Categoria: Saúde

  • Covid-19: 82% dos indígenas receberam 1ª dose, diz Ministério da Saúde

    Covid-19: 82% dos indígenas receberam 1ª dose, diz Ministério da Saúde

    Até o momento, 82% dos indígenas atendidos pela Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai) receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. Já a segunda dose do imunizante foi aplicada em 71% desse público.

    O balanço foi divulgado hoje pelo Ministério. Segundo a pasta, a Sesai é responsável por atender com serviços de saúde 755 mil indígenas de mais de seis mil aldeias. Do orçamento de R$ 1,5 bilhão da SESAI, R$ 76 milhões foram gastos no combate à pandemia.

    Conforme o comunicado, o órgão fez 20 missões interministeriais em aldeias, que resultaram em 60 mil atendimentos. De acordo com o Ministério da Saúde, foram disponibilizados 6,6 milhões de insumos, entre testes para a covid-19, medicamentos e equipamentos de proteção individual (EPIs).

    Decisão do STF

    Em julho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso deu decisão determinando que o governo federal adotasse medidas mais efetivas para proteger os indígenas e que desenvolvesse um Plano de Enfrentamento da Covid-19 para os Povos Indígenas Brasileiros, a ser elaborado com a participação das comunidades e do Conselho Nacional de Direitos Humanos.

    O ministro determinou que as ações de saúde indígena também atendessem às demandas de indígenas não aldeados. Contudo, no balanço da Secretaria o órgão afirma que a responsabilidade é de estados e municípios.

    “Em relação aos indígenas que vivem no contexto urbano, conforme legislação vigente, cabe aos estados e municípios o atendimento dessas pessoas. Atualmente, mais de 180 mil indígenas que vivem em contexto urbano, e que estão sob responsabilidade dos demais entes da federação, já estão cadastrados no Programa Previne Brasil”, diz o texto.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: Brasil registra 17,4 milhões de casos e 488,2 mil mortes

    Covid-19: Brasil registra 17,4 milhões de casos e 488,2 mil mortes

    A soma de casos de covid-19 desde o início da pandemia chegou a 17.452.612 no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 39.846 novos diagnósticos positivos pelas secretarias estaduais de saúde. Ontem, o painel de informações da pandemia trazia 17.412.766 casos. O país tem ainda 3.888 casos ativos, em acompanhamento. Não foram acrescidos os dados do estado de Roraima.

    O número de pessoas que não resistiram ao novo coronavírus alcançou 488.228. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 827 novos óbitos. Ontem, o número de óbitos decorrentes de complicações relacionadas à covid-19 estava em 487.401.

    Ainda há 3.841 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

    O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.854.264. Isso corresponde a 90,8% do total dos infectados pelo vírus.

    Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta segunda-feira (14). O balanço sistematiza as informações coletadas por secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes. A atualização não deve dados de óbitos de Roraima, que ficaram os mesmos de ontem.

    Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

    Estados

    O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (118.213). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.015), Minas Gerais (43.154), Rio Grande do Sul (29.701) e Paraná (28.177). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.679), Acre (1.719), Amapá (1.769), Tocantins (3.029) e Alagoas (5.020).

    Vacinação 

    Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 109,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 74,2 milhões de doses, sendo 52,4 milhões da primeira dose e 21,7 milhões da segunda dose.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Janssen

    Covid-19: Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Janssen

    A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a ampliação do prazo de validade da vacina da Janssen contra a covid-19 de três para quatro meses e meio, sob temperatura de 2ºC a 8ºC.

    A aprovação ocorre após a publicação da informação de que doses previstas para este mês têm prazo de validade até dia o 27. Um lote de 3 milhões de doses estava previsto para chegar amanhã (14), mas foi adiado.  

    A decisão respondeu a um pedido da farmacêutica, subsidiária do grupo Johnson & Johnson, protocolado no dia 10 de junho. A Janssen possui autorização para uso em caráter emergencial no Brasil.

    Em nota, a Anvisa afirma que a medida foi baseada em “criteriosa avaliação dos dados de qualidade dos estudos que demonstrou que a vacina tende a se manter estável pelo período (4,5 meses) bem como considerou decisão da agência norte-americana (Food and Drug Administration – US FDA), que também aprovou a referida alteração em 10 de junho de 2021”.

