Uma sequência de eventos violentos em Sorriso, Mato Grosso, tem chamado atenção nas últimas semanas. Dois homens e uma mulher foram brutalmente assassinados no bairro Benjamim Raiser, seguido de um sequestro que resultou na morte de um jovem de 23 anos, encontrado com mãos e pés amarrados. A violência continuou com a morte de um jovem de 21 anos, baleado no pênis e na coxa, que sucumbiu aos ferimentos no hospital local.
A cidade de Sorriso, conhecida por sua prosperidade no agronegócio, tornou-se o epicentro de uma guerra entre facções criminosas desde o ano passado, elevando dramaticamente os índices de mortes violentas na região. A Polícia Militar atribui os recentes crimes à disputa territorial entre os grupos.
Comando Vermelho x PCC
Investigações revelam que a disputa envolve o Comando Vermelho (CV), dominante no estado, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que fortaleceu sua presença na cidade em 2022, se aliando a uma facção local. A rivalidade tem resultado em um aumento significativo no número de homicídios e atos violentos.
Sorriso registrou 78 mortes violentas no último ano, incluindo homicídios e casos de resistência. Ao todo, já são mais de 100 mortes violentas. Apesar do crescimento populacional impulsionado pelo agronegócio, a cidade enfrenta agora uma realidade marcada pelo conflito entre essas facções.

Tropa do Castelar
A Secretaria da Segurança Pública de Mato Grosso aponta que os homicídios dolosos em Sorriso mantêm-se elevados, com a maioria das mortes relacionadas às disputas criminosas. A situação escalou quando desentendimentos internos no CV em Sorriso levaram à formação da Tropa do Castelar, um novo grupo criminoso.
A intensificação da violência e o envolvimento do PCC, que busca garantir rotas de tráfico de drogas através de Sorriso, destacam a complexidade e gravidade da situação. As operações policiais têm se concentrado em desmantelar a criminalidade e reduzir a escalada de violência.
Vida segue tranquila
Apesar desse cenário de guerra entre facções, a vida cotidiana em Sorriso segue, para muitos, inalterada. Moradores e autoridades locais reconhecem a violência, mas a consideram restrita ao mundo do crime.
Ainda assim, as operações policiais continuam intensas, visando restabelecer a ordem e a segurança na região.

Fonte: Folha
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