Direita pode acelerar afastamento de Bolsonaro após caso Marcos do Val

Ex-presidente Jair Bolsonaro ficou mais isolado após revelações de Marcos do Val

A acusação inicial do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de que teria sido coagido por Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado fortaleceu o discurso de alas da direita e do próprio Partido Liberal de se afastar do ex-chefe do Executivo. O entendimento de alguns é de que a denúncia dá mais argumentos para reorganizar o movimento conservador e viabilizar uma liderança nacional para as eleições de 2026 sem ter Bolsonaro como protagonista.

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O assunto é tratado numa reportagem da Gazeta do Povo neste sábado (04). Segundo a matéria, a ideia de uma direita independente do ex-presidente não passou a ser mais defendida por causa da acusação de Marcos do Val, até por se tratar de um movimento já encabeçado por setores do PL. A acusação feita pelo parlamentar foi encarada como espalhafatosa entre deputados e senadores de direita, sobretudo em razão do próprio senador ter mudado a versão da denúncia inicial e também por ser visto como um político excêntrico entre lideranças.

Fortalecer o movimento de afastamento de Bolsonaro é defendido por alguns como uma forma de autopreservação da direita. O entendimento entre parlamentares conservadores é de que a esquerda e uma parte da imprensa têm usado a acusação de Marcos do Val para manter uma narrativa que associa equivocadamente a direita a atos de vandalismo, como os ocorridos em 8 de janeiro, e a defesas de pautas antidemocráticas. Lideranças conservadoras consideram que essa narrativa também influencia decisões do próprio ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dirigentes, lideranças e parlamentares de PL, PP e Republicanos entendem que não existe uma fórmula simples para se afastar de Bolsonaro, sobretudo em razão de uma ala do Partido Liberal mais próxima ao ex-presidente ser contrária a movimentos abruptos para isolá-lo. O grupo mais fiel entende que ele precisa participar ativamente do processo de reorganização e liderança da direita, ainda que não seja o candidato em 2026.

 

Fonte: Gazeta do Povo

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