Categoria: Saúde

  • Na OMS, Queiroga faz apelo por doações de vacinas contra covid-19

    Na OMS, Queiroga faz apelo por doações de vacinas contra covid-19

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo internacional nesta sexta-feira (30) para que governos que tenham doses extras de vacinas, que liberem os imunizantes para acelerar a campanha de vacinação no Brasil.

    A manifestação foi feita durante conferência de imprensa com a participação da cúpula da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante o evento, também foi feito um balanço da crise sanitária global.

    “Reiteramos nosso apelo àqueles que possuem doses extras de vacinas para que possam compartilhá-las com o Brasil o quanto antes possível, de modo a nos permitir lograr avanços em nossa ampla campanha de vacinação, para conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus”, disse o ministro.

    Sputnik V

    Sobre a inclusão da vacina russa, Sputnik V, na campanha de imunização do país, Queiroga disse que isso depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência reconhecida internacionalmente. Nesta semana, a agência negou a importação da vacina russa. “O Brasil tem um marco regulatório estabelecido. A Anvisa tem autonomia e os diretores são técnicos e têm capacidade de resistir às pressões políticos, que são normais”, avaliou.

    O ministro lembrou que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o colega russo Vladimir Putin para falar sobre o imunizante. “Assim que Anvisa aprovar, vai ser incluído” [no programa nacional de imunizações], afirmou.

    Ciência

    Ao fazer um balanço das ações do governo brasileiro durante a pandemia, Queiroga lembrou que há pouco mais de um mês, ao assumir o Ministério da Saúde, se comprometeu em acelerar a vacinação contra o novo coronavírus. Ele ressaltou ainda que o Brasil tem capacidade para vacinar 2,4 milhões de pessoas por dia, mas que a ampliação da vacinação tem esbarrado na falta de vacinas, ainda que a pasta tenha recebido mais imunizantes, com a chegada hoje do primeiro lote da vacina Pfizer ao país.

    O ministro da Saúde disse ainda que desde que assumiu a gestão da saúde no país buscou orientar a população brasileira “de forma clara” sobre medidas farmacológicas cientificamente comprovadas, como uso de máscara, lavagem de mãos e distanciamento social.

    Indígenas

    Sobre a vacinação da população indígena no país, o ministro ressaltou que, considerando a vulnerabilidade desses povos a doenças respiratórias, eles foram priorizados no programa de imunização. “Já foram distribuídas doses suficientes para todos os indígenas com mais de 18 anos em territórios indígenas”, disse.

    Aos jornalistas e à cúpula da OMS, Queiroga destacou que o Ministério da Saúde está “na iminência” de assinar um contrato com a Pfizer para aquisição de mais 100 milhões de doses de vacina. “Temos doses suficientes para o segundo semestre, e é possível garantir que, até o fim de 2021, tenhamos a nossa população inteiramente vacinada.”

    OMS

    Durante o evento, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a atenção do mundo todo está voltada para a escalada da covid-19 na Índia, mas que outros países estão vivendo transmissão intensa, como o Brasil, um dos mais afetados pela pandemia.

    Nesse sentido, Adhanom  citou que o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortos e destacou que, desde novembro, o país tem crise aguda, incluindo casos, hospitalizações e morte entre jovens. “Os casos agora diminuíram por quatro semanas seguidas, entre hospitalizações e mortes. São boas notícias, esperamos que continuem. Mas a pandemia nos ensinou que nenhum país pode baixar a guarda”, afirmou.

    Para o diretor da OMS, o Brasil foi bem nas áreas da detecção precoce da doença, telemonitoramento de casos e distribuição de vacinas, com priorização de profissionais da saúde, indígenas e idosos.

    Fonte: EBC

  • Vacina: DF começa a cadastrar pessoas com comorbidades

    Vacina: DF começa a cadastrar pessoas com comorbidades

    Começa hoje (30), no Distrito Federal, o prazo para que pessoas com doenças graves capazes de ampliar os riscos de uma infecção pelo novo coronavírus evoluir para quadros severos da doença se cadastrarem para receber a vacina contra a covid-19.

