Categoria: Saúde

  • Cidade do Rio mantém proibição de eventos e funcionamento de boates

    Cidade do Rio mantém proibição de eventos e funcionamento de boates

    O município do Rio de Janeiro decidiu prorrogar, até 31 de maio deste ano, as medidas restritivas para conter a pandemia de covid-19. Segundo o decreto publicado hoje (20) no Diário Oficial do Município, continua proibido o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança.

    Também estão proibidos eventos, como festas e rodas de samba, em áreas públicas ou particulares e a entrada de veículos de fretamento (com exceção dos serviços regulares para empresas ou hotéis) no município.

    As academias de ginástica e centros de treinamento podem manter suas aulas coletivas desde que cada pessoa tenha um espaço de quatro metros quadrados, ou seja, que esteja dois metros distante de outra pessoa.

    Em bares e restaurantes, a distância entre as mesas é também de dois metros. Música ao vivo só está permitida até as 23h.

    Estabelecimentos dentro de shopping centers e centros comerciais devem ter ocupação máxima de 40% em locais fechados e de 60% em locais abertos. Isso vale também para espaços culturais e de lazer, como museus, parques de diversão e cinemas.

    Fonte: EBC

  • Abastecimento de bancos de leite cai em 20 estados e no DF

    Abastecimento de bancos de leite cai em 20 estados e no DF

    Levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostra que a pandemia de covid-19 causou queda no abastecimento dos bancos de leite humano em 20 estados e no Distrito Federal. 

    Segundo a entidade, desde o início da pandemia, em março de 2020, observou-se uma queda considerável nos estoques de bancos de leite em todo o país. A Febrasgo destaca que o pior caso ocorreu no Rio Grande do Norte, que chegou a ter o seu estoque zerado. 

    “É fundamental ressaltar a importância da doação de leite e a procura do banco de leite por parte das mães que estão com dificuldade de amamentar. A manutenção de bebê saudável diminui o risco de complicações e comorbidades”, ressaltou a presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo, a médica Silva Piza Ferreira Jorge.

    Os benefícios da doação de leite não se restringem apenas aos bebês. As doadoras também são impactadas pelo ato de doar. “As mamas completam seu desenvolvimento com os processos fisiológicos que envolvem a amamentação. Esse ciclo é muito importante favorecendo a prevenção de doenças mamárias e o câncer de mama”, acrescentou Silva.

    O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH), o país dispõe de 224 bancos e 216 pontos de coleta, que podem ser encontrados aqui. ( https://rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs)

    Benefícios

    A amamentação é considerada uma das principais ações com impacto para redução da mortalidade e morbidade neonatal e infantil. O leite materno dá proteção para doenças diarreicas, infecções respiratórias, diminui o risco de diabetes e obesidade na criança, e é um alimento que contém todas as propriedades nutritivas e imunológicas que a criança precisa. Os benefícios também se estendem à saúde da mulher: oferece uma proteção maior contra o câncer de mama, de ovário, além de propiciar que o corpo da mulher retorne mais rapidamente ao que era antes da gestação.

    Fonte: EBC

  • Maio Cinza chama atenção para o câncer de cérebro

    Maio Cinza chama atenção para o câncer de cérebro

    O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima que serão diagnosticados este ano, no Brasil, 11.090 novos casos de câncer cerebral, sendo 5.870 homens e 5.220 mulheres. Atualmente, esse tipo de câncer ocupa a décima posição entre os tumores mais frequentes nas mulheres brasileiras e a décima primeira posição entre os homens. Com o impacto da doença na vida dessas pessoas, o Maio Cinza vem conscientizar a população sobre o tipo de câncer.

    Esses números tendem a ser muito maiores se forem considerados, também, os tumores benignos do sistema nervoso central (SNC), que compreende o cérebro e a medula espinhal. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro. A estimativa é que os tumores do SNC representem 3,1% do total de casos de câncer.

    O cirurgião e chefe da Seção de Neurocirurgia do Inca,  Antonio Aversa, disse hoje (19) à Agência Brasil que a exposição à radioterapia prévia, em anos anteriores, pode aumentar o risco de tumor intracraniano, ou seja, no cérebro. O neurocirurgião oncológico e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), Victor Vasconcelos, concordou que radioterapia e a exposição à radiação, como raios-X e tomografias em excesso, são fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de tumores cerebrais. Os dois especialistas ressaltam a importância do Maio Cinza  para a conscientização da população para a prevenção dos tumores do cérebro.

