências de mortes por covid-19 e por outras causas não relacionadas ao novo coronavírus no período de 3 de janeiro a 27 de maio de 2021, com base em dados sobre óbitos e cobertura vacinal registrados pelo Ministério da Saúde. No período, o país registrou 238.414 mortes por covid-19 e 447.817 mortes por outras causas. 

    Os resultados revelaram que número de mortes por covid-19 em todas as idades aumentou a partir do final de fevereiro em decorrência da rápida disseminação da variante gama para todo o país. 

    Os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose da vacina alcançaram metade dos idosos de 80 anos ou mais na primeira quinzena de fevereiro e passaram dos 80% na quinzena seguinte, com estabilidade em torno de 95% a partir de março.

    Os pesquisadores observaram que, em paralelo, o percentual de mortes de idosos caiu de 28% do total de óbitos por covid-19, em janeiro, para 12%, em maio, com início de queda acentuada a partir da segunda metade de fevereiro. Enquanto a proporção de mortes nesse grupo por causas não relacionadas à covid-19 permaneceu estável em quase 30% no mesmo período.

    Para a faixa etária de 70 a 79 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose atingiu metade da população na última semana de março, alcançando 90% na primeira metade de maio. A proporção de mortes por covid-19 nesse grupo permaneceu em torno de 25% do total de mortes pela doença até a segunda semana de abril.

    A partir daquele momento, essa proporção de mortes por covid-19 começou a diminuir de forma acentuada, chegando a 16% na última semana de maio. Entre esses idosos, a proporção de mortes por outras causas permaneceu estável em torno de 20%.

    Ainda de acordo com o estudo da UFPel, a vacina CoronaVac representou 65,4% e a AstraZeneca/Oxford 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para CoronaVac e 53,3% para AstraZeneca/Oxford no período entre meados de abril e metade de maio.

    Fonte: EBC

  • DF começa a vacinar pessoas de 49 anos contra a covid-19

    DF começa a vacinar pessoas de 49 anos contra a covid-19

    O Distrito Federal começará a vacinar pessoas com 49 anos amanhã (19). Será preciso fazer agendamento, que está aberto para a faixa de até 59 anos. Foram reservadas 32 mil doses para o grupo das faixas etárias.

    As pessoas deste grupo poderão agendar a aplicação em seis pontos: Torre de TV, Parque da Cidade, no estacionamento 12, Faculdade Uniplan, em Águas Claras, Taguaparque e Sesc de Ceilândia.

    A abertura da marcação para a idade de 49 anos foi definida após a chegada de doses da vacina da Pfizer e com a expectativa de recebimento de remessas da CoronaVac.

    O agendamento também está disponível para pessoas com comorbidades com 18 anos ou mais. Para esse segmento foram destinadas quatro mil doses. O GDF ainda imuniza integrantes de forças de segurança, para os quais foram alocadas 2,6 mil doses.

    Os segmentos de vigilantes e bancários serão incluídos nos grupos prioritários. O GDF informou que aguarda a listagem dos profissionais dessas duas categorias para começar a organizar a imunização.

    De acordo com o governo do DF, até o momento 849.476 pessoas receberam a primeira dose e 328.391 a segunda.

    Fonte: EBC

  • Mortes de mais jovens por covid-19 indicam avanço de vacina

    Mortes de mais jovens por covid-19 indicam avanço de vacina

    Se no primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil, que começou em março de 2020, de 70% a 80% dos óbitos estavam concentrados entre pessoas com mais de 60 anos, em março deste ano os números começaram a mudar e as mortes de pessoas mais novas, até 59 anos, já passam da metade.

    É o que mostram os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, que agrupa as informações sobre o número de mortes por suspeita ou confirmação de covid-19. Os dados dos cartórios sobre a pandemia começam no dia 16 de março de 2020. O levantamento feito pela reportagem da Agência Brasil inclui as informações lançadas até o início da tarde de hoje (18).

    O coordenador do sistema InfoGripe da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, explica que essa tendência de redução da idade dos óbitos é influenciada por dois fatores. O primeiro deles é o avanço da vacinação no país, que iniciou no fim de janeiro pelas pessoas mais velhas.

    “Agora a gente já está, felizmente, com uma população acima de 70 anos com uma cobertura de segunda dose bastante expressiva, acima de 80 anos já temos 80% da população com a segunda dose e passados mais de 20 dias da imunização. Pessoas de 60 anos já estão com uma cobertura de primeira dose bastante significativa, mas de segunda dose ainda não. Mas como as pessoas de 70 anos ou mais eram uma parcela importante dos óbitos, já começa, felizmente, a surtir um efeito”, afirmou Gomes em entrevista à Agência Brasil.