    Fonte: EBC

  • Com estoque 40% abaixo do ideal, Hemepar faz apelo à população para doar sangue

    Com estoque 40% abaixo do ideal, Hemepar faz apelo à população para doar sangue

    “Doa a quem doer, doe sangue” já ensinava em forma de música o antigo seresteiro. Pedido que é ainda mais significativo nesta segunda-feira (14), data em que se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue. E ganha caráter de urgência quando se olha o estoque de plaquetas e hemácias do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar).

    O banco de sangue do Estado está 40% abaixo do recomendável. Em algumas unidades, como a de Curitiba, a redução no número de doadores foi de aproximadamente 50%. Dificuldade impulsionada pelo aumento da demanda nos últimos 40 dias, explicou a diretora-geral do Hemepar, Liana Labre de Souza. De acordo com ela, as unidades têm sido bastante exigidas em decorrência do salto no número de acidentes com traumas, especialmente àqueles automobilísticos.

    “O momento é grave, precisamos de doação. Nosso estoque de plaquetas e hemácias não chega a três dias. São cerca de duas mil bolsas de sangue a menos por mês quando comparamos com o mesmo período do ano passado. Caiu de 13 mil para 11 mil doações em média”, afirmou a diretora.

    Ela destacou que o Hemepar é responsável no Paraná pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 385 hospitais públicos, privados e filantrópicos, além de atender 92,8% de leitos SUS no Estado. A necessidade de coleta para atender apenas a demanda em Curitiba e Região Metropolitana, por exemplo, é de cerca de 180 bolsas por dia. Com a pandemia da Covid-19, o número de coletas está em torno de 100 bolsas ao dia.

    “É o momento de a população ajudar”, disse Liana.

    A diretora ressaltou ainda que o órgão adaptou todo o fluxo de atendimento para trazer segurança na prevenção da Covid-19 na hora de doar. O agendamento éonline e o atendimento é feito com oito pessoas a cada meia hora para evitar aglomerações, com utilização de álcool gel 70% e profissionais que atuam no atendimento devidamente paramentados.

    Para quem tiver interesse, o Hemepar está distribuído em todo o Estado. A pessoa que quiser contribuir deve ter entre 16 e 69 anos (menor de 18 anos apenas acompanhado pelo responsável legal); pesar no mínimo 50 quilos; estar em boas condições de saúde; estar descansado e alimentado (deve evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto.

    IRMÃOS DE SANGUE– A celebração do dia do doador de sangue serviu de gatilho para as amigas Daiana Cristina da Cruz e Diuliane Batista Almeida, ambas com 27 anos, pegarem o rumo do Hemepar, em Curitiba. Devidamente trajadas com a camiseta “Irmãos de Sangue”, grupo que reúne cerca de 30 voluntários da Região Metropolitana de Curitiba, elas ajudaram a amenizar um pouco o drama do órgão.

    “Há quatro anos que sou doadora. Três vezes por ano faço a minha parte e incentivo os outros a fazerem a parte deles também”, disse Daiana. “Faço aniversário hoje (segunda-feira, 14) e vim comemorar aqui, doando um pouco do meu sangue. É maravilhoso saber que com um gesto simples você pode salvar até quatro vidas”, acrescentou Diuliane.

    VACINADO PODE DOAR– Pessoas imunizadas contra a Covid-19 podem fazer doações de sangue normalmente, desde que aguardem o período estipulado para cada tipo de vacina. A Coranovac/Butantan estabelece um prazo de 48 horas após a aplicação para que o cidadão possa fazer doação de sangue. A AstraZeneca/Fiocruz e a Pfizer/Comirnaty/BioNtech pedem o intervalo de sete dias para a doação.

    QUEM JÁ TEVE COVID-19– Liana reforçou também o pedido para que pessoas que já se recuperaram da Covid-19 ajudem outros pacientes de uma forma bastante simples: doando plasma. Um dos componentes sanguíneos, justamente a parte líquida do sangue, o plasma de pacientes que tiveram a doença pode concentrar uma grande quantidade de anticorpos que agem no combate à infecção – é o chamado plasma hiperimune ou plasma convalescente.

    Desde o ano passado, Hemepar faz a coleta e a produção de plasma hiperimune para repassar a hospitais que usam a terapia como alternativa no tratamento dos pacientes internados. Para isso, o paciente recuperado precisa esperar até 45 dias do diagnóstico do RT-PCR ou 30 dias após o fim dos sintomas. Também é necessário agendar a coleta no Hemepar.