    Doença multifatorial

    O câncer cerebral é uma doença multifatorial. “Fora a radioterapia, não tem nenhum outro fator ambiental ou familiar que aumente a chance da pessoa desenvolver um tumor cerebral. Sabe-se que tem algumas alterações moleculares genéticas que acontecem nesses tumores, mas em sua grande maioria não tem nenhuma causa identificada”, afirmou Aversa. Segundo o cirurgião do Inca, o Maio Cinza é importante para que a pessoa, ao notar algum sintoma diferente, possa procurar o médico e começar o tratamento precoce. Victor Vasconcelos destacou, também em entrevista à Agência Brasil, que é importante estar atento aos sintomas de alarme para se buscar um especialista.

    Dor de cabeça persistente e progressiva, vômito, convulsão, alterações visuais, motoras, da fala, formigamento são sintomas comuns em adultos e crianças, disse Victor Vasconcelos. “Esses são sinais de alarme, principalmente associados à dor de cabeça”, explicou. Antonio Aversa salientou que também crise epiléptica pode ser sintoma de tumor no cérebro. “Principalmente em adultos na faixa etária de 40 a 50 anos de idade, se aparecer crise epiléptica deve investigar logo, porque pode ser um tumor cerebral”, indicou. Os tumores cerebrais costumam ocorrer em pessoas adultas, em especial adultos mais velhos, embora sejam comuns na infância. “Os tipos de tumor sólido mais comuns na infância são os tumores cerebrais. Só perdem para as leucemias”. 

    Nos menores de idade, esses sinais devem alertar os país para procurar logo o médico para pedir exame, indicou Antonio Aversa. O neurocirurgião oncológico Victor Vasconcelos acrescentou que em crianças na faixa etária de 5 a 12 anos de idade, esse é o câncer mais comum. Na rede primária de saúde, o atendimento é feito por um clínico ou neurologista; se for comprovada a alteração, o paciente é encaminhado para um atendimento neurocirúrgico e submetido a exames de tomografia e ressonância magnética.

    Sobrevida

    Segundo o chefe da Seção de Neurocirurgia do Inca, o tumor maligno mais comum no cérebro é o glioblastoma. Esse é o tumor cerebral mais comum nos adultos e também o mais agressivo. “Quase sempre é fatal”. Mesmo com tratamento, consegue-se, no máximo, de dois até três anos de sobrevida, mas a cura é quase impossível, assegurou Aversa. Já alguns tumores menos agressivos, considerados de baixo grau de malignidade, podem ser tratados com sobrevida longa. Victor Vasconcelos salientou que mesmo esses tumores podem ter sequelas graves para o paciente na área da visão, da fala e do movimento. Na infância, o médico do Inca informou que há tumores malignos que podem ser curados e apresentam taxa de cura de 70% a 80%.  “O panorama nas crianças é bem melhor”, destacou Aversa. 

    Antonio Aversa explicou que quanto mais profundo no cérebro e se, principalmente, envolver uma região chamada tronco cerebral, é muito mais difícil, o tratamento e a evolução são pior. Não se consegue remover toda a lesão. As lesões superficiais são mais fáceis de serem removidas em sua totalidade e indicam necessidade de fazer depois radioterapia e quimioterapia. Nos tumores benignos chamados meningiomas, que aparecem nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a maior prevalência é em mulheres. Nos tumores malignos, a incidência entre os sexos é semelhante. É muito comum, por outro lado, que pessoas que têm câncer em outras regiões do corpo, como os cânceres de pele, mama e pulmão, darem metástese no cérebro, gerando tumores cerebrais secundários, que não entram na listagem de tumores intracranianos primários. 