    A previsão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal é começar a imunizar a população que tenha comorbidades ou doenças graves preexistentes na próxima terça-feira (4), a depender da entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde.

    Para receberem a primeira dose do imunizante, as pessoas de 18 a 59 anos de idade que apresentem alguma das comorbidades previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 deverão estar cadastradas no sistema da secretaria distrital de Saúde.

    Veja, a seguir, as comorbidades incluídas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19:

    O cadastramento começou às 9 horas de hoje, no site.  No caso de pacientes que já são atendidos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), a pasta verificará aqueles que podem tomar a vacina e agendará a data e local ao qual a pessoa deverá comparecer para ser imunizada.

    Pessoas sem registros de atendimentos registrados na base de dados da Secretaria de Saúde também podem se cadastrar. Basta informar sua condição de saúde, mas, no momento da vacinação, precisará apresentar um laudo médico atestando a comorbidade.

    Segundo a Secretaria de Saúde, cerca de 364 mil pessoas de 18 a 59 anos de idade e com alguma comorbidade que as habilita a serem vacinadas nesta fase vivem no Distrito Federal. Por indicação médica e orientação do Ministério da Saúde, quem tem menos de 18 anos não está sendo vacinado, independentemente da condição de saúde. Veja a previsão de vacinação conforme os grupos preliminarmente divulgados pela pasta.

     

    Fonte: EBC

  • Cidade do Rio prorroga medidas restritivas até 10 de maio

    Cidade do Rio prorroga medidas restritivas até 10 de maio

    O município do Rio de Janeiro decidiu prorrogar até 10 de maio as medidas restritivas contra a covid-19. As regras de funcionamento e permanência em lugares públicos permanecem as mesmas do decreto de sexta-feira passada (23).

    A permanência das pessoas na areia das praias e o comércio nesses locais, por exemplo, continuam proibidos nos fins de semana e feriados, sendo permitidos apenas nos dias úteis. Também segue proibida a permanência nas ruas das 23h às 5h todos os dias.

    A prefeitura manteve ainda a proibição do funcionamento de boates, danceterias e casas de espetáculos.

    Comércio e serviços não essenciais, além de bares, lanchonetes e restaurantes, poderão funcionar com atendimento presencial ao público até as 22h.

    Estabelecimentos localizados no interior de shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas, assim como as atividades culturais e de entretenimento como museus, cinemas, teatros, casas de festa e parques de diversões, deverão funcionar com no máximo 40% da capacidade, se localizadas em locais fechados, e 60% se em locais abertos.

    Fonte: EBC

  • Senado aprova ampliação do teste do pezinho no SUS

    Senado aprova ampliação do teste do pezinho no SUS

    O Senado aprovou, nesta quinta-feira (29), um projeto de lei (PL) que aumenta o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho aplicado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a ampliação prevista no projeto, o exame alcançará 14 grupos de doenças, medida que será implementada de forma escalonada, em prazo a ser regulamentado pelo Ministério da Saúde.

    O texto, que teve origem na Câmara dos Deputados, segue agora para sanção presidencial.

    Atualmente, o teste do pezinho realizado pelo SUS engloba seis doenças: hipotireoidismo congênito; fenilcetonúria; anemia falciforme; fibrose cística (também conhecida como mucoviscidose); hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Conforme destacado pelo autor do projeto, deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), a versão expandida do teste, encontrada nos serviços privados, faz o diagnóstico de até 53 doenças.

    O teste do pezinho é feito a partir da coleta de gotas de sangue dos pés dos recém-nascidos. Para determinar o aumento do número de doenças rastreadas pelo teste, o projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente.

    A ampliação do teste deverá entrar em vigor 365 dias após a publicação da lei originada pelo projeto. A lista de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho deverá ser revisada periodicamente, com base em evidências científicas e com prioridade para as de maior prevalência no país, com protocolo de tratamento aprovado e incorporado ao SUS.