    A coleta de sangue pode ser feita em qualquer unidade da Hemorrede no Paraná. Já a coleta somente do plasma, nas doações por aférese, é feita apenas em Curitiba, assim como a produção do material que é destinado aos hospitais. Para isso, o sangue do doador é analisado para ver a quantidade de anticorpos IgG (Imunoglobulina G) circulante. Caso haja uma boa titulação de anticorpos, é feita a produção. Cada bolsa de sangue produz 200 ml de plasma hiperimune.

    Na outra técnica, a doação por aférese, uma máquina separa todos os componentes primários do sangue, podendo coletá-los individualmente. Dessa forma, só o plasma é retirado, e em maior quantidade.

    A transfusão de plasma convalescente é experimentada há tempos como terapia para doenças infecciosas. Chegou a ser usada na pandemia de gripe espanhola, no início do século passado, e também em surtos mais recentes, como do sarampo, da influenza e até do ebola.

    No caso da doença causada pelo novo coronavírus, a transfusão é feita no início da infecção, nos primeiros cinco dias, em pacientes que não estejam com o pulmão muito comprometido e sempre com autorização dos familiares. “Temos efetivamente bons resultados com o plasma convalescente, fazendo com que as pessoas não avancem para um estágio mais grave da doença, sem a necessidade de internação na UTI”, afirmou Liana.

    O banco de sangue do Estado está 40% abaixo do recomendável. Foto: José Fernando Ogura/AEN

    Demanda de transfusão sanguínea é maior para vítimas de trauma em Cascavel

    Vítimas de trauma correspondem a cerca de 60% da demanda de atendimento no Pronto Socorro do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), em Cascavel. São esses pacientes que muitas vezes precisam de transfusão sanguínea. E com o atendimento tão elevado, em razão da instituição ser referência na macrorregião, a necessidade de doações de sangue é essencial para salvar vidas na instituição.

    “Há bastante estoque utilizado para vítimas de trauma no Pronto Socorro, o Centro Cirúrgico também é um setor que precisa de uma grande quantidade, e a unidade Covid-19 também tem realizado muitas transfusões nesse momento”, explica o responsável técnico da Agência Transfusional do Huop, Rodrigo Allan Barcella.

    No Huop são cerca de 400 bolsas de hemocomponentes utilizadas por mês, que não são apenas bolsas de sangue, mas também de plasma e concentrado de hemácias. E é a agência transfusional interna do Huop que desde 2018 agiliza e otimiza a logística de dispensação dessas bolsas. “A agência é o serviço que desempenha o trabalho de informações técnicas constantes, executa as provas pré-funcionais para uma dispensação segura”, afirma Rodrigo.

    Quem quiser ser um doador de sangue pode entrar em contato diretamente com o Hemocentro municipal, localizado na Rua Avaetés, ao lado do Huop. Devido a pandemia, as doações devem ser agendadas pelo telefone: 45 3226-4549.

    Fonte: Secom Paraná

  • Junho Vermelho busca aumentar número de doadores de sangue

    Junho Vermelho busca aumentar número de doadores de sangue

    A campanha Junho Vermelho, realizada este mês por instituições públicas e privadas da área da saúde, busca conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue e, desse modo, angariar mais doadores voluntários.

    O Ministério da Saúde estima que, no ano passado, devido à pandemia de covid-19, o número de doações tenha diminuído 20%, na comparação com o ano anterior. No primeiro trimestre de 2021, a taxa de doação voluntária da população brasileira era de 1,6%, dentro do padrão estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    O diretor médico da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, João Tyll, diz que a doação pode ser realizada com segurança, uma vez que são adotadas medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus, sem risco para os doadores.

    O autônomo Sebastião Castro da Silva, 53 anos, já realizou quatro doações de sangue durante a pandemia. “Sou doador de plaquetas há mais de seis anos. Comecei a doar para a filha de um médico que estava grávida de seis meses e foi diagnosticada com leucemia. A partir daí, não parei mais e sempre que recebo uma mensagem vou imediatamente fazer a doação para ajudar.”

    Outro que aderiu ao movimento na pandemia foi o jornalista Fábio Resende que fez doações de sangue e plasma nos últimos cinco meses. “As propriedades do plasma ou soro convalescente humano, como uma terapia viável, possuem um grande potencial de tratamento para covid-19. Por esse motivo, no momento da doação, optei também por essa retirada”.

    Para doar

    Para doar sangue, a pessoa deve estar em boas condições de saúde e alimentado, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente. É preciso evitar a ingestão de alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e respeitar o prazo de 12 horas para o caso de bebidas alcoólicas. Se estiver com sintomas de gripe ou resfriado, ou tiver tomado vacina recentemente, não deve doar temporariamente.