    Victor Vasconcelos lembrou também a relevância de se falar no tema do tumor cerebral na véspera do Dia Mundial da Cefaleia, que se celebra amanhã (20). Aludiu ao caso das enxaquecas. “Dor de cabeça pulsátil, de forte intensidade, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos ou intolerância à luz ou ao som, incômodo com barulho ou cheiro forte, sugere uma dor de cabeça benigna e que merece algum tratamento, mas não nos alarma com relação ao tumor de cérebro”. Segundo o neurocirurgião oncológico, o que diferencia a enxaqueca do tumor cerebral é a progressão. “Ou seja, uma dor de cabeça que está piorando com o tempo ou pessoas que nunca tiveram dor de cabeça e começaram a ter crises. A mudança desse padrão é o que se deve frisar”, aponto Vasconcelos.

    Fonte: EBC

  • Instituto Nacional de Cardiologia no Rio pede doações de sangue

    Instituto Nacional de Cardiologia no Rio pede doações de sangue

    O hemonúcleo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, registrou uma queda nas doações de sangue e plaquetas este ano e pede à população que compareça ao local para doar. Segundo o INC, as cirurgias não pararam durante a pandemia de covid-19 e, todos os dias, o hospital realiza procedimentos que demandam transfusão de sangue e de seus derivados.

    Para tranquilizar os doadores, o hemonúcleo tomou uma série de medidas para garantir a segurança de quem doa sangue, tais como checar a temperatura na entrada e manter o distanciamento entre as cadeiras de doação e no ambiente onde é servido o lanche aos doadores. O uso de máscaras é obrigatório, as cadeiras são higienizadas a cada uso e existe álcool gel à disposição para a higienização das mãos.

    Os doadores devem ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam da presença do responsável e da assinatura do termo de consentimento), pesar mais de 50 quilos e ter boa saúde (não ter nenhuma doença crônica nem infecção ativa). É importante não comer alimentos gordurosos nas horas anteriores à doação, mas não se deve estar em jejum.

    O INC ressalta que os doadores não podem ter sintomas de covid-19 nem ter tido contato com pessoas que tiveram a doença nos últimos 15 dias. Pessoas que tiveram covid-19 podem doar sangue a partir de 30 dias depois do fim dos sintomas.

    O hemonúcleo fica na sede do INC, na Rua das Laranjeiras, 374, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Os doadores devem levar documento oficial com foto. O agendamento prévio é necessário somente para a doação de plaquetas e é feito pelo telefone (21) 3037-2215.

    HemoRio

    O HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti) informou que não está enfrentando queda nas doações de sangue pois tem feito uma série de campanhas de incentivo à doação. Nos quatro primeiros meses de 2020, foram registradas 25.821 coletas. Já de janeiro a abril deste ano, foram 25.910 coletas.

    O instituto  é o segundo maior hemocentro do país e, por isso, sempre precisa de novas doações de sangue. O HemoRio localiza-se na Rua Frei Caneca, 8, Centro, e funciona todos os dias, das 7h às 18h.

    Fonte: EBC

  • SP quer concluir vacinação de pessoas com comorbidades até julho

    SP quer concluir vacinação de pessoas com comorbidades até julho

    O governo de São Paulo prevê concluir, até o final do mês de junho, a vacinação contra a covid-19 de pessoas com comorbidades e de pessoas com deficiência, acima de 18 anos.

    Depois disso, o governo paulista pretende iniciar a vacinação de pessoas com idades de 55 a 59 anos entre os dias 1º e 20 de julho, além de profissionais da educação com idade de 18 a 46 anos entre os dias 21 e 31 de julho. Professores e profissionais da educação com idade superior a 47 anos já estão sendo vacinados no estado de São Paulo desde o dia 10 de abril. Mas esse cronograma, destacou o governo, vai depender da quantidade de doses de vacinas a serem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

    Já o grupo de pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente e que estejam cadastradas no benefício de prestação continuada (BPC) que tenham entre 40 e 44 anos serão vacinadas em São Paulo a partir do dia 28 de maio. Esse público é estimado em cerca de 760 mil pessoas.

    De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) pessoas com comorbidades são aquelas que têm doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca; cor-pulmonale e hipertensão pulmonar; cardiopatia hipertensiva; síndrome coronariana; valvopatias, miocardiopatias e pericardiopatias; doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; arritmias cardíacas; cardiopatias congênitas no adulto; e próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados.

    Além disso, são enquadradas pessoas com doenças crônicas como diabetes mellitus; pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial resistente; hipertensão artéria estágio 3; hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo; doença cerebrovascular; doença renal crônica; imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos); anemia falciforme; obesidade mórbida; cirrose hepática; e HIV.