    *Com informações da Agência Senado

    Fonte: EBC

  • Brasil atinge marca de 400 mil mortos pela covid-19

    Brasil atinge marca de 400 mil mortos pela covid-19

    O Brasil bateu a marca dos 400 mil mortos pela covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 3.001 novos óbitos. Com isso, o total de pessoas que perderam a vida para a pandemia do novo coronavírus chegou a 401.186.

    Ontem, o balanço diário marcava 398.185 vítimas que não resistiram à pandemia. Ainda há 3.663 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

    A soma de pessoas que contraíram o vírus desde o início da pandemia alcançou 14.590.678. Entre ontem e hoje, foram confirmados 69.389 diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o painel do Ministério da Saúde marcava 14.521.289 casos acumulados.

    As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quinta-feira (29). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.

    Em termos de óbitos, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos, que tiveram até o momento 574.947 mortes em função da covid-19. Já no ranking de casos, o país está na terceira colocação, atrás da Índia (18.376.524) e dos Estados Unidos (32.272.447).

    O número de pessoas recuperadas totalizou 13.152.118. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.037.374.

    Estados

    O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (95.532), Rio de Janeiro (43.965), Minas Gerais (33.041), Rio Grande do Sul (24.753) e Paraná (22.229). Já as unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.503), Acre (1.525), Amapá (1.536), Tocantins (2.529) e Alagoas (4.200).

    Vacinação

    Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídos 57,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicados 41,4 milhões de doses, sendo 28,5 milhões da primeira dose e 12,9 milhões da segunda dose.

    Repercussão

    O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota lamentando as 400 mil mortes. “O número reflete a dor de famílias que perderam pais, avós, filhos e irmãos de forma rápida, violenta e muitas vezes solitária. Reflete também erros de condução e a ausência de coordenação centralizada no nível federal.”

    Na nota, os secretários estaduais de Saúde insistem na necessidade de ampliar a vacinação contra a covid-19 e de uma ampla campanha de comunicação para destacar a importância das medidas de prevenção e garantir adesão à vacinação.

    A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber de o órgão emitiria algum tipo de posicionamento sobre a marca e aguarda retorno.

    O Conselho Nacional de Saúde (CNS) também soltou comunicado no qual se solidariza com as famílias dos mortos e critica as ações do governo federal. “A ausência de coordenação nacional, o desfinanciamento deliberado do Sistema Único de Saúde (SUS) e a negação com motivação ideológica para compra das vacinas contra a covid-19, no momento em que precisávamos ter adquirido, são alguns dos inúmeros motivos que tornam a atual gestão como a grande responsável pela barbárie que vivemos”, diz o texto do CNS.

    Fonte: EBC

  • Covid-19: UFMG receberá R$ 30 milhões para testar nova vacina

    Covid-19: UFMG receberá R$ 30 milhões para testar nova vacina

    A vacina Spintec, que está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para combate à covid-19, já tem assegurados recursos para os primeiros experimentos clínicos com seres humanos. A prefeitura de Belo Horizonte repassará, ao todo, R$ 30 milhões para as fases 1 e 2 dos testes. A primeira parcela, estimada em R$ 6 milhões, deve ser liberada já no mês de maio, e as demais, até dezembro.

    Segundo nota divulgada hoje (29) pela UFMG, um termo de cooperação deverá ser assinado com o município nos próximos dias. A realização dos testes já tinha R$ 3 milhões garantidos por meio de emendas parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “O suporte financeiro oferecido pela prefeitura da capital mineira vai assegurar a continuidade das pesquisas”, diz o texto. De acordo com a UFMG, o acordo traz alívio, pois o orçamento da instituição não permitiria levar a pesquisa adiante e esta poderia ser interrompida.

    Os cientistas envolvidos estabeleceram um projeto em busca de uma vacina que seja efetiva contra novas variantes. “A plataforma tecnológica usada consiste na combinação de diferentes proteínas para formar uma única, artificial. Esse composto, chamado de ‘quimera’, é injetado no organismo em duas doses e induz à resposta imune. Por não usar exclusivamente a proteína S, na qual se dá a maioria das mutações, as chances de sucesso desse imunizante no combate às novas variantes são bastante elevadas”, destaca a nota da UFMG.