    Estão impedidas de doar pessoas gripadas ou com processo alérgico que inclua tosse e coriza; que tenham feito tatuagem ou colocado piercing há menos de um ano; que tenham tido hepatite após os 11 anos de idade; tenham realizado endoscopia ou colonoscopia nos últimos seis meses; sejam usuários de drogas ilícitas. O banco de sangue da Santa Casa do Rio de Janeiro está localizado na Rua Santa Luzia, 206, região central da capital fluminense.

    Estoques

    O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) tem registrado uma baixa considerável em seus estoques, desde o início da pandemia. “Março [deste ano] foi muito ruim, afetou os estoques de abril; em maio, houve uma recuperação mas, de modo geral, teve uma diminuição importante no número de doadores no Rio de Janeiro e no Brasil. A situação está muito preocupante”, afirmou o diretor da instituição, Luiz Amorim, à Agência Brasil.

    Segundo ele, é necessário lançar novas ações para incentivar a doação porque a busca espontânea é sempre baixa. Em 2020, houve queda de 5% no número de doadores – na comparação com 2019. Em 2021, a redução já atinge mais 5%. Amorim afirma que, apesar de parecer uma diminuição pequena, o estoque em 2019 já não era confortável. “Agora, estamos vivendo uma situação de hospitais lotados, não apenas de pacientes de covid-19, mas de outras doenças, porque as pessoas esperaram o máximo para se tratar por causa da pandemia. Então, o consumo de sangue está em nível elevado, mais do que no ano passado”.

    De acordo com o diretor do Hemorio, a média ideal é de 250 doadores por dia, mas esse número vem caindo mês a mês. Em março de 2021, o Hemorio registrou 150 doadores/dia. Em abril, a queda também foi grande, chegando a uma diminuição de 30% em relação ao que era na pré-pandemia.

    Público jovem

    A maior quantidade de doadores do instituto está na faixa etária de 20 anos a 39 anos, que responde por mais de 60% das doações. A faixa de 20 a 29 anos concentra 40% dos doadores. “A gente pode dizer hoje que o nosso público de doadores é um público jovem, o que é muito bom”. Segundo Amorim, isso é fruto de campanhas direcionadas e do uso intenso de mídias sociais.

    As mulheres que há 20 anos representavam somente 15% dos doadores, hoje, representam 40%. “Já melhorou bastante. Mas se olhar para a população fluminense, 52% são do sexo feminino, o que mostra que isso pode aumentar”, afirmou Amorim lembrando que muitas mulheres que desejam doar não conseguem por causa da anemia, deficiência muito comum em mulheres devido às perdas menstruais.

    Novas doações

    No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado hoje (14), o diretor do Hemorio faz um apelo para que as pessoas se mobilizem e se dirijam ao instituto para doar.

    Para facilitar o trabalho dos potenciais doadores e evitar aglomerações, ele sugere que as pessoas agendem uma hora para a doação pelo telefone gratuito 0800-2820708 ou pelo site do Hemorio.

    “Com isso, o processo é muito mais rápido, a pessoa fica menos tempo na rua. É tudo muito mais fácil e mais prático”.

    Hábito de doar

    A advogada Valéria Esteves Ferreira Netto começou a doar no Hemorio em 1985. “Desde que me entendo por gente, eu queria doar. Mas custei a ter o peso necessário para poder doar, que são 50 quilos”, disse à Agência Brasil.

    No ano seguinte, ao ver passar o carro do posto móvel do Hemorio, ela resolveu doar pela segunda vez e passou a fazê-lo de quatro em quatro meses.

    Hoje aposentada, Valéria contou que começou a doar plaquetas para ajudar uma amiga que estava com leucemia e morava em Belo Horizonte. A partir daí, tornou-se doadora permanente do Hemorio. “Acho que já doei umas 206 vezes”. Mensalmente, Valéria doa plaquetas no instituto. “Vou doar até não poder mais.”

    Para as pessoas que têm medo, ela afirma que o processo é indolor. “Pode doar porque não dói nada. É seguro. Você sai tão satisfeito, se sentindo uma pessoa melhor, porque está doando”.

    “Acho que é um ato de amor doar sangue. Isso me faz muito bem. Tanto que todo mês estou lá. Quando não posso doar, fico chateada. É uma coisa que faz bem para a pessoa que doa e para outras pessoas. É uma coisa que não tem efeito colateral, não tem recomendação contra, não transmite doença; as seringas são descartáveis”, afirmou Valéria.