    Para ser vacinada, a pessoa com comorbidade precisa apresentar comprovante da condição de risco por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Os cadastros previamente existentes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) também podem ser utilizados.

    Já as pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante do recebimento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).

    Efeitos da vacinação

    Segundo Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, os efeitos de vacinação contra a covid-19 de idosos já começa a ser sentida em todo o estado, com a redução do número de idosos internados.

    Em janeiro, segundo ele, 35% dos internados [incluindo enfermarias] no estado eram idosos acima de 70 anos. Em abril, esse número caiu para 20,4%. “Em UTIs (unidades de terapia intensiva), as pessoas com mais de 70 anos representavam mais de um terço dos internados (37%) e, em abril, já passou para 21%, redução de 43%”, falou ele.

    Durante entrevista coletiva, Paulo Menezes apresentou um gráfico que mostra redução nas internações em UTIs nas pessoas com idade acima de 70 anos, resultado da vacinação contra a covid-19. Pessoas com idade entre 70 e 79 anos, por exemplo, correspondiam a 21,7% do total de internações em janeiro deste ano e passaram a representar 15,7% do total de internações em abril, com o início da vacinação. Já a faixa etária entre 20 e 29 anos, que correspondia a 19,8% do total de internações em janeiro, cresceu e soma 29% do total de internados em São Paulo. Essa faixa etária ainda não foi incluída na campanha de vacinação contra a covid-19.

    “Iniciamos a vacinação de idosos acima de 90 anos em meados de janeiro e já podemos ver como progressivamente eles passam de 3% para 0,9% do total de internações”, explicou. “Agora temos idosos entre 60 e 69 anos sendo vacinados e pessoas acima de 55 anos com comorbidades tomando a primeira dose, que representam quase 50% do total de internações hoje. Nossa expectativa é que, nas próximas semanas, começaremos a ver o impacto disso [da vacinação] na redução dessas internações”, disse Menezes.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: empresa chinesa entra com pedido de autorização para vacina

    Covid-19: empresa chinesa entra com pedido de autorização para vacina

    O laboratório chinês Cansino entrou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com pedido de autorização em caráter emergencial para uma nova vacina contra a covid-19, cuja aplicação exige apenas uma dose. O imunizante, com mesmo nome da farmacêutica, já está sendo aplicado na China.

    A informação foi dada pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e confirmada pela Anvisa. Segundo Wanming, o país está “comprometido em continuar e ampliar a parceria de vacinas com o Brasil”.

    Em nota, a agência confirmou que recebeu a solicitação ontem (18) para a autorização emergencial em caráter experimental. O requerimento foi endereçado pela empresa Belcher Farmacêutica, representando a CanSino Biologics.

    A vacina foi produzida em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China e utiliza adenovírus humano não replicante. A Anvisa deve se manifestar em até sete dias úteis. Integrantes da agência já se reuniram duas vezes com representantes das empresas. 

    Fonte: EBC

  • Com alta de internações, SP mantém fase de transição até o dia 31

    Com alta de internações, SP mantém fase de transição até o dia 31

    Ao registrar novo aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para a covid-19, o governo paulista decidiu prorrogar a fase de transição até o dia 31 de maio, mas ampliando a capacidade de atendimento das atividades comerciais e de serviços de 30% para 40%, com manutenção de funcionamento entre as 6h e 21h.

    A fase de transição teve início no dia 18 de abril e foi dividida em duas etapas. Na primeira, que durou até o dia 23 de abril, as atividades comerciais passaram a ser permitidas, além da realização de cultos e cerimônias religiosas. Já na semana seguinte, além das atividades comerciais, também foram liberadas as atividades do setor de serviços. Com isso, restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, parques, atividades culturais e academias puderam reabrir desde então, com exceção dos bares.

    Além de prorrogar a fase de transição, o governo também manteve o toque de recolher entre as 21h e 5h.

    Segundo o governador João Doria, a partir do dia 1o de junho, o estado entrará em uma nova fase, que vai ampliar o horário de funcionamento do comércio e dos serviços até as 22h e ampliar a capacidade para até 60%. Também será ampliada a capacidade de testagem, principalmente com testes rápidos.