    Testes pré-clinicos

    Nos testes pré-clínicos, com animais, os resultados têm se mostrado promissores. Quando inoculada em camundongos, foi observada uma resposta adequada: a formulação induziu 100% de proteção. Agora estão sendo realizados ensaios de tolerabilidade e imunogenicidade em primatas não humanos. Esses experimentos buscam detectar possíveis efeitos colaterais e confirmar a geração de anticorpos.

    O início das fases 1 e 2, quando são realizados os primeiros testes com grupos reduzidos de adultos saudáveis, depende de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes de conceder o aval, a Anvisa avalia os resultados da etapa pré-clínica.

    Os recursos disponibilizados pela prefeitura serão usados para concluir os experimentos com os animais, comprar reagentes, produzir lotes de teste para análise da Anvisa, preparar documentação e realizar os primeiros testes com adultos saudáveis. Nas fases 1 e 2, são analisadas, entre outras questões, a segurança da vacina e sua capacidade de gerar resposta imune em seres humanos.

    Caso os resultados sejam positivos, pode-se requerer à Anvisa o início da Fase 3, na qual a eficácia será avaliada com milhares de voluntários. Se todas as etapas correrem conforme a expectativa dos cientistas, a vacina pode estar disponível para uso em massa em meados de 2022. A evolução das pesquisas, no entanto, demandará novos aportes financeiros para a Fase 3, a mais complexa. Segundo a UFMG, deputados estaduais já manifestaram compromisso em ajudar a garantir a verba necessária.

    Existe a possibilidade de se direcionar para os experimentos uma fatia do montante previsto no acordo firmado entre o governo mineiro e a mineradora Vale para reparação dos danos da tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019 com o rompimento de uma barragem de rejeitos no município. A empresa comprometeu-se a destinar R$ 37,6 bilhões para diversas medidas, algumas das quais de caráter compensatório e voltadas para melhoria da saúde, saneamento e mobilidade no estado. Os deputados estaduais mineiros têm que aprovar a aplicação de parte dos recursos do acordo.

    Produção brasileira

    A Spintec está sendo desenvolvida no CT-Vacinas, um centro de biotecnologia instalado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). O espaço é resultado de uma parceria entre a UFMG e o Instituto René Rachou, unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição científica vinculada ao Ministério da Saúde. A Fiocruz já produz, em sua sede no Rio de Janeiro, a vacina Covishield, que está em uso no Brasil e foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica inglesa Astrazeneca, instituições com as quais foi firmado um acordo de transferência de tecnologia. Por enquanto, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), um dos componentes do imunizante, ainda está sendo importado, mas a Fiocruz já se prepara para produzi-lo no país, tornando a fabricação da Covishield 100% nacionalizada.

    Outra vacina que está sendo aplicada no país, a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, também tem o envolvimento de pesquisadores brasileiros. O centro de pesquisa biomédica vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo firmou um acordo com a Sinovac, laborátório chinês que desenvolveu o imunizante. O IFA dessa vacina também precisa ser importado.

    Há outros imunizantes contra covid-19 em desenvolvimento no Brasil com a participação de instituições de ensino superior, tais como as universidades de São Paulo (USP) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além de autorizar o avanço de cada fase dos estudos clínicos, cabe à Anvisa dar a palavra final sobre a aplicação em massa do imunizante na população – a agência pode conceder a autorização para uso emergencial ou o registro definitivo.

    Até o momento, quatro imunizantes estão liberados para o combate à pandemia no Brasil, e dois são totalmente produzidos no exterior. Uma das vacinas foi desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNtech, e o primeiro lote destinado ao Brasil deve desembaracar na noite desta quinta-feira (29) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo. A outra é da Janssen, braço farmacêutico da multinacional Johnson & Johnson, e deve começar a ser entregue ao país apenas em agosto.