    Selfie que salva

    Operadoras de saúde também entraram na campanha para estimular a doação de sangue no mês de junho. A Unimed-Rio lançou a campanha #selfiequesalva, com o objetivo de contribuir para o aumento do estoque nos bancos de sangue do Rio de Janeiro.

    Na avaliação do superintendente de Mercado e Operações na Unimed-Rio, Mauro Madruga, “a campanha #selfiequesalva reforça esse significado de forma lúdica, ao mostrar a semelhança do ato de fazer uma selfie e a de doar sangue”.

    Segundo ele, 90% dos brasileiros tiram selfie, mas apenas 1,6% doa sangue. “Queremos sensibilizar a população para a importância desse ato, que ganha ainda mais relevância com a pandemia, quando houve um aumento da demanda de transfusão de sangue em pacientes que apresentam formas graves da covid-19″, completou Madruga.

    A campanha propõe um desafio para que outras empresas incentivem seus colaboradores a doar, da mesma forma que parentes de familiares internados com covid-19. Segundo o superintendente, todos os bancos de sangue do Rio de Janeiro estão na campanha.

    Fonte: EBC

  • São Paulo retoma vacinação contra covid-19 por faixa etária

    São Paulo retoma vacinação contra covid-19 por faixa etária

    Pelo menos 200 mil pessoas entre de 58 e 59 anos são esperadas para a retomada da aplicação da primeira dose da vacina contra covid-19 a partir de hoje (14) na capital paulista. Para receber o imunizante é preciso apresentar comprovante de residência na cidade. 

    Assim como os demais grupos contemplados na imunização, este público poderá ser imunizado nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Ama/UBS Integradas, nos dez mega postos, farmácias e drive-trus implantados na cidade. Quem precisar tomar a segunda dose deve procurar uma das UBS.

    “Na medida em que quase todos os grupos prioritários do Programa Municipal de Imunizações foram vacinados, agora entramos na população por idade”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

    A recomendação da Secretaria Municipal da Saúde é de que as pessoas se encaminhem de forma gradual aos postos, para evitar aglomerações e façam o cadastro prévio no site Vacina Já preenchido para agilizar o tempo de atendimento.

    Segundo a secretaria, desde o início da campanha de vacinação até ontem (13), foram aplicadas na capital 5.607.714 doses de vacinas. São 3.936.037 de primeira dose (D1) e 1.671.677 de segunda dose (D2). Para mais informações basta acessar o site.

    Fonte: EBC

  • Rio quer dobrar banco de DNA de familiares de desaparecidos

    Rio quer dobrar banco de DNA de familiares de desaparecidos

    Dentro da Campanha Nacional de Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Rio de Janeiro pretende mais que dobrar o número de amostras disponíveis. Atualmente, o Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), órgão da Secretaria de Estado de Polícia Civil, conta com cerca de 1.300 amostras genéticas de familiares.

    A coleta vai ocorrer de hoje (14) até sexta-feira (18), entre 9h as 17h, em 13 postos nas regiões do estado. Os endereços podem ser consultados no site do ministério. Na capital, a coleta será feita na Cidade da Polícia, em Benfica, zona norte da cidade, e no Posto Regional de Polícia Técnico-Cientíca de Campo Grande, na zona oeste.

    Podem participar do mutirão os pais, filhos e irmãos do mesmo pai e mãe de pessoas desaparecidas. A amostra genética é coletada da parte interna da bochecha, por meio de um tipo de cotonete. Normalmente a coleta é feita com o encaminhamento das delegacias, após o registro do desaparecimento. Nesta campanha, basta o familiar comparecer aos postos.

    Banco genético

    Segundo a Polícia Civil, o banco de perfis genéticos de familiares de pessoas desaparecidas do IPPGF foi lançado em 2012 e é uma referência no Brasil, correspondendo a cerca de 26% das amostras do Banco Nacional.

    O Rio de Janeiro foi também o responsável pela primeira identificação feita pelo sistema informatizado com as amostras de DNA no país, em 2013, quando ocorreu a combinação, ou match, e a identificação de um corpo como sendo de uma pessoa desaparecida.

    Quando há um corpo não identificado, o exame de DNA é inserido no sistema da Rede Nacional Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para ser comparado com as amostras de familiares disponíveis no banco. De acordo com a Polícia, esse protocolo aumenta as chances de identificação e ajuda a família a entender o que aconteceu com a pessoa.