    Alta de internações

    Há uma semana, no dia 12 de maio, a ocupação de leitos de UTI no estado estava em 78,2% e, na Grande São Paulo, em 76,4%. Hoje (19), essas taxas já somam 79% no estado e 76,9% na Grande São Paulo. Até o momento, 10.129 estão internadas em estado grave em todo o estado.

    Apesar de o governo paulista falar em estabilidade dos números, mas com o início da fase de transição e liberação de funcionamento dos serviços e do comércio, o estado voltou a registrar um aumento dos casos. Nesta 19a Semana Epidemiológica, que começou no domingo (16) e termina no próximo sábado (22), o estado já registra média de 2.303 internações por dia, acima da semana anterior, quando a média de internações estava em 2.244 por dia.

    O pico de internações foi registrado na 12a Semana Epidemiológica, entre os dias 21 e 27 de março, quando a média no estado foi de 3.381 internações por dia. Esse número começou a cair desde então e, no seu melhor momento, chegou a somar 2.238 internações por dia na última semana de abril [correspondente à 17a Semana Epidemiológica], mas ainda em um patamar muito elevado, acima do pico na primeira onda da pandemia, quando foi registrada uma média de 1.962 internações por dia, em julho.

    Segundo o Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, esses números continuarão elevados por pelo menos mais quatro semanas. “Mas isso vai depender do ritmo de vacinação”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência.

    “Até metade do mês que vem vamos conviver com números elevados, mas não serão os números que tivemos na fase mais aguda da pandemia. Depois de três ou quatro semanas, passaremos a ter uma redução pelo efeito da vacina”, disse João Gabbardo. “Mas quando falo nesse comportamento, falo em duas variáveis para analisar: o comportamento das pessoas e a velocidade de vacinação. Quanto maior for a velocidade de vacinação, menor será esse tempo que vamos passar para começar a ter essa redução. Quanto maior for o comportamento das pessoas para o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social, menor será esse tempo para o decréscimo desses números. O comportamento das pessoas é que vai determinar a velocidade de redução”, ressaltou.

    Gobbardo lembra, no entanto, que as medidas também precisam ser seguidas por quem já se vacinou. “Vacinados não podem achar que podem voltar à vida normal. Precisa ter distanciamento e manter o uso de máscara”, destacou.

    Fonte: EBC

  • CPI: Pazuello diz que não foi orientado a indicar tratamento precoce

    CPI: Pazuello diz que não foi orientado a indicar tratamento precoce

    O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou nesta quarta-feira (19), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, que tenha assumido a pasta sob a condição de seguir ordens do presidente da República, Jair Bolsonaro, de recomendar chamado “tratamento precoce” para a covid-19, que inclui medicamentos sem comprovação científica como a hidroxicloroquina. “Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada”, garantiu.

    Pazuello acrescentou que foi nomeado por Bolsonaro para “fazer as coisas andar o mais rápido possível” e que a missão era “trocar a roda do carro com o carro andando”. Sobre sua experiência para assumir o ministério, Pazuello lembrou as funções que exerceu ao longo da carreira, entre elas, o comando de hospitais de campanha, como na Operação Acolhida, na fronteira com a Venezuela. “Sobre gestão e liderança, acho que nem preciso responder. É como responder se a chuva molha. Todo militar tem isso”, disse.

    Aos senadores, o general avaliou ser apto para o comando da pasta da Saúde por ter – assim como outros ministros não médicos que ocuparam o posto – capacidade de ouvir, sensibilidade para a tomada de decisão rápida.

    Imunidade de rebanho

    Ao falar da tese da “imunidade de rebanho”, o ex-ministro Pazuello reconheceu que ela “é real”, mas disse que não pode ser usada como única estratégia para imunizar a população. “Que se tem uma imunidade a partir de várias pessoas, não há dúvida, mas como não se sabe o grau de força desses anticorpos, e por quanto tempo ele fica no organismo, não se pode estar apoiado apenas nesta tese. Tem que partir para a imunização com vacina”, afirmou. O ex-ministro disse que sua opinião sobre o assunto não foi formada por conselhos do deputado federal Osmar Terra, um dos defensores da tese. Também negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha determinado que seguisse essa estratégia.