    O outro fator apontado por ele para a redução da faixa etária dos óbitos é a maior circulação das pessoas em idades mais ativas.

    “A outra parte se explica porque, quando a gente teve aquela subida [de casos e óbitos por covid-19] fortíssima a partir de fevereiro, nessas fases de crescimento muito acelerado, é usual a gente observar um aumento proporcional, relativo, da população mais exposta, ou seja, a que circula mais, que é a mais jovem. Teve um efeito desse período de transmissão acelerada, que afeta a população mais ativa.”

    O InfoGripe monitora os casos de internação por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e, desde o ano passado, o indicador contabiliza os casos de covid-19. Entre os pacientes testados e com resultado positivo para vírus respiratórios, 96,1% constataram SARS-CoV-2 em 2021. No ano passado, foram 98% dos casos positivos para o novo coronavírus.

    Segundo Gomes, o indicador de transmissibilidade de vírus respiratórios, que entrou no boletim do grupo de pesquisa esta semana, aponta que o vírus causador da pandemia está com circulação extremamente elevada na maior parte do país, o que impacta nos óbitos de pessoas mais jovens.

    “O vírus em si, por mais que tenhamos novas cepas circulando, não tem nenhum dado sólido que mostre maior letalidade ou maior agravamento para a população mais jovem. A gente tem algumas cepas que estão com indício de serem mais transmissíveis, mas não com uma diferença significativa em termos de público afetado, de gravidade. Então, se a gente está com número agora relativamente maior em pessoas mais jovens, parte disso é justamente porque o número de infecções realmente está em um patamar extremamente elevado, é uma consequência disso.”

    Transmissão

    O pesquisador considera que os níveis de transmissão estão “inaceitáveis” e afirma que a queda na contaminação e nos óbitos verificada depois de abril não deve servir de parâmetro para diminuir a vigilância contra a covid-19.

    “Nós melhoramos em relação a março deste ano. Só que março não é um referencial, porque março foi um pico completamente catastrófico, era uma situação completamente fora de escala. Então, a gente saiu de uma situação completamente absurda, mas a gente ainda não chegou em uma situação que a gente possa considerar sequer razoável.”

    Ele alerta que, mesmo com a vacinação avançando, ainda não é o momento de voltar à “vida normal”. Segundo o pesquisador, se as pessoas vacinadas não continuarem tomando cuidado, podem acabar mais expostas à doença do que quem ainda não se imunizou.

    “Está muito claro que as vacinas ajudam enormemente, mas elas não são uma armadura perfeita, não é uma barreira completamente intransponível. A eficácia não é 100%, ela não evita que todas as pessoas vacinadas desenvolvam caso grave ou venham a óbito. Não. Algumas dessas pessoas vão precisar se hospitalizar e, eventualmente, vão vir a falecer, mas num percentual menor do que os não vacinados. Agora, não é porque se vacinou que vai passar a se descuidar, já que pode aumentar tanto a exposição que passa a ficar com mais risco do que o não vacinado, que está se cuidando. Daí inverte a eficácia, porque ela leva em conta também o nível de exposição”.

    De acordo com Gomes, é necessário que a queda na transmissão do novo coronavírus se sustente por um período mais longo, até atingir níveis pré-pandemia, para que então sejam retiradas as medidas restritivas de circulação e segurança sanitária, como distanciamento social e uso de máscara.

    Fonte: EBC

  • ANS: suspensão da venda de oito planos de saúde entra em vigor

    ANS: suspensão da venda de oito planos de saúde entra em vigor

    Começa a valer hoje (18) a proibição da venda de planos de saúde que tiveram sua comercialização suspensa pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), devido a problemas na cobertura assistencial relatados pelos clientes no 1° trimestre de 2021.

    Com base em mais de 20 mil queixas analisadas, a ANS determinou a suspensão de oito planos de saúde vendidos por cinco operadoras. A lista completa dos planos penalizados pode ser conferida na página da ANS.  

    A medida faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que atua na proteção dos consumidores e acompanha o desempenho dos planos. Segundo a ANS, 35.080 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora nos resultados.  

    A agência também divulgou que seis planos de quatro operadoras voltaram a ter suas vendas liberadas devido à melhora no monitoramento.