    A microbiologista Ana Paula Fernandes, uma das envolvidas no desenvolvimento da Spintec, considera importante o investimento em produtos brasileiros, mesmo que já existam no mundo diversas opções de vacinas para o combate à covid-19. “Não sabemos a duração da imunidade, é preciso atestar a segurança de algumas vacinas e talvez precisemos obter produtos específicos para faixas etárias distintas”, disse Ana Paula, que destacou ainda as dificuldades para importar e produzir insumos no Brasil. “Além disso, estamos descobrindo variantes que devem exigir outros tipos de vacinas.”

    Fonte: EBC

  • Ministro nega existência de leitos ociosos em hospitais militares

    Ministro nega existência de leitos ociosos em hospitais militares

    O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, negou hoje (29) a existência de leitos ociosos para o tratamento da covid-19 em hospitais militares. Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o ministro afirmou que não há sobra de leitos e que a taxa de contaminação de militares pelo vírus é maior do que na população em geral.

    É exatamente o contrário. Nós não temos disponibilidade [de leitos], nosso índice de contaminação é maior na família militar, que abrange o pessoal da reserva”,  disse, sem apresentar os números.

    “E, curiosamente, o nosso pessoal que estava na linha de frente começou a se contaminar porque não estava prevista a vacinação desse pessoal”, completou.

    De acordo com o ministro, a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Braga Netto disse ainda que muitos hospitais militares têm removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso das unidades.

    O fato é que não existem leitos ociosos nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é justamente do rodízio de quem sai da UTI para entrar quem está pior”, afirmou.

    A informação a respeito da ociosidade de leitos em hospitais militares, tanto em enfermarias quanto em UTI, foi publicada por veículos de comunicação no início do mês. A questão está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) que chegou a determinar a divulgação de informações sobre os leitos destinados a pacientes com covid-19.

    O tema também chegou a ser tratado na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados que aprovou ontem (28) a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre a questão.

    Durante a audiência, o ministro também foi questionado sobre a “politização” das Forças Armadas. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) citou a troca no comando do ministério e nos comandos das Forças Armadas. A saída dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foi anunciada pelo ministério da Defesa um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa, assumido então por Braga Netto, que chefiava a Casa Civil.

    Contarato também questionou sobre o posicionamento de integrantes do alto escalão das Forças Armadas, como o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, em redes sociais, com críticas a instituições como o Supremo Tribunal Federal e também a políticos de esquerda.

    Em determinadas posições ocupadas nas instituições, nós temos que nos abster de opiniões pessoais sobre a política, senão nós estamos politizando as Forças Armadas. O governo passa, as instituições permanecem”, disse o senador.

    O ministro negou haver politização das Forças e disse que a troca nos comandos ocorreu por questão de antiguidade.

    Não existe politização nas Forças Armadas. Isso é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e por uma questão funcional houve a troca de comandantes. Por uma questão até de antiguidade, os civis normalmente não entendem muito a questão da antiguidade, e para nós isso é importante”, disse.

    “Essa troca foi feita e as Forças Armadas seguem seguindo a linha da hierarquia, disciplina, defesa da Constituição e da liberdade do povo brasileiro”, acrescentou.

    Fonte: EBC

  • Prefeito diz que o Rio tem reserva técnica para segunda dose de vacina

    Prefeito diz que o Rio tem reserva técnica para segunda dose de vacina

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse hoje (29) que, pelo menos por enquanto, não deve faltar vacina para aplicar a segunda dose na população da cidade. Segundo ele, mesmo com a autorização, em março, dada pelo Ministério da Saúde, para o uso já para a primeira dose do estoque de 50% da quantidade de imunizantes originalmente destinados para completar a vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde fez uma reserva técnica, o que agora permite a continuidade das aplicações da segunda dose.