    OMS

    Sobre os motivos que levaram o governo brasileiro a não seguir orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Pazuello disse que a OMS, assim como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), não impõe condições ao governo brasileiro. “Nossa decisão é plena, não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação de OMS, de ONU, de lugar nenhum. Somos soberanos.”

    Para o ex-ministro, as posições da OMS eram claras, mas não contínuas, pelo próprio desconhecimento da organização sobre a pandemia. “A OMS nos dava uma posição, mas cabia a nós escolher o que seguir”, acrescentou.

    Pazuello minimizou manifestações do governo federal sobre medidas não farmacológicas, como isolamento social e disse que como ministro sempre defendeu medidas protetivas.

    “Sempre me posicionei da mesma forma: [favoravelmente] a medidas preventivas, incluindo o distanciamento social necessário em cada situação”, destacou. Pazuello acrescentou que durante a sua gestão sempre ressaltou a importância de medidas como uso de máscaras e lavagem das mãos.

    Pfizer

    Na contramão das declarações do CEO da Pfizer, Carlos Murillo, e do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que à CPI disseram que o governo brasileiro ficou dois meses sem dar retorno à farmacêutica sobre proposta feita para aquisição de vacinas, o ex-ministro da Saúde disse que vai entregar documentos ao colegiado que, segundo ele, provam que houve respostas à empresa americana.

    “Como assim não houve respostas? Nós tivemos 20 respostas à Pfizer”, destacou Pazuello. O general detalhou aos senadores que os contatos com a farmacêutica começaram ainda em 2020 e que o preço e a quantidade de doses oferecidas pela empresa, por exemplo, estiveram entre os entraves para a negociação.

    O ex-ministro disse ainda que passou setembro e outubro de 2020 analisando o contrato da farmacêutica e ressaltou que o Ministério da Saúde nunca fechou as portas e sempre quis comprar a vacina da Pfizer.

    Investimentos

    À CPI, o ex-ministro da Saúde avaliou que “nunca se investiu tanto em saúde no Brasil”. Segundo ele, o legado deixado pelos investimentos feitos pelo governo federal em estados e municípios proporcionará, de forma definitiva, uma melhora na estrutura em saúde ofertada pelos governos locais.

    Pazuello disse que, em 2020, o Ministério da Saúde repassou aos demais entes da federação R$ 115 bilhões. O ex-ministro informou que foram liberados mais de R$ 500 bilhões, no total, às mais diversas ações relacionadas ao combate à pandemia. 

    Ao relacionar as ações tomadas enquanto chefiou a pasta, Pazuello falou sobre campanhas de orientação contra a propagação do vírus. Segundo o general, foram 11 campanhas e 271 vídeos institucionais, sobre a capacidade de testagem e a criação de programas federais, como bancos genéticos para monitorar novas variantes do vírus.

    STF

    Pazuello lembrou que, embora a União disponibilize recursos para que estados e municípios executem as ações de saúde, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abril de 2020 – que garantiu aos governadores a tomada de decisões sobre medidas contra o coronavírus – limitou essas medidas. “Não há possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações sem usurpar competências dos estados e municípios. Isso seria possível no caso de intervenção federal em algum estado. O gestor pleno do SUS [Sistema Único de Saúde] é o secretário municipal de Saúde”, lembrou.

    Sobre a relação com estados e municípios, Eduardo Pazuello destacou que a primeira medida foi desenvolver uma ferramenta de análise de riscos e que à época já havia uma nota técnica que foi distribuída a todos os prefeitos. “Tomada a decisão, o ministério apoiava em todos os itens pedidos por prefeitos e governadores”, explicou.

    Habeas corpus

    Mesmo amparado por uma habeas corpus, concedido na semana passada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que lhe assegura o direito de permanecer em silêncio e não se incriminar em casos referentes à atuação dele à frente do ministério, o ex-ministro afirmou que vai responder a todas as perguntas dos senadores. Pazuello é o oitavo nome a prestar depoimento à CPI e o último a ocupar o cargo de ministro da Saúde a ser ouvido pelo colegiado.