    Fonte: EBC

  • Rio vacina todos os adultos até 31 de agosto; adolescentes em setembro

    Rio vacina todos os adultos até 31 de agosto; adolescentes em setembro

    A cidade do Rio de Janeiro antecipou o calendário de vacinação contra a covid-19. As novas datas preveem que todas as pessoas com 18 anos ou mais sejam imunizadas com a primeira dose até o dia 31 de agosto. Em setembro, os adolescentes de 12 a 17 anos recebem a vacina. Também foram incluídas as grávidas e puérperas a partir de 18 anos e sem comorbidades, que podem comparecer aos postos na próxima semana, entre os dias 21 e 26 de junho.

    O calendário anterior previa imunizar as pessoas acima de 18 anos até o dia 21 de outubro. Com a mudança, o governo antecipa a vacinação em um mês e 21 dias. Os adolescentes foram incluídos agora, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais.

    O anúncio da mudança no calendário e da inclusão de novas faixas etárias foi feito hoje (18), durante a apresentação do boletim epidemiológico. Segundo o prefeito, Eduardo Paes, o calendário inicial foi previsto com “bastante folga” e conforme a previsão de entrega das doses pelo Ministério da Saúde. Como, na prática, a vacinação tem ocorrido com tranquilidade e há as doses estão sendo entregues com regularidade, foi possível antecipar o calendário.

    “Num primeiro momento a gente começa ainda respeitando alguns critérios do calendário anterior e no mês de julho e agosto, principalmente em agosto, tem a previsão de chegada de muita vacina. Isso vai nos permitir acelerar quase um dia para cada idade. Cada dia que a gente ganhar é diminuir a chance de o vírus contaminar um cidadão brasileiro, isso permite que esse cidadão esteja protegido e acabe não tendo o caso mais grave da doença.”

    Para a próxima semana, o calendário por idade prevê mulheres de 49 anos ou mais na segunda-feira (21) e homens dessa idade na terça-feira (22). Na quarta-feira (23) ocorre a repescagem para 49 anos e profissionais da educação. Na quinta-feira serão as mulheres de 48 anos, na sexta-feira os homens e no sábado qualquer pessoa com 48 anos ou mais. Nos dias 28, 29 e 30 de junho serão vacinadas as pessoas com 47 anos.

    Em julho serão contempladas as pessoas entre 46 e 38 anos e, em agosto, entre 37 e 18 anos. Setembro começa com meninas de 17 anos no dia 1º e meninos de 17 anos no dia 2, seguindo esse escalonamento por idade e sexo até o dia 15 de setembro, quando ocorre a repescagem para todos os adolescentes a partir de 12 anos.

    Também presente na apresentação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reafirmou que o país pretende vacinar todas as pessoas acima de 18 anos ainda em 2021, com a primeira dose até setembro e a segunda até dezembro. Segundo ele, já foram distribuídas 110 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19 para todo o país.

    “Nós já contratamos 200 milhões de doses e as entregas têm sido pontuais. Ontem, nós aplicamos mais de 2 milhões de doses de vacinas, temos 38 mil salas de imunização pelo Brasil. Já temos 630 milhões de doses contratadas e há uma segurança da entrega dessas doses”, garantiu.

    Boletim epidemiológico

    Segundo o boletim epidemiológico apresentado pela prefeitura, o atendimentos por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas urgências e emergências apresentou uma leve queda após o pico de abril e agora registra leve alta, tendendo para a estabilidade. Os casos confirmados de covid-19 tiveram uma alta nessa semana, mas abaixo do aumento visto nas semanas anteriores. A curva de óbitos segue a mesma tendência, mostrando a diminuição da faixa de idade das vítimas, conforme aumenta o número de vacinados entre os mais velhos.

    O Mapa de Risco do município para a contaminação por covid-19 segue em laranja há cinco semanas, indicando risco alto. Com isso, as medidas restritivas em vigor permanecem as mesmas até pelo menos o dia 28 de junho.

    A vacinação alcançou ontem a metade dos moradores da cidade maiores de 18 anos, com a primeira dose aplicada em 2,6 milhões de pessoas. A meta é vacinar 5,2 milhões de moradores na cidade. Segundo a prefeitura, cerca de 70 mil pessoas estão com a segunda dose em atraso e os postos estão fazendo uma busca ativa para que elas completem a imunização. Um total de 18,4% do público-alvo já recebeu as duas doses.

    Fonte: EBC