    “A população do Rio de Janeiro pode ficar tranquila, principalmente aqueles que já receberam a primeira dose. Nós tivemos o cuidado de ter reserva para a segunda dose. É óbvio que ela é uma reserva técnica. Confirmando a chegada da AstraZeneca na segunda-feira, a gente segue normalmente com a vacinação. Temos sempre uma cobertura, uma gordura que, mesmo que haja algum atraso, faz com que a gente não tenha que parar a vacinação”, afirmou durante a inauguração de mais um posto de vacinação, agora na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Força Aérea Brasileira e o Comando Conjunto Leste. Segundo o prefeito, com este já são sete os postos de vacinação abertos pelas Forças Armadas na capital.

    “A nossa lógica aqui [na cidade] é a seguinte: chegou a vacina, a gente quer aplicar. Quanto mais gente a gente vacinar, melhor. A Fiocruz está regularizando a sua produção, acho que produzindo quase um milhão de vacinas por dia. Se seguirmos nesse ritmo, a gente só quer dar boa notícia, antecipar, acelerar mais idade, mais gente nesse esforço permanente”, completou.

    O posto da Base Aérea do Galeão, que tem atendimento no sistema drive-thru, funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, de 8h ao meio-dia. “Com uma rapidez enorme várias iniciativas e mobilizações foram feitas pelas Forças Armadas para colaborar com o Programa Nacional de Imunização. É um esforço de todos. É uma tarefa que cabe a todos os brasileiros, aqueles que entendem que este é um momento difícil que precisa da união de todos nós”, detalhou.

    Grupos prioritários

    Nesta quinta-feira (29), a vacinação está sendo feita em mulheres dos grupos prioritários com 58 anos e para profissionais de saúde de 41 anos. “O Rio vai bem. Atingimos 100% da população idosa da cidade, é uma vitória por si só. Agora, avançamos para grupos prioritários. Se essa regularidade de entrega da vacina passar a se dar de maneira mais adequada, se Deus quiser muito em breve a gente vai estar com todos os cariocas vacinados”, afirmou.

    Hoje foi a primeira vez que Eduardo Paes participou de agenda externa, depois de cumprir período de isolamento por causa da reinfecção da covid-19. “Passei os últimos 15 dias no isolamento, um pedido que os médicos, especialmente o doutor Daniel [secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz] determinaram de isolamento. Dessa vez, eu tive uma infecção. Ao contrário da primeira vez, eu sofri um pouquinho, tive febre, um pouco de comprometimento no pulmão, mas graças a Deus já estou bem e zerado.” 

    Amanhã (30), a prefeitura do Rio deve divulgar mais um Boletim Epidemiológico. O prefeito admitiu que, se houver mais avanço no combate à covid-19, é possível que sejam anunciadas novas flexibilizações.

    Deslizamentos

    O prefeito comentou, também, o deslizamento de casas na comunidade Pavão/Pavãozinho, na zona sul do Rio, na madrugada de hoje, provocado pela chuva forte. Ele alertou a população que fique atenta aos sinais das sirenes de aviso de risco. 

    “Temos que ficar atentos, lá pelas três da madrugada eu conversei com o Centro de Operações. Fui informado do deslizamento no Pavão/Pavãozinho, mas graças a Deus ninguém ficou ferido ou morreu, isso é muito importante. A Defesa Civil já está olhando. A GeoRio vai ver o que é necessário ser feito. Óbvio que o solo fica encharcado [com a chuva] e quanto mais tem o solo encharcado há o risco de deslizamento. Então, o meu apelo é que [a população] respeite a história das sirenes. Tocando as sirenes, as pessoas, por favor, se desloquem para os pontos seguros para que possamos evitar que acidentes mais graves aconteçam”, finalizou.

    Fonte: EBC

  • Observatório da Covid-19 aponta queda de casos e mortes no país

    Observatório da Covid-19 aponta queda de casos e mortes no país

    O boletim extraordinário do Observatório Covid-19, divulgado nesta quarta-feira (28 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta queda no número de casos e de óbitos e redução das taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos.

    No entanto, os níveis permanecem em patamares críticos, e a taxa de letalidade preocupa. Os dados comparativos mostram que, no fim do ano passado, esse indicador em 2%, mas aumentou para 3% na Semana Epidemiológica 11 (14 a 20 de março) e, na última semana, subiu para 4,4%. A análise do boletim é referente à Semana Epidemiológica 15, período entre 18 e 24 de abril.