    Fonte: EBC

  • Saúde incentiva a doação de leite materno durante a pandemia

    Saúde incentiva a doação de leite materno durante a pandemia

    A Secretaria de Estado da Saúde celebra nesta quarta-feira (19) o Dia Mundial de Doação de Leite Humano. Em alusão à Semana Estadual de Doação de Leite Humano, será realizada na próxima sexta-feira (21) uma transmissão ao vivo com a temática “Doação de Leite Humano: a pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança”. O evento destaca os desafios da amamentação para mães e bebês em meio à pandemia da Covid-19.

    Mesmo nessa época de pandemia e de isolamento social, a Saúde observou que a solidariedade está prevalecendo no Paraná. “O leite materno é o melhor e mais completo alimento para os bebês, tem inúmeros fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A doação representa amor e as mães que participam desta ação merecem nosso respeito e admiração, principalmente diante deste momento tão crítico em que vivemos”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

    O Paraná conta com 13 Bancos de Leite Humano e 18 Postos de Coleta. Em 2020, estes pontos coletaram cerca de 26 mil litros de leite, porém essa quantidade ainda é insuficiente para atender a demanda de todas as Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) do Estado, o que reforça a necessidade de ampliar as doações.

    Toda mulher lactante saudável e sem contato domiciliar com pessoa com síndrome gripal é uma doadora potencial de leite humano. Para uma doação segura, além de seguir a Nota Técnica 5/2020 do Ministério da Saúde, que apresenta as condutas para a doação de leite materno, a Sesa publicou no início da pandemia aNota Orientativa 9/2020-SESA/PR, que apresenta orientações às equipes e profissionais sobre linha de cuidado materno infantil durante a emergência em saúde pública pela Covid-19.

    “O aleitamento materno é prioridade na saúde. Desenvolvemos estratégias importantes para a promoção da amamentação e, mesmo durante a pandemia, a prática continua sendo incentivada e recomendada. Estamos tomando todos os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus”, enfatiza a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

    SENSIBILIZAÇÃO– Como parte da campanha, a Sesa pede auxílio aos profissionais de saúde que atendem gestantes e lactantes quanto à sensibilização dessas mulheres para a doação de leite humano.

    A doação de qualquer quantidade de leite materno pode ajudar a salvar vidas e proporcionar uma melhor recuperação dos bebês internados em unidades de tratamento intensivo neonatais. Toda doação, independentemente da quantidade, pode fazer a diferença na vida de diversos bebês.

    COMO DOAR– Para realizar a doação, é preciso entrar em contato com o Banco de Leite Humano ou Posto de Coleta mais próximo da residência. Para saber a localização dos Bancos de Leite Humano e Postos de Coleta do Estado acesse: rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs.

    Os Bancos de Leite Humano são serviços especializados criados para qualificar a assistência neonatal e contribuir para a redução da mortalidade infantil. Realizam a coleta e processamento do leite humano com rigoroso controle de qualidade e distribuem para bebês prematuros e de baixo peso de acordo com as necessidades de cada recém-nascido. Além disso, oferecem atendimento de orientação, manejo e apoio à amamentação.

    LIVE– O evento virtual acontecerá no dia 21 de maio, das 9h30 às 11h30, e será transmitido no YouTube da Escola de Saúde Pública do Paraná pelo linkwww.youtube.com/c/EspprVirtual.

    Fonte: Secom Paraná

  • Anvisa explica novas regras para alimentos integrais

    Anvisa explica novas regras para alimentos integrais

    A partir de 2022, para serem identificados como alimentos integrais, os produtos alimentícios à base de cereais precisarão obedecer a dois critérios: a quantidade de ingredientes integrais tem de ser superior à de ingredientes refinados e, pelo menos 30% de todos os ingredientes devem ser integrais. 

    As novas regras fazem parte de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no final do mês passado. Entre os alimentos considerados na resolução da Anvisa estão farinhas, massas, pães, biscoitos e cereais matinais. Para entender melhor os impactos das novas medidas, a Agência Brasil conversou com o gerente de Padrões e Regulação de Alimentos da Anvisa, Tiago Lanius Rauber.

    “A gente entende como uma forma de dar mais informação ao consumidor e permitir que ele faça a escolha conforme seus critérios e interesses”, diz Rauber. “A gente imagina que vai promover maior consumo de cereais integrais pela população brasileira e também promover a melhoria da qualidade da composição dos produtos, que hoje são vendidos como integrais e que muitas vezes de integral só tem o rótulo mesmo”, acrescenta.