    Fora da capital, a coleta do mutirão será feita nas cidades de Angra dos Reis, Araruama, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaperuna, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis e Volta Redonda.

    Fonte: EBC

  • Rio inicia campanha para aumentar doação de sangue

    Rio inicia campanha para aumentar doação de sangue

    O Instituto Estadual de Hematologia do Rio (Hemorio) lança hoje (14) uma campanha para ampliar as doações de sangue no estado. A campanha Cada Gota Importa busca reverter a queda nos estoques de derivados de sangue ocorrida devido à pandemia de covid-19.

    Segundo o Hemorio, a pandemia provocou uma queda de 30% nos estoques do produto. Para atender a demanda dos pacientes no estado do Rio, é necessário obter pelo menos 300 bolsas de sangue por dia. A média atual é de 210.

    Além do Hemorio, haverá pontos de coleta em outros cinco locais: Barra Shopping, Park Shopping, Via Brasil Shopping, Hospital Municipal Lourenço Jorge e Hospital da Criança.

    Quinhentos bilhetes unitários de Metrô serão distribuídos para facilitar o deslocamento de quem quiser doar. E, para evitar aglomerações em transportes públicos, o aplicativo de transporte privado 99 dará R$ 30 nas viagens de ida e mais R$ 30 nas viagens de volta até o Hemorio.

    A campanha se estende até o dia 30 de junho. Para doar, é preciso ter entre 16 e 60 anos (menores de idade devem ter autorização), pesar pelo menos 50 kg e estar bem de saúde. Os idosos que já são doadores podem também participar, desde que tenham, no máximo, 69 anos.

    É necessário ainda apresentar um documento de identidade oficial com foto. Não é preciso estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.

    Covid-19

    Pessoas que tiveram covid-19 ficam inaptas por 30 dias após a cura. O mesmo acontece com quem chegar de viagens internacionais (não podem doar por 30 dias). Candidatos à doação que tiveram a forma grave da covid-19 ficam inaptos por um ano após a cura.

    Quem tomou as vacinas da Pfizer e AstraZeneca fica inapto por sete dias, enquanto aqueles que receberam o imunizante da CoronaVac ficam impedidos de doar por 48h, mesmo período para aqueles que foram vacinados contra a gripe.

     

    Fonte: EBC

  • Governo de São Paulo adianta vacinação contra a covid-19

    Governo de São Paulo adianta vacinação contra a covid-19

    O governo do estado de São Paulo adiantou em 30 dias o calendário de vacinação contra a covid-19 e pretende agora vacinar toda a população adulta do estado, ao menos com a primeira dose, até o dia 15 de setembro.O anúncio foi feito hoje (13), durante entrevista coletiva convocada pelo governador João Dória.

    Segundo o novo calendário, adultos sem comorbidades com idades entre 50 e 59 anos serão vacinados a partir do dia 16 de junho. Esse público é formado por cerca de 3 milhões de pessoas.

    Já adultos sem comorbidades com idades entre 43 e 49 anos serão vacinados a partir do dia 23 de junho. A expectativa do governo paulista é vacinar cerca de 3 milhões de pessoas dessa faixa etária.

    Pessoas com idade entre 40 e 42 anos serão vacinadas a partir do dia 30 de junho. Esse público corresponde a cerca de 1,45 milhão de pessoas.

    Além desses grupos, o governo divulgou que pretende vacinar pessoas com idades entre 35 e 39 anos a partir do dia 15 de julho; pessoas entre 30 a 34 anos a partir de 30 de julho e pessoas entre 25 e 29 anos a partir do dia 16 de agosto. O último grupo a ser vacinado será o das pessoas com idades entre 18 e 24 anos, a partir do dia 1° de setembro.

    O novo calendário foi planejado com base na programação de entrega de vacinas prevista pelo Programa Nacional de Imunizações, anunciado pelo Ministério da Saúde.

    Segunda dose

    O governo paulista alerta que a vacinação contra a covid-19 é feita atualmente com duas doses de vacina. Por isso, ele pede para que as mais de 400 mil pessoas que ainda não tomaram a segunda dose no estado, procurem um posto de saúde para completar o seu esquema vacinal.

    “Fica aqui nossa solicitação para que as pessoas que não retornaram e não tomaram a segunda dose, o façam independente do tempo que tomaram a primeira dose”, disse Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Vacinação de São Paulo.