    Segundo o boletim, o número de casos confirmados diminuiu à taxa de 1,5 % ao dia, enquanto o de óbitos pela doença caiu 1,8 % ao dia, “mostrando tendência de ligeira queda, mas ainda não de contenção, da epidemia”.

    Quanto à taxa de ocupação de leitos, chamam a atenção a queda nos estados de Rondônia (de 94% para 85%) e do Acre (de 94% para 83%), ainda que ambos continuem na zona de alerta crítico; a passagem de Alagoas da zona de alerta crítico para a de alerta intermediário (de 83% para 76%); e a saída da Paraíba da zona de alerta (de 63% para 53%).

    De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, o quadro atual pode representar uma desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e de óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país. “Esse conjunto de indicadores, que vêm sendo monitorados pelo Observatório Covid-19 Fiocruz, mostram que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas.”

    Diante desse cenário, os responsáveis pelo estudo alertam que a flexibilização sem um controle rigoroso das medidas de distanciamento físico e social pode retomar o ritmo de aceleração da transmissão, com a “produção” de novos casos, vários deles graves, e elevação das internações e taxas de ocupação de leitos.

    “A integração entre atenção primária à saúde e a vigilância em saúde deve ser intensificada para otimizar os processos de triagem de casos graves, seu encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos para medidas de proteção e quarentena. Além disso, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, acrescentam os pesquisadores.

    Fonte: EBC

  • São Paulo prorroga fase de transição por mais uma semana

    São Paulo prorroga fase de transição por mais uma semana

    Com mais uma semana de queda nos indicadores de internações, mortes e de novos casos por covid-19, embora estes continuem em patamar bastante elevado, o governo de São Paulo decidiu estender por mais uma semana a chamada fase de transição. Essa medida vai durar até o dia 9 de maio.

    A novidade é que o governo paulista decidiu ampliar um pouco mais o horário de funcionamento do comércio e dos serviços, de 11h as 19h para 6h às 20h. O período estendido passa a valer a partir de sábado (1º).

    A fase de transição funciona entre a Fase 1-Vermelha, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar, e a Fase 2-Laranja, onde comércio e serviços [com exceção de bares] podem funcionar com capacidade estipulada em até 40%.

    A fase de transição teve início no dia 18 de abril e foi dividida em duas etapas. Na primeira delas, que durou até o dia 23 deste mês, as atividades comerciais passaram a ser permitidas. Já nessa semana, além das atividades comerciais, também foram liberadas as atividades do setor de serviços. Com isso, restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, parques, atividades culturais e academias puderam reabrir, com exceção dos bares. Todas essas atividades só podem funcionar com capacidade limitada a 25%.

    A fase de transição mantém liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social. Parques estaduais e municipais também poderão ficar abertos, mas com horário das 6h às 18h.

    Também serão mantidos o toque de recolher, das 20h às 5h, além da recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.

    O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

    Queda internações

    O número de pessoas internadas vem caindo há quatro semanas consecutivas em São Paulo. Mesmo assim, a quantidade de pacientes internados hoje é superior ao pico registrado no ano passado. “Os números ainda são altos. No início do ano, tínhamos uma média de 200 novos casos a cada 100 mil habitantes. E hoje estamos com 428 novos casos por 100 mil habitantes. E tínhamos 50 internações por 100 mil habitantes no início do ano e hoje temos 72 internações por 100 mil”, falou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, lembrando que, no pico da pandemia, nesta segunda onda, esses números alcançaram 500 novos casos a cada 100 mil habitantes e 100 internações a cada 100 mil habitantes.

    Hoje (28), a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) por pacientes graves com covid-19 está em 80% no estado de São Paulo, com um total de 10.426 internados. Além disso, há 11.686 pacientes internados em enfermaria. No momento mais crítico da pandemia, no final do mês passado, o estado chegou a ter 13.120 leitos de UTIs ocupados.

    Fonte: EBC