    Rauber conta que a resolução foi elaborada a partir de uma demanda por maior transparência nos rótulos de produtos cereais, levada à Anvisa por entidades como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Segundo o gerente, faltavam inclusive parâmetros para que um produto fosse considerado integral no Brasil, o que acabava ficando a cargo das próprias empresas. 

    Critérios

    Agora pelo menos 30% dos ingredientes precisarão ser integrais, ou seja, conter todas as partes do grão inteiro. A medida é baseada em critérios internacionais. Embora não haja uma uniformidade mundial, a Anvisa procurou estudos que apontassem um percentual mínimo. Além disso, os integrais deverão superar os ingredientes refinados na composição.

    Atendidos os critérios, o termo integral poderá aparecer no rótulo. Além disso, haverá a indicação do percentual de integrais. Mesmo os alimentos não considerados integrais poderão colocar no rótulo a porcentagem de integrais. Eles não podem, no entanto, dar a entender que se tratam de produtos integrais, nem mesmo com desenhos que possam enganar o consumidor de alguma forma.

    As novas regras entrarão em vigor em abril de 2022. A partir dessa data, os novos produtos deverão atender a esses critérios. Aqueles que já estão em circulação terão, após a vigência da resolução, um prazo de 12 meses para adequação dos produtos, até abril de 2023. As massas alimentícias terão prazo ainda maior, 24 meses, devido à complexidade das adaptações tecnológicas. 

    Rauber explica que a medida traz maior uniformidade e transparência e não impede a comercialização de nenhum produto. “Não estamos proibindo nenhum produto de ser mantido no mercado, não estamos fazendo intervenção que mude radicalmente os processos de fabricação das empresas. Em tese, não há razão para ter aumento de preço. O que imaginamos que vá acontecer é que o consumidor terá acesso à informação por meio do rótulo”, diz.

    Segundo ele, as pessoas poderão escolher se desejam um produto com maior ou menor percentual de integrais. Ele defende que até mesmo aqueles com baixa porcentagem, não considerados integrais, podem ser importantes fontes de nutrientes, sendo também importante a sua produção. 

    Consumo de fibras 

    Os alimentos integrais são importantes fontes de vitaminas e fibras. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, divulgada em 2020, os brasileiros estão comendo menos fibras. Esse consumo passou de 20,5 gramas em 2008-2009 para 15,6g em 2017-2018. Segundo a nutricionista Liliana Bricarello, que é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colaboradora do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), o consumo diário recomendado para um adulto saudável é de 25g a 30g.

    “É importante que sejam estabelecidas essas regras para que a população de fato consuma alimento integral. A longo prazo, isso pode trazer benefícios no sentido de assegurar que aqueles produtos que as pessoas estão comprando são de fato integrais ou tenham pelo menos 30% desses ingredientes”, afirma.

    As fibras trazem diversos benefícios e precisam fazer parte da alimentação, de acordo com Liliana. Entre eles estão o bom funcionamento intestinal, a diminuição da taxa de glicose no sangue, redução do colesterol e triglicérides. O consumo de fibras pode também ajudar na prevenção ao câncer de intestino, principalmente porque elas regulam o seu funcionamento, diminuindo o tempo de contato de substâncias que causam a doença com as paredes intestinais.

    Liliana ressalta que a recomendação para uma dieta saudável é incluir produtos in natura e reduzir os processados. “Uma das formas de a gente inserir as fibras na dieta também é pelos alimentos integrais. Mas, as frutas, as verduras e os legumes, de forma geral, também garantem o consumo adequado das fibras”. 

    Adequação da indústria

    Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) disse, em nota, que participa do processo desde o início e entende como positivas as decisões tomadas pela Anvisa. “A nova regulamentação traz critérios de composição e rotulagem claros e objetivos e deverá dar mais segurança para que os consumidores possam fazer suas escolhas de acordo com as necessidades”. 

    De acordo com a Abia, o prazo para a implementação dos novos requisitos é adequado, “mesmo frente às dificuldades impostas pela pandemia em relação à cadeia de suprimentos, de materiais de embalagens e de matérias-primas”, acrescentou.

    Fonte: EBC