    Fonte: EBC

  • No interior do país, acesso à vacina mobiliza quilombolas

    No interior do país, acesso à vacina mobiliza quilombolas

    O Quilombo dos Arturos, em Contagem (MG), organizou no início do mês passado uma cerimônia fúnebre de congado com poucas pessoas para sepultar Maria Auxiliadora da Luz, de 84 anos.

    Matriarca da comunidade, ela sucumbiu à covid-19 seis dias após o patriarca Mário Brás da Luz, seu marido, de 86 anos, ter o mesmo destino. Tudo ocorreu antes que os dois pudessem celebrar mais um 13 de maio, data que marca a abolição da escravatura e também o Dia de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da comunidade.

    O casal não havia sido vacinado. Dias depois, uma de suas filhas também não conseguiu se recuperar da doença. “Em menos de 15 dias, perdemos três pessoas”, lamenta o motorista e percursionista Antônio Santos, sobrinho de Mário.

    O número de óbitos nas comunidades quilombolas vem sendo acompanhado pela plataforma do Observatório da Covid-19 nos Quilombos, iniciativa da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e do Instituto Socioambiental (ISA).

    Eles mapearam, até o momento, 5.399 casos confirmados e 279 óbitos, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 5,16%. O percentual supera a média nacional de 2,8%.

    O fisioterapeuta Hiago Daniel Heredia Luz, neto de Maria Auxiliadora e de Mário, conta que uma fatalidade impediu que o casal fosse vacinado pelo critério de idade.

    “Quando chegou a vez deles, os dois estavam com sintomas gripais e, pelas orientações do Ministério da Saúde, não se deve vacinar nessas condições. Tem que esperar a melhora dos sintomas. Quando eles poderiam finalmente ser vacinados, eles pegaram a covid-19”, conta.

    Cerca de duas semanas após a contaminação do casal, quilombolas de todas as idades começaram finalmente a ser atendidos como grupo prioritário em todo o país.

    “Não apenas a vida dos meus avós como a de muitas outras pessoas teria sido poupada se a vacinação tivesse sido garantida de forma mais hábil. Para que as doses chegassem aos quilombolas, foi preciso uma articulação nacional”, diz Hiago.

    Fora do plano

    O Plano Nacional de Imunização (PNI) previu quatro fases para atendimento a grupos prioritários na vacinação contra a covid-19. Embora as comunidades indígenas tenham sido incluídas logo de início, os quilombolas ficaram de fora.

    Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação movida pela Conaq – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamento (ADPF) 742 – e determinou o prazo de 30 dias para que o Ministério da Saúde elaborasse um plano de combate à pandemia nas comunidades quilombolas. Elas foram incluídas na segunda fase de vacinação, que teve início no final de março. Mas a maioria dos planos estaduais só conseguiu contemplar os quilombolas em abril.

    Uma vez dentro na segunda fase da vacinação, o Quilombo dos Arturos foi rapidamente atendido pelo município de Contagem, mas essa não foi a realidade em todo o país. Houve situações complexas em outros pontos do Brasil e algumas comunidades ainda lutam pelo acesso à vacina.

    No Ceará, entidades de representação dos quilombolas elaboraram uma relação com 82 comunidades e entregaram à Secretaria de Estado de Saúde.

    “Apenas duas comunidades não foram atendidas. A prefeitura de Aracati se recusou a vacinar os moradores do Quilombo do Cumbe e do Quilombo de Córrego de Ubarana”, conta o educador popular João Luís Joventino do Nascimento.

    Como o município não deu início à vacinação, os quilombolas acionaram a Defensoria Pública do Estado e a Defensoria Pública da União.

    Uma ação foi movida na Justiça Federal. Na primeira instância, o juiz ordenou apenas o atendimento à comunidade de Córrego de Ubarana, pois considerou como pré-requisito um documento do processo de demarcação de terra emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O Quilombo do Cumbe, como a maioria das comunidades quilombolas do país, ainda não obteve a demarcação, embora esteja certificada pela Fundação Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cidadania.

    Um recurso foi apresentado e, em segunda instância, a vacinação foi enfim determinada.

    “Mesmo com a decisão, tivemos problemas. A prefeitura queria que nós fôssemos para a sede do município, descumprindo a orientação do PNI que estabelece a vacinação dos quilombolas em seus territórios. Nós não aceitamos. Até que a Defensoria Pública conseguiu fechar um acordo com o município”, disse Nascimento.

    Na última semana (quarta, 9 e quinta-feira, 10), a prefeitura de Aracati finalmente atendeu a população em cumprimento a uma determinação de Justiça. Foram vacinadas 129 pessoas. Procurado, o município não se manifestou sobre a situação.

