De Cascavel à Albânia e agora em busca da elite do vôlei nacional

Feliphe em ação na equipe albanesa Foto:Arquivo Pessoal

O cascavelense Feliphe Götz tem apenas 21 anos, mas já tem experiências no voleibol brasileiro e internacional. Depois de uma temporada na Albânia, onde defendeu o time do Teuta, ele retornou ao Brasil com um novo objetivo: conquistar espaço na Liga Nacional de Vôlei.

Em entrevista ao podcast De Olho no Esporte, Feliphe contou sua trajetória, desde a descoberta do talento no Colégio Padre Carmelo Perrone, até a adaptação ao esporte em um país do Leste Europeu.

A iniciação aconteceu quase por acaso, como ele mesmo lembra: “Estava na aula de educação física brincando e alguns atletas mais velhos me chamaram para treinar. A partir daí, o vôlei virou minha vida”.

Aos 13 anos, já participava do projeto do professor Bertaioli no Colégio Padre Carmelo Perrone, onde permaneceu até os 17. Em seguida, teve a primeira grande oportunidade na base do Praia Clube, de Uberlândia, em Minas Gerais. “Foram três anos lá. Treinei com o time adulto, o que foi muito importante para meu desenvolvimento, mesmo sem atuar nos jogos da equipe principal”, recorda.

Europa

Com o fim do ciclo em Minas Gerais,Feliphe atuou por Chapecó (SC), onde conquistou o título do Brasileiro Universitário e foi eleito o atleta destaque da competição.

O desempenho abriu as portas para atuar na Europa e no início de 2024, surgiu a oportunidade de atuar na Albânia. “Após a temporada em Chapecó, meu agente enviou vídeos para clubes da Europa e o time do Teuta, de Durrës, se interessou. Fui para lá em janeiro e fiquei até o fim da temporada”, relata.

A adaptação ao voleibol europeu e à rotina na Albânia exigiu paciência e coragem. A cultura, o idioma, a comida e até o estilo de treino eram diferentes. “No começo, foi difícil, mas o time me acolheu muito bem. Tínhamos três brasileiros no elenco, o que facilitou bastante a adaptação”, comenta.

A vivência internacional trouxe amadurecimento dentro e fora de quadra. Feliphe destaca as diferenças de estrutura entre o voleibol europeu e o brasileiro. “Lá, há mais investimento em outras modalidades além do futebol. Isso reflete em ginásios com melhor estrutura, quadras aquecidas no inverno e materiais de treino de maior qualidade. Tudo isso impacta diretamente no desempenho do atleta”, analisa.

Voltando

De volta ao Brasil, o ponteiro não quer ficar parado. Já participou de um campeonato regional organizado pela Federação Paranaense, em Céu Azul, e segue em busca de oportunidades para jogar profissionalmente no segundo semestre. “Não dá para parar, porque o vôlei é um esporte muito técnico. Quero estar em ritmo de competição. A meta agora é disputar a Liga Nacional”, afirma.

Futuro

Feliphe Götz está de olho em competições como o Campeonato Paulista e o Mineiro, tradicionais vitrines do voleibol nacional. Enquanto a atenção do mundo se volta às seleções e aos torneios internacionais de seleções, os clubes começam a montar seus elencos para a próxima. Ele espera estar em uma dessas equipes até outubro, quando começa o calendário regular.

A longo prazo, Felipe não descarta um retorno à Europa. A Albânia pode, inclusive, ser novamente o destino. “Vamos ver o que Deus prepara. Mas meu objetivo é fazer carreira lá for”, projeta.

Além do talento, carrega consigo uma gratidão enorme pelas raízes. “Tudo começou naquela escolinha em Cascavel. Foi ali que descobri o voleibol. Hoje, onde quer que eu jogue, levo o nome da nossa cidade com muito orgulho”, finaliza.

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