O corpo do homem que explodiu bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi retirado do local na manhã desta quinta-feira (14), cerca de 13 horas após o ocorrido. Na manhã desta quinta-feira, policiais continuam na praça e no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados fazendo varredura. Todos os acessos à região estão fechados.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nesta quarta-feira após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes. Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a Polícia Militar, houve um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF).
Porta-voz da Polícia Militar do DF, o major Raphael Brooke afirmou que o esquadrão antibomba ainda está fazendo varredura no estacionamento de um dos anexos da Câmara, onde está o carro de Francisco. O homem estava alugando um trailer no local, segundo informações da polícia e de testemunhas.
Relato de vigilante
Um vigilante do Supremo Tribunal Federal (STF) relatou, em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, ter presenciado o momento em que o homem explode bombas na Praça dos Três Poderes.
“O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, diz trecho do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil.
O vigilante visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. O segurança estava sozinho quando o homem se aproximou. As explosões na Câmara e no STF ocorreram em momentos bem próximos.
“O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”, afirma o BO.
Emocionalmente abalado
O caso chamou a atenção do deputado federal Jorge Goetten, do Republicanos-SC, que conhecia Francisco Wanderley Luiz, de Rio do Sul, cidade de Santa Catarina.
Em entrevista à CBN, nesta quinta-feira, o parlamentar contou que era amigo de Francisco Wanderley, a quem chamava de “França”, há pelo menos 30 anos e chegou a recebê-lo no gabinete em algumas ocasiões. No ano passado, quando o amigo esteve no local, o deputado disse ter percebido que “França” estava emocionalmente abalado com a separação da esposa e não parecia a mesma pessoa que havia conhecido na cidade em que os dois moraram anteriormente no Sul.
“Jamais imaginei que ele cometeria um ato desse de suicídio assim, longe de casa”, disse Goetten à CBN.

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