    Evolução das vacinas

    Até a última sexta-feira (11), 495.938 quilombolas haviam tomado uma dose da vacina de covid-19 e 40.791 tinham recebido as duas doses, segundo informações da plataforma LocalizaSUS, do Ministério da Saúde.

    Isso significa que 43,7% dessa população já foi atendida, segundo estimativas da pasta. No entanto, apenas 3,6% receberam as duas doses.

    De acordo com o Plano de Operacionalização de Vacinação, existem ao todo no país 1.133.106 quilombolas, distribuídos em 1.278 municípios. O Ministério da Saúde informa que esses números estão baseados no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, e nas áreas mapeadas em 2020.

    “Vale ressaltar que a pasta trabalha em conjunto com estados e municípios para atualização constante desses dados”, acrescenta o texto.

    A Conaq considera, por sua vez, que essas estimativas subestimam o número de quilombolas, o que pode afetar a disponibilidade de doses. O próprio IBGE possui dados mais atualizados que os do Censo de 2010. Uma nota técnica do órgão, publicada no ano passado, estima 5.972 comunidades em 1.674 municípios. Com base nesses dados, o número de cidades que abrigam comunidades quilombolas é 31% superior ao previsto no Plano de Operacionalização de Vacinação. Por sua vez, a Fundação Palmares tem 3.471 quilombos certificados no país, mas não possui estimativa populacional.

    Impasses

    Em alguns locais, a vacinação ainda gera impasses decorrentes de divergências entre quilombolas e autoridades. Um deles ocorre em Caiapônia (GO). Sem uma estimativa oficial da população residente na comunidade Cristininha, a associação dos moradores diz ter encaminhado uma lista que foi recusada pela Secretaria Municipal de Saúde. “A prefeitura não quis aceitar nossa comunidade como quilombola”, diz a presidente da entidade, Edissonia Benedita Costa.

    Ela conta que, com o apoio da Conaq e do Ministério Público de Goiás, foi possível viabilizar a aplicação das primeiras doses. “Por enquanto, foram vacinadas 85 pessoas. Ainda estamos brigando para vacinar o restante. Priorizamos aqueles que moram com mais pessoas dentro de casa. Tem famílias que são mais de dez pessoas em uma mesma casa. Há idosos e filhos que saem pra trabalhar. A comunidade deu prioridade a essas pessoas, que teriam mais risco. Praticamente fizeram a gente escolher quem é que pode morrer e quem é que vai ser vacinado”, critica. Segundo ela, cerca de 200 pessoas ainda precisam ser vacinadas.

    O secretário de Saúde da Caiapônia, João Bosco, afirma que a comunidade foi atendida. Segundo ele, o município demandou a entrega de uma relação de nomes que tivesse a anuência do Ministério Público. “É para resguardar o secretário da saúde de qualquer responsabilidade pelos nomes apresentados”, justifica.

    Insegurança alimentar

    No âmbito da ADPF 742, além de cobrar o plano de vacinação voltado para os quilombolas, o STF também suspendeu demandas judiciais envolvendo direitos territoriais dessas comunidades. A decisão foi comemorada pela Conaq e por outras entidades como um atendimento parcial das demandas.

    Elas cobram um plano mais amplo que permita às comunidades acesso às medidas de proteção recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) tais como itens de higiene e equipamentos de segurança individual como máscara. Defendem ainda medidas que assegurem a proteção territorial durante a pandemia, além do acesso à água potável e da segurança alimentar, de forma a viabilizar o isolamento social para a população quilombola.

    De acordo com a organização não governamental Terra de Direitos, diversas comunidades estão enfrentando dificuldades de produção e acesso a alimentos, o que também interfere na saúde dessas populações e na capacidade de lidar com uma eventual infecção. Um exemplo, citado pela entidade, é o do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA), onde a renda vem da pesca, da agricultura e do artesanato. A suspensão das feiras estaria deixando os moradores em situação econômica debilitada.

    A organização considera que há o agravamento de uma realidade já conhecida. Nas últimas décadas, o Brasil experimentou avanços na segurança alimentar da população negra e parda.

    Apesar disso, em 2011, um levantamento do extinto Ministério do Desenvolvimento Social com 169 territórios quilombolas titulados constatou que a situação dos seus moradores era pior do que a da população negra e parda como um todo. Do total de domicílios visitados, 47,8% apresentavam situação de insegurança alimentar, taxa que atingia 62% na Região Norte.

    Fonte: EBC